A Fundação Nacional de Artes – Funarte publicou, no dia 27 de julho de 2015, no Diário Oficial da União o edital do Prêmio Funarte de Apoio a Orquestras. O programa proporciona a seleção de orquestras que se enquadrem na categoria de “projetos sociais” e que se ocupem do ensino e da prática coletiva de instrumentos musicais.
O edital disponibilizará recursos para as seguintes ações:
a) Aquisição de instrumentos musicais; e/ou b) Aquisição de peças de reposição e/ou materiais de consumo para instrumentos musicais; e/ou c) Aquisição de estantes para orquestra – de fabricaçao nacional; e/ou d) Reparação de instrumentos musicais de propriedade da orquestra.
Serão contempladas no mínimo 18 orquestras, com prêmios no valor máximo de R$ 40 mil – sujeitos à tributação legal.
Poderão participar do processo seletivo orquestras sob a forma de instituição pública ou privada sem fins lucrativos, cadastradas na Receita Federal (CNPJ – Pessoa Jurídica) há pelo menos um ano, que se encontrem em efetivo funcionamento por igual período. Estão excluídas as orquestras beneficiadas pelo Prêmio Funarte de Apoio a Orquestras nos dois últimos anos. Cada proponente só poderá inscrever um projeto.
As inscrições estarão abertas no período de 45 dias após a publicação da Portaria que institui o edital. O prazo, portanto, termina no dia 10 de setembro de 2015 – quinta-feira. Acesse a Ficha de inscrição na coluna da direita desta página (Documentos relacionados). Ela deve ser impressa, preenchida e enviada somente por via postal, por Sedex, juntamente com os demais documentos citados no item 6 do edital.
Serão empregados nesse programa R$ 720 mil em premiação e R$ 60 mil em custos administrativos, do total de recursos de R$ 780 mil destinados ao edital, provenientes do Fundo Nacional de Cultura (FNC)/Ministério da Cultura (consulte o item 5 do edital a respeito de premiação).
O PROCESSO DE SELEÇÃO
Os projetos inscritos serão avaliados em três) etapas:
Etapa 1 – Habilitação: triagem de todos os projetos inscritos, de caráter eliminatório, para verificar se o proponente cumpre as exigências para inscrição previstas no edital. Coordenada pela equipe do Centro da Música da Funarte.
Etapa 2 – Avaliação: para todos os projetos habilitados na etapa 1. De caráter classificatório, será realizada por uma Comissão de Seleção – composta por cinco membros, com reconhecida atuação na área da música e coordenada pelo Cemus/Funarte.
c) Etapa 3 – Análise documental – verificação da situação fiscal e documental dos contemplados. de caráter eliminatório, será coordenada pela equipe do Cemus.
Consulte os itens, 7, 8 e 9 e 10 do edital para mais informações sobre o processo de seleção, critérios de avaliação, prazos e outras informações.
Acesse os documentos sobre este edital disponíveis ao lado, na coluna Arquivos relacionados.
Mais informações Fundação Nacional de Artes – Funarte Centro da Música/ Coordenação de Música Erudita Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo." style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; outline: rgb(0, 0, 0); vertical-align: baseline; background-color: transparent; color: rgb(47, 84, 108);">Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
As ruínas de Pompeia atraem a curiosidade de milhões de pessoas, mas poucos percebem que são nos desenhos e inscrições presentes nessas ruínas que é possível conhecer o verdadeiro cotidiano dos habitantes dessa célebre cidade, que renasce a cada nova descoberta. A palestra “Aspectos da vida cotidiana nos graffiti e nas inscrições de Pompeia, Herculano, Stabia e Oplonti”, realizada na Casa Fiat de Cultura no dia 5 de agosto, às 19h30, apresenta esses hábitos, atmosfera e espírito da Roma Antiga. Quem apresenta esse capítulo da história é o historiador italiano Angelo Russi.
A conferência é uma realização da Casa Fiat de Cultura em parceria com a Associação Cultural Ítalo-Brasileira de Minas Gerais (Acibra) e faz parte das Conversas Ítalo-Brasileiras, programação que integra as atividades da Casa Fiat de Cultura e da Acibra no Ano da Itália na América Latina. A palestra, gratuita, terá tradução simultânea e está sujeita à capacidade do espaço (200 lugares).
No universo das paredes de Pompeia, o historiador Angelo Russi pretende fazer com que o público entre em contato com a verdadeira vida das antigas cidades "napolitanas", com o objetivo de experimentar o sabor característico do estilo e dos sentimentos do povo que desapareceu. “As inscrições parietais de Pompeia e das outras cidades atingidas no ano de 79 d.C. pela erupção do Vesúvio, mais que todas as outras evidências, são epígrafes da época antiga clássica. Elas constituem um instrumento essencial para o conhecimento da vida, dos hábitos e do espírito dos romanos antigos”, esclarece o palestrante.
Os textos dos autores clássicos representam a mais completa fonte dos costumes públicos e particulares de um povo, como o romano, que deixou uma marca profunda na história da humanidade. No entanto, as inscrições antigas da área vesuviana, breves, francas, concisas e peculiares, completam este quadro de conhecimento com pequenas nuances, preciosas por transmitirem o espírito vívido e espontâneo das pessoas que as produziram. “A sinceridade dos "grafitti" tem um enorme valor. Que importa os erros de ortografia, os desenhos grosseiros, as expressões vulgares, quando precisamente em tudo isso sentimos a humanidade da multidão anônima?”, questiona o historiador.
Russi explica que a partir dos desenhos e inscrições nas paredes, os graffiti, a vida cotidiana em Pompeia (e também em Herculano, Stabiae, Oplonti), de espírito comercial, fofoqueira, brincalhona e sentimental, é descoberta com uma vivacidade inesperada e uma verdade imediata, mostrando a cidade em seu funcionamento normal pouco antes de ser atingida pela erupção do Vesúvio. “O imenso e secular silêncio imposto sobre as ruínas das casas sem telhado e vazias, sob as arcadas desertas, praças despovoadas, parece ganhar vida, aqui e ali, de vozes de sobreviventes, doces e tristes como as nostalgias, inefáveis como arrependimentos sinceros. Reconhecemos que a vida alegre e brincalhona dos moradores manteve-se praticamente inalterada depois de vinte séculos.”, acrescenta.
Angelo Russi
Angelo Russi é Professor de História Romana na Universidade de L Aquila (Itália), no Departamento das Ciências Humanas. Sua produção cientifica foca, principalmente, em torno de três temas: A História do "Mezzogiorno d Italia" (área centro-sul da Itália) no período clássico antigo (com particular atenção nos aspectos politicosadministrativos) e seus reflexos nas épocas seguintes (do Medievo a os nossos dias); A História dos Estudos do Mundo Antigo, na Itália, na Europa e nos EUA também, com particular atenção às experiências historiográficas dos últimos três séculos; O Estudo da Produção Humanística - da Renascença de interesse histórico-geográfico a respeito da Itália antiga e marcadamente da época medieval.
Casa Fiat de Cultura
Instalada na Praça da Liberdade, onde integra o conjunto arquitetônico e histórico do Palácio da Liberdade e o Circuito Cultural Praça da Liberdade, a Casa Fiat de Cultura é considerada um dos mais importantes espaços para discussão e exposição das artes no Brasil, destacando-se pelo alto valor histórico, artístico e educativo de sua programação.
Com nove anos de atuação, 17 exposições e mais de 700 mil visitantes, a Casa Fiat de Cultura é responsável por reunir acervos dos mais importantes museus e coleções do Brasil e do mundo. A instituição realiza programa de palestras, sessões de cinema e atividades educativas, e se destaca por oferecer experiências qualificadas e enriquecedoras para todos os públicos, contribuir para a formação de público, ampliar o acesso à produção artística brasileira e internacional e promover o desenvolvimento humano e social. Toda a programação é gratuita e tem entre seus objetivos valorizar o patrimônio, promover o amplo acesso e a circulação dos bens culturais e a difusão das culturas brasileira e mundial.
Acibra MG
A Associação de Cultura Ítalo-Brasileira do Estado de Minas Gerais foi fundada em 2002 com o intuito de preservar a história da presença italiana em Minas Gerais, e também de compartilhar com os mineiros a imensa cultura da Itália.
Desde sua fundação, a Acibra MG vem apoiando e realizando inúmeras iniciativas culturais que promovem a integração entre Itália e Minas Gerais, incluindo teatro, dança, pesquisas acadêmicas, seminários, música e gastronomia.
Serviço
Conferência "Aspectos da vida cotidiana nos graffiti e nas inscrições de Pompeia, Herculano, Stabia e Oplonti"
O belo-horizontino Silvio Viegas assume mais uma vez a batuta frente à Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Nesta oportunidade, vai conduzir a dobradinha Sinfônica ao Meio-Dia e Sinfônica em Concerto. As apresentações têm um atrativo a mais: contam com solo de quatro músicos da OSMG na obra Sinfonia Concertanteem mi bemol maior, para oboé, clarineta, fagote e trompa, de Mozart. A Sinfonia Nº 4 em lá maior, de FelixMendelssohn, completa o programa.
Apesar de já estar familiarizado com a Fundação Clóvis Salgado – já atuou como Diretor Artístico, regente titular do Coral Lírico de Minas Gerais e convidado em diversas apresentações da Orquestra Sinfônica e do Coral Lírico – Silvio ainda não regeu um concerto da série Sinfônica ao Meio-dia. Para o maestro convidado, a apresentação é única pois reforça o caráter público da Orquestra. “Vivemos um momento em que precisamos pensar o acesso à música erudita em geral. A gente faz arte para o público, esse é o nosso motivo de existir. É importante apresentar-se em projetos como esse porque damos a oportunidade de várias pessoas conhecerem e explorarem a música erudita”, destaca.
O concerto começa com a interpretação da Sinfonia Concertante em mi bemol para oboé, clarineta, fagote e trompa, K297b, de Mozart. Dividida em três movimentos - Allegro, Adagio e Andante con variazoni - a obra conta com quatro solos. Os músicos da OSMG Raquel Carneiro (fagote), Sérgio Gomes (trompa), Tálita Capra (oboé) e Walter Junio (clarineta) foram convidados para se apresentar. “O grupo profissional da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais é muito forte. É sempre muito importante e positivo dar essa oportunidade de crescer, de se superar. Ao mesmo tempo, o público tem a oportunidade de conhecer esses ótimos profissionais. No final, quem ganha é a própria orquestra”, afirma Silvio Viegas.
O Maestro lembra uma controvérsia que marca essa obra de Mozart. Segundo ele, é sabido, por meio de cartas e anúncios de concertos que o autor compôs uma sinfonia concertante por volta do ano de 1777, contemplando os quatro instrumentos de sopro, a pedido de um empresário francês. Entretanto, os originais da obra foram perdidos. Apenas no século XIX, o historiador Otto Jahn encontrou a partitura que foi atribuída a Mozart. “Há quem desconfie. Além da ausência da partitura, questionam a tonalidade escolhida. Mozart tinha escrito outra Sinfonia Concertante, essa para violino e viola, que também é em mi bemol. Tem gente que acredita que ele não iria compor duas sinfonias com a mesma tonalidade”, explica. Em sua defesa, de acordo com o Maestro, a obra tem a beleza e a qualidade da composição, características que a tornaram mundialmente famosa.
A Itália por Mendelssohn – A Sinfonia Nº 4 em lá maior, O.p. 90, conhecida como Italiana, foi uma das obras resultantes da turnê que Mendelssohn fez pela Europa entre 1829 e 1831 e gerou outras composições célebres, como As Hébridas O.p. 26, inspirada em visita feita à Gruta de Fingal, no arquipélago da Escócia. Após três anos de trabalho, em 1833, Felix Mendelssohn conseguiu terminar a Sinfonia nº 4, composição que buscou retratar a alegria e a animação da Itália, país em que foi muito feliz em sua visita.
A obra é dividida em 4 movimentos – Allegro vivace, Andante con moto, Con moto moderato, Saltarello Presto – e conserva o brilhantismo e a alegria que o compositor alemão enxergou na Itália. Sua imersão foi tamanha que introduziu elementos da própria cultura italiana na obra. “O quarto movimento possui a forma de uma dança napolitana, chamada Saltarello, de efeito rítmico e que exige grande virtuosismo por parte da Orquestra”, completa Silvio Viegas.
Apesar de ser considerada uma das suas peças mais alegres, Felix não ficou completamente satisfeito com a obra, que foi revista em 1834, e o compositor chegou a planejar versões alternativas dos segundo, terceiro e quarto movimentos.
Novas séries dos Corpos Artísticos:
Sinfônica ao Meio-dia – Com o slogan Um cardápio musical para você, o projeto tem o objetivo de contemplar as pessoas que trabalham ou estudam no hipercentro de BH, e até mesmo os transeuntes que passam pela região, oferecendo um programa gratuito ou a preços populares, que inclui grandes nomes da música nacional e internacional. Na última apresentação, realizada no dia 28 de abril, o Grande Teatro recebeu aproximadamente 600 pessoas, número considerado um verdadeiro sucesso para o horário. O Coral Lírico de Minas Gerais também integra o projeto com a série Lírico ao Meio-Dia.
Sinfônica em Concerto – A série Sinfônica em Concerto leva a OSMG ao Grande Teatro do Palácio das Artes interpretando grandes nomes da música em concertos a preços populares. A apresentação acontece pelo menos uma vez ao mês. Professores da rede regular de ensino e também de cursos livres de arte têm ingressos gratuitos disponibilizados pelo projeto Bravo, Professor!.
Segundo Cláudia Malta, Diretora de Produção Artística da Fundação Clóvis Salgado, trata-se de mais uma iniciativa que pretende aproximar o público da programação apresentada pelos Corpos Artísticos da FCS.
Sobre os Corpos Artísticos:
ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS – Criada em 1976, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, corpo artístico gerido pela Fundação Clóvis Salgado, é considerada uma das mais ativas orquestras do país. Sempre aprimorando a excelência de sua performance, a OSMG cumpre o papel de difusora da música, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre - tanto na capital quanto no interior de Minas Gerais. O corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado executa um repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, do barroco ao contemporâneo, e grandes sucessos da música popular, com a série Sinfônica Pop. Seus regentes titulares ao longo de sua história foram: Wolfgang Groth, Sérgio Magnani, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Alyton Escobar, Emilio de César, David Machado, Afrânio Lacerda, Holger Koldziej, Charles Roussin, Roberto Tibiriçá e Marcelo Ramos. Em 2013, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais, pela Lei nº 20628.
Sobre o maestro convidado - Silvio Viegas foi Diretor Artístico da Fundação Clóvis Salgado entre 2003 e 2005 e da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro entre 2011 e 2014. Atualmente, é Maestro Titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e Professor da cadeira de Regência na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais.
Desde o início de sua carreira tem se destacado pela atuação no meio operístico, regendo títulos como O Navio Fantasma, Carmen, Le Nozze di Figaro, O Barbeiro de Sevilha, L Italiana in Algeri, Romeu e Julieta, Lucia di Lammermoor, Cavalleria Rusticana, Il Trovatore, Nabucco, Otello, Falstaff, La Bohème e Tosca, entre outros.
Como convidado, esteve à frente da Orquestra da Arena de Verona (Itália), Sinfônica de Roma (Itália), Sinfônica de Burgas (Bulgária), Sinfônica do Festival de Szeged (Hungria), Orquestra do Algarve (Portugal), Sinfônica do Teatro Argentino de La Plata (Argentina), Sinfônica do Teatro Sodre (Montevidéu, Uruguai), além das principais orquestras do Brasil.
Natural de Belo Horizonte, estudou regência na Itália e é Mestre em Regência pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais.
Sobre os solistas:
Raquel Santos Carneiro (fagote) - Iniciou os estudos de fagote no Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado (Belo Horizonte-MG), com o professor Francisco Formiga e, posteriormente, com o professor Washington Vitalino. No Conservatório Mineiro de Música, estudou com o professor Benjamim Coelho. Graduou-se bacharel em fagote pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997-2000). Em 2003, obteve o título de especialista em Práticas Interpretativas da Música Brasileira, pela Universidade Estadual de Minas Gerais (2003). De 2002 a 2011, foi professora do curso de bacharelado em fagote da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG). Nos anos de 2009 a 2013, foi professora de fagote no curso de bacharelado da Faculdade de Música do Espírito Santo (FAMES). Concluiu o mestrado em Música na Escola de Música da UFRJ, sob a orientação do professor Dr. Aloysio Moraes Rego Fagerlande, em 2015. Atualmente, leciona fagote na Escola de Música da UFMG, no Projeto Orquestra Jovem das Gerais e atua como fagotista na OSMG.
Sérgio Gomes (trompa)- Graduado em trompa pela UFMG, nasceu no estado do Rio de Janeiro. Iniciou os estudos musicais com o pai, maestro Sebastião Gomes; e de trompa, aos 11 anos, na Escola de Música de Brasília com o professor Raimundo Martins. Em 1977, passou a integrar, como primeiro trompista, a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas. Em 1981, foi convidado a participar da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, também como primeiro trompista e solista. Nesse período, atuou como solista e músico convidado na maioria das orquestras sinfônicas brasileiras. Na área de música de câmara, participou dos mais importantes grupos do gênero em Belo Horizonte. Foi professor do Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado e da Escola de Música da Universidade do Estado de Minas Gerais. Atualmente, Sérgio é regente assistente e primeiro trompista solista da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.
Tálita Capra (oboé) - Orientada pela mãe, iniciou seus estudos musicais com piano aos 3 anos de idade. Em 1991, optou por estudar oboé e, desde muito jovem, vem se destacando e atuando como oboísta de renomadas bandas e orquestras brasileiras. Apresentou-se como solista frente a inúmeras orquestras no Brasil e no exterior e integrou diversos grupos camerísticos, além de ter sido premiada em vários concursos brasileiros como solista e camerista, apresentando-se nas mais importantes salas de concerto do país. Foi professora de oboé e música de câmara na UFMG, na X Oficina de Música Instrumental e Vocal de Itajaí e no 24º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora. Atualmente, é oboísta da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, professora de oboé na Escola de Música da Orquestra Jovem de Contagem, membro do “Quinteto Minas Ventos” e do “Duo Capra”, premiado dueto de harpa e oboé cujas apresentações incluem turnês pelo Brasil, México, Argentina, Itália e Austrália, entre outros países.
Walter Junio (clarineta) - Natural de Contagem, iniciou seus estudos musicais na Banda de 12 de Março com o maestro Francisco Guimarães. Formou-se no curso básico no Centro de Formação Artística d Fundação Clóvis Salgado (Cefar), sob orientação do professor Walter Alves, e graduou-se na UEMG na classe do professor Daniel Campos. Foi professor da classe de Clarineta da UEMG e Professor Substituto na Escola de Música da UFRJ. É o primeiro clarinetista solista da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e da Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFMG. Atua frequentemente como convidado em várias orquestras do país. É professor no Projeto Música de Sarzedo e Orquestra Jovem das Gerais.
Sobre os compositores:
Felix Mendelssohn – (1809-1847) Compositor, maestro e pianista alemão do período romântico, começou a compor aos nove anos e, entre suas principais obras, estão a suíte Sonho de uma Noite de Verão, que inclui a marcha nupcial, e os oratórios São Paulo e Elijah.
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Nasceu em Salzburgo, na Áustria. Morreu no dia 5 de dezembro de 1791, com apenas 35 anos. Foi um compositor influente do período clássico, tendo composto mais de 600 obras publicadas, tidas como referências da música sinfônica, concertos, óperas, para piano e de câmara.
PROGRAMA
W. A. Mozart – Sinfonia Concertante em mi bemol maior para oboé, clarineta, fagote e trompa, K 297b
Os leitores do setor Infantojuvenil poderão se despedir das férias em grande estilo. Neste sábado, 1° de agosto, às 10h, a quadrinista Rebeca Prado estará na Biblioteca para ministrar a oficina de quadrinhos a crianças e adolescentes.
Autora da tira Navio Dragão, Rebeca vai apresentar, durante a oficina, referências do próprio trabalho e de obras assinadas por outros artistas. "Vamos abordar como é feita uma tirinha, passo a passo. Também vou mostrar noções de narrativa e como concluir uma história com início, meio e fim", explica Rebeca.
Os visitantes terão ainda a chance de acompanhar, em detalhes, o processo criativo de Rebeca através de suas aquarelas originais, sketchbooks, e esboços que compõem a exposição Navio Dragão, em cartaz na Luiz de Bessa até 15 de agosto.
HQ s para todos os gostos
Não é só com a oficina que o setor Infantojuvenil pretende atrair os fãs de quadrinhos. O variado acervo de HQ s do setor conta com mais de 400 títulos, que incluem de Turma da Mônica a Frankenstein, passando por mangás e graphic novels. "Os quadrinhos aproximam, com muita naturalidade, crianças e jovens do universo da leitura, e são sempre muito procurados", comenta a coordenadora do Infantojuvenil, Vanessa Mendes.
A oficina de quadrinhos acontece dia 1° de agosto, sábado, às 10h, no setor Infantojuvenil na Biblioteca Pública: Praça da Liberdade, 21, Funcionários. A participação é gratuita e as vagas limitadas. Inscrições e informações pelo Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou (31) 3269-1223. A exposição Navio Dragão segue em cartaz até 15 de agosto. A visitação é gratuita, de segunda a sexta, de 8h a 18h, e sábado, de 8h a 12h.
Serviço
Oficina de quadrinhos
Data: 1º de agosto de 2015, sábado, 10h.
Local: Setor Infantojuvenil da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa – Praça da Liberdade, 21
Entrada: Gratuita
Informações e inscrições: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou (31) 3269-1223
Exposição Navio Dragão
Em cartaz: 18 de julho a 15 de agosto de 2015. Segunda a sexta-feira, das 8h às 20h; sábado, das 8h às 12h
Local: Setor Infantojuvenil da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa – Praça da Liberdade, 21
Entrada: Gratuita
Informações: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou (31) 3269-1223
I Inverno das Artes tem continuidade na Fundação Clóvis Salgado com uma dobradinha especial do cinema e mais uma oficina de Artes Visuais. As atividades começam na sexta-feira, com o Terror no Parque, oportunidade única para cerca de 500 pessoas verem ou reverem, no parque municipal, o início das sagas de Jason e Freddy Krugger. No dia seguinte, uma pausa no terror para resgatar a obra de um dos cineastas contemporâneos mais representativos. Além disso, as oficinas de Artes Visuais Poética da Cidade e Sarauzinho do Palácio, prometem fazer as crianças refletirem sobre a ocupação das cidade e de seus espaços público. Para completar, na segunda-feira, Cida Moreira apresenta o show ADama Indigna, na Sala Juvenal Dias.
Terror no Parque - Após um hiato de três anos sem projeções noturnas no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, clássicos do terror tomam conta do mais tradicional parque da cidade. A programação começa às 21h com a exibição de A Hora do Pesadelo, obra que narra a saga de Freddy Krueger. Às 23h, as coisas prometem ficar mais assustadoras ainda com a exibição de Sexta-Feira 13, primeiro filme sobre o serial killer Jason. “Acreditamos que a exibição desses filmes no parque, escuro e vazio, deve conter os ingredientes necessários para adicionar mais suspense às tramas. Isso deve render uns arrepios extras no público”, comenta Philipe Ratton, Gerente do Cine Humberto Mauro e um dos curadores da mostra.
O evento é uma atividade paralela à mostra Anatomia do Medo:TerrorAnos80, e os dois filmes em exibição representam a síntese do gênero slashermovies, grande sucesso de público na década de 1980.
Para viver essa experiência assustadora, será necessário retirar o ingresso na quinta-feira, 16dejulho. Serão disponibilizados 500ingressos gratuitos, a partir das 10h. Cada pessoa terá direito a umconvite para assistir às duas sessões. Os ingressos serão acompanhados de uma pulseira que garantirá a entrada e saída do público durante as exibições.
Especial Jorge Bodanzky – Uma pausa no terror para comemorar o cinema brasileiro. O cineasta Jorge Bodanzky vem à capital para o lançamento do filme No Meio do Rio Entre as Árvores, além de um bate-papo com o público sobre os 40 anos da obra mais icônica de sua carreira, Iracema – Uma Transa Amazônica.
Bodanzky se destacou como cineasta pela linguagem intimamente ligada ao real, em que as fronteiras entre a ficção e o documentário normalmente se confundem. Em seu trabalho, a Amazônia emerge como um tema recorrente, evidenciando a importância da preservação da expressão cultural e ritualística dos povos da floresta.
O documentário TerceiroMilênio será exibido às 15h. A obra é um registro da viagem feita pelo senador Evandro Carreira em 1980 pelo estado do Amazonas. A narrativa apresenta a dualidade de uma região marcada pela forte influência da floresta Amazônica, os conflitos políticos e a poluição industrial.
Já No Meio do Rio Entre as Árvores, que será exibido às 17h, o diretor traz a trajetória de moradores das comunidades locais que participaram de oficinas de vídeo e fotografia. Com o conhecimento, os próprios alunos começam a registrar as suas vidas cotidianas, destacando tanto a beleza natural da região quanto as consequências negativas da exploração econômica dos recursos disponíveis
O último filme, Iracema – Uma Transa Amazônica, em exibição às 19h, narra a história de um caminhoneiro que visita a região norte do país e conhece Iracema, uma índia prostituída. Juntos, percorrem a região amazônica, cenário da expansão da rodovia Transamazônica e conhecem mais detalhes obscuros da rodovia que, com a construção, deveria levar progresso ao norte do país.
Conversando sobre a cidade - No dia 18, a gerência de Artes Visuais promove as oficinas Poética da Cidade e Sarauzinho do Palácio, que vão receber crianças e adolescentes com idades entre 9 e 14 anos. Dividida em três momentos, as oficinas vão problematizar a relação das crianças com os espaços públicos urbanos. Na primeira parte, os jovens vão ser convidados a refletir sobre Como você ocupa a cidade? Quais os espaços públicos que gosta de frequentar? Quais não gosta? O que poderia ser melhor?. No segundo momento, essas trocas de ideias irão se tornar poesias, textos, frases e outras manifestações artísticas que serão apresentadas na etapa final, o Sarauzinho do Palácio.
Música na segunda-feira – As atividades culturais continuam. A cantora Cida Moreira é a próxima atração musical da Sala Juvenal Dias. Em 20 de julho, ela se apresenta com o show A Dama Indigna, às 20h30. A apresentação reúne um apanhado peculiar de canções emblemáticas como Hotel das estrelas (Jards Macalé e Duda), Palavras (Gonzaguinha), Soul Love (David Bowie), Maior que o meu amor (Renato Barros), Lullaby (Tom Waits), Mãe (Caetano Veloso), Uma canção desnaturada (Chico Buarque), The man i love (Ira Gershwin e George Gershwin), Sou assim (Toquinho e Gianfrancesco Guarnieri), entre outras. Os ingressos já estão à venda na bilheteria do Palácio das Artes no valor de R$50 (inteira) e R$25 (meia entrada).
Sobre o inverno das Artes – O I Inverno das Artes é um evento promovido pela Fundação Clóvis Salgado que pretende movimentar o inverno na capital. Para isso, a FCS combinou shows, debates, oficinas de artes visuais e mostras especiais de cinema. A proposta é fomentar a cultura no mês de julho, em Belo Horizonte, e transformar o Inverno das Artes em uma referência para a cidade. As atividades desta edição ocorrem até 27 de julho.
O município de Ipatinga recebe, neste sábado (1/8), a segunda etapa doFórum Regional de Governopara o Território Vale do Aço. O objetivo desta etapa é apontar os problemas e as necessidades da região por meio do Diagnóstico Territorial.
A população, juntamente com movimentos sociais, igrejas, sindicatos e empresários vão decidir quais são as prioridades das 33 cidades que compõem a região. A primeira rodada de discussões também aconteceu na cidade, no início deste mês (8/7).
Para facilitar o apontamento das demandas, os participantes devem preencher o Formulário de Diagnóstico Territorial, que está dividido em cinco tópicos: Desenvolvimento Produtivo Científico e Tecnológico; Infraestrutura e Logística; Saúde e Proteção Social; Segurança Pública; e Educação e Cultura.
Quem recebeu o documento na primeira etapa do Fórum poderá entregá-lo neste novo encontro. Vale lembrar que o prazo para submeter sugestões vence neste sábado, durante a realização da segunda etapa.
A Ouvidoria Geral do Estado de Minas Gerais (OGE) também vai participar do evento em Ipatinga para recolher críticas, elogios, sugestões e reclamações a respeito dos serviços públicos.
Os territórios Norte (Montes Claros), Mucuri (Teófilo Otoni), Médio e Baixo Jequitinhonha (Araçuaí), Sudoeste (Passos), Zona da Mata (Juiz de Fora) e Vertentes (São João del-Rei) já receberam a primeira etapa dos fóruns.Norte (Montes Claros), Médio e Baixo Jequitinhonha (Almenara) e Mucuri (Teófilo Otoni) já realizaram a segunda etapa. Agora é a vez do Vale do Aço prosseguir com os trabalhos.
Próximos passos
O próximo passo do programa é finalizar os diagnósticos territoriais e, com eles, construir dois planos essenciais para o futuro de Minas Gerais: o Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) - planejamento de atuação do Governo para os próximos quatro anos - e o Plano Mineiro de Desenvolvimento integrado (PMDI), que consolida políticas públicas em longo prazo.
Saiba mais
Os Fóruns Regionais de Governo são um novo modelo de gestão no Estado e foi criado para dar voz à sociedade. Assim, cidadãos podem se manifestar em busca de soluções específicas para as diferentes localidades de Minas Gerais. Para isso, o estado foi dividido em 17 Territórios de Desenvolvimento, com uma sede em cada.
Neste primeiro ano serão levantadas as prioridades das regiões e, a partir de 2016, os encontros servirão como canal de diálogo permanente entre a administração pública e a sociedade civil. As secretarias de Estado de Governo (Segov), de Planejamento e Gestão (Seplag) e de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac) fazem a coordenação do projeto.
Participação ativa
A proposta dos Fóruns Regionais de Governo consiste em convidar, periodicamente, a população a comparecer às reuniões, debates, assembleias, grupos de trabalho, entre outras modalidades de diálogo. Estas participações garantem espaços democráticos para o planejamento das ações, a fim de promover desenvolvimento econômico e social.
O acompanhamento técnico de todas as etapas fica a cargo do Colegiado Executivo, composto por representantes de órgãos do Governo e, em maior número, da sociedade civil. Este colegiado é responsável pelo encaminhamento das demandas levantadas nos fóruns.
Serviço: Fórum Regional de Governo Território Vale do Aço
Incentivar e valorizar um dos principais elementos da identidade cultural mineira: as bandas civis de música. Com essa motivação, a Secretaria de Estado de Cultura, por meio da Superintendência de Interiorização e Ação Cultural, lança o portal do programa Bandas de Minas 2015. Confira, cadastre sua banda e se inscreva nos editas
Além de disponibilizar fácil acesso aos dois editais do programa: encontro de bandas e doação de instrumentos musicais, a plataforma divulga imagens, a história, os contatos e a agenda de apresentações das corporações do Estado, promovendo um espaço de livre para a difusão e valorização da cultura de tradição.
Para realizar o cadastro é necessário fornecer informações como o ano de fundação, a formação atual e o registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica. As instruções para o registro de bandas também estão nos editais. Caso tenha dúvidas, entre em contato pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones (31) 3915.2670 / (31) 3915.2671.
Os editais da edição 2015 do Bandas de Minas estão com inscrições abertas até 17 de agosto. Os recursos são provenientes da Companhia de Desenvolvimento de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais - CODEMIG.
Saiba mais sobre os editais
Encontro de bandas
O Edital de Encontro de Bandas tem por objetivo selecionar 06 (seis) bandas de música que se apresentarão no Encontro de Bandas, integrando as ações da edição 2015 do Programa de Apoio às Bandas Civis do Estado de Minas Gerais, da Secretaria de Estado de Cultura. A proposta do Encontro de Bandas é incentivar a integração, o desenvolvimento e o fortalecimento de laços entre as corporações musicais mineiras entre si e o público, proporcionando à sociedade evento artístico relevante e representativo da identidade cultural de Minas Gerais.
Doação de instrumentos musicais
O Edital de Instrumentos tem por objetivo apoiar as Bandas Civis de Música de Minas Gerais com a doação de aproximadamente 500 instrumentos de sopro, metal e percussão, como forma de contribuir para com a manutenção e o aperfeiçoamento das bandas tradicionais de música em todo o Estado.
Serviço
Portal Bandas de Minas 2015
www.programabandasdeminas.mg.gov.br
Informações: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. - (31) 3915.2670 / (31) 3915.2671
No dia 12 de agosto, a Fundação Getúlio Vargas (FGV – Projetos), em parceria com a Dutch Culture, realizará o “Encontro Brasil-Holanda sobre Gestão de Museus” no Rio de Janeiro. No evento, serão debatidos modelos e práticas de gestão para museus, além de outros equipamentos culturais de interesse público, a partir de exemplos brasileiros e holandeses, com intuito de trocar experiências sobre as melhores práticas de gestão para o setor.
A ação é fruto da parceria entre a FGV e a Dutch Culture, que vem organizando uma série de ações voltadas ao intercâmbio de conhecimento entre os dois países. Estão confirmadas as presenças da Ministra da Educação, Cultura e Ciência da Holanda, Jet Bussemaker e da Conselheira da DutchCulture, Josine Backus.
Da Holanda participam Stedelijk Museum Amsterdam, NEMO e o Eye Film Institute. Giep Hagoort, professor emérito de arte e economia da Universidade "HKU University of the Arts Utrecht", é um dos palestrantes.
A partir do dia 23 de julho, o Museu Mineiro oferece a oficina de férias Des-desenho, ministrada pelo desenhista José Octavio Cavalcanti. O artista está com a exposição Cara ou Coroa em exibição nas salas Multiuso e de Exposição Temporárias do museu. Com isso, o participante poderá desfrutar da oficina e conhecer de perto 90 obras do trabalho do talentoso desenhista.
A observação e a criação se misturam em propostas dinâmicas, em grupo e individuais, explorando técnicas de desenho propostas por Cavalcanti. Durante cinco dias de imersão, o público terá a oportunidade de descobrir e desenvolver suas habilidades artísticas, envolvido pelo universo do Museu. De caráter interativo, a oficina tem por objetivo despertar o interesse e promover a colaboração entre pessoas, através de atividades inusitadas e divertidas, além de desenvolver: linguagens bi e tridimensionais, ritmo e desenho intuitivo.
A atividade também desenvolverá exercícios que promovam maior liberdade no desenho dos alunos, fazendo-os aprender a conviver com o erro, transformando-o; explorar o inusitado e resgatar a espontaneidade no ato de desenhar, normalmente presente na infância.
As aulas serão nos dias 23,24,27,28 e 29 de julho de 2015, das 14h às 18h. Serão oferecidas 20 vagas para pessoas acima de 12 anos. A taxa de inscrição de R$50,00, incluindo material e lanche, poderá ser paga no primeiro dia de aula. Alunos da rede pública de ensino fundamental e médio terão isenção deste pagamento. As inscrições podem ser feitas até o dia 20 de julho, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Sobre o artista
JOSE OCTAVIO VIEIRA CAVALCANTI (BH – 1947) é graduado em Arquitetura e em Artes Plásticas pela UFMG e tem título de Especialização em Arte-Educação pela UEMG. Além do seu trabalho como arquiteto, foi Gestor de Cultura da SEC e professor do Curso de Design da FUMEC. Criou a Oficina de Des-Desenho e o projeto BELO – ab hoc et ab hac, como homenagem ao 1º centenário de Belo Horizonte. Fez várias viagens pelo Brasil, Europa e Estados Unidos, durante as quais executou desenhos de observação a partir do natural. Participou do Encontro das Américas (1997) e publicou os livros Ponto de Fuga – Desenhos de Belo Horizonte e, junto com outros seis artistas, LIBERDADE. Elaborou desenhos de Bom Jesus de Matosinhos para o Memorial Congonhas/UNESCO e participou da exposição Olhares Múltiplos sobre 5 Cidades (2014 – Belo Horizonte/CCBB e Brasília/IEPHA), mostra visitada por mais de 50 mil pessoas, onde exibiu 21 desenhos. Com seus trabalhos, obteve prêmios como Brasil Olímpico 2009 e menções honrosas na V Bienal de Santos e no 1º Salão de Arte e I Salão do Mar, ambos em Vitória/ES. Profissional de múltiplas atividades, José Octavio Cavalcanti exibe suas obras em exposições coletivas e individuais, em salões de arte e em bienais; produz painéis e desenhos para bancos, edifícios, Casa Cor e escritórios; elabora cenários para peças teatrais e ilustrações para livros e encartes de CD. O traço de José Octavio distingue-se pela precisão, minúcia e poiesis características, frutos de uma observação criativa, que integra a capacidade de apreensão do universo urbano à chama da fantasia e da emoção.
O Museu da Inconfidência recebeu, nesta sexta-feira (31), o Secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, o Secretário Municipal de Turismo, Indústria e Comércio, Felipe Vecchia, a Consulesa do Paraguai no Brasil, Sra. Estefanía Laterza, e a Ministra das Relações Internacionais do Paraguai, Sra. Celia Cañete. Em reunião com o diretor do Museu, Rui Mourão, e a chefe da Divisão Técnica, Margareth Monteiro, com participação de funcionários e outros representantes da cidade, foi apresentado um projeto de cooperação cultural, propondo parceria entre o Instituto Brasileiro de Museus, a Secretaria Municipal de Turismo, Indústria e Comércio, o Consulado do Paraguai e o Centro Cultural de la Republica Cabildo. O objetivo é que o Brasil conheça a cultura paraguaia, e o Paraguai tenha suas riquezas difundidas no país vizinho.
A escolha do Paraguai se deu em função das comemorações dos 150 anos da Guerra do Paraguai, também conhecida como Guerra da Tríplice Aliança ou Guerra Grande, o maior conflito armado ocorrido na América do Sul, travado no período de 1864-1870, entre o Paraguai e os países: Brasil, Argentina e Uruguai. O intercâmbio cultural propõe a troca de experiências técnicas nas ações museológicas de preservação da memória nacional – patrimônio material e imaterial. Vislumbra a comemoração dos 150 anos da guerra e a aproximação dos povos numa proclamação da paz por meio da difusão cultural.
FUTURO – Em setembro, na 9ª Primavera dos Museus, cujo tema será “Museus e memória indígena”, há pretensão de atividades conjuntas. Já para novembro, o Museu da Inconfidência planeja inaugurar a exposição 150º Aniversário da Guerra do Paraguai: distintas visões, com acervo de museus brasileiros e paraguaios. Além disso, em 2016, o Inconfidência levará aos profissionais parceiros técnicas inovadoras na curadoria de exposições de curta e média durações, bem como a difusão do seu acervo, através de oficinas lúdicas e pedagógicas. A programação conta com o apoio da Associação dos Amigos do Museu da Inconfidência.
Entre os dias 26 de julho e 02 de agosto, a Serra do Cipó se transforma em palco para diversas manifestações culturais. É o Cipó Classic Festival, que une música e gastronomia na forma de concertos, apresentações culturais, workshops, palestras e oficinas, além de uma feira gastronômica e artesanal.
Serão diversas atrações nacionais e internacionais. A programação conta com shows como o de Lu Severino e Banda, músico com 32 anos de carreira, que atuou como vocalista em vários grupos como Samba à Rigor e Flor de Minas. Para quem prefere uma batida mais clássica, a apresentação do cravista belo-horizontino Antônio Carlos Magalhães será uma excelente pedida. Além do cravista, outro clássico a se apresentar é o barítono paraguaio Eládio Peres e a sua dupla, o violonista brasileiro Celso Faria. Haverá ainda banda de choro carioca, do grupo Marcelo Caldi e Trio.
Para a propagação da cultura gastronômica da região, o festival promove também uma série de cursos e oficinas, ministrados por profissionais gabaritados, com o apoio do Senac. No evento haverá ainda uma Feira Gastronômica e Artesanal, em que produtores, artesãos e artistas locais poderão expor e comercializar seus produtos.
A educadora Elza de Moura será homenageada às 16h do dia 5 de agosto, no Teatro José Aparecido de Oliveira, da Biblioteca Pública Estadual, na Praça da Liberdade. A cerimônia será presidida pelo secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, contando com a participação da Arcádia Mineira e diversas entidades culturais.
A cerimônia celebra os cem anos de Elza de Moura, completados um dia antes, em 04 de agosto. Para marcar a relevância da data, o secretário Angelo Oswaldo entregará Medalha da Inconfidência à musicista. A honraria simboliza a importância da homenageada para a cultura de Minas Gerais. Por enaltecer a trajetória exitosa de uma personalidade que dedica sua vida à educação e às artes, o evento será encerrado com uma apresentação musical.
Atuante no cenário de formação musical do estado, Elza Moura ainda ministra palestras sobre a temática. A professora integra o quadro de membros efetivos da Arcádia de Minas Gerais, instituição que reúne expressões dos vários segmentos de artes no Estado.
Emocionada e explicitamente gratificada, a musicista fala sobre a solenidade e longevidade. “Acho essa homenagem de uma delicadeza sem tamanho. Muitas pessoas merecem um momento como esse e fico feliz que eu tenha sido escolhida. Chegar aos cem anos não é muito difícil. Consegui esse fato raro levando uma vida tranquila, imersa em livros, música e, principalmente, cercada de grandes amizades”, explica.
Crédito: Arcádia de Minas Gerais
Sobre Elza de Moura
Cientista e musicista, Elza de Moura formou-se na Escola Normal, influenciada pelas orientações de Helena Antipoff. Destacou-se no magistério, ao lecionar no Instituto de Educação, sendo considerada uma das mais importantes expressões da pedagogia de Minas Gerais. Membro da Arcádia de Minas Gerais, publica artigos não só na revista da instituição como também em vários outros veículos culturais, mantendo intensa atividade intelectual. Ela reside no bairro Santa Efigênia, na rua Tenente Anastácio de Moura, que homenageia seu pai. Seu afilhado, o poeta Afonso Romano de Sant’Ana, veio do Rio de Janeiro a fim de homenagear a madrinha.
Durante a solenidade de apresentação da 100ª aeronave adquirida diretamente junto à Boeing, a Gol lançou também sua nova logomarca, produzida pela agência AlmapBBDO. Além disso, levará pelos destinos em que voar a Marca Brasil, criada pela Embratur e estampada em suas aeronaves.
Criada há 14 anos, a Gol conta hoje com 16 mil funcionários e opera um total de 140 aviões. Dentre as novidades estão assentos com couro ecológico e serviços de conexão contínua com a internet dentro dos aviões, desenvolvidos em parceria com a Google.
A Academia Mineira de Letras abre as portas no próximo domingo, dia 2 de agosto, para receber a Orquestra Minas Barroca, conhecida por interpretar partituras de grandes nomes da música latina- americana e europeia, dos períodos barroco e colonial. A apresentação começa às 17h e comemora o lançamento oficial da Associação dos Amigos da AML, a AMICAD, orgão sem fins lucrativos criado para dar suporte e colaborar na manutenção do espaço e das atividades da Academia. Qualquer pessoa, física ou jurídica, pode contribuir e ajudar a estimular a leitura e o acesso à cultura no Estado.
A escolha da atração musical não poderia ser mais adequada para a comemoração. Grande representante da cultura mineira e divulgadora do patrimônio imaterial do Brasil Colônia, a Orquestra Minas Barroca faz um trabalho ímpar de resgate da história da música em Minas Gerais, restaurando e editando partituras do período Barroco, em sua maioria pertencentes ao Acervo Maestro Chico Aniceto, da cidade de Piranga (MG).
A única de Minas Gerais a fazer esse trabalho e a utilizar instrumentos de época idênticos aos do séc.XVIII, a Orquestra Minas Barroca se tornou referência no gênero. O grupo acaba de voltar da Universidade de Rastock, na Alemanha, onde o diretor artístico da Orquestra, o professor de História da Música e pesquisador da UEMG, Domingos Sávio Lins Brandão, ministrou uma palestra sobre Música do tempo de Aleijadinho e um workshop, sobre técnicas de restauração e edição de partituras antigas. A Orquestra realizou ainda três concertos por lá, mostrando na prática a força da música erudita brasileira.
Orquestra Minas Barroca
Criada em 2013, a Orquestra Minas Barroca recebe o apoio da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e da Fundação de Apoio e Desenvolvimento da Educação, ciência e Tecnologia de Minas Gerais.
A Orquestra Minas Barroca tem por objetivo principal executar e reproduzir os registros do patrimônio histórico da produção musical do barroco mineiro, através da montagem e circulação de espetáculo musical com as obras do Acervo do maestro Francisco Solano Aniceto (1886-1972), popularmente conhecido como Maestro Chico Aniceto e de outros acervos musicais, além de musicas europeia tocadas em Minas Gerais no século XVIII.
Colocando os mestres mineiros e os mestres de outras partes do mundo para dialogar em um palco, a Orquestra Minas Barroca intenciona a criação e reapropriação de valores e práticas musicais dos séculos XVIII e XIX, contribuindo para um conhecimento das poéticas musicais brasileiras e mineiras.
Contendo no repertório obras de habilidosos compositores mulatos mineiros do período Barroco, como Lobo de Mesquita, Manoel dias de Oliveira, Jerônimo de Sousa Lobo, João de Deus de Castro Lobo, dentre outros, terão suas peças executadas junto com as de compositores consagrados do Barroco europeu como Georg Friedrich Händel, Antonio Vivaldi, Arcangelo Corelli e Johann Sebastian Bach.
Integrantes:
Guilherme Matozinhos - Regência e viola da Gamba
Domingos Sávio - Flautas Doce
Geovane Paiva - Viola Caipira
Rafael Marcenes - Violino
Regiany Carlos - Violino
João Antonio - Violino
Cesar Augusto - Viola
Weverton Santos - Trompa
Laila Farinha - Oboé Barroco
Rebeca Tavares - Contrabaixo
Maria Luisa Cerqueira - Cravo
Felipe Novaes - Guitarra Barroca
Cantores
Rodrigo Firpi - Sopranista
Mariana Redd - Contralto
André Felipe - Tenor
Antonio Marcos - Baixo
Orquestra Minas Barroca Domingo, 04 de agosto de 2015 | Horário: 17h Entrada gratuita
Academia Mineira de Letras | Rua da Bahia, 1466, Centro, BH Informações: (31) 3222-5764
Os Fóruns Regionais de Governo estão sendo instalados em todo o Estado. A iniciativa inédita em Minas Gerais tem o objetivo de incluir a população no processo decisório das ações governamentais, com a elaboração, execução, monitoramento e avaliação de políticas públicas de forma regionalizada. A cidade de Passos, no Território Sudeste, recebe o próximo Fórum nesta sexta-feira, 03/07, às 9h.
A participação de autoridades, sociedade civil organizada, cidadãos, assim como dos órgãos estaduais e federais é fundamental para juntos levantarmos as prioridades e buscarmos soluções específicas para cada território.
O processo de concepção e as alterações sofridas pelo projeto "Tem uma catraca no meio do caminho", da artista Graziela Kunsch, são o tema de um bate-papo com o público. A obra, que discute a mobilidade – sem cobrança - nos espaços públicos, é um dos 25 projetos do recorte da 31ª Bienal de São Paulo que a Fundação Clóvis Salgado abriga até 9 de agosto.
Durante o encontro, Graziela vai contar detalhes sobre o processo de criação do projeto e as alterações necessárias, após a negativa de Prefeitura de São Paulo diante de sua primeira proposta. Inicialmente, a intervenção artística propunha a cessão de um ônibus para deixar as pessoas em pontos distintos da cidade, durante o período expositivo da Bienal.
Graziela Kunsch é artista. Doutoranda em Meios e Processos Audiovisuais na ECA-USP, sob orientação do Prof. Dr. Rubens Machado Jr. Editora da revista Urbânia e colunista do site TarifaZero.org. Co-organizadora do projeto Arte e esfera pública. Entre 2001 e 2003 abriu a casa onde morava como residência pública (Casa da Grazi), abrigando exposições e coletivos de diferentes cidades brasileiras, formando uma rede de trabalho e de amizade. Desde então abre sua biblioteca pessoal para uso público, tanto agendando visitas a sua casa como levando recortes temáticos desta biblioteca para as suas exposições.
Bate-papo com Graziela Kunsch – 31ª Bienal de São Paulo – Como (...) coisas que não existem
Local: Sala Juvenal Dias, Palácio das Artes – Av. Afonso Pena, 1537, Centro
A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) assinou a ordem de serviço para o início das obras complementares do Teatro Paschoal Carlos Magno, em Juiz de Fora. Para viabilizar a retomada das intervenções, que estavam paralisadas por mais de três décadas, o Governo de Minas Gerais assumiu o financiamento do projeto, com investimentos da ordem de R$ 6 milhões.
O novo equipamento, localizado em área nobre do município — Rua Gilberto de Alencar, perto do Parque Halfeld, na região central —, atenderá à sociedade artística local e transformará em realidade um sonho que se manteve vivo ao longo dos anos. O espaço oferecerá praticidade, eficiência e conforto, além de fomentar a produção cultural na cidade. A previsão é de que as intervenções sejam concluídas em até 18 meses.
Remodelado, o espaço também constituirá um novo ambiente de vivência e interatividade e proporcionará à população acesso à fruição artística, com apresentações, formação cultural e diversificadas manifestações de arte, como teatro, dança, exposições e estudos, por exemplo. Além do teatro com 400 lugares, o local terá galeria de arte, anfiteatro, café e instalações destinadas a reuniões e ensaios.
História
A construção do Teatro Paschoal Carlos Magno começou em 26 de fevereiro de 1981. A proposta de conceber um teatro municipal surgiu durante uma apresentação teatral, que contava com a presença, na plateia, do autor, diretor e produtor Paschoal Carlos Magno.
Diante do público, Paschoal fez um apelo ao prefeito da época, que presenteasse a cidade com mais um espaço apropriado para manifestações artísticas. No início da década de 1980, a Prefeitura de Juiz de Fora iniciou a construção do teatro. Contudo, problemas estruturais levaram a 30 anos de interrupção da obra, agora retomada com o apoio da Codemig e do Governo do Estado de Minas Gerais.
De um total de 41 inscrições, vindas de várias partes do Brasil, Ana Beatriz Zaghi (SP), Anderson Alves (RJ), Eduardo Pereira (SP) e Leonardo David (ES) foram os selecionados para participar ativamente da 7ª edição do Laboratório de Regência da Filarmônica de Minas Gerais, realizada entre os dias 27 e 30 de julho com ensaios e aulas técnicas ministradas pelo diretor artístico e regente titular da Orquestra, Fabio Mechetti. O Laboratório será encerrado com um concerto aberto ao público na Sala Minas Gerais, no dia 30 de julho. No repertório, a Abertura de O Navio Fantasma, de Wagner, e a Sinfonia nº 4 em Si bemol maior, op. 60, de Beethoven.
O formato desta edição segue o modelo das anteriores: pela manhã, os participantes têm aulas práticas, em ensaios com a Orquestra, e, à tarde, recebem orientações teóricas do maestro Fabio Mechetti. Assim como Ana Beatriz Zaghi, Anderson Alves, Eduardo Pereira e Leonardo David, outros nove maestros irão participar como ouvintes das atividades do Laboratório.
O Laboratório de Regência da Filarmônica de Minas Gerais é uma iniciativa pioneira no Brasil e por ele já passaram regentes que hoje se destacam no cenário nacional e internacional, como Marcelo Lehninger, atual regente associado da Orquestra Sinfônica de Boston e regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica de New West, em Los Angeles; Tobias Volkmann, que, neste ano, teve a estreia alemã à frente da Orquestra Sinfônica de Brandemburgo e fará ainda sua estreia na célebre sala do Gewandhaus de Leipzig como convidado da temporada oficial do Coro e Orquestra da Rádio MDR; e Alexandra Arrieche, vencedora do Taki Concordia Fellowship (2010), organizado pela maestra Marin Alsop e regente assistente da Baltimore Symphony nas temporadas 2013 e 2014.
Como iniciativa para a profissionalização do setor, o Laboratório de Regência é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e CBMM, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Os ingressos para o concerto podem ser retirados na bilheteria da Sala Minas Gerais, à rua Tenente Brito Melo, 1090, bairro Barro Preto. A bilheteria funciona de segunda a sexta-feira das 12h às 21h e, no sábado, das 12h às 21h.
Sob regência do maestro LincolnAndrade, o Coral Lírico de Minas Gerais homenageia o compositor mineiro Fernando Brant e o Clube da Esquina, com um medley das canções PontadeAreia; Estrela, Estrela; BailesdaVida e ParaPaulaeBebeto, durante a série Lírico no Museu. Acompanhado por piano, o corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado relembra a trajetória de um dos maiores nomes da música mineira. O arranjo musical é assinado por Fred Natalino e Lincoln Andrade.
Falecido em 12 de junho deste ano, Brant deixou um rico legado para a música nacional, com importante participação no Clube da Esquina, além de outros trabalhos que marcaram gerações nas vozes de artistas como Milton Nascimento. Lincoln Andrade destaca este momento do concerto como uma forma de recordar a vida e a obra de Brant. “Ele deixou uma lacuna aberta na música brasileira, na esperança por dias melhores, na utopia por justiça e na fé da amizade”, destaca.
Além dessa homenagem, o Coral Lírico apresenta obras que marcaram o primeiro semestre de apresentações da sua temporada de 2015. O destaque fica por conta da variação de idiomas presentes no repertório: o coral canta em francês, italiano,espanhol,hebraico, inglês e português.
Pela segunda vez, o CLMG interpreta a suíte TrêsCançõesLatino-americanas, que reúne as composições JacintoChiclana, uma milonga campeira de Jorge Luis Borges e Astor Piazzolla, EnlosSurcosdelAmor, canção popular argentina arranjada por Carlos Gustavino e o tango VeranoPorteño, de Astor Piazzola. As peças remetem às tradições folclóricas da Argentina, como explica o maestro Lincoln Andrade. “As canções têm ritmos fortes e são muito melódicas. Um estilo que muitos ainda não conhecem e que têm uma sonoridade muito bonita para a música coral”, explica Lincoln.
O programa do concerto também traz uma sequência com trechos de duas famosas óperas: Carmen, de Georges Bizet; e LuciadiLammermoor, de Gaetano Donizzetti. Da composição de Bizet, foram selecionados os coros das Cigarreiras, dos Contrabandistas, e LesVoici, da MarchadosToureiros. Per te d’immenso giubilo e De immenso giubilo s’innalzi un grido, trechos corais de LuciadiLammermoor fecham essa parte do repertório dedicada aos coros de ópera.
Ainda no repertório, CincoCançõesHebraicasdeAmor, do norte-americano EricWhitacre. As peças foram inspiradas nos poemas da soprano israelense HilaPlitmann, esposa de Whitacre. A composição reúne as canções Temuná (Uma Pintura), para vozes femininas, Kalákallá (Noiva Iluminada), para vozes masculinas; Lárov, uma metáfora para a distância entre dois amores; Éyzeshéleg (Que Neve!), onomatopeia dos sons dos sinos de uma catedral e Rakút (Cheio de Ternura), uma suave canção de amor.
Medley contemporâneo – Baseado na história de RomeueJulieta, de WilliamShakespeare, o musical WestSideStory, composto por LeonardBernstein e libreto de StephenSondheim, traz mais contemporaneidade ao concerto. Desta peça, o Coral Lírico interpreta as composições Tonight, IFeelPretty, OneHand, OneHeart, Maria e America, acompanhados por piano. O musical explora a rivalidade entre os Jets e os Sharks, duas gangues de rua de diferentes etnias, no bairro de WestSide, em NovaYork.
Coral Lírico de Minas Gerais
Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais, corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado, é um dos raros grupos corais que possui programação artística permanente e que interpreta um repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Dentro das estratégias de difusão do canto lírico, o Coral Lírico desenvolve diversos projetos que incluem Concertos no Parque, Lírico na Cidade, Lírico Educativo e participação nas temporadas de óperas realizadas pela Fundação Clóvis Salgado. O objetivo desse trabalho é fazer com que o público possa conhecer e fruir a música coral de qualidade, além de vivenciar o contato com os artistas.
Maestro Lincoln Andrade
Lincoln Andrade possui doutorado em Regência pela University of Kansas, EUA, mestrado pela University of Wyoming, EUA, onde também foi professor assistente e ministrou aulas de canto coral e regência coral. Foi diretor musical do grupo vocal Invoquei o Vocal, maestro titular do Madrigal de Brasília, e do Coral Brasília. Recebeu prêmios nos Estados Unidos e na Europa. Foi professor e diretor da Escola de Música de Brasília. Regeu concertos na Alemanha, Argentina, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Hungria, Paraguai, Polônia, Portugal e Turquia. É constantemente convidado para palestras sobre regência e o canto coral em festivais no Brasil.
Sobre os compositores
Astor Piazzolla (1912-1992) – Nascido na cidade de Mar del Plata, Piazzolla foi um grande bandoneonista e compositor argentino. Estudou harmonia e música erudita, sendo o responsável por trazer diversas inovações ao tango, principalmente uma influência do jazz vindo de Nova York. Em sua discografia, Piazzolla possui parcerias com importantes músicos, como Gary Burton e Tom Jobim.
Carlos Guastavino (1912-2000) – Compositor argentino, Guastavino é considerado um dos mais importantes musicistas do século XX. Em sua carreira, produziu mais de 500 obras, entre elas canções para piano e voz. Seu estilo é conservador e romântico, influenciado pela música folclórica argentina.
Eric Whitacre (1970) –Maestro e compositor norte americano, é vencedor do prêmio Grammy e conhecido por seu trabalho com orquestras e corais. Diversas de suas obras são homenagens a diferentes poetas como Federico García Lorca e Emily Dickinson. Alguns dos seus trabalhos mais célebres vem do projeto Virtual Chord, que propõe agrupar vozes individuais a um coral online.
Francis Poulenc (1899-1963) – Francis Jean Marcel Poulenc foi um compositor e pianista francês, membro do grupo Les Six, autor de obras que abarcam a maior parte dos gêneros musicais, incluindo canção, música de câmara, oratório, ópera, música orquestral e música coral.
Fernando Brant (1946-2015) – Compositor mineiro, Fernando Brant foi parceiro de músicos como Wagner Tiso, Lô Borges e Toninho Horta, sendo um importante integrante do Clube da Esquina. Em sua parceria com Milton Nascimento, teve mais de 200 canções gravadas, incluindo Travessia, que ganhou o segundo lugar no II Festival Internacional da Canção, do Rio de Janeiro.
Gaetano Donizetti (1797-1848) – Donizetti é dos compositores mais importantes do período do Romantismo. Em 1818, apresenta a sua primeira ópera, mas o seu grande reconhecimento só vem em 1828, com a ópera Esule di Roma. Apesar de ser famoso por suas óperas, Donizetti também compôs outros estilos musicais, como quartetos de cordas e obras orquestrais.
Georges Bizet (1838-1875) – Compositor francês de óperas, destacou-se como aluno no Conservatório de Paris ao vencer diversas competições. Durante sua carreira, teve suas composições orquestrais e para piano ignoradas e o seu grande reconhecimento só veio após a sua prematura morte, quando já no século XX, seus trabalhos passaram a ser interpretados com mais frequência.
Leonard Bernstein (1918-1990) – Maestro, compositor e pianista americano, é vencedor de diversos Emmys e obteve grande reconhecimento ao dirigir a Filarmônica de Nova York entre 1954 e 1989. Foi uma das figuras mais influentes na música clássica americana e inspirou a carreira de uma grande geração de novos músicos. Suas composições são diversificadas e abrangem peças para balé, cinema, teatro e ópera. Entre suas principais obras estão as composições Candide, On the town e West Side Story.
O Instituto Estadual do Patrimônio Artístico de Minas Gerais (Iepha) abre licitação para a reforma e restauração da capela do Senhor dos Passos, no distrito de Brumal, na cidade de Santa Bárbara. As intervenções são necessárias para preservação do bem cultural que se encontra em processo de deterioração e que compõe a paisagem urbana do centro histórico do distrito.
As obras preveem a restauração da imagem do Senhor dos Passos e de esquadrias, a recuperação da fachada e de revestimentos, a execução de alvenaria, a recomposição de reboco, a consolidação de trincas, entre outras intervenções.
O envelope com a proposta deve ser entregue no dia 17 de agosto deste ano, até as 9h50, na sede do Iepha, em Belo Horizonte. As habilitações e as propostas serão julgadas pela Comissão Permanente de Licitação designada pelo instituto. O valor máximo aceito pelo Iepha para a execução dos serviços é de R$ 659.036,95, com prazo de 330 dias para concluir as obras.
Poderão participar da licitação pessoas jurídicas legalmente autorizadas a atuarem no ramo, com comprovada experiência em serviços na área de restauração arquitetônica e de bens móveis e integrados. A empresa deverá comprovar a existência, em seu quadro permanente, de um arquiteto e urbanista restaurador de bens móveis e integrados e de dois conservadores restauradores.
“Os serviços de conservação e manutenção da Capela do Nosso Senhor dos Passos terão como premissa básica o respeito e a consideração aos valores estéticos e históricos dos bens integrados, assegurando adequação e compatibilidade em relação aos seus elementos construtivos originais, de acordo com os critérios de intervenção em bens culturais internacionalmente aceitos. As intervenções necessárias deverão integrar-se harmoniosamente, do ponto de vista estético, formal e construtivo ao existente”, esclarece trecho do edital.
Não poderão participar da licitação empresas que encontram-se em situação de falência, concordata, recuperação judicial ou extrajudicial, concurso de credores, dissolução e liquidação, bem como instituições estrangeiras que não funcionem no país, entre outros critérios estabelecidos.
Capela do Senhor dos Passos
Situado ao pé da Serra do Caraça, o distrito de Brumal se origina dos primeiros anos do século XVIII, aproximadamente em 1704, quando a bandeira de Antônio Bueno descobriu as minas situadas no local.
A beleza e o valor do conjunto arquitetônico de Brumal encontram-se na singeleza e espontaneidade de suas edificações de pequeno porte, tendo como ponto central o largo da praça do chafariz.
Construída por volta de 1865, a Capela de Nosso Senhor dos Passos possui destaque dentro do complexo arquitetônico. A capela possui pouca ornamentação externa, valorizando, assim, uma linguagem simétrica e sóbria.
Sua planta é muito simples, composta de uma nave e um coro, localizado sobre a porta principal. De partido arquitetônico retangular, ela se estrutura em madeira autoportante de adobe e tijolos.
No fim de junho, o projeto Bibliominas criou espaços infantojuvenis nas Bibliotecas Públicas Municipais de Cambuquira e São José do Alegre, ambas no sul do Estado.
Para a viabilização dos espaços, foram entregues às bibliotecas mais de trezentos livros, além de computadores e mobiliário específico. O projeto é realizado pela Câmara Mineira do Livro, com recursos do Fundo Estadual de Cultura e apoio do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas Municipais (SEBPM).
“A criação destes espaços é um modo de fortalecer o acesso ao livro e à leitura na infância, o momento mais propício para cultivar este hábito”, comemora Marina Nogueira, diretora do SEBPM.
“O público infantojuvenil é responsável pela maior parte dos atendimentos nas bibliotecas públicas do interior, porém há escassez de acervo e mobiliário adequado para acolher bem crianças e adolescentes”, explica a idealizadora do projeto, Fabíola Ribeiro Farias, que também é chefe do Departamento de Coordenação de Bibliotecas e Promoção da Leitura da Fundação Municipal de Cultural de Belo Horizonte.
Os espaços criados na Biblioteca Pública Municipal Martha Antiéro, em Cambuquira, e na Biblioteca Pública Municipal Maurício Lacerda de Carvalho, em São José do Alegre, já estão abertos ao público.
Entre os dias 06 e 09 de agosto, Ouro Preto vai se transformar na capital nacional da fotografia com o festival Fotógrafos em Ouro Preto. Durante quatro dias, a cidade patrimônio cultural da humanidade recebe artistas, fotógrafos profissionais e amadores de todo o país, em um momento de reflexão, prática e troca de experiências. O evento é patrocinado pela Samarco e conta com apoio do Instituto Moreira Sales, IFMG – campus Ouro Preto, Galeria Epson, Solução e Imagem, Studio Anta, Sesi Fiemg e Adop.
Alcançando sua 4ª edição consecutiva e com uma programação extensa composta por exposições, palestras, oficinas, leituras de portfólio e roteiros fotográficos; o Fotógrafos em Ouro Preto tem como objetivo a sensibilização do olhar para o exercício da cidadania, considerando a fotografia e a imagem - suas possibilidades estéticas e políticas -, como instrumentos de registro e questionamento de nosso tempo.
Neste ano o evento destaca a participação da premiada fotógrafa britânica, naturalizada brasileira, Maureen Bisilliat, do pernambucano Cafi, de Pedro David, dos coletivos Nitro Imagens, Olho de Vidro, Galeria Portfólio, além da presença confirmada do renomado fotógrafo Miguel Rio Branco.
300 anos da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário – Ouro Preto Cidade Murada
Homenageando os 300 anos da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, Maureen Bisilliat traz, pela primeira vez em Minas Gerais, o ensaio Pele Preta, trabalho fotográfico de Maureen realizado há cinco décadas e originalmente exposto em sua primeira grande exposição no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) em 1966. O ensaio será projetado no interior da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, acompanhado de um bate-papo com a artista e fotógrafa, contando também com a presença de Assis Antonio de Oliveira, retratado ainda menino por Maureen neste ensaio inaugural sua obra fotográfica.
No contexto do tricentenário da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, o Fotógrafos apresenta a intervenção acontecimental Ouro Preto – Cidade Murada. Utilizando o muro (elemento de sustentação e paisagístico comum em Ouro Preto) como metáfora para dizer da superação de obstáculos, desbloqueio, elevação e unidade, serão realizadas uma série de projeções em muros da cidade, com a temática Identidade e Cultura Negra. Contando com trabalhos e projeções de fotógrafos como Miguel Rio Branco, Maureen Bissiliat e Cafi, que participa da ação com Matita Perê – projeção feita a partir da canção homônima de Tom Jobim e Paulo César Pinheiro, com fotos realizadas no sertão de Guimarães Rosa – e No Céu da Placa Mãe – filme produzido em cima de trabalho plástico realizado pelo fotógrafo, versando sobre a introdução da era digital na fotografia e na vida, com cenas de uma levada de Yemanjá para o mar.
Ouro Preto - Cidade Murada evidencia ainda fotos do público em geral, selecionadas por meio de uma convocatória realizada pelo evento.
Programação
Abrindo o Fotógrafos em Ouro Preto, Dimas Guedes expõe Bem ao Norte de Goiás, série de registros sobre o Movimento dos Atingidos por Barragens, de Minaçu (GO), a partir de pesquisa realizada pelo antropólogo André Dumans Guedes. A exposição será precedida de um bate-papo com a presença de Dimas e André.
A programação do evento destaca ainda outras cinco exposições. Pedro David expõe “Fase Catarse”, composta por três séries produzidas entre os anos de 2008 e 2010, mostrando sua visão de alguns dos momentos experienciados pelo próprio fotógrafo, sobre sua relação com o ambiente urbano e a questão imobiliária das grandes cidades. A Galeria Epson apresenta a exposição Anuários AI-AP (American Illustration – American Photography). Com curadoria de Guilherme Hora (Studio Anta) e Carlos Nascimento (Solução e Imagem), a coletiva exibe trabalhos vencedores do concurso Latin American Fotografia, relacionados aos famosos anuários estadunidenses de fotografia, design e ilustração.
Já a Galeria Portfólio, traz ao Fotógrafos em OP a coletiva Frestas. A mostra discute, a partir da lente de 10 fotógrafos, a cidade, a rua, os muros e a galeria, assim como seus distanciamentos e aproximações. A programação destaca ainda as exposições Vidra, do coletivo Olho de Vidro e Retratos Pintados, série sob curadoria de Gê Fortes, reunindo coleção de fotografias pertencentes a famílias ouro-pretanas, contendo fotos retocadas a lápis e pintadas, moda na primeira metade do séc XX.
Assim como nas edições anteriores, o Fotógrafos em Ouro Preto guarda espaço em sua programação para reflexão sobre o campo da fotografia nas mesas de debate Papo com Foto. Léo Drummond (Nitro Imagens) - em parceria com o Sebrae e Henrique Ribas argumentam sobre os rumos da fotografia na era digital na mesa Memória Digital – Acervos Futuros.
Em Liberdades Fotográficas, Nilo Biazzetto (Escola/Galeria Portfólio), apresenta o conceito liberdade fotográfica, que diz respeito às suas produções autorais, projetos coletivos, exposições e workshops, defendendo a abertura na fotografia para o envolvimento e influências de outras artes como a música, a poesia, a street art, a gastronomia e a própria vida.
Lucas de Godoy, idealizador do Fotógrafos em OP, comenta que a programação do evento foi pensada procurando abordar o universo da fotografia de maneira ampla, com o objetivo de contemplar não só os profissionais da área, mas também o fotógrafo amador e o público interessado em geral. “Além de exposições e bate-papos, o Fotógrafos oferece atividades práticas como oficinas, roteiros fotográficos guiados e leituras de portfólio, este último, um momento de diálogo e troca superimportante, com orientação de profissionais de carreira consolidada. Outro destaque da programação é o projeto Cidade Murada, intervenção no espaço público que será lançada este ano, comemorando o tricentenário da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos”, comenta.
Ação Social
Desde de sua criação, em 2011, o Fotógrafos em Ouro Preto vem realizando uma série de ações sociais em bairros periféricos e distritos pertencentes ao município de Ouro Preto. Atualmente, o Fotógrafos, juntamente com parcerias público-privadas, atua no distrito de Antônio Pereira, em uma campanha de conscientização dos direitos e da saúde da mulher. O projeto dialoga com as lideranças femininas da comunidade, combatendo a violência contra a mulher. O resultado dessa ação será registrada na exposição Mulher em Foco- Antônio Pereira, originando um catálogo de fotos e textos sobre lideranças femininas e manifestações culturais do distrito.
Repaginar os mecanismos de fomento já existentes em busca do aprimoramento da produção cultural em Minas Gerais é uma das diretrizes da Secretaria de Estado de Cultura (SEC). Nesse sentido, a Superintendência de Interiorização e Ação Cultural lança, nesta quarta-feira (15/07), às 10h, o edital inédito Circula Minas. A solenidade, que acontece na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, conta com participação do secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, e performance "Seu Geraldo", do grupo Pigmaleão Escultura que mexe.
O edital dispõe de R$ 300 mil destinados a artistas, estudiosos da cultura, técnicos, agentes culturais, mestres e mestras dos saberes e fazeres populares, domiciliados em Minas Gerais, para participarem de atividades prioritariamente culturais, promovidas por instituições brasileiras ou estrangeiras de reconhecido mérito.
O Circula Minas é oriundo do programa de apoio a viagens, utilizado até 2014, normatizado pela resolução 026, revogada em 2015, que destinava em torno R$115 mil por meio da concessão de passagens que viabilizavam a participação de artistas mineiros em eventos culturais do em âmbito nacional e internacional. A implementação de edital, o aumento do valor do recurso, a pré inscrição online e a transparência nos critérios de participação e avaliação são algumas das novidades da edição que reafirmam o compromisso da SEC com a democratização e ampliação dos mineiros ao acesso à cultura.
Crédito: Wellington Pedro
Para o momento de pujança cultural em que vive o Estado, Angelo Oswaldo ressalta que o edital veio a calhar. “Conseguimos, a partir de economias, R$ 300 mil reais para circulação dos bens culturais mineiros, num movimento de expansão do nosso fazer e criar. Além de sua dimensão transcendental, precisamos tratar a cultura como um instrumento de transformação social e ativação das realidades econômicas”.
Também enfatizando o caráter catártico das artes, o secretário adjunto Bernardo Mata Machado salientou a importância de fazer os produtos culturais circularem internacionalmente. “A emoção provocada por um espetáculo é universal, podemos assisti-lo em outra língua, mas mesmo assim nos comovemos. Por isso, a relevância de um edital como esse”, completou.
Se atendo aos benefícios do edital, o superintendente João Miguel sublinhou as novidades. “Potencializamos um mecanismo de concessão de benefícios, tornando-o mais transparente, num processo que oferece condições de participação a todos os mineiros. É uma verdadeira democratização de acesso à cultura”, disse.
A cantora sambista Aline Calixto lançará no Teatro Bradesco do Centro Cultural Minas Tênis Clube o seu disco Meu Ziriguidum, nos dias 14 e 15 agosto. A cantora também estará presente no Café do espaço cultural para um bate-papo com os fãs mineiros sobre sua carreira, sua música, moda e o novo disco, no dia 1º de agosto, às 15h. O encontro é gratuito.
Este é o terceiro álbum da cantora carioca radicada em Minas Gerais. Meu Ziriguidum nasce de forma independente e afirma o talento da cantora. Respeitada pelos ícones de um dos gêneros musicais mais populares do país, Aline mostra, neste trabalho, que também é compositora .
Mais madura e segura tanto do seu canto quanto do caminho que deseja seguir, Aline deu ao disco o nome de uma canção composta por ela, em parceria com Gabriel Moura. Tal canção abre o disco e retrata a mulher moderna que vai pro samba, sem qualquer preconceito ou pudor.
Serviço: Bate-papo Aline Calixto Data: 1º de agosto Horário: 15h Local: Villa -Café (Rua da Bahia, 2244- CF5- Lourdes – andar abaixo do Teatro Bradesco) Entrada Gratuita
Passando pelos municípios de Alto Caparaó, Caratinga e Timóteo, a equipe visitou diversos pontos turísticos, que integram o roteiro proposto, desde as estruturas e atrativos dos parques visitados (cachoeiras, mirantes e trilhas), até os produtos complementares ao projeto como a “Fazenda Ninho da Águia”.
Segundo o técnico Márcio Ribeiro, “a participação da Setur neste momento foi fundamental para compreendermos ainda mais o importante papel desenvolvido pelos Circuitos Turísticos no estado. Verificamos in loco as ações, buscando alinhar e compreender melhor o trabalho desenvolvido. O grande ganho deste projeto é a comprovação do amadurecimento das regiões turísticas mineiras, que tem buscado trabalhar não mais como concorrentes, mas sim integradas, em constante busca de parcerias, fortalecendo assim a atividade turística no estado”, diz.
A técnica Thalita Brito se diz surpreendida com a oferta turística da região que além dos atrativos conhecidos, conta também com equipamentos turísticos em ótima qualidade e parques que possuem infraestrutura em excelente estado. “Considerando o potencial encontrado na região, a mesma tem grande possibilidade de ser um roteiro que irá agradar aos turistas mais exigentes”, conclui Thalita.
O lançamento e a comercialização do roteiro estão previstos para os próximos meses.
Pontos turísticos:
Parque Nacional do Caparaó: localizado na divisa dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, o Parque abrange quatro municípios mineiros (Alto Caparaó, Caparaó, Alto Jequitibá e Espera Feliz) e cinco capixabas (Dores do Rio Preto, Divino São Lourenço, Ibitirama, Iúna, Irupi). É um dos ícones do montanhismo no Brasil e abriga o terceiro ponto mais alto do país, o Pico da Bandeira, com 2.892 metros de altitude.
Parque Estadual do Rio Doce: situada na porção sudoeste do Estado, a 248 km de Belo Horizonte, na região do Vale do Aço, a unidade de conservação abriga a maior floresta tropical de Minas, em seus 35.970 hectares. O Parque possui quarenta lagoas naturais, dentre as quais se destaca a Lagoa Dom Helvécio, com 6,7 Km2 e profundidade de até 32,5 metros. As lagoas abrigam uma grande diversidade de peixes, que servem de importante instrumento para estudos e pesquisas da fauna aquática nativa, com espécies tais como bagre, cará, lambari, cumbaca, manjuba, piabinha, traíra, tucunaré, dentre outras.
RPPN – Feliciano Miguel Adbala:a Reserva Particular do Património Natural Feliciano Miguel Abdala é um importante remanescente florestal, localizada no município de Caratinga, à margem esquerda do Rio Manhuaçu, na Bacia do Rio Doce, em Minas Gerais. A reserva possui um elevado número de plantas endêmicas e rica fauna de aves e mamíferos ameaçados de extinção. Dentre os primatas que habitam a área, destaca-se o macaco “Muriqui”, considerado o maior primata das Américas. Em razão de tal singularidade a RPPN é considerada uma das áreas prioritárias para conservação da biodiversidade na Mata Atlântica.
Fazenda Ninho da Águia: localizada a pouco mais de dois quilômetros do centro da cidade de Alto Caparaó, fazendo divisa com o Parque Nacional do Caparaó, a propriedade é certificada com o selo Certifica Minas Café (Programa de Certificação do Governo do Estado de Minas). Com um clima considerado o melhor do mundo, a fazenda é um local aprazível, cercado de montanhas cheias de encantos naturais. Lá é produzido o café que ganhou o 1° lugar em 2014 no Concurso de Qualidade Estado de Minas Gerais.
Com o compromisso de motivar o resgate histórico e valorizar a memória cultural mineira, a Secretaria de Estado de Cultura destina R$ 200 mil, entre 2015 e 2016, para a garantia da manutenção e conservação do Memorial Tancredo Neves, instalado em São João del-Rei, região central de Minas Gerais.
Sob gestão da Fundação Presidente Tancredo Neves, o memorial preserva a história do estadista mineiro e personalidade são-joanense. Em nove salas de exposição, a instituição reconstitui a vida do ex-presidente Tancredo de Almeida Neves, desde sua infância em São João del-Rei até sua morte, no ano de 1985.
O convênio publicado no Diário Oficial no dia 22 de julho envolve o pagamento de salários e honorários contábeis e a realização de outras despesas. Os recursos serão também destinados à autenticação de documentos e à aquisição de materiais de limpeza e conservação.
O secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, fala sobre a importância do convênio e o associa a outros atos da mesma natureza. “A valorização da memória de Minas Gerais é uma diretriz da nossa gestão. Nesse sentido, investimos no Memorial Tancredo Neves e nas casas de Alphonsus Guimaraens e de Juscelino Kubitscheck, para que os mineiros possam ter acesso à história de três personalidades da nossa cultura. Também reabrimos ao público o Museu da Cachaça, que perpassa o ciclo produtivo desse produto ícone que faz parte da identidade do Estado”, lembra Angelo Oswaldo.
“Firmar este acordo com a Secretaria de Estado de Cultura é de suma importância para o nosso memorial. O apoio do Governo de Minas Gerais viabiliza nosso trabalho para que possamos manter viva, na sua terra natal, a história de Tancredo Neves, ícone do ideal democrático”, considera o administrador do equipamento cultural, Vicente de Paulo Menezes Machado.
Conheça o Memorial Tancredo Neves
Aberto no dia 08 de dezembro de 1990, em São João Del-Rei, o memorial narra a trajetória pessoal e política do homem que construiu a moderna democracia brasileira, em linguagem contemporânea, além de disponibilizar ao público acervo referente à trajetória do ex-presidente.
Ao lado da Ponte do Rosário, está abrigado no prédio, do século XIX, que foi a primeira casa bancária de Minas Gerais e, posteriormente, o Banco Almeida Magalhães, também o primeiro do Estado. O imóvel também serviu como residência de famílias tradicionais da cidade, depois foi ocupado pela prefeitura. Antes de começar sua restauração, em 1987, várias repartições do município funcionavam no local.
Em nove salas expositivas, o memorial possibilita aos visitantes uma aproximação com a trajetória política de Tancredo, que começou a carreira como vereador, foi deputado federal durante a ditadura militar, tornou-se um símbolo na luta pelas eleições diretas e morreu antes de assumir a Presidência da República, em 1985.
O memorial possui ainda um auditório, com capacidade para 60 pessoas, em que são oferecidas reportagens, cenas de viagens e da campanha das Diretas Já. A Fundação pretende ainda, com o projeto museológico do equipamento, promover e estimular a formação de líderes políticos comprometidos com o ideal republicano e federativo.
Serviço
Memorial Tancredo Neves
Rua Padre José Maria Xavier, no.7 São João del-Rei
Fone: (32)3371.7836
Funcionamento: terça a sexta, das 13h00 às 17h00 e sábados e domingos, das 9h00 às 17h00
A 13ª Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Política Cultural teve início nesta manhã (14/07), no Edifício Professor Francisco Iglésias, anexo da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa. Com a presença do Secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, que preside o colegiado, e do Secretário Adjunto Bernardo Mata Machado foram eleitos os coordenadores das câmaras temáticas dos diversos segmentos de abrangência da política cultural.
A Câmara Temática de Fomento e Mecanismos de Financiamento terá como coordenador Bruno Bento, conselheiro do segmento de Arte Popular, Folclore e Artesanato. A conselheira Madalena Rodrigues foi eleita para a coordenação da Câmara de Formação, Democratização, Regionalização e Acesso, e o representante da música, Frederico Furtado, estará à frente dos trabalhos da Câmara de Difusão e Intercâmbio. Já para a condução da Câmara de Patrimônio e Memória, foi eleita Márcia Betânia também do segmento de Arte Popular, Folclore e Artesanato.
O secretário Angelo Oswaldo aproveitou o encontro para destacar as ações do primeiro semestre da gestão. “Chegamos à metade do ano com resultados extremamente positivos. O lançamento de importantes editais como o Bandas de Minas e o Fundo Estadual de Cultura foi a maneira que encontramos para vencer o restante do ano garantindo apoio financeiro aos artistas mineiros, em um momento econômico tão crítico. A partir desta retomada de projetos para a cultura mineira, contamos com a participação do CONSEC para a consolidação de uma política pública para Minas Gerais que seja referência, com vistas à promoção e valorização das manifestações culturais dos 17 territórios de desenvolvimento do Estado”, afirmou o secretário.
Já o secretário adjunto ressaltou a importância das câmaras temáticas pela sua permanência e representatividade, podendo ser convocadas para discutir as especificidades e ações de cada segmento. Bernardo Mata Machado sublinhou ainda o esforço feito pela Secretaria de Estado de Cultura para agilizar a tramitação dentro do poder executivo do projeto de lei que cria o Plano Estadual de Cultura. O projeto seguirá para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais e receberá contribuições da sociedade civil, por meio de discussão regionalizada nos Fóruns Técnicos de Cultura.
Crédito: Asscom/SEC
Saiba mais sobre as Câmaras Temáticas do CONSEC
Câmara Temática de Fomento e Mecanismos de Financiamento
Esta câmara trata de assuntos relacionados ao financiamento da cultura, seja através de recursos públicos provenientes de fundos, incentivos fiscais ou da iniciativa direta através de mecenato ou quaisquer outras formas de repasse, doação ou patrocínio. O grupo também discutirá a criação do fundo de financiamento de projetos culturais que receberá recursos diretamente pelo Sistema Nacional de Cultura e as proposições acerca de mudanças na lei estadual de fomento à cultura. A composição da Câmara Temática de Fomento e Mecanismos de Financiamento é a seguinte:
Esta câmara aborda assuntos relacionados com a ampliação da vivência cultural em todo o território do Estado. Serão discutidas propostas e ações voltadas para o crescimento da participação sob os aspectos quantitativos e qualitativos. Inclui-se nessa câmara, a discussão de políticas voltadas para a formação do segmento cultural, com foco na especialização das áreas técnicas e artísticas.
Também serão tratados assuntos relacionados à formação de público; políticas e ações voltadas para democratização, fortalecimento e ampliação do acesso aos bens e manifestações culturais; fortalecimento regional e territorial da prática cultural, além de política para criação, ampliação e modernização de espaços e equipamentos culturais. A composição da Câmara Temática de Formação, Democratização, Regionalização e Acesso é a seguinte:
Esta câmara envolve a distribuição dos produtos culturais produzidos em Minas Gerais, seja dentro do território mineiro ou para além das fronteiras do Estado e do país. Também tratará de políticas voltadas para o intercâmbio das manifestações culturais mineiras, entre municípios e para o mundo. A composição da Câmara Temática de Difusão e Intercâmbio é a seguinte:
O tema principal é a proteção, promoção e divulgação do patrimônio e da memória da cultura mineiras. A câmara tratará de ações e políticas voltadas para a identificação, cadastramento, mapeamento e preservação do patrimônio material (móvel ou imóvel, edificado ou não, tombado ou não), patrimônio imaterial, manifestações populares, indígenas e folclóricas, por todo o território do Estado. A composição da Câmara Temática de Patrimônio e Memória é a seguinte:
A Academia Mineira de Letras convida a escritora e filósofa Maria Luiza Penna Moreira para participar do projeto Conversas na Academia, que acontece no dia 4 de agosto, terça-feira, às 19h30, com entrada gratuita. Maria Luiza falará sobre seu último livro, Mário de Andrade & Luiz Camillo de Oliveira Netto, finalista da edição de 2014 do Prêmio Jabuti, na categoria Biografia. A obra traz cartas do escritor trocadas entre 1932 e 1944 com seu pai, o historiador Luiz Camillo de Oliveira Netto. Mineiro de Itabira - e primo de Carlos Drummond de Andrade - Luiz Camillo foi atuante na história política de Minas Gerais e do Brasil.
Não tão conhecido quanto seu primo famoso, Luiz Camillo de Oliveira Netto foi um dos principais intelectuais mineiros da primeira metade do século XX. Formado em Química Industrial e historiador por profissão, ele sempre exerceu forte influência política em sua época. Lutou contra o autoritarismo do Estado Novo, foi um dos líderes do Manifesto dos Mineiros - documento assinado por intelectuais de Minas que exigia a restauração da democracia no país - e foi um dos fundadores da União Democrática Nacional (UDN). O amor pela História e pelas letras fez dele diretor da Biblioteca do Itamaraty, cargo que perdeu por causa de sua luta política.
O material, reunido por Maria Luiza no livro Mário de Andrade & Luiz Camillo de Oliveira Netto, demonstra o engajamento de Luiz Camillo com o futuro político do país. No total, foram 35 cartas trocadas entre ele e o autor de Macunaíma, durante o período que vai da Revolução de 1930 ao final da Segunda Guerra Mundial. É possível observar nas correspondências a inquietação dos intelectuais com questões gerais da cultura brasileira e com temas mais específicos como a preservação do patrimônio cultural e o estímulo à pesquisa. É notável também a troca de experiências acerca da atitude diante da administração pública, baseada na experiência de ambos. Duas notas distintas, e opostas, marcam a escrita e a personalidade dos dois: a paixão e a racionalidade. A correspondência perpassa pelo cruzamento entre o social e o particular, o público e o privado. Maria Luiza destaca a importância das cartas: “Intelectuais de uma época de transição, suas vidas refletem, em muitos pontos, as dificuldades de nossa realidade em mudança – industrialização incipiente, Revolução de 1930, nascimento, vida e morte do Estado Novo, entre vários outros processos de transformação.”
O gosto pelas letras corria no sangue. Além de Drummond, Camillo também era parente de outros dois escritores: João Camillo de Oliveira Torres, seu irmão, e o romancista Cornélio Penna, seu primo. Teve 5 filhos e morreu em 1953, aos 49 anos.
Sobre Maria Luiza Penna Moreira Maria Luiza Penna Moreira é graduada em filosofia pela UFRJ, mestre em filosofia pela PUC Rio, e doutora em Literatura Brasileira pela mesma instituição. Foi docente no curso de pós-graduação da Escola de Comunicação da UFRJ, e editora chefe das áreas nacional e internacional da José Olympio Editora.
A autora já havia lançado na Academia Mineira de Letras o livro Luiz Camillo: perfil intelectual, que recebeu em 2006 o prêmio Sérgio Buarque de Holanda, concedido pela Fundação Biblioteca Nacional, na categoria ensaio social. Mário de Andrade & Luiz Camillo de Oliveira Netto
Edusp (2013) 18 x 25 cm; 288 p. R$ 60,00 Conversas na Academia com Maria Luiza Penna Moreira Livro: Mário de Andrade & Luiz Camillo de Oliveira Netto Terça-feira, 04 de agosto de 2015 | Horário: 19h30 | Entrada gratuita Capacidade: 100 lugares Academia Mineira de Letras | Rua da Bahia, 1466, Centro, BH Informações: (31) 3222-5764 INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA Bárbara Prado | Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. | (31) 9528.8571 Mônica Boscarino | Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. | (31) 7147.2361
Neste sábado, dia 11 de julho, o Arquivo Público Mineiro, espaço integrante do Circuito Cultural Praça da Liberdade, comemora oficialmente os seus 120 anos de existência. Foi neste dia, em 1895, que o historiador e deputado monarquista José Pedro Xavier da Veiga fundou, em Ouro Preto, a primeira sede que abrigaria um acervo inédito, constituído de documentos sobre a história da Capitania, da Província e do Estado de Minas Gerais.
O casarão onde vivia Xavier da Veiga, e o chalé anexo, serviu como primeiro endereço do Arquivo, que hoje é a mais antiga instituição cultural mineira. A história conta que seu fundador era avesso à ideia de mudança da capital para a Cidade de Minas, que era construída no arraial de Belo Horizonte, como já era chamado o velho Curral del Rei. Como previsto, em 1897 - dois anos depois da fundação do Arquivo - Minas ganharia sua nova capital. Mas a resistência de Xavier da Veiga acabou deixando o Arquivo Público Mineiro em Ouro Preto até 1901, quando Belo Horizonte já entrava no seu quarto ano como principal cidade do Estado.
Doze décadas depois, podemos perceber que a posição do criador do APM foi fundamental para a manutenção de importantes documentos. Essa é a leitura feita do fundador no lançamento da edição de número cinquenta e um da Revista do Arquivo Público Mineiro, que aconteceu nessa quinta-feira (09/07), na sede da instituição. “Graças a José Pedro Xavier da Veiga não desapareceram, nas convulsões da retirada em massa dos ouro-pretanos, papéis e objetos sem os quais se teria perdido a memória de Minas Gerais” escreve o secretário de Estado da Cultura, Angelo Oswaldo, no editorial da histórica publicação.
Passado e presente
Na cerimônia de lançamento da Revista, cuja primeira edição foi coordenada pelo próprio Xavier da Veiga em 1896, o secretário de Cultura lembrou “a importância do acervo do APM na documentação dos últimos 300 anos de Minas”, mas apontou também os desafios que a instituição deverá enfrentar a partir deste ano. “Tanto a casa sede quanto o anexo necessitam de reformas urgentes. E é importante o empenho na construção de um acervo audiovisual. O Arquivo já possui um bom número de filmes importantes que precisam ser disponibilizados aos pesquisadores”, ressaltou Angelo Oswaldo.
O coordenador da publicação, professor Renato Venâncio, afirmou que a nova edição traz os múltiplos significados dos arquivos públicos na sociedade contemporânea, bem como propõe um momento de reflexão a respeito dos desafios enfrentados e a forma de superá-los. “A Revista procura recuperar a história do Arquivo Público Mineiro e apresenta as tarefas que temos pela frente, como a introdução de recursos tecnológicos, de infraestrutura, para que aja um aprimoramento da documentação digital. Devemos pensar como guardaremos a memória de Minas por mais 300 anos”, disse o professor.
A Orquestra Sinfônica da Policia Militar de Minas Gerais se apresentou no evento, que contou com a presença da ex-superintendente, professora Vilma Santos, do atual diretor, Thiago Veloso, e do secretário-adjunto da Cultura, Bernardo Mata Machado. A Revista do Arquivo Público tem o apoio do Programa Cultural da Cemig.
O evento tem como objetivo a estruturação de uma metodologia de trabalho em rede para uma adequada e competente recepção aos turistas internacionais e nacionais. O foco é organizar e aumentar a eficiência nos processos de atendimento ao turista, conhecendo suas necessidades básicas, um pouco de sua cultura, oferecendo atrativos conforme seu perfil turístico e interesse na visita a Minas Gerais e especialmente Belo Horizonte.
As vagas são limitadas e as inscrições gratuitas e tem como público alvo, os profissionais da hotelaria, guias de turismo, empresários e profissionais de receptivos turísticos, locadoras de veículos, bares e restaurantes, cooperativas e motoristas de táxi.
As inscrições devem ser feitas no site: encontrohotel.com.br/concierges
Hoje é dia de rock! Desde 1985, 13 de julho foi escolhido para celebrar o estilo musical venerado por multidões. A data foi escolhida em homenagem ao Live Aid – grande movimento que consistiu na realização de shows simultâneos naInglaterra e nosEstados Unidos. O objetivo do megaevento era o de promover o fim da fome na Etiópia.
A Fundação Nacional de Artes (Funarte), entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), lançou na sexta-feira (24), nove editais de abrangência nacional para as áreas de artes visuais, circo, dança, música e teatro. No total, serão investidos R$ 26,5 milhões no fomento a 354 projetos. A cerimônia contou com a presença do Secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, do presidente da Funarte, Francisco Bosco, e do ministro da Cultura, Juca Ferreira.
“Estamos em um momento muito especial de plena sintonia entre o Governo do Estado e o Federal, somando esforços e compromissos positivos com o nosso país para uma transformação que nos leve a novos tempos, com segurança e a democracia necessária para o cumprimento das metas no campo da cultura. Estamos muito felizes com a presença do Ministro Juca, agradecemos a Funarte por ter escolhido Minas Gerais para o lançamento desses editais nacionais que contemplam várias expressões da vida artística”, destacou o Secretário Angelo Oswaldo.
Entre os nove editais estão as novas edições das três principais premiações da instituição: Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo, Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna e Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz. Juntos, os três prêmios selecionarão 235 projetos, com objetivo de possibilitar o desenvolvimento de atividades artísticas, incentivando a criação e a circulação de espetáculos, além de contribuir para a manutenção de coletivos, grupos e companhias.
Durante seu discurso, Juca Ferreira lembrou os esforços dos últimos anos feitos pelo Ministério da Cultura (MinC) para fortalecer os processos culturais do País, especialmente na área sociocultural, e disse que agora, nesta sua segunda gestão, o ministério precisa fortalecer as artes. O ministro explicou, ainda, que outra prioridade do MinC é buscar novas fontes de financiamento para a Cultura. "Um dos caminhos é fazer com que o Estado invista mais a partir do reconhecimento de que a cultura é fundamental para o desenvolvimento do país".
Foram lançados, ainda, os prêmios de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça, Marc Ferrez de Fotografia, de Arte Contemporânea e o Programa Rede Nacional de Artes Visuais – 12ª Edição. Na área musical, serão dois editais: Prêmio Funarte de Apoio a Orquestras e Prêmio Funarte de Programação Continuada para a Música Popular.
Inscrições
Atenção, os editais têm datas diferentes de inscrição:
Ceacen – de 29 de julho a 11 de setembro (via salicweb)
PRÊMIO FUNARTE CAREQUINHA DE ESTÍMULO AO CIRCO/2015
Objetivo: contribuir para a renovação ou manutenção da infraestrutura dos circos brasileiros; incentivar a montagem, renovação e circulação de números e espetáculos; promover a formação; e fomentar a pesquisa.
PRÊMIO FUNARTE DE TEATRO MYRIAM MUNIZ/2015
Objetivo: fomentar o desenvolvimento de atividades teatrais, incentivando a criação e a circulação de espetáculos; além de contribuir para a manutenção de coletivos, grupos e companhias.
Ceav – de 27 de julho a 9 de setembro (via Correios)
PRÊMIO DE ARTES PLÁSTICAS MARCANTONIO VILAÇA – 8ª edição
Objetivo: incentivar produções artísticas destinadas ao acervo das instituições museológicas públicas e privadas sem fins lucrativos, fomentando a difusão e a criação das artes visuais e fortalecendo a memória cultural brasileira.
XV PRÊMIO FUNARTE MARC FERREZ DE FOTOGRAFIA
Objetivo: selecionar projetos no campo da fotografia que visem estimular a reflexão e experiência artística, além do compromisso com a formação de público, com a inclusão social e a sustentabilidade.
PROGRAMA REDE NACIONAL DE ARTES VISUAIS – 12ª EDIÇÃO
Objetivo: selecionar projetos que promovam o intercâmbio entre os estados federativos brasileiros, por meio de oficinas, seminários e residências, ligados às artes visuais.
PRÊMIO FUNARTE DE ARTE CONTEMPORÂNEA 2015
Objetivo: selecionar projetos de exposição, na área de artes visuais, a serem realizados nas cidades de Brasília, São Paulo e Belo Horizonte (galerias e espaços da Funarte) e Belém e Recife (espaços parceiros da Funarte), a fim de estimular a multiplicidade e a diversidade de linguagens e tendências da arte contemporânea brasileira.
Cemus – de 28 de julho a 10 de setembro (via Correios)
PRÊMIO FUNARTE DE APOIO A ORQUESTRAS
Objetivo: apoiar necessidades específicas dos conjuntos orquestrais para assegurar a seus instrumentistas a realização de apresentações públicas com instrumentos musicais nas melhores condições possíveis, propiciando a melhoria da qualidade técnica e artística das orquestras; e visando a sua sustentabilidade.
PRÊMIO FUNARTE DE PROGRAMAÇÃO CONTINUADA PARA A MÚSICA POPULAR
Objetivo: apoiar palcos musicais (casas de shows, teatros, arenas, galpões, lonas etc.), festivais e mostras de música que venham contribuindo para a difusão da música brasileira contemporânea.
PRÊMIO FUNARTE DE DANÇA KLAUSS VIANNA/2015
Objetivo: fomentar o desenvolvimento de atividades de dança, através da circulação nacional de espetáculos, atividades artísticas de profissionais com trabalho consolidado e de novos talentos.
Com informações da Assessoria de Comunicação do Ministério da Cultura e da FUNARTE
Canções inéditas e obras que marcaram o repertório erudito do Coral Lírico de Minas Gerais no primeiro semestre deste ano dão o tom da série LíricoemConcerto, que receberá no Grande Teatro do Palácio das artes o público do V Fórum Empresarial do Mercosul, encontro que reúne representantes dos Estados-Membros do bloco econômico sulamericano em Belo Horizonte, e o público em geral.
O programa da apresentação conta com a suíte inédita no repertório do Coral Lírico TrêsCançõesLatino-americanas, com as peças EnlosSurcosdelAmor, de Carlos Gustavino; JacintoChiclana, de JorgeLuisBorges; e o tango VeranoPorteño, de Astor Piazzola. Também fazem parte do repertório trechos dos coros da ópera Carmen, de GeorgesBizet, e um medley que reúne canções do musical WestSideStory e composições de FernandoBrant.
Segundo Lincoln Andrade, as peças remetem às tradições folclóricas da Argentina e contrastam com outras obras já interpretadas pelo CLMG. “Essas peças têm ritmos fortes e são muito melódicas. Um estilo que muitos ainda não conhecem e que têm uma sonoridade muito bonita para a música coral”, explica Lincoln.
Ainda no programa, os coros Contrabandistas, Cigarreiras e LesVoici, da MarchadosToureiros, da ópera Carmen, de Georges Bizet.
O CLMG fará uma sequência das árias Suivonsl’amant e Elleaquiteceslieux, da ópera LuciadiLammermoor, de Gaetano Donizzetti. De acordo com Lincoln Andrade, com essas composições, o Coral Lírico “coloca um passo na memória e o outro no futuro”.
Medley contemporâneo – Baseado na história de RomeueJulieta, de WilliamShakespeare, o musical WestSideStory, composto por LeonardBernstein e libreto de StephenSondheim, traz mais contemporaneidade às apresentações. Desta peça, o Coral Lírico interpreta as composições Tonight, IFeelPretty, OneHand, OneHeart, Maria e America, acompanhados por piano. O musical explora a rivalidade entre os Jets e os Sharks, duas gangues de rua de diferentes etnias, no bairro de WestSide, em NovaYork.
O encerramento será marcado por uma homenagem a um dos maiores nomes da música mineira e nacional: o cantor e compositor Fernando Brant, falecido em 12 de junho deste ano. Os coristas interpretam PontadeAreia; Estrela, Estrela; BailesdaVida e ParaPaulaeBebeto. O arranjomusical é assinado por FredNatalino e pelo maestro Lincoln Andrade, que destaca este momento final do concerto como uma lembrança à vida e à obra de Brant. “Ele deixou uma lacuna aberta na música brasileira, na esperança por dias melhores, na utopia por justiça e na fé da amizade”, finaliza.
Coral Lírico de Minas Gerais
Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais, corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado, é um dos raros grupos corais que possui uma programação artística permanente e que interpreta um repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais.
Já estiveram à frente do Coral os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Angela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda e Márcio Miranda Pontes. Seu atual regente titular é o maestro Lincoln Andrade.
O Grupo se apresenta em cidades do interior de Minas e em capitais brasileiras com o intuito de contribuir para a democratização do acesso de diversos públicos ao canto coral. As apresentações têm entrada gratuita ou preços populares. O Coral já atuou com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.
Dentro da política de difusão do canto lírico promovida pelo Governo de Minas, o Coral Lírico desenvolve diversos projetos que incluem Concertos no Parque, Lírico na Cidade, Concertos Didáticos e participação nas temporadas de óperas realizadas pela Fundação Clóvis Salgado. O objetivo desse trabalho é fazer com que o público possa conhecer e fruir a música coral de qualidade, além de vivenciar o contato com os artistas.
Maestro Lincoln Andrade
Lincoln Andrade possui doutorado em Regência pela Universityof Kansas, EUA, mestrado pela University of Wyoming, EUA, onde também foi professor assistente e ministrou aulas de canto coral e regência coral. Foi diretor musical do grupo vocal Invoquei o Vocal, maestro titular do Madrigal de Brasília, e do Coral Brasília. Recebeu prêmios nos Estados Unidos e na Europa. Foi professor e diretor da Escola de Música de Brasília. Regeu concertos na Alemanha, Argentina, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Hungria, Paraguai, Polônia, Portugal e Turquia. É o produtor musical, apresentador e entrevistador dos programas “Conversa de Músico” e “Conversa de Músico Concertos”, produzidos e veiculados pela TV Senado. Atualmente é professor de regência e o coordenador da Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFMG. É constantemente convidado para dar palestras sobre regência e o canto coral em festivais no Brasil.
Sobre os compositores
Georges Bizet (1838-1875) – Compositor francês de óperas, destacou-se como aluno no Conservatório de Paris ao vencer diversas competições. Durante sua carreira, teve suas composições orquestrais e para piano ignoradas e o seu grande reconhecimento só veio após a sua prematura morte, quando já no século XX, seus trabalhos passaram a ser interpretados com mais frequência.
Leonard Bernstein (1918-1990) – Maestro, compositor e pianista americano, é vencedor de diversos Emmys e obteve grande reconhecimento ao dirigir a Filarmônica de Nova York entre 1954 e 1989. Foi uma das figuras mais influentes na música clássica americana e inspirou a carreira de uma grande geração de novos músicos. Suas composições são diversificadas e abrangem peças para balé, cinema, teatro e ópera. Entre suas principais obras estão as composições Candide, Onthetown e West Side Story.
Milton Nascimento (1942) – Cantor e compositor brasileiro, Milton Nascimento é um dos artistas mais reconhecidos e influentes fora do país. Ao lado de compositores como Fernando Brant, Beto Guedes e Toninho Horta, Milton é integrante do Clube da Esquina. Também conhecido como Bituca, é um importante nome para a Música Popular Brasileira e possui uma discografia com mais de 30 álbuns.
Gaetano Donizetti (1797-1848) – Donizetti é dos compositores mais importantes do período do Romantismo. Em 1818, apresenta a sua primeira ópera, mas o seu grande reconhecimento só vem em 1828, com a ópera Esule di Roma. Apesar de ser famoso por suas óperas, Donizetti também compôs outros estilos musicais, como quartetos de cordas e obras orquestrais.
Carlos Guastavino (1912-2000) – Compositor argentino, Gusatavino é considerado um dos mais importantes musicistas do século XX. Em sua carreira, produziu mais de 500 obras, entre elas canções para piano e voz. Seu estilo é conservador e romântico, influenciado pela música folclórica argentina.
Astor Piazzolla (1912-1992) – Nascido na cidade de Mar del Plata na Argentina, Piazzolla foi um grande bandoneonista e compositor argentino. Estudou harmonia e música erudita, sendo o responsável por trazer diversas inovações ao tango, principalmente uma influência do jazz vindo de Nova York. Em sua discografia, Piazzolla possui parcerias com importantes músicos, como Gary Burton e Tom Jobim.
Programa
Seleção de Coros de Carmen, de George Bizet
Coro das Cigarreiras
Coro dos Contrabandistas
Les Voici – Marcha dos Toureiros
Seleção de Coros da ópera Lucia di Lammermoor, de Gaetano Donizetti
Suivons l’amant
Elle a quite ceslieux
Três Canções Latino Americanas
Em los Surcos del Amor, de Carlos Gustavino
Jacinto Chiclana, de Jorge Luis Borges e Astor Piazzola
Verano Porteño, de Astor Piazzola
Seleção Coral de West Side Story, de Leonard Bernstein
Tonight
I Feel Pretty
One Hand, One Heart
Maria
America
Medley Milton Nascimento, arranjo de Lincoln Andrade e Frederico Natalino
Na próxima sexta-feira (31/07) encerram-se as inscrições para o edital do Fundo Estadual de Cultura. Ampliação de investimento direto em cultura e abrangência das políticas públicas para todo o Estado são os pilares desta edição de 2015.
Serão R$7,5 milhões para investir em mais de 200 projetos de Minas Gerais. O valor marca a nova fase do FEC, que aumenta, em mais de 15 vezes, o repasse de recursos, previstos no orçamento. Atendendo a demandas levantadas pela classe, durante as oficinas de capacitação do Fundo, esse montante será dividido para projetos de pequeno e médio porte. R$5 milhões serão destinados a propostas de até R$30 mil.
Outra novidade é a redução do valor limite para solicitação de recursos. A mudança pretende gerar maior número de micro projetos apoiados e, por conseguinte, aprimorar a distribuição dos investimentos entre entidades culturais em todos os 17 territórios de desenvolvimento do Estado.
O edital deste ano concentra em si duas das linhas de frente do Governo Fernando Pimentel: a regionalização e a equidade. A aprovação dos projetos levará em conta a especificação de cada proposta e, principalmente, a divisão regional onde se localizam esses projetos. Com isso, todos os 17 territórios de desenvolvimento de Minas Gerais terão chance de serem contemplados. Tais critérios buscam atender as necessidades das diversas realidades presentes num estado de grandes dimensões.
Pré Requisitos
Os projetos inscritos no programa devem apresentar objetivo e atuação prioritariamente culturais. As entidades proponentes precisam ter, pelo menos, um ano de existência legal, sede em Minas Gerais, atuação cultural devidamente comprovada e serem diretamente responsáveis pela promoção e execução do projeto inscrito.
Por outro lado, não podem inscrever projetos no FEC: pessoa física; órgão ou entidade da administração pública federal, estadual e do município de Belo Horizonte, bem como suas respectivas associações de amigos; e institutos, fundações e associações vinculadas a organizações privadas, com fins lucrativos, que não tenham na arte e na cultura uma de suas principais atividades.
6.3. Caso seja constatado pela Secretaria de Estado de Cultura ou pelas Câmaras Setoriais Paritárias que um mesmo proponente, instituição ou núcleo de profissionais inscreveu, por si ou por terceiros, mais de dois projetos na modalidade “Liberação de Recursos Não Reembolsáveis”, serão considerados apenas aqueles inscritos posteriormente, observando-se a ordem de protocolo, sendo desclassificados, automaticamente, os demais.
Leia-se:
6.3. Caso seja constatado pela Secretaria de Estado de Cultura ou pelas Câmaras Setoriais Paritárias que um mesmo proponente, instituição ou núcleo de profissionais inscreveu, por si ou por terceiros, mais de um projeto na modalidade “Liberação de Recursos Não Reembolsáveis”, será considerado apenas aquele inscrito posteriormente, observando-se a ordem de protocolo, sendo desclassificados, automaticamente, os demais.”
Fundo Estadual de Cultura
O Fundo Estadual de Cultura (FEC) é um mecanismo de fomento da Secretaria de Estado de Cultura que tem como objetivo estimular o desenvolvimento cultural das diversas regiões de Minas Gerais. Visa o estímulo do desenvolvimento cultural, com foco nos municípios. Por meio de financiamento e apoio a propostas que tradicionalmente encontram dificuldade em captar recursos no mercado, o repasse de recursos pelo FEC, ao contrário da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, é direto, sem necessidade de captação junto a empresas.
O encontro tem como proposta trabalhar o turismo como atividade econômica diferencial para o bloco econômico. Serão apresentadas oportunidades de investimentos na Estrada Real, maior rota turística da América Latina. O workshop também pretende discutir o crescimento do turismo de negócios e a realização de mais eventos específicos para o setor, que funcionem como fator de integração do bloco.
A ideia é que no encontro, os países que integram o Mercosul possam prospectar inciativas que fomentem o setor, além de divulgar o seu potencial turístico. Os temas, também apresentados no último Festival de Turismo das Cataratas, realizado neste ano em Foz do Iguaçu (Paraná), dão luz às ações trabalhadas pelas entidades ligadas ao turismo no estado, com foco na internacionalização dos produtos e serviços mineiros. Referência pelas belezas naturais e pelo turismo de qualidade, Minas Gerais colabora com o Instituto Internacional de Turismo de Mercocidades, rede que integra as cidades que compõe o bloco econômico. Por meio da iniciativa, a Rede Mercocidades vem desenvolvendo uma agenda política das cidades voltada para a integração regional, o desenvolvimento sustentável, bem como a divulgação do potencial turístico. A ideia é desenvolver projetos regionais por meio da gestão integrada dos produtos turísticos entre cidades da Rede, envolvendo os diferentes setores econômicos que têm interface com o turismo.
O workshop coordenado pela Setur conta com o apoio do Grupo Técnico de Captação de eventos de Belo Horizonte, liderado pelo Belo Horizonte Convention & Visitors, pela Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), Companhia Mineira de Promoções (PROMINAS), a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) e o Instituto Estrada Real. As inscrições são feitas pelo site http://forummercosul.dpr.gov.br.
Expoente do Cinema Novo, Joaquim Pedro de Andrade é um dos mais significativos nomes da produção cinematográfica nacional. Propondo uma revisão de sua obra, o Cine Humberto Mauro exibe a mostra Joaquim Pedro de Andrade – Integral, que traz a Belo Horizonte a filmografia completa e restaurada do diretor. Serão apresentados ao público 14 filmes, sendo seis longas e oito curtas-metragens, além do documentário Histórias Cruzadas, de Alice de Andrade, que aborda a obra de Joaquim Pedro de Andrade do ponto vista afetivo familiar. Entre as obras estão filmes como Macunaíma, Os Inconfidentes e O Aleijadinho.
Com um forte apelo à identidade brasileira, os filmes de Joaquim Pedro de Andrade buscam resgatar elementos nacionais utilizando mitos e lendas do imaginário popular nacional para produzir um cinema que discute e retoma a sua própria cultura. Motivado pelo desejo de estabelecer uma relação direta e acessível com o público, Joaquim Pedro de Andrade recorre a elementos como a fotografia, com cores predominantemente fortes e diálogos fundamentados no humor irônico para aproximar-se do espectador.
Inspiração na literatura – Para retratar a identidade brasileira, o diretor recorre a obras ícones da literatura, sendo esta a marca principal de sua trajetória. Filmes como Macunaíma e Os Inconfidentes, além da inspiração literária discutem também questões sociais relativas ao contexto social dos anos em que foram produzidos, como a ditadura militar, por exemplo.
Em Macunaíma, uma de suas obras de maior destaque, que tem o ator Grande Otelo no papel título, na fase infantil, e o ator Paulo José, na fase adulta, Joaquim Pedro não se restringe ao texto de Mário de Andrade, incorporando fundamentos das chanchadas, do circo e do teatro. “Com adaptações bem executadas e marcadas por indicações contemporâneas, Andrade conquista uma grande bilheteria e a empatia do público a partir de um viés cômico, anárquico e popular”, explica Philipe Ratton, gerente de Cinema da Fundação Clóvis Salgado.
Além dos filmes cômicos, recurso utilizado com maestria por Joaquim Pedro de Andrade para atingir questões relativas ao cerne da cultura brasileira, o diretor também transita pelo cinema documental, mantendo sempre o seu propósito de discutir as relações sociais, como em Brasília, contradições de uma cidade nova e A linguagem da persuasão. Filmes biográficos também são destaque na carreira do diretor, como O Aleijadinho, Garrincha e O poeta do castelo, que revela a rotina do poeta Manuel Bandeira.
CINEMA NOVO – As obras de Joaquim Pedro de Andrade são representantes de um momento ímpar do Cinema Brasileiro, o chamado Cinema Novo.Absorvendo tendências da nouvelle vague francesa, que buscou romper com uma linguagem clássica cinematográfica e estabelecer um cinema mais autoral, e aproximando-se da cultura e identidade nacional como pretendia o neorrealismo italiano, o Cinema Novo empenha-se em produzir - sem submeter-se a um sistema de produção vinculado aos grandes estúdios e produtoras - obras que discutem questões fundamentais da realidade brasileira. “No Cinema Novo o autor é colocado em evidencia no cinema brasileiro. A vitalidade estética e a apropriação de mecanismos simples de produção, uma das características do movimento, tinham o objetivo imediato de promover uma transformação social do Brasil através do cinema”, explica Bruno Hilário, Coordenador de Cinema do Cine Humberto Mauro e parceiro de Philipe Ratton na curadoria.
O Cinema Novo, que esteve em evidência entre as décadas de 50 e 70, estava ligado à Tropicália, movimento cultural que propunha transformações culturais nas artes visuais, no cinema e na música. A ideia era deglutir todas as referências, tendências e informações sobre o Brasil e o exterior, e depois propagar ou traduzir a realidade brasileira. Três foram as grandes influências deste movimento: a antropofagia, herança do movimento antropofágico de 1922; a Pop Arte, incorporação da cultura pop e o Concretismo, movimento predominantemente literário de 1950 que propunha a junção entre forma e conteúdo.
CURSO DEBATE SOBRE OBRA DE ANDRADE – Complementando a programação da mostra, será oferecidoum curso sobre a obra de Joaquim Pedro de Andrade e a sua importância para a história do cinema brasileiro.
O curso O Poeta da Palavra e da Imagem será ministrado pelo professor Ataídes Braga e acontecerá nos dias 4 e 5 de Agosto, às 14h. O curso terá carga horária de 5h, sendo 2h30 por dia. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas através do e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Maiores detalhes estarão disponíveis no site fcs.mg.gov.br.
O objetivo do curso é apresentar a vida e a obra de Joaquim Pedro de Andrade focando sua relação com a literatura e sua importância no movimento do Cinema Novo Brasileiro e através de comentários críticos dos filmes revisar e reafirmar sua importância para o cultura brasileira.
ATAÍDES BRAGA é historiador, mestre em Cinema, poeta, ator, roteirista, pesquisador, crítico e comentarista de cinema. É autor dos livros O Fim das Coisas - Salas de Cinemas de Belo Horizonte, Fragmentos de Versos e Cachoeira de Filmes - O Cinema Humberto Mauro como Espaço de Exibições e Resistência e Romance em Cinco Linhas. Atualmente, é professor de Cinema do Centro Universitário UNA e Sócio Diretor da Empresa Artesãos Tagarelas.
CINE HUMBERTO MAURO – Localizado no piso inferior do Palácio das Artes, o Cine Humberto Mauro possui 129 lugares e modernos equipamentos de projeção e som. Recebe público fiel, que comparece às suas diversas atividades como festivais, lançamentos de filmes, cursos de cinema, debates e seminários. O espaço conta, ainda, com sessões permanentes de cinema e realiza, a cada ano, grandes mostras sobre cineastas e gêneros relevantes na história do cinema mundial, além de produzir o Festival Internacional de Curtas Metragens de Belo Horizonte - o FESTCURTASBH.
O inverno em Minas Gerais promete aquecer as férias. O estado conta com uma programação cultural completa para quem procura unir arte, música e gastronomia. Para ficar por dentro dos principais eventos do estado, a Secretária de Estado de Turismo (SETUR) selecionou alguns dos principais festivais de inverno. Confira:
- Festival de Inverno de Monte Verde
Em sua 3ª edição, o Festival de Inverno de Monte Verde acontece entre os dias 4 e 25 de julho. A proposta é aproximar o artista do público, através de diversas apresentações espalhadas pelo município. Todas as atividades do festival são gratuitas e, além das apresentações, serão realizadas oficinas culturais de dança e de artes plásticas.
O evento acontece de 11 a 26 de julho e busca em sua edição de 2015 a interlocução dos saberes e fazeres nas produções artísticas, com foco especial nas discussões das pesquisas artísticas desenvolvidas no meio acadêmico. As ações envolvem apresentações, exposições, oficinas e debates nas áreas de Artes Cênicas, Artes Visuais, Audiovisual, Infanto-juvenil, Literatura, Música e Patrimônio.
Durante as duas semanas de evento, serão promovidos dezenas de shows e atividades artísticas e culturais em São João del-Rei e outras cidades de Minas Gerais. Em sua 28ª edição, o evento tem como inspiração a expressão “Cultura da água”.
Este ano, o encontro acontece em sete cidades onde a universidade atua ou tem algum tipo de ligação.
Agenda: Sete Lagoas - 17 e 21 de julho. São João del-Rei - 18 a 26 de julho São Tiago - 23 a 26 de julho Santa Cruz de Minas - 23 a 25 de julho Divinópolis 24 de julho a 1º de agosto Conselheiro Lafaiete - 30 de julho a 1º de agosto Ouro Branco - 30 de julho a 2 de agosto.
O Festival de Inverno de Ponte Nova chega à sua nona edição. Com o tema “Entre Faces: cultura e tradição”, o encontro acontece entre os dias 16 a 26 de julho. Shows, exposições, oficinas, peças de teatro e dança e atividades para as crianças integram a programação do evento.
Em sua terceira edição, oevento acontece entre os dias 3 e 26 de julho e traz diversas atrações, tais como o “Arraiá" de Caxambu, a Gunner Convention (Encontro de fãs da banda Guns n Roses), Festival de Música do Centro Educacional Genny Gomes, Exposição Nacional de Orquídeas.
Entre os dias 18 e 26 de julho, São Gonçalo do Bação se transforma em palco para o Festival de Inverno. O Festival conta com oficinas nas áreas de música, artes cênicas, artesanato, artes plásticas, literatura, vídeo e culinária, além de apresentações culturais e artísticas.
- Festival de Inverno de Grão Mogol Circuito Lago de Irapé
Realizado pela Unimontes e pela Prefeitura de Grão Mogol, o Festival de Inverno Circuito de Irapé acontece de 14 a 29 de julho. A programação conta com muita música, dança, teatro, exposições, dentre outras atividades culturais.
O município de Santos Dumont realiza este ano seu primeiro Festival de Inverno. O evento, que acontece entre os dias 28 de julho e 2 de agosto, conta com peças teatrais, exposições de artes visuais, oficinas, mostra de dança, cinema e literatura, workshops, feira gastronômica e shows musicais.
Em Extrema, o Festival acontece entre os dias 26 de junho e 16 de agosto. O encontro esquenta a estação mais fria do ano com exposição de artes plásticas, gravuras e fotografias, shows, festival gastronômico, teatro e muito mais. Ainda durante o festival, ocorrerá o 5º Festival de Dança, com apresentação de companhias do Sul de Minas.
A Prefeitura de Itaguara realizará, no período de 15 a 26 de julho, a edição comemorativa desses 15 anos do evento, que é considerado uma das manifestações culturais mais relevantes da cidade.
Apresentando como tema central a conexão entre culturas, a programação contará com oficinas, teatro, serestas, atividades especiais no Museu Sagarana – MUSA, feira gastronômica e apresentações musicais, com destaque para a atração principal, Zeca Baleiro, ícone da MPB e do Pop Rock nacional.
- Festival de Inverno de Cambuí O evento acontece entre os dias 22 e 27 de julho e contará com apresentações musicais de vários estilos (pop, rock, samba, MPB, grunge, rap). Além disso, o evento terá atrações musicais regionais e culturais.
Na noite de 24 de julho, às 19h30, os formandos do Curso Técnico em Conservação e Restauro da Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade, da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), celebram a conclusão de uma importante etapa. A sessão solene acontece no Auditório Vinícius de Moraes da FAOP. Sábado (25/07), às 10h, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, de Ouro Preto, recebe a Missa em Ação de Graças dos formandos.
Para o secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, o curso de restauro da FAOP, único no Brasil voltado a essa formação profissional, é de grande importância para a preservação do patrimônio cultural de Minas Gerais e do país. “No momento, a FAOP restaura obras de arte procedentes de Ouro Preto, Mariana, Turmalina e Senador Firmino, prestando serviço relevante às comunidades mineiras detentoras de acervos notáveis”.
A Academia Mineira de Letras recebe nos dias 18 e 19 de agosto a oficina Sistema Municipal de Cultura – Implementação e Estruturação, que está com as inscrições abertas de 1º a 30 de julho. O encontro é destinado a gestores, pessoas vinculadas à produção cultural local (como artistas, produtores e estudiosos), servidores da administração municipal e conselheiros de políticas culturais. A iniciativa conta com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais e é uma realização da Historiarte e da Dharma - consultoras especializadas em gestão cultural - em parceria com a Fundação Israel Pinheiro e a Academia Mineira de Letras.
A oficina tem por finalidade, aprofundar e debater estratégias para a consolidação dos Sistemas Municipais de Cultura, a partir da adesão e implementação dos elementos constituintes de sua estrutura, segundo a política nacional. Durante os dois dias serão analisadas as ações mais importantes, aliando teoria e prática, para a inserção do município no Sistema Nacional de Cultura (SNC), que organiza em regime de colaboração, de forma descentralizada e participativa, todo o processo político que envolve a produção cultural, nas esferas de governo e na sociedade, com o objetivo de promover o desenvolvimento humano, social e econômico.
Será avaliado na oficina o impacto dessas políticas para o setor cultural cujos reflexos e consequências se fazem diretos no campo das políticas municipais de cultura, já que estimula a inauguração de elementos estruturantes que afetarão diretamente o desenho institucional das administrações locais.
Minas Gerais tem 853 municípios, destes aproximadamente 210 já aderiram e iniciaram o processo de estruturação dos seus respectivos Sistemas Municipais de Cultura. A oficina é uma oportunidade para estimular novas adesões e colaborar com a estruturação do setor cultural no Estado.
Organizada em quatro módulos, dois por dia, a oficina permite que facilitadores e participantes façam uma análise conjunta da situação de cada município e definam os próximos passos a serem seguidos dentro do processo de implementação dos Sistemas Municipais de Cultura. A metodologia desenvolvida contempla palestras expositivas, apostila inédita, trabalhos e debates em grupos e atendimento específico, conforme os seguintes temas:
Modulo I – Cultura e Desenvolvimento: o papel da gestão cultural
Modulo II – Dinâmicas das políticas culturais rumo à consolidação do SNC
Modulo III – O Sistema Municipal de Cultura: elementos fundamentais
Módulo IV – Para uma práxis: estudos de casos supervisionados
Sobre os Facilitadores
Alysson Amaral
Mestre em Sociologia da cultura e analise cultural pelo Instituto de Altos Estudios Sociales/USAM (Argentina). É pesquisador especialista em políticas culturais comparadas pela Red CLACSO de Políticas Culturales. Entre 2013 e 2014 foi consultor da UNESCO e do MINC para o Sistema Nacional de Cultura e a III CNC. Atua com consultoria e planejamento estratégico para a área da cultura através da DHARMA- Cultura e Desenvolvimento.
Clotildes Avellar
Historiadora Doutora em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Minas Gerais na linha Informação, Cultura e Sociedade. Gestora Cultural e pesquisadora de políticas públicas, atua como consultora especialista da Historiarte Projetos Culturais para assessoramento de municípios no desenvolvimento de projetos culturais, estruturação e implementação do Sistema Municipal de Cultura desde 2013.
Péricles Mattar
Administrador, gestor cultural pela Fundação Clovis Salgado, com Especialização em gestão do Patrimônio Cultural pela PUC MINAS. Consultor em elaboração, gestão e identificação de fontes de financiamento de projetos culturais, atuou nas comissões técnicas de análise de projetos das leis Estadual e Municipal de Incentivo à Cultura
Serviço
Oficina Sistema Municipal de Cultura: Implementação e Estruturação Terça e quarta-feira, 18 e 19 de agosto| Horário: 9h às 18h
Inscrições| 01 a 30 de julho
Preço: R$ 890,00 | R$750,00 (inscrições feitas até 10/07)
Informações: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
A Associação Coral São Vicente de Paulo (ASCOV) e a Banda de Música São Vicente de Paulo promovem no dia 02 de agosto o II Encontro de Bandas em São Vicente-Baldim. A programação, com início às 7h, se prolongará por todo o dia, com desfile das Corporações Musicais participantes e apresentações na Praça Central de São Vicent de Minas, no sul do Estado.
O evento aguarda a presença e participação das Bandas de São Vicente, Santana de Pirapama, Lagoa da Prata, Conceição do Mato Dentro, Inhaúma, Vespasiano e Cordisburgo.
Sobre a Banda de Música São Vicente de Paulo
Fundada em 2011, a corporação musical busca compartilhar com o mundo, por meio da música e de atividades comunitárias e culturais, um estilo de vida saudável e um resgate de nossa historia São Vicentina.
O fazer artístico vai ser desvendado pelas crianças na primeira oficina oferecida no Inverno das Artes. Com o título, Como criar coisas que não existem, o encontro pretende despertar os pequenos para as diferentes linguagens artísticas e variadas técnicas e processos de criação. Os artistas Arthur Scovino, criador do projeto Casa de Caboclo, em exposição na itinerância da 31ª Bienal de São Paulo, e Efe Godoy mediam o encontro que ainda vai convidar os pequenos a criar coisas que não existem. Os interessados podem se inscrever no site da FCS.
A oficina faz parte da programação do evento promovido pela Fundação Clóvis Salgado e que pretende movimentar o inverno na capital. Para isso, a FCS combinou shows, debates, oficinas de artes visuais e mostras especiais de cinema. A proposta é fomentar a cultura no mês de julho, em Belo Horizonte, e transformar o Inverno das Artes em uma referência para a cidade, garantindo, anualmente, programação variada para o público. As atividades desta edição acontecem até 27 de julho.
Aprendendo arte – Voltada para crianças entre 6 e 8 anos, a oficina tem diálogo direto com a itinerância da 31ª Bienal de São Paulo – Como (...) coisas que não existem. O nome deste, que é um dos eventos mais importantes de arte no país, propõe a troca das reticências por diferentes verbos de ação, como, por exemplo, falar e escrever. Pensando nisso, o programa educativo em artes visuais da Fundação Clóvis Salgado propôs a oficina Como criar coisas que não existem.
A oficina é dividida em duas etapas: em um primeiro momento, as crianças vão participar de um bate-papo com Arthur Scovino e Efe Godoy, quando vão conhecer o processo de criação dos artistas. As crianças terão a oportunidade de entender como as obras de arte são pensadas e quais são as etapas necessárias para que essas ideias tomem forma. A discussão vai partir principalmente da experiência pessoal dos artistas que têm trabalhos que transitam entre a fotografia, a pintura, a performance e outras linguagens. Em seguida, a partir da observação de diferentes objetos, os pequenos serão convidados a pensar coisas que não existem, estimulando, assim, a imaginação e a criatividade.
Segundo a coordenadora do programa Educativo em Artes Visuais da FCS, Fabíola Rodrigues, a atividade tem, por objetivo, ampliar a visão das crianças sobre o fazer artístico. “Nessa oficina, optamos por oferecer às crianças uma visão menos rigorosa e organizada do trabalho do artista. Elas não vão visualizar o produto final, mas as etapas que levaram o artista a criar determinado trabalho”, aponta Fabíola.
O fim de semana só termina na segunda – A programação do I Inverno das Artes tem continuidade na segunda-feira, dia 13, com show do cantor e compositor Jards Macalé na Sala Juvenal Dias. Em apresentação intimista, com formato voz e violão, o carioca vai apresentar sucessos da carreira, que embalaram gerações e se tornaram grandes clássicos da música brasileira. Na setlist, sucessos como Vapor Barato, Mal Secreto, Revendo Amigos e Movimento dos Barcos. O show acontece às 20h30 e os ingressos custam R$50 (inteira) e R$25 (meia).
Vem aí – A programação do Inverno das Artes continua intensa nos próximos finais de semana. No dia 17, sexta-feira, o Cine Humberto Mauro leva o terror ao Parque Municipal Américo Renné Giannetti, serão duas sessões a partir das 21h. O dia 18 inicia com a oficina de Artes Visuais Poética da Cidade e Sarauzinho do Palácio, que acontece nos jardins internos do Palácio das Artes. No cinema, uma pausa na programação do terror, para as exibições do especial Jorge Bodanzky. Um debate com a presença do próprio cineasta fecha a programação. Também no dia 18 é a vez do público assistir ao show de comemoração dos 50 anos de carreira de Paulinho da Viola. Na segunda feira, dia 20, é dia do show de Cida Moreira, a Dama indigna, na Sala Juvenal Dias.
No final de semana seguinte, o terror volta à programação do Cine Humberto Mauro com a realização da primeira maratona do Cine Humberto Mauro em 2015. Em mais de 20 horas de programação ininterrupta, o público poderá conferir filmes que terão exibição única como It: Uma obra prima do medo, de Tommy Lee Wallace, e os três últimos filmes que contam a saga de Jason, Sexta-Feira 13 II, III E IV. Quem conseguir vencer a maratona, que terá exibição simultânea no Cine Humberto Mauro e nos Jardins Internos, terá direito a café da manhã.
Um espetáculo único, construído sem diálogos, e com brinquedos confeccionados em diferentes materiais: este é Bonecas, trabalho que será apresentado pelo grupo Aldeia, na próxima quarta-feira (29/7), na Biblioteca Pública. Com doses de humor e poesia, Bonecas traz personagens como Papelina, uma bonequinha bem-humorada feita de jornal; Sherazade, charmosa bailarina de dança do ventre; e Zezé, mulher do povo, brasileira que samba e canta de modo irreverente.
"A manipulação dos bonecos é feita de forma direta pelos atores, o que torna os movimentos muito fluidos e realistas. A peça não tem falas, mas tem uma narrativa bem delimitada, com começo, meio e fim, construída em cima da trilha sonora”, explica a atriz e produtora Anita Fernandes. De acordo com a integrante do grupo, a ausência de diálogos aproxima ainda mais o espectador da peça e faz com que o trabalho dialogue com públicos de todos os tipos e idades.
Bonecas será apresentado na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa (Praça da Liberdade, 21) na próxima quarta-feira (29/7), às 14h. A entrada é gratuita. Mais informações no (31) 3269-1223.
Serviço:
Espetáculo: Grupo Aldeia apresenta Bonecas
Data: 29 de julho de 2015, quarta-feira
Horário: 14h
Local: Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa. Praça da Liberdade, 21
Entrada: Gratuita
Informações:Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou (31) 3269-1223
O mês de julho terá diversão garantida para toda a família no Circuito Cultural Praça da Liberdade. Os espaços que integram o complexo oferecerão, durante as férias escolares, uma programação especial e gratuita. As atrações incluem oficinas, peças de teatro, filmes e contação de histórias para a garotada, além de atividades dirigidas aos adultos.
O Museu Mineiro oferecerá atividades de cunho artístico e cultural para todas as idades. Até o dia 16 de agosto, o artista e desenhista José Octávio Cavalcanti estará expondo cerca de 90 obras na galeria de exposições temporárias do Museu. E os interessados em sua obra poderão aprender um pouco com o próprio artista. José Octávio irá ministrar um curso de desenho, entre os dias 23 e 29 de julho, destinado a crianças e adultos. Será uma oficina com caráter interativo e acontecerá nos ambientes do Museu Mineiro. As inscrições poderão ser feitas até o dia 20 deste mês.
A Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa apresentará para o período de férias o laboratório “A Musicalidade na Palavra do Narrador de Histórias”, conduzido pela contadora de histórias Beatriz Myrrha. O laboratório pretende incentivar a pesquisa e a experimentação da voz e suas nuances. A atividade está aberta a jovens e adultos com ou sem experiência em narração de histórias. E, naturalmente, serão benvindos artistas, educadores, terapeutas e leitores. A Biblioteca oferecerá também, nos meses de julho e agosto, o projeto Caixa-Estante com o espetáculo “Baú de Histórias”, apresentado pela contadora Sandra Lane e pelo músico Vilmar de Oliveira, além de lançamentos de livros, exposições e a oficina de quadrinhos para crianças.
O Espaço do Conhecimento UFMG também oferecerá ao público, entre os dias 14 de julho e 02 de agosto, uma programação muito especial. As atividades incluem oficina ministrada pelo Núcleo de Astronomia da Casa, sessões especiais gratuitas do Planetário, a exposição temporária “O Assombro do Conhecer” e duas exposições na Fachada Digital do prédio. Além disso, o museu contará com as tradicionais observações no Terraço Astronômico, Jogos do Conhecimento e a exposição “Demasiado Humano”. As atividades são voltadas para crianças e adultos.
O MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal preparou para o período de férias escolares uma programação voltada ao público infanto-juvenil e adulto. As Oficinas de Férias serão realizadas entre os dias 18 de julho e 02 de agosto, com os temas: Pigmentos, Mundo Mineral, Fotografia Digital, Origami, Cristais, Caleidoscópio, Ginástica do Afeto e Pequenos Futuristas, com as participações do Festival SACI e da TV Co-Criativa. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. A oficina de Caleidoscópio apresenta a diversidade dos minerais, cada qual com suas propriedades e características, permitindo uma viagem pelo mundo das cores e das formas. E os jovens poderão conhecer um pouco da utilização dos minerais no dia a dia, como na confecção de vidros e espelhos, por exemplo. Na oficina, os participantes serão estimulados a explorar todos os temas usando os recursos ópticos do Museu. Uma oportunidade para conhecer, por exemplo, a relação do espelho com a luz e as múltiplas combinações de recursos produzidas no equipamento.
O Memorial Minas Gerais Vale criou o programa “Férias Divertidas no Memorial” que abrange sete oficinas para divertir crianças e adultos no período das férias. Em sua 7ª edição, serão trabalhados temas como fotografia, animação, pinturas rupestres e o exercício da cidadania. As exposições do Memorial também acontecerão durante todo o mês de julho. O programa “Férias Divertidas” será entre os dias 21 e 31 de julho. A participação é gratuita, mas sujeita à lotação.
O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) receberá direto de Praga o grupo Lokvar, referência mundial na arte e na tradição do teatro de marionetes, especializado na interação com o público infantil. Pela primeira vez no país, o Lokvar apresentará duas peças: “João, o Indeciso” e a adaptação sobre texto de Hans Christian Andersen, “A Pequena Sereia”. Além do teatro de marionete, durante todo mês de julho, o programa CCBB Educativo realizará visitas mediadas e várias atividades relacionadas às exposições e à história do prédio do Centro Cultural Banco do Brasil. Toda a programação de julho será voltada para o público infantil.
A Casa Fiat de Cultura apresentará a exposição “Uma Certa Itália – 15 artistas do Piemonte na Casa Fiat de Cultura”. Um conjunto de obras italianas que revela a pintura contemporânea da região do Piemonte. Foram reunidas 45 obras de 15 jovens artistas italianos, numa seleção que mostra a multiplicidade e a qualidade artística da Itália contemporânea. O público poderá conferir a mostra até o dia 7 de setembro de 2015, com entrada gratuita.
Boa Esperança, que já é o berço do mundialmente reconhecido pianista Nelson Freire, será palco de ummomento especial para a música clássica. Juntos, Nelson e a Filarmônica de Minas Gerais interpretam o Concerto para piano nº 4 em Sol maior, op. 58, de Beethoven, em concerto ao arlivre, no dia 1° de agosto, às 20h, naPraça do Fórumda cidade. No concerto, a Orquestra também executa o Hino Nacional Brasileiro, de Francisco Manuel da Silva; A Abertura de O Navio Fantasma, de Wagner; O Quebra-nozes, op. 71: Valsa das Flores, de Tchaikovsky; e a Protofonia de O Guarani, de Carlos Gomes.O último recital de Nelson Freire em sua terra natal foi em 1994, por ocasião do aniversário de 50 anos do artista.
O concerto é apresentado pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, e conta com o apoio da Prefeitura de Boa Esperança.
Para que o público possa conhecer mais sobre o pianista, no dia30 de julho, às18h, na Sala Minas Gerais, e no dia02 de agosto, às 11h, na Casa da Cultura de Boa Esperança, será lançado o livro Nelson Freire, a pessoa e o artista, escrito pelo professorRicardo Arnaldo Malheiros Fiúza, com apoio da Editora Del Rey. O escritor, amigo de Nelson Freire desde os 12 anos e casado com uma prima do pianista, acompanha a célebre trajetória tanto no Brasil quanto na Europa. “Nelson Freire sempre foi muito reservado, ele acredita que a música que ele faz é mais importante que sua imagem, por isso o livro é a oportunidade de conhecer tanto um pouco sobre o artista quanto da pessoa por trás do nome”, revela Ricardo. Ele conta que há passagens engraçadas e grandes momentos da carreira de Nelson Freire, a trajetória do menino prodígio de Boa Esperança que tornou-se um dos mais admirados pianistas da atualidade, um livro recheado de fotos pessoais. “O resultado é um gesto de amizade que contribui para fortalecer o legado deste grande nome da música clássica”, completa.
Nelson Freire
O primeiro recital de Nelson Freire ao piano foi aos cinco anos, em Boa Esperança, no Cine Teatro Brasil, que hoje não existe mais. Ele nem estudava música, mas aprendeu ao ouvir as lições da irmã Nelma. Seus pais então o levaram para estudar em Varginha, mas o professor Fernandez logo se deu conta do talento do menino e avisou ao farmacêutico José Freire Silva e à professora Augusta Pinto Neves que ele precisaria alçar voos maiores. Assim, a família mudou-se para o Rio de Janeiro, e o talento de Nelson foi entregue às mestras Nise Obino e Lúcia Branco. Ao vencer o Primeiro Concurso Internacional de Piano do Rio de Janeiro, aos doze anos, Nelson Freire ganhou bolsa de estudos do governo federal e foi para Viena, onde estudou com Bruno Seidlhofer.De lá pra cá, o menino prodígio do interior tornou-se um dos grandes pianistas do mundo e é hoje um artista universalmente consagrado.Apresentou-se com os regentes de maior prestígio, como Valery Gergiev, Rudolf Kempe, Rafael Kubelik, Yuri Temirkanov, Seiji Ozawa, Riccardo Chailly, Charles Dutoit, Andre Previn, Pierre Boulez, Lorin Maazel, Kurt Masur e Sir Colin Davis. Apresentou-se com as orquestras filarmônicas de Berlim, Londres, Nova York e Israel, a Concertgebouw de Amsterdam, a Gewandhaus de Leipzig, as sinfônicas de Paris, Nacional da França, Munique, Tóquio, São Petersburgo, Boston, Chicago e Viena.Seus discos receberam os prêmios Diapason d’Or, Grand Prix du Disque,Victoire d´Honneur,Edison, Gramophone e o Grammy Latino. Com a Filarmônica de Minas Gerais, Nelson Freire já se apresentou quatro vezes.
O maestro Fabio Mechetti
Natural de São Paulo, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008. Por esse trabalho recebeu o Prêmio Carlos Gomes/2009 como Melhor Regente brasileiro. Recentemente, tornou-se o primeiro brasileiro a ser convidado a dirigir uma orquestra asiática, sendo nomeado Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia. Foi Regente Residente da Sinfônica de San Diego, Titular das sinfônicas de Syracuse, Spokane e Jacksonville, sendo agora, Regente Emérito destas últimas duas. Na Sinfônica Nacional de Washington foi regente associado de Mstislav Rostropovich. Estreou no Carnegie Hall conduzindo a Sinfônica de Nova Jersey. Nos Estados Unidos dirigiu inúmeras orquestras e é convidado frequente de importantes festivais.
Realizou diversos concertos no México, Peru e Venezuela. No Japão dirigiu as Orquestras Sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Na Europa regeu a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia e a Orquestra da Radio e TV da Espanha. Dirigiu também a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá, e a Filarmônica de Tampere, na Finlândia. No Brasil, regeu a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre, Brasília e Paraná e as municipais de São Paulo e Rio de Janeiro. Mechetti possui mestrados em Composição e Regência pela Juilliard School de Nova York.
O repertório
Francisco Manuel da Silva (Brasil, 1795 – 1865) eHino Nacional Brasileiro
Nascido no Rio de Janeiro em 1795, Francisco Manuel da Silva foi discípulo de dois músicos notáveis da época: o padre José Maurício Nunes Garcia e Segismundo Neukomm. Com sólida formação musical, foi professor, mestre de capela imperial, diretor do Conservatório Imperial de Música do Rio de Janeiro, maestro e compositor da Imperial Câmara. O hino patriótico que viria a tornar-se o nosso Hino Nacional foi composto para celebrar a Abdicação. A letra atual, de Osório Duque Estrada, escrita em 1909, oficializou-se no centenário da Independência, em 1922, já consagrada pelo uso popular. Francisco Manuel da Silva morreu em 1865, no Rio de Janeiro, onde foi sepultado com muitas homenagens.
Ludwig van Beethoven (Alemanha, 1770 – Áustria, 1827) eConcerto para piano nº 4 em Sol maior, op. 58
Beethoven soube trazer, para oConcerto nº 4, todas as possibilidades expressivas do piano e colocá-lo em pé de igualdade com a orquestra. Pela primeira vez, o piano ganhou total independência da orquestra e tornou-se um dos protagonistas principais da cena. O piano começa a tocar antes da orquestra e não para em momento algum, deixando claro seu papel de protagonista. Beethoven começou a compor a obra em 1805 e terminou no início do ano seguinte. A estreia se deu em março de 1807, em Viena, em um concerto privado na casa de seu patrono, o Príncipe Franz Joseph von Lobkowitz, com Beethoven ao piano. A primeiraperformancepública doConcerto nº 4aconteceu na mesma Viena, em 22 de dezembro de 1808, no Theater an der Wien, quando foram também estreadas a Quinta e Sexta Sinfonias e aFantasia Coral. Esta foi a última aparição de Beethoven como solista de concertos.
Richard Wagner (Alemanha, 1813 – Itália, 1883) eO Navio Fantasma:Abertura
Entre 1837 e 39, Richard Wagner foi o Diretor Musical do teatro de Riga, na Letônia, então parte do Império Russo. As condições de trabalho por lá se mostraram tão precárias que resolveu tentar a sorte na cidade onde tudo acontecia na época, Paris! O problema era sair de Riga, já que o compositor e sua mulher viviam endividados e seus passaportes tinham sido apreendidos. Durante uma noite de julho, Wagner, Minna e Robber, o cão do casal, conseguiram embarcar em um pequeno navio mercante, o Thetis, a caminho de Londres. Anos depois, Wagner descreveu sua experiência aterrorizadora no agitado mar nórdico, com os gritos da tripulação ecoando pelos fiordes, como uma inspiração para escrever sua ópera O Navio Fantasma (ou, na tradução literal do alemão para o português, O Holandês Voador). A Abertura transmite a incrível força de uma tempestade da noite misteriosa no alto mar; ao mesmo tempo em que é uma síntese do conteúdo dramático da ópera, um poema sinfônico independente de grande força.
Piotr Ilitch Tchaikovsky (Rússia, 1840-1893) eO Quebra-nozes, op. 71: Valsa das Flores
Tchaikovsky foi um verdadeiro Midas ao compor seu balé O Quebra-nozes. As melodias que criou estão entre as mais memoráveis do mundo da música e estão por toda parte na cultura popular, como a Dança Russa, a Marcha, a Dança das fadas açucaradas e, claro, a Valsa das Flores. A Valsa está no segundo ato do balé; nela escutamos a harpa brilhar, seguida pela trompa introduzindo o tema principal, passando depois para as cordas em uma melodia arrebatadora e extremamente cativante.
Carlos Gomes (Brasil, 1836-1896) eO Guarani: Protofonia
Carlos Gomes se inspirou no romance indianista de mesmo nome escrito por José de Alencar para compor O Guarani, ópera em quatro atos com libreto em italiano de Antônio Sclavini e Carlo D’Orneville que trata da história de amor de Ceci e Peri. A montagem estreou com grande sucesso em 19 de março de 1870 no Teatro Scala de Milão – a estreia brasileira só veio em dezembro do mesmo ano, no Rio de Janeiro. A Protofonia, ou Abertura, é sem dúvida o tema mais conhecido dessa criação de Carlos Gomes. Inclusive, é uma versão dela que ouvimos no rádio às 19h em ponto quando começa a Voz do Brasil.
SERVIÇO
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
1º de agosto, às 20h
Praça do Fórum | Boa Esperança
Fabio Mechetti, regente
Nelson Freire, piano
SILVA Hino Nacional Brasileiro
BEETHOVEN Concerto para piano nº 4 em Sol maior, op. 58
WAGNER O Navio Fantasma: Abertura
TCHAIKOVSKY O Quebra-nozes, op. 71: Valsa das Flores
Em parceria com a TV Brasil (EBC), a Rede Minas começa a exibir, nesta quinta-feira (9/7), a Copa do Mundo FIFA de Futebol de Areia. A competição internacional, com realização na cidade de Espinho, em Portugal, terá todas as partidas transmitidas ao vivo.
A partida de abertura, às 10h30 (horário de Brasília), reúne entre os donos da casa e o Japão. Na sexta-feira (10/7), às 13h30, o Brasil estreia jogando contra o México. A seleção brasileira está no Grupo B, que também tem Espanha e Irã.
No sábado (11/7), às 10h30, Senegal enfrenta a seleção portuguesa. No domingo (12/7), o Brasil volta a jogar, desta vez contra o Irã, às 13h30. O jogo contra a Espanha, a terceira partida do grupo, ocorre na terça-feira (14/7), às 17h30.
Recursos liberados pelo Governo de Minas Gerais vão garantir a revitalização e reabertura à população do Museu da Cachaça, em Salinas. A iniciativa, comemorada no município, favorece a valorização e a difusão da cadeia produtiva da cachaça artesanal, além de divulgar a cultura daquela região do Norte de Minas. Publicado no Diário Oficial do Estado, nesta terça-feira (21/7), o convênio de mais de R$ 200 mil com a Prefeitura Municipal de Salinas prevê o custeio das despesas de manutenção do equipamento cultural e a contratação de pessoal.
O Museu da Cachaça estava com as portas fechadas desde o último mês de dezembro por falta de recursos. Convênio com a Unimontes, que garantia funcionamento precário da casa, chegou ao fim e não foi renovado pela administração anterior do Governo do Estado.
O espaço conta com proposta museológica distribuída entre nove salas. Agora, com os recursos provenientes do novo convênio, será reaberto para visitação de moradores e turistas, que poderão conhecer detalhes de toda a cadeia deste produto genuinamente brasileiro.
Instalado em um terreno de 13.120m², o equipamento cultural retrata uma visão antropológica do produto, na qual os aspectos de produção, circulação e consumo são mostrados ao público por meio de elementos audiovisuais e exposições permanentes. O objetivo do Museu da Cachaça é revelar também os costumes de toda aquela região norte-mineira, reconhecida nacional e internacionalmente pela produção da bebida.
Interação com a comunidade
Além de promover e difundir a história da produção da bebida no município de Salinas, o Museu da Cachaça busca maior interlocução com a população local. A proposta é garantir, além da oferta de cursos de qualificação para os produtores de cachaça, visitas monitoradas de alunos de escolas e outras instituições.
A assessora-chefe de Planejamento e gerente municipal de Convênios e Contratos da Prefeitura de Salinas, Lidiany Ramos da Silva Carvalho, comemora a liberação dos recursos pelo Governo Fernando Pimentel e reforça a busca pela interação com a comunidade.
“O objetivo é fazer com que os moradores abracem o museu e, para isso, trabalhamos na ampliação das parcerias com os sindicatos dos produtores de cachaça e as instituições locais”, diz Lidiany.
A gestão do Museu da Cachaça ocorrerá por meio da Fundação Cultural de Salinas, em parceria com a Prefeitura Municipal. O convênio firmado entre a Secretaria de Estado de Cultura e o município terá aplicação total de R$ 220.946,08 neste primeiro ano.
Casa de Juscelino também foi contemplada
O Governo do Estado liberou também recursos para a Casa de Juscelino, em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha. Serão investidos R$ 200 mil em manutenção, conservação e custeio das atividades do equipamento cultural no período de 2015/2016.
Transformado em museu, o imóvel em que o presidente Juscelino Kubitschek viveu dos 5 aos 18 anos é hoje a edificação mais visitada daquela cidade histórica, com média de 1,2 mil visitas/mês. Os visitantes, que chegam de todas as regiões do país, encontram um acervo composto por fotografias, textos, instrumentos de trabalho e até violões pertencentes a JK.
O espaço cultural mais antigo de Minas Gerais comemora seus 120 anos sem ter perdido seu vigor. Pelo contrário, o Arquivo Público Mineiro continua cumprindo sua missão com dinamismo e modernização de suas práticas. Quinta-feira, às 19h, a instituição lança, em sua sede, a Revista do Arquivo Público Mineiro, Janeiro-Junho 2015, centenária publicação do APM.
O evento terá apresentação da Orquestra Sinfônica da Polícia Militar de Minas Gerais e conta com participação do secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, do superintendente do Arquivo Público Mineiro, Thiago Veloso, e do coordenador da publicação, Renato Venâncio.
A edição traz os múltiplos significados dos arquivos públicos na sociedade contemporânea, bem como propõe um momento de reflexão a respeito dos desafios enfrentados e a forma de superá-los. São temas trabalhados sob perspectiva não apenas acadêmica, mas também construtiva. A revista abre esse acervo à comunidade, propondo discussões e intercâmbios de ideias a respeito.
Revista do Arquivo Público Mineiro
Idealizada pelo fundador e primeiro diretor do Arquivo Público Mineiro, José Pedro Xavier da Veiga, a Revista do Arquivo Público Mineiro teve seu primeiro número lançado em 1896. Naquela época, ao apresentar a publicação, Xavier da Veiga afirmava a necessidade de se organizar “séria e sistematicamente” os arquivos administrativos, históricos e políticos dispersos em Minas Gerais.
Desde 2005, graças ao esforço da Secretaria de Estado de Cultura, com apoio do Programa Cultural da Cemig, a Revista do Arquivo Público está sendo publicada em uma nova versão, com projeto gráfico moderno que busca honrar a tradição da mais antiga revista de História de Minas Gerais.
Arquivo Público Mineiro
Criado em Ouro Preto, em 1895, o Arquivo Público Mineiro é a instituição cultural mais antiga de Minas Gerais. Ele é responsável pela gestão do patrimônio arquivístico produzido pelo Poder Executivo do Estado e dos documentos privados de interesse público e social.
O acervo que hoje está sob tutela do Arquivo Público Mineiro reúne milhares de manuscritos, impressos, mapas, fotografias, filmes, livros, periódicos, entre outros documentos, abrangendo desde o século XVIII até o século XXI. Localizada na Avenida João Pinheiro, 372, a casa que hoje abriga o Arquivo Público Mineiro integra o patrimônio arquitetônico de Belo Horizonte e faz parte do Circuito Cultural Praça da Liberdade.
Em passagem por Belo Horizonte, o Secretário de Estado de Cultura de São Paulo, Marcelo Araújo, visitou a Sala Minas Gerais a convite do Secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais, Angelo Oswaldo, e foi recebido pelo maestro Fabio Mechetti e por Diomar Silveira, presidente do Instituto Cultural Filarmônica. Na ocasião, Marcelo Araújo pôde acompanhar o ensaio da renomada soprano Eliane Coelho com a Orquestra, que nesta quinta e sexta interpreta Salomé, de Richard Strauss, e Sheherazade, de Ravel.
O Conselho Estadual de Política Cultural (CONSEC) realizará reuniões abertas ao público, nos dias 14 e 15 de julho, das 10h às 17h, no Edifício Anexo da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, Professor Francisco Iglésias. Em pauta estão o novo site do Conselho e a eleição dos coordenadores de cada Câmara Temática. Para participar das reuniões, é necessária inscrição prévia pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. .
Os conselheiros terão ainda a oportunidade de discutir propostas para o fomento da cultura mineira e a situação de alguns Projetos de Lei do setor, em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Fernando Tadeu David, Assessor Especial da Secretaria de Estado de Governo, participará da reunião para esclarecer sobre a organização e as atribuições dos Fóruns Regionais do Governo de Minas Gerais.
O Secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, estará presente na sessão conduzida pelo Secretário Adjunto de Estado de Cultura, Bernardo Mata Machado.
Saiba mais sobre o CONSEC
Em atividade desde agosto de 2012, o órgão colegiado de caráter consultivo, propositivo, deliberativo e de assessoramento superior da Secretaria de Estado de Cultura auxilia na criação de condições para que todos mineiros exerçam seus direitos culturais e tenham acesso aos bens culturais. Devido à sua composição paritária, o CONSEC atua como uma instância da sociedade civil junto à Secretaria.
Compete ao Consec: acompanhar a elaboração e a execução do Plano Estadual de Cultura; contribuir para o aprimoramento das políticas de cultura do Estado; manter instâncias de discussão com as associações representativas de artistas e produtores culturais; contribuir para a integração entre os órgãos públicos e entidades do setor cultural; manifestar-se sobre planos estaduais e programas regionais de incentivo, normas e diretrizes de programas de incentivo, gestão de acervos culturais, campanhas de divulgação conscientização e defesa do patrimônio cultural, entre outras funções; elaborar seu regimento interno.
SERVIÇO
13ª Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Política Cultural
Local: Sala de cursos do Edifício Anexo da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa
O aumento se deve principalmente à realização da Copa do Mundo. Somente no mês de junho, quando ocorreu o mundial, entraram pelo aeroporto de Confins 36% do total de estrangeiros que vieram a Minas em 2014. Se comparado ao mesmo período em 2013, houve um acréscimo de 280%, saltando de 4.840 para 18.398 turistas de outros países.
Para o secretário de estado de Turismo, Mário Henrique Caixa, o fluxo de turistas estrangeiros tende a crescer mais ainda em 2016 com a realização dos Jogos Olímpicos. “Receberemos atletas do Japão e Canadá em Juiz de Fora, da Irlanda em Uberlândia, e na capital receberemos os da Grã Bretanha. São países em que os torcedores tradicionalmente acompanham as suas equipes. Além disso, tivemos uma experiência muito positiva durante a Copa do Mundo, e esperamos que isso impulsione a vinda de mais turistas a Minas Gerais”, diz Caixa.
As maiores taxas de crescimento foram observadas em países que jogaram em Belo Horizonte durante a Copa ou que possuem voos diretos para a capital mineira. Em primeiro lugar, destaca-se a entrada de visitantes de “outros países da África” impulsionados pelos argelinos que cresceram em 2566%, seguidos dos colombianos (297%), chilenos (192%), panamenhos (162%), belgas (144%), argentinos (109%) e uruguaios (101%).
Em relação aos valores absolutos, os dez países que mais emitiram visitantes para o país com entrada por Minas Gerais em 2014 foram os seguintes:
1 - Estados Unidos
16.512
2 - Argentina
7.036
3 - Portugal
4.557
4- Outros países da África (Argélia)
2.826
5 - Itália
2.427
6 - Colômbia
2.064
7 - Alemanha
1.681
8 - Bélgica
1.576
9 - França
1.445
10 - Espanha
1.253
Assim, em relação aos continentes, a América do Sul ampliou sua participação de 14% em 2013 para 22% em 2014, seguida da África que aumentou de 1% para 6%, definindo a seguinte composição final:
O Ministério da Cultura está com três editais abertos. Confira abaixo informações a respeito.
Cultura de Redes - Fortalecimento de Redes Culturais do Brasil
O terceiro edital é destinado a entidades culturais e a coletivos culturais, certificados ou não como Pontos de Cultura, e irá fomentar redes culturais brasileiras locais. Serão escolhidas 40 iniciativas, divididas em duas categorias, e cada iniciativa receberá R$ 50 mil.
A primeira categoria, destinada a entidades culturais, com CNPJ, selecionará iniciativas com pelo menos um ano de existência, que se articulem em âmbito local ou territorial, de caráter temático, identitário ou de colaboração artística e cultural. A entidade deverá ter atuação comprovada na área cultural de pelo menos dois anos.
A segunda categoria é destinada a coletivos culturais. Mesmo não se exigindo CNPJ dos coletivos, eles deverão comprovar atuação de pelo menos dois anos na área cultural e as iniciativas fomentadas deverão existir há pelo menos um ano.
Nas duas categorias, serão 20 prêmios de R$ 50 mil cada. As inscrições podem ser feitas até 18 de agosto.
Serão apoiadas atividades relacionadas às ações estruturantes da Política Nacional de Cultura Viva: cultura, comunicação e mídia livre; intercâmbio e residências artísticoculturais; cultura e educação; cultura e saúde; conhecimentos tradicionais; cultura digital; cultura e direitos humanos; economia criativa e solidária; livro, leitura e literatura; memória e patrimônio cultural; cultura e meio ambiente; cultura e juventude; cultura, infância e adolescência; cultura LGBT; agente cultura viva; cultura circense; outras ações que vierem a ser definidas em regulamentação pelo Ministério da Cultura.
Categoria Nacional/Regional
O quarto edital fomentará 20 projetos destinados ao fomento, desenvolvimento e criação de redes relacionadas ao setor cultural em todo o Brasil, divididas em duas categorias:
a) Categoria Rede Nacional, que premiará 10 projetos, no valor de R$ 200.000 cada, que contemplem redes de caráter temático, identitário ou de colaboração artística e cultural, que articulem iniciativas em no mínimo cinco estados da federação e que comprovem uma articulação regular e contínua entre essas iniciativas pelo período mínimo de um ano antes da publicação do edital.
b) Categoria Rede Regional, que premiará 10 projetos, no valor de R$ 100.000 cada, que articulem iniciativas de caráter temático, identitário ou de colaboração artística e cultural, em âmbito regional, e que comprovem uma articulação regular e contínua entre essas iniciativas pelo período mínimo de um ano anterior à publicação do edital.
Como se inscrever
As inscrições para os dois editais poderão ser feitas até o dia 1º de setembro pelo Salic Web, de forma on-line. Caso prefira realizar a inscrição por via postal, a mesma deverá ser enviada com aviso de recebimento obrigatório (AR) simples ou entrega rápida, fazendo constar no endereço:
Para a categoria Local:
Prêmio Cultura de Rede - Fomento a Redes Culturais do Brasil - categoria Local
Edital de Divulgação n.º 03 de 03/07/2015
Ministério da Cultura/MinC
Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural/SCDC
Coordenação de Seleção e Normatização
Edifício Parque Cidade Corporate
SCS Quadra 9, Lote C, Torre B, 9º Andar
Brasília/DF - CEP 70.308-200
Para a categoria Nacional/Regional
Prêmio Cultura de Rede - Fomento a Redes Culturais do Brasil - categoria Regional/Nacional
Edital de Divulgação n.º 04 de 03/07/2015
Ministério da Cultura/MinC
Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural/SCDC
Coordenação de Seleção e Normatização
Edifício Parque Cidade Corporate
SCS Quadra 9, Lote C, Torre B, 9º Andar
Brasília/DF - CEP 70.308-200
Para as inscrições por via postal, o envio da documentação obrigatória deve ser feito até o último dia de inscrição, valendo, para tanto, o carimbo de postagem. Não serão aceitas inscrições feitas fora do prazo. Por isso, não deixe para o último momento.
Edital Pontos de Cultura Indígena
Com gestão da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do MinC e parceria da Secretaria do Audiovisual, também do MinC, e da Funai (Fundação Nacional do Índio), o Edital de Seleção Pública do Prêmio Pontos de Cultura Indígenas destina-se à valorização e estímulo a iniciativas culturais de povos indígenas e suas comunidades, certificando-as como Pontos de Cultura, caso desejem. Somente os povos indígenas e suas comunidades poderão concorrer, mas eles poderão ser representados por organizações indígenas juridicamente constituídas (com CNPJ) ou por pessoa física, mediante autorização expressa das comunidades representadas.
O concurso visa reconhecer e apoiar atividades culturais já realizadas ou em realização por povos indígenas, dando visibilidade às expressões culturais destes povos. Serão premiadas com R$ 40 mil, 70 iniciativas, realizadas ou em andamento, distribuídas em duas categorias: 50 prêmios para Iniciativa Cultural Indígena, destinados a organizações e comunidades indígenas que vivem em aldeias ou áreas urbanas, para as diferentes áreas.
As áreas contempladas são: Religiões, rituais e festas tradicionais; Músicas, cantos e danças; Línguas indígenas; Narrativas simbólicas, histórias e outras narrativas orais; Educação e processos próprios de transmissão de conhecimentos; Meio ambiente, territorialidade e sustentabilidade das culturas indígenas; Medicina indígena; Alimentação indígena; Manejo, plantio e coleta de recursos naturais; Culinária indígena; Jogos e brincadeiras; Arte, produção material e artesanato; Pinturas corporais, desenhos, grafismos e outras formas de expressão simbólica; Arquitetura indígena; Memória e patrimônio; Documentação; Museus; Pesquisas aplicadas; Textos escritos; Teatro e histórias encenadas; Outras formas de expressão próprias das culturas indígenas.
A segunda categoria contemplada com o edital irá conceder 20 prêmios, exclusivamente para ações desenvolvidas no campo do audiovisual. Nessa categoria, serão contempladas iniciativas de formação e produção audiovisual: ações realizadas de produção e formação audiovisual, que visem o fortalecimento, a promoção, a visibilidade e a reflexão sobre diferentes aspectos das culturas indígenas.
Como se inscrever
As inscrições poderão ser feitas até o dia 1º de setembro pelo Salic Web, de forma on-line. Caso prefira realizar a inscrição por via postal, a mesma deverá ser enviada com aviso de recebimento obrigatório (AR) simples ou entrega rápida, fazendo constar no endereço:
Prêmio Pontos de Cultura Indígena 2015
Edital de Divulgação n.º 02 de 03/07/2015
Ministério da Cultura/MinC
Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural/SCDC
Coordenação de Seleção e Normatização
Edifício Parque Cidade Corporate
SCS Quadra 9, Lote C, Torre B, 9º Andar
Brasília/DF - CEP 70.308-200
Para as inscrições por via postal, o envio da documentação obrigatória deve ser feito até o último dia de inscrição, valendo, para tanto, o carimbo de postagem. Não serão aceitas inscrições feitas fora do prazo. Por isso, não deixe para o último momento.
Edital Pontos de Mídia Livre
O primeiro edital apoiará iniciativas de comunicação compartilhada e participativa que busquem interatividade com o público, realizadas ou promovidas por coletivos culturais ou por entidades culturais. Trata-se da Terceira Edição do Prêmio Pontos de Mídia Livre, destinado a entidades e coletivos culturais que diretamente produzem e/ou apoiam iniciativas de mídia livre (Veja aqui os critérios de definição de Iniciativa de Mídia Livre).
Esse edital concederá um montante de R$ 5 milhões a 80 iniciativas, divididas em três categorias. Serão selecionadas dez iniciativas de abrangência nacional, realizadas por entidades, e cada uma delas receberá R$ 100 mil. Quanto às iniciativas de abrangência estadual, realizadas por coletivos culturais, serão um total de 25 e cada uma receberá o total de R$ 40 mil. O mesmo valor será destinado a iniciativas de abrangência local ou municipal, realizada por coletivos e, nessa categoria, serão apoiadas 45 iniciativas. As entidades ou coletivos culturais selecionados poderão ser certificados pelo MinC como Pontos ou Pontões de Cultura, caso desejem.
Como se inscrever
As inscrições poderão ser feitas até o dia 18 de agosto pelo Salic Web, de forma on-line. Caso prefira realizar a inscrição por via postal, a mesma deverá ser enviada com aviso de recebimento obrigatório (AR) simples ou entrega rápida, fazendo constar no endereço:
Prêmio Pontos de Mídia Livre - III Edição
Edital de Divulgação n.º 01 de 03/07/2015
Ministério da Cultura/MinC
Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural/SCDC
Coordenação de Seleção e Normatização
Edifício Parque Cidade Corporate
SCS Quadra 9, Lote C, Torre B, 9º Andar
Brasília/DF - CEP 70.308-200
Para as inscrições por via postal, o envio da documentação obrigatória deve ser feito até o último dia de inscrição, valendo, para tanto, o carimbo de postagem. Não serão aceitas inscrições feitas fora do prazo. Por isso, não deixe para o último momento.
Diferentes vertentes da produção fotográfica contemporânea estarão reunidas na mostra Gestos, relatos, escritas e autoficções, que tem curadoria de Mariano Klautau Filho.São trabalhos que buscam evidenciar a fotografia como um processo similar ao de produção escrita, no qual as obras não são necessariamente inacabadas, mas demonstram as estruturas de construção de relatos. A exposição reúne 106 fotos, sete livros/dissertações e seis vídeos distribuídos em 25 obras de 18 artistas de sete estados brasileiros.
Gestos, relatos, escritas e autoficções tem a particularidade de reunir artistas veteranos e iniciantes com faixa etária diversificada. O público poderá ver os trabalhos de veteranos como André Penteado, José Diniz, João Castilho, Luiz Braga, Mateus Sá, Octavio Cardoso e Walda Marques; e de iniciantes como Amanda Amaral, Cyro Almeida, Edu Monteiro, Fernanda Guigolin, Gouveia dos Santos, Ionaldo Rodrigues, Ivan Padovani, Letícia Lampert, Milla Jung, Raquel Diniz e YukieHori.
O curador Mariano Klautau destaca que a mostra é uma oportunidade para que obras com características diferentes possam dialogar. “Não importa se o trabalho é mais tradicional ou contemporâneo, todos mostram a fotografia como um processo”, completa.
Essa é a primeira exposição em que o Centro de Arte Contemporânea e Fotografia passa a ser identificado como CâmeraSete –Casa da Fotografia de Minas Gerais. Com a mudança, a ideia é transformar o espaço em um referencial para a fotografia em Minas, intensificando ações de debates e reflexões sobre a arte fotográfica.
Diferentes usos da Fotografia - Apesar de se concentrar na linguagem fotográfica, a exposição, que anteriormente foi exibida no Festival de Fotografia de Tiradentes, reúne diferentes possibilidades de uso da linguagem, que extrapola o uso da fotografia em si mesma. Um exemplo é o trabalho da paraense Milla Jung, cujo projeto ultrapassa a fotografia, combinando-a com performance e vídeo. As imagens feitas pela paranaense em PlasAytit são o resultado de um intervenção em neon, no centro de Curitiba, instalando um marco que representa a enorme presença recente da imigração haitiana no Brasil.
É característica da mostra absorver projetos que utilizam elementos das fotografias documental e ficcional para expressar relatos ou processos de escrita. São evidenciados também experiências biográficas, processos de transformações de cidades, formas de recontar a realidade do indivíduo ou ainda retratar o processo de construção literária.
Outro destaque é Metamorfose, de João Castilho. Em sua produção, o mineiro traz várias traduções de um parágrafo do livro homônimo de Kafka com pequenas alterações. Para o curador, esse exercício de escrita e de imaginação, que traça muito claramente a relação entre a fotografia e o processo de construção da escrita, o ajudou a traçar a linha curatorial.
Entre realidade e ficção – As obras em exposição manifestam fotograficamente relatos íntimos de histórias contadas pelos artistas. O lugar da realidade e da ficção nestes relatos são problematizados. Segundo Mariano, uma das características da fotografia contemporânea é o conflito entre os estatutos da ficção e da documentação. “É preciso se perguntar até que ponto a ficção não pode reescrever a realidade e abrir outras possibilidades”.
Para o curador, o importante não é negar a realidade, mas sim, perceber como a ficção pode ser uma alternativa para representar o real. “Antes de negar a realidade a gente fala muito da feitura na fotografia, deste processo em que o aspecto ficcional está muito presente. O artista está reescrevendo a sua relação com o mundo, a partir da sua imaginação. Não é recusar a ficção, é reconstruir a realidade pela fotografia”, explica o curador.
O título da exposição pode ser explicado também por essa relação. Os gestos, relatos e escritas são formas de contar e traduzir a realidade, assim como as autoficções, novas formas de dizer suas experiências.
De Tiradentes para Belo Horizonte – A exposição foi montada para o Festival de Fotografia de Tiradentes de 2015. Mariano foi convidado para assumir a curadoria por estar em contato constante com a fotografia contemporânea, graças aos seus cinco anos de trabalho como curador do prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. Pela segunda vez, uma exposição do festival vem para Belo Horizonte. “O Festival tem se alinhando para ocupar outros espaços da Secretaria de Cultura. E essas exposições são importantes porque dão mais visibilidade, mais expressão, principalmente de público para as mostras”, explica Eugênio Sávio, produtor executivo.
Eugênio comemora também o CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais. “O Festival de Tiradentes surgiu dessa necessidade de discutir a fotografia, debater o assunto, levar para a academia. Belo Horizonte, já possuiu uma expressiva geração fotográfica, com projeção nacional e internacional até, mas precisamos também deste espaço”, explica Eugênio, que também é professor universitário e produtor cultural.
Essa importância se reflete na criação do Dia da Gastronomia Mineira, instituído pela Lei Estadual nº 20.577, de 21/12/2012. A escolha da data, 05 de julho, aniversário do escritor Eduardo Frieiro, foi mais do que justa. Em seu livro Feijão, Angu e Couve, lançado há mais de 50 anos, o autor descreve minuciosamente não só as origens da nossa culinária, como também os costumes mineiros à mesa, nos deixando um vasto material de pesquisa.
Mas nem só de tradição vive a gastronomia mineira. O setor vem se inovando, seja pelo despontar de chefs mineiros em nível nacional e internacional, seja através da valorização e novos usos de produtos e ingredientes tornando-se um importante diferencial para o Estado.
É por isso e para fortalecer ainda mais o setor que a Secretaria retomou a discussão interna no governo para a constituição da Casa da Gastronomia. O local servirá muito mais do que ponto de divulgação desse bem imaterial mineiro que é a culinária. Agregará eventos, demonstrações, intercâmbio de receitas da alta gastronomia com os ingredientes e pratos típicos, de raiz. Também agregará conhecimentos e pretende ser meio difusor e de troca de experiências da arte e saber dos aromas e dos sabores. A Casa integrará o Circuito Cultural da Praça da Liberdade, localizando-se na rua da Bahia, ao lado da Prodemge.
Quero parabenizar a Frente da Gastronomia Mineira, coordenada pelo deputado Agostinho Patrus Filho, pelo trabalho voluntário que vem realizando para tornar cada vez mais Minas em o estado da Gastronomia e dizer que podem contar comigo para unirmos forças em prol desse setor tão importante para o turismo, cultura, economia e desenvolvimento do nosso estado."
Os aficionados por cinema terão a oportunidade de assistir a filmes que assombraram plateias do todo o mundo na década de 1980 com a Maratona do Terror, que inicia na sexta-feira, 24, as atividades da última semana do I Inverno das Artes da Fundação Clóvis Salgado. Serão exibidos clássicos do gênero, produzidos nos anos 80, como Brinquedo Assassino e Uma Noite Alucinante.
Ao todo, serão exibidas até o sábado, 25, 11 obras que, segundo Philipe Ratton, Gerente de Cinema da Fundação Clóvis Salgado, consolidam o terror como um estilo. “Esse conjunto de obras permite analisar o aprofundamento estético do uso da violência, que passa a ser mais gráfica e visualmente expressiva”, destaca. Toda a programação é gratuita, com distribuição de ingressos meia hora antes de cada sessão.
Além do cinema, também as Artes Visuais seguem com programação. As crianças poderão participar da oficina RetratosdeFamília, uma contaçãodehistórias que propõe a criação narrativa por meio de retratos familiares antigos. Serão disponibilizadas 20 vagas para essa atividade, que terá entrada gratuita.
Expoente da nova safra de artistas brasileiros, o cantor gaúcho FilipeCatto é a última atração musical do I Inverno das Artes e se apresenta para o público mineiro com voz e violão. Na segunda-feira, 27, ele encerra o evento com show em formato intimista, com repertório variado que reúne composições autorais como Saga, Adoração e FlordaIdade, além de interpretações de canções de artistas que ficaram marcadas na sua inconfundível voz de contratenor. Para este show, os ingressos já estão esgotados.
23 horas ininterruptas de muito terror – Na sexta-feira, 24, o clássico OIluminado abre a Maratona do Terror na sessão das 17h. O encerramento será às 16h do sábado, 25, com a exibição de Brinquedo Assassino. As sequências II, III e IV da franquia Sexta-Feira13 e Uma Noite Alucinante, partes I e II, também estão entre os títulos exibidos. Aqueles que resistirem acordados durante a madrugada, poderão renovar as energias com um Café da Manhã Maldito, que será servido às 7h20.
No Cine Humberto Mauro, entre meia noite e 2h, serão exibidos os filmes Sexta-Feira 13, parte I, e Hora do Pesadelo, conforme a programação. No entanto, haverá uma surpresa para quem estiver acompanhando as sessões pelo telão, no Jardim. “Como esses filmes foram exibidos recentemente ao ar livre, durante o evento Terror no Parque, vamos disponibilizar outra programação apenas nesse horário, mas não vamos revelar quais serão os filmes, para preservar o clima de mistério”, conta Bruno Hilário, Assessor do Cine Humberto Mauro. Ele acredita que essa maratona promete repetir o sucesso do Terror no Parque, realizado dia 17 de julho, que reuniu mais de 500 pessoas no Parque Municipal.
Memórias, afetos e histórias – Última atividade de artes visuais na programação do Inverno das Artes, a oficina Retratos de Família tem o objetivo de estreitar os laços familiares com momentos catalisadores de memórias, afetos e histórias em comum, além de estimular a narrativa das crianças por meio da contação de histórias. Para isso, as famílias deverão trazer fotografias com registros de momentos importantes como casamentos, férias e aniversários.
A partir do resgate dessa memória inicial, os pais vão contextualizar a foto e contar um pouco da história por trás daquela imagem. Ao finalizar a primeira parte da oficina, as famílias serão convidadas a recriar outras histórias utilizando imagens aleatórias de jornais e revistas, tendo como base os retratos originais, para criar um álbum de família.
Segundo a coordenadora do programa Educativo em Artes Visuais do Palácio das Artes, Fabíola Rodrigues, a ideia dessa atividade é permitir que as famílias se conheçam melhor a partir da própria história. “Essa oficina permite uma interação muito mais proveitosa entre as famílias, já que pais podem contar detalhes sobre o casamento ou o período antes do nascimento dos filhos que, na maioria das vezes, as crianças desconhecem”, explica.
No início deste ano, Vladmir Carvalho completou 80 anos. Como forma de homenagear o cineasta, o cineclube Curta Degustação – com apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Imprensa Oficial - programou para o mês de julho um sobrevôo sobre o trabalho de curtas metragens deste que é considerado o maior documentarista brasileiro (hoje, o mais importante, com a morte de Eduardo Coutinho, de quem foi parceiro em projetos).
Vladimir, um paraibano de Itabaiana, criou uma trajetória no cinema brasileiro fiel ao espírito de observação do seu país, sua cultura, seus personagens, além de um grande amor pelo seu atavismo (o “original” – a Paraíba - ou ao “adquirido” – Brasília).
Jornalista de origem, Vladimir participou do grupo dos documentaristas paraibanos que tiveram em Linduarte Noronha o seu mentor (sua obra, “Aruanda”, de 1960, é referência do documentário etnográfico, que tão bem se desenvolveu pelo trabalho de figuras como Jean Rouch). Linduarte liderou um grupo de cineastas que construíram um espaço sólido no moderno cinema brasileiro: Rucker Vieira, João Ramiro Melo, Ipojuca Pontes, Manfredo Caldas, Vladimir Carvalho, entre muitos outros.
A filmografia de Vladimir tem trabalhos destacados (“O País de São Saruê”, de 1971, que teve problemas com a censura da ditadura, só sendo liberado, anos depois, no período da abertura política) e retrata figuras de importância da política brasileira (Teotônio Vilella, em seu “O Evangelho Segundo Teotônio”, de 1984), da cultura (“O Engenho de Zé Lins”, de 2007) ou de ambos os contextos – a política e a literatura (“O Homem de Areia”, de 1981, sobre José Américo de Almeida), e sempre se posicionou diante de momentos decisivos da luta contra a impostura ditatorial e do cotidiano dos “conterrâneos”, construtores de Brasília.
Os curtas metragens se tornaram peças clássicas deste espaço expressivo.
A programação do Curta Degustação se pautou pela presença de títulos bem significativos do seu trabalho.
Vladimir está em pleno processo criativo e na presença constante entre novos realizadores que buscam em seu trabalho, formatos de observação do mundo pelo viés do documentário.
Geraldo Veloso
Curador da Mostra Vladimir Carvalho
SERVIÇO
CURTA DEGUSTAÇÃO
SESSÕES SEMANAIS GRATUITAS TODAS AS TERÇAS FEIRAS,
DE 13:00 ÀS 13:30 HORAS
LOCAL: SALA MULTIMÍDIA DA IMPRENSA OFICIAL
ENDEREÇO: AV. AUGUSTO DE LIMA, 270 / CENTRO – BELO HORIZONTE
SITE: curtadegustacao.blogspot.com
MAIS INFORMAÇÕES: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
AGENDAMENTO DE ENTREVISTAS: 31 9909-6753 (LOURENÇO VELOSO) Skype: velosolourenco e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Sessões gratuitas, com entrega de ingressos 30min. antes das funções.
As sessões
Sessão 01 – 07/07/2015
A Bolandeira
Direção Vladimir Carvalho, 35 mm / PB / 1968 / Doc. / P&B / 15 min.
Retrato dos pequenos engenhos pioneiros, processadores de cana de açucar, hoje em processo de extinção.
Sessão 02 – 14/07/2015
Vila Boa de Goyaz
Direção de Vladimir Carvalho, 35 mm/ Brasília / Doc. / 1974 / Cor / 19 min.
História da antiga capital de Goiás, narrada pela poeta, Cora Coralina.
Sessão 03 –21/07/2015
Quilombo
Direção Vladimir Carvalho, 16 mm / Brasília / 1975 / Doc. / Cor / 24 min.
Remanescente de um quilombo, distante a menos de cem quilômetros de Brasília a comunidade se dedica a uma agricultura de subsistência e à produção de cachaça. No momento da filmagem, ameaçaada de extinção.
Sessão 04 –28/07/2015
A Pedra da Riqueza
Direção Vladimir Carvalho, 35 mm / Brasília e RJ / 1975 / Doc. / P&B / 15 min.
Mineração primitiva de metal raro e caro na cotação internacional da indústria de alta tecnologia.
EQUIPE DO CURTA DEGUSTAÇÃO
Coordenação
Victor de Almeida
Curadoria e produção
Lourenço Veloso
Assistência de produção
Joicely Agenor
Projeto gráfico
Quézia Gonçalves
Vinheta
Lourenço Veloso
Locução e mixagem da vinheta
Túlio Finelli
Autoração DVD
Cultact – Produção de conteúdos
Saiba mais sobre o Centro de Estudos Cinematográficos de Minas Gerais
O CEC foi fundado em 1951 por um grupo de intelectuais reunidos em torno de um projeto de aprofundamento da exegese do cinema, naquele momento em processo de afirmação como fenômeno cultural, no mundo inteiro. Cyro Siqueira, Guy de Almeida, Jacques do Prado Brandão, entre outros, buscavam tornar o cinema objeto de uma análise que envolvia outros discursos sobre a arte e a cultura. As sucessivas gerações que frequentaram o CEC nesses mais de sessenta anos se tornaram jornalistas, escritores, músicos, teatrólogos, atores, críticos de cinema e de artes e criaram um movimento no cinema que deu a possibilidade de realização de produtos cinematográficos, a partir dos anos 60 do século passado. Um dos principais resultados do processo de intervenção do CEC no universo do cinema foi a criação, em 1954, da Revista de Cinema, que naquele momento foi um dos únicos instrumentos de reflexão profunda sobre o cinema, no país. Grandes realizadores do cinema brasileiro contemporâneo creditam à leitura da Revista de Cinema, uma parte significativa do seu trabalho como realizadores.
Saiba mais sobre o Instituto Humberto Mauro
O Instituto Humberto Mauro foi criado em 1982 por um grupo de cineastas mineiros e brasileiros, tendo como patrono o pai do cinema brasileiro. Foram seus fundadores David Neves, Guido Araújo, Fernando Monteiro, Ronaldo de Noronha, Regis Gonçalves, Jacques do Prado Brandão, Ricardo Gomes Leite, Maurício Gomes Leite, Victor de Almeida, Mário Alves Coutinho e Geraldo Veloso. Posteriormente, foram incorporados ao grupo Paulo Augusto Gomes e Eugênio Magno de Oliveira. São seus objetivos gerais atuar especificamente nas áreas especificamente cinematográfica e dos meios de comunicação, o e audiovisual, aglutinando múltiplas atividades, como a pesquisa da estética e da história, a edição de publicações especializadas, a exibição regular e especial de filmes, a formação e especialização profissional e o arquivamento da memória audiovisual.
Há 15 anos acontece em Conselheiro Lafaiete o FACE - Festival de Artes Cênicas, reunindo grupos de teatro amador de todo o Estado de Minas Gerais para apresentações e fóruns. Neste ano, 38 grupos participarão do evento de 18 a 26 de julho. O Secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, estará presente na mesa sobre as políticas públicas de cultura para o interior do Estado.
20 cidades de Minas e outros 04 estados brasileiros estarão representados na ocasião de troca de experiências e promoção de um movimento cultural na cidade da região central do Estado.
No fórum serão debatidos ainda temas como o teatro e o seu comércio e estética, além do seu papel sócio político. Estão confirmadas as presenças de Zeca Novaes, gestor do projeto Lona na lua de Rio Bonito – RJ, e Yaska Antunes da Universidade Federal de Uberlândia.
O FACE é promovido voluntariamente por Gerado Lafayette, diretor do Centro Cultural Casa do Teatro e equipe.
A fim de debater o uso e a ocupação dos espaços públicos no Estado, a Rede Minas lança a partir da próxima segunda-feira (6/7), a campanha “É público. É comum.” É uma série produzida com mais de 15 vídeos os quais vão ser veiculados nos intervalos da programação. O programa Agenda, às 19h, vai apresentar ao público os objetivos do trabalho.
Com diferentes temáticas e conceito documental, a campanha procura refletir a utilização dos espaços públicos de uma cidade pelo cidadão, começando um apontamento para a discussão sobre os papeis a serem desempenhados pela emissora na sociedade.
As gravações das peças se deram a partir de cenas ocorridas em Belo Horizonte e em algumas cidades do interior. São fragmentos do cotidiano sobre trabalho, esporte, lazer, música, dança, poesia, a arte em geral e os meios de transporte, por exemplo.
As produções mostram, portanto, diferentes territórios: ruas, praças, parques, avenidas, viadutos, com depoimentos das pessoas que falam de seu entendimento sobre o que vem a ser esse “espaço público”.
São quatorze painéis de grande formato(4m x 2m) com retratos de moradores em P&B; uma instalação multimídia com cerca de 80 depoimentos e um filme com os bastidores da produção do projeto.
Na abertura, o secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, explicou a essência da exposição. “A cidade não se faz apenas com ruas e edifícios, mas com moradores, que são a alma do lugar. O vínculo entre os moradores e a cidade deve provocar um sentimento de pertencimento; uma identidade entre cidadão e cidade; uma relação cultural”.
“Buscamos mesclar pessoas que representassem diversos trechos da história e regiões da Belo Horizonte de hoje e do passado. Foi um trabalho incrível, pois os depoimentos são riquíssimos e muitas das histórias contadas são joias raras. Se lutávamos para que as pessoas enxergassem suas próprias histórias como patimônio da cidade, chagamosà exposição com a certeza de que nossa bandeiraéreal”, explica o Gustavo Nolasco,um dos criadores do projeto, ao lado dos fotógrafos Marcus Desimoni e Bruno Magalhães e o diretor de audiovisual Alexandre Baxter.
Entre os moradores escolhidos para estampar os retratos e depoimentos da exposição estão “anônimos” e populares, como o escritor de HQs Celton e a ex-jogadora de vôlei Marta Miraglia. Outras figuras importantes na cidade também terão suas histórias projetadas em vídeo, como Rodrigo Pederneiras, um dos criadores do Grupo Corpo, o contador de histórias Roberto Carlos, o sambista Mestre Conga, o rapper Ice Band e o locutor esportivo Alberto Rodrigues.
“É importante termos os anônimos ao lado de figuras mais conhecidas como o escritor de quadrinhos Celton, músicos de renome, artistas e atémesmo os jardineiros que cuidam háanos das mesmas praças”, destaca Desimoni.
Crédito: Leo Drumond / Nitro
Cartão postal modificado-Assim como feito em outras dez cidades de MG, SP, RJ, BA e PE, por onde o projeto Moradores jápassou, a exposição ocupará um cartão postal de Belo Horizonte, fazendo com que a história e a memória dos moradores tenha lugar de destaque.
“Vamos ocupar o mais nobre cartão postal da cidade com o seu maior patrimônio: seus moradores. Literalmente, transformaremos a Praça da Liberdade num memorial do orgulho de pertencer a BH”, explica Magalhães.
Durante a noite, no conjunto da exposição, uma projeção traz a emoção das histórias daqueles moradores contadas por eles mesmos.Jádurante o dia, uma tenda ficará livre para que outras pessoas possam gravar seus próprios depoimentos e enviar para as redes sociais do projeto (www.facebook.com/projetomoradores).
No dia 26, de 9hàs 17h, serámontado um varal fotográfico na Praça da Liberdade. Nele, todas as cerca de 500 pessoas fotografas poderão retirar gratuitamente uma cópia da fotografia feita nas tendas do projeto.
Debate e catálogo–Para ampliar a discussão sobre a questão da memória pessoal como patrimônio, o projeto promoveráuma Roda de Conversas no sábado (25), no Memorial Minas Gerais Vale, com a participação da presidente do Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA/MG), Michele Arroyo e do historiador e um dos maiores estudiosos do patrimônio imaterial, do folclore e da cultura popular de Belo Horizonte, Carlos Felipe Horta.
No mesmo evento, serálançado o catálogo da exposição com a história de 18 moradores.“O objetivoédeixar um belo documento que simbolize todo este nosso trabalho em Belo Horizonte, que jáse mostrou grandioso, emocionante e necessário”, explica Nolasco.
Esta etapa do Projeto Moradores foi realiza da com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte. Teve o patrocínio da Casa UNA e a parceria do Governo de Minas, do IEPHA/MG, do Circuito Cultural da Praça da Liberdade, do Memorial Minas Gerais Vale, do Espaço do Conhecimento UFMG e do Centro Fotográfico. Contou com o apoio do restaurante Bem Natural.
O Projeto Moradores é uma criação do coletivo NITRO + Alicate e jápassou por dez cidades de cinco estados brasileiros. Trata-se de uma ação de Educação Patrimonial e manifesto de ocupação urbana pela valorização das identidades culturais e da memória das pessoas como patrimônio imaterial singular de cada uma das cidades brasileiras.
SERVIÇO:
Roda de Conversas e lançamento do catálogo da exposição
Local: Memorial Minas Gerais Vale–Circuito Cultural Praça da Liberdade
De 9 de julho a 13 de agosto, quatro instituições atendidas pelo projeto Caixa-Estante, daSuperintendência de Bibliotecas e Suplemento Literário – Secretaria de Estado de Cultura, irão receber o espetáculo “Baú de Histórias”, apresentado pela contadora Sandra Lane e pelo músico Vilmar de Oliveira.
Combinando lendas da tradição oral e contos literários, o espetáculo faz uso de músicas, brincadeiras, instrumento de percussão e bonecos construídos a partir de materiais reciclados para envolver o público nas narrativas. Momentos de humor e suspense, além da constante interação com a plateia, conquistam espectadores de todas as idades.
Confira o calendário de apresentações:
09/7 | 10h | Comissão Fé e Esperança da Vila Pinho
16/7 | 10h | Centro Socioeducativo Justinópolis
06/8 | 14h30 | APAE Capim Branco
13/8 | 10h | Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade – Vespasiano
Acesso à leitura
O projeto Caixa-Estante leva livros e periódicos a instituições diversas, como hospitais, creches, asilos e centros de detenção, garantindo o acesso ao livro e à leitura a um público que não pode se deslocar até uma biblioteca. Criado em 1966, o projeto atende hoje 17 instituições na região metropolitana de Belo Horizonte. Para receber uma Caixa-Estante, entre em contato no (31) 3269 1229.
Serviço: Espetáculo Baú de Histórias – Caixa-Estante
Data | Horário | Local:
09/7 | 10h | Comissão Fé e Esperança da Vila Pinho
16/7 | 10h | Centro Socioeducativo Justinópolis
06/8 | 14h30 | APAE Capim Branco
13/8 | 10h | Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade – Vespasiano
Informações: (31) 3269-1229 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Após o lançamento do Fórum Regional de Governo pelo governador Fernando Pimentel, o Governo de Minas deu início à segunda rodada das reuniões. No próximo sábado (25/07), o município de Passos irá receber a segunda etapa do Fórum Regional Sudoeste. Durante todo o dia moradores da região, representantes dos movimentos sociais, empresários, religiosos e lideranças políticas irão debater os problemas apontados no Formulário de Diagnóstico Territorial e priorizar aquilo que é mais importante para a região.
O objetivo é definir uma ordem de importância para que o Governo de Minas Gerais possa priorizar as questões levantadas pelos moradores da região Sudoeste em seu planejamento. O que for definido como prioridade será encaminhado aos técnicos da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) para ser incluído no plano de ação do Governo de Minas.
O Diagnóstico Territorial também vai ajudar a construir o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI) e o Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG). Nesses documentos, o Governo diz quais ações e projetos irá adotar para reduzir as desigualdades regionaise onde pretende investir seu orçamento nos próximos anos.
Já está no ar o Calendário de Eventos Turísticos de 2015, 2º semestre. Para acessá-lo, basta entrar no Portal Minas Gerais, http://goo.gl/ZEpnB5.
Dos 1500 eventos enviados pelos municípios mineiros e pelos Circuitos Turísticos, foram selecionados 476, pelo seu caráter turístico. O critério para fazer parte do Calendário é que o evento seja motivador de viagens turísticas.
No dia 24 de julho, a Fundação de Arte de Ouro Preto | FAOP recebe a Oficina de Elaboração de Projetos com foco no edital do Fundo Estadual de Cultura e no edital Bandas de Minas.
A Secretaria de Estado de Cultura, por meio de Superintendência de Fomento e Incentivo à Cultura | SFIC, oferece a oficina que acontece no Auditório Vinicius de Moraes na FAOP, onde os palestrantes Felipe Rodrigues e Janaína Cardoso orientam e tiram dúvidas a respeito dos editais abertos.
Os editais estão disponíveis no site da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais. A edição 2015 do Bandas de Minas está com inscrições abertas até 17 de agosto. Já o edital do Fundo Estadual de Cultura está com inscrições abertas até o dia 31 de julho.
A oficina é aberta ao público e gratuita. Os interessados devem comparecer à Casa Bernardo Guimarães | FAOP no dia 24 de julho, às 8h30, localizada na Rua Irmãos Kennedy, 601, Cabeças - Ouro Preto | MG.
Serviço:
Oficina de Elaboração de Projetos com foco no edital do Fundo Estadual de Cultura e no edital Bandas de Minas
“O Museu da Educação que foi levado para a Gameleira voltará, assim, ao Palacete Dantas.”
A intimidade com a história local é nítida na fala de Angelo Oswaldo, atual secretário de Estado da Cultura de Minas Gerais. Raro é ele emitir uma opinião sobre a situação de um espaço cultural, como a Casa da Ópera de Ouro Preto, sem sacar informações precisas que incluem nomes e datas que revelam o seu gosto pessoal por um repertório de dimensão enciclopédica.
Não à toa, um dos livros que ele revela ler no momento, durante entrevista concedida na última terça-feira, à equipe doMagazine, é a obra “O Rio de Janeiro Setecentista”, de Nireu Cavalcanti. A leitura não é guiada apenas por puro deleite. Oswaldo esmiúça como Minas Gerais contribuiu para o desenvolvimento da segunda capital do país.
“O Rio de Janeiro era um grande porto de Minas Gerais, ele cresceu por causa disso. Além de ter vocação para tal, por ser um lugar muito bonito, foi o ouro daqui que o impulsionou. Então, o Rio do século XVIII tem muitas coisas interessantes, como a presença de mestre Valentim e de outros mineiros. Eu me interesso por esse intercâmbio com Minas Gerais”, afirma o gestor.
Ex-presidente do Instituto Brasileiro de Museus e ex-diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, além de ter sido prefeito de Ouro Preto, por três mandatos (1993-1996/ 2005- 2008/2009-2012) e também secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais, no governo de Itamar Franco (1999/2002), Oswaldo voltar a ocupar esse último cargo tendo como uma de suas principais metas a consolidação de uma política pública de cultura para os mineiros.
Para isso ele reconhece que há muito para fazer, tendo em vista já os seis primeiros meses em que ficaram claras as diversas demandas da classe artística. Na entrevista a seguir, ele comenta sobre questões da ordem do dia no panorama da cultura, além de outras que miram o futuro. Com exclusividade ao Magazine, ele também frisou algumas novidades, como a volta do Museu da Educação à Praça da Liberdade, ocupando o Palacete Dantas e o Sobrado Narbona; a conclusão de uma reformulação da legislação de incentivo à cultura a ser entregue no dia 15 de julho e o estudo de um projeto cultural para a fazenda Boa Esperança, localizada em Belo Vale, em parceria com o Centro de Arte Contemporânea Inhotim.
De todos os acontecimentos deste ano, chamou bastante atenção o anúncio do fim do Ballet Jovem do Palácio das Artes, porque pareceu para muita gente que você foi pego de surpresa. Foi isso mesmo que aconteceu ou o presidente da Fundação Clóvis Salgado, Augusto Nunes-Filho, já o havia informado antes dessa decisão? Para mim, a surpresa foi o desdobramento do episódio porque, na verdade, o presidente da Fundação me havia dito que o financiamento dos projetos estava esgotado desde o ano passado. Então, ele estava pensando em suspender algumas atividades e até ver o que poderia ser feito porque ele queria priorizar algumas ações diretamente ligadas à Fundação Clovis Salgado e à necessidade do Palácio das Artes. Então, ele comunicou ao Ballet Jovem que o projeto estava encerrado, e aí o grupo teve uma reação forte. Nós, então, dissemos que teríamos que buscar uma solução, pois não havia recursos no momento e nem havia como incorporar o grupo ao corpo estável do Palácio das Artes. Houve uma movimentação muito grande, politizaram o acontecimento, recorreram à Assembleia Legislativa, foram à comissão de assuntos municipais e de direitos humanos até chegarem à comissão de cultura também. E a Secretaria de Cultura, junto à Fundação, conseguiu construir uma solução com apoio da Fapemig, o que foi um fato extraordinário. A Fapemig reconheceu, pela primeira vez, a dança como atividade acadêmica, e liberou recursos, bolsas, que vieram a viabilizar a continuidade.
Você acha que, se eles não tivessem reagido politicamente à questão, teria havido uma solução? Eu acho que haveria uma solução a médio prazo. Mas, eles criaram quase uma comoção, dizendo que o governo tinha acabado com o Ballet Jovem, o que não foi verdade. Isso motivou a busca por um resultado mais rápido. Nós conseguimos os recursos, por uma via inédita, a Fapemig, porque via lei de incentivo demoraria mais.
Em relação à situação da Big Band e do Grupo de Choro, o cenário é o mesmo do Ballet Jovem?
A Big Band, formada por músicos da Orquestra Sinfônica, e o Grupo de Choro funcionavam também a partir de leis de incentivo, que se esgotaram. Então, não é que ninguém acabou com a Big Band ou o com Grupo de Choro. Eles têm toda a condição de se reorganizar, de se apresentar, ter o apoio da Fundação Clóvis Salgado, mas é bom lembrar que ela só tem três corpos estáveis: a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, o Coral Lírico de Minas Gerais e a Companhia de Dança do Palácio das Artes. Então, nós não temos condição de incorporar todos esses grupos ao quadro da Fundação, até porque, ela só aceita servidores e funcionários contratados por concurso público. Apadrinhar também seria inviável porque se você faz isso com um daqui a pouco terá que fazer com outros que surgirem. No entanto, eu acredito que eles têm condição de viver perfeitamente e de contar com o nosso apoio porque foram concebidos por membros da casa, da Fundação Clóvis Salgado.
Por que a dificuldade de manutenção desses grupos se deu agora justamente quando começa o novo governo? Se deve há algo que não foi feito na administração anterior?
Já no final de 2014 estava esgotada a capacidade de captação de recursos, via lei de incentivo, para os projetos, como o Ballet Jovem.
Mas há também a informação de que o projeto da lei federal que estava aberto para se captar todos aqueles projetos da Fundação, incluindo o Ballet Jovem, permitia a captação até setembro deste ano. Acho que essa é uma decisão interna da Fundação e que não é a política de cultura do Estado de Minas Gerais. A informação que eu tive é que a fundação possuía, com relação ao Ballet Jovem, um projeto de captação que estava esgotado desde o final de 2014. Nós cogitamos, num primeiro momento, em tentar captar. Mas afirmaram que o projeto está esgotado. Caso contrário, eu poderia talvez ter resolvido isso, emergencialmente, buscando o apoio de alguma companhia estatal mineira. Mas não havia um projeto válido.
O que estamos tentando entender é a interrupção de iniciativas que não surgiram no ano passado e tem uma história. Mas eles não são projetos permanentes, e a discussão não pode passar pela solução do apadrinhamento. Nós não temos que apadrinhar nem a Big Band nem o Grupo de Choro, por exemplo, e que são grupos criados no interior da nossa Orquestra Sinfônica. Agora, eu estou bastante preocupado é com a situação da Orquestra Sinfônica e sei que os músicos querem que eu resolva o problema dessa formação.
Qual é o problema da Orquestra Sinfônica?
Ela ficou com salários muito defasados, tem lacunas muitos grandes e precisa de um novo concurso. Mas para ter um concurso que retenha depois os aprovados é preciso haver um novo quadro salarial. Porque o que os músicos, coralistas e bailarinos estão ganhando nos três corpos estáveis da Fundação não estimula ninguém a ficar. No caso dos músicos, por exemplo, eles vão para São Paulo, Rio de Janeiro, vão tentar a nossa Filarmônica, mas não vão ficar na Sinfônica. Então, eu tenho me reunido sempre com eles, e o presidente da Fundação também. Nós estamos estudando, no contexto do governo, qual é a possibilidade de nós termos uma revalorização desses três corpos, que ficaram sem nenhuma melhoria nesses anos, tendo em vista a opção que privilegiou a criação da Orquestra Filarmônica.
Na semana passada o senhor anunciou o resultado do Prêmio Estímulo de artes cênicas, mas houve críticas dos artistas porque o espetáculo que ganhou a maior premiação, no valor de R$ 120 mil, e o direito de usar o Grande Teatro do Palácio das Artes por três dias é de um grupo que detém a maior renda de bilheteria do Estado. Como vocês veem isso? Essa foi uma decisão do concurso passado. Eu não escolhi os jurados nem promovi o certame, apenas herdei a dívida que consegui liquidar, como eu consegui pagar os R$ 4 milhões de reais também para o Filme em Minas. Todos os realizadores estavam pedindo isso porque se o Estado não pagasse os R$ 4 milhões eles não teriam acesso aos R$ 3 milhões e 100 mil da Ancine. Então, a perda seria, na verdade de mais de R$ 7 milhões.
A partir de agora o que se pode pensar, então, para o prêmio Fundação Clóvis Salgado de Estímulo às Artes Cênicas, como aprimorá-lo?
Nós estamos aprimorando todos os editais. Um exemplo, nós assinamos nesta quarta-feira (1/7), um edital para a compra de instrumentos para bandas de música. Vários presidentes de bandas têm pedido um cuidado com o processo licitatório, especialmente para que sejam feitas as compras de instrumentos de qualidade. Já aconteceu de serem comprados alguns que não duram nem um mês. Outra coisa que eles pedem é algo além dos pratos, porque é algo que a maioria das bandas já têm, eles querem outras coisas, como clarinetas. Estivemos também com o pessoal do projeto Música Minas. Nós já conseguimos recursos para fazer o edital deste ano, mas eu mostrei que tem uma série de questões para se resolver, como a prestação de contas do último edital deles. Enquanto isso não terminar, eu não assino nenhum papel. Não há nenhuma irregularidade, mas, como se usa em linguagem administrativa, são algumas inconsistências. O sujeito viajou com uma passagem e não pôs o canhoto da passagem de avião. Nós não estamos criando nenhum obstáculo para o evento. Ao contrário, temos interesse em apoiar considerando que ele é da maior importância para a área da música e que conquistou essa relevância. Mas é necessário entregar a prestação completa da última edição para poder abrir a deste ano.
As pendências que vieram do ano passado, e parecem ter explodido nesses primeiros seis meses, são algo normal? A análise que eu faço é que o governo passado já se encontrava em gravíssima dificuldade financeira e orçamentária, então, ele suspendeu programas. Ele recolheu recursos que estavam sendo aplicados em iniciativas e interrompeu obras. Suspendeu aquelas no prédio da biblioteca pública Luiz de Bessa, que sofreu um incêndio há dois anos. Quando chegamos aqui encontramos vazamentos por toda parte, ameaça aos acervos, tivemos que sair correndo atrás de lona plástica. O Rainha da Sucata estava fechado e com pagamento a ser feito à empreiteira que estava lá, mas parou de trabalhar em agosto de 2014. No Museu Mineiro, desceram um forro, um desses que se usavam na época da inauguração de Belo Horizonte, feito numa espécie de lona toda policromada. Ele foi arriado e está no chão desde o segundo semestre de 2014 porque a firma responsável pela restauração começou a trabalhar, mas eles não a pagaram. Agora eu tenho ainda que pagar a empresa para retomar o processo. Porem, há uma coisa complicada de licitação, pois a mesma empresa está alegando que não pode retomar o serviço pelo mesmo preço. Então, tem que ver se tem que abrir uma nova licitação.
Há uma previsão de quando devem recomeçar a reforma desses espaços e de outros do Circuito Cultural Praça da Liberdade?
Eu espero que até o começo do ano que vem. No próprio Palácio da Liberdade há algumas obras que se fazem necessárias, alem da organização da visitação que está em pleno andamento. Algumas coisas já foram feitas. A sala de cinema do Palácio da Liberdade foi recuperada recentemente. Depois que aquele prédio foi reformado, ela virou uma espécie de depósito de entulho e nem era reserva técnica. Então, nós conseguimos recuperar essa sala que tinha umas máquinas antigas imensas. Foram encontrados lá uns 12 filmes de rolos muito calcinados, deteriorados. Eles foram levados ao Arquivo Público Mineiro e foi pedido que pelo menos se consiga identificar que filmes são esses.
Há a reforma de algum dos espaços que já esteja mais adiantada? O que eu acho que vai estar adiantado é o Prédio Verde, a Secretaria de Viação e Obras Públicas, porque o Iepha vai voltar a se instalar lá de novo. Parte do órgão permaneceu lá, o laboratório de restauração e a biblioteca. Vamos fazer lá a grande casa do patrimônio, com as sedes do Iepha, do Conselho do Patrimônio do Estado, do Conselho Estadual de Cultura e da Comissão Mineira de Folclore. Vamos chamar também as federações de grupos afro-brasileiros que tiveram uma sede mas perderam. Queremos uma casa do patrimônio que seja uma referência. Se você quiser ver um filme sobre patrimônio, vai ter lá um auditório para isso. Quer ler um livro, vai ter uma biblioteca. Quer saber sobre restauração, você vai poder assistir o processo de restauração, de fixação de uma policromia, de recuperação de uma peça que está contaminada por cupins, tudo isso vai acontecer lá.
Vai haver um seminário em agosto chamado “Que Circuito Queremos?”, pensando na maior aproximação do Circuito Cultural Praça da Liberdade com a comunidade. Que ideias vem sendo desenhadas para se alcançar esse objetivo?
Nós vamos discutir a praça da Liberdade dentro dessas novas perspectivas já que o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais passa a ser o gestor do circuito, antes administrado pelo Instituto Cultural Sérgio Magnani. Nós criamos também os comitês de gestão, temos feito várias reuniões, temos ouvido os dirigentes dos espaços para afinarmos isso. Algumas mudanças vão acontecer. Nós vamos trazer o Museu da Educação para o Palacete Dantas e para o Sobrado Narbona, que para receberem o projeto da Oi Futuro, são inviáveis porque eles não suportam muito peso. Estamos em diálogo com a Oi e ela mesma já tinha acesso a documentos que mostravam a impossibilidade de se construir ali. O Museu da Educação, que foi levado para a Gameleira, voltará, assim, ao Palácio Dantas que já foi sede do Colégio Santa Dorotéia, do Colégio Sion e marcou o nascimento da Pontifícia Universidade Católica. Nós também estamos construindo uma solução para a fazenda Boa Esperança, que fica em Belo Vale. É um lugar magnífico, com uma capela pintada por João Nepomuceno Correia e Castro, o mesmo pintor da basílica de Congonhas. Como ela está num município vizinho a Brumadinho, onde fica Inhotim, estamos estudando com eles o que poderiam fazer naquela fazenda. A casa que existe ali é maravilhosa e por si só uma instalação. De repente, o Inhotim pode fazer alguma coisa o educativo ali, ou desenvolver la um programa de residências.
Em abril, houve um encontro do Fórum Permanente de Cultura e uma das questões levantadas foi a necessidade de ampliação do Fundo Estadual Cultura, a partir do aporte de recursos orçamentários. De lá para cá, já tem algum plano para essa melhoria?
O fundo teve um salto enorme porque ele saiu de R$ 400 mil reais para R$ 7 milhões e 900 mil reais com recursos do Estado. São recursos que estão vindo de outras fontes e para isso foi necessário se anular algumas rubricas. Agora, eu marquei para o dia 15 de julho a entrega da conclusão do grupo de trabalho que estuda a reformulação da legislação de incentivo à cultura do Estado. Nós vamos propor ao governo que encaminhe à Assembleia Legislativa um novo projeto para se tornar lei e, assim, poderemos ter uma outra realidade de fomento para o ano que vem.
Até hoje inexiste uma política audiovisual no Estado. Qual a proposta vocês têm para esse setor?
Eu penso que é chegado o momento de nós termos uma política do audiovisual mais clara e estruturada. Não contando apenas com algumas iniciativas, mas ela precisa ganhar mais robustez, como um programa de governo articulado pela Secretaria. Nesse sentido nós temos conversado com a Codemig, com a Cemig, com a Ancine, e já tivemos várias reuniões para podermos chegar a alguma definição. Com um ano difícil, de poucos recursos, nós não queremos fazer nada apressadamente, mas temos tempo para estudar e ouvir propostas.
O que o governo projeta para a Rádio Inconfidência e para a Rede Minas? A aproximação física desses dois órgãos, na nova sede, representará uma aproximação em outros níveis também? Eu espero que sim, nós temos já desde o início do governo procurado dialogar com a Rede Minas e com a Rádio Inconfidência. Ambas necessitam de grandes investimentos, pois estão em situação aquém daquilo que se pensava. A rádio se encontra muito esvaziada, temos que assegurar os recursos humanos, além dos financeiros. Recentemente, foi criado um departamento comercial que não havia antes e com ele é possível buscar captação via leis de incentivo ou anunciantes. A Rede Minas também enfrenta a dificuldade de manter os funcionários. Foi feito um concurso, por exigência do Ministério Público, mas todo mundo vai embora em razão dos baixos salários.
Desde o ano passado o Suplemento Literário não tem saído, ele voltou para a Imprensa Oficial?
Haverá alguma celebração do cinquentenário do Suplemento, criado por Murilo Rubião que também terá o centenário de seu nascimento comemorado em 2016? O Suplemento Literário não voltou para a Imprensa Oficial. Nós fizemos um acordo operacional entre ela e a secretaria da cultura porque se ele for impresso lá vai cair o custo de produção e devemos ter mais facilidade de lançarmos as edições. Houve esse atraso de saída da publicação porque existem dívidas e não havia dinheiro, inclusive, para distribuir os exemplares. Mas nosso propósito é superar isso rapidamente. Quanto a Murilo Rubião, ele deverá ter homenagens. Ele criou o Suplemento Literário, reformou a Rádio Inconfidência e fez a Fundação Escola Guignard. Sua contribuição foi imensa e será bem lembrado. Estamos conversando com Sílvia Rubião, para fazermos uma exposição, à princípio, no Palácio das Artes.
Como está a situação do Estado com o Sistema Nacional de Cultura. Minas Gerais aderiu, mas ainda não implantou. Tramita na Secretaria de Planejamento e na Secretaria da Fazenda, que nos propuseram algumas sugestões, o texto que devemos mandar agora, no segundo semestre, para ser avaliado pela Assembleia Legislativa. O projeto vai prever a criação de um Plano Estadual de Cultura que nos matriculará no Sistema Nacional de Cultura. É o que falta.
Como tem sido o diálogo com o Espaço Comum Luiz Estrela?
No dia 7 (terça-feira), eu vou lá visitar. Eles me pediram uma audiência, mas eu disse que queria ir lá. Aquele prédio é muito interessante, tem uma fachada art déco, umas janelas e portas retangulares, retilínias alongadas, e lá funcionava um pequeno hospital da polícia militar, onde Guimarães Rosa e Juscelino Kubistchek trabalharam como médicos. Dentro não tem muitas coisas, os prédios antigos têm sobretudo a fachada, por isso eram chamados de “frentistas”. Eram muito ornamentados na fachada, mas por dentro é tudo a mesma coisa. Durante o meu primeiro mandato como secretário, já havia uma movimentação, mas na área da sáude pública, para que aquele espaço fosse recuperado para um museu, algo relacionado a Raul Soares. Haviam criado o Museu da Loucura em Barbacena e pensaram em fazer alguma coisa semelhante aqui. Outras pessoas acharam que deveria ser um museu da históriada medicina em Belo Horizonte porque lá atuaram dois ícones, Guimarães Rosa e Juscelino Kubistchek, mas eles foram dois médicos que abandonaram a profissão. São maiores referências em outros campos.
Em 2016, acontecerão as eleições municipais, você pretende ser candidatar à prefeitura de Ouro Preto?
Não. Já fui prefeito de lá por três vezes, para mim já esta de bom tamanho.
Como você pretende ser lembrado após estes quatro anos de governo? Qual legado pretende deixar?
Eu quero ser conhecido por um governo que consolidou uma política pública de cultura, não setorial, apartidária, e que não privilegiou nem se concentrou em apenas uma área. Uma política pública é aquela que envolve a participação do Estado, da sociedade e do cidadão. Nós queremos ser conhecidos por construir uma política que teve de fato a participação não só do Estado, mas a presença dinâmica e influente da sociedade pelas suas organizações e também pelo acompanhamento dos cidadãos.
O Centro de Arte Popular – Cemig, instituição vinculada à Superintendência de Museus e Artes Visuais da Secretaria de Estado de Cultura, e que integra o Circuito Cultural Praça da Liberdade, inaugurou na noite de ontem (quinta-feira-23/07) a exposição Bichos do Sertão, de Maria Lira. No evento a artista entoou cânticos populares, acompanhada por Frei Chico ao violão.
Com nítida emoção, Maria Lira agradeceu a todos que fizeram ser possível a realização da exposição. “Sem o apoio da Secretaria de Estado de Cultura, da equipe do CAP (Centro de Arte Popular - CEMIG) e, principalmente dos meus amigos, essa mostra não aconteceria”.
O acervo apresenta ao público uma seleção de 51 peças da última e atual fase da mineira, pertencentes a colecionadores particulares, selecionadas especialmente para a exposição.
A matéria prima utilizada por Maria Lira para compor suas obras é recolhida da natureza, dos cupinzeiros brutos, do pedregulho duro. O material é socado e peneirado, resultando em pó fino como talco, misturado com água e cola. Assim, através de pigmentos terrosos recolhidos no solo do Jequitinhonha, tendo como suporte papel tela e seixos rolados extraídos dos rios, a artista passa a desenvolver figuras de animais que muito se assemelham a pinturas rupestres e que, segundo ela, são os bichos que brotam do seu imaginário.
Para Tadeu Bandeira, Diretor do Centro de Arte Popular-Cemig, “a exposição tem grande importância, pois Maria Lira é uma das únicas artistas do Vale do Jequitinhonha que trabalham com pintura no momento, além de ser detentora de grande domínio técnico, originalidade e linguagem própria”.
A mostra Bichos do Sertãotem entrada gratuita, e ficará em exposição de 24 de julho até o dia 13 de setembro de 2015, na Sala de Exposições Temporárias do Centro de Arte Popular – Cemig.
Crédito: Verônica Mamevy
Sobre Maria Lira
Nascida em Araçuaí, no Vale de Jequitinhonha, filha de mãe lavadeira e pai sapateiro, Maria Lira iniciou sua incursão no mundo da arte utilizando cera de abelha como suporte, material que seu pai usava em seu oficio, até chegar ao barro sob a orientação da tradicional ceramista Joana Poteira, que a ensinou todas as técnicas de queima da peça.
Em 1970, surgem as primeiras peças em cerâmicas, retratando a luta e o sofrimento de seu povo, reflexo de sua pesquisa sobre a cultura popular da região, realizada em colaboração com Frei Chico, frade holandês que ali chegou para desenvolver trabalho religioso. Também em barro, modelou elementos representativos de suas ascendências - negra e indígena - no formato de placas e máscaras para parede.
Em 1990, diagnosticada com lesão por esforço repetitivo, a artista viu, num primeiro momento, encerrada sua trajetória na arte. No entanto, aconselhada por Frei Chico, passou a dedicar-se à pintura, principalmente em papel e pedra, com tinta fabricada por ela mesma a partir de diferentes pigmentos de terra, que passou a recolher na região do Jequitinhonha. A temática também sofreu uma mudança, distanciando-se da figura humana. Lira se refere ao seu novo objeto de inspiração como “meus bichos do sertão”, enfatizando a presença do pronome possessivo, pois estes não existem na natureza, mas brotam em sua imaginação e ganham realidade a partir de seus desenhos e pinturas.
Sobre Maria Lira
Nascida em Araçuaí, no Vale de Jequitinhonha, filha de mãe lavadeira e pai sapateiro, Maria Lira iniciou sua incursão no mundo da arte utilizando cera de abelha como suporte, material que seu pai usava em seu oficio, até chegar ao barro sob a orientação da tradicional ceramista Joana Poteira, que a ensinou todas as técnicas de queima da peça.
Em 1970, surgem as primeiras peças em cerâmicas, retratando a luta e o sofrimento de seu povo, reflexo de sua pesquisa sobre a cultura popular da região, realizada em colaboração com Frei Chico, frade holandês que ali chegou para desenvolver trabalho religioso. Também em barro, modelou elementos representativos de suas ascendências - negra e indígena - no formato de placas e máscaras para parede.
Em 1990, diagnosticada com lesão por esforço repetitivo, a artista viu, num primeiro momento, encerrada sua trajetória na arte. No entanto, aconselhada por Frei Chico, passou a dedicar-se à pintura, principalmente em papel e pedra, com tinta fabricada por ela mesma a partir de diferentes pigmentos de terra, que passou a recolher na região do Jequitinhonha. A temática também sofreu uma mudança, distanciando-se da figura humana. Lira se refere ao seu novo objeto de inspiração como “meus bichos do sertão”, enfatizando a presença do pronome possessivo, pois estes não existem na natureza, mas brotam em sua imaginação e ganham realidade a partir de seus desenhos e pinturas.
Dentre os homenageados estão Leonardo Paixão, premiado pela Revista Quatro Rodas como Chef Revelação do Brasil 2014; Ivo Faria, fundador do Vecchio Sogno Ristorante, eleito Melhor Restaurante de BH 2014, também pela Quatro Rodas; Rodrigo Ferraz e Rusty Marcelini, contemplados com o prêmio Gourmand 2015, além de produtores e empresários que se dedicaram na criação das melhores cervejas artesanais, cachaças e cafés, todos certificados, no último ano, por premiações nacionais e internacionais.
Recentemente, o queijo canastra “Estância Capim Canastra” recebeu a medalha de prata do prêmio francês “Mondial de Fromage de Tours” e o produtor Guilherme Ferreira receberá o certificado de reconhecimento da Frente pela dedicação à produção dessa iguaria. Patrícia Souto Mayor e Clésio Barbosa, também premiados pelo Gourmand 2015 devido à publicação do livro “Minas Gerais – Fazendas Sabores do Leite” também estão entre os homenageados.
Para o coordenador da Frente, deputado Agostinho Patrus Filho, a gastronomia de Minas merece ser reverenciada e, para isso, nada melhor do que homenagear os principais responsáveis por elevar o nome da culinária mineira.
“A gastronomia de Minas deve ser cada dia mais reconhecida além das nossas fronteiras e temos pessoas e instituições que lutam e trabalham com este objetivo. Por isso, a Frente da Gastronomia Mineira saúda, agradece e enaltece esses profissionais que, com criatividade e determinação, lutam pela valorização do setor. Obrigado a todos que contribuem para fazer de Minas Gerais o Estado da gastronomia”, ressalta Agostinho Patrus.
O secretário de Estado de Turismo, Mário Henrique Caixa, destaca o papel dos profissionais da gastronomia e da Frente no processo de consolidação de um dos mais importantes setores de desenvolvimento socioeconômico do Estado. “A gastronomia mineira vem se inovando, seja pelo despontar de chefs mineiros em nível nacional e internacional, seja através da valorização e novos usos de produtos e ingredientes, tornando-se um importante diferencial para o Estado. Por isso, movimentos como a Frente da Gastronomia Mineira são tão importantes, pois contribuem para a promoção do segmento enquanto vetor de desenvolvimento econômico, ao mesmo tempo em que consolidam a identidade do povo mineiro a partir de seus aspectos histórico-culturais”, diz o secretário.
União e defesa
Há exatamente um ano, foi criada a Frente da Gastronomia Mineira, uma aliança entre profissionais e instituições ligados aos diversos setores da gastronomia, para desenvolver, em conjunto e voluntariamente, ideias e atividades que promovam nossa gastronomia.
A Frente nasceu a partir da constatação de que existiam no Estado diversas iniciativas sendo realizadas – todas de grande relevância – sem, contudo, haver a necessária conexão entre elas. Observou-se que, ao articulá-las em um trabalho em rede, não só melhores resultados seriam colhidos, como acarretaria significativa economia de recursos financeiros e humanos.
Trata-se de um grupo formado por entidades como o Sebrae, CDL-BH, Sistema Fecomércio Minas, Sesc e Senac, secretarias de Estado de Turismo, de Cultura e de Desenvolvimento Econômico (Exportaminas), Associação Mineira da Gastronomia (AMiGa), Prefeitura de BH (Belotur), Abrasel-MG, além de instituições acadêmicas, pesquisadores, produtores, chefs de cozinha e tantos outros de igual importância.
Como instância de articulação, a Frente apoia, defende, estimula as causas da gastronomia e luta para incluir o tema na agenda das políticas públicas formuladas e executadas em Minas Gerais. É neste fórum participativo que são identificadas oportunidades de desenvolvimento e meios de valorização e difusão de toda a cadeia produtiva da cozinha mineira. Cada participante da Frente tem a responsabilidade de ser um facilitador na solução dos problemas junto aos poderes constituídos e trabalham permanentemente para fazer de Minas Gerais o melhor destino gastronômico brasileiro.
Serviço
Evento: Cerimônia em comemoração do Dia da Gastronomia Mineira e do aniversário da Frente da Gastronomia Mineira
Data: 6/7/2015 (segunda-feira)
Horário: 15h30
Local: Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) – Avenida João Pinheiro, nº 495, Funcionários – Belo Horizonte.
O Grupo Folclórico Aruanda, sediado em Belo Horizonte, desde 1960, estará em turnê na Europa, entre julho e agosto. Os mineiros estarão em Porto, Paranhos, Pedroso e Montemor-o-Novo, Portugal e em Ourense e nas Ilhas Canárias - Tenerife na Espanha.
O Aruanda é o mais antigo grupo nacional de projeção folclórica tendo seu trabalho reconhecido por possuir um “guarda-roupa” considerado dos mais belos, extensos e variados. Possui um representativo acervo de mais de 100 danças pesquisadas, em todas as regiões do Brasil, mais de 5 toneladas de figurinos e adereços, mais de 5.000 espetáculos realizados no Brasil e no exterior, o que qualifica o Grupo a ser referência nacional em manifestações populares não só de Minas, mas de todas as regiões do país.
Os festivais que receberão a participação dos artistas mineiros estão entre os mais importantes certames na área de folclore, apoiados pelo CIOFF- Internacional Council of Organizations of Folklore Festivals and Folk Arts, que mantém relações formais de consulta com a UNESCO e realiza mostras de artes tradicionais em mais de 250 festivais internacionais de folclore em todo o mundo.
“Esta é mais uma ação afirmativa para a promoção continuada de circulação de bens e serviços culturais brasileiros no exterior promovida pelo Grupo Aruanda. Através da interação e integração com estes grupos participantes, busca-se fortalecer o processo de internacionalização da cultura brasileira, a troca de experiências e formação de público e mercado”, considera o Presidente do Grupo Aruanda, Sérgio Luís Cosse de Oliveira.
O Grupo estará presente nos seguintes festivais:
- XXXV Festival Internacional de Folclore da cidade do Porto – Portugal.
- XXXIV Festival Internacional de Folclore de Paranhos – Portugal.
- XX Festival de Folclore das Trigueirinhas do Pisão – Pedroso – Portugal.
- IX Mostra Internacional de Folclore em Montemor-O-Novo – Portugal.
- 33º Xornadas de Folclore de Ourense – Galícia - Espanha.
- 22º Festival Pueblos del Mundo de El Médano-Grandadilla de Abona, Tenerife – Ilhas Canárias - Espanha.
O Governo de Minas Gerais agrega mais valor à vocação turística e patrimonial da histórica cidade de Tiradentes. No sábado (4 de julho), o secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, e o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), Coronel Luiz Henrique Gualberto Moreira, visitaram o município mineiro para oficializar a entrega do caminhão de combate a incêndio e o início das obras de restauração do calçamento e calçadas do centro histórico da cidade.
Os investimentos, provenientes do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), somam mais de R$ 5 milhões. Deste total, R$ 4.876.739,63 são destinados à revitalização das calçadas e calçamento do centro histórico.
Já R$ 557.040,00, foram investidos na aquisição do caminhão autobomba tanque (ABT), de combate a incêndio, desenvolvido para atuar em sítios históricos na defesa do patrimônio cultural, ambiental e humano, tanto da cidade, quanto da região. Durante essa semana, para melhor utilização do novo caminhão, os motoristas receberam treinamento oferecido pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Todas essas ações aconteceram na semana em que se comemora o Dia Nacional do Bombeiro (02 de julho).
Atencioso à preservação do patrimônio cultural mineiro, o secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, cidadão honorário de Tiradentes destacou a relevância das ações para o município histórico.
“Está é uma realização de máxima importância. Desde o início da gestão do Governo Fernando Pimentel, acionamos todas as possibilidades de apoio, por meio da sintonia entre as esferas municipais, estaduais e federais, para solucionar os problemas pendentes de nossa querida cidade. A pátria de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, está entre as instâncias turísticas e patrimoniais mais representativas da cultura mineira. Celebramos a chegada do caminhão bomba, equipamento mais moderno do país, e também o início da restauração do calçamento, com o agradecimento ao BNDES e ao Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, que tem apoiado sempre as demandas do patrimônio cultural mineiro”.
O comandante-geral do CBMMG, Coronel Luiz Henrique Gualberto Moreira, destacou a importância das parcerias entre a corporação e municípios. “A doação deste caminhão de combate a incêndio reforça o nosso compromisso com as ações de preservação do patrimônio histórico e cultural de Minas Gerais. É uma honra estar presente para compartilhar tecnologia com Tiradentes, entregando um veículo moderno, e também capacitando os agentes locais”, avaliou.
O presidente do Corpo de Bombeiros Voluntários de Tiradentes, Raimundo Noronha Filho, agradeceu a iniciativa. “É uma satisfação realizar nosso desejo de ter um caminhão adequado às necessidades da cidade. Gostaria de agradecer o empenho de toda equipe dos bombeiros voluntários. No dia 15 de agosto, comemoramos 23 anos de muita luta e trabalho, os bombeiros voluntários existem até hoje como grande patrimônio de Tiradentes. A aquisição do caminhão é o prêmio que recebemos”.
O prefeito de Tiradentes, Ralph Justino, reconheceu a importância do apoio da SEC. “Nossa cidade está recebendo um investimento na ordem de R$5 milhões, proporcionado pelo governo de Minas Gerais, através de sua Secretaria de Cultura e do BNDES, que trará mais segurança e tranquilidade para nosso patrimônio. Tiradentes deve muito ao nosso Secretário de Estado, que tem demonstrado grande carinho ao nosso patrimônio e cultura, com ações concretas”.
Durante a cerimônia, o Prefeito anunciou que Tiradentes será um dos municípios mineiros que irá receber a Tocha Olímpica em 2016.
Medidas de conservação
Também na linha de preservação do patrimônio, o prefeito do município oficializou, em abril, o fechamento para o trânsito de automóveis todas as sextas, sábados, domingos e feriados no centro histórico do município. Tiradentes é a segunda cidade do país a adotar a medida, que tem como objetivo a proteção do patrimônio histórico do município. A outra é Paraty, no Rio de Janeiro.
O Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE) do Brasil e da América Latina, Sérgio Cavalieri, convidou o Secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, para participar do 10º Seminário Internacional de Sustentabilidade e XXV Congresso Mundial da União Internacional de Empresários Cristãos (UNIAPAC), que acontecerá no Palácio das Artes entre 30 de setembro e 2 de outubro.
O evento pretende incentivar o compromisso da indústria mineira com as boas práticas da responsabilidade social e, via de consequência, com a construção de um ambiente mais saudável para os negócios.
A ideia é que os empresários estejam preparados para transformar a ordem mundial em uma nova economia, inclusiva e sustentável, na qual a prosperidade global esteja baseada na dignidade do ser humano e no bem estar de todos os empresários.
A programação, em parceria com o Sistema Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais – FIEMG, conta com a presença de representantes do Governo, empresariado e sociedade civil, além de autoridades internacionais.
O Evento
Realizado desde 2000, o Seminário de Responsabilidade Social Empresarial e Sustentabilidade ampliou sua abrangência para internacional em 2003, passando a ser realizado nos anos ímpares em Belo Horizonte e nos anos pares no interior do estado, levando aos maiores polos de desenvolvimento de Minas Gerais, a reprodução temática do Seminário, garantindo com essa estratégia a ampla participação empresarial no compromisso pela sustentabilidade.
Em sua nona edição, realizada em novembro de 2013, no hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte, com o tema “Indústria do Futuro – Competitividade com Sustentabilidade”, o evento reuniu cerca de 50 palestrantes, que debateram com quase 600 participantes, advindos dos 27 estados brasileiros.
Um encontro dedicado às artes visuais, que desde 2012 reúne gerações de fotógrafos, linguagens e culturas, te convida a abordar as possibilidades estéticas da imagem como instrumento de registro do nosso tempo, estimulando a técnica, a imaginação e os sentidos.
Tendo como sede a importante cidade histórica, Fotógrafos em Ouro Preto contribui com as iniciativas de preservação de seu patrimônio, valorizando a memória individual não só de profissionais, mas também de novos fotógrafos e de pessoas da comunidade.
Para a edição de 2015, que acontecerá entre os dias 6 e 9 de agosto, convidamos você a participar, colaborando através desse financiamento coletivo com viabilização da produção do evento. A ideia principal é levar a arte para além das galerias, fazendo de Ouro Preto o nosso cenário.
ORÇAMENTO
O projeto tem a finalidade de fazer o encontro de fotógrafos, amantes das artes visuais, além de curiosos e interessados em geral nesta cidade-cenário que é Ouro Preto. Através de workshops, pequenas palestras, bate-papos e intervenções que acontecem nas ruas, o "Fotógrafos em Ouro Preto" quer, antes de tudo, valorizar nossa cultura, levar a fotografia para discussão de uma cidade melhor e de cidadãos que valorizem nosso patrimônio. Por isso sua contribuição é tão importante. Usaremos o valor arrecadado para viabilizar a logística e a produção executiva de nosso evento.
E esperamos arrecadar mais! Pois você pode continuar contribuindo (mesmo se o valor pedido for alcançado) para esse encontro!
R$ 2.400,00 Logística de oficinas e eventos
R$ 1.000,00 Alimentação e transporte de convidados
R$ 3.000,00 Produção executiva geral
R$ 1.500,00 Produção das recompensas
R$ 300,00 Despesas com envio
R$ 1.800,00 Porcentagem Kickante e Moip
R$ 10.000,00 TOTAL
UM POUCO MAIS DA NOSSA HISTÓRIA
Trabalhamos juntos desde 2012, quando aconteceu a primeira edição do "Fotógrafos em Ouro Preto".
Somos ouro-pretanos, amantes da fotografia e dessa cidade tão linda e Patrimônio Histórico da Humanidade.
Já tivemos ao longo desses anos convidados ilustres no meio da fotografia como Walter Firmo, Frans Krajcberg, Miguel Rio Branco, Pedro David, Orlando Azevedo, Vilma Slomp, entre outros.
Escolhemos o mês de Agosto por ser o mês da fotografia e também para explorar melhor a luz maravilhosa dessa época do ano.
Por isso, pedimos sua colaboração e esperamos você aqui no "Fotógrafos em Ouro Preto 2015"!
A Casa da Memória do Vale do São Francisco, localizada em Januária, região norte de Minas Gerais, recebe, no dia 01 de agosto, às 20h, o lançamento da 2ª edição da obra Brasil Interior Palestras populares– folk-lore das margens do São Francisco, organizada pelos professores Carlos Ceza de Carvalho, Ramiro Esdras Carneiro Batista e Ros’elles Magalhães Felício.
O evento tem organização da família do professor Manoel Ambrósio Alves de Oliveira.
Segundo ele, “são quatro milhões de empregos diretos e indiretos gerados no estado pela agricultura do café. O café tem importância econômica em 520 municípios de Minas Gerais”. Participaram da solenidade o secretário adjunto de Agricultura, Kleber Vilela, o presidente da Epamig, Rui Verneque, o deputado federal, Silas Brasileiro e o prefeito de Três Pontas, Paulo Luís Rabelo, dentre outras autoridades.
Para o turismo especificamente, o café é um dos itens mais lembrados pelo turista que visita Minas Gerais, de acordo com pesquisa realizada pela Secretaria de Estado de Turismo. Essa importância reflete-se também no turismo de experiência, com as Rotas do Café, pelas quais o turista pode vivenciar a produção da bebida. Atualmente, são operadas duas rotas: uma na região de Viçosa e outra no sul de Minas, abrangendo os municípios de Maria da Fé e Cristina. Além disso, o café movimenta o turismo de negócios, gerando exposições e grandes eventos.
A Expocafé é considerada a maior feira do agronegócio do café no Brasil. A feira termina até sexta-feira (3/7), e os visitantes terão a oportunidade de conhecer as principais novidades e tecnologias para o setor. São esperadas 22 mil pessoas no evento.
A programação inclui exposição de produtos e serviços para o manejo do café. São 150 estandes instalados na fazenda experimental da Epamig, localizada na MG 167. Técnicos da empresa de pesquisa vão demonstrar o funcionamento de máquinas e implementos.O objetivo é melhorar a renda e a qualidade de vida do produtor rural, dando impulso à geração de empregos no setor. Na edição 2014 foram fechados cerca de R$ 220 milhões em negócios.
A feira é uma realização entre o Governo do Estado, Cocatrel e Epamig.
Entre os dias 16 a 26 de julho, a Prefeitura de Ponte Nova, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, realiza o 9º Festival de Inverno da cidade. “Entre Faces: cultura e tradição” é o tema da edição deste ano que traz ao público, entre os dias 16 a 26 de julho, diversas atrações culturais espalhadas por diferentes locais da cidade. Shows, exposições, oficinas, peças de teatro e dança e atividades para as crianças integram a programação do evento. Serão 11 dias de efervescência cultural.
Potencializar o diálogo entre as diferentes manifestações culturais pontenovenses e sua relação com outras vozes, seja de Minas Gerais, seja do Brasil. Trazer a tradição como fonte de memória, mas também como traço atual. As múltiplas faces da cidade e a relação com os vários meios que ela se relaciona, ou seja, o fazer cultural da cidade e as relações com o seu entorno é a concepção deste Festival que busca inserir Ponte Nova e seus artistas na cadeia produtiva de eventos culturais de referência.
Diversidade, experimentação, relação, descentralização e identidade são as faces que queremos abordar nas reflexões e práticas artísticas e culturais que nos afetam, nos pertencem e nos transcendem.
Histórico
Em 2005, um grupo de estudantes formado por Ana Elisa Czarnecki, Marcelo José Gonçalves e Celiane Barbosa Gomides, embasados pelo exemplo do Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana, resolveram criar algo semelhante na comunidade de Vau Açu. Com o surgimento da Secretaria de Cultura em 2007, o evento foi potencializado passando a se remeter a cidade como um todo.
Durante o mês de julho, o Centro de Estudos Cinematográficos e o Instituto Humberto Mauro exibirão, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Imprensa Oficial, mostra "Um Homem e o Cinema", sobre Alberto Cavalcanti. A iniciativa acontece, pela primeira vez em Belo Horizonte, dentro do projeto Cinema Falado, de Geraldo Veloso.
"Um Homem e o Cinema", os depoimentos de Jom Tob Azulay e Geraldo Veloso, respectivamente produtor e montador do filme, um curta-metragem de Alfredo Sternheim e "O Senhor Puntila e seu Criado Matti" (1955, Alemanha Oriental, 35mm, p&b, 90min, fic) serão apresentados nas sextas-feiras de julho, às 15 horas, na sala multimídia da Imprensa Oficial (avenida Augusto de Lima, 270). O crítico e cineasta Geraldo Veloso vai conversar com o público após as sessões, encerrando as atividades com uma mesa-redonda sobre Cavalcanti.
Os depoimentos do produtor Jom Tob Azulay e do montador Geraldo Veloso exploram as várias facetas de Cavalcanti como cineasta . O curta-metragem, "Alberto Cavalcanti" (1970, RJ, 35mm, p&b, 18min, doc), foi dirigido pelo cineasta e crítico paulista Alfredo Sternheim.
Programação
Dia 03/7, 15h - "Alberto Cavalcanti", de Alfredo Sternheim, e depoimentos de Jom Tob Azulay e Geraldo Veloso
Dia 10/7, 15h - primeira parte de "Um Homem e o Cinema", de Alberto Cavalcanti
Dia 17/7, 15h - segunda parte de "Um Homem e o Cinema", de Alberto Cavalcanti
Dia 24/7, 15h - "O Senhor Puntila e seu Criado Matti", de Alberto Cavalcanti
Dia 31/7, 15h - Mesa-redonda sobre Alberto Cavalcanti
Um Homem e o Cinema
"Um Homem e o Cinema" (1976, RJ, 35mm, p&b/cor, 151min, doc) é composto de duas partes. Em retrospectiva, o filme procura fixar a contribuição de Cavalcanti para o cinema mundial, sem ordem cronológica, mas buscando uma unidade a partir de temas, técnicas e enfoques sobre personagens e situações presentes em sua vasta filmografia, constituída por mais de 120 filmes de várias nacionalidades.
Sobre Alberto Cavalcanti
De 1922 a 1975, o cineasta brasileiro Alberto Cavalcanti fez filmes em todos os continentes, como cenógrafo, roteirista, diretor e produtor, tornando-se, por isso, mais conhecido no exterior do que no Brasil. Cavalcanti começou na avant-garde francesa, foi um dos mentores da escola do documentário inglês, adaptou Dickens e Brecht, filmou na Alemanha Oriental e em Israel, e passou um tempo no Brasil para implementar a produção da nascente Companhia Cinematográfica Vera Cruz.
Geraldo Veloso foi escolhido por ele para produzir o que seria seu último filme, "O Doutor Judeu", sobre a vida do dramaturgo luso-brasileiro Antônio José da Silva, queimado na fogueira, aos 34 anos, pela inquisição portuguesa. O filme não chegou a ser realizado, frustrando profundamente Cavalcanti, que abandonou o Brasil pela última vez e morreu em Paris, no ano de 1982. Essa história está contada em detalhes no livro recém-lançado de Geraldo Veloso, "O Cinema Através de Mim".
Em 1995, Azulay retomou o tema, realizando o filme "O Judeu", também atacado pela maldição que sempre perseguiu a presença de Cavalcanti no Brasil. Durante a sua realização, morreram a atriz Dina Sfat e o ator que fazia o papel de Antônio José da Silva.
Conhececer as culturas dos povos de língua espanhola que são nossos vizinhos é uma oportunidade de vivência e aprendizagem sobre a riqueza de suas e nossas histórias. A Luiz de Bessa promove, no dia 28 de julho, às 15h, o projeto Aula na Biblioteca, homenagem a Jorge Puccinelli e à Revista Letras Peruanas.
No encontro, que acontece no Setor de Coleções Especiais, o Professor Romulo Monte Alto, coordenador do Centro de Estudos Latino-americanos e do projeto de pesquisa “Literatura andina e cultura peruana: traduzir para entender”, ambos da UFMG, ministrará palestra ao público presente. A participação é gratuita e haverá certificado.
Também sobre a temática, no mês de julho, está em cartaz na Biblioteca Pública a Exposição Literária ‘América Espanhola’.
Serviço
Aula na Biblioteca: homenagem a Jorge Puccinelli e à Revista Letras Peruanas
Data: 28/07/2015
Local: Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa - Setor de Coleções Especiais
Praça da Liberdade, 21
Inscrições : Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Entrada Franca
Informações:3269-1209
Haverá certificado de Participação : 02 Horas
Informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação da Superintendência de Bibliotecas Públicas e Suplemento Literário:
Maria Isabel Corrêa
3269 1201
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Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura de Minas Gerais
Renata Matta Machado
3915 2655
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Para o Governo de Minas Gerais, investir em cultura de tradição é trazer significado ao presente dos mineiros. A Secretaria de Estado de Cultura e a Codemig lançaram em cerimônia, nesta quarta-feira (01/07), na Cidade Administrativa, os editais das Bandas de Minas, que, neste ano, tem R$ 1 milhão de recursos destinados às corporações musicais do Estado.
Durante a solenidade, centenas de pessoas puderam assistir a uma amostra da rica cultura mineira. As bandas Corporação Musical Nossa Senhora de Lourdes (Vespasiano), Banda Nossa Senhora do Carmo (Betim) e Banda de Música Vitalina Correa (Cordisburgo), em perfeita sintonia, executaram clássicos da música mineira.
Movido pela alegria sonora que saía dos instrumentos das bandas que se apresentavam, o secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, frisou a importância dessa tradição para Minas Gerais. “As bandas civis de música são a alma dos nossos cidadãos; traduzem o espírito mineiro. Por isso, a Secretaria de Cultura se empenhou em aprimorar, ampliar, revigorar e, principalmente, qualificar o edital das Bandas de Minas”, afirmou.
Representando a Codemig, patrocinadora do programa, a Diretora da Indústria Criativa, Fernanda Machado, destacou o caráter desenvolvimentista das bandas. “São mais de 20 mil músicos em Minas Gerais, que são também empreendedores, utilizando da música a forma de trabalho que fomenta a economia”.
Visivelmente emocionado, o maestro André Geraldo Martins, da Banda Vitalina Correa, enfatizou a missão humanista da música. “Um instrumento a mais significa mais uma criança tocando, e, por consequência, um jovem a mais se tornando verdadeiro cidadão”.
Responsável pela gestão do Bandas de Minas, o superintendente João Miguel disse que pretende “aprimorar e estreitar a relação com os músicos mineiros, para poder abraçar as centenas de bandas espalhadas pelo nosso Estado”, finalizou.
A partir desta edição, as corporações musicais receberão instrumentos de qualidade, garantindo a excelência das apresentações mineiras. O desenvolvimento do Estado passa, necessariamente, pela formação cultural e a SEC oferecerá oficinas de formação profissional aos músicos e maestros mineiros.
Os prêmios destinados às bandas contempladas são convertidos em instrumentos de sopro, metal e percussão, como forma de contribuir com a manutenção e o aperfeiçoamento dos conjuntos musicais.
Também é novidade do edital de 2015 das Bandas de Minas o critério de ‘Região Territorial’ onde está localizada a corporação musical concorrente. A inserção dessa regra se baliza na diretriz de regionalização do Governo Fernando Pimentel, que consiste em estimular a produção cultural mineira, por meio das políticas públicas voltadas para os 17 territórios de desenvolvimento.
Em novembro, o Bandas de Minas vai promover um Encontro de Bandas, integrando programação do Circuito Cultural Praça da Liberdade, em Belo Horizonte.
Os dois editais estão com inscrições abertas de 01 de julho a 17 de agosto. Os recursos são provenientes da Companhia de Desenvolvimento de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais - CODEMIG.
O edital destina-se às Bandas de Música Civis do Estado de Minas Gerais, assim definidas como aquelas legalmente constituídas há pelo menos 6 (seis) meses da data de publicação deste edital, comprovado pelo cadastro na Receita Federal (CNPJ), sob a forma de instituição pública ou privada sem fins lucrativos, que possuam Diretoria, Estatuto e/ou Regimento Interno, registrados em Cartório e devidamente cadastradas na Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais.
As bandas que desejarem se cadastrar junto à Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, para fins de inscrição no presente edital, poderão fazê-lo até o dia 01 de agosto de 2015. Consulte editais para mais informações.
Encontro de Bandas
O Encontro de Bandas será realizado na Praça da Liberdade no dia 22 de novembro de 2015, das 10h às 12h. Serão selecionadas seis bandas de música de Minas Gerais, de forma a incentivar a integração, o desenvolvimento e o fortalecimento de laços entre as corporações musicais do estado e entre o público, proporcionando à sociedade evento artístico relevante e representativo da identidade cultural de Minas Gerais.
Bandas de Minas
O Programa Bandas de Minas – realizado com recursos da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) - tem o objetivo de incentivar e valorizar um dos principais elementos da identidade cultural mineira: as bandas civis de música.
Minas Gerais possui 681 bandas cadastradas na Secretaria de Estado de Cultura, distribuídas por mais de 500 municípios, sendo o estado brasileiro que abriga o maior número dessas corporações. A primeira banda de música do Brasil surgiu em Mariana (MG), em 1774, e teve Pedro Novalasco da Costa como regente. As bandas se tornaram mais populares quando a Corte Real Portuguesa chegou ao Brasil, em 1808, e trouxe uma banda que passou a tocar nas cerimônias oficiais.
A Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, em parceria com a Editora Lê, promove no dia 13 de agosto (5ª), das 14h às 17h, a palestra A Formação do Leitor Literário, com o autor e educador Caio Riter.
Baseada em seu livro A Formação do Leitor Literário em Casa e na Escola, a palestra de Riter tem como foco a formação de mediadores de leitura. O encontro propõe um diálogo com esses agentes, assinalando novos caminhos para a formação de leitores.
Autor de livros infantis, literários e paradidáticos, e ainda professor no ensino fundamental, médio, graduação e pós-graduação, Caio Riter vai trazer suas experiências pessoais e profissionais para o bate-papo.
“É uma oportunidade única de acolher e avaliar as sensíveis orientações do autor, que abrem perspectivas para novas atitudes no trabalho de formação do leitor literário”, garante a coordenadora do Carro-Biblioteca da Luiz de Bessa, Viviane Ferreira.
A palestra gratuita é voltada para bibliotecários, educadores, escritores, ilustradores, mediadores de leitura, pais e outros profissionais ligados ao livro e a leitura.
A palestra A Formação do Leitor Literário, com o autor e educador Caio Riter, acontece dia 13 de agosto, quinta-feira, das 14h às 17h, no Teatro José Aparecido de Oliveira (Teatro da Biblioteca). Praça da Liberdade, 21, Funcionários.
A participação é gratuita e as vagas são limitadas. Inscrições abertas até 7 de agosto, no endereço encontrocomoescritor.wix.com/blog
Para saber mais, entre em contato no (31) 3269 1253 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Serviço
Palestra A Formação do Leitor Literário, com o autor e educador Caio Riter
Data: 13 de agosto de 2015, quinta-feira
Horário: 14 às 17h
Local: Teatro José Aparecido de Oliveira. Praça da Liberdade, 21
Os Fóruns Regionais de Governo estão sendo instalados em todo o Estado. A iniciativa inédita em Minas Gerais tem o objetivo de incluir a população no processo decisório das ações governamentais, com a elaboração, execução, monitoramento e avaliação de políticas públicas de forma regionalizada. A cidade de Passos, no Território Sudeste, recebe o próximo Fórum nesta sexta-feira, 03/07, às 9h.
A participação de autoridades, sociedade civil organizada, cidadãos, assim como dos órgãos estaduais e federais é fundamental para juntos levantarmos as prioridades e buscarmos soluções específicas para cada território.
O secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, reconhece como uma das iniciativas importantes, no quadro da produção cultural, a campanha de “crowdfunding” lançada pelo poeta e editor Sebastião Nunes (Tião Nunes).
Uma das maiores expressões da poesia contemporânea brasileira, segundo Angelo Oswaldo, Tião Nunes reside em Sabará, onde mantém as editoras Dubolso e Dubolsinho, esta voltada para literatura infantil.
Em busca de soluções criativas para o financiamento de seu programa editorial, ele recorre, via internet, ao sistema de captação coletiva, comum hoje em vários países. É um sistema que está começando a crescer no Brasil, disse o secretário de Cultura, e é do maior interesse acompanhar sua evolução. Para isso, nada melhor do que apoiar a proposta de Tião Nunes, cujo trabalho no campo editorial é reconhecido dentro e fora do país, finalizou Oswaldo.
O endereço eletrônico é: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
A Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras realizará, dia 4 de julho, às 20h, em sua sede (Rua Frei Durão, 84, Centro Histórico), dois importantes eventos.
Receberá a historiadora e professora SONIA MARIA DE MAGALHÃES que falará sobre suas pesquisas dos hábitos alimentares de Mariana registrados no livro de sua autoria “A mesa de Mariana: produção e consumo de alimentos em Minas Gerais (1750-1850)”, tema de sua tese de mestrado.
Será prestada também homenagem à memória do Inconfidente CLÁUDIO MANOEL DA COSTA, marianense nascido no distrito da Vargem, em 6 de junho de 1729, e morto, em 4 de julho de 1789, na Casa dos Contos em Ouro Preto. Neste ano, se comemora o 226° aniversário de seu falecimento. Na Academia, ele é o patrono da Cadeira nº 14 ocupada, hoje, pelo Desembargador Caetano Levi Lopes.
Considerações sobre o livro a ser lançado, de autoria da palestrante Sônia Magalhães
Na obra “A mesa de Mariana: produção e consumo de alimentos em Minas Gerais (1750-1850)”, profa. Sônia investiga o que os mineiros comiam, atentando para as mudanças e permanências nos seus hábitos alimentares ao longo do tempo. O período proposto, 1750 a 1850, apreende as características econômicas, sociais e culturais de Mariana em época considerada pela historiografia tradicional como de “decadência” e “estagnação” para a economia mineira.
Ela verifica se, nesses cem anos, houve ou não uma mudança nos padrões alimentares da sociedade marianense. Esses hábitos eram somente conhecidos por intermédio da literatura dos viajantes estrangeiros que percorriam o território mineiro no século XIX. Richard Burton, Auguste de Saint-Hilaire, John Mawe e outros fomentaram a criação de um modelo personificado no mineiro: apreço pela mesa farta, doces, gosto pela carne de porco, a acolhida generosa entre outros elementos notáveis da hospitalidade. Tal literatura não foi descartada, mas, analisada e cruzada de maneira crítica com outros documentos como inventários post-mortem, guardados na Casa Setecentista de Mariana, e os Livros de Contas do Seminário de Nossa Senhora da Boa Morte de Mariana pertencentes ao Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese. Os livros de açougues da cidade e do Termo de Mariana preservados no Arquivo Histórico da Câmara foram também consultados.
A Mesa de Mariana evidencia que a projeção da imagem do mineiro a partir da sua cozinha e das práticas alimentares, faz parte da “invenção das tradições”. A confraternização e a hospitalidade – esta caracterizada pela abundância de alimentos tantas vezes registrada pelos viajantes – aconteciam regularmente com um determinado segmento e em contextos sociais específicos. Até mesmo no cumprimento das normas religiosas impostas pela Igreja, a realidade econômica e as variações sazonais mostraram-se contundentes. Em épocas de abundância, o calendário litúrgico – jejuns e abstinência de carne – poderia ser seguido. Em períodos de escassez, a norma religiosa não era cumprida. No meio rural com as grandes fazendas produtivas, tornavam-se viáveis as acolhidas generosas. Nessas ocasiões, a função simbólica e social dos alimentos era considerada superior à nutritiva. Construía a imagem de prestígio, externando riqueza que, verdadeira ou falsa, muitas vezes, se exibia no aparato da chamada “mesa mineira”.
Trajetória acadêmica e profissional da profa. Sônia
Sônia é graduada pelo ICHS/UFOP, mestre pela UNESP e doutora em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Realizou estágio pós-doutoral como bolsista PRODOC na Universidade Federal de Goiás, de 2006 a 2007. Iniciou pós-doutorado no Programa de História das Ciências e da Saúde da Casa Oswaldo Cruz - Rio de Janeiro em 2014. É autora dos livros Males do sertão: alimentação, saúde e doenças em Goiás no século XIX (2014);A Mesa de Mariana: produção e consumo de alimentos em Minas Gerais (1750-1850) (2004). Participou da organização dos livros Casa de Vereança de Mariana: 300 anos de História da Câmara Municipal; Histórias de Goiás: memória e poder; Cristianismos em Goiás; O ensino de história: aprendizagens, políticas públicas e materiais didáticos (2012); Cordenou o projeto PIBID Interculturalidades e Ensino de História da Faculdade de História da UFG. Coordena o Laboratório de Ensino (LEIHS) e o GT História da Saúde e das Doenças ANPUH - seção regional Goiás e participa da Rede Internacional Saúde e Doenças. É docente Adjunto na Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás.
Cláudio Manoel da Costa
A homenagem ao poeta marianense, Inconfidente Cláudio Manuel da Costa, será realizada pelos jovens do Departamento de Teatro Infantojuvenil da Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras declamando poemas de sua autoria. Será também apresentado um texto sobre sua vida antes e depois de seu retorno da Universidade de Coimbra.
Para o presidente da Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras, prof. Roque Camêllo, que vem pesquisando a vida deste ícone da literatura brasileira, “o Inconfidente Cláudio Manoeul da Costa foi o primeiro advogado assassinado em Minas.”
Na tarde de segunda-feira (20/07), o secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, recebeu, em seu gabinete, na Cidade Administrativa, os membros do Instituto Histórico Geográfico de Minas Gerais (IHGMG), para uma visita de alinhamento e cortesia.
Wagner Colombarolli, presidente do IHGMG, frisa a importância do encontro. “O secretário Angelo Oswaldo é um associado efetivo do Instituto, por isso, julgamos imprescindível vir até aqui ratificar nossos cumprimentos por ele estar a frente da pasta da Cultura. Temos certeza de que será uma gestão exitosa e, cientes disso, nos colocamos na posição de apoio às diretrizes da Secretaria”.
Estiveram presentes, além do presidente, Jorge Lasmar, presidente emérito; Fernando Brandão, presidente emérito; Gilberto Madeira Peixoto, 1º vice-presidente; Luiz Carlos Abritta, 2º vice-presidente; Antônio Carlos de Albuquerque, 1º tesoureiro; Norman de Andrade Giugni, 1º secretário; Roque Camêllo ,coordenador; Adalberto Menezes, e Ildefonso Silveira de Carvalho, do conselho fiscal, e Jairo Carvalhais Câmara, comissão de admissão.
Sobre o IHGMG
Crédito: Osvaldo Afonso/Imprensa MG
O Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais surgiu em Belo Horizonte, em 1907, a exemplo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, fundado no Rio de Janeiro, em 1838. Os próceres responsáveis pela independência do Brasil logo sentiram a necessidade de uma instituição específica, que cuidasse do registro dos fatos históricos e que fosse repositório dos mapas e das descobertas geográficas do vasto território.
O Museu Mineiro - instituição vinculada à Secretaria de Estado de Cultura - recebe no dia 8 de julho de 2015, às 20h30, em única apresentação, o cravista Felipe Nabuco Silvestre, acompanhado de Maurício Freire (flauta), Rodrigo Bustamante (violino), Elisa Freixo (cravo) e Elisete Gomes (soprano).
O evento, com entrada gratuita, marca os 60 anos de atividades musicais e 80 de vida do artista, que apresentará em seu repertório composições de RAMEAU, BACH, HAENDEL e SCARLATTI.
Erroneamente tido como precursor do piano, o cravo se difere, entre outras coisas, porque suas cordas são tangidas e não percutidas, como no piano. O cravo atingiu seu apogeu na primeira metade do século XVIII, mas foi praticamente abandonado durante o século seguinte. No início do século XX, a redescoberta dos antigos mestres e a divulgação de um imenso e valioso repertório, produzido durante cerca de 300 anos, da Renascença ao barroco, reabilitou o cravo. Como Felipe Silvestre define, “desviando-se da estética do ‘barroco’, o cravo continua, no nosso século, servindo à música”.
Sobre o artista
Felipe Silvestre nasceu no Brasil e estudou na Alemanha. Na temporada na Europa participou também dos “Cursos Internacionais de Música Contemporânea”. Dirigiu os “Encontros Internacionais de Música Barroca”, festival realizado anualmente na cidade do Porto em Portugal, e os “Cursos Internacionais de Música Barroca”. No âmbito desses cursos, produziu as séries “Barroco ao fim da Tarde” e “Música Antiga-Jovens Intérpretes”.
Sob o patrocínio da União Européia, criou e dirigiu durante três anos o “Ensemble Barroco Europeu”, orquestra de câmera composta por jovens músicos oriundos de Portugal, Alemanha, Itália, França, Áustria e Inglaterra. Recentemente apresentou-se em dois recitais em Buenos Aires, nas comemorações dos 25 anos da Academia Bach. Em 2007, apresentou em Portugal, em primeira audição, o concerto para cravo e cordas de Lindemberg Cardoso “O Vôo do Colibri”, dedicado ao próprio artista.
Em 2009, no Dia Mundial da Música, 1º de Outubro, apresentou-se com a Filarmônica de Budapeste, e posteriormente no Festival de Opole na Polônia, tocando em primeira audição nessas cidades o “Vôo do Colibri”. Em Santiago, no Chile, apresentou-se com a Tallinn Sinfonietta, tocando um concerto de Bach e o “Voo do Colibri”. Apresentou ainda essa obra com a Russian Virtuosi of Europe, Orquestra de Câmera de Budapeste, Orquestra Sinfônica do Espírito Santo e Orquestra Bachiana Brasileira do Rio de Janeiro.
Realizou, em 2008, o evento “O Cravo no Brasil, três gerações de cravistas brasileiros”, na Casa Fiat de Cultura em Belo Horizonte, e, em 2013, a Primeira Semana do Cravo da UFMG. Foi homenageado pela Universidade Federal de Minas Gerais pelo trabalho de divulgação da música barroca no Brasil e no exterior.
Desde 2006 é “Artistc Adviser” da FAS Arts Management – NY, e Diretor Executivo da NGS Eventos Culturais-Brasil
REPERTORIO:
J.PH.RAMEAU (1683/1764) – Prelude / Le Rapell des Oiseaux / Le Tambourin J.S.BACH (1685/1750) – Sonata em sol menor para flauta e cravo - Allegro / Adagio / Allegro
G.F.HAENDEL (1685/1782) – Sonata para violino e cravo em fá menor – Adagio man
Mon tanto – Allegro / Largo / Allegro assai
J.C.BACH (1735/1782) – Sonata em dó maior para cravo a 4 mãos - Allegro / Rondo allegretto
ALESSANDRO SCARLATTI (1660/1725) – Da cantata “Correa nel seno amato”, Recitativo “Piante insensate e fide”, Ária “Idolo amato”, Recitativo “Ma voi, occhi dolente”; Ária “Onde belle”
SERVIÇO
Evento: Museu Mineiro recebe o cravista Felipe Nabuco - Silvestre
Data: 8 de julho de 2015 Horário: 20h30
Local: Museu Mineiro – Sala das Colunas
Av. João Pinheiro, 342 – Funcionários – Belo Horizonte - Minas Gerais
Em encontro marcado pela religiosidade popular, diversidade artística e riqueza cultural, a cidade de Abaeté realizou, nos dias 10, 11 e 12 de julho, o jubileu de ouro da festa de Nossa Senhora do Rosário - a festa do congado-, que em 2015 comemora seu cinquetenário.
O evento reuniu aproximadamente 10 mil pessoas, incluindo 50 grupos de congado e catupé, de diversas cidades da região central do Estado. 17 irmandades eram de Abaeté, anfitriã do festejo.
O prefeito da cidade, Armando Greco Filho, demonstrou grande satisfação em receber o superintendente de Interiorização e Ação Cultural da Secretaria de Estado de Cultura, João Miguel, já que, pela primeira vez o Governo de Minas Gerais marcou presença no evento. O chefe do executivo expressou a grandeza da festa e manifestou imensa alegria em receber tantos turistas no município.
O superintendente de Interiorização e Ação Cultural fez questão de expressar o empenho do secretário de Estado de Cultura na viabilização de recursos para a realização dos rituais do festejo. João Miguel acrescentou que “a recomendação do governador Fernando Pimentel e dos secretários Angelo Oswaldo e Bernardo da Mata Machado é de que toda a equipe da SEC se debruce em um atendimento qualificado a cada artista e agente cultural do estado. É diretriz também da gestão que a Secretaria caminhe junto aos movimentos culturais, vivenciando as experiências particulares de cada grupo e segmento”.
O superintendente ainda caminhou com os grupos pelas ruas das cidades e, num gesto de comunhão com as culturas de tradição, tocou ‘acordeon’ com os grupos de congado e Moçambique o que gerou um clima amistoso e de grande alegria e entrosamento.
O presidente do evento, Omar Pereira, e o festeiro Gaspar José da Cunha, juntamente com toda a diretoria, também manifestaram a alegria em receber, pela primeira vez, um representante da Secretaria de Estado de Cultura. Omar Pereira demonstrou entusiasmo com a visita do superintendente da SEC. “Tenho grande emoção em ver que João Miguel esteve conosco, conhecendo nossa gente e cultura. A presença da Secretaria de Estado de Cultura na comemoração destes 50 anos traz ânimo para que mantenhamos nosso congado cada vez mais vivo”, disse.
O secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, se reuniu, nesta semana, com dirigentes do Sistema Estadual de Cultura, para uma apresentação dos trabalhos do Núcleo de Articulação Minas 2016, grupo encarregado por promover as ações necessárias ao cumprimento das normas para a realização das competições dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos em Minas, sob a coordenação da Secretaria de Estado de Esportes (Seesp).
O encontro aconteceu, na quarta-feira (24/6), no Centro de Arte Popular Cemig, no Circuito Cultural Praça da Liberdade, e contou com a participação de Lucas Guimaraens, suplente do secretário no Núcleo Minas 2016, de Marcela França, do Grupo de Trabalho Minas 2016, de gestores dos órgãos e entidades ligados ao governo e também de representantes dos equipamentos culturais do Circuito e de toda a cidade.
Angelo Oswaldo afirmou que o empenho, neste momento, será construir um calendário de atrações que possa conectar Belo Horizonte aos outros municípios que receberão as Olímpiadas e Paralimpíadas “num programa de interesse do campo da cultura e que funcione como uma extensão importante do roteiro dos jogos”. O secretário lembrou, ainda, que Minas possui “um elenco rico e variável de manifestações culturais para apresentar aos visitantes”, concluiu.
Jogos
Belo Horizonte sediará, no Mineirão, dez partidas do torneio de futebol masculino e feminino, entre jogos Olímpicos e Paralímpicos. Minas Gerais receberá quatro comitês, sendo dois britânicos e dos irlandeses e três delegações estrangeiras - duas do Canadá e uma da China – além de uma brasileira.
Durante o evento, o Estado terá 16 centros de treinamento, sendo quatro na capital, quatro em Uberlândia, dois em Juiz de Fora, um em Barbacena, um em Governador Valadares, um em Poços de Caldas, um em São Sebastião do Paraíso, um em Varginha e outro em Viçosa.
Cada órgão do Sistema Estadual de Cultura deverá sugerir o equipamento que poderá dispor para as Olimpíadas e Paralimpíadas ou que atividade da programação será possível realizar sem onerar a Secretaria. A secretária executiva do núcleo de articulação do Minas 2016, Luciana Las Casas, mostrou aos dirigentes que integram o Sistema de Cultura como será construída os dois eventos internacionais no Brasil e, mais precisamente, em Minas.
“É fundamental termos espaços não-onerosos ao Estado e entender que são dois grandes acontecimentos internacionais que terão Minas Gerais como uma das sedes. Os Jogos Olímpicos e Paralimpicos têm suas próprias especificidades e cada um deles se configura como um momento para o estado”, afirmou a secretária executiva.
Expoente da nova safra de artistas brasileiros, o cantor gaúcho FilipeCatto é a última atração musical do I Inverno das Artes e traz para o público mineiro o show Filipe Catto – Voz e Violão. Em formato mais intimista, e com repertório variado, a setlist reúne composições autorais, como Saga, Adoração e FlordaIdade, além de interpretações de canções de outros artistas, que ficaram marcadas na voz inconfundível de contratenor.
Nesta apresentação, Filipe Catto coloca em destaque suas principais influências na música. Entre os artistas que o inspiraram, Milton Nascimento e Elis Regina ocupam o topo da lista. Mas também há espaço para releituras de canções do roque, do samba e de outros estilos musicais. “Eu sou intérprete. Absolutamente tudo que eu canto é autoral, porque aquele texto passa a ser meu na minha voz”, diz o cantor.
Com um timbre de voz que lembra muito Ney Matogrosso, Filipe tem conquistando um número cada vez maior de fãs no Brasil. E após ter emplacado algumas de suas composições em trilhas sonoras de novelas, como “Saga”, (Cordel Encantado – 2011), “Adoração”, (Saramandaia – 2013) e “Flor da Idade” (Jóia Rara – 2013), Filipe aposta em um formato mais intimista para subir, novamente, aos palcos da capital, algo que ele não fazia desde 2011, quando se apresentou pela última vez em Belo Horizonte.
Acostumado com o formato de espetáculo dos seus shows, sempre com muitos efeitos visuais, o cantor encara essa nova apresentação como uma forma de ampliar o contato com os fãs. “Apesar de ser um show íntimo, eu sinto que este formato está cada dia mais forte e mais impactante. Poder fazer as músicas de uma forma crua também me requer uma entrega absoluta o que é uma experiência única para mim e para o público”.
Neste retorno aos palcos mineiros, diz estar empolgado em poder participar da primeira edição de um evento que aproxima o público das mais variadas linguagens artísticas. Para ele, é fundamental que estes projetos vinguem e se proliferem. “Estamos em um momento muito carente de cultura, de boas ideias, e misturar as artes, as linguagens, reforça a qualidade da arte brasileira”, finaliza.
O I Inverno das Artes é um evento produzido pela Fundação Clóvis Salgado para movimentar o período de férias em Belo Horizonte, com artes visuais, cinema e música. Grandes nomes da música brasileira integraram a primeira edição do Inverno das Artes. Já passaram pelo palco da Sala Juvenal Dias: JorgeMautner, JardsMacalé e CidaMoreira. Além de Paulinho da Viola, com show no Grande Teatro.
A Secretaria de Estado de Cultura e o Ministério da Fazenda assinaram, nesta terça-feira (23/6), um acordo de comodato em que a secretaria assume os 141 rolos originais de microfilmes da “Coleção Casa dos Contos”.
O termo, publicado no Diário Oficial do Estado, tem como objeto a guarda e o uso dos 141 rolos de microfilmes da “Coleção Casa dos Contos”, referentes exclusivamente ao acervo documental do Arquivo Público Mineiro, de propriedade do Ministério da Fazenda. A Secretaria de Cultura e o Arquivo Público Mineiro (APM) irão digitalizar a coleção e disponibilizar os microfilmes em HD (arquivo digital) ao Ministério da Fazenda e ainda fornecer uma cópia digital para a Superintendência de Admistração do Ministério.
“Casa dos Contos” é o nome atribuído ao acervo documental produzido ou recolhido pela Provedoria e Junta da Real Fazenda da Capitania de Minas Gerais, e hoje distribuído por três instituições: Arquivo Público Mineiro, Arquivo Nacional e Biblioteca Nacional.
O acervo contém documentos fazendários dos séculos XVIII e XIX, tais como: folha de pagamento de funcionários da capitania, cartas, instruções e ordens régias, decisões, arrematação de contratos e registros de rendimentos de diversos impostos como dízimos, direitos de entrada e de passagem, quinto do ouro e capitação de escravos, subsídios voluntário e literário, receita e despesa, dentre outros. Apresenta também documentação pessoal de contratadores e livros da Superintendência de Administração do Ministério da Fazenda e documentos de terras e águas minerais do Estado.
Em 1973, o Ministério da Fazenda implantou no prédio da Casa dos Contos, em Ouro Preto, o Centro de Estudos do Ciclo do Ouro (CECO) com o objetivo de reunir em microfilmes a documentação da “Coleção Casa dos Contos”. Nesse período foram microfilmados os documentos sob a guarda do Arquivo Público Mineiro cujos microfilmes originais estão depositados na Escola de Administração Fazendária em Belo Horizonte.
Sistema Integrado de Acesso do Arquivo Público Mineiro
As políticas públicas de democratização da informação reafirmam o compromisso do Arquivo Público Mineiro de disponibilizar de forma ampla o seu acervo documental à população através do Sistema Integrado de Acesso do Arquivo Público Mineiro: www.siaapm.cultura.mg.gov.br.
Trata-se de uma base informatizada que contém informações básicas sobre o acervo e parte dos documentos do APM que estão em meio eletrônico. Este sistema tem por finalidade facilitar a pesquisa, na sede da Instituição ou na Internet.
A disponibilização da “Coleção Casa dos Contos” no SIAAPM permitirá aos estudiosos da História Administrativa e Econômica do período colonial, bem como do início do século XIX, um acesso rápido e eficiente aos documentos.
A memória de Alphonsus Guimaraens poderá ser, literalmente, revisitada. O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, retoma as obras do para restauração do Museu que leva o nome do escritor, localizado no município de Mariana, nos próximos 30 dias. O valor liberado para a reforma é de aproximadamente R$ 600 mil, provenientes do tesouro estadual. O Museu Casa Alphonsus Guimaraens está fechado para visitação desde agosto de 2009.
Serão restaurados pisos, paredes e forro, num procedimento que conserva as características arquitetônicas do imóvel. Também será adequada uma nova proposta museológica para o espaço cultural.
O secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, entende o momento como próspero e otimista, uma vez que se trata de uma série de inicialização de intervenções relacionadas à estruturação da cultura mineira.
“O Museu Casa de Alphonsus, fechado há seis anos, é o primeiro a entrar em obras. A Secretaria de Cultura vai retomar igualmente o Museu Mineiro para logo devolvê-lo à comunidade”, ressaltou Angelo Oswaldo.
Museu Casa Alphonsus Guimaraens
O Museu Casa Alphonsus de Guimaraens foi inaugurado em 1986, em Mariana, na casa em que Alphonsus de Guimaraens viveu entre 1913 a 1921. Construída em fins do século XVIII, a edificação de dois pavimentos, residência típica de setores mais abastados da sociedade colonial, situa-se no centro histórico de Mariana, integrando conjunto arquitetônico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional / IPHAN.
O acervo do Museu é fruto de doações em sua maioria feitas pela família de Alphonsus Guimaraens, quando da criação da instituição. É composto por sua biblioteca particular na qual se inserem obras raras; por conjunto de fotografias; objetos referentes à vida privada, à carreira como juiz e à atividade literária, e por acervo de documentos textuais, dentre os quais se destacam artigos publicados e originais manuscritos de textos, poemas e correspondências.
Alphonsus Guimaraens
Afonso Henrique da Costa Guimaraens nasceu em Ouro Preto (MG), em 1870. Estudou Direito na Faculdade de Direito de São Paulo e na Escola Livre de Direito de Minas Gerais. Assumiu, em 1895, o cargo de Promotor de Justiça da Comarca de Conceição do Serro, atual Conceição do Mato Dentro, e, posteriormente, o de Juiz Substituto. Casou-se com Zenaide, filha do capitão João Alves de Oliveira, escrivão da Coletoria Estadual, com quem teve 15 filhos. Em 1906, nomeado Juiz Municipal, mudou-se para Mariana, onde permaneceu até a morte, em 1921.
Considerado um dos grandes representantes do Simbolismo no Brasil, Alphonsus de Guimaraens iniciou sua incursão no jornalismo em São Paulo, em companhia dos colegas padre Severiano de Rezende e Adolfo Araújo, fundador de "A Gazeta". Os versos de Alphonsus eram publicados em jornais da época e muitos deles constam em publicações posteriores, reunidos em livro.
Alphonsus de Guimarães publicou crônicas e poesias em jornais e revistas, entre os quais se destacam: "Diário Mercantil" (São Paulo), "Comércio de São Paulo", "Correio Paulistano", "O Estado de S. Paulo", "A Gazeta" (São Paulo), "O Germinal" (Mariana), "O Conceição do Serro" (Jornal Político), "Revista Fonfon" (Rio de janeiro), "Jornal do Comércio" (Juiz de Fora), "O Alfinete" (Mariana).
Constam na bibliografia de Alphonsus de Guimaraens, "Setenário das dores de Nossa Senhora e Câmara Ardente" (1899); "Dona Mística" (1899); Kiriale (1902); Mendigos (1920); Pauvre Lyre (1921); "Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte" (1923); "Poesias" (1938); "Poesias" (1955); "Poesias" (1958); "Cantos de amor, salmos e preces" (1972); "Os Melhores Poemas de Alphonsus de Guimaraens" ( 1985); "Alphonsus de Guimaraens - Poesia Completa" (2001).
O ambiente da estação ferroviária leva o turista a uma viagem no tempo. O apito avisa a aproximação da 1ª Maria Fumaça em funcionamento na grande BH. Datada de 1924, a locomotiva fabricada em Berlim trabalhou nas lavouras alemãs por 16 anos. Em 1940, veio para o Brasil, cidade de Timbó, na Paraíba, onde transportou cana-de-açúcar. Depois de alguns anos parada, a máquina foi arrematada em um leilão por Flávio Iglésias, coordenador do Centro de Referência Ambiental e Turística – CRAT. "A intenção era trazer mais uma atração para o município, que tem como âncora o ecoturismo, com dezenas de cachoeiras. O trem puxa o movimento turístico da região", afirma.
Durante o percurso, os passageiros podem conhecer um pouco da história de Rio Acima, seus principais pontos turísticos e cachoeiras, através de um vídeo que é transmitido a bordo do trem. Além disso, músicos e artistas locais se apresentam pelos vagões voluntariamente, e depois, passam o chapéu. Há ainda a opção de incluir no passeio um café colonial, que é pago separadamente. Antes de entrar no trem, o bilheteiro marca a entrada do passageiro, como se fazia antigamente. Os funcionários, maquinista, chefe da estação e comissários, usam roupas de época. Os vagões são bem estruturados, limpos e confortáveis e oferecem uma ótima visibilidade.
Mas Flávio quer incrementar o negócio, trazendo mais atrações para o passeio. “Temos o projeto de um trem cervejeiro, onde faremos degustação de cervejas artesanais mineiras durante o trajeto. Outra ideia é a de promover passeios noturnos, incluindo jantares a bordo do trem e bailes na estação, à moda antiga”, afirma.
O projeto - Apaixonado por trens, neto e bisneto de maquinistas, Flávio transformou a locomotiva, carinhosamente apelidada de Elizabeth, em um trem turístico, batizado, por votação popular, de Trem das Cachoeiras. Parte de uma composição com mais três vagões, a Maria Fumaça faz um trajeto de 7 km em 55 minutos, de Rio Acima a Honório Bicalho, margeando o Rio das Velhas. Em funcionamento há três anos, já foram contabilizados 31 mil passageiros. “Esse número é muito significativo, visto que a cidade tem apenas cerca de nove mil habitantes. Fico emocionado, porque é muito esforço. Aos poucos temos conseguido atingir os nossos objetivos”, diz Flávio. Foram investidos cerca de R$ 3 milhões no projeto, com reformas da linha férrea e da estação, contratação dos estudos de viabilidade e implantação, compra dos carros de passageiros e a construção da garagem que abriga o trem.
História – o trem era usado como meio de transporte da população de Rio Acima e da região. De acordo com a secretária municipal de Cultura e Turismo, Dayse Fernandes, o trem era um meio de transporte barato e transportava muitas pessoas. “Utilizávamos o trem para tudo. Para ir ao médico, para passear. Tinha também as lavadeiras de Rio Acima e da região, que prestavam serviço para as famílias de Belo Horizonte. Então, o trem vinha da capital com os vagões cheios de trouxas de roupa suja e voltava limpa e passada”, conta Dayse.
A secretária relembra os tempos de juventude, quando utilizava o trem para ir a Belo Horizonte, passear no Parque Municipal. “A gente ia e voltava no mesmo dia. Quando esse trem parou, foi sem aviso prévio, foi uma surpresa e uma tristeza geral. A gente saía daqui de Rio Acima para ir para o Parque Municipal, de trem. Passávamos o dia todo e voltávamos no fim da tarde. Era muito gostoso. Outra lembrança que tenho da juventude é que a estação era ponto de namoro. Era o footing, em torno da estação e vinham muitos jovens da capital. O pessoal vinha para os bailes em Rio Acima, de trem, chegava à noite, curtia o baile e ia embora de madrugada”, relembra.
Outros trens turísticos de Minas:
Ouro Preto – Mariana
• Funcionamento: de sexta a domingo
• Saídas (Mariana): 13h e 16h (sexta e sábado) e 11:30h e 15h (domingo)
• Saídas (Ouro Preto): 10h e 14h30 (sexta e sábado) e 10h, 13:30h e 16:30h (domingo)
• Preço: R$ 25 (ida) e R$ 40 (ida e volta). Crianças de 6 a 10 anos e maiores de 60 anos pagam meia.
• O passeio dura cerca de uma hora.
São João del-Rei – Tiradentes
• Funcionamento: sextas e sábados
• Saídas (São João del-Rei): 10h, 12h (em dias especiais) e 15h
• Saídas (Tiradentes): 11h (em dias especiais), 13h e 17h
• Preço: R$ 40 (ida) e R$ 56 (ida e volta). Estudantes, crianças de 6 a 10 anos e maiores de 60 anos pagam meia.
• O passeio dura cerca de 40 minutos.
Trem da Serra (Passa Quatro – Coronel Fulgêncio)
• Funcionamento: sábado e domingo
• Saídas (Passa Quatro): Sábados às 10h e 14h30 e domingos às 10h.
• Preço: R$ 45.
• O passeio dura cerca de duas horas. O trem para por 15 minutos na estação Manacá, onde os passageiros podem visitar uma feira de artesanato. Depois de 12 quilômetros percorridos, chega à estação Coronel Fulgêncio e retorna.
Trem das Águas (São Lourenço – Soledade de Minas)
• Funcionamento: sábado e domingo
• Saídas (São Lourenço): Sábados às 10h e 14h30 e domingos às 10h
• Preço: R$ 50 (vagão tradicional) e R$ 65 (vagão especial, com banco estofado e degustação de queijos, doces e vinhos).
• O passeio dura cerca de duas horas. O trem para em Soledade de Minas e os passageiros podem visitar o museu ferroviário e uma feira de artesanato.
O Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte abre para o público no próximo dia 23 de julho, quinta-feira, a exposição “Leonilson: Truth, Fiction”. Com mais de 150 obras de José Leonilson Bezerra Dias, a mostra sob curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico do MASP, faz um recorte dos trabalhos mais marcantes do artista plástico que foi um dos grandes nomes da “Geração 80”. Nascido em Fortaleza, em 1957, Leonilson faleceu em 1993, com apenas 36 anos. A exposição fica em cartaz gratuitamente no CCBB BH até 28 de setembro de 2015.
A mostra abrange pinturas, desenhos, bordados. A seleção se concentra na criação “madura” do artista, com obras feitas principalmente a partir de 1989, quando o artista tinha 32 anos. Alguns trabalhos pontuais de 1987 e 1988 foram incluídos neste panorama. Apesar de ter sido um expoente da chamada “Geração 80”, caracterizada, em geral, por pinturas figurativas em grandes formatos e de pinceladas e cores enérgicas, foi o que Leonilson fez a partir de 1989 que o tornou mais conhecido e reconhecido na história da arte contemporânea.
O recorte curatorial volta o foco para estes últimos cinco anos de vida de Leonilson, em que se acentuam as qualidades sintéticas ou “minimalistas” da produção do artista. As obras passam a ser cada vez mais autobiográficas, com maior presença de palavras e frases. Os bordados e desenhos, muitas vezes realizados com poucos traços e formas, passam a explorar o suporte, ampliando o vazio.
A produção desse período é como um diário do artista, testemunho do seu tempo, “cheia de referências íntimas e cotidianas, construindo um vocabulário muito próprio e refinado, com um singular repertório de imagens, narrativas e temas”, como descreve Pedrosa. O título da exposição “Truth, Fiction” [verdade e ficção, palavras escritas no desenho “Favorite game”, de 1990] propõe investigar as maneiras pelas quais a obra do artista se constitui, tanto da apropriação ou de referências do real como dos exercícios de fabulação. Por exemplo: Leonilson justapõe conteúdos autobiográficos e ficcionais e mistura a agenda pública dos noticiários com episódios da vida privada.
O curador Adriano Pedrosa dividiu a mostra em seis núcleos que consideram aspectos formais, temáticos, técnicos ou temporais, ao invés de escolher a linha cronológica de montagem: “Diário”, “As geografias”, “As geometrias e As Matemáticas”, “Os brancos”, “1991” e “As ilustrações”, dedicado às ilustrações que Leonilson publicou no jornal Folha de São Paulo, entre 1991 e 1993.
Apesar da divisão em módulos, Pedrosa afirma: “os temas se contaminam, se conectam e se sobrepõem: há diários cartografados, mapas geométricos (ou mapas que são retratos), geometrias brancas, brancos que são páginas de diário ou autorretratos. Afinal, levar em conta o jogo favorito de Leonilson, entre verdade e ficção, implica ser permeável a diferentes leituras, interpretações, cruzamentos, correspondências e organizações da obra”.
Atividades de formação
Na montagem da exposição, entre 16 e 21 de julho, será realizada uma ação formativa com estudantes de artes de Belo Horizonte. A produção convidará seis alunos por turma, em dois turnos por dia, para acompanhar a montagem junto ao curador, Adriano Pedrosa. Os estudantes acompanharão desde a retirada das obras das caixas, a passagem pelo laudo técnico e a fixação nas paredes, tendo contato pela primeira vez com a obra do artista.
Sobre Leonilson
José Leonilson Bezerra Dias nasceu em Fortaleza, Ceará, em 1957. Com quatro anos, mudou-se com a família para São Paulo. Estudou Artes Plásticas na Faap, sem concluir o curso. Passou a fazer acompanhamento de trabalho na Aster, escola de Julio Plaza, em 1980, um ano depois de começar a desenvolver uma produção plástica. Tornou-se um dos grandes destaques do grupo “Geração 80”, que revolucionou o meio artístico brasileiro. Mas foi nos seus últimos cinco anos de trabalho que se firmou como expoente da história da arte contemporânea. Leonilson participou das Bienais de São Paulo e de Paris de 1985 e de feiras internacionais de arte. Seu currículo soma dezenas de exposições no Brasil e no exterior.
Pela instalação na Capela do Morumbi e por outra individual no mesmo ano [1993] recebeu homenagem póstuma e prêmio da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), em 1994. Cinco anos após seu falecimento, o artista foi homenageado com uma sala especial na Bienal de São Paulo de 1998. Sua obra é tema de diversos trabalhos acadêmicos, entre eles, “Leonilson: a natureza do sentir”, de Carlos Eduardo Bitu Cassundé, para o programa de pós-graduação em Artes 2010, pela UFMG | Escola de Belas Artes.
No ano de sua morte, familiares e amigos fundaram o Projeto Leonilson [projetoleonilson.com.br], com o objetivo de organizar os arquivos do artista e de pesquisar, catalogar e divulgar seu trabalho.
Leonilson tem obras nas seguintes acervos institucionais brasileiros e estrangeiros:
Museu de Arte de Brasília, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Museu de Arte Contemporânea de Niterói | Coleção João Sattamini, Los Angeles County Museum, Museu Nacional de Belas Artes, Museum of Modern Art New York, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Moderna da São Paulo, Museu da Gravura da Cidade de Curitiba, Städtische Galerie [Munique], Centre National d’Art et de Culture Georges Pompidou [Paris], Tate Modern Gallery [Londres], Coleção Deustsche Bank, Instituto Itaú Cultural, Instituto Moreira Salles, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu Nacional de Belas Artes de Buenos Aires, Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y Léon [León, Espanha], Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, Fundação Caixa Geral de Depósitos [Lisboa], Instituto Inhotim, Fundação Cisneros, Museu Serralves | Coleção de desenhos da Madeira Corporate Services [Porto, Portugal] e Museu Victor Meirelles [Florianópolis].
SERVIÇO:
Exposição “Leonilson: Truth, Fiction”
Abertura para convidados: 22 de julho, 19h30
De 23 de julho a 28 de setembro de 2015
Quarta à segunda, de 9h às 21h
Local: Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450 – Funcionários)
A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, a Secretaria de Estado de Cultura e a Fundação Clóvis Salgado conseguiram reverter a delicada situação do Prêmio Fundação Clóvis Salgado de Estímulo às Artes Cênicas. Sensibilizado com o problema, o Governo priorizou o compromisso com o aporte financeiro e autorizou a Câmara de Orçamento e Finanças da Seplag a liberar o valor total de R$ 350 mil para cobrir as despesas do Prêmio. O Secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, disse que esses recursos, que deveriam ter sido pagos ou liberados no ano passado, traduzem o esforço do Governo Fernando Pimentel no sentido de reconhecer e enfatizar a importância da produção cultural na vida de Minas Gerais.
Para o presidente da FCS, Augusto Nunes-Filho, a notícia foi recebida com entusiasmo pela instituição. “Em breve, entraremos em contato com os vencedores para os devidos encaminhamentos e a definição da solenidade de entrega da premiação”. Com prêmios que variam entre R$ 120 mil, R$ 75 mil e R$ 40 mil o edital contemplou três projetos de Belo Horizonte e dois do interior do estado, sendo um de Ouro Preto e outro de Viçosa.
Na categoria Prêmio Marcello Castilho Avellar, o vencedor foi CANGARAL PRODUÇÕES ARTÍSTICAS, com o espetáculo LA NONNA. Pela primeira vez, um dos vencedores do Prêmio Estímulo terá como palco para suas apresentações o Grande Teatro do Palácio das Artes.
Na categoria Montagem – Teatro e Dança, venceram: ASSOCIAÇÃO CULTURAL PIGMALIÃO ESCULTURA QUE MEXE, com o espetáculo ALGUÉM, e COMPANHIA SUSPENSA, com o espetáculo CONTAMINAÇÃO.
Na categoria Circulação do Interior – Teatro e Dança, venceram TEATRO DIADOKAI (Ouro Preto), com o espetáculo FIM DE PARTIDA, e GRUPO IMPACTO (Viçosa), com o espetáculo de dança urbana IN SANIDADE. Os vencedores dessas duas categorias cumprirão temporadas no Teatro João Ceschiatti do Palácio das Artes.
O Prêmio Fundação Clóvis Salgado de Estímulo às Artes Cênicas integra a política de estado de fomento ao teatro e à dança. Entre seus objetivos está incentivar a criação, a montagem e a circulação de espetáculos. Importantes textos premiados obtiveram sucesso de público e crítica como Bolsa Amarela, da Zero Cia de Bonecos; Todas as belezas do mundo, da Companhia Clara; Amores surdos, do grupo Espanca! e Isso é Para Dor, da Primeira Campainha, entre outros.
Apoio estrutural – A premiação contempla valores em dinheiro, além do direito a utilizar os acervos de figurinos, adereços e serviços da Fundação Clóvis Salgado, disponibilizados em seu Centro Técnico de Produção, bem como apoio em Assessoria de Imprensa, mídias digitais, impressão de programas, cartazes e placa externa a ser afixada na Avenida Afonso Pena. Os projetos inscritos foram avaliados por uma comissão composta por profissionais das artes cênicas da Fundação Clóvis Salgado e da sociedade civil.
Confira abaixo os vencedores e os respectivos espetáculos:
PRÊMIO MARCELO CASTILHO AVELLAR
LA NONNA
Proponente: Cangaral Produções Artísticas
Gênero: Fantástico
Sinopse: A peça, do dramaturgo argentino Roberto Cossa, inspira-se no realismo fantástico da literatura hispano-americana. Nonna, a avó com 100 anos, tem um apetite insaciável, o que faz com que a família passe o tempo inteiro dando-lhe comida. A fome da mulher cresce cada vez mais até que começa a desequilibrar o orçamento da casa. Enquanto isso, a crise aumenta e as medidas tomadas vão sendo cada vez mais drásticas. O espetáculo possui linguagem direta e popular, baseada no humor negro, fazendo o público rir de nossas próprias dores e mazelas. A proposta é colocar em evidência a face engraçada do grotesco para contar a história dessa família.
Concepção: A Cangaral Produções Artísticas tornou-se uma das produtoras mais atuantes no mercado mineiro. Além de produzir espetáculos teatrais de qualidade, seus trabalhos possuem grande sucesso de público e crítica. É o caso de Acredite, um espírito baixou em mim, que tornou-se a peça teatral com maior número de espectadores em Minas Gerais.
Participantes: Ílvio Amaral (ator), Maurício Canguçu (ator), Jefferson da Fonseca (ator), José Machado Bueno (ator), Nestor Monastério (diretor), Ana Cândida Aguiar Cardoso (atriz), Paula de Oliveira Sá (assistente); Alexandre Dário dos Santos (figurinos), Marcos Flaksman (cenografia).
Prêmio: R$ 120 Mil
PRÊMIO MONTAGEM DE TEATRO
ALGUÉM
Proponente: Grupo Pigmalião Escultura que Mexe
Gênero: Teatro de Formas Animadas
Sinopse: Um trabalhador comum, obcecado pela ordem e a obediência, cumpridor de todos os seus deveres. A montagem mostra a relação deste homem com uma série de situações no mundo de mentiras em que vivemos. Ao final, corrompido pelo sistema, ele se transforma em uma pessoa que se esconde atrás de máscaras e comportamentos socialmente aceitos, merecendo até uma promoção no trabalho e perdendo sua identidade.
Concepção: O Grupo Pigmalião Escultura que Mexe realiza pesquisa contínua no campo do teatro de formas animadas, destinada ao público adulto, com abordagens de temas filosóficos e polêmicos. Sabendo disso, a pesquisadora e bonequeira Conceição Rosière apresenta ao Grupo um texto político e surrealista, que oferece uma infinidade de imagens que possibilitam uma encenação potente e questionadora.
Participantes: Conceição Rosière (dramaturga), Eduardo Félix (diretor), Igor Godinho (diretor e ator manipulador), Mariliz Schrickte (atriz manipuladora), Aurora Majnoni (atriz manipuladora), Mauro Carvalho (ator manipulador), Felipe Cosse (iluminação)
Prêmio: R$ 75 mil
PRÊMIO MONTAGEM DANÇA
CONTAMINAÇÃO
Proponente: Companhia Suspensa
Gênero: Investigação do espaço aéreo
Sinopse: Contaminação é um espetáculo de dança que trabalha a partir da ideia de deriva, confinamento, mimetismo e desaparecimento para desenvolver a movimentação e nortear as relações entre luz, som e espaço cênico. O espetáculo será construído por meio de estrutura transdisciplinar, com artistas de diferentes áreas que trabalharão coletivamente realizando as funções de direção, sonorização e iluminação. Pretende-se criar um espetáculo a partir das percepções dos criadores envolvidos e da contaminação e atravessamento dos olhares e dos trabalhos de cada um, incluindo os bailarinos da Cia Suspensa.
Concepção: A Companhia Suspensa iniciou suas ações em 1999, investigando as relações entre circo e dança. Hoje, com 16 anos de existência e uma linguagem artística reconhecida dentro e fora do país, vem desenvolvendo seu trabalho de investigação do espaço aéreo, criando uma tensão entre o entendimento do corpo e suas possibilidades no chão, e o que acontece quando esse corpo é deslocado para esse espaço, a partir do seu acoplamento a cordas e objetos suspenso.
Participantes: Patrícia Manata (bailarina e pesquisadora), Pablo Lobato (direção colaborativa e desenho de luz), Roberta Manata (bailarina e pesquisadora), Lourenço Martins Marques (bailarino e pesquisador), Gabriela Christófaro (direção colaborativa), Pedro Aspahan (direção colaborativa e desenho de som)
Prêmio: R$ 75 mil
PRÊMIO CIRCULAÇÃO DO INTERIOR – TEATRO
FIM DE PARTIDA
Proponente: Thiago Carvalho Meira –Teatro Diadokai (Ouro Preto)
Gênero: Drama
Sinopse: No espaço cênico, que as personagens chamam de ‘abrigo’, o ambiente é de confinamento e deterioração. Os quatro personagens vivem como se fossem os últimos sobreviventes da humanidade e como se a natureza mesma estivesse prestes a se extinguir. Elas apegam-se a uma rotina vazia, em que a tônica é a crueldade e a dependência recíproca: tentativas, inúteis, de conferir sentido a um mundo desprovido de significado. Diante dessa situação de desolação, o público ri, pois como afirma Nell, uma das personagens, “nada é mais engraçado que a infelicidade”. Esse riso, porém, deixa um gosto amargo, quando percebemos que risível é a própria condição humana.
Concepção: O Teatro Diadokai é um grupo cujo principal interesse é a pesquisa sobre o trabalho do ator. Desde 1996 cria e produz espetáculos, projetos culturais e sociais para festivais nacionais e internacionais, mas também atua em comunidades de periferia. Na fase atual do trabalho, os jovens artistas que compõem o elenco de Fim de Partida passam a integrar o grupo, após concluírem o curso de graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal de Ouro Preto, onde desenvolveram, durante três anos, com Ricardo Gomes e Priscilla Duarte – professores da UFOP e diretores artísticos do Teatro Diadokai, um intenso trabalho no Núcleo de Pesquisa sobre A Arte do Ator entre Oriente e Ocidente.
Participantes: Thiago Meira (ator e produtor), Ricardo Gomes (diretor e iluminador), Priscilla Duarte (atriz, preparadora corporal e figurinista), Rufo Herrera (compositor trilha original), Daniel Ducato (cenógrafo e visagista), Adriana Maciel (atriz), Ana Lídia Miranda (atriz),
Prêmio: 40 mil
PRÊMIO CIRCULAÇÃO DO INTERIOR – DANÇA
IN SANIDADE
Proponente: Instituto Asas – Grupo Impacto (Viçosa)
Gênero: Dança urbana
Sinopse: De perto, ninguém é normal, e o espetáculo In Sanidade, do Grupo Impacto, também não é. Com a proposta de refletir sobre o conceito de loucura na vida e nas relações humanas, o espetáculo é irreverente, com surpresas para o público. Após inúmeras pesquisas, Grupo e coreógrafo decidiram falar, por meio da dança, sobre o comportamento humano na atualidade e o universo das relações na contemporaneidade. O espetáculo tem como base histórias de vida de personagens da história mundial, filmes, livros e matérias jornalísticas que abordam questões relacionadas à loucura.
Concepção: O Grupo Impacto de Dança nasceu há 20 anos, composto por bailarinos formados no Núcleo de Arte e Dança, onde iniciaram seus estudos como bolsistas do Centro Experimental de Artes, ligado à Prefeitura de Viçosa e destinado a jovens das periferias e sem acesso a bens culturais e em vulnerabilidade social. Durante todos esses anos, movidos pela paixão pelo hip-hop, se mantiveram unidos com o objetivo de pesquisar, desenvolver e aperfeiçoar a arte vinda das ruas.
Participantes: Patrícia Machado Coelho Lima (direção geral e artística – bailarina e coreógrafa), Lidiane da Silva Jacinto (assistente de direção e ensaiadora), Wellington Julio Ferreira (bailarino), Rodrigo Abranches Faria (bailarino), Alex Luis Ramos (bailarino), Adriano Luiz de Ramos (bailarino), Luis Felipe Claudino Gomes (bailarino, Rafael Gregório de Ramos (bailarino), Rafael Escolástico da Silva (bailarino), Rariel Escolástico da Silva (bailarino), Jean Carlo Nascimento (bailarino), Cleison Lana (bailarino).
Depois de passar por três praças do traçado original de Belo Horizonte e registrar a história de aproximadamente 500 moradores, entre eles o Secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, o projeto “Moradores –A Humanidade do Patrimônio Histórico”, abre a sua exposição na Praça da Liberdade, nesta terça-feira (21), às 19 horas. A mostra gratuita ocupará a alameda central da praça e a fachada do prédio do Espaço do Conhecimento UFMG até o dia 29 das 9h às 22h.
Serão quatorze painéis de grande formato (4m x 2m) com retratos de moradores em P&B; uma instalação multimídia com cerca de 80 depoimentos e um filme com os bastidores da produção do projeto.
“Buscamos mesclar pessoas que representassem diversos trechos da história e regiões da Belo Horizonte de hoje e do passado. Foi um trabalho incrível, pois os depoimentos são riquíssimos e muitas das histórias contadas são joias raras. Se lutávamos para que as pessoas enxergassem suas próprias histórias como patimônio da cidade, chagamos à exposição com a certeza de que nossa bandeira é real”, explica o Gustavo Nolasco, um dos criadores do projeto, ao lado dos fotógrafos Marcus Desimoni e Bruno Magalhães e o diretor de audiovisual Alexandre Baxter.
Entre os moradores escolhidos para estampar os retratos e depoimentos da exposição estão “anônimos” e populares, como o escritor de HQs Celton e a ex-jogadora de vôlei Marta Miraglia. Outras figuras importantes na cidade também terão suas histórias projetadas em vídeo, como Rodrigo Pederneiras, um dos criadores do Grupo Corpo, o contador de histórias Roberto Carlos, o sambista Mestre Conga, o rapper Ice Band e o locutor esportivo Alberto Rodrigues.
“Éimportante termos os anônimos ao lado de figuras mais conhecidas como o escritor de quadrinhos Celton, músicos de renome, artistas e atémesmo os jardineiros que cuidam háanos das mesmas praças”, destaca Desimoni.
Cartão postal modificado - Assim como feito em outras dez cidades de MG, SP, RJ, BA e PE, por onde o projeto Moradores já passou, a exposição ocuparáum cartão postal de Belo Horizonte, fazendo com que a história e a memória dos moradores tenha lugar de destaque.
“Vamos ocupar o mais nobre cartão postal da cidade com o seu maior patrimônio: seus moradores. Literalmente, transformaremos a Praça da Liberdade num memorial do orgulho de pertencer a BH”, explica Magalhães.
Durante a noite, no conjunto da exposição, uma projeção traráa emoção das histórias daqueles moradores contadas por eles mesmos. Já durante o dia, uma tenda ficarálivre para que outras pessoas possam gravar seus próprios depoimentos e enviar para as redes sociais do projeto (www.facebook.com/projetomoradores).
No dia 26, de 9h às 17h, será montado um varal fotográfico na Praça da Liberdade. Nele, todas as cerca de 500 pessoas fotografas poderão retirar gratuitamente uma cópia da fotografia feita nas tendas do projeto.
Debate e catálogo –Para ampliar a discussão sobre a questão da memória pessoal como patrimônio, o projeto promoverá uma Roda de Conversas no sábado (25), no Memorial Minas Gerais Vale, com a participação da presidente do Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA/MG), Michele Arroyo e do historiador e um dos maiores estudiosos do patrimônio imaterial, do folclore e da cultura popular de Belo Horizonte, Carlos Felipe Horta.
No mesmo evento, será lançado o catálogo da exposição com a história de 18 moradores. “O objetivo é deixar um belo documento que simbolize todo este nosso trabalho em Belo Horizonte, que já se mostrou grandioso, emocionante e necessário”, explica Nolasco.
Esta etapa do Projeto Moradores foirealizada com recursos da Lei Municipal de Incentivo àCultura da Prefeitura de Belo Horizonte. Teve o patrocínio da Casa UNA e a parceria do Governo de Minas, do IEPHA/MG, do Circuito Cultural da Praça da Liberdade, do Memorial Minas Gerais Vale, do Espaço do Conhecimento UFMG e do Centro Fotográfico. Contou com o apoio do restaurante Bem Natural.
O Projeto Moradores éuma criação do coletivo NITRO + Alicate e jápassou por dez cidades de cinco estados brasileiros. Trata-se de uma ação de Educação Patrimonial e manifesto de ocupação urbana pela valorização das identidades culturais e da memória das pessoas como patrimônio imaterial singular de cada uma das cidades brasileiras.
SERVIÇO:
Abertura da exposição
Local: Alameda central da Praça da Liberdade
Data: 21/07, terça-feira Horário: 19h
Roda de Conversas e lançamento do catálogo da exposição
Local: Memorial Minas Gerais Vale –Circuito Cultural Praça da Liberdade
Durante o evento foram apresentadas as principais metodologias de pesquisa realizadas pelo MTUR e indicadas possibilidades de adequações por parte dos estados e municípios. Dentre os temas abordados, destacaram-se a implementação do Sistema Nacional de informações Turísticas, Conta Satélite Nacional, Pesquisa de Turismo internacional e Doméstico, além da construção do diretório de Meios de hospedagem e ocupação Hoteleira.
O próximo encontro será nos dias 02 e 03 de setembro.
A Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais e o Ministério da Cultura realizam dia 30 de julho, no Teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, em Itabira, o Encontro de Sistemas Municipais de Cultura das Cidades Históricas de Minas.
O evento pretender mobilizar os gestores sobre política e gestão cultural. Representantes de Pontos de Cultura, conselheiros de Políticas Culturais, artistas, produtores, parlamentares e sociedade em geral também podem se inscrever gratuitamente para o encontro pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Com ênfase no fortalecimento do Sistema Municipal de Cultura, a programação conta com uma roda de conversa com a participação dos gestores e uma oficina para elaboração de Planos Municipais de Cultura, que será ministrada pelo Coordenador Geral de Institucionalização e Monitoramento do Sistema Nacional de Cultura, Pedro Sérgio Lima Ortale.
Serviço
Encontro de Sistemas Municipais de Cultura das Cidades Históricas de Minas
Local: Avenida Carlos Drummond de Andrade, 666, Centro, Itabira - MG
Nesta sexta-feira (26/06), o Arquivo Público Mineiro (APM) incorpora ao seu rico patrimônio documental dois robustos acervos privados: de José Bento Teixeira de Salles e de Francisco de Assis Gonçalves, Sô Cotta. Na ocasião, as donatárias Maria Amélia Amaral Teixeira de Salles e Joana d’Arc Torres de Assis, respectivamente, cederam o conjunto material ao secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, em cerimônia na sede do APM.
No acervo de Teixeira Salles contém documentos textuais – correspondências, discursos, documentos pessoais, recortes de jornais, além de registros fotográficos e livros de autoria de José Bento Teixeira de Salles. Já no material de Sô Cotta, há documentos textuais escritos, impressos e fotografias, recortes de jornais. Tendo por datas-limite 1822/1933, perfaz 19 caixas com 12.460 documentos correspondentes a 2,98 metros lineares e fotografias com registros da economia, cultura e costumes mineiros.
O secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, sublinha a importância das doações. “São dois belos acervos que revelam o carinho destes intelectuais por Santa Luzia, no caso de José Bento, e por Itabira, cidade natal de Sô Cotta. Esperamos vê-los disponibilizados aos pesquisadores o mais breve possível”, afirma o secretário.
José Bento Teixeira de Salles
Jornalista e escritor, integrante da Academia Mineira de Letras, foi oficial de gabinete do governador Milton Campos, atuou na Imprensa Oficial de Minas Gerais e nos jornais Estado de Minas, O Globo, Diário do Comércio e Correio do Dia. Publicou livros: Milton Campos – Uma vocação liberal, Velho mundo novo, Rua da Bahia e A estrela verde.
Francisco de Assis Gonçalves, Sô Cotta
Fazendeiro, comerciante, político e rábula - advogado sem diploma -, de muita serventia aos conterrâneos de Santa Maria de Itabira. Colecionador e arquivista de documentos pessoais e não pessoais que percorrem a história dos séculos 19 e 20 de Minas Gerais.
Morreu nesta sexta-feira (17/07), aos 74 anos, Dirceu Pereira. Prefeito de Ribeirão das Neves entre 2001 e 2004 e deputado estadual entre 1989 e 1991, o comunicador alcançou grande visibilidade em Minas, comandando o programa "Dirceu Pereira 20 horas" da Itatiaia. Na década de 80, o belorinzontino foi ainda apresentador do programa "O Povo na TV", na TV Alterosa.
Dirceu deixa como legado a sua contribuição para o esporte mineiro, sendo presidente da Associação Mineira dos Cronistas Esportivos (AMCE) por três mandatos, além de ter dirigido a Administração de Estádios do Estado de Minas Gerais (Ademg).
O Salão Nobre da Assembleia Legislativa de Minas Gerais receberá o velório das 16 às 21 horas. O enterro será sábado (18/07), às 10 horas, no Cemitério da Saudade, em Belo Horizonte.
O alunos do programa ARO | Programa de Formação em Arte, Restauro e Ofícios apresentam no dia 30 de junho, no Centro de Artes e Convenções da UFOP, o espetáculo ARO em Lendas | Uma Viagem em Nossa História, que narra as particularidades da história de Ouro Preto.
O espetáculo é uma mostra das atividades vivenciadas pelos alunos durante o 1º semestre de 2015. Em uma viagem no tempo, por meio de lendas contadas por moradores da cidade, a mostra explora as riquezas culturais da cidade de Ouro Preto apresentando a dança, a arte circense, as manifestações do congado e reisado e a capoeira com seus gingados, tendo como cenário as artes plásticas desenvolvidas pelos alunos e professores durante o ciclo.
Despertando seu lado sensível e ampliando o entendimento da preservação do patrimônio cultural, o ARO fortalece o exercício da cidadania usando como suporte a arte, a cultura e o patrimônio. O programa, que teve início no ano de 2007, trabalha com jovens de 13 a 18 anos numa proposta de desenvolvimento humano com foco no potencial do educando
ARO em Lendas | Uma Viagem em Nossa História acontece no dia 30 de junho, às 19h, no Centro de Artes e Convenções da UFOP, localizado na Rua Diogo Vasconcelos, 328, Pilar. O espetáculo conta com o apoio do Parque Metalúrgico Augusto Barbosa | Centro de Artes e Convenções da UFOP. O programa é patrocinado pelo Ministério da Justiça, Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos.
Não poderia ter sido mais feliz a escolha de um quadro da série “Noturnos”, do pintor Gilberto de Abreu, para ilustrar o material de divulgação da terceira edição do evento que acontece nesta sexta-feira (17/07) e leva exatamente o mesmo nome: “Noturno”, mas desta vez, nos Museus.
A felicidade não vem apenas da similaridade dos nomes, mas do encontro de uma obra democratizante como o trabalho de Gilberto de Abreu e um evento que busca justamente a inclusão de todos, como se pudéssemos reunir a população embaixo do grande toldo cultural que cobre a cidade de Belo Horizonte.
Para seguir esse caminho, espaços independentes, centros de cultura municipais e equipamentos do Circuito Cultural Praça da Liberdade deram as mãos para construir uma maratona de eventos que tomará conta de 34 instituições públicas e privadas em um único dia.
Apesar do nome, o “Noturno” começa cedo. No Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), por exemplo, “João, o Indeciso”, a saborosa estória contada pelo Teatro de Marionetes Lokvar de Praga já sobe ao palco às 10h da manhã. Mas não é nada que desestimule os notívagos, já que diversos espaços devem atravessar a meia-noite, especialmente os que possuem cinemas como o Sesc Palladium e o Espaço Cultural Cento e Quatro.
De acordo com a Fundação Municipal de Cultura, promotora do evento, o horário de visitação ampliado, que possibilita usufruir desses espaços em horário alternativo, e muitas vezes, de forma inusitada, é o que faz com que o “Noturno” ganhe cada vez mais adeptos. A primeira edição registrou a presença de aproximadamente sete mil pessoas. A última passou de vinte mil visitantes.
“Eu acho que esta oferta de atividades culturais e artísticas acaba despertando as pessoas para esses espaços tão especiais do conhecimento e do lazer. O que queremos é mostrar que os museus e centros de cultura só fazem sentido quando utilizados por todos”, diz Luciana Féres, diretora de museus e centros de referência da Fundação Municipal de Cultura e coordenadora do evento.
Valorizar os museus e espaços culturais como lugares democráticos. Espalhar as luzes da arte por toda a cidade. Como disse Mário de Andrade, em seu “Noturno de Belo Horizonte”: “Maravilhas de milhares de brilhos e vidrilhos”. Ou, como diz agora, Gilberto de Abreu e suas pinceladas de lâmpadas.
Confira a programação do Circuito Cultural Praça da Liberdade no "Noturno nos Museus":
Centro de Arte Popular Cemig
19h: Minicurso
Os instrumentos percussivos do folclore brasileiro – Patrezi Silva
21h15: Performance
TransBordas – Laia Cia de Danças Urbanas
Espaço do Conhecimento UFMG
19h30 às 20h30: Performance
Som dos sinos
Centro Cultural Banco do Brasil BH
10h: Apresentação teatral
João, o indeciso – Teatro de Marionetes Lokvar de Praga
10h às 11h: Visitas mediadas de Patrimônio
13h às 19h: Laboratório aberto de Patrimônio
13h às 19h: Visitas mediadas de Patrimônio
15h: Apresentação teatral
João, o indeciso – Teatro de Marionetes Lokvar de Praga
17h: Sarau literário
Elixir – Grupo Ora-Pro-Nóbis
18h: Estação Bohemia
19h: Apresentação teatral
A pequena sereia– Teatro de Marionetes Lokvar de Praga
20h: Visita teatralizada
Memorial Minas Gerais Vale
18h às 22h: Filmes no Memorial
Moradores – a humanidade do Patrimônio Histórico
Realização: Nitro Histórias Visuais
19h: Site-Specific
Ave Sinfonia (ao vivo) – Igor Amin
18h às 22h: Experiências no Memorial
Intervenções educativas
19h às 21h30: Site-Specific
Sombras transitórias
Luísa Ganzarolli e Patrícia Cioffi
Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa
Exposição em cartaz – Xilócopa #2 – Lívia Limp
20h30: Contação de História
Contos de lá nos cantos de cá – Abrapalavra
Casa Fiat de Cultura
Exposição em cartaz
Uma certa Itália – 15 artistas do Piemonte
19h30: Palestra
Arte, tecnologia e sociedade: a experiência do Ars Center – Áustria
Tadeus Mucelli
Arquivo Público Mineiro e Museu Mineiro
9h30 às 17h: Minicurso
Publicações independentes – Revistas e feiras em vídeo
27 Frames/A Zica
17h às 21h45: Feira de Publicações no gramado entre o Museu Mineiro e o Arquivo Público Mineiro
Editores/escritores/poetas/artistas gráficos de BH
20h às 21h45: Exibição de curtas
Publicações independentes – Revistas e feiras em vídeo
Após dar início às novas Séries Sinfônica em Concerto, Sinfônica ao Meio Dia, Lírico em Concerto, Lírico ao Meio Dia, e ao projeto Bravo, Professor!, a Fundação Clóvis Salgado lança mais um programa que veio para ficar. Trata-se do Inverno das Artes, evento que combina shows, debates, oficinas de artes visuais e mostras especiais de cinema. A proposta é fomentar a cultura no mês de julho, em Belo Horizonte, e transformar o Inverno das Artes em uma referência para a cidade garantindo, anualmente, programação variada para o público.
Os artistas que irão participar dessa primeira temporada foram escolhidos pelo seu trabalho autoral e independente. Cida Moreira, Felipe Catto,Jards Macalé, Jorge Mautner e Paulinho da Viola, comemorando seus 50 anos de carreira, compõem a primeira seleção que inicia este projeto.
Para o presidente da Fundação Clóvis Salgado Augusto Nunes-Filho, a realização de mais este programa reafirma a vocação da Instituição. “O Inverno das Artes propõe uma outra relação entre tempo e espaço na Fundação Clóvis Salgado. A temperatura do inverno, a diferença da faixa etária do público, o horário das atividades aliados à potencialização do uso do cinema, do teatro, das galerias e da área verde do Palácio das Artes disponibilizarão uma variada gama de atrações para um público de todas as idades”.
A Diretora de Programação Artística da Fundação Clóvis Salgado, Ray Ribeiro, destaca que Minas Gerais é reconhecida pelos grandes Festivais de Inverno, realizados principalmente nas cidades históricas, que já estão consolidados no calendário cultural. “Com o Inverno das Artes, a Fundação Clóvis Salgado pretende somar a esses festivais, oferecendo uma programação diferenciada, além de ser um ponto de partida para os demais eventos, pois começará sempre no início do mês, potencializando cultural e turisticamente a capital mineira”.
Além de música, serão oferecidas atividades para todas as idades. Nas Artes Visuais, por exemplo, serão oferecidas oficinas para crianças e adolescentes e um sarau para toda a família. Também haverá uma maratona de cinema e exibição de filmes no Parque Municipal. O evento vai acontecer no Cine Humberto Mauro, na Sala Juvenal Dias, nos Jardins Internos e no Grande Teatro do Palácio das Artes.
A Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa preparou atrações gratuitas e muito especiais para as férias de julho. Nesta sexta-feira (17/7), a programação do Noturno nos Museus traz o espetáculo Contos de lá nos cantos de cá, com o grupo Abrapalavra. No sábado (18/7), é a vez da Trupe Arte com Alegria comandar a já tradicional Hora do Conto e da Leitura, que terá o tema Ciranda de histórias, brincadeiras e canções. No dia 29/7, quarta-feira, o grupo Aldeia apresenta o espetáculo Bonecas, no teatro de arena da Biblioteca.
Fãs de quadrinhos terão diversão garantida: a quadrinista Rebeca Prado estará na Biblioteca no sábado (18/7) para abrir exposição com as aquarelas originais, sketchbooks, esboços e processo criativo de Navio Dragão, livro que reúne tiras do mesmo nome e que a autora lança no próximo mês. Para encerrar as férias com gostinho de ‘quero-mais’, Rebeca ministra no dia 1º de agosto uma oficina de quadrinhos, onde crianças e jovens vão desenvolver a um só tempo sua expressão artística, habilidades narrativas e de desenho. Confira a programação:
17 JUL | SEXTA | 20h30
Contos de lá nos cantos de cá, com o grupo Abrapalavra, no Noturno nos Museus.
18 JUL | SÁBADO | 10h
Ciranda de histórias, brincadeiras e canções, com a Trupe Arte com Alegria
Abertura da exposição Navio Dragão, com a presença da autora Rebeca Prado.
(Em cartaz até 15 de agosto. Segunda a sexta, de 8h a 18h. Sábado, de 8h a 12h.)
29 JUL | QUARTA | 14h
Bonecas, com o grupo Aldeia
1º AGO | SÁBADO | 10h
Oficina de quadrinhos, com Rebeca Prado.
(Para leitores a partir dos 7 anos. Inscrições prévias no (31) 3269 -1223)
A Filarmônica de Minas Gerais, orquestra vinculada à Secretaria de Estado de Cultura, realiza Turnê Estadual em Mariana no dia 12 de julho, na Praça Minas Gerais. O concerto acontece na mesma semana em que o município histórico comemora aniversário de 319 anos, em 16 de junho, data em que a capital de Minas Gerais é transferida para Mariana.
Sob a batuta do maestro Marcos Arakaki, serão interpretados Eugene Onegin, op. 24, Ato III: Polonaise e O Quebra-nozes, op. 71: Valsa das Flores, de Tchaikovsky; Dança Eslava, op. 72, n° 2, de Dvorák; Sinfonia nº 1 em Ré maior, op. 25, “Clássica”, de Prokofiev; Fantasia sobre Greensleeves, de Vaughan Williams; a Protofonia de O Guarani, de Carlos Gomes; e a Abertura de o Navio Fantasma, de Wagner. A apresentação é gratuita e às 20h.
Concertos em Belo Horizonte
A Filarmônica de Minas Gerais encomendou obras inéditas a quatro dos mais importantes compositores da atualidade. Nos dias 2 e 3 de julho, às 20h30, a Filamrônica apresenta, na Sala Minas Gerais, a primeira delas, escrita pelo carioca João Guilherme Ripper: Jogos Sinfônicos. Nesse mesmo concerto, a orquestra recebe o pianista Arnaldo Cohen, que executará o Concerto para piano nº 2 em dó menor, op. 18, de Rachmaninoff. Sob regência do maestro Fabio Mechetti, serão interpretados também Capricho Espanhol, op. 34, de Rimsky-Korsakov, e Sinfonia de Câmara nº 1, op. 9b, de Schoenberg.
Nos dias 9 e 10 de julho, às 20h30, na Sala Minas Gerais,Arnaldo Cohen volta a se apresentar com a Filarmônica e interpreta mais um concerto de Sergei Rachmaninoff, oConcerto para piano nº 3 em ré menor, op. 30. Sob batuta do maestro Fabio Mechetti, a Orquestra une a leveza de Scherzo Capriccioso, op. 66, deDvorák, à provocante Sinfonia nº 2, “Dupla”,deHenri Dutilleux.
Uma das celebrações mais importantes da música clássica em 2015éos 150 anos de nascimento do compositor Dukas. Nos dias 16 e 17 de julho, às 20h30, na Sala Minas Gerais, a Filarmônica apresenta a Sinfonia em Dó maiordo compositor. Sob regência do maestro Fabio Mechetti, o virtuoso violinista Sergej Krylov estreia em Belo Horizonte executando o Concerto nº 5 em lá menor de Paganini. O programa se completa com Pacífico 231, de Honegger.
Outra obra encomendada pela Filarmônica para celebrar a abertura da Sala Minas Gerais será apresentada nos dias 23 e 24 de julho, às 20h30, na Sala Minas Gerais. Trata-se de Grande Trio Concertante, op. 15, peça do mineiro Cláudio de Freitas. A grande dama lírica brasileira, Eliane Coelho, interpreta Sheherazade de Ravel e a visceral Cena Final da ópera Salomé de Richard Strauss. Ainda no repertório, As alegres travessuras de Till Eulenpiegel, op. 28, também de Strauss.
Entre os dias 27 e 30 de julho, a Filarmônica de Minas Gerais realiza a 7ª edição de seu Laboratório de Regência, ministrado pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti. A iniciativa, pioneira no cenário orquestral brasileiro, possibilita que jovens regentes tenham sob sua batuta uma orquestra profissional e aprendam, na prática, os desafios da regência. Dedicado exclusivamente a jovens regentes brasileiros, o Laboratório será encerrado com um concerto aberto ao público realizado na Sala Minas Gerais, no dia 30 de julho, às 20h30. No repertório, a Abertura do Navio Fantasma, de Wagner; e a Sinfonia nº 4 em Si bemol maior, op. 58, de Beethoven.
O Teatro José Aparecido de Oliveira da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa recebeu, na quarta-feira (15/07), o último encontro da 13ª Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Política Cultural (CONSEC). Em dois dias de intenso diálogo entre sociedade civil e poder público, os conselheiros discutiram novas propostas para o fomento público à cultura, resultando em deliberações sobre os projetos de lei do setor, em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
O Projeto de Lei nº 1.478/2015, que pretende instituir o Programa Estadual de Fomento à Dança para o Estado de Minas Gerais, recebeu parecer favorável do órgão, com a assessoria técnica da equipe da Secretaria de Estado de Cultura. Já em relação aos demais projetos em discussão, o grupo se posicionou como contrário por aclamação.
Na ocasião, foi discutido um novo formato para o CONSEC, que possibilite a ampliação de sua representatividade no cenário político cultural mineiro. “Nesta reunião, assistimos a uma ação inédita do Conselho, oferecendo pareceres junto à assessoria jurídica da SEC. Uma novidade para um colegiado, que baseado em exemplos como o do Conselho Nacional de Política Cultural, pode ampliar o número de representantes e desenvolver, assim, um trabalho ainda mais efetivo”, salientou o Secretário Adjunto de Estado de Cultura, Bernardo Mata Machado. A proposta de alteração na formação do CONSEC será formalmente apresentada na próxima reunião, a se realizar nos dias 14 e 15 setembro.
Os conselheiros tiveram ainda a oportunidade de conhecer os detalhes da metodologia de escuta e participação utilizada nos Fóruns Regionais, um novo modelo de gestão estadual desenvolvido pelo Governo Fernando Pimentel. O assessor da Secretaria de Estado de Governo, Tamás Gontijo Bodolay, esteve presente para esclarecer dúvidas sobre a organização e atribuições da iniciativa, que contempla os 17 territórios de desenvolvimento de Minas.
Metade dos adolescentes que experimentam álcool podem se tornar alcoólatras no futuro, na opinião do psiquiatra Sérgio de Paulo Ramos. Membro do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Estudos sobre o Álcool e Outras Drogas (Abead), Ramos é o expositor convidado da palestra de abertura do Ciclo de Debates sobre Drogas e Juventude: Prevenção o “X” da questão, que será realizado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quinta e sexta-feiras (25 e 26/6/15).
Para o médico, o Brasil tem cuidado mal de seus jovens, pois tem uma cultura permissiva em relação ao consumo de bebidas alcoólicas por menores de 21 anos – idade que marca o amadurecimento completo do cérebro humano. "O consumo de álcool é o principal problema relacionado às drogas na juventude. Esse uso prematuro causa alterações na química cerebral, tornando a pessoa mais propícia a experimentar outras substâncias", explica o médico. Segundo ele, todas as pessoas que consomem crack ou cocaína passaram pelo álcool em algum momento. "Cuidar bem dos adolescentes começa por não facultar o acesso a bebidas alcoólicas”, defende.
Por que a sociedade é tão liberal em relação ao consumo de bebidas alcoólicas? Para o psiquiatra, a resposta passa por interesses econômicos. “A indústria de bebidas pode fazer o que bem entende e está ganhando com isso. Quem sai perdendo é a população jovem. E essa visão mercadológica está se expandido para outras drogas, como a maconha. O negócio proveniente da liberação da maconha vai gerar 300 bilhões de dólares por ano. Grupos econômicos estão despejando dinheiro para fazer a cabeça da sociedade em prol da legalização”, denuncia.
O ciclo de debates contará ainda com exposições sobre políticas de tratamento de dependentes químicos e experiências de sucesso de prevenção do uso de drogas. Entre os expositores, está Guilherme Corrêa, autor do projeto Tô Ligado!, que trabalha com foco na autoestima do jovem, de modo a evitar o envolvimento com drogas.
Apesar de reconhecer o papel do álcool como principal porta de entrada para o uso de outras drogas, Corrêa também chama a atenção para outras substâncias que podem servir de chamariz, como o cigarro e o loló (entorpecente caseiro feito com clorofórmio e éter). “Muitas vezes, o adolescente experimenta cigarro e loló e já busca outras drogas. Mas o consumo de álcool ainda é maior que o que todas as outras drogas”, aponta.
De acordo com Corrêa, o quadro é crítico porque cada vez mais crianças estão se envolvendo com entorpecentes. “No início, trabalhávamos com adolescentes a partir dos 12 anos, mas percebemos que os meninos estão consumindo cada vez mais cedo. A droga já chegou até as crianças de nove anos”, afirma.
Família tem papel fundamental no diagnóstico e no tratamento
Apesar do papel fundamental de pais e mães no diagnóstico precoce e no tratamento de dependentes químicos, Ramos e Corrêa concordam que as famílias tendem a negar o problema. “A grande maioria dos pais não identifica se o filho está mais depressivo ou eufórico. Quando chega ao ponto de roubar em casa ou ser agressivo, já é um caso avançado de dependência”, lamenta Corrêa.
Já o psiquiatra destaca que os primeiros sinais de abuso de drogas por adolescentes são queda do rendimento escolar, troca de amigos e pouca atenção às tarefas escolares. "A partir daí, é preciso procurar um profissional que vai tratar, além do dependente químico, a própria família", diz.