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IMG 6851 leobicalhoIniciativa integra a cultura afro-mineira das Congadas à política de turismo da fé que já movimenta R$ 5,5 bilhões por ano no estado (Fotos Leo Bicalho)

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico, lançou nesta quarta-feira (19/6), no Palácio da Liberdade, o projeto Caminhos do Rosário, uma iniciativa pioneira que integra as Congadas e festas do Rosário à política pública de turismo da fé, que movimenta R$ 5,5 bilhões ao ano no estado.

O lançamento ocorre logo após o reconhecimento, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), dos Saberes e Práticas do Reinado e das Congadas em devoção a Nossa Senhora do Rosário como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

Minas Gerais agora apresenta ao mundo o maior trajeto festivo de Congadas do país: são 701 festas mapeadas em 332 municípios, com mais de 1.100 celebrações anuais realizadas por 1.170 grupos ativos, incluindo congadeiros, moçambiqueiros, catopês e tamborzeiros. A cultura afro-mineira, já reconhecida como patrimônio estadual, ganha nova projeção como expressão viva de identidade, fé e pertencimento.

“Minas oferece ao Brasil e ao mundo um patrimônio que é arte, fé, cultura e território. O Caminhos do Rosário reforça a transversalidade entre cultura e turismo, entre proteção do patrimônio e valorização das comunidades tradicionais”, reforça o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira,

O projeto faz parte do programa Afromineiridades e visa fortalecer as comunidades tradicionais, gerando visibilidade nacional e internacional, além de transformar Minas em referência no afroturismo de base comunitária.

Caminhos do Rosário oferecerá, assim, um calendário oficial das festas, roteiros integrados de turismo da fé, conteúdo educativo sobre história afrodescendente e ações de capacitação e promoção, com lançamento da plataforma digital no portal minasgerais.com.br

Os próprios grupos e também os municípios poderão realizar os cadastros nesse site, o que t contribuirá para o mapeamento das comunidades e dos territórios. Concomitantemente com essa possibilidade de criação de roteiros turísticos, as ações de capacitação e formação serão fundamentais para que a atividade turística nesses territórios seja realizada de forma respeitosa e consciente em relação a importância dessas tradições.

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Turismo da fé

Com um turismo em franca expansão, mais de 32 milhões de visitantes em 2024, Minas amplia a visibilidade aos roteiros que unem experiência e espiritualidade. O Caminhos do Rosário soma-se a eventos como a Semana Santa, o Jubileu de Congonhas, as Romarias da Piedade e de Bom Jesus da Lapa.

Exemplos de destaque incluem: as Congadas de Uberlândia (50 mil pessoas), de Poços de Caldas (20 mil), de São Sebastião do Paraíso (150 anos de história), além de Betim, Contagem, Itaúna, Divinópolis e festas nos Vales, Jequitinhonha, Norte, Mantiqueira e Centro-Oeste mineiro.

As comunidades tradicionais são protagonistas dessa política. São elas que mantêm a oralidade, os trajes, a música e a fé das festas do Rosário, agora reconhecidas, protegidas e promovidas como ativos culturais e turísticos de impacto regional.

Investimento histórico nas culturas populares

O lançamento dos Caminhos do Rosário ocorre também em meio a um marco histórico de investimentos na cultura popular. Entre 2024 e junho de 2025, o Governo de Minas pagou mais de R$ 49 milhões em editais via Fundo Estadual de Cultura (FEC) e Política Nacional Aldir Blanc (PNAB).

Em julho de 2025, novos editais voltados para as culturas populares serão lançados, reafirmando o compromisso de Minas Gerais com a cultura afro-mineira.

PHOTO2 Consuelo AbreuPNAB também já alcança 60% dos pagamentos e garante 100% da execução dos recursos em 2025  (Foto Consuelo Abreu)

Minas Gerais está vivendo uma revolução silenciosa e profunda: pela primeira vez, a cultura chegou com força total a todas as regiões do estado. Com o programa Descentra Cultura, aprovado em 2023, o Governo de Minas inverteu a lógica histórica de concentração de recursos na capital e promoveu a maior descentralização cultural já registrada em território mineiro.

O resultado é inédito: 100% dos recursos disponíveis da Lei Estadual de Incentivo à Cultura foram captados em 2025, um marco histórico que comprova a força e a eficácia do Descentra Cultura. Antes de sua criação, mais de R$ 100 milhões deixavam de ser utilizados todos os anos por falta de acesso e estrutura nos municípios do interior.

Em pouco mais de um ano de vigência, o Descentra Cultura já transformou a geografia do fomento cultural no estado: se antes 95% dos recursos estavam concentrados na capital, hoje 60% dos projetos incentivados estão no interior. A cultura, enfim, se tornou um direito acessível a todos os territórios, do Jequitinhonha à Zona da Mata, do Norte ao Sul de Minas.

“Minas está corrigindo uma injustiça histórica. Estamos democratizando o acesso aos recursos, valorizando a diversidade e reconhecendo que a cultura nasce e vive em todos os cantos deste estado”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira.

PNAB

Em paralelo, o estado comemora outro feito histórico: a Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) já atingiu 60% de execução financeira dos R$ 136 milhões repassados pelo Governo Federal, o que garante a plena utilização dos recursos até o fim de 2025. Com um ritmo acelerado e transparente, Minas já assegurou 100% da execução da PNAB, tornando-se referência nacional em gestão cultural eficiente e descentralizada.

“Com o Descentra Cultura e a execução exemplar da PNAB, Minas se consolida como o estado que mais investe, descentraliza e transforma a cultura em política pública real e estruturante”, afirma a subsecretária de Cultura, Maristela Rangel.

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais informa que nesta sexta-feira (16/5), a partir das 16h, será realizada uma live sobre a fase de habilitação dos editais da PNAB no canal da Diretoria de Capacitação e Qualificação Cultural da Secult (youtube.com/@DCQCSecult).

O objetivo é detalhar como funcionará o processo dentro da Plataforma Descentra, com orientações práticas para os agentes culturais classificados e também para os suplentes. A fase de habilitação dos editais terá início na próxima segunda-feira (19/5).

Minas Gerais se prepara para um momento histórico: a 109ª Reunião do Conselho Consultivo do Iphan poderá reconhecer oficialmente os Saberes do Rosário – Reinados, Congados e Congadas – como Patrimônio Cultural do Brasil. A reunião acontece na próxima terça-feira, dia 17 de junho, às 14h, na sede da Superintendência do Iphan em Minas Gerais, em Belo Horizonte, com transmissão pelo YouTube.
 
O reconhecimento é fruto de um extenso processo de pesquisa e instrução técnica conduzido ao longo de quase duas décadas, envolvendo as comunidades detentoras, pesquisadores, agentes públicos e instituições do patrimônio. Somente em Minas Gerais, os Saberes do Rosário estão presentes em mais de 330 municípios, com mais de 1.100 grupos ativos de congadeiros, moçambiqueiros, catopês, marujos, candombes e guardas diversas, compondo uma das expressões mais profundas da cultura afro-brasileira e da fé popular no Brasil.
 
Para o Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, trata-se de um reconhecimento histórico e reparador:
 
“O Rosário é onde a cultura, a fé e a arte do povo negro de Minas e do Brasil se unem em uma sabedoria ancestral. O reconhecimento nacional desses saberes como patrimônio do Brasil é o reconhecimento de uma história de resistência, beleza e humanidade. Minas é terra-mãe desse patrimônio vivo, e os Congados são sua alma.”
 
A Rainha Conga de Minas Gerais, Isabel Casimira das Dores Gasparino, que também participou da redação do dossiê do Iphan, destaca a importância do reconhecimento para as futuras gerações:
 
“Esse reconhecimento não é só para nós, é para os nossos antepassados e para os nossos filhos. A coroa que carregamos é de dignidade, e o Rosário é nosso modo de viver, de rezar, de ensinar. É hora de o Brasil enxergar que nós sempre estivemos aqui, com nossos tambores, nossas danças e nossa fé.”
 
O Presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), João Paulo Cunha, reforça que o reconhecimento pelo Iphan dialoga com a política de valorização da cultura afro-mineira promovida pelo estado:
 
“Minas tem liderado a valorização das culturas afromineiras com políticas públicas concretas. O reconhecimento nacional dos Saberes do Rosário se soma ao registro estadual realizado em 2024 e fortalece a identidade, o direito e a memória dos povos afrodescendentes. É um passo fundamental para recontar a história do Brasil com justiça e beleza.”
 
A reunião do Conselho Consultivo do Iphan será transmitida ao vivo no canal oficial do instituto: youtube.com/IphanGovBr.
 
SERVIÇO
📅 Data: 17 de junho de 2025 (terça-feira)
⏰ Horário: 14h
📺 Transmissão online: YouTube.com/IphanGovBr

Caio Ronin Divulgação 6Exposição “Das Margens à Fonte”, que acontece em diálogo com a 23ª Semana Nacional de Museus, é tributo visual ao bairro Nova Conquista e será aberta ao público nesta quinta-feira (15/5), às 19h, com entrada gratuita (Foto Caio Ronin/Divulgação)

O Centro de Arte Popular (CAP) recebe, a partir desta quinta-feira (15/5), a exposição “Das Margens à Fonte”, do artista Caio Ronin, em uma celebração do cotidiano transformado em arte. Com pinturas que equilibram delicadeza e potência, a mostra é um tributo visual ao bairro Nova Conquista, em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde o artista vive e se inspira.

A abertura marca a participação do Centro de Arte Popular na 23ª Semana Nacional de Museus, que em 2025 discute “O futuro dos museus em comunidades em rápida transformação”. A exposição, cuja curadoria é assinada por Marcos Esteves, integra o programa AMA – Ano Mineiro das Artes, promovido pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. “Das Margens à Fonte” dialoga diretamente com o tema da Semana de Museus ao revelar como a arte captura – e ressignifica – as mudanças de um território em movimento. Nas telas de Caio Ronin, cenas aparentemente simples – crianças em pontos de ônibus, o vaivém de moradores, o verde que insiste entre o concreto – ganham camadas de significado.

“Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia”, disse o escritor russo Leon Tolstói (1828-1910). É esse o caminho do artista, que traduz em traços e cores a vida do Nova Conquista, oferecendo ao público uma reflexão sobre identidade, memória e futuro. Para o CAP, acolher a mostra reforça seu papel como espaço que amplifica narrativas locais, conectando-as a debates globais sobre o poder transformador da cultura.

Caio Ronin

Do mural ao cavalete, Caio Ronin vem desenvolvendo suas habilidades de forma independente. Mesclando à sua sensibilidade o urbano e a tradição – grafite, breaking, rap, funk, congadas e benzimentos – o artista trabalha em torno de retratos, elementos populares, plantas e animais, dando-lhes novos significados. A arte é uma “presença” que extrapola o momento do seu processo criativo: o artista oferece oficinas, sessões educativas e atividades culturais para crianças e jovens. Ronin criou um espaço – o Projeto FloreSer – sem finalidades lucrativas.

23ª Semana Nacional de Museus

Entre segunda-feira (12/5) e domingo (18/5), museus de todo o país participam da 23ª edição da Semana Nacional de Museus, iniciativa anual do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) que celebra o Dia Internacional dos Museus (18 de maio). Este ano, o tema "O futuro dos museus em comunidades em rápida transformação" propõe uma reflexão sobre o papel das instituições culturais em um mundo em constante mudança, com ênfase em três eixos principais.

O primeiro eixo aborda o patrimônio imaterial como expressão viva da memória coletiva, destacando como tradições e saberes populares podem dialogar com o contemporâneo. O segundo foco está no potencial transformador da juventude, colocando os jovens como agentes de renovação nos espaços museais. Por fim, discute-se o uso crítico das novas tecnologias, não como fim em si mesmas, mas como ferramentas para ampliar o acesso e a participação social.

Serviço

Exposição ”Das margens à fonte”, de Caio Ronin
Onde: Centro de Arte Popular (Rua Gonçalves Dias, 1.608 – Lourdes)
Abertura: Nesta quinta-feira (15/5), às 19h
Período de visitação: até 29 de junho – de terça a sexta, das 12h às 18h30; sábado, domingo e feriados, das 11h às 17h
Entrada gratuita

IMG 5277“Leitor, leve o SLMG por aí!” convida o público a retirar gratuitamente edições do tradicional periódico mineiro (Foto Leo Bicalho)

 

Com o objetivo de ampliar o acesso à literatura e fortalecer a difusão da produção cultural de Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Superintendência de Bibliotecas, Museus, Arquivo Público e Equipamentos Culturais, lança a campanha “Leitor, leve o SLMG por aí!”. A iniciativa oferece ao público a possibilidade de retirar, gratuitamente, exemplares do suplemento, que há quase seis décadas é referência nacional em literatura e artes.

A campanha está aberta a leitores em geral, educadores, instituições culturais e demais interessados em utilizar as edições do Suplemento em ações de leitura, projetos educativos ou acervos pessoais. Para participar, basta preencher o formulário online disponível clicando neste link.

É possível solicitar um exemplar individual, um pacote com 50 unidades (ou 60, no caso da edição especial Afromineiridades), ou ainda montar um combo personalizado com as edições favoritas. A distribuição será realizada conforme a ordem de solicitação e a disponibilidade dos títulos escolhidos.

A retirada dos exemplares acontece presencialmente na Portaria da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, localizada na Praça da Liberdade, nº 21, em Belo Horizonte, sempre às terças-feiras úteis, das 8h às 18h. O serviço é gratuito, e a responsabilidade pela retirada é do próprio solicitante.

59 anos de história

Criado em 1966, o Suplemento Literário de Minas Gerais consolidou-se como um dos mais importantes veículos de difusão literária do país, tendo reunido ao longo de sua história nomes como Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Henriqueta Lisboa, Murilo Mendes e Nélida Piñon, além de apresentar ao público brasileiro autores internacionais como Jorge Luis Borges e Gabriel García Márquez. Com curadoria atenta à diversidade de estilos, temas e autores, o SLMG oferece espaço tanto para consagrados quanto para novos talentos, reafirmando seu papel como vitrine da criação artística e literária de Minas Gerais.

 

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais informa que, por motivos técnicos, não foi possível realizar a publicização integral da 10ª reunião do Colegiado da Comissão Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (CEFIC), realizada no dia 30 de abril de 2025, por meio do canal oficial da Secult no YouTube. A primeira parte da reunião, ocorrida entre 10h e 12h, foi transmitida ao vivo conforme programado.

No entanto, a segunda parte, prevista para ocorrer no período da tarde, não pôde ser publicada devido a uma falha na gravação local da reunião realizada via Microsoft Teams. considerando que o equipamento exclusivo para transmissões ao vivo (PC de Live) já estava reservado, com antecedência, para a reunião do Conselho Estadual de Cultura (CONSEC), ocorrida no mesmo dia.

A interrupção da gravação da parte vespertina da CEFIC se deu por fatores técnicos, sendo os mais prováveis a limitação de armazenamento na conta da servidora responsável ou a duração prolongada da sessão. A gravação, infelizmente, não pôde ser recuperada.  

Apesar da falha na gravação, informamos que os formulários de avaliação, os atos da reunião e as autorizações de captação foram devidamente confeccionados e disponibilizados dentro do prazo regulamentar em nosso site, no link https://www.secult.mg.gov.br/documentos/comissoes-de-cultura/cefic, conforme prevê a Resolução Secult nº 38/2024. 

Reforçamos nosso compromisso com a transparência e a integridade dos processos e destacamos que medidas preventivas já estão sendo adotadas para que situações semelhantes não se repitam em futuras reuniões. 

Em caso de dúvidas, permanecemos à disposição por meio de nossos canais oficiais.

Foto Helena Borges Acervo PessoalPoeta carioca radicada em BH apresenta seu segundo livro na 11ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas (Foto Acervo Pessoal)

O Centro de Arte Popular recebe, nesta quinta-feira (12/6), o lançamento do livro “Ossos e Corais”, da poeta e artista visual Helena Borges. O evento integra a programação da 11ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas e acontece no Espaço de Convivência do museu, a partir das 18h, com entrada gratuita.

Publicado pela Editora Urutau, “Ossos e Corais” é o segundo livro de poesia de Helena Borges, autora carioca radicada em Belo Horizonte. A obra se estrutura em quatro atos, conduzindo o leitor por uma escrita fluida que aborda temas como a filosofia da natureza, os relacionamentos amorosos contemporâneos, reflexões sobre o ato de escrever e até mesmo lições de pintura, propondo uma espécie de pedagogia do concreto.

Nascida no início da primavera de 1993, Helena Borges é graduada em Artes Plásticas pela Escola Guignard e em Práticas Artísticas Contemporâneas pela EAV Parque Lage. Em 2019, estreou na literatura com seu primeiro livro pela mesma editora e, em 2021, publicou “Artistas da Chácara”, obra infantil ilustrada em aquarela.
Atualmente, divide seu tempo entre a criação artística e as aulas de pintura em seu ateliê na capital mineira. Sua pesquisa transita entre luta de classes, vida e morte, agroecologia e afetos contemporâneos, explorando as relações entre seres humanos e outras espécies.

O lançamento de “Ossos e Corais” promete ser um encontro marcado pela poesia, arte e diálogo, reforçando o papel dos espaços culturais como lugares de troca e reflexão.

Centro de Arte Popular

O Centro de Arte Popular apresenta um amplo panorama de obras que privilegiam a riqueza e a diversidade das manifestações culturais populares, valorizando o trabalho de criadores que traduzem no barro, na madeira e em outros materiais o universo em que vivem. Sua edificação principal foi construída para uso residencial na década de 1920, tendo sido também a sede do antigo Hospital São Tarcísio.

No ano de 2012, a edificação foi adaptada para abrigar o CAP, onde o público pode conhecer obras de artistas de várias regiões de Minas Gerais, como o Vale do Jequitinhonha, Cachoeira do Brumado, Divinópolis, Prados, Ouro Preto, Sabará e outras, entrando em contato com elementos representativos da pluralidade da cultura mineira. O edifício possui quatro salas de exposição permanente, uma para exposições temporárias, uma sala para oficinas de arte e ainda um pátio interno.

Serviço:
Lançamento do livro “Ossos e Corais” – Helena Borges
Data e horário: 12/6 (quinta-feira), às 18h
Local: Centro de Arte Popular – Espaço de Convivência (Rua Gonçalves Dias, 1.608 – B. Lourdes)
Entrada gratuita

DoubleTree by Hilton chega a Minas em 2028 FOto DoubleTree by Hilton DivulgaçãoO DoubleTree by Hilton será construído entre as cidades de São João Batista do Glória e Capitólio com investimento de R$ 200 milhões e chega a Minas em 2028 (Foto DoubleTree by Hilton/Divulgação)

Minas Gerais vive um ciclo virtuoso de crescimento econômico ancorado no turismo, na hospitalidade e na cultura. Com base em dados do IBGE e do Observatório do Turismo de Minas Gerais, o estado superou a marca de 32 milhões de turistas em 2024, com crescimento de 11,8% na atividade turística, mais que o dobro da média nacional. O setor já é responsável por milhares de novos empregos e por atrair investimentos estruturantes em todas as regiões mineiras. Através de uma estratégia articulada de promoção, incentivos e fomento à originalidade das experiências, Minas se tornou o principal destino de investimentos hoteleiros no país.

“Estamos assistindo à formação de uma nova matriz econômica baseada na cultura, na hospitalidade e na identidade mineira. Minas acolhe, preserva e ao mesmo tempo inova. Esse é o futuro que já está em curso, com trabalho sério, visão estratégica e amor pelo que somos”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Um estado que se reinventa pela hospitalidade

A chegada de empreendimentos internacionais, a revitalização de patrimônios simbólicos e a consolidação de uma rede variada de pousadas, resorts e hospedagens de charme mostram como Minas Gerais transformou sua vocação em política pública e desenvolvimento real. O destaque vai para o DoubleTree by Hilton Serra da Canastra, que será inaugurado em 2028 em São João Batista do Glória, com investimento de R$ 200 milhões. Com 201 quartos, spa, centro de convenções e acesso exclusivo ao Lago de Furnas, o projeto é considerado um dos mais emblemáticos da nova fase do turismo mineiro.

Outro marco é a abertura do hotel Vila Galé Collection Ouro Preto, no histórico Colégio Dom Bosco, em Cachoeira do Campo. O resort, com 311 quartos, vinhedo, haras e centro de convenções, será inaugurado em 24 de maio de 2025 e reafirma o modelo mineiro de integrar cultura, natureza e hospitalidade. Na capital, o Hotel Trinta e Um é outro empreendimento que deverá ser inaugurado em breve no bairro de Lourdes com foco na experiência mineira de luxo. Seu restaurante autoral, também chamado Trintaeum, é o primeiro inteiramente dedicado à cozinha mineira contemporânea da alta gastronomia, tornando-se vitrine da cozinha reconhecida pela UNESCO.

Minas também se destaca na revalorização do seu patrimônio hoteleiro: o Palace Hotel, em Poços de Caldas, passou por um amplo processo de restauração, devolvendo à cidade um ícone da era das águas termais. Ao lado dele, empreendimentos como o Clara Resort, junto ao Inhotim em Brumadinho, e o projeto Ibity, na Zona da Mata mineira, apontam para o crescimento do turismo de experiência e base comunitária na Serra da Mantiqueira.

Uma hotelaria em rede e expansão permanente

A Accor Hotels, uma das maiores redes globais, consolidou Minas como seu segundo maior mercado no Brasil. Já opera 30 unidades em cidades como Belo Horizonte, Uberlândia e Juiz de Fora, e planeja outros 10 novos empreendimentos até 2028, entre eles o Tribe BH e novos Ibis Styles em Varginha, Araxá, Uberaba, Passos, Patrocínio e Montes Claros. Em paralelo, pousadas de charme, hotéis-fazenda e hospedagens em plataformas como Airbnb expandem-se por Lavras Novas, Serra do Cipó, Carrancas, Vale do Jequitinhonha e Mantiqueira de Minas. O turismo rural ganha corpo como alternativa econômica e modo de vida sustentável.

Aeroporto, rotas e Minas pelo mundo

A malha aérea também acompanha esse crescimento. O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, superou 12,3 milhões de passageiros em 2024, com voos diretos para Lisboa, Orlando, Cidade do Panamá e Santiago. A ampliação da conectividade fortalece programas como “Mostra Minas pelo Mundo” e a criação de novas rotas turísticas promovidas pela Secult-MG.

Minas é exemplo para o Brasil

O turismo em Minas é, hoje, uma das maiores fontes de crescimento sustentável, com políticas de descentralização como o ICMS Turismo, que em 2024 repassou mais de R$ 81 milhões a 513 municípios. O estado lidera também a geração de empregos formais no setor, com mais de 50 mil postos criados em 2024.

IMG 3594 foto eduardo queirogaExposição no Museu Mineiro, com curadoria da Profa. Dra. Verona Segantini e alunos da museologia da UFMG, celebra mulheres negras como guardiãs da tradição do samba em BH (Foto Eduardo Quiroga)

 

O Museu Mineiro, integrante do Circuito Liberdade, recebe, a partir desta quinta-feira (12/6), a exposição “PRETAgonistas: trajetórias mulheristas no samba”, uma iniciativa que coloca em evidência o papel fundamental das mulheres na construção e preservação do samba mineiro. Com curadoria da Profa. Dra. Verona Segantini e dos alunos da 13ª turma do curso de Museologia da UFMG, a mostra será inaugurada às 18h, integrando a programação da 11ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas. A entrada é gratuita, e a visitação segue até 20 de julho.

Samba mineiro sob o olhar das mulheres

O samba, reconhecido como patrimônio imaterial de Belo Horizonte em 2024, é um espaço de resistência e ancestralidade, mas sua narrativa em Minas Gerais tem sido predominantemente masculina. A exposição “PRETAgonistas” surge para corrigir essa lacuna, destacando as vozes e trajetórias de cantoras, compositoras, sambadeiras, pesquisadoras e produtoras que mantêm viva essa tradição.

Por meio de registros audiovisuais, depoimentos, objetos afetivos e documentos históricos, a mostra revela como essas mulheres sustentaram – muitas vezes nos bastidores – a cultura do samba, seja nas rodas de terreiro, nas escolas de samba ou nos quintais. Entre as homenageadas estão nomes como Dona Eliza, Margô Barroso, Sandra Veneno, Mãe Belinha, Cida Reis e Ekedji Alessandra Gomes, cujas histórias ilustram a força matriarcal do samba como instrumento de cura, resistência e identidade negra.

Um processo curatorial afetivo e colaborativo

A concepção da exposição partiu de um processo imersivo dos estudantes de Museologia, que mergulharam na cultura do samba por meio de rodas de terreiro, visitas a comunidades tradicionais e diálogos com a Velha Guarda do Samba de BH. A turma também contou com a colaboração de consultoras e co-curadoras como Magna Oliveira, Camila Costa e Kely de Oliveira, referências nas lutas feministas e antirracistas.

A produção audiovisual, realizada em parceria com o NAVI (Núcleo de Audiovisual da UFMG), captura a essência dessas trajetórias, enquanto a cenografia convida o público a adentrar o universo afetivo do samba mineiro.

Programação especial na abertura

A noite de inauguração (12/06) terá apresentações da Velha Guarda do Samba de BH, contação de histórias com Magna Oliveira e uma roda de samba com o grupo Yiaminas, liderado pela Ekedji Kely de Oliveira. A programação reforça o caráter celebrativo da exposição, que não apenas homenageia o passado, mas também fortalece o samba como expressão viva e coletiva.

Serviço:

Abertura da exposição “Pretagonistas: trajetórias mulheristas no samba”
Data e horário: 12/6, às 18h
Visitação: 12/6 a 20/7/25, de 3ª a 6ª, das 12h às 19h; sáb., dom., e feriados das 11h às 17h
Local: Museu Mineiro (Av. João Pinheiro, 342 – Circuito Liberdade Belo Horizonte)

Festa da Abolição 2025 Foto Iepha MG Divulgação 3

Neste 13/5, Dia da Abolição da Escravatura no Brasil, Minas Gerais reafirma seu compromisso em reconhecer e valorizar a memória, a cultura e a luta do povo negro. A Comunidade Quilombola dos Arturos, localizada em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), é um exemplo emblemático. A reavaliação do reconhecimento dos Arturos como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais será apreciada em reunião do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep), prevista para o fim do mês.

Em maio de 2014, a comunidade foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais, marcando o primeiro registro de uma comunidade tradicional dentro da categoria de lugares. Para obter a revalidação do registro, foi preparado um relatório de reavaliação para apreciação do Conep. A reavaliação é realizada a cada dez anos, a fim de verificar se o bem cultural permanece em atividade e quais mudanças ocorreram durante a década. O relatório, baseado em pesquisas e análises atualizadas, foi elaborado ao longo de 2024 numa parceria entre a Comunidade dos Arturos, a gerência de Patrimônio Cultural Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e a diretoria de Memória e Patrimônio da Secretaria Municipal de Cultura de Contagem.

As ações incluíram entrevistas com lideranças, acompanhamento da Festa de Nossa Senhora do Rosário – a principal celebração dos Arturos, para elaboração de relato etnográfico – e realização de seminário no território pelos dez anos do registro da comunidade, entre outras iniciativas. "O registro de patrimônio nos dá alegria, é motivo de muita satisfação. Podemos fazer nossas festas e manifestações sem problema nenhum. O registro nos deu reconhecimento, temos direito de ir e vir em qualquer lugar", ressalta o Mestre José Bonifácio, conhecido como Bengala, liderança da Comunidade dos Arturos.

Política de Estado

Nos últimos anos, o Governo de Minas promoveu diversas ações, por meio do Iepha-MG, com o objetivo de valorizar a importância da cultura negra na formação da identidade mineira. Os sistemas culinários do milho e da mandioca, alimentos originários da cozinha quilombola, e os Congados e Reinados foram reconhecidos Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais. Em novembro do ano passado, no Dia da Consciência Negra, Aleijadinho – patrono das Artes no Brasil e maior expoente do barroco nas Américas – foi homenageado com um lugar de honra na Sala dos Grandes Mineiros, no Palácio da Liberdade. Foi a primeira vez que uma pessoa negra recebeu tal distinção.

"Finalizamos o processo de estudos para serem submetidos ao Conep. Esse é um momento importante de avaliação das políticas de salvaguarda realizadas ao longo dos últimos dez anos e seus frutos como manutenção e preservação dessa cultura tão importante. Em 2024, por exemplo, instauramos o comitê gestor para salvaguarda dos Arturos, um avanço nas políticas públicas para esse importante bem registrado", destaca o presidente do Iepha-MG, João Paulo Martins.

Fim de semana de festejos

Na expectativa pela revalidação do registro de Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais, a Comunidade Quilombola dos Arturos celebrou, no último fim de semana, o Dia da Abolição da Escravatura no Quilombo dos Arturos e na praça da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, em Contagem. A Festa da Abolição 2025 reuniu comunidades congadeiras de quilombos de diversas cidades entre sexta-feria (9/5) e domingo (11/5). A programação incluiu novena, cortejos, desfile dos representantes dos escravizados, encontro dos grupos de Congados, encenação teatral sobre a abolição da escravatura, Missa Conga com participação das Guardas de Congado e procissão em honra à Nossa Senhora do Rosário, São Benedito, Santa Efigênia e Nossa Senhora Aparecida.

História centenária

A história da Comunidade dos Arturos teve início há mais de cem anos, fruto da união de Arthur Camilo Silvério e Carmelinda Silva, descendentes de escravos negros africanos que viviam e trabalhavam na região dos atuais municípios de Contagem e Esmeraldas. Desde então, a Comunidade, atualmente composta por cerca de 230 famílias, preserva e atualiza diversas tradições da cultura negra mineira e brasileira.

Foto: Iepha-MG/Divulgação

Josiane de Souza Foto Leo Bicalho Secult MGCom arte, tradição e paisagens únicas, campanha do Governo de Minas, lançada nesta quarta-feira (11/6), destaca a força do turismo de inverno no estado (Foto Leo Bicalho/Secult-MG)

A campanha Inverno em Minas 2025, lançada nesta quarta-feira (11/6) pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), posiciona o estado como destino nacional do frio, com experiências que unem gastronomia, montanhas, cultura e hospitalidade, com altitude, silêncio, lareira acesa e pão de queijo saindo do forno à lenha. O estado oferece ao viajante três grandes territórios de inverno: a Cordilheira do Espinhaço, a Mantiqueira de Minas e o Caparaó Mineiro. A campanha conta com a participação de mais de 300 municípios, com expectativa de 350 festas e eventos de junho a setembro. A expectativa é de um fluxo turístico de 7 milhões de pessoas nesse período.

Entre os destaques estão os festivais de inverno de cidades como Ouro Preto, Mariana, Tiradentes e Lima Duarte. O Inverno Cultural em Gonçalves, Poços de Caldas e Santa Rita do Sapucaí. Feiras de inverno no Palácio da Liberdade com vinhos, queijos e doces de tacho. O Festival Caparaó Blues, festas e manifestações culturais e comunitárias como vesperatas, encontros de bandas, reinados, festivais gastronômicos e musicais, além de programações especiais nos museus do Circuito Liberdade e da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop).

"O inverno mineiro é mais do que uma estação, é uma expressão da nossa mineiridade. Minas oferece ao Brasil um frio que tem paisagem, cultura, tradição e afeto. Nossas montanhas, nossas lareiras, nossos vinhos e cafés especiais são convites a viver o tempo de forma mais lenta, profunda e verdadeira", ressalta o secretário de Estado da Secult-MG, Leônidas de Oliveira.

Cordilheira do Espinhaço: frio das alturas e da liberdade

A Cordilheira do Espinhaço, que atravessa Minas Gerais de Norte a Sul, inclui Belo Horizonte como porta de entrada, com o Circuito Liberdade e sua programação cultural, e abriga alguns dos destinos mais simbólicos do inverno brasileiro. A região combina patrimônio histórico, espiritualidade, ecoturismo, arte popular e o frio de montanha.  Santuário do Caraça, Serra da Moeda, Catas Altas, Caeté e Santa Bárbara oferecem hospedagens históricas e clima serrano, vesperatas em Diamantina, boleratas no Serro, visitas à vinícolas emergentes e experiências com queijos artesanais se destacam na programação.

Mantiqueira de Minas: as cidades mais frias do Brasil

Monte Verde, Maria da Fé e Gonçalves estão entre as cidades mais frias do Brasil, com temperaturas que podem chegar a níveis negativos. Elas oferecem experiências gastronômicas e sensoriais, com vinhos de altitude, fondue, azeites artesanais e cafés premiados. Destaque para a Rota Vulcânica em Poços de Caldas e Andradas e gastronomia de inverno em Santa Rita do Sapucaí, Extrema, Baependi e Carmo de Minas.

Monte Verde Foto Ricardo CozzoMonte Verde, distrito de Camanducaia, no Sul de Minas, é um dos destinos procurados pelos turistas na estação mais fria do ano (Foto Ricardo Cozzo)

Caparaó Mineiro: silêncio e contemplação do frio

No Caparaó Mineiro, com o Pico da Bandeira a 2.892 metros de altitude, a mais imponente montanha do Sudeste brasileiro, o frio é intenso, silencioso e sagrado. A região se destaca por suas trilhas no Parque Nacional do Caparaó, cafés especiais, vinhos artesanais e experiências de interiorização. A Rota Caparaó Mineiro, que abrange os municípios de Alto Caparaó, Alto Jequitibá, Caparaó e Espera Feliz, oferece ainda alambiques centenários e vinícolas encantadoras entre montanhas, unindo tradição e paisagens deslumbrantes.

Campanha nacional e experiências reais

O Inverno em Minas 2025 ainda inclui parcerias com agências e operadoras para criação de pacotes, roteiros com vinícolas, cafés, queijarias e pousadas com lareira, press trips com jornalistas e influenciadores, além de ampla divulgação dos destinos na plataforma www.minasgerais.com.br e redes sociais @visiteminasgerais e @culturaeturismomg.

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Desde a sua inauguração em 1897, no mesmo ano da fundação de Belo Horizonte, o Cemitério do Bonfim é testemunha das transformações urbanas e sociais da capital mineira.

Para valorizar esse importante patrimônio cultural e ressaltar a necrópole como um espaço de memória, arte e história, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), apresentou, nesta segunda-feira (12/5), no Cemitério do Bonfim, a mais recente edição da série “Cadernos do Patrimônio”.

Intitulado “Cemitério do Bonfim: Patrimônio Cultural, Arte e Fé”, o estudo reúne, de forma inédita, dados sobre sua fundação, arquitetura, esculturas funerárias e personagens notáveis sepultados ali, como o ex-presidente Olegário Maciel e o escritor Achilles Vivacqua. A publicação destaca o Bonfim como um verdadeiro museu a céu aberto, onde se cruzam religiosidade, urbanismo e expressão artística. A publicação está disponível no site do Iepha neste link.

“A publicação do Caderno incentiva novas pesquisas e ações que garantam a salvaguarda desse bem cultural inestimável e revela a complexidade simbólica do Bonfim, apresentando um panorama detalhado de sua construção, evolução e das manifestações culturais e religiosas que ali ocorrem”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Publicação que protege e valoriza

“Cemitério do Bonfim: Patrimônio Cultural, Arte e Fé” aborda a trajetória da necrópole desde a sua fundação até os dias atuais, analisa as esculturas e iconografias funerárias do início do século XX e destaca detalhes arquitetônicos e simbólicos em imagens inéditas do fotógrafo e professor da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Zé Rocha.

Além disso, a publicação também identifica nomes de artistas e obras, como esculturas de mármore e ferro fundido, que revelam estilos e tendências estéticas de diferentes épocas.

Embora não haja um número exato de obras catalogadas, estima-se que aproximadamente 40% dos cerca de 5.000 túmulos presentes no cemitério contenham elementos artísticos, como esculturas, bustos e imagens assinadas por artistas renomados, incluindo os irmãos Natali e João Amadeu Mucchiut.

Inventário

Em 2024, o Iepha-MG promoveu um Inventário Cultural Participativo do Cemitério do Bonfim, envolvendo a comunidade local em oficinas, entrevistas e caminhadas orientadas pelo historiador Éder Oliveira. A iniciativa, realizada em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte e a Fundação Municipal de Cultura, buscou registrar saberes e memórias das famílias enlutadas e frequentadoras do Bonfim e mapear e documentar elementos artísticos vulneráveis a furtos e depredações.

“O inventário envolveu não apenas a catalogação dos elementos artísticos, mas também a participação ativa das pessoas que cuidam, transitam e convivem diariamente com esse bem tão importante para a cidade, fortalecendo, assim, os vínculos com a história e o patrimônio de Belo Horizonte”, declara o presidente do Iepha-MG, João Paulo Martins.

Além de resgatar a história do Cemitério do Bonfim, o caderno propõe a valorização do bem, tombado desde 1977, como atrativo turístico e educativo. “O Bonfim guarda consigo uma história que o transforma em espaço singular, pleno de significados e significâncias. Explorar este mundo de histórias e memórias possibilita a ampliação de nossa compreensão dos sentidos e significados da morte e, ao mesmo tempo, da complexidade e diversidade da vida”, conclui a professora da UEMG e coordenadora Coordenadora do programa educativo “Cemitério do Bonfim: arte, história e educação patrimonial”, Marcelina de Almeida.

Visitas guiadas

Com o projeto “Visita Guiada ao Cemitério do Bonfim”, realizado de forma gratuita pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB) e da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), o público é convidado a fazer uma imersão na história da necrópole mais antiga da cidade. As visitas de duração de 3h são mensais – a próxima acontece no dia 25/5 com o tema “As pessoas profissionais da saúde: memória e história”. Para acessar a programação completa e fazer a inscrição, clique aqui.

Foto: Isa de Oliveira

Museu Casa Guimarães Rosa Cordisburgo Foto Ronaldo AlvesO Museu Casa Guimarães Rosa, em Cordisburgo, participa da 11 Noite Mineira de Museus e Bibliotecas, nesta quinta-feira (12/6) (Foto Ronaldo Alves/Divulgação)

Nesta quinta-feira, 12 de junho, Dia dos Namorados, Minas Gerais se transforma em um grande palco de celebração cultural com a realização da 11ª edição da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas (NMMB). Com atividades gratuitas em 62 municípios, o evento amplia o horário de funcionamento de 79 equipamentos culturais – entre bibliotecas, museus e casas de cultura – em diversas regiões do estado, oferecendo ao público uma programação diversificada que inclui exposições, shows, saraus literários, oficinas, exibições de filmes e intervenções artísticas.

Nesta edição, o clima romântico da data inspira atividades temáticas em cidades como São Francisco, Pedralva e Oliveira, com vivências literárias, exibição de filmes e apresentações musicais para casais. A iniciativa reforça o papel desses espaços como guardiões da memória e da identidade mineira, promovendo acesso democrático à cultura.

Destaques

Em São Francisco, na região norte de Minas, a Biblioteca Municipal Dr. Geraldo Ribas promove “Um Romance na Biblioteca”, com exposição de obras literárias românticas e música ao vivo, às 19h.

No Sul de Minas, no município de Pedralva, a Biblioteca Otto Joseph Van Wijk prepara uma “Noite Romântica” com filme temático e decoração especial para casais, às 19h. Em Oliveira, a 165 km da capital Belo Horizonte, o Coral “Vozes Em Canto” sobe à sacada da Casa da Cultura Carlos Chagas para um show de amor e música, às 18h (transmissão pelo Instagram @casadacultura_carloschagas).

Em Belo Horizonte, o Circuito Liberdade também se integra à programação da 11ª edição da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas com atrações na Biblioteca Pública Estadual, Museu Mineiro, Centro de Arte Popular e também na sede do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). 

Sobre a Noite Mineira de Museus e Bibliotecas

A Noite Mineira de Museus e Bibliotecas (NMMB) é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, coordenada pela Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade e executada pelo Sistema de Museus e Sistema Estadual de Bibliotecas. O projeto tem como objetivo promover o uso noturno de museus, bibliotecas e outros equipamentos culturais, ampliando o acesso da população à cultura em horários alternativos.

Realizada a cada dois meses, a NMMB estimula que os espaços culturais ofereçam programações gratuitas à noite, como exposições, rodas de conversa, saraus, oficinas, visitas guiadas, apresentações artísticas, entre outras ações. O projeto fortalece o papel dos equipamentos culturais como espaços de convivência, formação e cidadania.

Serviço

11ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas
Data: Nesta quinta-feira (12/6), das 18h às 22h

Municípios participantes: Belo Horizonte, Bom Despacho,Bueno Brandão, Cachoeira da Prata, Campanha, Cedro do Abaeté, Conceição do Mato Dentro, Conselheiro Pena, Contagem, Cordisburgo, Cristina, Diogo de Vasconcelos, Divinópolis, Dores do Indaiá, Fernandes Tourinho, Formiga, Governador Valadares, Guanhães, Guaranésia, Guarda-Mor, Guaxupé, Guiricema, Ibirité, Inhapim, Itaguara, Itambacuri, João Pinheiro, Juiz de Fora, Lagoa da Prata, Lagoa Formosa, Lambari, Leopoldina, Luz, Mariana, Mateus Leme, Matozinhos, Minas Novas, Monte Santo de Minas, Muriaé, Nova Era, Oliveira, Ouro Preto, Papagaios, Paracatu, Patrocínio, Pedralva, Pitangui, Poços de Caldas, Presidente Kubitschek, Salinas, São Francisco, São Gonçalo do Sapucaí, São João del Rei, São José do Alegre, São Lourenço, Silvianópolis, Taiobeiras, Tumiritinga, Uberaba, Uberlândia, Vespasiano e Viçosa.

Museu Mineiro Foto Israel Crispim

Entre esta segunda-feira (12/5) e domingo (18/5), o Museu Mineiro participa da 23ª Semana Nacional de Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e que tem como tema “O futuro dos museus em comunidades em rápida transformação”. Em parceria com o Sistema Estadual de Museus de Minas Gerais, a programação especial inclui duas palestras que abordam desafios urgentes para as instituições de memória: o uso crítico de tecnologias digitais e o combate à desinformação.

Nesta quarta-feira (14/5), às 18h30, a professora Dra. Maria Aparecida Moura (UFMG) ministra a palestra “Museus em disputa”, discutindo como a inteligência artificial e os algoritmos podem reproduzir desigualdades ou, se reprogramados, servir como ferramentas de justiça epistêmica. Com trajetória dedicada à preservação de culturas populares, Moura tensiona o papel dos museus frente à colonialidade dos dados, propondo curadorias insurgentes que valorizem saberes tradicionais.

Na sequência, às 19h20, o professor Dr. Carlos Alberto Ávila Araújo (UFMG) apresenta “Integridade da informação”, explorando estratégias para que museus enfrentem fake news, discursos de ódio e negacionismo histórico. A palestra dialoga com propostas da ONU e do G20 para garantir acesso a informações confiáveis – missão central para instituições em um cenário de polarização.

Vinculado à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, o Museu Mineiro preserva um acervo de mais de 4.000 peças que contam a história cultural do estado, desde o período colonial até a contemporaneidade. As ações do espaço cultural integram o programa AMA – Ano Mineiro das Artes, promovido pela Secult-MG.

Parceria com a Casa dos Quadrinhos

Já na quinta-feira (15/5), das 19h às 21h, o Museu Mineiro oferece uma “Sessão de Desenho com Modelo Vivo”, em parceria com a Casa dos Quadrinhos. A atividade gratuita, com 20 vagas disponíveis, ensina técnicas tradicionais de observação e anatomia humana, criando uma ponte entre saberes artísticos históricos e a formação de novas gerações de criadores.

Enquanto as palestras abordam os desafios digitais dos museus, a oficina oferece uma resposta prática ao tema da 23ª Semana Nacional de Museus, atualizando saberes tradicionais para jovens artistas da era digital. As técnicas ensinadas, desde o domínio da luz e sombra até a compreensão dos volumes, servem como base fundamental tanto para as artes plásticas tradicionais quanto para as linguagens contemporâneas como ilustração digital e quadrinhos.

23ª Semana Nacional de Museus

Entre os dias 12 e 18 de maio, museus de todo o país participam da 23ª edição da Semana Nacional de Museus, iniciativa anual do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) que celebra o Dia Internacional dos Museus (18 de maio). Este ano, o tema "O futuro dos museus em comunidades em rápida transformação" propõe uma reflexão sobre o papel das instituições culturais em um mundo em constante mudança, com ênfase em três eixos principais.

O primeiro eixo aborda o patrimônio imaterial como expressão viva da memória coletiva, destacando como tradições e saberes populares podem dialogar com o contemporâneo. O segundo foco está no potencial transformador da juventude, colocando os jovens como agentes de renovação nos espaços museais. Por fim, discute-se o uso crítico das novas tecnologias, não como fim em si mesmas, mas como ferramentas para ampliar o acesso e a participação social.

Serviço

23ª Semana Nacional De Museus no Museu Mineiro
Onde: Av. João Pinheiro, 342, Funcionários – Belo Horizonte
Entrada gratuita

Palestra “Museus em disputa”, com a Prof. Dra. Maria Aparecida Moura
Data: Nesta quarta (14/5), às 18h30
Local: Sala das Sessões do Museu Mineiro

Palestra “Integridade da informação: uma proposta para o combate à desinformação, aos discursos de ódio e aos negacionismos”, com o Prof. Dr. Carlos Alberto Ávila Araújo
Data: Nesta quarta-feira (14/5), às 19h20
Local: Sala das Sessões do Museu Mineiro

Sessão de desenho com modelo vivo, em parceria com a Casa dos Quadrinhos
Data: Nesta quinta-feira (15/5), das 19h às 21h
Vagas: 20 vagas disponíveis
Link de inscrição: https://www.sympla.com.br/evento/sessao-de-desenho-modelo-vivo/2929755 (20 vagas disponíveis)
Local: Sala das Sessões do Museu Mineiro

Foto: Israel Crispim

Biblioteca Foto Secult MG Divulgação 1Eventos na Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais acontecem nesta quinta-feira (12/6), a partir das 19h, e têm entrada gratuita (Foto Secult-MG/Divulgaçã)

Nesta quinta-feira (12/6), a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais promove uma programação especial e participa da 11ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas com duas atrações. Para os apaixonados por história, cultura e livros, a Visita Guiada ao Setor de Obras Raras e Coleções Especiais, com o tema “A trajetória do livro impresso: Séculos XV a XVII”, acontece das 19h às 21h. A participação é gratuita e haverá emissão de certificado de 2h/aula.

O público será conduzido por uma viagem no tempo, acompanhando a evolução do livro desde a sua invenção no século XV até os desdobramentos nos dois séculos seguintes. Entre os tesouros que serão apresentados ao público estão preciosidades como “Concordia discordantium canonum”, publicado em 1493, e “Fide Atque Auctoritate decem librorum manuscriptorum opera”, de 1566, exemplares que testemunham a riqueza e a complexidade da história da impressão.

A coordenadora do Núcleo da Biblioteca Pública Estadual, Eliani Gladyr, avalia que “a Noite Mineira tem se consolidado como um evento importante na difusão da cultura em Minas Gerais. É uma alegria estender o nosso horário de funcionamento para colaborar com essa ação”. A programação da 11ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas integra o programa AMA – Ano Mineiro das Artes, realizado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG).

A Noite Mineira de Museus e Bibliotecas, promovido pelo Governo de Minas, por meio da Secult-MG, propõe a extensão do horário de funcionamento dos equipamentos culturais até 22h para que visitantes que trabalham ou estudam em horário comercial não fiquem de fora de uma programação cultural gratuita e variada, que inclui exposições, saraus literários, oficinas, apresentações artísticas e rodas de conversas.

Autoconhecimento

Também na noite desta quinta-feira (12/6), às 19h, para quem busca um encontro com o autoconhecimento e a inteligência emocional, o Espaço Geek recebe a palestra “E(u)mocional: Como lidar com as emoções frente aos desafios do dia a dia”, ministrada pelo neuropsicanalista e escritor Renato Lisboa. O evento tem entrada gratuita e os participantes terão direito a certificado de três horas/aula e vão concorrer a sorteio de brindes.

Reconhecido internacionalmente pela Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente, Lisboa é autor de best-sellers como “E(u)mocional” e “Três Segundos: Escolhas que transformam a vida”. Sua trajetória é marcada pela atuação multidisciplinar, que integra direito, psicanálise, coaching e saúde mental.

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais informa que os documentos da fase de habilitação dos projetos selecionados na PNAB deverão ser apresentados diretamente na Plataforma Descentra. A habilitação deverá ser realizada na plataforma assim que for oficialmente informado o início dessa etapa.

Os documentos exigidos estão detalhados em cada edital e variam conforme a natureza jurídica do proponente: pessoa física, pessoa jurídica ou grupo coletivo representado por pessoa física.

Sendo assim, é importante que cada agente cultural reúna previamente a documentação conforme estipulado em seu respectivo edital, observando as particularidades de cada categoria.

Foto5 SecultMGSecult-MG participou de encontro regional em São João Nepomuceno e reafirmou compromisso com o fortalecimento das IGRs como instrumentos de desenvolvimento territorial, cultural e sustentável (Foto Secult-MG)

 

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) participou, no dia 4 de junho, do Seminário Regional de Turismo e 2º Encontro de Prefeitos e Lideranças da Instância de Governança Regional (IGR) Caminhos Verdes de Minas, realizado no município de São João Nepomuceno.

O evento reuniu gestores públicos, lideranças comunitárias, representantes do trade turístico e autoridades de 19 municípios da região, com o objetivo de impulsionar políticas públicas que reconheçam no turismo um caminho de pertencimento, sustentabilidade e desenvolvimento.

Representando a Secult-MG, a subsecretária de Turismo, Patrícia Moreira, reforçou a importância das IGRs como expressão viva da política de regionalização do turismo em Minas Gerais:

“A força do turismo está nos territórios e nas pessoas. Fortalecer as IGRs é reconhecer que cada região tem sua identidade, vocações e potencialidades únicas. Caminhos Verdes de Minas é um exemplo de como a união entre municípios pode gerar resultados concretos para o desenvolvimento local. Turismo, aqui, é instrumento de cidadania e de justiça territorial.”

Ao longo da programação, especialistas convidados abordaram temas como inovação, sustentabilidade e promoção turística, ampliando o debate sobre modelos que respeitam os ecossistemas culturais e naturais de cada região. Um dos pontos altos do evento foi a apresentação da Ciclorrota Descaminhos do Ouro — um percurso de 420 km que atravessa 15 municípios da Zona da Mata, conectando a memória dos antigos caminhos coloniais com o presente do cicloturismo e do turismo de experiência. Uma jornada que une história, esporte e paisagem.

A IGR Caminhos Verdes de Minas é composta pelos municípios de Bicas, Chácara, Chiador, Coronel Pacheco, Descoberto, Goianá, Guarani, Mar de Espanha, Maripá de Minas, Pequeri, Piau, Rio Novo, Rio Pomba, Rochedo de Minas, São João Nepomuceno, Senador Cortes, Tabuleiro, Tocantins e Ubá. Juntos, esses municípios formam um território rico em belezas naturais, tradições culturais, gastronomia afetiva e festas populares, promovendo um turismo vivo, plural e gerador de oportunidades.

Filarmonica de Minas Gerais Violinista ANDREY BARANOV Foto de Alexander Fefelov

O violinista russo Andrey Baranov retorna a Belo Horizonte nesta semana para interpretar com a Filarmônica de Minas Gerais um dos concertos mais fascinantes do século XX, o “Concerto para violino nº 1 em lá menor, op. 77”, de Shostakovich, acompanhado pelo regente convidado Silvio Viegas que faz sua estreia à frente da Filarmônica.

Com Tchaikovsky, a Orquestra revisita uma sinfonia marcante do Romantismo tardio, a “Sinfonia nº 1 em sol menor, op. 13”, “Sonhos de inverno”, e, abrindo o programa, uma obra de Guerra-Peixe baseada nas suas impressões sobre um período fundamental da história do nosso estado, “Museu da Inconfidência”.

As apresentações serão nos dias 8 e 9 de maio, às 20h30, na Sala Minas Gerais. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala, a partir de R$ 39,60 (inteira) e R$ 19,80 (meia).

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura e pelo Governo de Minas Gerais por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Mantenedor: Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. Apoio Cultural: Inter. Apoio: Circuito Liberdade e Programa Amigos da Filarmônica. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Governo de Minas Gerais, Funarte, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Repertório

César Guerra-Peixe (1914 – 1993) e a obra “Museu da Inconfidência” (1972)

Minas Gerais está presente na obra de César Guerra-Peixe através dos sete poemas de Carlos Drummond de Andrade que ele musicou para voz e orquestra na cantata/cantoria “Drummondiana”. E em “Museu da Inconfidência”, o compositor revela, sem nenhuma intenção descritiva, sua comoção diante das correntes, lápides e outros objetos que testemunharam a tragédia dos Inconfidentes.

Uma grande carga dramática percorre os quatro movimentos da partitura: a “Entrada” é anunciada pelos trompetes, como se quisessem demonstrar a importância e a imponência do prédio que dá nome à composição, localizado em Ouro Preto e visitado por Guerra-Peixe em 1966.

O título do segundo movimento, “Cadeira de arruar”, refere-se popularmente à liteira usada pelos senhores brancos para saírem às ruas carregados pelos escravizados. A música, aqui, torna-se maliciosamente irônica, pois os carregadores (cientes de que não eram vistos pelos que iam no interior do veículo) aproveitavam o trajeto para zombar de seus donos.

O terceiro movimento, “Panteão dos Inconfidentes”, retoma o clima trágico: uma prece fúnebre cresce dramaticamente até o clímax, que ecoa como o desesperado grito dos heróis condenados. Em “Restos de um reinado negro”, o quarto e último movimento, a delicada percussão destaca as particularidades folclóricas do tambor militar, enquanto um belo canto negro entoado pelo fagote convoca elementos da nossa herança musical africana. Ao final, uma coda retoma as frases da “Entrada” com um brilho metálico de armas e caráter conclusivo.

Dmitri Shostakovich (1906 – 1957) e a obra “Concerto para violino nº 1 em lá menor, op. 77” (1947/1948)

Ao longo de sua trajetória, Shostakovich estabeleceu relações contraditórias com o Regime Soviético – duras advertências, expurgos e condenações alternaram-se com honrarias, títulos e prêmios oficiais. Tal dubiedade manifesta-se em sua obra com a estratificação de dois discursos distintos – há uma voz grandiloquente, exterior, heroica, e outra íntima, meditativa, austera.

Em 1948, Shostakovich foi suspenso temporariamente de sua docência no Conservatório de Moscou, acusado de orientação musical antipopular e formalista, e proibido de estrear novas obras orquestrais. O compositor procurou recuperar o prestígio oficial com obras alinhadas às preferências neoclássicas e de apelo patriótico do Comitê Central.

Porém, em contraste com essa voz exterior, Shostakovich escreveu também peças cuja estética inviabilizava qualquer possibilidade imediata de execução, pois traziam elementos da música popular judaica, o que destoava das campanhas antissemitas oficiais.

O longo e severo Concerto para violino, op. 77 integra este conjunto. Seu “Noturno” inicial, essencialmente cantabile, explora a escrita para cordas duplas e os vários registros do instrumento solista. O “Scherzo”, movimento em que as inflexões judaicas são mais perceptíveis, traz a animação unida à irônica causticidade própria do compositor.

O tema da “Passacaglia” aparece nas cordas graves com um contraponto das trompas. A seguir, o violino dialoga com diversos blocos instrumentais. Uma grande cadência faz a ligação com a “Burlesca” final, movimento coreográfico que retrata a vivacidade irresistível de uma festa popular.

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840 – 1893) e a obra “Sinfonia nº 1 em Sol menor, op. 13”, “Sonhos de Inverno” (1874)

Desejoso de se firmar como compositor, Tchaikovsky se empenhou em uma tarefa por demais árdua para um jovem recém-formado: a composição de uma sinfonia. Em março de 1866, ele começou a traçar os primeiros rascunhos, mas, no mês seguinte, a publicação de uma crítica devastadora do compositor César Cui a respeito da cantata apresentada em sua formatura desencadeou uma série de problemas psicológicos que o acompanhariam por toda a vida. Tchaikovsky passou a sofrer de ansiedade nervosa e insônia, além de apresentar ataques apopléticos constantes.

Após meses trabalhando acordado na orquestração, Tchaikovsky cometeu um erro de cálculo e submeteu a sinfonia, ainda inacabada, à crítica de seus antigos professores Anton Rubinstein e Nikolai Zaremba. Os dois foram impiedosos, atacando cruelmente a obra. Hipersensível a críticas, Tchaikovsky ficou completamente arrasado, mas em dezembro conseguiu voltar à partitura e finalizá-la. Todavia, a sua “Sinfonia nº 1” só seria executada na versão integral meses depois, em 3 de fevereiro de 1868, em Moscou, sob a regência de Nikolai Rubinstein. A versão que hoje conhecemos data de quando Tchaikovsky revisou a obra pela última vez, em 1875, antes da publicação.

Apesar dos percalços, pode-se considerar esta Primeira Sinfonia uma obra madura, que evidencia o temperamento típico da música russa tanto em seus temas de sabor folclórico quanto no brilhante colorido orquestral. O título “Sonhos de Inverno” foi dado pelo próprio Tchaikovsky. Apesar de conter temas vivos e movimentos rápidos, a sinfonia guarda um certo tom melancólico, especialmente no “Finale” que, apenas na grandiosa coda, deixa entrever um pouco de sol.

Silvio Viegas, maestro convidado

Silvio Viegas é Regente Titular da Orquestra Sinfônica Provincial de Santa Fé, na Argentina, e professor de regência na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nascido em Belo Horizonte, esteve à frente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais entre 2016 e 2022, e atuou como professor na Escola de Música da UFMG de 1998 a 2016.

Também ocupou os cargos de Regente Titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (2008 a 2015) e de Diretor Artístico da Fundação Clóvis Salgado (2003 a 2005). Desde o início da carreira, tem se destacado no meio operístico, regendo obras como “O Navio Fantasma” (Wagner), “O Barbeiro de Sevilha” (Rossini), “As Bodas de Fígaro” e “A Flauta Mágica” (Mozart), “La Bohème” e “Tosca” (Puccini), entre outros clássicos. Como maestro convidado, colaborou com grandes orquestras nacionais e internacionais, incluindo a da Arena di Verona, a Sinfônica de Roma e a do Teatro Colón.

Esta é a primeira vez que o maestro Silvio Viegas rege a Filarmônica de Minas Gerais.

Andrey Baranov, violino

O violinista russo Andrey Baranov é vencedor dos concursos internacionais Rainha Elisabeth, Benjamin Britten e Henri Marteau, e já se apresentou em palcos e festivais dos cinco continentes. Desde a sua estreia com o maestro Vasily Petrenko e a Filarmônica de São Petersburgo, em 2005, tocou com grandes orquestras como a Sinfônica de Viena, a Royal Philharmonic de Londres, a Sinfônica de Montreal, a Orquestra do Teatro Mariinsky, entre outras.

Colaborou com regentes e instrumentistas de renome, como Martha Argerich, Julian Rachlin, Teodor Currentzis, Vladimir Fedoseyev e Michel Tabachnik. Em 2012, fundou o David Oistrakh Quartet, cujo nome é uma homenagem a um dos grandes violinistas do século XX. Seu disco The Golden Violin, lançado pela Muso, recebeu o prêmio Diapason d’Or em 2018.

Este é o segundo concerto de Baranov com a Filarmônica de Minas Gerais, seguindo a estreia em 2024, quando se apresentou com o violoncelista e amigo Alexander Hülshoff.

Serviço:

8/5 - Série Allegro
9/5 - Série Vivace
Horário: 20h30
Local: Sala Minas Gerais (Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto)

Ingressos: de R$ 39,60 (Mezanino) a R$ 193 (Camarote). Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Foto: Alexander Fefelov

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Foto6 SecultMGDurante o 1º Seminário sobre Desenvolvimento Econômico através do Turismo, Minas Gerais apresentou a cozinha como território cultural, vetor de pertencimento e chave para o desenvolvimento sustentável (Foto Secult-MG)

Minas Gerais, onde o sabor é memória e a mesa é altar da cultura, mais uma vez afirmou seu protagonismo ao colocar a cozinha mineira no centro das estratégias de promoção turística. No dia 4 de junho, durante o 1º Seminário sobre Desenvolvimento Econômico através do Turismo, realizado em Poços de Caldas, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) compartilhou suas diretrizes para o fortalecimento da gastronomia como ativo identitário e econômico.

Representando a Secult-MG, o superintendente de Marketing Turístico, Thiago Ferreira, apresentou a palestra “A cozinha como centro na promoção turística de Minas Gerais”, revelando como o Estado tem reposicionado sua culinária não apenas como atrativo, mas como expressão viva do território, do afeto e da tradição.

“A cozinha mineira é chão, é tempo, é casa. É memória e também futuro. Por isso, ela ocupa o centro da nossa política de promoção turística — está presente nos estandes mundo afora, nas redes que conectam afetos, e nas rotas que unem saberes e sabores. Minas se apresenta ao mundo pelo caminho do paladar, pelo gesto generoso de pôr a mesa”, afirmou Ferreira.

A abordagem foi apresentada como uma das estratégias mais consistentes da Secult-MG para consolidar Minas como destino autêntico, plural e perene, em todas as estações do ano.

Poços de Caldas na rota da cozinha mineira

O seminário, promovido pela Prefeitura de Poços de Caldas, por meio da Secretaria Municipal de Turismo, em parceria com o Sebrae e o Circuito Turístico Caminhos Gerais, reuniu gestores públicos, especialistas, empreendedores e entidades do setor. Entre os temas discutidos estavam o desenvolvimento territorial, place branding, concessões de atrativos e rotas temáticas, além do lançamento oficial do projeto “Mesa de Minas – Poços de Caldas”, que integra o município ao movimento estadual de valorização da cozinha como patrimônio cultural imaterial.

O prefeito Paulo Ney de Castro Júnior destacou o significado simbólico e prático do momento vivido pelo município: “Este é um marco para a cidade. Foram anos de trabalho até alcançarmos um novo patamar de profissionalização do turismo. Agora, com iniciativas como o Mesa de Minas, Poços reafirma sua identidade e se projeta como destino que encanta pelo sabor, pela história e pelo acolhimento. O turismo transforma — movimenta a economia, valoriza a cultura e conecta o passado ao futuro”.

Mesa de Minas: Águas que curam, mesas que encantam

O projeto “Mesa de Minas – Poços de Caldas” nasce com a proposta de posicionar o município como referência nacional em turismo gastronômico. Sob o lema “Águas que curam, mesas que encantam”, a iniciativa propõe a integração entre poder público, restaurantes, produtores, setor hoteleiro e instituições de ensino para fazer da cozinha um instrumento de desenvolvimento, qualificação e geração de renda.

A proposta inclui certificação de estabelecimentos, criação de rotas gastronômicas, oficinas de formação em cozinha mineira contemporânea, um passaporte turístico temático e o Festival Mesa de Minas. Restaurantes participantes serão identificados com sinalização exclusiva e pratos típicos receberão a bandeira de Minas Gerais nos cardápios.

Com iniciativas como essa, Minas reafirma: a cultura não é adorno, é alicerce. E a cozinha, mais do que um atrativo, é caminho de afeto, pertencimento e prosperidade.

Ao integrar Poços de Caldas ao Mesa de Minas, o Governo de Minas reitera seu compromisso com uma política turística que respeita o tempo do território, valoriza os saberes locais e transforma a tradição em horizonte de futuro. A mesa mineira é, antes de tudo, lugar de encontro — entre gerações, entre regiões, entre visitantes e anfitriões.

Poços de Caldas, com suas águas que curam e mesas que encantam, mostra que o turismo não se faz apenas com infraestrutura, mas com alma, comunidade e sentido de lugar. Cada receita, cada ingrediente, cada história contada ao redor de um fogão aceso é uma forma de Minas dizer ao mundo: aqui se vive com sabor, se acolhe com coração e se promove desenvolvimento com raízes e visão.

Nesse movimento, o turismo não apenas gera renda — ele devolve dignidade, celebra a identidade e alimenta o que temos de mais essencial: o pertencimento.

 

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais informa que o pagamento dos projetos contemplados na Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) terá início no dia 20 de maio de 2025. Os proponentes habilitados deverão enviar a documentação necessária a partir do dia 19 de maio.

PAGAMENTO DOS EDITAIS DA PNAB 

Edital – Raízes de Minas

Edital – Propostas de Capacitação

Edital – Propostas de Produção de Obras

Edital – Propostas de Ações Literárias

Edital – Propostas de Desenvolvimento de Projetos

Edital – Manutenção de Grupos, Espaços e Coletivos

Edital – Propostas de Circulação de Espetáculos

Edital – Propostas de Mostras e Festivais

Edital – Bolsas de Pesquisa

Edital – Bolsas de Intercâmbio

ENVIO DA DOCUMENTAÇÃO: A PARTIR DE 19 DE MAIO

INÍCIO DOS PAGAMENTOS: 20 DE MAIO

Sobre os editais 3 (Fomento aos Pontos e Pontões de Minas Gerais) e 4 (Premiação de Pontos e Pontões de Minas Gerais), a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais comunica que os prazos passarão por readequações. A medida se dá em conformidade com a instrução normativa Nº 8/2016, do Ministério da Cultura, que demanda ajustes na composição da comissão de seleção, diante da ausência de representantes do poder público federal e da sociedade civil.

Foto4 SecultMGIniciativa inédita com descontos em energia para o setor cultural e turístico é um dos primeiros frutos de estratégia integrada de sustentabilidade para o turismo (Foto Secult-MG)

Minas Gerais dá mais um passo decisivo na construção de um futuro sustentável, criativo e justo. O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), firma parceria com a Cemig SIM. A iniciativa inédita é um dos primeiros frutos do Plano Diretor do Turismo Verde — uma estratégia integrada que coloca a sustentabilidade no centro do desenvolvimento turístico mineiro.

Energia limpa para o turismo e a cultura

A parceria firmada com a Cemig SIM passa a oferecer descontos significativos na tarifa de energia elétrica para empreendimentos e profissionais das cadeias produtivas da cultura e do turismo. Os descontos podem chegar a 16% com a adoção da energia fotovoltaica, promovendo um setor mais competitivo, ecológico e resiliente.

Essa ação é pioneira no país e se conecta aos programas Inteligência de Dados e Talentos e Capital Criativo, estruturantes do Plano Diretor do Turismo Verde. A energia solar passa a ser um instrumento não apenas técnico, mas simbólico, de transformação e pertencimento.

O projeto se sustenta em seis principais aspectos:

1. Sustentabilidade Energética: ao utilizar energia limpa, o turismo mineiro contribui para a redução da pegada de carbono, alinhando-se aos compromissos globais de preservação do meio ambiente.

2. Economia e Viabilidade: a redução nos custos operacionais fortalece empreendimentos turísticos, tornando o setor mais viável e preparado para o futuro.

3. Inovação e Eficiência: a energia fotovoltaica dialoga com as novas tecnologias de monitoramento e gestão inteligente do consumo, promovendo a cultura da inovação e da eficiência.

4. Turismo de Propósito: cada vez mais, o turista busca experiências alinhadas aos seus valores. Minas se coloca como destino comprometido com o futuro, acolhedor e consciente.

5. Protagonismo Comunitário: projetos solares em comunidades locais promovem inclusão social e capacitação, fortalecendo os talentos e saberes que fazem da cultura mineira um patrimônio vivo.

6. Gestão Ecossistêmica: o turismo sustentável é, sobretudo, respeito ao ecossistema. A energia solar se integra à paisagem de forma harmônica, favorecendo práticas que conservam a natureza e a diversidade dos territórios.

“Minas é terra de paisagens que emocionam, de culturas que curam e de saberes que resistem. Com o Plano Diretor do Turismo Verde, damos um passo civilizatório: fazer do turismo um instrumento de equilíbrio entre o humano e a natureza. A parceria com a Cemig SIM traduz em ação aquilo que defendemos em essência — a sustentabilidade como caminho e a cultura como horizonte”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira.

Sobre o Plano Diretor do Turismo Verde

Inspirado pelos princípios da inovação, da inclusão e do respeito ao território, o plano tem como eixos estruturantes: promover a sustentabilidade em todas as dimensões do turismo; desenvolver produtos turísticos inovadores, criativos e responsáveis; e posicionar Minas Gerais como referência nacional em turismo sustentável.

Mais do que diretriz técnica, o Plano Diretor do Turismo Verde é um chamado à integração de saberes: une o poder público, a iniciativa privada e as comunidades, valorizando a identidade cultural e ambiental dos territórios mineiros. É a cultura do cuidado traduzida em política pública.

Romeu Zema Carnaval Seminário Folha

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, abriu, nesta terça-feira (29/4), em São Paulo (SP), o seminário "Carnaval e Turismo: Aprofundamento sobre a Experiência e o Sucesso de Minas Gerais", promovido pelo Estúdio Folha, em parceria com o Governo de Minas. O evento foi realizado no auditório do jornal Folha de S.Paulo e contou com especialistas dos setores público e privado para debater a consolidação de Minas Gerais como um destino cultural e turístico, não somente no Carnaval como durante todo o ano, fomentando o desenvolvimento econômico e a geração de renda.

No encontro, os participantes analisam os resultados de uma avaliação feita pelo Instituto de Pesquisas Datafolha, durante os dias de Carnaval, que traz o perfil dos foliões e suas impressões sobre a festa em Minas Gerais. Os dados indicam que 88% dos entrevistados consideram a folia mineira ótima ou boa. Em Belo Horizonte, o índice de aprovação chegou a 97%. Cerca de 87% dos foliões elogiaram a segurança durante o Carnaval.

Dentre os foliões que estiveram nas Vias das Artes (Amazonas, Andradas e Brasil), novidade de 2025, levando circo, dança, música, poesia, artes visuais e tecnologia e se firmando como novo polo cultural do carnaval em BH, 92% avaliaram como ótimo ou bom o projeto. Mais da metade dos entrevistados (52%) pretende passar o Carnaval na mesma cidade novamente em 2026, enquanto 81% gostariam de passar o feriado em outras cidades de Minas Gerais.

A pesquisa entrevistou 2.077 pessoas em 12 destinos do Carnaval da Liberdade (Andradas, Belo Horizonte, Bom Despacho, Diamantina, Governador Valadares, Ouro Preto, Pará de Minas, Paracatu, Pirapora, São Lourenço, Tiradentes e Uberlândia) e em cinco cidades do Carnaval da Tranquilidade (Alto Caparaó, Camanducaia, Capitólio, Santana do Riacho e Teófilo Otoni). Também foi possível traçar o perfil do folião que vai ao estado durante a festa: a idade média é 38 anos, 53% são homens, 67% têm nível escolar superior e 45% têm renda acima de cinco salários mínimos.

Em sua fala no evento, o governador Romeu Zema ressaltou a diversidade de aspectos culturais em Minas Gerais e explicou que o Carnaval faz parte de um contexto maior de valorização do mercado turístico. "O setor de eventos e turismo tem relevância enorme. Em Minas, nós temos o maior número de cidades, cerca de 60% do patrimônio histórico, além de paisagens naturais com lagos e represas. É o estado com mais cidades históricas, com uma infinidade de parques naturais, paisagens diferentes de norte a sul, e isso nunca foi devidamente aproveitado. Essa economia criativa tem um grande potencial", comentou Romeu Zema.

“Ainda temos a mineiridade, um povo que acolhe bem, que respeita, e somos um dos estados mais seguros do Brasil. Somos realmente um estado que tem suas particularidades e isso nos dá muito orgulho. E o Carnaval, dentro desse contexto, tem sido uma peça fundamental para alavancar o turismo. Um trabalho que estamos construindo ao longo dos anos, porque eu acredito em trabalho consistente", disse o governador.

Também participam do seminário o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, a secretária-adjunta de Comunicação Social de Minas Gerais, Bárbara Botega, o presidente do Sebrae-MG, Marcelo de Souza e Silva, o fundador do bloco Baianas Ozadas, Geo Ozado, entre outras autoridades.

Festa popular

Em 2025, Minas Gerais sediou um carnaval histórico, com número recorde de foliões e de impacto da festa na economia, destacando a potência do turismo, com a valorização cultural das cidades e da festa realizada nas ruas mineiras. Foram 13,2 milhões de foliões em todo o estado de Minas Gerais, um aumento de cerca de 10% em relação aos 12 milhões registrados em 2024, gerando uma movimentação econômica de R$ 5,3 bilhões e participação ativa de 440 municípios.

A média de ocupação hoteleira em Belo Horizonte chegou a 87,5%, 16 pontos percentuais acima do que em 2024. Já no interior do estado, várias regiões turísticas, como o Mar de Minas (Capitólio e Furnas) e Caparaó Mineiro registraram 100% de ocupação hoteleira.

Festa segura

A segurança foi um dos principais destaques, com redução ou manutenção das estatísticas de todos os crimes monitorados pelo Observatório de Segurança Pública. Houve queda nos registros de roubo (24,3%) furto (25,7%), importunação sexual (27,9%) e estupro (45,8%). A pesquisa Datafolha revela que 85% dos foliões pertencentes à comunidade LGBTQIAPN+ avaliaram a segurança e o acolhimento no Carnaval da Liberdade como ótimo ou bom, enquanto 95% afirmam que não sentiram nenhum tipo de discriminação durante o carnaval.

Foto: Aluísio Eduardo / Digital MG

Lançamento Infraturismo Foto Leo Bicalho Secult MGCom o Infraturismo, lançado nesta segunda-feira (9/6), secretarias de Cultura e Turismo e de Infraestrutura e o DER-MG se unem para fortalecer destinos turísticos com mais de 1.300 km de obras em rodovias estratégicas (Foto Leo Bicalho/Secult-MG)

Uma iniciativa que une desenvolvimento da infraestrutura viária com a valorização do turismo regional. Assim é definido o programa Infraturismo – Minas é o Caminho, lançado, nesta segunda-feira (9/), pelo Governo de Minas, em coletiva de imprensa no Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). Sob a coordenação da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) e do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG), em conjunto com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), o programa tem como foco principal melhorar o acesso a destinos turísticos estratégicos, promovendo não apenas a mobilidade de visitantes, mas também a qualidade de vida da população mineira.

Com investimento superior a R$ 1,5 bilhão, o Infraturismo contempla 35 rodovias que somam mais de 1.300 km de intervenções, entre obras de pavimentação e recuperação funcional. A proposta é clara: antes de atrair turistas de fora, criar melhores condições para que os próprios mineiros redescubram o estado, impulsionando a economia local, a cultura regional e o sentimento de pertencimento. Ao todo, 26 regiões turísticas serão beneficiadas, abrangendo diferentes territórios de Minas Gerais, como o Vale do Jequitinhonha e Mucuri, Serras Verdes do Sul de Minas, Trilhas do Rio Doce, Mar de Minas, Caminhos da Mantiqueira, entre outros.

“O Infraturismo integra a infraestrutura ao planejamento turístico, conectando pessoas, cidades e oportunidades de forma inteligente e sustentável. Estamos falando de um programa com potencial de transformar o jeito de fazer turismo em Minas Gerais”, afirma o secretário de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias, Pedro Bruno de Souza.

Para o diretor-geral do DER-MG, Rodrigo Tavares, “trata-se de um pilar fundamental, pois influencia diretamente na acessibilidade, no conforto e na segurança dos visitantes, estimulando o crescimento da atividade turística e melhorando a experiência dos viajantes”.

Destaques

Com previsão de execução até 2026, o programa também atua como indutor de desenvolvimento econômico regional, contribuindo para geração de emprego, renda e para o fortalecimento da economia da criatividade em mais mais de 47 municípios e áreas de abrangência de 26 Instâncias de Governança Regionais (IGR´s).

Entre os destaques do programa estão rodovias que conectam importantes atrativos naturais, culturais e religiosos, como o Santuário da Padroeira de Minas em Caeté, o Parque Estadual do Rio Doce, o Centro Histórico de Diamantina, o Parque Nacional da Serra do Cipó, além de cidades turísticas como Monte Verde (Camanducaia), Conceição do Mato Dentro, Gonçalves e Serro.

Marco para o turismo

Com cerca de 32 milhões de turistas em Minas somente em 2024, dos quais 78% se locomovem por via terrestre, o fortalecimento das rodovias é estratégico. O programa ainda reforça a diretriz de valorização do turismo interno: 61% dos turistas em Minas são os próprios mineiros.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, o Infraturismo é uma política pública ampla que promove a cidadania e reforça o papel do turismo como vetor de desenvolvimento humano, cultural e econômico “O Infraturismo representa um marco para o turismo em Minas Gerais. Não estamos apenas abrindo caminhos para o visitante, estamos fortalecendo as rotas do afeto, do pertencimento e da memória dos mineiros. É um projeto que conecta pessoas, valoriza o território e transforma a infraestrutura em ponte para a cidadania”, conclui Oliveira.

MG 060 Papagaios Pompéu Imagens Seinfra MG DviulgaçãoA MG-060 liga Papagaios a Pompéu e integra o programa infraturismo (Foto Seinfra-MG/Divulgação)

Foto Gil Leonardi

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) oferecerão dois cursos de capacitação na área turística a partir de maio. O primeiro deles é Planejamento Turístico: Como Elaborar Planos de Turismo e Excelência, com 306 vagas, e o segundo Excelência em Hospitalidade: Gestão de Meios de Hospedagem e Negócios, com 400 vagas.

A iniciativa integra o programa Rotas do Conhecimento, uma parceria entre a Secult e IFSULDEMINAS. As inscrições são online e seguem abertas até o dia 12/05 por meio do site do IFSULDEMINAS. As aulas terão início dia 19/05/2025, e a seleção dos candidatos será conforme sorteio eletrônico, a partir de critérios estabelecidos no edital.

O curso Planejamento Turístico: Como Elaborar Planos de Turismo pretende capacitar gestores públicos, empreendedores e profissionais do turismo na concepção e elaboração de planos de turismo estratégicos e sustentáveis.

A formação visa proporcionar conhecimentos e habilidades para diagnosticar potencialidades e desafios do turismo, estruturar diretrizes de desenvolvimento, integrar políticas públicas e implementar ações que fortaleçam a competitividade dos destinos, garantindo sustentabilidade ambiental, valorização cultural e benefícios socioeconômicos para as comunidades locais.

Já o curso Excelência em Hospitalidade: Gestão de Meios de Hospedagem e Negócios visa capacitar os profissionais da hospitalidade para a gestão eficiente de meios de hospedagem, promovendo excelência nos serviços, inovação nos negócios e a satisfação dos clientes.

Os cursos são na modalidade Ensino a Distância (EaD), com carga horária de 40 horas e são voltados para qualquer pessoa interessada com idade mínima de 16 anos, ensino fundamental completo e residente em município de Minas Gerais. Ao final do curso, os participantes receberão certificado de conclusão.

Foto: Gil Leonardi

IMG 9131 Tunay XavierEvento no dia 10 de junho une arte, cultura popular e reflexões sobre a exposição que celebra o cotidiano do Bairro Nova Conquista (Foto Tunay Xavier)

Nesta terça-feira (10/6), às 19h, o Centro de Arte Popular (CAP) recebe um bate-papo descontraído com o artista Caio Ronin e o curador Marcos Esteves, mediando um diálogo sobre a exposição “Das Margens à Fonte”, em cartaz até 29/6 no CAP. O encontro, que acontecerá no Espaço de Convivência do CAP, promete revelar os bastidores da construção da mostra, que transforma o cotidiano do Bairro Nova Conquista, em Santa Luzia, em obras que unem delicadeza e potência.

Com uma trajetória que transita entre o mural e o cavalete, Caio Ronin mistura influências urbanas e tradicionais – como grafite, rap, funk, congadas e benzimentos – para criar retratos, elementos populares e naturezas reimaginadas. Além de produzir arte, o artista mantém o Projeto FloreSer, iniciativa sem fins lucrativos que oferece oficinas, atividades culturais e sessões educativas para crianças e jovens.

A exposição “Das Margens à Fonte” é uma celebração visual da vida na periferia, onde Ronin vive e busca inspiração. Suas pinturas traduzem o olhar sensível sobre o território, revelando histórias muitas vezes invisibilizadas.

Centro de Arte Popular

O Centro de Arte Popular apresenta um amplo panorama de obras que privilegiam a riqueza e a diversidade das manifestações culturais populares, valorizando o trabalho de criadores que traduzem no barro, na madeira e em outros materiais o universo em que vivem. Sua edificação principal foi construída para uso residencial na década de 1920, tendo sido também a sede do antigo Hospital São Tarcísio.

No ano de 2012, a edificação foi adaptada para abrigar o CAP, onde o público pode conhecer obras de artistas de várias regiões de Minas Gerais, como o Vale do Jequitinhonha, Cachoeira do Brumado, Divinópolis, Prados, Ouro Preto, Sabará e outras, entrando em contato com elementos representativos da pluralidade da cultura mineira. O edifício possui quatro salas de exposição permanente, uma para exposições temporárias, uma sala para oficinas de arte e ainda um pátio interno.

Serviço:

Bate-papo com Caio Ronin e Marcos Esteves, artista e curador da exposição “Das margens à fonte”
Data e horário: 10/6 (terça-feiria), às 19h
Local: Centro de Arte Popular – Espaço de Convivência (Rua Gonçalves Dias, 1.608 – B. Lourdes)
Entrada gratuita

Museu dos Militares Mineiros DivulgaçãoEm “Passos da Liberdade”, Joanna Scharlé reinterpreta a trajetória de Tiradentes em telas vibrantes (Foto Museu dos Militares Mineiros/Divulgação)

Até dia 9 de maio, o Museu dos Militares Mineiros, espaço integrante do Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, abriga a exposição temporária “Passos da Liberdade”, da artista plástica Joanna Scharlé. A mostra, que integra as comemorações do Dia de Tiradentes, celebrado em 21 de abril, apresenta uma seleção de obras em óleo sobre tela que revisitam a trajetória do mártir da Inconfidência Mineira, além de trabalhos acadêmicos que marcam a carreira da artista. 

Em “Passos da Liberdade”, Joanna Scharlé reinterpreta os ideais de Tiradentes por meio de uma linguagem plástica que mescla o lúdico e o introspectivo. Suas telas não apenas retratam episódios históricos, mas também evocam emoções e questionamentos, transformando a visita em uma experiência sensorial e reflexiva. Inaugurada em meados de abril, “Passos da Liberdade” integra o programa AMA – Ano Mineiro das Artes, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG). O Museu dos Militares Mineiros reforça, assim, seu compromisso com a difusão cultural, abrindo espaço para diálogos entre arte, história e identidade.

Joanna Scharlé – cor, forma e liberdade em manifesto

Com uma trajetória consolidada no cenário artístico mineiro, Joanna Scharlé apresenta uma produção que une técnica apurada e profundo simbolismo. Suas obras, marcadas por cores vibrantes e composições inusitadas, convidam o espectador a refletir sobre liberdade, identidade e história.

Membro do Priorado dos Inconfidentes, a artista já expôs em espaços como a Casa da Ópera de Ouro Preto, o Museu da Inconfidência e a Galeria Casa de Cultura Miralda, consolidando-se como uma voz relevante na interpretação visual do patrimônio cultural mineiro.

Museu dos Militares Mineiros

Inaugurado há dez anos, o Museu dos Militares Mineiros faz parte do Circuito Liberdade e apresenta a história, a memória e a cultura das corporações militares mineiras, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Além disso, propõe uma reflexão sobre o papel destas corporações no cotidiano dos cidadãos e na reafirmação de elementos essenciais para a identidade mineira.

Entre as peças em exposição estão uniformes, medalhas, armamentos, fotografias, instrumentos musicais, viaturas e equipamentos de campanhas, além de alguns documentos importantes não só para as corporações, mas para a cultura de Minas.

O Museu dos Militares MIneiros é um equipamento da Diretoria de Museus - DIMUS, subordinado à Secretaria de Estado da Cultura e Turismo do Estado de Minas Gerais por meio da Superintendência de Museus, Bibliotecas e Economia da Criatividade.

Serviço

Exposição “Passos da Liberdade”, de Joanna Scharlé
Período de visitação: até 9 de maio de 2025
Local: Museu dos Militares Mineiros Endereço: Rua dos Aimorés, 698 – Funcionários, BH
Instagram: https://www.instagram.com/museudosmilitaresmineiros/

festur Secult MGEstado participou do evento com estande próprio e painel estratégico sobre regionalização do turismo (foto Secult-MG)

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), participou da 5ª edição do Festival Internacional de Turismo e Cultura de Ouro Preto – FESTUR 2025 – com estande próprio e uma programação estratégica, diversificada e enraizada nos territórios mineiros.

O evento aconteceu de 4 a 6 de junho no Centro de Artes e Convenções da UFOP, reunindo gestores públicos, profissionais do setor, operadores, estudantes e apaixonados por turismo e cultura, promovendo conexões, lançamentos e experiências que refletem a riqueza cultural e turística do Estado.

Turismo como política pública estruturante

A participação de Minas no FESTUR reafirma o compromisso do Estado com a regionalização do turismo como política pública de desenvolvimento. A aposta na valorização das identidades locais, no fortalecimento das Instâncias de Governança Regionais (IGRs) e na atuação integrada com os municípios torna o turismo um vetor estratégico para geração de renda, inclusão e sustentabilidade.

“O FESTUR reafirma o papel do turismo como política pública de desenvolvimento em Minas. Não se trata apenas de atrair visitantes, mas de revelar o valor de nossos territórios, de nossas culturas e de nossa gente. Cultura e turismo, juntos, são forças transformadoras, capazes de gerar renda, pertencimento e futuro. Minas é um destino de alma, que pulsa em cada cidade, em cada sabor e em cada memória”, reforça o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Entre os destaques da programação, o Fórum Estadual de Empreendedores, Secretários de Turismo e Cultura abriu o evento com o tema “Gestão Pública de Resultados e Investimento no Turismo”, com palestra de abertura conduzida por Thiago Akira, especialista em marketing digital com foco em posicionamento estratégico no setor.

Painéis estratégicos: identidade, sustentabilidade e transformação

O Painel 1, com o tema “Identidade, Sustentabilidade e Desenvolvimento – A Política de Regionalização do Turismo em Minas Gerais”, contou com a participação do superintendente de Políticas do Turismo e Gastronomia da Secult-MG, Petterson Tonini, ao lado de Rodrigo Cezário (Congresso Nacional de Turismo e Cultura Sustentável) e Flávio Malta (Secretário de Cultura e Turismo de Ouro Preto).

“Estar no FESTUR é estratégico para fortalecer a regionalização do turismo em Minas. Estamos construindo o futuro com base nas nossas identidades, vocações e territórios, valorizando a governança e as pessoas”, destaca Petterson Tonini.

Já o Painel 2, “O Turismo que Transforma: O Poder do Desenho de Experiências na Valorização dos Territórios”, foi mediado por Nádia Giannini (Sebrae-MG) e teve participação de Thaís Miranda (Secult-MG), com a apresentação do projeto estratégico de diversificação da oferta turística, além de Leonardo Esteves (Brumatur Viagens), com o case Destino Veredas.

Estande de Minas: experiências, encontros e território

O estande de Minas Gerais funcionou como um espaço de vivências criativas e afetivas. Com oficinas, experiências gastronômicas e lançamentos de roteiros turísticos, o ambiente valorizou o fazer mineiro e a diversidade dos territórios.

“A participação de Minas no FESTUR é uma vitrine estratégica para mostrar a diversidade dos nossos destinos e o impacto concreto das políticas públicas de regionalização. Cultura e turismo são pilares do desenvolvimento sustentável dos municípios mineiros”, afirma a subsecretária de Turismo de Minas Gerais, Patrícia Moreira.

Foto2 SecultMGReconhecimento oficial valoriza a gestão, profissionaliza as entidades e impulsiona o turismo nos municípios mineiros (Foto Secult-MG)

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) publicou a Resolução SECULT nº 33, que estabelece os novos procedimentos para certificação das Instâncias de Governança Regionais (IGRs) como executoras, interlocutoras e articuladoras da descentralização e regionalização do turismo em Minas Gerais, conforme o Decreto nº 48.804 de 25/04/24.

A medida representa um avanço estratégico para o setor e traz impactos positivos diretos para os gestores públicos, o trade turístico e, principalmente, para a economia mineira.

Com a nova resolução, as IGRs passam a ter reconhecimento oficial do Estado por meio de um certificado de reconhecimento, que fortalece institucionalmente essas entidades como protagonistas na articulação do turismo regional.

A certificação comprova a capacidade técnica, jurídica, financeira e de gestão das IGRs, valorizando o trabalho conjunto entre municípios e promovendo um ambiente mais qualificado para o desenvolvimento turístico regional. Além disso, facilita o acesso a recursos estaduais, federais e parcerias estratégicas com o setor privado.

O novo sistema de certificação é o resultado de um trabalho que vem sendo feito conjuntamente entre a Secult-MG e IGRs desde 2023, com o compromisso de desburocratizar o processo. A nova versão traz mais clareza e segurança jurídica às entidades interessadas, além de integrar com eficiência a Política Estadual de Regionalização do Turismo ao Mapa do Turismo Brasileiro.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, "a certificação garante que as IGRs estejam preparadas para atuar de forma técnica, organizada e eficiente, ampliando os benefícios da regionalização e conectando os municípios às políticas públicas de fomento, promoção e qualificação do turismo em Minas Gerais".

A certificação será realizada bienalmente, com inscrições abertas a partir de 1º de agosto de 2025, por meio de um sistema exclusivo da Secult. Para ter acesso à plataforma e iniciar o processo, os representantes legais das entidades devem encaminhar ofício com nome e e-mail do responsável técnico para o endereço: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Todas as exigências estão detalhadas na Resolução, que foi publicada no Diário Oficial de Minas Gerais, e está disponível também no site da Secult.

Alvorada Poetica Macaca Filmes

Minas Gerais estará no centro das discussões em São Paulo nesta terça-feira (29/4), durante o seminário “Carnaval e Turismo: Aprofundamento sobre a Experiência e o Sucesso de Minas Gerais”, promovido pelo Estúdio Folha em parceria com o Governo de Minas. O evento, gratuito e aberto ao público, terá transmissão ao vivo pelo canal do Estúdio Folha no YouTube, e contará com a presença do governador Romeu Zema na abertura.

O seminário terá como foco as ações que vêm consolidando Minas como referência nacional no planejamento e execução de grandes eventos, especialmente o Carnaval, além de destacar o papel do estado no fortalecimento do turismo, da economia da criatividade e da cultura como vetores de desenvolvimento durante o ano todo.

A programação inclui a apresentação de dados inéditos do Datafolha, além de painéis com especialistas e lideranças do setor público e privado, como a secretária Adjunta de Comunicação do Estado de Minas Gerais, Bárbara Botega, o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, além do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de BH (CDL-BH), Marcelo de Souza e Silva, do fundador do bloco Baianas Ozadas, Geo Ozado, da presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel), Karla Rocha, e da presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (ABIH-MG), Flávia Badaró.

“Minas mostrou ao Brasil que é possível unir planejamento, segurança, criatividade e acolhimento para fazer um Carnaval diverso, potente e que movimenta toda a cadeia produtiva do turismo e da cultura. Este seminário é mais um reconhecimento desse trabalho coletivo que transforma Minas em destino de referência no país”, destaca o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

O evento marca também um momento de avaliação dos resultados e de projeção para novas oportunidades que envolvem o turismo mineiro em sua dimensão festiva, afetiva e econômica, consolidando o estado como uma das principais destinos de experiências culturais do Brasil.

Serviço

Data: 29/04/2025 (terça-feira)
Horário: 9h
Local: Alameda Barão de Limeira, 425 – Campos Elíseos – São Paulo (SP)
Transmissão: YouTube – Estúdio Folha

Foto: Macaca Filmes

Leônidas de Oliveira no Assembleia Fiscaliza Foto Alexandre Netto ALMG 2Nesta quinta-feira (5/6), a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo apresentou os resultados do primeiro ciclo de 2025, destacando os avanços da Lei Descentra Cultura, a adesão histórica à PNAB e a interiorização dos investimentos culturais (Foto Alexandre Netto/ALMG)

Minas Gerais, terra de saberes e fazeres, volta a afirmar seu protagonismo nacional ao colocar a cultura e o turismo no centro da agenda do desenvolvimento humano, social e econômico. Nesta quinta-feira (5/6), durante o Assembleia Fiscaliza, realizado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) apresentou os resultados do primeiro ciclo de 2025, com foco nos avanços da Lei Descentra Cultura, política pública estruturante que tem promovido uma verdadeira transformação na forma como os recursos culturais chegam aos territórios: com justiça, pluralidade e protagonismo municipal.

A descentralização se consolidou como marca do tempo presente em Minas. Pela primeira vez, 61% das inscrições da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) 2024 vieram do interior, um marco histórico. Foram 13 editais lançados, 4.200 projetos contemplados e 18.369 inscrições, oriundas de 537 municípios – um aumento de 47% no número de cidades participantes em relação à edição anterior.

A Lei Estadual de Incentivo à Cultura, um dos pilares da política de descentralização da Secult-MG, também apresentou resultados notáveis. De janeiro a maio de 2025, 420 projetos foram aprovados para captação de recursos, dos quais 236 localizados em Belo Horizonte e Região Metropolitana, e 184 no interior do estado. Dos R$ 179,4 milhões disponíveis neste exercício, R$ 133,2 milhões já foram captados até maio, demonstrando a força da cadeia cultural e a confiança dos investidores no setor.

Pela primeira vez no Brasil, Minas Gerais se torna o primeiro estado a assegurar que 30% dos recursos da Lei de Incentivo sejam destinados às culturas populares e tradicionais — aquelas que mantêm acesa a alma mineira nos terreiros, nas serras, nos quintais, nas memórias e nos saberes transmitidos de geração em geração. Serão R$ 85 milhões investidos nesses grupos no biênio 2024-2025. Outro marco: os 853 municípios mineiros aderiram à Política Nacional Aldir Blanc, assegurando plena participação no programa ao longo de 2025.

“Minas vive um momento histórico. Com a Lei Descentra Cultura, garantimos que a arte e o fazer cultural floresçam em todos os cantos do estado. Isso não é apenas política pública: é justiça cultural, é cidadania, é desenvolvimento. Em Minas, cultura não é privilégio, é direito, é política de Estado”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira.

Investimentos estruturantes

Ao todo, R$ 386,2 milhões foram investidos nos setores da cultura e do turismo, somando recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, ICMS Patrimônio Cultural, ICMS Turismo e Política Nacional Aldir Blanc. Os repasses constitucionais continuam fortalecendo as bases municipais: o ICMS Turismo transferiu R$ 19,3 milhões até março, com 581 municípios habilitados. Já o ICMS Patrimônio Cultural destinou R$ 54,9 milhões entre janeiro e abril, beneficiando 840 cidades que preservam a memória, o patrimônio e as identidades locais.

Cultura e turismo como vetores de emprego e renda

Os setores da cultura e do turismo continuam a se afirmar como eixos econômicos estratégicos. Entre abril de 2024 e março de 2025, foram criados 13.457 empregos formais no turismo. Hoje, são 433.858 postos de trabalho ativos, um crescimento de 2,58% em um ano. Na cultura, são 368 mil empregos formais registrados em março de 2025, com crescimento de 1,1%.

Programas que integram cultura e turismo seguem movimentando a economia mineira. O Carnaval da Liberdade 2025, por exemplo, mobilizou 13,2 milhões de foliões e gerou um impacto econômico de R$ 5,3 bilhões. Já o Minas Santa 2025 atraiu 550 mil visitantes e fiéis durante a Semana Santa, movimentando R$ 1,9 bilhão.

Secretário Leônidas de Oliveira ao centro com microfone lança rotas turísticas na MTM 2025 Foto Renata Garbocci Secult MGSecretário Leônidas de Oliveira (ao centro) lança novas rotas para impulsionar o turismo em Minas Gerais (Foto Renata Garbocci/Secult-MG)

Com o lançamento de novas rotas turísticas, ampliando a oferta de experiências e a integração de territórios, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), encerrou, nesta sexta-feira (25/4), sua participação na segunda edição da Minas Travel Market (MTM) 2025, realizada no Minascentro, em Belo Horizonte. As novas rotas foram estruturadas em parceria com Sebrae Minas, Codemge e diversos parceiros regionais e municipais, e estão alinhadas à promoção dos destinos mineiros e à política de fortalecimento do turismo como vetor de desenvolvimento.

Enquanto o turismo nacional recuou em janeiro (-6,1%) e iniciou uma leve recuperação em fevereiro (+2,9%), Minas Gerais cresceu 1,7% em fevereiro e deve encerrar o primeiro quadrimestre com crescimento acima da média nacional. Os resultados refletem investimentos consistentes do Governo de Minas: apenas em fevereiro, foram destinados mais de R$ 6 milhões aos municípios participantes do ICMS Turismo, beneficiando 581 cidades.

Novas rotas

A Rota Caparaó Mineiro convida os visitantes a explorarem os municípios de Alto Caparaó, Alto Jequitibá, Caparaó e Espera Feliz, onde paisagens de montanhas imponentes e cachoeiras encantadoras revelam um destino de contemplação e natureza exuberante. “A Rota Caparaó reflete o protagonismo do interior na construção do turismo mineiro. Aqui, o visitante encontra experiências autênticas que geram renda, pertencimento e desenvolvimento para as comunidades locais”, destaca Marcelo de Souza e Silva, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas.

A Rota Vulcânica, por sua vez, percorre os municípios de Poços de Caldas, Caldas e Andradas, no sul da Mantiqueira de Minas, território de origem vulcânica com forte tradição em turismo de saúde, enoturismo e experiências termais. Já a Rota Estrada Cênica da Cordilheira do Espinhaço conecta 11 municípios em um percurso que une parques naturais, serras, cidades históricas e vales entre Lagoa Santa e Diamantina.

“Os lançamentos que fizemos na MTM 2025 representam um novo capítulo para o turismo em Minas Gerais. Estamos conectando territórios, fortalecendo experiências autênticas e mostrando ao Brasil e ao mundo que Minas é múltipla, diversa e preparada para receber com excelência. É o turismo como motor de desenvolvimento e identidade”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

A participação do Governo de Minas na MTM 2025 foi marcada por quatro estandes temáticos – Cordilheira do Espinhaço, Mantiqueira de Minas, Cozinha Mineira e Turismo da Fé – que apresentaram ao público nacional as riquezas culturais, históricas e gastronômicas do estado. Outra atração foi a campanha “São Thomé das Letras – Onde você é o mistério”, lançada em parceria com a Prefeitura Municipal. A proposta reforça a vocação turística, mística e cultural da cidade do Sul de Minas, com foco na promoção nacional e internacional do destino.

Passaporte da Esperança

No campo do turismo religioso, o estande inédito Turismo da Fé foi palco do lançamento do Passaporte da Esperança, idealizado pela Arquidiocese de Belo Horizonte em preparação para o Jubileu de 2025. O projeto convida os visitantes a percorrerem 19 Igrejas Jubilares da capital mineira em uma jornada de fé, espiritualidade e valorização do patrimônio cultural. “O turismo religioso em Minas Gerais é expressão viva da fé do nosso povo e uma ponte que une espiritualidade, cultura e desenvolvimento para nossas comunidades”, afirmou o Padre Wagner Calegário, Reitor do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, em Caeté.

Capitólio também teve destaque na programação com o lançamento da terceira edição do Salão Náutico Capitólio (SNC), que será realizado de 24 a 27 de julho na Marina Escarpas, no Lago de Furnas. O evento é considerado o maior do setor náutico em Minas Gerais e deve movimentar mais de R$ 30 milhões em negócios, além de atrair cerca de 10 mil visitantes. “O Salão Náutico Capitólio é uma vitrine estratégica que conecta nossa cidade ao setor náutico nacional, impulsionando o turismo, gerando negócios e promovendo o Lago de Furnas como destino de lazer e aventura”, destacou o secretário municipal de Turismo, Cristiano Lopes Ventura.

O encerramento da MTM 2025, que reuniu mais de 3.000 profissionais do trade turístico de diversas regiões do país e 4.000 visitantes, foi marcado ainda por capacitações e pitchs para agentes de viagem, degustações de produtos típicos e apresentações nas Cozinhas Vivas, consolidando Minas Gerais como um dos grandes protagonistas do turismo nacional. A Minas Travel Market é resultado da parceria entre a Associação Brasileira de Agências de Viagens de Minas Gerais (ABAV-MG) e a BBC Eventos.

Parceria com o Sebrae Minas

Por meio da estratégia Check in Turismo, o Sebrae Minas participa da MTM para apresentar novos destinos ao mercado. Seguindo a segmentação proposta pelo Governo do estado, o Sebrae Minas apoia empresários para estarem presentes na feira como forma de acessarem o mercado turístico e se posicionarem estrategicamente. Os destinos são: Serra do Cipó e Serra do Cabral (Cordilheira do Espinhaço), Monte Verde e Delfim Moreira (Mantiqueira de Minas) e Caminhos Franciscanos e Caminho da Agonia (Turismo Religioso).

Foto Marlene Aranã à esquerda e Tânia Caçador Foto Centro de Arte Popular DivulgaçãoAtividade, coordenada por Marlene Aranã (à esquerda) e Tânia Caçador, integra a programação da exposição "Antes de mim, falaram os meus ancestrais", em cartaz até 29 de junho (Foto Centro de Arte Popular/Divulgação)

Neste sábado (7/6), o Centro de Arte Popular (CAP) será palco da oficina “Ervas Medicinais e Monotipias com Urucum”, ministrada pelas artistas Marlene Aranã e Tânia Caçador. A atividade, que começa às 14h, é um desdobramento da exposição “Antes de mim, falaram os meus ancestrais”, em cartaz no local até 29 de junho, e integra o AMA – Ano Mineiro das Artes, programa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. Com vagas limitadas, os interessados devem retirar senha gratuita a partir das 13h. A oficina convida o público a explorar os usos medicinais de plantas tradicionais e a experimentar a técnica da monotipia utilizando urucum, corante natural carregado de simbolismo nas culturas indígenas.

Marlene Aranã, artista visual indígena do Vale do Jequitinhonha, e Tânia Caçador, artista plástica e jornalista, trazem em suas trajetórias um diálogo entre tradição e contemporaneidade. Ambas integram a exposição em cartaz, que reúne 32 obras de seis artistas mineiros, revelando a cosmovisão de famílias Pataxó Ha Hã Hãe em Minas Gerais.

“Antes de mim, falaram os meus ancestrais”

A exposição, que segue em cartaz até o dia 29/6, com entrada gratuita, convida o público a mergulhar na potência estética e simbólica das culturas indígenas contemporâneas. Com entrada gratuita, a mostra apresenta mais de 20 obras criadas por seis artistas mineiros – Cacique Paulino Aranã, João Aranã Moreira Índio (João Índio), Márcia Martins, Marlene Aranã, Mônica Mendes e Tânia Caçador – por meio de técnicas diversas como pintura a óleo, aquarela, lápis de cera, técnica mista e instalações.

A mostra é fruto de um projeto que buscou ouvir as vozes das famílias indígenas Pataxó Ha Hã Hãe que engloba diversas etnias: Aranã, Maxacali, Kamakã, Tupinambá, Kariri-Sapuyá, Gueren, que vivem nos municípios de Esmeraldas e Juatuba, com o objetivo de tornar visível para o público em geral onde vivem essas famílias, como trabalham, como mantém suas tradições culturais mesmo distantes de suas terras, como dialogam com a comunidade de não indígenas do entorno, o que produzem artisticamente, como se veem e qual a sua cosmovisão.

Aglutinar diferentes percepções dos saberes/fazeres indígenas para os não-indígenas, foi um exercício criativo árduo, mas enriquecedor e urdiu: o poder das ervas curativas, as pinturas corporais e os voos dos pássaros, como exuberâncias temáticas jorradas dos ventres das artistas Márcia Martins, Mônica Mendes e Tânia Caçador, interconectadas como em um ritual de passagem.

Serviço

Oficina "Ervas Medicinais e Monotipias com Urucum"
Data: Neste sábado (7/6), às 14h
Local: Centro de Arte Popular (Espaço de Convivência) – Rua Gonçalves Dias, 1.608 – Lourdes
Senhas gratuitas a partir das 13h (vagas limitadas)

MTM 2025Estado apresenta quatro estandes temáticos e lança Passaporte da Esperança e Calendário dos Festivais da Cozinha Mineira no Destino Veredas (Foto Leo Bicalho/Secult-MG)

Minas Gerais reforça sua posição de destaque no turismo nacional com uma participação histórica na Minas Travel Market (MTM) 2025, que teve início nesta quinta-feira (25/4), no Minascentro, em Belo Horizonte. O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), ampliou sua presença com quatro estandes temáticos que promovem as rotas turísticas da Cordilheira do Espinhaço, da Mantiqueira de Minas, da Cozinha Mineira e, pela primeira vez, um espaço exclusivo dedicado ao Turismo da Fé.

Dois lançamentos se destacaram neste primeiro dia: o Passaporte da Esperança, iniciativa da Arquidiocese de Belo Horizonte que convida à peregrinação por 19 igrejas jubilares da capital, e o Calendário dos Festivais da Cozinha Mineira no Destino Veredas, que promove a gastronomia afetiva da região por meio de festivais e saberes tradicionais.

“O lançamento do calendário dos Festivais da Cozinha Mineira no Destino Veredas valoriza a culinária regional, impulsionando o turismo sustentável. Além de fortalecer a economia criativa e dar visibilidade a produtores e artistas locais, os festivais promovem integração entre os municípios, consolidando o Destino Veredas como um local de experiências autênticas”, ressalta a Gestora da IGR Veredas, Érica Maia.

“A MTM é uma vitrine do turismo mineiro para o Brasil e o mundo. O lançamento do Passaporte da Esperança e do calendário de festivais mostra como Minas se reinventa valorizando o que tem de mais precioso: sua cultura, sua fé e seus sabores”, destaca o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira.

Minas para o mundo

A programação da MTM, fruto da parceria entre a BBC Eventos e a Associação Brasileira de Agências de Viagens de Minas Gerais (ABAV-MG), segue até sexta-feira (25/4), com intensa programação para operadores, agências e profissionais do setor, incluindo harmonizações com café e cachaça, experiências imersivas, rodadas de negócios e o lançamento do Salão Náutico Capitólio 2025.

O evento é um dos principais encontros do setor turístico da região Sudeste e uma importante vitrine para os destinos e produtos mineiros. A participação do Governo de Minas conta com o patrocínio da Codemge e apoio da Copasa.

“A presença da Codemge na MTM 2025 reforça nosso compromisso com o desenvolvimento do turismo como vetor estratégico para a economia de Minas Gerais”, destaca a presidente da Companhia, Luísa Barreto. O presidente da Copasa, Fernando Passalio, “reconhece no turismo um aliado do desenvolvimento regional, unindo compromisso com a sustentabilidade e a valorização das nossas riquezas naturais”.

Arraiá em Tupaciguara Foto Acervo Prefeitura de TupaciguaraGestores municipais já podem cadastrar seus eventos no portal oficial do turismo de Minas Gerais e promover os arraiás que movimentam a economia e celebram as tradições do estado (Foto Acervo/Prefeitura de Tupaciguara)

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), convida gestores municipais a participarem ativamente da campanha Minas Junina 2025, fortalecendo a valorização da cultura popular e impulsionando o turismo local. Para isso, os municípios devem cadastrar suas festas juninas e manifestações tradicionais no portal oficial do turismo do Estado: www.minasgerais.com.br. O Minas Junina, lançado no dia 26/5, dentro da política pública estruturante DescentraCultura, celebra as tradições em devoção a Santo Antônio, São João e São Pedro, por meio de arraiás, quadrilhas, fogueiras, procissões, forrós e festas populares. O portfólio de eventos pode ser acessado neste link.

Em 2025, mais de 400 municípios deverão participar das comemorações, que devem atrair cerca de 3,3 milhões de pessoas em todo o estado. E o melhor: ao cadastrar seu evento, o município ainda soma pontos para o ICMS do Patrimônio Cultural, recurso fundamental para fomentar a cultura local com autonomia. Além de garantir visibilidade estadual e nacional para os eventos, o portal se torna uma vitrine digital para turistas que desejam vivenciar as tradições mineiras. É também uma importante ferramenta de divulgação que valoriza o trabalho de artistas, quadrilhas, comunidades e produtores locais.

Como cadastrar: veja o passo a passo

Acesse www.minasgerais.com.br/admin/login. Se já possui cadastro, entre com seu usuário e senha. Caso contrário, clique em “Quero me cadastrar” e crie seu acesso. Após o login, clique em “Eventos” e cadastre sua programação. Na classificação do evento, selecione Minas Junina 2025. Preencha todos os campos com atenção: título e descrição curta (impactante e objetiva); descrição completa (programação, datas, local, atrações), foto de capa obrigatória e com boa qualidade; por fim, coloque os canais de contato: site, redes sociais, e-mail, telefone.

A campanha contempla festas de todos os portes e manifestações culturais relacionadas ao ciclo junino. Cadastrar seu evento é garantir que ele esteja no maior roteiro junino já realizado em Minas Gerais. Para mais informações ou dúvidas, confira o guia de instruções. Clique aqui para acessar o material completo.

Espetáculo Paixão em Cena em BH Foto Leo Bicalho Secult MGCom mais de meio milhão de peregrinos e R$ 1,9 bilhão movimentados, programa se conecta às raízes mais profundas da espiritualidade, ao momento de luto da cristandade e ao futuro do turismo mundial; Espetáculo 'Paixão em Cena', em BH, foi uma das atrações do programa (Foto Leo Bicalho/Secult-MG)

Neste abril de 2025, Minas Gerais se tornou, mais uma vez, um grande território da fé. Enquanto o mundo cristão se despede do Papa em uma vigília que transcende as fronteiras da religião e da geografia, as montanhas de Minas – silenciosas e sagradas – acolheram com devoção 550 mil turistas e fiéis em um movimento que, ao mesmo tempo, contempla o espírito e transforma a terra. Com 667 eventos em 460 cidades, o programa Minas Santa 2025 ultrapassou as expectativas: foram mais de R$ 1,9 bilhão em impacto econômico direto em todo o estado apenas durante a Semana Santa. Esse número representa quase 40% da estimativa anual de R$ 5 bilhões para o turismo religioso em Minas, e sinaliza um novo ciclo de prosperidade guiado pela cultura, pela espiritualidade e pelo acolhimento mineiro.

“Minas tem mostrado ao Brasil como valorizar sua história, sua cultura e sua fé. Os resultados da Semana Santa são reflexo de um trabalho sério, descentralizado e com foco na geração de oportunidades em todo o estado. O turismo e a cultura são motores da nossa economia”, destaca o governador de Minas Gerais, Romeu Zema.

“Minas Santa é mais que um programa. É uma celebração da fé como linguagem da cultura mineira. Ao reunir centenas de milhares de pessoas em todo o estado, mostramos que a espiritualidade é um dos maiores patrimônios vivos de Minas. Minas Santa é uma experiência, e #VemMineirizar é o nosso convite permanente”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Fé, cultura e economia: um caminho ancestral

Desde a Idade Média, a fé cristã impulsiona rotas de peregrinação e movimentos econômicos. De Compostela a Roma, da Terra Santa às veredas de Guimarães Rosa, a fé moldou vilas, ergueu igrejas e fez nascer os primeiros hospitais e universidades. Hoje, Minas Gerais resgata esse espírito e mostra ao mundo que a economia da fé é também economia do bem, da cultura, da caridade e da esperança.

O programa Minas Santa uniu grandes centros e pequenos distritos, de Sabará a São Thomé das Letras, de Vargem Bonita à histórica São João del-Rei. A celebração da fé se estendeu a todos os 853 municípios e mais de mil distritos, com seus tapetes, cortejos, missas, coralistas, romeiros, congadeiros e violeiros. “São Thomé das Letras mostrou mais uma vez sua força como destino de espiritualidade, cura e reconexão. Com 90% dos nossos 19 mil leitos ocupados, vivemos dias de grande movimento, paz e diversidade de expressões religiosas. Aqui, a fé caminha junto com a natureza e a energia que emana da nossa terra”, ressalta Donizete Flauzino, prefeito da cidade localizada no Sul de Minas.

O prefeito de Mariana, Juliano Duarte, diz que a cidade é “o berço da fé mineira e recebeu os fiéis com música sacra, devoção e o brilho do nosso patrimônio barroco, que segue encantando o mundo.”

“Poços de Caldas é uma estância de cura e contemplação. A Semana Santa foi vivida com intensa programação religiosa e cultural, conectando nossos visitantes com a espiritualidade, as águas, a música sacra e a hospitalidade do Sul de Minas. O sucesso confirma nosso papel de destaque no turismo mineiro”, sublinha o prefeito Paulo Ney.

Minas em sintonia com o mundo

O sucesso do programa também reverbera no cenário internacional. Em tempos de conflitos geopolíticos, colapsos ambientais e superlotação dos destinos turísticos tradicionais, Minas se apresenta como um refúgio de autenticidade. O programa se alinha a todas as cinco principais tendências globais do turismo em 2025: destinos alternativos e menos massificados; viagens conscientes e sustentáveis; imersão cultural e afetiva; contemplação e reconexão com a natureza, e por fim, busca pela transcendência e pela memória

Enquanto o turismo nacional recuou em janeiro com -6,1%, e apenas iniciou uma leve recuperação em fevereiro (+2,9%), Minas Gerais contrariou essa curva, impulsionada pela força da fé e pela política pública consistente. O estado cresceu 1,7% em fevereiro e deve encerrar o primeiro quadrimestre com crescimento acima da média nacional.

O prefeito de Capitólio, Cristiano Silva, diz que a cidade “viveu uma das maiores Semanas Santas da nossa história”. “Recebemos milhares de visitantes que vieram buscar não apenas nossas paisagens, mas também a espiritualidade e o acolhimento do nosso povo. A integração entre fé, natureza e gastronomia tem feito de Capitólio um destino completo para quem deseja viver experiências únicas”, comenta Silva.

“Caeté, com o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, é um dos corações espirituais de Minas. A ocupação total da cidade mostra que o turismo de fé é uma força crescente para nossa economia e nossa cultura”, reforça o prefeito Alberto Pires.

Política pública com alma

O Minas Santa é exemplo de uma política pública moderna, descentralizada e enraizada nas identidades locais. O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, valoriza a autonomia dos municípios, garante repasses via ICMS Cultural, capacita agentes locais e promove os destinos com uma comunicação nacional qualificada – como a campanha “Vem Mineirizar”, vista por milhões de brasileiros.

Foto3 SecultMGPrimeira iniciativa em curso: a Serra da Canastra está sendo dialogada com as comunidades para ser reconhecida como Paisagem Cultural (Foto Secult/MG)

Minas Gerais, o estado com o maior número de bens reconhecidos pela UNESCO no Brasil, dá mais um passo à frente na vanguarda da proteção patrimonial. O Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (CONEP) aprovou, na última terça-feira (3), a Deliberação CONEP Nº 01/2025, que institui a Declaração da Paisagem Cultural de Minas Gerais.

Esta cria seu catálogo oficial e estabelece diretrizes para seu reconhecimento, gestão e promoção. Proposta pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), a medida representa um marco na política de preservação cultural brasileira.

A Declaração da Paisagem Cultural adota os conceitos mais atuais da Convenção do Patrimônio Mundial da UNESCO, ao reconhecer a paisagem como expressão viva da interação entre o ser humano e o meio ambiente, onde se entrelaçam natureza, cultura, modos de vida e simbologias coletivas.

“Em Minas, a paisagem tem cheiro, sabor, som e calor humano. É o campo florido, mas também a mesa posta, a hospitalidade silenciosa e o sincretismo das festas. Reconhecer isso como patrimônio é um gesto de modernidade e profundidade. É proteger o visível e o invisível. É colocar o afeto como parte do território”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo e presidente do CONEP, Leônidas de Oliveira.

O texto aprovado define paisagem cultural como "qualquer parte do território de Minas Gerais, tal como percebida pelas populações, cujo caráter é o resultado da ação e interação de fatores naturais e humanos ao longo do tempo". Entre os critérios estão o valor histórico e cultural, a relevância simbólica para a identidade local, a presença de práticas culturais vivas e a contribuição para o desenvolvimento sustentável.

“Este é um instrumento que permite compreender o território em sua totalidade e complexidade”, afirma o presidente do Iepha-MG, João Paulo Martins. “Não estamos falando apenas de monumentos ou marcos naturais, mas de tudo que configura o modo de viver e sentir mineiro: o café no fogão a lenha, a fé nas encruzilhadas, o Congado no adro da igreja, o cheiro do queijo fresco, o acolhimento generoso das nossas comunidades. Tudo isso é paisagem.”

A transversalidade do conceito transforma a paisagem cultural em eixo estruturador de diversas políticas públicas, articulando cultura, meio ambiente, turismo e desenvolvimento regional. O novo instrumento dialoga diretamente com o turismo cultural e de natureza, a gastronomia mineira, os ofícios tradicionais, o acolhimento afetivo e a sustentabilidade como projeto de futuro.

A primeira iniciativa concreta já está em curso: a Serra da Canastra está sendo dialogada com as comunidades para ser reconhecida como Paisagem Cultural, com a construção participativa de um Plano de Gestão Territorial Sustentável. A proposta busca proteger a beleza cênica da região, garantir o ordenamento das novas intervenções, valorizar os modos de vida locais e fomentar o turismo responsável e integrado à natureza e à cultura.

O reconhecimento também prevê a concessão do Selo de Paisagem Cultural de Minas Gerais às localidades que elaborarem e implementarem seu plano de gestão. As paisagens inscritas no Catálogo poderão contar pontos nos critérios de repasse do ICMS Patrimônio Cultural e do ICMS Turismo, reforçando os incentivos para a preservação com base no pertencimento e na corresponsabilidade.

Minas Gerais reafirma, com essa iniciativa, seu lugar de vanguarda na proteção do patrimônio e propõe ao Brasil um modelo contemporâneo de gestão dos territórios: afirmando que a paisagem é tudo aquilo que nos liga ao lugar – o que se vê e o que se sente.

IMG 1172 Leo Bicalho

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), assinaram, na última terça-feira (22), a ordem de início das obras de revitalização e conservação do Arquivo Público Mineiro (APM), que vão promover a preservação do patrimônio edificado e documental do Estado.

Intitulado Revitalização e Conservação do Complexo Arquitetônico do Arquivo Público, o projeto integra a política estadual de valorização da memória, da cultura e dos direitos fundamentais, e terá o investimento de R$ 899.557,05 com patrocínio da Cemig.

“Esse investimento vai trazer uma grande melhoria de infraestrutura do telhado, corrigindo infiltrações, preservando o prédio e também garantindo maior segurança para quem utiliza o equipamento do museu e para todo o acervo”, ressaltou a secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo, Josiane de Souza.

“Para nós é uma honra estar nesse projeto junto com o Arquivo Público Mineiro, que é a joia da nossa memória. É a cultura para além do imediato e é fundamental para preservar nossa história”, acrescentou a diretora de Comunicação e Marketing da Cemig, Cristiana Kumaira.

A solenidade também marcou o lançamento da nova logomarca do APM e a apresentação oficial do calendário comemorativo pelos 130 anos da instituição, que será celebrado ao longo de 2025 com diversas atividades culturais, educativas e institucionais.

As obras, com previsão de conclusão até dezembro, visam sanar problemas nas instalações do APM, como infiltrações, escoamento das águas das chuvas, acúmulo de umidade e proliferação de fungos nas paredes. Entre os espaços impactados destacam-se as salas de atendimento ao público, áreas de guarda de documentos administrativos que remontam ao século XVIII, bem como setores de processamento técnico que abrigam equipamentos essenciais à rotina da instituição. Desta forma, o trabalho de recuperação contribuirá para a preservação arquitetônica e estrutural do edifício, com foco na segurança do patrimônio e do público.

130 anos do APM

A nova logomarca é inspirada na fachada do edifício e em suas imponentes grades de ferro fundido do início do século XX, aliando elementos históricos a uma tipografia contemporânea, o que reflete a atuação do APM voltada tanto à preservação da memória quanto ao avanço rumo à modernização e digitalização de seus processos.

Calendário Comemorativo

Um dos destaques da programação será o evento “Cultura Escrita e suas Interfaces”, que reunirá especialistas para discutir paleografia, conservação e história. Outros projetos marcantes incluem o “Do APM para a História”, com entrevistas de historiadores que utilizaram o acervo da instituição, e o ciclo “130 Anos de Memórias”, com depoimentos de ex e atuais funcionários que serão disponibilizados no canal do APM no YouTube.

Além disso, serão promovidos cursos, palestras e oficinas técnicas ao longo do ano. O Núcleo de Conservação e Preservação abordará a atuação do conservador-restaurador em arquivos, enquanto o Núcleo de Arquivo Permanente oferecerá o curso “Introdução à Paleografia”, com foco na leitura de documentos antigos. Já o Núcleo de Gestão de Documentos promoverá oficinas sobre classificação, avaliação e eliminação de documentos. A programação se encerra em outubro com a realização do V Fórum Estadual de Gestão de Documentos, espaço para troca de experiências e debates sobre a gestão documental em Minas Gerais.

Foto: Leo Bicalho

Comunidade dos Arturos Foto Isa de Oliveira Acervo Iepha MGEm decisão unânime, o Conselho Estadual do Patrimônio Cultural aprovou a revalidação do reconhecimento da Comunidade Quilombola dos Arturos como Patrimônio Cultural Imaterial (Fotos Isa de Oliveira/Acervo IEPHA-MG)

Em um gesto que celebra a resistência, a ancestralidade e a riqueza da cultura negra de Minas Gerais, o Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep) aprovou, por unanimidade, a revalidação do reconhecimento da Comunidade Quilombola dos Arturos como Patrimônio Cultural Imaterial do estado. A decisão foi anunciada na tarde desta terça-feira (3/6), durante reunião realizada na sede do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA-MG), em Belo Horizonte.

Representantes da Comunidade Quilombola dos Arturos e do Comitê de Salvaguarda da Comunidade dos Arturos acompanharam a sessão. “É um dia de muita alegria e emoção. Temos o direito de ir e vir, de cantar, de fazer nossas tradições”, destaca o Mestre José Bonifácio, conhecido como Bengala. Segundo Everton Eustáquio da Silva, “esse reconhecimento do Estado é de extrema importância, um momento muito marcante para nossa comunidade”.

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, celebrou a revalidação do registro da Comunidade dos Arturos como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais. “É o reconhecimento da força, da história e da resistência de um povo que mantém vivas tradições ancestrais e fundamentais para a nossa identidade. Os Arturos, guardiões de saberes, celebrações e modos de vida, ajudam a contar a verdadeira história de Minas e do Brasil”, ressalta a secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Josiane de Souza.

Segundo o presidente do IEPHA-MG e secretário executivo do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural, João Paulo Martins, A revalidação é um momento importante previsto na legislação, pois avalia as ações de salvaguarda realizadas nos últimos 10 anos e também marca o reconhecimento das tradições afromineiras”. Na reunião desta terça-feira (3/6), o Conep também aprovou a criação do Catálogo da Paisagem Cultural de Minas Gerais, documento que será elaborado pelo Iepha-MG com o objetivo de promover e valorizar o patrimônio cultural do estado.

Histórico

Em maio de 2014, a Comunidade Quilombola dos Arturos foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais, sendo o primeiro registro de uma comunidade tradicional dentro da categoria de lugares. Em 2024, foi elaborado um Relatório de Reavaliação para o Conep, exigido a cada 10 anos para verificar a continuidade e transformações do bem cultural. O documento resultou de parceria entre os Arturos, o IEPHA-MG e a Diretoria de Memória e Patrimônio da Secretaria de Cultura de Contagem, com base em pesquisas, entrevistas com lideranças, registro da Festa de Nossa Senhora do Rosário e a realização de um seminário pelos 10 anos do título, entre outras iniciativas.

História centenária

A história da Comunidade Quilombola dos Arturos, localizada em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, teve início há 140 anos, fruto da união de Arthur Camilo Silvério e Carmelinda Silva, descendentes de escravos negros africanos que viviam e trabalhavam na região dos atuais municípios de Contagem e Esmeraldas. Desde então, a Comunidade, atualmente composta por cerca de 230 famílias, preserva e atualiza diversas tradições da cultura negra mineira e brasileira.

Reunião Conep 03 06 25 Foto Isa de Oliveira Acervo IEPHA MGReunião do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep) foi realizada na terça-feira (3/6), na sede do do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA-MG), em BH

2024 Biblioteca Publica Estadual de Minas Gerais BH

Um dos mais importantes eventos dirigidos às artes literárias em Minas Gerais, a V Semana Estadual de Incentivo à Literatura (SEIL) 2025, que acontece entre os dias 23 e 30 de abril, terá uma programação repleta de ações dedicadas à promoção do campo literário e apoio à leitura no estado. Serão 181 atividades gratuitas a serem realizadas por 81 bibliotecas em 74 municípios, o que representa um crescimento de 200% em relação ao número de espaços culturais participantes em relação à primeira edição, em 2021.

O evento oferece rodas de leitura, oficinas literárias, exposições, lançamentos de livros, encontros com escritores, saraus e ações que abrangem outras linguagens artísticas, como música, teatro e artes visuais. Organizado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), por meio da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas e Comunitárias, a iniciativa está prevista na Política Estadual do Livro (Lei nº 18.312/2009), cujo objetivo é fomentar o gosto pela leitura literária, fortalecendo o papel das bibliotecas como centros de cultura, cidadania e memória.

Presente no calendário cultural mineiro desde 2021, a SEIL integra o Ano Mineiro das Artes, promovido pela Secult para valorizar as artes como forças de pertencimento, expressão e transformação social. Segundo o superintendente de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, Itallo Gabriel, a SEIL é uma política pública viva, construída a muitas mãos, que fortalece o papel das bibliotecas como espaços de encontro com a arte, a literatura e a diversidade cultural mineira.

Segundo o superintendente de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, Itallo Gabriel, a SEIL é uma política pública viva, construída a muitas mãos, que fortalece o papel das bibliotecas como espaços de encontro com a arte, a literatura e a diversidade cultural mineira.

“Nesta edição, celebramos não apenas os livros, mas todas as formas de expressão que dialogam com a palavra e com o território. O Ano Mineiro das Artes nos convida a reconhecer o poder da criação artística na formação de identidade e pertencimento”, ressalta Gabriel.
A coordenadora do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas e Comunitárias, Cleide Fernandes, explica como a força da SEIL se encontra na dedicação das equipes que mantêm as bibliotecas vivas em seus territórios: “É emocionante ver como cada município transforma sua realidade por meio da leitura, da escuta e da troca de saberes. Em 2025, essa mobilização ganha ainda mais potência ao se conectar com as múltiplas linguagens artísticas que fazem parte da cultura de Minas Gerais”.

Programação

Durante o mês de abril, diversas bibliotecas públicas de Minas Gerais promovem uma programação especial voltada à leitura, escuta sensível e expressão artística. Em Belo Horizonte, a Biblioteca Pública Estadual oferece rodas de conversa com a poeta Dani Braga e o escritor Ernane Alves, além de oficinas e clubes de leitura no Espaço Geek. Em Uberlândia, a Biblioteca Juscelino Kubitschek realiza o curso “Tela de Minas”, com técnicas de aquarela inspiradas nas paisagens do estado. Já em São João del-Rei, a Biblioteca Baptista Caetano d’Almeida foca no público infantojuvenil, com contação de histórias, oficinas artísticas e o lançamento do livro Um pai chamado Deus.

Outros municípios também oferecem atividades culturais marcantes. Em Poços de Caldas, o projeto Poemusia integra poesia e música com apresentações nas bibliotecas Centenário e CEU. Em Divinópolis, a Biblioteca Ataliba Lago promove a exposição “Por trás do Texto”, além de sarau e lançamento literário com aquarelas. Já em Mateus Leme, a Biblioteca Geraldo Alves de Oliveira exibe o filme “O Dia que te Conheci”, seguido de bate-papo com o ator Renato Novaes. A programação valoriza o papel das bibliotecas como espaços vivos de arte, literatura e diálogo com a comunidade.

Bibliotecária de Mateus Leme, Regina Alcantara diz que a SEIL é um evento crucial para a cidade. Momento em que a cultura atrai a comunidade. “É gratificante ver a participação de todas as idades, pois a biblioteca democratiza o acesso à cultura para muitos. Presenciar o encantamento de quem tem o primeiro contato com um músico, um escritor, uma declamação de poesia, exposições e debates sobre temas relevantes como intolerância religiosa e racismo é imensurável. Para mim, a biblioteca e seus serviços representam a transformação que podemos realizar em nossa comunidade, oferecendo cultura àqueles que historicamente foram privados dela”, observa.

Cultura acessível e descentralizada

A V Semana Estadual de Incentivo à Literatura reafirma o compromisso do Estado com a acessibilidade cultural e a valorização das identidades locais. De centros urbanos a pequenas comunidades, as ações literárias se espalham pelos municípios mineiros, fortalecendo as bibliotecas como espaços de formação crítica, convivência e acesso democrático à arte e ao conhecimento.

Confira a programação completa clicando neste link

Foto: Secult/Divulgação

Alexandre Gismonti Foto reprodução Instagram alexandre.gismontiO violonista, compositor e pesquisador Alexandre Gismonti é um dos destaques da programação (Foto Reprodução Instagram @alexandre.gismonti)

Nesta semana, entre terça (3/6) e quarta-feira (4/6), o Museu Mineiro será palco de parte da programação do Colóquio Internacional de Violão e Composição, evento promovido pelo projeto de pesquisa e extensão PIC/PANDORA, vinculado à Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), por meio da iniciativa UEMG+. Voltado para a música contemporânea e o violão percussivo, o Colóquio reúne artistas-pesquisadores, compositores e intérpretes em uma rica troca de saberes que transita entre a prática instrumental e a reflexão acadêmica.

As atividades, que integram o programa AMA – Ano Mineiro das Artes, da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, são gratuitas e acontecerão na Sala das Sessões, em uma oportunidade única para estudantes, artistas e interessados em processos criativos e novas abordagens musicais. A programação do Museu Mineiro traz quatro eventos voltados à música e à criação artística. Nesta terça (3/6), das 14h às 18h, acontece o minicurso “Entre cordas, truques e batuques: ideias e processos criativos ao violão”, conduzido pelo compositor e improvisador Prof. Ms. Felipe José (UFSJ).

Com uma abordagem não linear e não hierárquica sobre criação, a oficina propõe (De)Limitações, conversões de valores musicais, jogos e batuques: um convite a novos olhares sobre um velho amigo, o violão. A atividade é voltada a violonistas com alguma experiência, compositores e demais interessados.

Encerramento

Já na quarta-feira (4/6), às 9h, será realizada a conferência-oficina “Fluxo na Performance”, com o Prof. Dr. Marcos Araújo (UFRGS). A atividade investiga a experiência do estado de fluxo ou “flow” na prática musical, conceito desenvolvido pelo psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi. Serão discutidos os seguintes elementos centrais do flow: equilíbrio entre desafio e habilidade, concentração, clareza de metas, feedback imediato, fusão entre ação e consciência, controle, perda da autoconsciência e noção de tempo alterada. A oficina também apresenta ferramentas práticas baseadas nas pesquisas do ministrant

Na parte da tarde, das 14h às 17h, será realizada uma masterclass de composição com o Prof. Dr. Roberto Victorio (UFMT), referência nacional em música contemporânea. A sessão será dedicada à escuta crítica, análise e orientação de obras autorais em desenvolvimento. Encerrando a programação da quarta-feira (4/6), às 17h, acontece o lançamento do livro de composições de Alexandre Gismonti – violonista, compositor e pesquisador com carreira internacional. A publicação reúne parte de sua produção autoral e será apresentada pelo próprio artista, que também irá comentar seu processo criativo e trajetória.

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Minas Gerais apresentou, durante a WTM Latin America 2025, três novas rotas que reposicionam o estado como protagonista no turismo de experiência, natureza, bem-estar e cultura. Os lançamentos aconteceram nos dias 14 e 15/4, no estande de Minas Gerais no Expo Center Norte, em São Paulo, em uma iniciativa liderada pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), em parceria com o Sebrae-MG, Codemge e diversos parceiros regionais e municipais.

As novas rotas — Caparaó, Vulcânica e Estrada Cênica da Cordilheira do Espinhaço — fazem parte da estratégia de interiorização do turismo mineiro e promovem experiências que integram natureza, modos de vida, café, vinho, gastronomia, espiritualidade e patrimônio mundial.

Rota Caparaó Mineiro: montanhas, café e hospitalidade

Lançada nesta terça-feira (15)l, a Rota Caparaó Mineiro convida os visitantes a explorarem os municípios de Alto Caparaó, Alto Jequitibá, Caparaó e Espera Feliz, onde a natureza se impõe em montanhas, cachoeiras e paisagens de tirar o fôlego. O Parque Nacional do Caparaó e o Pico da Bandeira são ícones da região, que também se destaca pela produção de cafés especiais cultivados em altitude.

As vivências vão do cultivo à torra do café, passando por harmonizações com a gastronomia local, trilhas ecológicas, práticas de bem-estar e manifestações culturais. É um roteiro sensorial, autêntico e profundamente conectado à identidade mineira.

“A Rota Caparaó Mineiro oferece ao visitante uma experiência sensorial completa: a beleza cênica das montanhas, o aroma do café especial, o frescor das cachoeiras e a generosidade do povo mineiro. É um destino que eleva a alma”, ressaltou o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira.

“A Rota Caparaó reflete o protagonismo do interior na construção do turismo mineiro. Aqui, o visitante encontra experiências autênticas que geram renda, pertencimento e desenvolvimento para as comunidades locais”, destaca Marcelo de Souza e Silva, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas. “Estruturar roteiros como esse é fundamental para que o turismo se torne, de fato, um vetor econômico sustentável para o estado”, completa.

Rota Vulcânica: águas termais, vinhos premiados e experiências de bem-estar

A Rota Vulcânica percorre os municípios de Poços de Caldas, Caldas e Andradas, no sul da Mantiqueira de Minas, território de origem vulcânica com forte tradição em turismo de saúde, enoturismo e experiências termais.

Poços de Caldas abriga termas centenárias e balneários históricos. Em Caldas, a tranquilidade da vila mineira e as nascentes termais encantam. Já Andradas se firma como a capital do vinho em Minas, com vinícolas que combinam tradição italiana e terroir mineiro. A Rota oferece uma combinação única de natureza, gastronomia, cultura e bem-estar.

A Rota Vulcânica e a Rota do Caparaó Mineiro se somam a outras quatro já lançadas em parceria com Sebrae Minas: Café Cerrado Mineiro, Café do Sul de Minas, Café do Cerrado e Canastra. “Esse trabalho está ampliando as oportunidades de atração e aumento da permanência de turistas em Minas Gerais, impulsionando os pequenos negócios, a geração de trabalho, renda e desenvolvimento nessas regiões”, destacou o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

Rota Estrada Cênica da Cordilheira do Espinhaço: patrimônio natural e cultural da humanidade

Em parceria com a Anglo American, o Governo de Minas lançou, na terça-feira (15)l, a Rota Estrada Cênica da Cordilheira do Espinhaço, conectando onze municípios entre parques, cidades históricas, serras e vales — de Lagoa Santa a Diamantina.

A Cordilheira do Espinhaço é reconhecida pela UNESCO como Reserva da Biosfera e abriga tesouros como a Serra do Cipó, os centros históricos de Serro e Diamantina, cachoeiras monumentais e tradições culturais como o Queijo Minas Artesanal, patrimônio imaterial da humanidade.

A rota é estruturada com sinalização, mirantes, infraestrutura de apoio, marketing territorial e governança integrada, sendo um dos projetos mais ambiciosos de turismo sustentável no Brasil.

“O Brasil precisa conhecer o valor da Cordilheira do Espinhaço. Ela abriga patrimônios naturais e culturais únicos, como a Serra do Cipó, os centros históricos de Serro e Diamantina, e o Queijo Minas Artesanal, agora reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. Estamos transformando essa riqueza em experiência para o mundo”, reforçou o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira.

Foto: Leo Bicalho

Lançamento Festivale 2025 Foto Leo Bicalho Secult MGFestivale 2025 será realizado em Diamantina, de 27 de julho a 2 de agosto, com programação gratuita, diversa e repleta de arte, memória e identidade do Vale (Foto Leo Bicalho/Secult-MG)

O Festivale – Festival de Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha chega à sua 40ª edição reafirmando sua importância como um dos maiores símbolos de valorização e difusão da cultura popular em Minas Gerais. O evento será realizado de 27 de julho a 2 de agosto, em Diamantina, e teve sua edição histórica lançada nesta segunda-feira (2/6), pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, pela Federação das Entidades Culturais e Artísticas do Vale do Jequitinhonha (Fecaje) e pela Prefeitura de Diamantina. A cerimônia de apresentação do 40º Festivale, realizada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, foi conduzida pelo poeta e apresentador Gonzaga Medeiros, teve apresentação do coral da Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) e reuniu representantes das entidades culturais do Vale do Jequitinhonha.

O Festivale levará ao público apresentações musicais, cortejos de grupos de cultura popular, noites literárias, feira de artesanato, mostra de teatro, exibição de documentário, lançamento de livros, oficinas e debates, além de mais uma edição do Festival da Canção. A programação, gratuita e diversa, será disponibilizada no perfil da Fecaje no Instagram. “O Festivale é um patrimônio vivo da cultura mineira. Celebrar esta edição tão especial é reafirmar o compromisso do Governo de Minas com a valorização dos artistas e das culturas populares que fazem do Vale do Jequitinhonha um celeiro de memória, criatividade e resistência. O Vale pulsa arte e o Festivale é o grande palco onde essa riqueza se revela”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

A maior parte das atividades será realizada em praças públicas e espaços culturais de Diamantina, democratizando o acesso à arte e promovendo o encontro entre tradição e contemporaneidade. Mais do que um festival, o Festivale é um ato de afirmação cultural, um espaço onde o povo do Jequitinhonha reconhece e compartilha sua identidade. Neste marco da 40ª edição, a festa se torna ainda mais simbólica.

“Receber esse festival tão emblemático é, acima de tudo, reconhecer o valor da nossa história, da nossa gente e das expressões artísticas que tornam o Vale do Jequitinhonha um território único. Diamantina se orgulha de ser palco dessa celebração que emociona, transforma e fortalece a identidade cultural do nosso estado”, ressalta o prefeito de Diamantina, Geferson Burgarelli.

Segundo o diretor executivo da Fecaje, Renato Paranhos, “o Festivale é uma construção fundamental para o Vale do Jequitinhonha, que é o Vale da cultura, Vale da arte. Hoje foi um dia muito importante, o lançamento no Palácio da Liberdade é um ato de pertencimento aos espaços”.

Celebrando 40 anos

O Festivale será realizado em Diamantina pela segunda vez em sua história. A edição de 2025 comemora quatro décadas de tradição, arte, memória e pertencimento, reafirmando o papel fundamental do evento na perpetuação das manifestações culturais do Vale do Jequitinhonha.

Ao longo dos anos, o Festivale construiu sua trajetória em formato itinerante, passando por dezenas de cidades do Vale, como Pedra Azul, Itaobim, Araçuaí, Salinas, Serro, Jequitinhonha, Grão Mogol, entre outras. Em cada edição, o festival fortalece a economia criativa, fomenta o turismo cultural e gera trabalho e renda para centenas de artistas, artesãos e profissionais da região.

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Localizada ao norte da imponente Cordilheira do Espinhaço, Grão Mogol ganha os holofotes com o lançamento de três produtos turísticos lançados na WTM. As novas atrações foram oficialmente apresentadas nesta segunda-feira (14), durante o primeiro dia da feira.

Reconhecida por sua beleza natural intocada, trilhas desafiadoras, cachoeiras cristalinas e rica gastronomia típica mineira, Grão Mogol desponta agora como destino estratégico para o ecoturismo e o turismo de aventura no país.

Turismo sobre duas rodas

Entre as principais novidades estão duas expedições de bicicletas elétricas (E-bikes) organizadas pelo Sertões, referência nacional e internacional no universo dos esportes de aventura, já responsável por levar anualmente para Minas Gerais o Sertões MTB, competição de Mountain Bike, em Nova Lima e Ibitipoca.

Os tours, que acontecerão de 5 a 8 de junho e 18 a 21 de setembro de 2025, oferecerão experiências imersivas para pequenos grupos — com apenas 10 vagas por edição — e terão vendas abertas já no dia do lançamento na WTM. A expectativa é de crescimento rápido da iniciativa, com novas datas planejadas para 2026, com expedições bimestrais.

De acordo com Fernanda Hummel, head de sustentabilidade e turismo do Sertões, Grão Mogol foi escolhida como destino-piloto para esse novo produto voltado ao cicloturismo com bicicletas elétricas graças ao seu conjunto único de atrativos naturais, trilhas de nível intermediário e forte apelo cultural.

"Grão Mogol surgiu como primeiro destino desse produto pelo seu potencial entre os destinos de cicloturismo com foco em Ebikes. Alinhado com a proposta da Plataforma Sertões, que é descobrir o Brasil profundo e revelar esses destinos ao grande público, vimos na cidade uma oportunidade de dar visibilidade a um lugar ainda pouco explorado, mas com enorme potencial turístico", explica.

Já Leonora Guedes, CEO do Sertões, ressalta o alinhamento do projeto com a missão da plataforma, além do apelo inclusivo das bicicletas elétricas.

“Quando lançamos a primeira prova do Sertões MTB, em 2022, logo identificamos o crescimento das bicicletas elétricas e seu potencial para o turismo. É um meio de locomoção inclusivo, ideal para diferentes idades e níveis de preparo físico. O contato com a natureza e a descoberta de paisagens únicas fazem parte do DNA do Sertões. Grão Mogol é um lugar incrível, que merece ser vivenciado sobre duas rodas.”, conta.

Roteiros guiados em meio às montanhas de Minas

O município, que já vem chamando a atenção para iniciativas de turismo sustentável, passará a contar também com um roteiro de cicloturismo guiado, organizado pela operadora Logística

Aventura, em parceria com a renomada agência Pisa Trekking, que opera atualmente mais de 300 roteiros na América Latina, Europa, África, Ásia e Oceania.

Em quatro noites, o passeio de bike oferece uma jornada pelas principais paisagens e pontos históricos da cidade, como igrejas centenárias, antigas construções de pedra, vinícolas, banhos de cachoeiras e cenários de tirar o fôlego — uma verdadeira imersão no coração montanhoso de Minas Gerais.

"Somos operadores especializados em turismo de aventura e viagens de bicicleta, atuando há mais de 15 anos nesse setor. Grão Mogol tem se voltado fortemente para o desenvolvimento turístico. O público sempre elogia muito o destino, principalmente pela hospitalidade. Agora apresentamos um produto novo, com a adesão de outros municípios da Cordilheira do Espinhaço. Para quem não quer sair do Brasil, é uma excelente opção com atrativos gastronômicos e bons vinhos.", destaca Nilo Sérgio Lanza, tour leader da Logística Aventura.

Além disso, Grão Mogol será promovida como um destino para trilhas de trekking, voltado para os amantes da natureza e da cultura regional, um outro lançamento da parceria que também vai adentrar nos atrativos turísticos da cidade.

Para Ítalo Mendes, secretário de Turismo de Grão Mogol, os novos roteiros representam uma conquista importante:

"O lançamento desses roteiros em parceria com grandes operadoras de turismo de natureza é o coroamento de um trabalho intenso nos últimos quatro anos para estruturar e divulgar Grão Mogol como destino. Os visitantes vão se encantar com o centro histórico tombado, as trilhas, cachoeiras, hospitalidade, gastronomia mineira e um belo vinho local. O turismo em Minas tem crescido de forma acelerada, e Grão Mogol segue essa tendência, tornando-se um dos destinos mais promissores do país.", destaca.

A presidente da IGR Lago de Irapé, Poliana das Dores Soares Caldeira acredita que as novas atrações reforçam a atratividade da Cordilheira do Espinhaço como um destino de ecoturismo e turismo de aventura. “A beleza natural e a rica cultura da região são verdadeiros tesouros que merecem ser explorados. Com as expedições de E-bikes e os roteiros guiados, estamos oferecendo experiências únicas que conectam os visitantes à natureza e à história local. É um passo importante para consolidar Grão Mogol como um dos destinos mais promissores do Brasil" , define.

A participação de Minas na WTM é organizada pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) em parceria com a Codemge, e conta com o apoio do Sebrae-MG, Instâncias de Governança e Prefeituras Municipais que buscam fortalecer o turismo mineiro e posicionar o estado como um dos principais destinos do Brasil e da América Latina.

Foto: Leo Bicalho

Vapor Foto Ronan Rocha 3Cerimônia na manhã deste domingo (1º/6) às margens do Rio São Francisco inaugura nova fase para o turismo e o patrimônio cultural no estado (Foto Ronan Rocha)

Minas Gerais viveu, neste domingo (1º/6), um momento histórico. Às margens do Rio São Francisco, em Pirapora, no Norte do estado, foi realizada a cerimônia oficial de entrega do Vapor Benjamim Guimarães, totalmente revitalizado após um rigoroso e delicado processo de restauração. Trata-se de um marco na preservação do patrimônio cultural brasileiro e na valorização da identidade mineira. O Benjamim Guimarães, única embarcação a vapor em operação no mundo, é mais do que um bem material: é símbolo vivo da cultura fluvial, da memória coletiva e do espírito resiliente de Minas. Sua restauração representa um compromisso com o passado, mas também com o futuro – com o turismo sustentável e com o fortalecimento da economia da criatividade.

As obras de revitalização envolveram a substituição completa do casco, revisão do maquinário, restauro da chaminé, camarotes, rodas de pás e demais sistemas originais da embarcação – um trabalho minucioso que respeitou a história e a alma do vapor. Este retorno simbólico marca também o aniversário de 113 anos de Pirapora, celebrados neste domingo. O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), e a Prefeitura de Pirapora, proprietária da embarcação, participaram da cerimônia de entrega do Vapor Benjamim Guimarães.

“Hoje, Minas Gerais escreve mais uma página de sua história com orgulho. A entrega do Vapor Benjamim Guimarães restaurado é um gesto de cuidado com nossas raízes, mas também um investimento no futuro”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

“Para o Iepha, a restauração do Vapor não é apenas um trabalho técnico, é um compromisso com a preservação da história viva de Minas Gerais, com o reconhecimento da força simbólica do patrimônio que pulsa na vida do nosso povo”, diz João Paulo Martins, presidente do Iepha-MG. Segundo o prefeito de Pirapora, Alex Cesar, “este é um dia histórico, de emoção e de celebração. O Vapor Benjamim Guimarães voltou ao nosso convívio como patrimônio vivo, e Pirapora está de braços abertos para compartilhar essa alegria com todos”.

Histórico

Construído em 1913 nos Estados Unidos, o vapor tem 43,85 metros de comprimento e três decks. Após operar no Mississippi e no Amazonas, estabeleceu-se em Pirapora em 1920, tornando-se parte inseparável da paisagem e da vida local. Agora, em pleno aniversário de 113 anos da cidade, a entrega da embarcação revitalizada celebra também o renascimento de um de seus maiores símbolos históricos.

O projeto de revitalização é fruto de um convênio firmado em 2019 entre o Iepha-MG e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com recursos do Ministério de Minas e Energia, via Eletrobrás, totalizando um investimento de R$ 5,8 milhões. A restauração, iniciada em 2020, foi conduzida pela INC Indústria Naval Catarinense, com acompanhamento técnico do Iepha, da Marinha do Brasil, da Delegacia Fluvial de Pirapora e da Prefeitura de Pirapora.

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São Thomé das Letras, um dos destinos mais enigmáticos da Mantiqueira de Minas, se reposiciona no cenário turístico nacional e internacional com o lançamento de sua nova marca: “São Thomé das Letras – Onde você é o mistério”. A apresentação oficial foi realizada no dia 14 de abril, às 14h, na WTM Latin America 2025, em São Paulo, com a presença de autoridades, imprensa e operadores do setor.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), e a Prefeitura Municipal de São Thomé das Letras, e marca uma nova fase para o turismo local, que conta com mais de 19 mil leitos disponíveis, além de uma oferta crescente de experiências ligadas à espiritualidade, à ancestralidade e à natureza.

“A nova marca traduz com sensibilidade aquilo que São Thomé representa para seus moradores e visitantes: um lugar de energia, introspecção e beleza natural. Convidamos todos a se reencontrarem aqui, onde cada um é parte do mistério que envolve a cidade”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira.

A identidade visual renovada é inspirada nas texturas das pedras locais, na arte rupestre e nas cores vibrantes do pôr do sol da região. Ela reflete a conexão entre o passado ancestral e as vivências contemporâneas que caracterizam o destino.

Durante a WTM, também foi apresentado o novo vídeo institucional de São Thomé das Letras, produzido pela Empresa Mineira de Comunicação (EMC).

“Este vídeo buscou traduzir a experiência sensorial que é estar em São Thomé. Não é apenas um destino, é uma vivência. A luz, o som, o silêncio, tudo ali comunica transcendência e liberdade. É um lugar onde a câmera precisa mais sentir do que registrar”, destaca o reitor da EMC, Leonardo Vitor.

A campanha digital #SouSãoTomé também foi lançada na ocasião, com foco em depoimentos de moradores e visitantes, convidando influenciadores das áreas de espiritualidade, arte e slow living a vivenciar e compartilhar suas experiências no destino.

Com suas cachoeiras cristalinas, trilhas em quartzito, arte rupestre ancestral, mirantes naturais e uma energia que atrai buscadores do mundo inteiro, São Thomé das Letras se consolida como um dos principais destinos espirituais e sensoriais do Brasil, agora com uma nova linguagem para o mundo.

Foto: Reprodução/Vídeo EMC

Secult em Montes Claros Foto André Lourenço Secult MGO encontro, na última sexta-feira (30/5), marcou mais uma ação da Secult-MG com os municípios do Norte de Minas, reforçando o compromisso com o desenvolvimento cultural e turístico em todo o estado (Foto André Lourenço/Secult-MG)

Em uma agenda voltada ao fortalecimento do diálogo com os territórios nas mais diversas regiões, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, se reuniu na última sexta-feira (30/5), em Montes Claros, com gestores e representantes da cultura e do turismo da região. O encontro marcou mais um passo nas ações da Secult-MG com os municípios do Norte de Minas, reforçando o compromisso com o desenvolvimento cultural e turístico em todo o estado. A visita, que integra o programa Secult no Município, reuniu representantes de 13 municípios da Instância de Governança Regional (IGR) Sertão Gerais, em uma agenda com foco em troca de experiências, escuta dos desafios locais e fortalecimento das políticas públicas voltadas à cultura e ao turismo na região.

A agenda incluiu visitas a importantes pontos culturais, como o Corredor Cultural Padre Dudu, o Museu Regional do Norte de Minas e o Mercado Central – símbolos da riqueza histórica e criativa da cidade. “É fundamental trabalharmos em sintonia com os gestores, com a IGR, para a cultura e o turismo da região serem cada dia mais potente. Estar aqui, conversar com vocês, conhecer de perto os espaços e os projetos que movimentam a economia da criatividade é reafirmar o compromisso do Governo de Minas com cada região do nosso estado”, destaca a secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Josiane de Souza

Souza também reforçou a importância da participação dos municípios em programas como o ICMS Turismo, mecanismo que reconhece e incentiva a atuação municipal no setor. Durante o encontro, foi destacado ainda o papel transformador do turismo em eventos como o Carnaval e o programa Minas Santa, que, em 2025, movimentaram mais de R$ 5 bilhões na economia mineira. “As políticas públicas só têm sentido quando chegam nos municípios e impactam a vida das pessoas”, acrescenta Souza.

Montes Claros: cultura viva

Montes Claros é um importante polo cultural no Norte de Minas, com uma cultura viva e pulsante e eventos que colocam a cidade na rota dos turistas, entre eles o Festival do Pequi e o Festival Internacional de Danças Folclóricas. O município também conta a presença de Congados e Reinados, declarados Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais em 2024. Localizada no interior da única cordilheira do Brasil, Montes Claros também é um dos principais destinos mineiros para o ecoturismo, o turismo de aventura, o cicloturismo e o turismo de experiência.

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Minas Gerais chega à WTM Latin America 2025 (de 14 a 16 de abril, no Expo Center Norte – São Paulo) com a força de quem aposta na união entre cultura e turismo para transformar vidas e gerar oportunidades. O estado apresenta um portfólio robusto de experiências, produtos e destinos que refletem seu crescimento acima da média nacional no setor turístico, segundo o IBGE, consolidando-se como um dos principais polos culturais e turísticos do Brasil.

A proposta é clara: convidar o mundo a se “mineirizar”. No estande de Minas, os visitantes serão imersos em uma vivência sensorial, com música ao vivo, cozinha mineira ao vivo, manifestações populares, lançamentos de roteiros turísticos, soluções tecnológicas e degustações de produtos da terra.

“Em Minas, cultura e turismo são indissociáveis. A tradição cultural, a força das manifestações populares, o patrimônio histórico e a cozinha mineira são também experiências turísticas potentes. Essa transversalidade tem impulsionado o crescimento do setor, promovendo o desenvolvimento das cidades, a geração de renda e a valorização do que somos. Na WTM, mostramos ao mundo que Minas é um lugar de encontros entre passado e futuro, entre afeto e inovação”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira.

Destaques da programação:

Música e tradição que tocam a alma

14/04, 18h30 – Chorinho com Os Ingênuos: flauta, clarineta e pandeiro conduzem uma viagem sonora pelas montanhas do Sul de Minas.

15/04, 18h30 – Congado de Poços de Caldas: força, fé e ancestralidade afro-mineira em um patrimônio imaterial vivo.

Tecnologia e futuro do turismo

15/04, 14h30 – Lançamento do App Inhotim: o maior museu a céu aberto do mundo na palma da mão, com mapas interativos, roteiros personalizados e informações em tempo real, em português e inglês.

Cozinha Viva e Produtos da Terra

Chefs mineiros como Valdelícia e Ana Gabriela conduzem a Cozinha Viva, com pratos como porco sem mágoas, polenta de milho branco, ragu de suan e galinhada, acompanhados por cafés especiais, doces imperiais e cachaças artesanais.

Lançamentos estratégicos

Livro “Queijo Minas Artesanal: Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade”

Rota Caparaó, Rota Vulcânica, Rota Cênica da Cordilheira do Espinhaço, Plataforma MAVIS 360

Apresentação dos programas AMA – Ano Mineiro das Artes e TEM – Turismo, Experiência e Mineridade

Reposicionamento de destinos como São Thomé das Letras e Serra do Cipó

“A WTM é uma vitrine estratégica para mostrar o quanto Minas está preparada para liderar a nova geração do turismo no Brasil. A Codemge acredita que investir na presença qualificada do estado nesses eventos é investir no desenvolvimento de toda a cadeia produtiva”, afirma Luísa Barreto, a presidente da Codemge, patrocinadora oficial da participação de Minas na feira.

A participação do estado é uma realização do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e da Codemge, com apoio do Sebrae-MG, prefeituras e entidades locais.

Serviço:

Estande Minas Gerais na WTM Latin America 2025

14 a 16 de abril | Expo Center Norte – São Paulo

Foto: Leo Bicalho

Foto Josuan Moraes Jr. Imprensa MGO Vapor Benjamim Guimarães, única embarcação a vapor em operação no mundo, volta a navegar nas águas do Rio São Francisco após cinco anos de cuidadosa restauração (Foto Adalberto Mateus/Acervo IEPHA-MG)

Neste domingo (1º/6), às 10h, às margens do Velho Chico, em Pirapora, no Norte de Minas, o tempo reencontra o seu curso: o Vapor Benjamim Guimarães, patrimônio vivo da navegação fluvial e única embarcação a vapor em funcionamento no mundo, volta a cortar as águas do Rio São Francisco. É mais que um retorno: é um reencontro com a memória, com o patrimônio que pulsa, move e transforma. A ação é fruto do compromisso do Governo de Minas Gerais com a preservação de seus bens culturais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), e da Prefeitura Municipal de Pirapora.

Após cinco anos de um meticuloso processo de restauração – conduzido com rigor técnico, sensibilidade histórica e respeito à alma da embarcação – o Benjamim Guimarães volta a navegar como testemunho das águas que contam a história de um povo. As intervenções contemplaram desde a substituição do casco até a revisão completa do maquinário, passando pela recuperação da chaminé, dos camarotes, da roda de pás e de todos os sistemas que compõem sua estrutura centenária.

Este retorno simbólico marca também o aniversário de 113 anos de Pirapora. A cidade celebra não apenas mais um ano de existência, mas o renascimento de um dos seus maiores símbolos: um vapor que transporta, além de passageiros, as narrativas de um território ribeirinho moldado pela cultura das águas.

Construído em 1913, nos Estados Unidos, o Benjamim Guimarães tem 43,85 metros de comprimento, três decks, capacidade para 28 toneladas de combustível e propulsão por roda de pás – um verdadeiro monumento flutuante. Após servir no Rio Mississippi e, posteriormente, no Amazonas, estabeleceu-se no São Francisco em 1920. Desde então, tornou-se parte indissociável da paisagem e da história de Pirapora.

Como afirma João Paulo Martins, presidente do Iepha-MG, “entregar o Benjamim Guimarães restaurado é reafirmar que o patrimônio não é apenas o que se preserva, mas o que se vive, o que se sente e o que se transforma em memória coletiva.” Em dezembro de 2019, foi firmado um convênio entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Iepha-MG, com recursos do Ministério de Minas e Energia, por meio da Eletrobrás, totalizando um investimento de R$ 5,8 milhões.

As obras tiveram início em novembro de 2020, sob a responsabilidade da empresa INC Indústria Naval Catarinense, com acompanhamento técnico do Iepha-MG, da Delegacia Fluvial de Pirapora, da Marinha do Brasil e da Prefeitura Municipal de Pirapora, proprietária da embarcação.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, o momento é histórico: “A entrega do Vapor Benjamim Guimarães é um reencontro com a alma do povo mineiro e ribeirinho. Ele carrega memórias, histórias de fé, de luta e de esperança que navegam junto com o Velho Chico. É um patrimônio que não repousa: segue em movimento, como a própria cultura.”

Patrimônio cultural e motor do turismo

O retorno do vapor representa também um importante impulso para o turismo cultural na região. Mais que um passeio, embarcar no Benjamim Guimarães é navegar pela história de Minas, sentir o cheiro da madeira antiga, ouvir o sopro das caldeiras e experimentar a travessia do tempo. Com ele, o Rio São Francisco ganha novamente um emblema que valoriza o território, promove o desenvolvimento sustentável e fortalece a identidade de Pirapora e das comunidades que vivem às suas margens.

“Convidamos toda a população e a imprensa para participar desta celebração tão significativa. Pirapora está pronta, com sua hospitalidade e sua beleza, para acolher os que vêm reverenciar este símbolo do nosso passado e do nosso presente”, ressalta o prefeito Alex Cesar.

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A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), por meio da Diretoria de Capacitação e Qualificação, anuncia a abertura de 1.000 vagas para o curso Introdução ao Turismo, com início previsto para 22 de abril de 2025. A formação, atualizada em parceria com o professor Thiago Duarte Pimentel (UFJF), será oferecida gratuitamente na modalidade online pela plataforma EaD Minas Cultura e Turismo.

As inscrições estão abertas até o dia 21 de abril de 2025 e podem ser feitas através do site: www.ead.secult.mg.gov.br.

Destinado a profissionais do setor turístico, estudantes, empreendedores, gestores públicos e interessados no tema, o curso tem como objetivo apresentar os fundamentos do turismo de forma acessível, porém aprofundada, com uma visão ampla e integrada da atividade. A carga horária é de 25 horas, distribuídas em cinco módulos ao longo de cinco semanas, e os participantes que concluírem as atividades receberão certificado de conclusão.

O conteúdo explora o turismo como um sistema interligado, destacando os diversos atores envolvidos — desde os atrativos até o público consumidor, os planejadores e reguladores. O modelo SISTUR (Sistema de Turismo) é utilizado como base teórica para compreender essas conexões e propor formas mais colaborativas e eficientes de planejar e gerir o turismo nos territórios mineiros.

A iniciativa integra o programa estadual de qualificação profissional Cria.Forma, que visa fortalecer o setor turístico a curto e médio prazo, alinhando-se às demandas do mercado de trabalho local, às especificidades culturais de Minas Gerais e às tendências emergentes do setor. Toda a plataforma Moodle utilizada conta com acessibilidade em Libras, por meio da ferramenta VLibras, garantindo a inclusão de pessoas surdas e com deficiência auditiva.

Com essa iniciativa, o Governo de Minas, por meio da Secult, reforça seu compromisso com o desenvolvimento do turismo mineiro, promovendo formação gratuita, de qualidade e acessível, que contribui para a valorização dos territórios e para a qualificação de quem atua no setor.

PED03837Mais de 1.100 profissionais do trade turístico sul-americano foram capacitados durante o evento (Foto B2Live/Divulgação)

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) participou, pela primeira vez, da 7ª edição do B2LIVE Te Lleva a Brasil, o maior roadshow de promoção turística do Brasil na América do Sul, levando os atrativos e a hospitalidade mineira a quatro países estratégicos: Paraguai, Uruguai, Chile e Argentina. O evento, realizado de 12 a 21 de maio, capacitou mais de 1.100 profissionais do trade turístico sul-americano, incluindo agentes de viagem, operadores de turismo e representantes do setor.

O evento, realizado de 12 a 21 de maio, capacitou mais de 1.100 profissionais do trade turístico sul-americano, incluindo agentes de viagem, operadores de turismo e representantes do setor.

Para quem não está familiarizado, um roadshow é uma série de eventos itinerantes, realizados em várias cidades ou países, com o objetivo de apresentar e promover produtos ou destinos. Nesse caso, trata-se de uma ação coordenada para divulgar os principais destinos turísticos brasileiros no exterior e gerar oportunidades reais de negócios para o setor.

Representando o estado, a diretora de Produtos Turísticos da Secult-MG, Emanuelle Oliveira, participou das ações nas seis cidades do circuito, promovendo Minas Gerais como destino para todas as estações do ano, além de divulgar roteiros temáticos, experiências culturais e a Cozinha Mineira. Minas se destacou entre os 13 destinos brasileiros participantes, ganhando visibilidade como novidade desta edição e destino em ascensão no turismo internacional.

Durante o evento foi disponibilizado um guia de viagens em espanhol para todos os participantes, que pode ser acessado clicando aqui.

"Participar do Roadshow 'B2Live te lleva ao Brasil' é uma oportunidade estratégica para apresentar Minas Gerais como um destino plural, autêntico e cheio de experiências transformadoras. Reforçando o nosso compromisso de posicionar Minas Gerais no mercado internacional, ampliando conexões e gerando valor para toda a cadeia produtiva do turismo", destaca Emanuelle.

Com voos diretos de Belo Horizonte para Buenos Aires e Santiago, Minas Gerais se apresenta como uma opção viável, acessível e encantadora para o público latino-americano. A presença no roadshow foi fortalecida pela participação das companhias aéreas Azul, LATAM, JetSmart, Sky Airlines e Aerolíneas Argentinas, além do apoio das embaixadas do Brasil nos quatro países.

A iniciativa é estratégica para fortalecer a imagem de Minas Gerais no mercado internacional, atrair turistas estrangeiros, gerar novas receitas para a economia mineira e estimular o setor de serviços em diversas regiões do estado. Com o aumento no fluxo de visitantes, há impactos positivos diretos no comércio local, na geração de empregos, na valorização da cultura regional e no desenvolvimento de pequenos negócios ligados ao turismo.

A ação internacional também beneficia a população mineira, ao promover oportunidades de empreendedorismo e aumentar o reconhecimento do estado como um destino rico em história, natureza e gastronomia. Ao internacionalizar a marca Minas, o estado se posiciona de forma competitiva e sustentável em um mercado em constante crescimento.

 

Foto Isis Medeiros 23

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) e a Cemig SIM – empresa de energia fotovoltaica do Grupo Cemig – são parceiras no Programa Turismo Verde, que oferta ao trade descontos especiais para quem aderir à energia solar por assinatura.

Sem necessidade de obras, instalação de painéis ou pagamento de taxa de adesão, pousadas, hoteis, bares, restaurantes e demais empreendimentos ligados ao setor turístico têm 20% de desconto na conta de luz, nos quatro primeiros meses. Após este período, o desconto será de 16% para empresas e 15% para pessoas físicas. Com uma adesão rápida, simples e 100% on-line, empreendimentos e colaboradores do segmento de turismo poderão aderir acessando a landing page da parceria ou inserindo o código TURISMOVERDESIM em cemigsim.com.br.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, essa ação representa um avanço significativo para o turismo mineiro. “Ao incentivar o uso da energia solar por assinatura, são oferecidos benefícios concretos ao trade turístico, reduzindo custos e promovendo práticas sustentáveis. Essa iniciativa reforça o compromisso de Minas Gerais com o Turismo Verde, unindo desenvolvimento econômico e preservação ambiental para fortalecer ainda mais nosso destino”.

Iuri Mendonça, CEO da Cemig SIM, destaca a relevância da iniciativa para fomentar o segmento, sob a perspectiva da sustentabilidade. “Temos o compromisso de democratizar o acesso à energia solar para um número cada vez maior de consumidores. Envolver a cadeia produtiva do turismo mineiro é um movimento natural dessa premissa pois, além de permitir que os empreendimentos estejam alinhados às práticas da agenda ESG, com a economia acumulada, é possível reinvestir em outras frentes como contratação de pessoal, melhorias de infraestrutura e aquisição de insumos oferecendo uma experiência ainda melhor aos turistas que visitam Minas Gerais.”

Conforme pesquisa da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), 55% dos turistas estão dispostos a pagar mais por viagens certificadas como sustentáveis. O Turismo Verde é uma iniciativa que impulsiona a atividade turística em Minas agregando valor aos agentes da cadeia produtiva. Em 2024, o estado recebeu mais de 32 milhões de turistas, um crescimento 100% acima da média nacional, se consolidando na liderança do turismo brasileiro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desse total, cerca de 42 mil eram estrangeiros.

Rubens Soalheiro, diretor Comercial da Cemig SIM, ressalta que a iniciativa vai ao encontro do que preconiza a Campanha Race to Zero, a qual Minas Gerais foi o primeiro Estado da América Latina a aderir. “Nossa proposta é oferecer ao trade uma opção de energia limpa e econômica fortalecendo ainda mais um setor que é essencial para o desenvolvimento econômico de nosso estado. De um jeito rápido, simples e sem investimento, toda a cadeia pode contar com a geração renovável de energia, se posicionando como protagonista para as metas de Minas Gerais em neutralizar as emissões líquidas de GEEs até 2050.” De acordo com o IBGE, entre janeiro e outubro de 2024, o segmento turístico mineiro respondeu pela criação de quase 20 mil postos de trabalho.

Como funciona

Com o plano de assinatura de energia limpa da Cemig SIM, a energia gerada nas usinas solares chega até a unidade consumidora pela distribuidora, sem necessidade de investimento, obra ou taxa de adesão. Além da economia mensal é importante destacar que o volume da redução das emissões de carbono (CO2) poderá ser acompanhado mensalmente na fatura.

É necessário que o titular seja o mesmo da conta de luz da Cemig Distribuição, com valor da conta de luz a partir de R$160. Para realizar a adesão, basta acessar a landing page da parceria: cemigsim.com.br/turismoverde?promo=TURISMOVERDESIM.

A oferta é válida para novas adesões cadastradas até 30 de abril de 2025, para clientes atendidos em baixa tensão, categoria compreendida na modalidade de minigeração de energia solar compartilhada. Após a adesão, a informações serão validadas conforme o perfil de consumo e critérios de elegibilidade, para que o plano de assinatura de energia limpa seja ativado.

Foto: Isis Medeiros

Cine Pojichá em Ataléia Foto Instituto In Cena DivulgaçãoMinas Gerais consolida liderança nacional no fomento cultural com fortalecimento das culturas populares e ampliação do acesso no interior (Foto Instituto In-Cena/Divuglação)

Minas Gerais se tornou um dos primeiros estados do país a garantir a adesão integral de todos os seus 853 municípios à Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) 2025, conforme dados do Ministério da Cultura. A conquista inédita reafirma o protagonismo mineiro na construção de uma política cultural democrática, descentralizada e permanente, com atenção especial às tradições populares e à diversidade dos territórios.

Com previsão de repasse de cerca de R$ 266 milhões no biênio 2024/2025, Minas terá 30% dos recursos – aproximadamente R$ 80 milhões – destinados exclusivamente às culturas populares e tradicionais. Congadas, folias de reis, capoeira, maracatu, artesanato e outras expressões que compõem a identidade do povo mineiro serão fortalecidas por essa política que reconhece a cultura como direito e vetor de desenvolvimento.

A mobilização que garantiu a adesão completa dos municípios é resultado direto do trabalho articulado da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG). Por meio de suporte técnico, capacitações regionais, produção de materiais de orientação e atendimento individualizado às prefeituras, a Secult assegurou que cada gestão municipal estivesse apta a acessar os recursos da PNAB.

“Minas mais uma vez demonstra sua grandeza, sua capacidade de mobilização e seu compromisso com a cultura como vetor de desenvolvimento, cidadania e pertencimento. Essa conquista é coletiva e traduz a força do interior, a vitalidade das tradições e a potência criadora dos territórios”, afirma Leônidas Oliveira, secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais.

O avanço também se reflete nos números da própria PNAB em 2024: foram 18.369 propostas enviadas por agentes culturais de 537 municípios mineiros — um crescimento de 47% no número de cidades participantes em relação à edição anterior. A maior parte das propostas, 60,9%, veio do interior do estado. Com essa adesão histórica, Minas reafirma seu papel como referência nacional em políticas públicas de cultura, conduzindo um projeto que valoriza as raízes, promove a equidade e aposta na potência criativa dos territórios para transformar realidades.

Protagonismo do interior na PNAB 2024

O balanço das inscrições da PNAB em Minas Gerais revela avanço expressivo na participação cultural em todo o estado. Foram 18.369 propostas enviadas por agentes culturais de 537 municípios – um aumento de 47% no número de cidades participantes em relação à edição anterior.

Esse resultado é fruto das ações de descentralização promovidas pela Secult-MG, que vêm ampliando o acesso à cultura no interior. Prova disso é que 60,9% das propostas vieram de fora da capital, marcando uma participação histórica de agentes culturais do interior. A diversidade também foi um destaque: entre os inscritos, estão 7.353 pessoas negras, 8.901 mulheres, 3.600 LGBTQIAPN+, 2.609 pessoas idosas, 752 pessoas com deficiência e 183 indígenas.

IMG 4605 Leo Bicalho

Profissionais e empresas do setor cultural em Minas Gerais têm agora a oportunidade de reduzir o valor da conta de luz por meio do plano de assinatura de energia solar da Cemig SIM, iniciativa que oferece desconto sem investimento, sem taxa de adesão e ativação 100% on-line, incentivando o uso de energia limpa. A ação faz parte dos esforços do Governo de Minas Gerais para fomentar o desenvolvimento sustentável e apoiar a economia criativa no estado.

Com a Cemig SIM, empresa de energia solar do Grupo Cemig, empreendedores culturais – incluindo produtores, teatros, casas de show, galerias de arte e outros negócios do setor – podem aderir à modalidade de energia solar por assinatura recebendo créditos na conta de luz, ao optar pelo consumo de energia proveniente das usinas fotovoltaicas da empresa. A adesão ao programa pode garantir uma economia significativa na fatura de energia elétrica, um dos principais custos operacionais do setor.

“A cultura é um motor essencial da economia mineira, e sabemos que os custos fixos são um desafio para os empreendedores do segmento. Com essa iniciativa, além de incentivarmos o consumo sustentável, oferecemos um benefício real para quem movimenta a cena cultural do estado”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira.

A adesão à Cemig SIM funciona de maneira simples: basta acessar https://cemigsim.com.br/turismoverde, e iniciar a jornada. Em poucos cliques, o cliente passa a contar com energia limpa e renovável, sem necessidade de aquisição de placas solares, obras ou cobrança de taxa de adesão, com desconto mensal na conta de luz. Além da economia, a iniciativa reforça o compromisso do estado com a sustentabilidade e a transição energética.

Iuri Mendonça, CEO da Cemig SIM, destaca a relevância da iniciativa para fomentar o segmento, sob a perspectiva da sustentabilidade. “Temos o compromisso de democratizar o acesso à energia solar para um número cada vez maior de consumidores. Envolver a cadeia produtiva da cultura mineira é um movimento natural dessa premissa pois, além de permitir que os empreendimentos estejam alinhados às práticas da agenda ESG, com uma conta de luz mais acessível, é possível reinvestir em outras frentes para incrementar ainda mais a economia criativa do estado.”

Os empreendedores culturais têm 20% de desconto na conta de luz, nos quatro primeiros meses. Após este período, o desconto será de 16% para empresas e 15% para pessoas físicas. Com uma adesão rápida, simples e 100% on-line, empreendimentos e colaboradores da cultura poderão aderir acessando a landing page da parceria cemigsim.com.br/turismoverde ou inserindo o código TURISMOVERDESIM em cemigsim.com.br.

Rubens Soalheiro, diretor Comercial da Cemig SIM, ressalta que a iniciativa vai ao encontro do que preconiza a Campanha Race to Zero, a qual Minas Gerais foi primeiro Estado da América Latina a aderir. “Nossa proposta é oferecer aos empreendedores e empreendimentos culturais uma opção de energia limpa e econômica fortalecendo ainda mais um setor que é essencial para o desenvolvimento econômico de nosso estado. De um jeito rápido, simples e sem investimento, toda a cadeia pode contar com a geração renovável de energia, se posicionando como protagonista para as metas de Minas Gerais em neutralizar as emissões líquidas de GEEs até 2050.”

Foto: Leo Bicalho

Cia de Dança Palácio das Artes Foto Thamiris RezendeDescentra Cultura consolida Minas Gerais como referência em valorização das expressões populares e fortalecimento das artes em todo o estado (Foto Thamiris Rezende)

Minas Gerais inaugura uma nova era de justiça cultural, desconcentração e democracia com a consolidação do Descentra Cultura, política pública inédita no Brasil que visa descentralizar os investimentos em cultura, ampliar o acesso ao fomento em todas as regiões do estado e valorizar, como nunca antes, as expressões populares, tradicionais e as artes visuais, cênicas, musicais e literárias que moldam a identidade mineira. Em 2024, ano de regulamentação do Descentra Cultura, dois marcos fundamentais definiram essa transformação. 

O primeiro foi o reconhecimento oficial das Congadas como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG). Herdeiras das tradições afrodescendentes, as Congadas reúnem fé, cultura e arte em centenas de municípios mineiros e agora são reconhecidas como parte essencial da memória coletiva e do patrimônio vivo do estado.

O segundo marco foram os editais pioneiros voltados às Afromineiridades, como parte do Programa de Proteção da Cultura Afro de Minas Gerais, fortalecendo o papel das comunidades negras, quilombolas e de terreiro na formação da cultura mineira. Esses editais destinaram recursos da ordem de R$ 3,9 milhões, assegurando apoio direto a projetos de tradição, inovação e expressão artística enraizados nos territórios. Outro avanço decisivo foi a captação recorde de cerca de R$ 159 milhões via Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LeiC) em 2024, conforme dados da Diretoria de Economia da Criatividade da Secult-MG.

Ações de valorização em 2025

Em 2025, as ações de valorização seguem com força total: editais exclusivos para as culturas tradicionais e afrodescendentes, projetos de arte contemporânea em diálogo com o território, apoio técnico, formação continuada e investimento direto nas comunidades e artistas. O reconhecimento das Congadas não se limita ao título – é acompanhado de política pública efetiva, com recursos, planejamento e estrutura para sua continuidade. Proposto pelo Executivo e aprovado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o Descentra Cultura resulta de uma construção coletiva que envolveu secretarias de Estado, prefeituras, artistas, produtores culturais e, sobretudo, o Conselho Estadual de Política Cultural. Até 2022, a maior parte dos recursos se concentrava na capital e nos grandes centros. A partir de 2023, as prioridades foram revistas com base em escuta pública e pactuação institucional.

“Com o reconhecimento das Congadas como patrimônio imaterial e a interiorização dos recursos culturais, Minas repara uma dívida histórica com todas as expressões afrodescendentes e tradicionais. Estamos promovendo justiça cultural de verdade – não apenas no discurso, mas na prática, no orçamento e na política pública”, afirma Leônidas de Oliveira, secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais.

Em 2024 e 2025, o interior do estado representou 61% do total de inscrições, alcançando 537 municípios nas 13 regiões intermediárias de Minas Gerais. Pela primeira vez, uma diretriz das conferências estaduais de cultura foi plenamente aplicada: 30% dos recursos do fomento foram destinados às culturas populares, artes tradicionais, patrimônio, culturas indígenas e afro-brasileiras, incluindo congadas, folias, maracatus, reinados, capoeiras, benzedeiras, mestres de tradição e também manifestações contemporâneas ancoradas nos territórios.

“Minas Gerais demonstra que é possível aliar cultura, arte e desenvolvimento econômico com justiça social. A economia da criatividade hoje é pilar estratégico de geração de emprego e renda para milhares de mineiros, e o Descentra Cultura é a base dessa transformação”, afirma José de Oliveira Júnior, diretor da Economia da Criatividade da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG).

Mapeamento

A diretoria também conduz o Plano Estadual de Desenvolvimento da Economia da Criatividade, que mapeia investimentos, eventos culturais, ocupações criativas e promove políticas transversais que ampliam o impacto social e econômico da cultura no estado. Dois eixos adicionais sustentam essa nova fase da política cultural mineira. O primeiro é a estruturação de um sistema robusto de dados e indicadores culturais, que há três anos permite conhecer com mais precisão os grupos vulneráveis e formular políticas específicas.

Na PNAB (Política Nacional Aldir Blanc), por exemplo, Minas coletou e analisou dados sobre pessoas negras, indígenas e com deficiência – incluindo também idosos, mulheres e pessoas LGBTQIAPN+. Entre os inscritos, 40% se declararam negros e 44% mulheres, permitindo desenho de políticas mais inclusivas e responsivas. O segundo eixo é a revisão do Plano Estadual de Cultura, em curso desde 2022, com previsão de conclusão em 2026. Esse processo, orientado por dados e pela escuta social, garantirá a atualização das metas e estratégias de cultura para a próxima década.

O Descentra Cultura consolida Minas Gerais como referência nacional em política cultural democrática, inclusiva, baseada em escuta ativa e construída com os territórios. Um novo tempo em que a cultura é tratada como direito, a arte como linguagem de emancipação e a diversidade como fundamento da mineiridade contemporânea.

Centro de Arte Popular em BH Foto Leo Bicalho Secult MG

A 10ª edição da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas promove, nesta quinta-feira (10), uma programação que celebra a cultura, a memória e a arte em Minas Gerais. Museus e bibliotecas de 81 cidades mineiras abrirão suas portas em horário estendido, oferecendo 124 atividades gratuitas entre exposições, oficinas, apresentações artísticas, rodas de conversa e visitas guiadas. A programação completa pode ser conferida aqui.

Com participação recorde, esta edição consolida o crescimento do evento: são 8% a mais no número de municípios envolvidos em relação à última edição, além de um aumento de de atividades, distribuídas em 111 equipamentos culturais.Pela primeira vez, todas as 13 regiões geográficas intermediárias do estado estarão representadas, reforçando a capilaridade e o impacto da iniciativa.

Cultura acessível e diversidade

A Noite Mineira tem como objetivo transformar museus e bibliotecas em pólos dinâmicos de conhecimento e entretenimento, democratizando o acesso à cultura em horários alternativos. A programação – que inclui desde saraus literários até intervenções cênicas e shows – reflete a riqueza do patrimônio histórico e artístico mineiro, valorizando identidades locais e fomentando o engajamento comunitário.

Sobre o evento

A Noite Mineira de Museus e Bibliotecas é uma iniciativa do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, coordenada pela Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade e executada pelo Sistema de Museus e Sistema Estadual de Bibliotecas.

O projeto tem como objetivo promover o uso noturno de museus, bibliotecas e outros equipamentos culturais, ampliando o acesso da população à cultura em horários alternativos.

Realizada a cada dois meses, a Noite Mineira estimula que os espaços culturais ofereçam programações gratuitas à noite, como exposições, rodas de conversa, saraus, oficinas, visitas guiadas, apresentações artísticas, entre outras ações. O projeto fortalece o papel dos equipamentos culturais como espaços de convivência, formação e cidadania.

Serviço:

10ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas
Data: 10/4 (quinta-feira)
Horário: 18h às 22h

Foto: Leo Bicalho

Grão Mogol Foto Solon QueirozConceição de Ibitipoca, Delfinópolis e Grão Mogol (foto) estão entre as oito vilas brasileiras selecionadas para a premiação “Melhores Vilas Turísticas”, da ONU Turismo (Foto Solon Queiroz/Acervo Secult)

Minas Gerais se consolida, mais uma vez, como protagonista do turismo sustentável e de experiência no Brasil. Das oito vilas brasileiras selecionadas para concorrer ao prestigiado prêmio “Melhores Vilas Turísticas”, promovido pela ONU Turismo, três estão localizadas em território mineiro: Conceição de Ibitipoca, Delfinópolis e Grão Mogol. O reconhecimento destaca a força do interior de Minas como guardião de paisagens naturais, práticas culturais centenárias e hospitalidade singular. Além das vilas mineiras, foram indicadas Antônio Prado (RS), Cocanha (SP), Leoberto Leal (SC), Linha Bonita (RS) e Piraí (SC).

“Esse resultado confirma que Minas tem um papel central na construção do turismo de futuro: sustentável, enraizado na cultura local e comprometido com o bem-estar das comunidades. Conceição de Ibitipoca, Delfinópolis e Grão Mogol simbolizam essa nova fase do turismo mineiro, que une natureza, tradição e inovação”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

A premiação da ONU Turismo tem como objetivo reconhecer destinos rurais que adotam práticas sustentáveis e contribuem para o desenvolvimento social, econômico e ambiental. Os vencedores serão anunciados em novembro de 2025, durante a Assembleia Geral da ONU Turismo. Atualmente, a rede global conta com 254 vilas reconhecidas em todo o mundo.

Delfinópolis

Delfinópolis, localizada na região da Serra da Canastra, no Centro-Oeste do estado, é conhecida como “paraíso ecológico” devido a suas matas ciliares que abrigam diversas espécies em extinção. As cachoeiras são o principal atrativo do município. As mais famosas são a Claro, com quatro quedas; do Luquinha, com três quedas; do Paraíso, com seis quedas. Destaque também para o Complexo Paraíso, que abriga os encantos de oito cachoeiras. Para os motociclistas que gostam de aventura, a cidade oferece diversas trilhas, como Casinha Branca, Pico Dois Irmãos, Chora Mulher e Chapadãozinho.

Grão Mogol

No final do século XVII, a procura por diamantes atraiu para o Arraial de Serra de Grão Mogol diversas pessoas, inclusive estrangeiros interessados no garimpo. A exploração alavancou o crescimento da cidade e destacou-a como a mais importante cidade da região Norte de Minas Gerais. O destino ainda preserva as construções e manifestações culturais da época da mineração.

Os conjuntos arquitetônicos da Avenida Beira-Rio, da Rua Cristiano Belo e da Rua Juca Batista levam o turista de volta ao passado. A cidade simples, tranquila e autêntica oferece também aos visitantes locais com paisagens como as da Serra Geral, da Trilha do Barão, da Cachoeira do Inferno e da Gruta Lapa da Água Fria. O centro histórico de Grão Mogol é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG) desde 2016.

Conceição de Ibitipoca

Charmoso distrito do município de Lima Duarte, na Zona da Mata mineira, conhecido por sua atmosfera rústica, tranquilidade e natureza exuberante. Situado nas proximidades do Parque Estadual do Ibitipoca, o vilarejo atrai visitantes em busca de trilhas, cachoeiras e paisagens de tirar o fôlego, como a Janela do Céu e a Cachoeira dos Macacos. Suas ruas de pedra, pousadas aconchegantes e opções de gastronomia local criam um ambiente acolhedor, ideal para quem busca contato com a natureza e experiências autênticas no interior de Minas. O clima ameno, aliado à hospitalidade dos moradores, faz de Ibitipoca um destino cada vez mais procurado por turistas brasileiros e estrangeiros.

Foto Ane Souz

A cidade histórica de Mariana recebe nos próximos dias 9 e 10 de abril, a primeira edição do Seminário Bens Culturais e Turismo da Fé. A iniciativa integra o Minas Santa, promovido pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e Fundação Clóvis Salgado (FCS).

A proposta do evento, que acontecerá na sede Cúria Metropolitana de Mariana, é refletir sobre a preservação dos acervos, tradições e peças que fazem parte da cultura religiosa, contribuindo para alavancar o turismo, reforçando a história e a identidade.

Com foco no patrimônio histórico e cultural relacionado à fé religiosa, o evento será um espaço voltado para o aprendizado, reflexão e troca de conhecimento, reunindo especialistas, pesquisadores e representações religiosas para discutir o impacto da fé na arquitetura, nas artes e nas tradições locais, também com um olhar especial para o turismo religioso como uma ferramenta de desenvolvimento local.

A programação reúne a apresentação de conferências, mesas temáticas, estudos de casos, além de exposições e intervenções culturais. Na solenidade de abertura, haverá a entrega de acervos conservados e restaurados pelo Curso Técnico em Conservação e Restauro da FAOP para o Museu de Arte Sacra de Mariana e as comunidades.

O evento tem entrada gratuita (mediante inscrição prévia na plataforma Sympla), e contará também com transmissão online no canal do evento no YouTube (@BensCulturaiseTurismoDaFé), permitindo que pessoas de qualquer parte do mundo possam acompanhar as atividades em tempo real.

Este seminário é uma oportunidade para fortalecer o entendimento sobre o papel da fé na cultura, ao mesmo tempo que busca incentivar o turismo e a valorização dos bens culturais históricos como recursos para o desenvolvimento sustentável das comunidades.

O evento é patrocinado pela Cemig, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. É idealizado pela FAOP, com o apoio do Instituto Território Criativo e da Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais e Realização A Casa Arte e Cultura e Governo de Minas Gerais - Governo diferente, Estado Eficiente.

Programação completa:

DIA 09|04|2025 (QUARTA-FEIRA): Salvaguarda dos Patrimônios de Fé

8h às 9h - Recepção e credenciamento do público

9h - Solenidade de abertura do Seminário Bens Culturais e Turismo da Fé
Participação do Secretário de Estado de Cultura e de Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, e de representações do Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Fundação de Arte Ouro Preto, Arquidiocese de Mariana, Associação das Cidades Históricas e Prefeitura Municipal de Mariana.
Na pauta, a entrega de acervos conservados-restaurados pelo Curso Técnico em Conservação e Restauro da Fundação de Arte de Ouro Preto | FAOP para o Museu de Arte Sacra de Mariana e as comunidades.

09h45 às 12h - Conferência de abertura - Professora Guiomar de Grammont – Curso de Filosofia - Universidade Federal de Ouro Preto | UFOP

Tema: Minas, Barroco e Religiosidade
O Barroco e o Rococó são estilos diferenciados e com características próprias, mas é preciso conhecer os dois para a correta identificação de seus aspectos nas igrejas construídas no Brasil na época colonial. O Brasil conserva um magnífico patrimônio dos dois estilos, cuja dualidade é particularmente evidente em Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro. Somos um país com fortes raízes colonialista e segundo o ensaísta Affonso Ávila “para nós brasileiros falar de Barroco é falar de nossa própria origem cultural, de nossa própria formação histórica, das raízes de nossa maneira própria íntima de ver, de sentir e de exprimir uma peculiar experiência do real que a arte só faz transfundir e sublimar”. A professora de Guiomar de Grammont irá abordar a temática do seminário em confluência com as suas pesquisas nos campos da história, da filosofia e da literatura, uma trajetória sensível e poética no exercício da fé nas terras mineiras.

INTERVALO – 12h às 13h30

13h30 às 16:30h - 1º Mesa Temática – Cidades e Templos Edificados como espaços de Fé
A importância das cidades, das culturas dos povos e dos lugares na influência do exercício da fé.

Mediador: Padre Jean Lúcio de Souza - Vigário Paroquial da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, Mariana

Convidados:

Prof. Aziz José de Oliveira Pedrosa - Especialista em História e Cultura da Arte, mestre e doutor em Arquitetura e Urbanismo

Padre Geraldo Dias Buziani - Pároco e Reitor da Catedral Basílica Nossa Senhora da Assunção, Catedral Basílica Nossa Senhora da Assunção - Paróquia Nossa Senhora da Assunção,em Mariana. A sua história e como ela perdura até nos dias de hoje como espaço de fé, com mais de 300 anos. Observa-se que, das construções que se conservam até os dias atuais, a única que mantém a integridade de sua decoração original é a Catedral de Mariana;

Padre Luciano da Silva - Assessor do Setor Cultura e Bens Culturais da Comissão Episcopal para Cultura e Educação da CNBB.

16h30 - Pausa para café e intervenção cultural
17h às 18h – Apresentação de Estudo de Caso
O Processo de Conservação e Restauração da Catedral Basílica Nossa Senhora da Assunção (Catedral da Sé de Mariana), por Arthur Francisco da Silva Coelho, arquiteto-restaurador responsável pela obra.

10|04|2025 (QUINTA-FEIRA): Turismo da fé

8h às 9h - Recepção e credenciamento.

9h às 11h30 - 2º Mesa Temática – Santos (as) devocionais, festas religiosas e expressões culturais como manifestação da fé.

As diversas formas de fé como manifestação da cultura por meio de seus símbolos, ritos, santos (as) padroeiros (as), festejos, novenas, procissões, modos de fazer e saberes, legados das tradições, sejam elas materiais ou imateriais, são aspectos importantes da experiência da fé. Patrimônio imaterial: a transmissão oral e cultural das tradições religiosas, como rezas, cantos e rituais. Estudo das religiões afro-brasileiras com ênfase na conformação delas no espaço público, em seus processos de patrimonialização e em sua mobilização pelas políticas de reparação racial. A equipe da FAOP irá tratar sobre a importância da qualificação profissional em nível técnico preparando profissionais para analisar, diagnosticar e intervir adequadamente em acervos de papel, escultura policromada e pintura de cavalete.

Mediadora: Gabriela Rangel – Diretora da Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade da FAOP

Convidados:

Gustavo Bastos Bonfim – Professor do Curso Técnico em Conservação e Restauro da FAOP

Padre Samuel Fidelis - Pró-reitor de Comunicação e Missão do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade.

Roberta Silva – Coordenadora do Núcleo de Conservação e Restauração da FAOP.

INTERVALO – 12h ÀS 13h30

13h30 às 16h - 3º Mesa Temática Turismo e Experiências Criativas nos Caminhos da Fé
As conexões entre manifestações religiosas, tradições festivas da religiosidade em Minas Gerais e a relação com novos arranjos de turismo, como o TBC (Turismo de Base Comunitária) e na economia criativa. O debate abordará como esses eventos fortalecem a identidade, geram oportunidades econômicas e contribuem para o desenvolvimento das comunidades locais.

Mediador: Professor Marcos Knupp – Curso de Turismo da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto | UFOP

Convidados:
Emanuelle de Oliveira
Minas Gerais oferece diversas rotas estruturadas para o turismo da fé, atraindo visitantes do Brasil e do mundo. Combinando espiritualidade, natureza, aventura e patrimônio histórico, esse turismo movimenta a economia criativa. No estado, há 11 rotas cadastradas, que podem ser percorridas a pé, de bicicleta, a cavalo ou de carro, incluindo a Rota da Peregrinação, Caminho da Luz, Caminho da Fé e Caminhos Franciscanos, entre outras.

Eduardo Batista - Secretário de Patrimônio Cultural e Turismo de Mariana
Mariana, primeira cidade e capital de Minas Gerais, é um marco da religiosidade no estado, abrigando o primeiro bispado, a primeira catedral e o primeiro seminário mineiro. Referência no turismo de fé, sua história conecta patrimônio, celebrações e peregrinações. O turismo religioso impulsiona a economia criativa e o desenvolvimento sustentável, exigindo estratégias de preservação e inovação. Mais que um legado, a fé em Mariana fortalece identidade, pertencimento e novas oportunidades para a cidade e suas comunidades.

Ângelo Oswaldo de Araújo Santos - Presidente da Associação de Cidades Históricas de Minas Gerais e Prefeito Municipal de Ouro Preto.
As cidades históricas de Minas Gerais reúnem alguns dos principais destinos do turismo de fé, atraindo visitantes do Brasil e do mundo ao longo do ano, impulsionado por seu rico patrimônio histórico, cultural e religioso, marcado pelo esplendor do barroco. Durante a Semana Santa, as cidades se transformam em cenários de fé e tradição, se enfeitando para as celebrações, preservando rituais centenários. As festividades religiosas são uma expressão viva da identidade dessas cidades, estendendo-se também aos distritos, onde as festas em honra aos santos e às santas devocionais mantêm viva a herança cultural. Esse fluxo de turistas fortalece a economia local, beneficiando artesãos e artesão, além de outros empreendedores que encontram nas festividades uma oportunidade de crescimento.

Efraim Leopoldo Rocha – Coordenador de Projetos e do Patrimônio - Arquidiocese de Mariana
“Nos Passos de Dom Viçoso – Uma caminhada de Fé”: Caminho de peregrinação, do Caraça a Mariana, celebra a vida e a obra de Dom Viçoso, que fundou o Colégio do Caraça, dirigiu a Diocese de Mariana, lutou contra a escravidão e hoje está em processo de beatificação. É um trajeto de 88 km, que tem início no Santuário do Caraça e vai até a cartuxa de Dom Viçoso. É um caminho de fé que nos leva a reviver uma rica história! (20 minutos para cada membro da mesa e 30 minutos de debate)

16h – Pausa para Café – Intervenção Cultural
16h30 às 17h – Apresentação de Estudo de Caso sobre Itapecerica
A cidade localizada no Centro-Oeste mineiro, inaugurou em 2021, uma capela dedicada a São Bom Jesus de Matozinhos, no Morro do Cruzeiro. Idealizado pelo então prefeito Wirley Reis, o projeto foi realizado sem recursos públicos, contando com doações da população. A capela fortalece a fé local e impulsiona o turismo religioso, tornando-se um novo ponto de peregrinação. A experiência será apresentada por Wirley Reis, atual presidente da FAOP.

17h às 18h - Conferência de encerramento, com Alex Calheiros, diretor do Museu da Inconfidência.

Tema: Museus e centros de memória na salvaguarda de patrimônios de fé e espaços para proposição de novas narrativas
O papel dos museus na preservação e valorização dos bens culturais ligados à fé, especialmente em um momento de revisão de narrativas. A adaptação dessas instituições às novas perspectivas históricas, culturais e sociais, destacando a importância da memória coletiva e do diálogo com as comunidades para a proteção e difusão desses patrimônios. A temática da conferência de encerramento tem o objetivo de provocar e problematizar a 2ª. edição do Seminário “Bens Culturais e Turismo da Fé”.
18h – Intervenção Cultural

Serviço

Seminário Bens Culturais e Turismo da Fé
Datas: 09 e 10 de abril - quarta e quinta-feira
Local: Cúria Metropolitana de Mariana
Endereço: Rua Cônego Amando, 161, São José (Chácara) - Mariana - Minas Gerais
Inscrições: Gratuitas, pelo Sympla
Transmissão online: www.youtube.com/channel/UCuGxkjFsUX2sFGFy1VyzQ2g
Informações: www.faop.mg.gov.br ou pelo perfil @bensculturaisdafe

Foto: Ane Souz

Lapinha da Serra CezarFelix 1 1A carga horária é de 30 horas, distribuídas em três módulos ao longo de quatro semanas, com direito a certificação (Foto Cezar Felix)

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), por meio da Diretoria de Capacitação e Qualificação, ofertará 1.000 vagas para o curso “Operacionalização da Plataforma Integrada do Turismo”. O curso tem por objetivo capacitar profissionais do setor turístico, empreendedores e gestores públicos no uso da Plataforma Integrada do Turismo.

As inscrições estão abertas do dia 26 de maio a 08 de junho e podem ser feitas no site da Plataforma de Ensino à Distância Minas Cultura e Turismo. O início das aulas está previsto para o dia 10/06/2025 e será oferecido de forma online e gratuita. A carga horária é de 30 horas, distribuídas em três módulos ao longo de quatro semanas, com direito a certificação aos concluintes.

O curso abordará a importância do Inventário da Oferta Turística como instrumento de planejamento voltado para o desenvolvimento do setor turístico nos municípios. O participante aprenderá como inserir as informações do inventário e a usar os dados coletados de maneira dinâmica, simples e inteligente, utilizando a Plataforma Integrada do Turismo.

Para se inscrever basta acessar este link e se cadastrar com login e senha. Para quem já possui cadastro na Plataforma EaD, basta entrar com o login e senha que o curso está disponível na página inicial.

A iniciativa faz parte do programa estadual de qualificação Cria.Forma: Formação em Turismo e Cultura, coordenado pela Diretoria de Capacitação e Qualificação da Secult-MG. O programa visa propor ações de capacitação, alinhada às demandas do mercado de trabalho do estado.

Essa ação reafirma o compromisso do Governo de Minas, por meio da Secult, com a qualificação profissional e o desenvolvimento do turismo no estado, ao democratizar mais oportunidades de acesso à informação e ao aprendizado.

PHOTO Consuelo de Abreu

Com os programas Ano Mineiro das Artes (AMA) e Turismo, Experiência e Mineiridade (TEM), o Governo de Minas estrutura uma política pública que conecta tradição, bem-estar e desenvolvimento econômico. Pesquisa da Fundação Itaú/Datafolha confirma: a cultura é um dos principais motivos que mobilizam os brasileiros a viajar e viver novas experiências.

Minas Gerais tem se consolidado como referência nacional na integração entre cultura e turismo. Com os programas AMA e TEM, o Estado transforma seus bens culturais em experiências vivas, impulsionando o turismo interno, ampliando a permanência dos visitantes e aquecendo a economia criativa em todas as regiões.

Pesquisa recente da Fundação Itaú/Datafolha, com mais de 2.400 entrevistas em todo o Brasil, mostra que os principais motivos para a realização de atividades presenciais são o bem-estar (43% buscam relaxar e diminuir o estresse), a vontade de conhecer novos lugares (40%) e o desejo de adquirir conhecimento (37%). Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, os dados refletem o que o Estado já tem implementado com sucesso:

“Minas lidera uma nova visão de política cultural e turística: não oferecemos apenas eventos, oferecemos experiências que geram pertencimento, bem-estar e memória. O AMA e o TEM foram criados para responder a esse desejo da população por vivência, descoberta e conexão com a identidade dos territórios”, afirma o secretário.

Eventos ao ar livre, festas populares, shows e manifestações culturais tradicionais, como as Congadas e romarias, são as práticas mais valorizadas pela população e estão entre as mais oferecidas no calendário mineiro. Cidades como Belo Horizonte, Ouro Preto, Tiradentes, Diamantina, Araxá e diversas do interior vêm recebendo uma programação constante com forte impacto positivo na ocupação hoteleira e no aumento do ticket médio, especialmente aos finais de semana.

“A cultura é hoje um dos grandes indutores do turismo. Onde há calendário estruturado, há hotéis cheios, restaurantes movimentados, artesanato valorizado e comunidades fortalecidas”, completa Oliveira.

O Natal da Mineiridade, por exemplo, mobilizou mais de 400 municípios em 2024, enquanto o Minas Santa, o Carnaval da Liberdade, o Inverno em Minas e as Rotas do Rosário se tornaram marcos de regionalização turística e descentralização da cultura.

Segundo a pesquisa, mais de dois terços dos brasileiros têm alto interesse em conhecer costumes culturais das cidades onde vivem ou visitam. E 40% sentem falta de atividades culturais em seus municípios — especialmente os de pequeno porte. Minas Gerais tem respondido a essa lacuna com ações concretas, alcançando públicos diversos e promovendo inclusão: 62% dos entrevistados se identificam como negros (pretos e pardos) e 60% vivem no interior.

Além da transformação subjetiva que a cultura e o turismo proporcionam — como bem-estar, conhecimento e pertencimento —, os efeitos concretos também são expressivos: geração de emprego e renda, dinamização econômica das comunidades locais, fortalecimento das iniciativas de turismo de base comunitária, ampliação de oportunidades para empresas do setor, valorização da produção cultural e estímulo direto à cadeia criativa. Festivais, shows, feiras e eventos geram movimento nos territórios e fortalecem os artistas, produtores e empreendedores culturais mineiros.

“Minas mostra que é possível fazer uma política cultural com raiz e ao mesmo tempo contemporânea. E isso tem colocado o Estado como protagonista no crescimento do turismo nacional”, conclui o secretário.

Em Minas, a cultura não é apenas um patrimônio: é um convite à experiência. E o turismo é mais do que deslocamento — é vivência, aprendizado e reencontro com a vida.

Inauguração Vila Galé Ouro PretoO prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, o presidente do Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida, o governador de Minas, Romeu Zema, e o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, durante a cerimônia de inauguração do Vila Galé Collection Ouro Preto (Fotos Cristiano Machado/Imprensa MG)

 Minas Gerais deu um passo decisivo na consolidação de sua vocação histórica para o turismo cultural, patrimonial e sustentável com a inauguração do Vila Galé Collection Ouro Preto, no distrito de Cachoeira do Campo, em Ouro Preto, realizada nesse sábado (24/5), com a presença do governador Romeu Zema. Essa é a primeira unidade da segunda maior rede hoteleira de Portugal em território mineiro, o 12º resort do grupo no Brasil, e representa um movimento estratégico de Minas rumo ao protagonismo no mercado turístico internacional.

O empreendimento é resultado de uma política pública estruturada, conduzida de forma integrada pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) e sua vinculada Invest Minas, e pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), que reposicionou Minas Gerais como um destino competitivo, seguro e acolhedor. O governador comemorou a chegada do Grupo Vila Galé e enalteceu a importância que este novo empreendimento vai proporcionar para o turismo no estado.

"Estamos extremamente felizes em termos aqui esta unidade do Vila Galé em Ouro Preto, que é um dos municípios do estado de Minas Gerais que mais atrai turistas. Esse empreendimento é muito bem-vindo. Sempre tenho conversado com empreendedores, que atuam no setor de turismo, lembrando que Minas Gerais é um excelente estado para se fazer investimento, e está no centro do Brasil", enfatizou o governador Romeu Zema.

Geração de empregos

Com investimento de R$ 180 milhões, o resort gerou 120 empregos diretos e mais de 600 postos de trabalho indiretos, impactando positivamente a economia local e regional. Instalado no imóvel histórico, que abrigou o 1º Quartel do Regimento de Cavalaria de Minas Gerais (1779) e, posteriormente, o Colégio Dom Bosco, o Vila Galé Collection Ouro Preto é um exemplo de como o turismo pode ser vetor de desenvolvimento com preservação do patrimônio.

Tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), o espaço foi cuidadosamente recuperado pela rede portuguesa, especializada em integrar hospitalidade e memória. As tratativas para a instalação começaram em 2021, durante missão oficial do Governo de Minas à BTL Lisboa. Em 2022, a interlocução com os salesianos, então proprietários do imóvel, viabilizou a apresentação do projeto a grupos hoteleiros.

"Sabíamos do potencial desse espaço e da expertise do Vila Galé em requalificar imóveis históricos. Dois meses depois, Jorge Rebelo (presidente do grupo) já estava em Minas com um pré-projeto. Hoje, temos um empreendimento que transforma a região, valorizando nosso patrimônio, gerando emprego, renda e oportunidades para o povo mineiro", afirma a secretária-adjunta de Comunicação Social de Minas Gerais, Bárbara Botega.

A Sede e a Invest Minas atuaram na intermediação junto aos salesianos e à Prefeitura de Ouro Preto, bem como outras entidades governamentais, como as secretarias de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e de Fazenda (SEF/MG), Iepha-MG, Cemig e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

"Essa articulação é fundamental para a realização de empreendimentos como este no estado, e o Governo de Minas tem sido um ator fundamental para agilizar essas interlocuções. Ficamos entusiasmados em ver os patrimônios da cultura mineira sendo valorizados. Isso movimenta o turismo no estado e gera empregos para a população", destacou a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa.

Vila Galé Ouro Preto

“Equipamentos turísticos como o Vila Galé geram empregos, movimentam a economia e ajudam a recontar nossa história de forma viva. A recuperação de um prédio histórico com esse nível de investimento mostra como é possível conciliar preservação do patrimônio com desenvolvimento. Minas tem vocação para receber bem e iniciativas como esta transformam essa vocação em negócios concretos”, frisou o diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga.

Projeto

O resort conta com 311 quartos, vinhedo, haras e centro de convenções com sete salas, além de uma imensa lista de atrações que incluem dois restaurantes, dois bares, um auditório, uma capela, biblioteca, sala de jogos, spa Satsanga com piscina interior aquecida e sauna, clube infantil com parque aquático, lago, ecoturismo, tirolesa, biblioteca, plantio de azeitonas e uvas, entre outros.

Todo este projeto reafirma o modelo mineiro de integrar cultura, natureza e hospitalidade, ressaltado pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo Leônidas de Oliveira. "Estamos assistindo à formação de uma nova potencialidade econômica baseada na cultura, na hospitalidade e na identidade mineira. Minas acolhe, preserva e, ao mesmo tempo, inova. Esse é o futuro que já está em curso, com trabalho sério, visão estratégica e amor pelo que somos", afirmou Leônidas de Oliveira.

Vila Galé em Brumadinho

Durante a solenidade de inauguração do Vila Galé Ouro Preto, o Governo de Minas e a rede hoteleira anunciaram a expansão do investimento do grupo em Minas Gerais com a construção da sua segunda unidade no estado, na cidade de Brumadinho. O município da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) abriga o Instituto Inhotim, um dos maiores museus a céu aberto do mundo.

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O Coral Cidade dos Profetas renova, ano após ano, a tradição de interpretar os sons antigos de Minas durante a Semana Santa de Congonhas, cidade que abriga um dos maiores patrimônios culturais e religiosos do país. Neste ano, essa história continua. No sábado, 12 de abril, às 20h, o coro retorna à Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos para um espetáculo cênico-musical, com orquestra convidada e dramatização de cenas da Paixão de Cristo pelo grupo Dez Pras Oito.

O concerto, que integra a programação do Minas Santa, oferece ao público uma seleção especial de composições raras da música colonial mineira, presentes no álbum Coral Cidade dos Profetas interpreta obras inéditas do Período Colonial. O repertório inclui, ainda, peças como “Hosana Filio Davi”, de autoria desconhecida, que remonta a entrada triunfal de Jesus Cristo a Jerusalém.

Criado em Congonhas há mais de 35 anos, o Coral Cidade dos Profetas foi convidado desde o início a se apresentar na Semana Santa da cidade. Com o passar do tempo, essa participação cresceu, se consolidou e virou uma tradição.

A memória dessa trajetória é compartilhada por pessoas como a coralista Maria Zélia Senra Barbosa, 92 anos, que acompanha o grupo desde sua fundação e tem sido presença constante nos concertos. “A música colonial mineira é linda e cheia de detalhes. É difícil explicar o que sentimos, mas ficamos entusiasmados em participar da Semana Santa e dar mais brilho à celebração. Para mim, é um orgulho estar no Coral desde o começo e acompanhar sua evolução ao longo dos anos”, conta.

Este concerto, viabilizado por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, tem realização do Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, e da Associação Canto Livre, patrocínio da Cemig e apoio da Prefeitura Municipal de Congonhas.
Coral Cidade dos Profetas

Especializado na interpretação de música sacra antiga e com quatro CDs gravados — "Missa em Fá de Lobo de Mesquita", "Mestres do Colonial Mineiro", "CD em Louvor à Virgem Maria" e “Coral Cidade dos Profetas interpreta obras Inéditas do Período Colonial”, —, o Coral Cidade dos Profetas desenvolve, desde 1988, o pioneiro trabalho de proteção deste patrimônio imaterial do País. É o único grupo musical que se dedica exclusivamente a pesquisar, difundir, promover e democratizar a música antiga de Minas Gerais.

Ao longo da trajetória, o Coral tem participado dos eventos mais significativos do Estado como as Semanas Santas e os Festivais de Inverno, além de Encontros de Corais Nacionais e Internacionais. Mantido pela Associação Cultural Canto Livre, o grupo oferece também, gratuitamente, formação musical para pessoas de 10 a 90 anos, sendo reconhecido como uma das mais belas manifestações culturais do interior de Minas.

Há dois anos, com o objetivo de promover ainda mais este legado, foi lançado o coral infantil “Profetas do Amanhã”, sempre com formação gratuita e atividades de musicalização voltadas para a primeira infância.

Minas Santa

O Minas Santa é promovido pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), da Fundação Clóvis Salgado e da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop). A iniciativa conta com o apoio da Cemig, da Federação dos Circuitos Turísticos (Fecitur), da Associação Mineira de Municípios (AMM) e da Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo.

Nesta edição, o Minas Santa integra as ações do Ano Mineiro das Artes (AMA), que celebra a cultura viva do povo mineiro ao longo de 2024. A Semana Santa, nesse contexto, reafirma a força do patrimônio imaterial e da arte que nasce do povo e se manifesta nas ruas, nas igrejas e nos gestos de fé.

O portfólio completo com a programação nas cidades pode ser acessado no Portal Minas Gerais: www.minasgerais.com.br

SERVIÇO
Concerto de abertura da Semana Santa de Congonhas

Data: 12 de abril, sábado, às 20h.
Local: Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos (Praça do Santuário, 180 - Basílica - Congonhas/MG).
Entrada gratuita, sujeita à lotação do espaço.

Foto: Carol Lacerda

Lançamento Minas Junina 2025 Foto Leo Bicalho Secult MGTerceira edição do programa, lançada nesta segunda-feira (26/5), irá gerar uma movimentação turística de 3,3 milhões de pessoas em todo o estado (Foto Leo Bicalho/Secult-MG)

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, lançou, nesta segunda-feira (26/5), o Minas Junina 2025 como uma política pública estruturante que celebra, valoriza e promove a cultura popular e tradicional em todas as regiões do estado. Integrado ao DescentraCultura – programa inédito no Brasil –, o projeto assegura uma descentralização efetiva da promoção cultural e fortalece a transversalidade entre cultura e turismo, articulando os municípios, artistas e comunidades no maior circuito junino já realizado no estado. Mais de 400 municípios mineiros participarão das celebrações em 2025 com apoio do Estado, seja por meio do fomento direto via editais regionais, da valorização dos patrimônios imateriais, ou através de recursos do ICMS Cultural, que garantem autonomia e protagonismo às cidades na preservação e ativação de seus bens culturais e festejos tradicionais.

O Minas Junina é também uma política de desenvolvimento. Em 2024, segundo dados da Diretoria de Economia da Criatividade da Secult-MG, a captação via Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LeiC) chegou a R$ 159 milhões, mobilizando centenas de projetos em festas populares, quadrilhas, reinados, congados, folias e as mais diversas áreas e expressões artísticas. Essa força econômica traduz-se em empregos, turismo local, valorização da identidade mineira e dinamização das cadeias produtivas da cultura.

Na capital, o Arraiá da Liberdade, promovido pela Fundação Clóvis Salgado e instalado nos jardins do Palácio da Liberdade, será, nos dias 27, 28 e 29 de junho, o palco simbólico dessa integração entre capital e interior. Dezenas de grupos de quadrilha, congos, catopês e outras expressões vindas de todas as regiões do estado ocuparão o espaço, celebrando o ciclo junino como momento de encontro, fé, arte e mineiridade.

O Minas Junina 2025 reforça ainda o reconhecimento das Congadas como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais, título conquistado em 2024. Em 2025, o Estado amplia os investimentos nas tradições afro-mineiras com editais exclusivos e apoio técnico por meio do Programa de Proteção da Cultura Afro e do DescentraCultura.

“O DescentraCultura é mais que uma política de fomento: é uma política integral, que vai da base – com o apoio técnico e os editais – até a promoção, comunicação e valorização da cultura nos palcos da capital e do interior. É uma engrenagem viva que movimenta todo o sistema de cultura e turismo de Minas Gerais, unindo planejamento, diversidade, protagonismo territorial e mineiridade”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Com a destinação inédita de 30% dos recursos públicos para a cultura popular e tradicional, Minas Gerais se afirma como referência nacional em políticas culturais democráticas, inclusivas e territorializadas.

O protagonismo do interior

É no interior que o Minas Junina revela seu poder de transformação social e cultural. Em Pavão, no Vale do Mucuri, o Forró do Regaço movimenta moradores e visitantes com shows, danças e comidas típicas. Piranguinho, no Sul de Minas, orgulhosamente realiza a XVIII Festa do Maior Pé de Moleque do Mundo, celebração reconhecida como Patrimônio Imaterial de Minas Gerais. O Festival Junino de Paraopeba, na Região Central, já se consolidou como evento de grande apelo regional, enquanto o 1º Juninão na Praça, em Rio Paranaíba, estreia com expectativa de se tornar referência no Alto Paranaíba.

Municípios como Itinga, Janaúba, Jequitinhonha, Lagoa da Prata, São João Nepomuceno, Pedra Azul, Monte Azul e tantos outros mostram a força das manifestações culturais locais, com festas que unem fé, música, dança e identidade.

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A Sala de Retratos das Primeiras-Damas de Minas Gerais foi inaugurada nesta segunda-feira (7), no Palácio da Liberdade, um marco histórico que busca reparar uma omissão secular: a ausência do rosto e da memória de mulheres que, embora tenham atuado de forma decisiva na vida pública, foram por muito tempo esquecidas pelos registros oficiais. A ação é uma iniciativa do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, e do Serviço Social Social Autônomo Servas.

Idealizada pela primeira-dama e presidente do Servas, Christiana Renault, e pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, a sala é mais que um espaço de homenagens — é um manifesto visual. Das mais de 60 primeiras-damas que o Estado já teve, o Arquivo Público Mineiro só encontrou 23 retratos.

As demais molduras, vazias, permanecerão expostas como símbolo de um apagamento histórico e convite à reparação: a comunidade, os familiares das primeiras-damas e os cidadãos estão convidados a contribuir com fotos e informações para preencher essas ausências, a partir do envio desses conteúdos para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

“Esse é um espaço que nasce para resgatar, valorizar e perpetuar a memória de mulheres que dedicaram parte de suas vidas ao bem-estar do povo mineiro e que a partir de dona Sarah Kubitschek assumiram também a missão de liderar o Servas”, ressaltou Christiana Renault durante a solenidade.

A secretária-adjunta de Cultura e Turismo, Josiane de Souza também destacou a importância dessa ação. “É muito bonito a gente vê hoje a realização desse projeto com esse intuito de valorização do passado e de preservação da memória futura de todas essas mulheres que aqui virão. Hoje, aqui, vocês representam a força feminina na política do estado de Minas Gerais”, declarou.

Pela primeira vez na história de Minas Gerais, o retrato de uma mulher que participou ativamente da política do Estado ocupará as paredes de um espaço oficial do governo. A Sala de Retratos das Primeiras-Damas rompe com o silêncio e revela, com imagens e ausências, a força feminina que ajudou a construir as bases da assistência social, da cultura, da saúde e da solidariedade mineira.

“Não se trata apenas de pendurar quadros. Trata-se de devolver às mulheres o seu lugar na história. As molduras vazias nos confrontam com o esquecimento, e os rostos presentes nos convocam à memória. Essa sala é um marco civilizatório para Minas, que reconhece, enfim, que política também se faz com cuidado, afeto e protagonismo feminino”, pontua o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira.

Entre as mulheres já retratadas, estão nomes como Risoleta Tolentino Neves (1917-2003), educadora e ativista social, e Sarah Kubitschek (1908-1996), criadora de projetos pioneiros que inspiraram o Brasil. A presença dessas lideranças se soma ao esforço de dar visibilidade às trajetórias femininas que foram fundamentais para o desenvolvimento humano do Estado.

O espaço escolhido para essa reparação histórica também carrega significado: a antiga Pinacoteca 3, que entre as décadas de 1970 e 1980 organizava o acervo artístico do Estado, agora se transforma em uma galeria de memória feminina e política. A nova sala reflete ainda o compromisso do Governo de MInas em ampliar o protagonismo das mulheres na gestão pública — hoje, presente em secretarias estratégicas, nas forças de segurança e em diversas áreas de governo.

Foto: Renata Garbocci

pedrovilela inhotim brumadinho mg 26996011488 o 1aaaaaaaaaProjeto reforça protagonismo do estado no turismo cultural e sustentável com investimentos, geração de empregos e valorização do território mineiro (Foto Pedro Vilela)

 

Após inaugurar com grande destaque o Vila Galé Collection Ouro Preto nesse sábado (24/5), o grupo português Vila Galé confirmou sua expansão em Minas Gerais com o anúncio da construção de um novo empreendimento hoteleiro no município de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A novidade foi anunciada durante a cerimônia oficial de inauguração do resort em Ouro Preto, que contou com a presença do governador Romeu Zema, secretários de Estado e lideranças do setor turístico.

O novo hotel será instalado na Serra da Conquistinha, em área próxima ao Instituto Inhotim e à BR-381, em um terreno que será cedido pela Prefeitura de Brumadinho por meio de termo de cooperação com o grupo Vila Galé.

A expectativa é que a obra comece em 2026, com conclusão prevista para 2027, gerando 300 empregos diretos e indiretos. Além disso, o município investirá cerca de R$ 10 milhões em infraestrutura, com a duplicação da estrada que liga Brumadinho a São José de Bicas, facilitando o acesso ao novo empreendimento e à região onde está sendo construído um novo aeroporto em Betim.

O chefe do Executivo estadual destacou a atração de investimentos como um dos principais como um dos principais compromissos dessa gestão, e reforçou o apoio do Governo de Minas à nova iniciativa.

"O turismo tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento do estado. Tivemos a confirmação do Vila Galé II, na cidade de Brumadinho e, com certeza, vários outros no estado nos próximos anos. O Vila Galé tem um potencial enorme. Realmente um presente excepcional que vai fazer com que o turismo de Minas avance ainda mais. A minha gestão tem a marca registrada da atração de investimentos e geração de emprego e renda para o mineiro", disse Romeu Zema.

"Minas tem mostrado sua força como destino turístico internacional, e empreendimentos como o Vila Galé em Ouro Preto e agora em Brumadinho consolidam essa nova fase que une patrimônio, inovação e geração de oportunidades. Estamos assistindo à formação de uma nova economia mineira, baseada na cultura, na identidade e na hospitalidade do nosso povo", afirmou o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Com localização estratégica e sinergia direta com o turismo de natureza, arte e cultura promovido pelo Instituto Inhotim, o futuro Vila Galé Brumadinho reforça o modelo de turismo sustentável adotado pelo Governo de Minas, por meio da Secult-MG, Invest Minas e Sede-MG, em parceria com o setor privado e os municípios. Trata-se de mais um passo decisivo no processo de descentralização de investimentos e valorização dos territórios, missão assumida pela atual gestão.

"A chegada de mais um empreendimento da rede Vila Galé, agora em Brumadinho, é a prova concreta do nosso compromisso em diversificar e fortalecer a economia mineira. Abrindo diálogo com grandes empreendedores do mundo temos trabalhado para que também o turismo, assim como outros setores estratégicos, se torne um polo de atração de investimentos que além de gerar novos empregos também oferte oportunidades de desenvolvimento e renda às diferentes regiões de Minas", analisa a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa.

A instalação do novo resort é mais um símbolo da política pública integrada adotada por Minas, capaz de atrair R$ 5 bilhões em investimentos no setor de turismo, por meio de mais de 60 projetos apoiados pela Invest Minas, sendo 25 deles exclusivamente voltados ao turismo.

festarosario consuelodeabreu

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) reafirma seu compromisso com a valorização da cultura afro-brasileira ao divulgar o resultado do editail de premiação Raízes de Minas da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB). Foram 2.114 contemplados, totalizando um investimento de quase R$ 40 milhões em prêmios aos agentes culturais de todo o estado.

Deste valor, aproximadamente R$30 milhões foram destinados a trajetórias e iniciativas relacionadas às afromineiridades. Destaque para a subcategoria de premiação Mestres e Mestras Tradicionais, que contou com 650 prêmios de R$12.500, totalizando R$ 8,1 milhões para mestres de folia, congados e reinados, capoeira, povos de terreiro, dentre outros.

Mais 650 prêmios de R$28 mil, totalizando R$ 18,2 milhões, foram destinados para grupos ou coletivos de capoeira, povos de terreiro, quilombolas, Folias de Reis, festejos juninos, Festas do Rosário, reinado, congado, culturas ciganas, dentre outros.

Além disso, o edital também premiou trajetórias e coletivos do Hip Hop e grupos culturais tradicionais. O reconhecimento dessas iniciativas reforça a importância da diversidade cultural de Minas Gerais e seu papel na construção de um estado mais inclusivo, plural e representativo.

Com investimento de aproximadamente R$ 40 milhões, o edital é um marco histórico, especialmente para a cultura afro em Minas Gerais, destinando recursos expressivos ao fortalecimento das expressões culturais de matriz africana no estado. Os projetos selecionados evidenciam a potência da cultura afro-mineira por meio da valorização da memória, da arte, da religiosidade, das tradições e da ancestralidade negra.

A iniciativa integra o programa Afromineiridades, desenvolvido pelo Governo de Minas, por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e da Secult-MG, como parte das políticas públicas de proteção e promoção da cultura afrodescendente em todo o território mineiro.

A lista completa dos projetos aprovados está disponível aqui

Foto: Consuelo de Abreu

 

 

 

Foto Canastra Eko Resort DivulgaçãoEmpreendimento é novo ícone do turismo sustentável e religioso de Minas Gerais, projetando o estado para o Brasil e o mundo (Imagem EkoResort Canastra/Divulgação)

 

Minas Gerais reafirma sua posição de destaque no turismo nacional com o lançamento oficial do EkoResort Canastra, ocorrido nesta sexta-feira (23), em Cássia, no Sul do estado, durante a Semana de Santa Rita de Cássia — celebração que movimenta o maior santuário do mundo dedicado à santa.

A iniciativa consolida a Serra da Canastra como um dos territórios mais promissores do turismo integrado no país, ampliando as oportunidades para o turismo religioso, ecológico, gastronômico e de eventos.

“O EkoResort Canastra nasce entre as águas, os montes e a fé. Une o espiritual, o ecológico e o econômico com um padrão de excelência. Minas vive um novo tempo no turismo, com investimentos, empregos e autoestima recuperada”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Com mais de 50% das unidades comercializadas no lançamento, o empreendimento nasce como referência em turismo sustentável, termal, religioso e de alto padrão, ocupando mais de 300 mil m² de área total, dos quais 160 mil m² serão construídos em uma obra com entrega prevista em 4 anos.

A expectativa é de que o resort gere cerca de 200 empregos diretos durante a construção e, após sua conclusão, outros 300 postos de trabalho permanentes, além de estimular o surgimento de novos negócios locais nos setores de gastronomia, transporte, serviços e comércio.

Às margens do Lago de Peixoto — continuação do Lago de Furnas — o EkoResort integra hotel de luxo, bangalôs, residências exclusivas, sistema de multipropriedade, marina, heliponto, centro de convenções, beach club, acqua park e 1 km de praia privativa. Além disso, está interligado a uma rede global de mais de 6 mil hotéis parceiros, posicionando Minas Gerais na rota internacional do turismo de experiência.

O anúncio do Canastra Eko Resort integra um momento histórico para o turismo mineiro. Em 2024, o estado ultrapassou a marca de 32 milhões de turistas, com crescimento de 11,8% na atividade turística, mais que o dobro da média nacional, de acordo com dados do IBGE e do Observatório do Turismo de Minas Gerais.

Um estado que se reinventa com o turismo

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), tem adotado uma política de fomento estruturada, com ênfase na descentralização e na valorização das vocações regionais. O ICMS Turismo, por exemplo, já destinou mais de R$ 81 milhões a 513 municípios em 2024, estimulando a profissionalização e a qualificação da gestão pública na área.

“Minas acolhe, preserva e inova. Essa é a nossa força. O turismo em Minas já é uma das maiores fontes de geração de emprego, renda e autoestima regional. Seguiremos com planejamento e diálogo, valorizando o que temos de mais precioso: nossa cultura, nossa hospitalidade e nossa gente”, reforça Oliveira.

 

Tapetes Devocionais Ane Souz

De 13 a 20 de abril, Minas Gerais se transforma em um imenso território de devoção e arte com a terceira edição do Minas Santa, iniciativa do Governo de Minas que celebra a Semana Santa nos 853 municípios do estado. Com programação especial em todas as regiões, o projeto promove a valorização das manifestações religiosas e culturais que tornam Minas um dos maiores palcos de fé do Brasil.

Encenações da Paixão de Cristo, cortejos, missas, procissões, concertos sacros e a confecção dos tradicionais tapetes devocionais mobilizam comunidades inteiras — do Norte ao Sul, do Triângulo à Zona da Mata — unindo tradição, espiritualidade e patrimônio imaterial.

O Minas Santa é promovido pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), da Fundação Clóvis Salgado e da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop). A iniciativa conta com o apoio da Cemig, da Federação dos Circuitos Turísticos (Fecitur), da Associação Mineira de Municípios (AMM) e da Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo.

Destaques da Programação

Concerto Messias
Nos dias 15 e 16 de abril, às 20h, o Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, em Belo Horizonte, recebe o concerto Messias, de George Frideric Haendel, com o Coral Lírico e a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, sob regência do maestro Roberto Tibiriçá. Os ingressos estão disponíveis na bilheteria do teatro e na plataforma Eventim (R$ 20 meia-entrada, R$ 40 inteira).

Encenação da Paixão de Cristo
No dia 18 de abril, às 19h, o Centro Artístico Cultural São João Batista (Cenarc) promove a Via Crucis na capital mineira. Com cerca de 60 atores, a encenação percorre a Praça da Liberdade até a Igreja Nossa Senhora de Lourdes, recriando os últimos momentos de Cristo.

Cante Comigo: Lázaros
No Sábado de Aleluia, 19 de abril, às 18h, a Praça da Liberdade será palco de um espetáculo musical inspirado na história de Lázaro, reunindo corais de diferentes denominações religiosas, dança, projeções audiovisuais e espiritualidade compartilhada.

Tapetes Devocionais: a arte da fé em todos os cantos

Um dos símbolos mais marcantes da Semana Santa mineira são os tapetes devocionais, confeccionados por fiéis nas noites de sábado, véspera da Páscoa. Em praticamente todos os municípios e distritos mineiros, famílias, crianças e idosos se unem em mutirões silenciosos e emocionantes para preparar os caminhos por onde passará a Procissão da Ressurreição, tecendo com serragem colorida, flores, farinha e fé, verdadeiros mosaicos efêmeros de arte e devoção.

Tradições em todas as regiões

A Semana Santa em Minas Gerais é vivida de forma única em cada região, expressando a identidade cultural e religiosa de seus povos:

No Norte de Minas, cidades como Montes Claros, Janaúba e São Francisco mantêm tradições marcadas por procissões com velas, ladainhas e celebrações que integram sertão e espiritualidade.

No Vale do Jequitinhonha, Diamantina realiza a tradicional Procissão do Enterro, acompanhada pelo repique dos sinos — Patrimônio Imaterial Nacional — que ecoa pelas ladeiras históricas.

No Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, municípios como Uberaba, Patos de Minas, Ituiutaba e Araxá promovem encenações, missas campais e música sacra em praças públicas.

Na Zona da Mata, Viçosa, Leopoldina, Cataguases e Juiz de Fora unem tradição e arte com a participação de bandas civis, corais e teatro sacro.

No Sul de Minas, o Quadro Vivo da Semana Santa em Baependi é um dos destaques, ao lado das celebrações em Caxambu, São Lourenço, Alfenas e Varginha.

Na Região Central e Metropolitana, além de Belo Horizonte, cidades como Sabará, Caeté, Nova Lima, Ibirité e Raposos preservam rituais seculares e vivências comunitárias da fé.

No Campo das Vertentes, São João del-Rei, Tiradentes, Prados e Resende Costa se destacam pelas orquestras barrocas e cerimônias tradicionais nas igrejas históricas.

No Oeste, cidades como Divinópolis, Lagoa da Prata e Pará de Minas realizam cortejos e vigílias com intensa participação popular.

No Noroeste, Paracatu, Unaí e João Pinheiro promovem encenações e procissões com forte presença comunitária e integração entre igrejas, escolas e famílias.

No Mucuri, cidades como Teófilo Otoni, Águas Formosas e Nanuque reúnem diferentes gerações em torno da confecção de tapetes e da celebração da fé.

Minas Santa e o Ano Mineiro das Artes

Nesta edição, o Minas Santa integra as ações do Ano Mineiro das Artes (AMA), que celebra a cultura viva do povo mineiro ao longo de 2024. A Semana Santa, nesse contexto, reafirma a força do patrimônio imaterial e da arte que nasce do povo e se manifesta nas ruas, nas igrejas e nos gestos de fé.

O portfólio completo com a programação nas cidades pode ser acessado no Portal Minas Gerais: www.minasgerais.com.br

Serviço
Minas Santa – Semana Santa em Minas Gerais
Data: 13 a 20 de abril de 2024
Locais: Todos os 853 municípios de Minas Gerais
Mais informações: www.minasgerais.com.br

Foto: Ane Souz

Foto Emanuelle Oliveira Acervo SecultProgramação do Café com Tudo integra cozinha mineira, arte, inovação e economia da criatividade com foco no desenvolvimento regional (Foto Emanuelle Oliveira/Acervo Secult)

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), participou, nesta quinta-feira (22/5), em Varginha, da abertura do Café com Tudo – Fórum Regional de Cultura Cafeeira da Microrregião de Varginha, que segue até sexta-feira (23/5), no Centro de Excelência em Cafeicultura do SENAR. Com entrada gratuita, o evento celebra a cultura cafeeira do Sul de Minas e promove a integração entre turismo, gastronomia, arte, cultura, inovação e economia da criatividade, com foco no desenvolvimento regional.

A programação inclui palestras temáticas, workshops, exposições fotográficas, apresentações musicais, sessões literárias com foco no café e vivências da Rota Cafés do Sul de Minas, que reúne roteiros por fazendas centenárias e patrimônios históricos da região. Durante a abertura oficial do fórum, o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, ressaltou o protagonismo do café na cultura, cozinha mineira e na economia do estado, além de ressaltar o crescimento do turismo em Minas Gerais e sua importância como vetor de geração de emprego e renda.

Em seu discurso, Oliveira também falou sobre um importante projeto do governo estadual: “Estamos em fase final, por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), da elaboração do dossiê para reconhecer o café como patrimônio histórico de Minas Gerais. E conto com o apoio de todos vocês para essa conquista”.

O Café com Tudo – Fórum Regional de Cultura Cafeeira da Microrregião de Varginha é uma realização do Governo de Minas, por meio da Secult-MG, em parceria com a Associação Comercial de Varginha (ACIV), Abrasel Regional Sul de Minas e o Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação de Varginha (SEHAV), com apoio do Sebrae Minas, Sicoob Credivar, FBHA, CCCMG, Sicredi, entre outras instituições. A iniciativa conta com recursos do Fundo Estadual de Cultura.

Rota Cafés do Sul de Minas

A rota turística foi lançada pelo Governo de Minas, por meio da Secult-MG, em 2023, durante a 35ª edição da Festuris, em Gramado (RS). Ela contempla seis municípios da região, que é a maior produtora de café do mundo. Participam desse trajeto os municípios de Três Pontas, Cambuquira, São Lourenço, Baependi, Caxambu e Cruzília. A iniciativa reforça o compromisso do Governo de Minas com a valorização das vocações regionais e o fortalecimento do turismo de experiência, unindo tradição, identidade e desenvolvimento sustentável.

A Rota Cafés do Sul de Minas reúne cerca de seis experiências turísticas relacionadas ao café: Paiol Café Boutique (Três Pontas), Fazenda Santa Quitéria (Cambuquira), Fazenda Catiguá (Cambuquira), Parque das Águas (Caxambu), Café Seival (Baependi) e Laticínios Paiolzinho (Cruzília).

São Thome das Letras John Brandão

São Tomé das Letras, um dos destinos turísticos mais místicos de Minas Gerais, inicia um novo ciclo de promoção e reposicionamento de sua imagem com o apoio do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG). Com o conceito "São Tomé das Letras – Onde você é o mistério", a cidade reforça sua vocação para o turismo de experiência, em que a natureza e a espiritualidade convergem, valorizando suas paisagens naturais, cultura ancestral e atmosfera de transcendência.

O plano, elaborado para destacar essa qualidade do município, baseia-se em uma identidade visual inspirada em elementos da região. A marca traz referências à arte rupestre, às texturas de pedra e às cores que remetem ao pôr do sol e às formações minerais, criando uma conexão imediata com o ambiente natural e a atmosfera mágica da cidade.

Na última terça-feira (1), representantes do Governo de Minas e da Secult-MG estiveram no município, onde se reuniram com o trade turístico e prefeitura para tratar dessas ações voltadas ao aprimoramento do turismo local. O alinhamento de estratégias e a construção conjunta de propostas também levou em consideração a importância da segurança dos visitantes, especialmente após os casos recentes uso de substâncias psicoativas, a exemplo do chamado “brisadeiro”.

“Estivemos aqui analisando a situação do turismo da cidade, vendo o que é possível fazermos para juntos construímos um reposicionamento da imagem de São Thomé das Letras, a fim de atrair mais turistas, com mais qualidade, e, em breve, vários ações aparecerão dentro desse projeto, com uma nova marca que está para nascer”, sintetizou o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Campanha

Entre as principais ações da nova estratégia, está a campanha digital #SouSãoTomé, que contará com uma série de vídeos e conteúdos interativos, explorando relatos reais de visitantes e moradores. Além disso, influenciadores das áreas de espiritualidade, arte e slow living serão convidados a vivenciar e divulgar a experiência única que a cidade proporciona.

Outro grande destaque é o Festival Portais do Eu, um evento que reunirá música transcendental, espaços de cura e meditação, oficinas de expressão sensível e palestras sobre espiritualidade e liberdade. A programação foi pensada para ampliar a conexão dos visitantes com sua própria essência, em um ambiente de troca e aprendizado.

Roteiros temáticos

A proposta de São Tomé das Letras também inclui a criação de roteiros temáticos voltados ao autoconhecimento e à exploração sensorial. Entre eles, destacam-se:

Roteiro Místico e Sensorial: inclui meditação no Cruzeiro, visita à Gruta do Carimbado, banho de cachoeira com terapia sonora e observação astronômica guiada.

Roteiro de Autoconhecimento e Arte: com oficina de escrita reflexiva, experiência de arte em pedra e feira holística.

Conexão entre o passado e o presente

A estratégia de reposicionamento reforça São Tomé das Letras como um destino onde o ancestral e o contemporâneo se encontram, proporcionando experiências profundas e transformadoras. Com esse movimento, a cidade reafirma sua identidade única e se projeta como um território de liberdade, transcendência e conexão.

Foto: John Brandão

Foto Consuelo de Abreu Acervo Secult 1Estado destina R$ 131,5 milhões para incentivar a cultura em todas as regiões mineiras; 60,9% das propostas vêm do interior (Foto Consuelo Abreu/Acervo Secult)

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), iniciou, nesta quinta-feira (22/5), o pagamento dos projetos culturais selecionados pela Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) no estado. Com um investimento total de R$ 131,5 milhões, a iniciativa impulsiona as mais diversas expressões artísticas em todo o território mineiro, beneficiando diretamente criadores, produtores e agentes culturais. “Estamos vivendo um momento de grande potência para a cultura em Minas Gerais. A PNAB inaugura um novo ciclo de valorização das expressões artísticas do nosso povo, e este pagamento marca apenas o início de um processo que vai transformar profundamente o cenário cultural do estado”, celebra o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

A novidade se soma a outros avanços significativos nas políticas públicas para a cultura. Minas Gerais foi o primeiro estado do país a aplicar, de forma imediata e integral, a diretriz nacional que reserva 30% dos recursos da PNAB às culturas populares e tradicionais. Somente esse segmento receberá, no biênio 2024/2025, um total de R$ 85 milhões, valor que reforça o compromisso do estado com a valorização das manifestações culturais de raiz.

“Nos próximos anos, veremos um florescer sem precedentes das expressões culturais mineiras, com protagonismo para as tradições populares e para a diversidade de nossos artistas”, ressalta Leônidas de Oliveira.

Participação histórica do interior

O balanço das inscrições da PNAB em Minas Gerais revela um crescimento expressivo na participação de artistas e agentes culturais em todas as regiões. Foram registradas 18.369 inscrições, vindas de 537 municípios, o que representa um aumento de 47% no número de cidades participantes em relação à edição anterior. As ações de descentralização da política cultural promovidas pela Secult-MG têm fortalecido o acesso à cultura em todo o estado. Um dado emblemático desse processo é que 60,9% das propostas foram enviadas por proponentes do interior, o que representa uma participação histórica de agentes culturais fora da capital.

Outro destaque foi a diversidade de perfis entre os inscritos, reforçando o compromisso com a inclusão: 7.353 pessoas negras, 8.901 mulheres, 3.600 pessoas LGBTQIAPN+, 2.609 pessoas idosas, 752 pessoas com deficiência e 183 pessoas indígenas.

Democratização do acesso

Com a divulgação até o momento dos resultados finais de oito editais da Política Nacional Aldir Blanc em Minas Gerais, cerca de 4.200 projetos culturais já foram selecionados, cobrindo todas as regiões do estado e promovendo a democratização efetiva do acesso aos recursos públicos. A PNAB se consolida como um dos pilares estruturantes da política cultural de Minas Gerais, reforçando a missão do Governo do Estado de garantir acesso, diversidade, descentralização e fomento à produção cultural em todas as suas formas e territórios.

Paixão em Cena Leo Bicalho

As diversas manifestações culturais e religiosas de Minas Gerais ganham destaque na programação especial Caminhos da Fé: Tradições Mineiras da Semana Santa, que começa nesta quarta-feira (2) e segue até o dia 6 (domingo), no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, sempre a partir das 18h. A entrada é gratuita e aberta a todos os públicos.

O evento integra o programa Minas Santa e dá visibilidade ao trabalho de diferentes grupos localizados em Baependi, Congonhas, Pitangui, Caeté, Sabará, Mariana e Belo Horizonte. Além disso, antecipa parte das celebrações que acontecerão durante a Semana Santa, entre os dias 13 e 20/4, nestes e nos demais destinos mineiros.

Devoção e arte

O Palácio da Liberdade será palco de apresentações gratuitas que trarão ao público um recorte das tradições da Semana Santa de diferentes regiões do estado. A programação contempla encenações e concertos que ressaltam a história e a fé do povo mineiro.

Com apresentações de grupos vindos de diversas cidades do interior, a iniciativa valoriza o rico patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais e proporciona ao público uma experiência única de devoção e arte.

Minas Santa

O Minas Santa é promovido pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), da Fundação Clóvis Salgado e da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), com apoio da Cemig, Federação dos Circuitos Turísticos (Fecitur), Associação Mineira de Municípios (AMM), da Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais.

As ações do Minas Santa também integram o Ano Mineiro das Artes (AMA). O portfólio com celebrações das cidades e mais informações podem ser acessadas no portal Minas Gerais.

Confira a programação completa do evento:

Quarta-feira, 2/4 - 18h

A Tentacão, o Lava-Pés e a Ceia | Associação Quadro Vivo (Baependi)

A tradicional encenação da Paixão e Morte de Cristo, realizada há 50 anos, traz ao público a representatividade do teatro a céu aberto e a interação dos fiéis com a história sagrada.

O Cálice da Amargura | Grupo de Teatro Dez Pras Oito (Congonhas)

Com cenário grandioso da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, o grupo encena o encontro de Jesus com as mulheres de Jerusalém, em uma apresentação que mescla teatro e música sacra.

Quinta-feira, 3/4 - 18h

Concerto Marchas da Semana Santa | Banda de Música José Viriato Bahia Mascarenhas (Pitangui)

Um repertório especial com marchas solenes e fúnebres que acompanham procissões centenárias da Semana Santa mineira, evocando a forte tradição musical do estado.

Sexta-feira, 4/4 - 18h

Paixão de Cristo | Grupo de Teatro Amador São Francisco (Caeté)

Uma encenação fiel da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, com base em textos históricos e religiosos, promovendo evangelização e reflexão sobre o maior acontecimento da cristandade.

Toque com a Matraca pelo Sr. Francisco Dário dos Santos “Chiquinho” & Concerto da Orquestra e Coral Santa Cecília (Sabará)

Uma imersão na música sacra do século XIX, com peças do Barroco Mineiro e a tradição musical preservada pela Sociedade Musical Santa Cecília.

Sábado, 5/5 - 18h

Onde tudo começou: a Semana Santa na Primaz das Gerais | Fiéis da Paróquia Nossa Senhora da Conceição/Catedral da Sé (Mariana)

Cortejo com saída do prédio do IEPHA-MG (Prédio Verde) traz para a capital mineira os símbolos mais representativos das celebrações da Semana Santa em Mariana.

Cante Comigo: Somos Todos Lázaros (Belo Horizonte) 

Musical com participação do coral gospel Cante Comigo e bandas católicas e evangélicas apresenta montagem inspirada na história bíblica de Lázaro. O espetáculo contará com performances de dança da Companhia Makariús e atuação da Companhia Partilheiros de Teatro, além de telões e projeções audiovisuais.

Domingo, 6/6 - 18h

Paixão em Cena: A benção do perfume - Jantar na casa de Lázaro | CENARC (Belo Horizonte)

Encenação recria um dos momentos mais tocantes da vida de Jesus, retratando o jantar na casa de Lázaro, amigo próximo de Jesus, em Betânia, seis dias antes da Páscoa.

Foto: Leo Bicalho

Imex Frankfurt SecultMais de 3.100 expositores de 150 países e um público altamente qualificado de 12 mil profissionais do setor, a IMEX Frankfurt é vitrine de oportunidades, visibilidade e negócios (Foto Secult/Divulgação) 

 

Com o objetivo de divulgar os atrativos turísticos, culturais, gastronômicos e a infraestrutura do estado para projetos de diversos portes, Minas Gerais participa da IMEX Frankfurt 2025, entre os dias 20 e 22, na Alemanha.

Reconhecida globalmente por reunir os principais nomes do segmento MICE (Meetings, Incentives, Conferences and Exhibitions), a feira é o palco ideal para promover o estado como destino estratégico para eventos internacionais, viagens de incentivo e grandes congressos.

Durante os três dias de evento, a equipe da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) realizou encontros com redes hoteleiras, operadores turísticos, companhias aéreas e organizadores de eventos, reforçando o posicionamento do estado como destino de experiências únicas, autênticas e de alto padrão.

“Estar presente na IMEX Frankfurt é uma oportunidade crucial para posicionar Minas Gerais no radar dos grandes organizadores internacionais. Com um tíquete médio elevado, o turismo de eventos tem impacto direto na economia local. Nosso objetivo é atrair investimentos, gerar negócios e fortalecer a imagem do estado no mercado global”, destaca a subsecretária de Turismo de Minas Gerais, Patrícia Moreira.

Com mais de 3.100 expositores de 150 países e um público altamente qualificado de 12 mil profissionais do setor, a IMEX Frankfurt é vitrine de oportunidades, visibilidade e negócios.

A participação de “hosted buyers” (compradores seniores) mineiros foi outro ponto de destaque, ampliando o networking e abrindo portas para novas parcerias comerciais com players internacionais.

O gerente executivo da Associação dos Produtores de Queijo Canastra (Aprocan), Higor Freitas, que integra a equipe mineira promovendo o potencial turístico e gastronômico do estado, ressalta a importância do evento. Segundo ele, "é uma oportunidade de mostrar a força da nossa cultura, a qualidade dos nossos produtos e a hospitalidade que é a marca do povo mineiro."

A presença de Minas na IMEX 2025 reforça o compromisso do estado em se consolidar como destino competitivo no turismo de negócios, aliando infraestrutura moderna, patrimônio cultural, gastronomia premiada e hospitalidade inigualável.

Biblioteca Foto Secult MG Divulgação

Neste mês de março, em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher (8/3), a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, equipamento da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), recebe, nesta sexta-feira (28/3), o “Carreira com propósito – conversa com coautoras: especial mês da mulher”, a partir das 15h, no Espaço Geek (Rua da Bahia, 1889). Um encontro repleto de inspiração, conhecimento e oportunidades de crescimento para transformar vidas e carreiras com propósito.

Em parceria com o Governo de Minas Gerais, o evento é uma realização da Rhema Desenvolvimento Humano e Organizacional, com a Editora Lisboa, e contará com três momentos especiais, cada um com palestras dinâmicas repletas de insights. A entrada é franca e o espaço sujeito a lotação. O evento integra o AMA – Ano Mineiro das Artes, programa da Secult-MG.

As palestrantes são Kelly Metzker, Adriana Timóteo, Priscila Barbosa, Édila Taís, Íris Guimarães, Angélica Assunção e Gisele Montresor, todas elas com carreiras consolidadas, passando pelos ramos empresarial e acadêmico. As três primeiras são coautoras do livro “Será que vou dar conta”. As três últimas, por sua vez, são coautoras de “Quem comunica empreende”.

Já Édila Taís, doutora em educação, é coordenadora e coautora dos dois livros. “As obras falam de histórias de empreendedoras e empreendedores que superaram dificuldades e desafios”, explica.

Blocos

No primeiro bloco o tema é “Preparação”, com Íris Guimarães e Kelly Metzker. No segundo o tema é “Em campo”, com Angélica Assunção e Adriana Timóteo. O terceiro, “Ganhando o jogo”, falam Priscilla Barbosa e Giselle Montresor.

Para encerrar o encontro tem a participação de Édila Tais, que vai falar sobre “Como se tornar coautor de um livro com sua própria história”. O evento pretende inspirar os participantes a seguirem carreiras alinhadas com seus valores e paixões, a partir de um ambiente de trocas e de aprendizados, para aplicação na vida profissional.

Bloco 1: Preparação
Coautoras: Íris Guimarães e Kelly Metzker

Bloco 2: Em campo...
Coautoras: Angélica Assunção e Adriana Timóteo

Bloco 3: Ganhando o jogo
Coautoras: Priscilla Barbosa e Giselle Montresor

Última parte
Édila Taís vai falar sobre “Como se tornar coautor de um livro com sua própria história”.

Serviço
Data: sexta-feira (28/3)
Horário: das 15h às 17h
Local: Espaço Geek da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais
(R. Bahia, 1889, Lourdes)

Foto: Secult/Divulgação

Catas Altas Crédito Xará Acervo Secult“Aulões para Gestores Municipais de Turismo” ficarão acessíveis de forma contínua (Foto Xará/Secult)

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e sua Diretoria de Capacitação e Qualificação, acaba de dar mais um importante passo para fortalecer o turismo em todo o estado. Os conteúdos dos “Aulões para Gestores Municipais de Turismo”, que reuniram a equipe da Secult em encontros virtuais e ao vivo entre 25 de fevereiro e 8 de abril deste ano, estão agora disponíveis de forma gratuita e aberta ao público na plataforma EaD da Secult-MG. O conteúdo permanecerá acessível de forma contínua, permitindo que gestores, equipes técnicas e demais interessados no desenvolvimento do turismo possam utilizar esse material como um valioso instrumento de aprendizado e apoio à gestão pública.

Conduzidos pela equipe da Subsecretaria de Turismo, os oito encontros temáticos abordaram eixos estratégicos cruciais para o desenvolvimento de políticas públicas de turismo nos municípios mineiros. A iniciativa reforça o seu compromisso com a capacitação permanente dos profissionais do setor, o fortalecimento institucional dos municípios e a valorização dos gestores locais. Os “Aulões para Gestores Municipais de Turismo” alcançaram um sucesso notável, reunindo 3.223 participantes ao longo dos encontros, com representantes de 15 estados brasileiros e de 384 municípios mineiros. Além da presença de todas as regiões do Brasil, o projeto teve alcance internacional, com a presença de gestores públicos de Moçambique.

A qualidade do conteúdo foi amplamente reconhecida, com 79% dos participantes avaliando os encontros como “excelente”, 95% atestando a relevância para a atuação municipal e 98% expressando o desejo de participar de futuras edições. Esses dados reforçam a importância da capacitação contínua, do intercâmbio de experiências e do suporte técnico para a gestão turística em todas as instâncias governamentais.

Conteúdo rico e diverso

Os aulões abordaram temas fundamentais para a gestão do turismo municipal, oferecendo um panorama completo e atualizado sobre as políticas e ferramentas disponíveis. Em oito encontros os temas abordados foram: Políticas Públicas de Turismo e ICMS Turismo, Política de Regionalização, Cadastur, Elaboração de Produtos e Rotas e Inventário Turístico, Comercialização e Promoção, Dados do Turismo, Capacitação e Qualificação para o Turismo e, por fim, Atração de Investimentos para o Turismo – Invest Minas.

Como acessar

Para acessar este rico material de capacitação, os interessados devem seguir alguns passos simples: acesse a Plataforma EaD da Secult-MG através do link ead.secult.mg.gov.br; faça login utilizando seu e-mail/usuário e senha; os vídeos dos aulões estarão disponíveis logo na página inicial da plataforma, prontos para serem assistidos.

Leônidas 7 Encontro de Gestores 2025O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, falou sobre a história da arte mineira e suas relações com o mundo, no primeiro dia do Encontro de Gestores de Cultura e Turismo (Foto Leo Bicalho/Secult-MG) 

O vice-governador Mateus Simões participou, nesta quarta-feira (26/3), do encerramento do primeiro dia do 7º Encontro de Gestores de Cultura e Turismo, evento que reúne representantes de municípios de todas as regiões do estado. Realizada pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), esta edição do evento teve o número recorde de 11 mil inscrições nas diversas atividades. Com a participação de gestores de 741 cidades, o encontro confirma a vocação de principal fórum de articulação das políticas públicas municipais de cultura e turismo do Brasil.

"Pelo quinto ano consecutivo, somos o estado que mais cresce em atração de turistas em todo o Brasil. Temos o maior volume de captação de recursos para a lei de incentivo estadual desde que a lei foi estabelecida e criamos um novo mecanismo de distribuição do dinheiro do turismo para incentivar os municípios. Vamos continuar avançando numa velocidade cada vez maior", afirmou Mateus Simões.

Programação

Até esta quinta-feira (27/3), as atividades serão realizadas em três espaços culturais que integram o Circuito Liberdade: Sala Minas Gerais, sede da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Biblioteca Pública Estadual e MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal. No encerramento, na sexta-feira (28/3), os gestores participarão de uma visita técnica ao Instituto Inhotim, em Brumadinho, um dos maiores museus a céu aberto do mundo.

Articulação para avançar

Criado em 2022 pela atual gestão, o encontro fortalece o diálogo entre Estado e municípios, promovendo formação técnica, troca de experiências e construção de redes colaborativas, com o apoio institucional da Cemig e da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge). A programação envolve temas estruturantes como patrimônio cultural imaterial, economia criativa, turismo de experiência, storytelling, arte, sustentabilidade, gastronomia contemporânea e mercado global. Os temas reforçam a centralidade da cultura e do turismo nas estratégias de desenvolvimento dos municípios com a geração de emprego e renda por meio do setor.

“Criamos este encontro em 2022 com o objetivo de transformar a política pública em uma construção coletiva, feita com os municípios, e não para os municípios. Hoje, com milhares de gestores reunidos, mostramos que Minas está unida em torno da cultura e do turismo como motores de desenvolvimento, identidade e inclusão”, afirma o Secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira.

O evento acontece no marco de dois grandes eixos lançados pelo Estado em 2025, por meio da Secult: o AMA – Ano Mineiro das Artes, que celebra a potência das criações artísticas em todas as regiões do estado, e o TEM – Turismo, Experiências e Mineiridade, que valoriza o encontro, o território e o jeito mineiro de receber. “Para nós, o maior ganho que o governo Zema conseguiu produzir no ambiente de cultura foi explicar para as pessoas que cultura e turismo são uma coisa só em Minas Gerais. Talvez não seja assim no Brasil todo, mas, aqui, a cultura é o motor do turismo. Sem a cultura, o turismo não roda como precisaria”, ressaltou Mateus Simões. 

7 encontro de gestores 2025Leônidas de Oliveira e o vice-governador de Minas, Mateus Simôes (Foto Leo Bicalho/Secult-MG)

A grande adesão dos municípios comprova a força de uma política pública descentralizada, conectada com os territórios e enraizada nas múltiplas culturas que formam Minas Gerais. O Encontro de Gestores de Cultura e Turismo é realizado em parceria com o Sebrae Minas, Federação das Instâncias de Governança Regional do Turismo de Minas Gerais (Fecitur), Rede de Gestores Municipais de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Associação Mineira de Municípios (AMM).

Destaque nacional

A cada ano, Minas Gerais tem alcançado mais relevância quando o assunto é turismo no Brasil. Em 2024, o estado teve um crescimento 100% acima da média nacional, se consolidando na liderança do turismo brasileiro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Chamando atenção dentro e fora do Brasil, o estado recebeu mais de 32 milhões de turistas ao longo do ano passado. Desse total, cerca de 42 mil eram estrangeiros. Entre janeiro e outubro de 2024, o segmento respondeu pela criação de quase 20 mil postos de trabalho.

foto SecultIniciativas divulgadas durante o evento valorizam a vitivinicultura, o ecoturismo e o trabalho desenvolvido pela agricultura familiar 

Minas Gerais segue se consolidando como referência em inovação no enoturismo e na valorização do campo. Nesta quarta-feira (21/5), durante a Wine Trade Fair São Paulo 2025, o estande do Governo de Minas, coordenado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), foi palco do lançamento de três importantes iniciativas: o projeto Território dos Vinhos, o Catálogo Ruralidade Viva e o Projeto É do Campo, todos voltados ao fortalecimento do turismo rural, da agricultura familiar e do mercado vitivinícola no estado.

Território dos Vinhos: uma nova geografia do enoturismo
Apresentado pela Codemge, o projeto Território dos Vinhos propõe uma abordagem inovadora: ao invés de uma rota única, Minas apresenta múltiplos territórios do vinho, valorizando as especificidades de cada região. A iniciativa abrange oito áreas distintas do estado, como a Zona da Mata, Sul/Sudoeste, Triângulo Mineiro, Jequitinhonha e Campo das Vertentes, combinando vinícolas artesanais, patrimônio histórico, paisagens naturais e experiências autênticas com a hospitalidade mineira.

“Não há uma rota do vinho em Minas, há muitos mundos. Cada garrafa é uma expressão da alma mineira e da diversidade da nossa terra”, afirmou o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira.

Além de enaltecer o terroir mineiro e a técnica da dupla poda, o projeto busca promover o enoturismo como vetor de desenvolvimento sustentável, gerando emprego e renda no interior do estado.

Ruralidade Viva: turismo de experiência e valorização da agricultura familiar
Desenvolvido pela Emater-MG, o Catálogo Ruralidade Viva apresenta 137 propriedades rurais abertas à visitação, oferecendo experiências que vão da colheita de frutas às vivências gastronômicas, trilhas, cavalgadas, turismo agroecológico e circuitos de cachoeiras. A proposta é conectar o visitante à essência do campo mineiro, aliando turismo, natureza e tradição.

“Essa é uma política pública que capacita, acompanha e incentiva os produtores a desenvolverem o turismo dentro de suas propriedades, agregando valor e diversificando sua renda”, explicou Thatiana Daniella Moura Garcia, coordenadora técnica estadual de Turismo Rural e Artesanato da Emater-MG.

É do Campo: inclusão digital para o produtor rural
Também apresentado pela Emater, o projeto É do Campo promove a inserção da agricultura familiar no comércio eletrônico. Com 116 lojas virtuais ativas e mais de 900 produtos cadastrados, a plataforma permite que pequenos produtores comercializem diretamente com o consumidor, fortalecendo sua autonomia econômica e a presença no mercado digital.

“É uma política pública voltada ao desenvolvimento rural sustentável por meio da organização econômica e do fortalecimento dos negócios das famílias do campo”, destacou Thiara Vieira Viggiano Fernandes, coordenadora técnica estadual da Emater-MG.

Cultura, sabor e tradição mineira em destaque
A programação desta quarta-feira também contou com ações da Cozinha Viva, com pratos assinados pelos chefs Maria Clara Magalhães e Matheus Ramalho, e drinques preparados ao vivo pelo mixólogo Leo Gomes no Balcão Pinga & Prosa, combinando cachaça e vinho mineiros com sabores regionais.

A presença das cachaçarias mineiras associadas ao SindBebidas, como Divina Cana, Colombina, Tiê, Galeão e a inovadora Xá de Cana, complementa a diversidade e a força do setor de bebidas do estado.

A participação do Governo de Minas na Wine Trade Fair São Paulo é realizada por meio da Secult-MG e da Codemge, com apoio da Emater-MG, Epamig, Sebrae Minas, SindVinho-MG, Associação de Produtores de Uva e Vinho de Minas Gerais e SindBebidas.

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Importante símbolo da identidade e da fé da comunidade de Córregos, em Conceição do Mato Dentro, a Igreja da Matriz de Nossa Senhora Aparecida de Córregos foi entregue restaurada à população local, no último sábado (22), pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG).

A restauração reafirma o compromisso do Estado com a preservação do patrimônio e a valorização da história e da cultura mineira. A reabertura da Igreja Matriz de Nossa Senhora Aparecida de Córregos celebra, assim, não apenas a preservação de um patrimônio histórico, mas também o fortalecimento da identidade cultural da comunidade e sua conexão com suas raízes.

Situada no Núcleo Histórico de Córregos, a igreja é um marco arquitetônico de grande valor cultural e artístico, com seu tombamento reconhecido pelo IEPHA-MG em 1985. Com estrutura autônoma de madeira e vedação em adobe, a edificação possui nave, capela-mor, capelas laterais e sacristia, além de uma fachada chanfrada e uma torre única central.

Restauração: um resgate histórico e arquitetônico

As obras começaram em 2022 e envolveram a recuperação estrutural do edifício, abrangendo alvenarias, esquadrias, cobertura, forros e pisos. Além disso, foram modernizadas as instalações elétricas e hidrossanitárias, os sistemas de proteção contra descargas atmosféricas, prevenção e combate a incêndios, sonorização, alarme contra intrusão e drenagem.

A intervenção também incluiu a restauração de elementos artísticos de grande valor, como o altar-mor, as pinturas parietais e o forro da capela-mor, o arco cruzeiro, os altares colaterais e os altares das capelas laterais, além do lavabo, painel do órgão, pia batismal e púlpito.

Durante os trabalhos, a remoção das camadas mais recentes de pintura revelou a decoração original, atribuída ao renomado artista Gonçalves Francisco Xavier, que foi cuidadosamente restaurada.

Investimento e financiamento

O projeto contou com o investimento total de R$ 3.753.249,64, sendo viabilizado com recursos do Termo de Compromisso firmado entre o IEPHA-MG e a empresa Anglo American Minério de Ferro S.A., conforme condicionantes ambientais estabelecidas nas Licenças de Instalação e Operação do empreendimento Sistema Minas-Rio.

História e importância da Igreja Matriz

A tradição oral do distrito de Córregos indica que a capela primitiva que deu origem à Igreja Matriz de Nossa Senhora Aparecida já existia antes de 1722, pouco após o surgimento da imagem da santa em Guaratinguetá (SP), em 1717. Os registros mais antigos da atuação da igreja católica na região remontam a 1745 e 1748, em documentos arquivados no Santuário de Bom Jesus do Matozinhos, na sede de Conceição do Mato Dentro.

 Foto: Iepha-MG/Divulgação

 

mostraCAP TunayXavier“Antes de Mim, Falaram os Meus Ancestrais” reúne produções de artistas indígenas e não indígenas inspiradas nas vivências e memórias das famílias Pataxó Ha Hã Hãe em Minas Gerais (Foto Tunay Xavier)

 

O Centro de Arte Popular, em Belo Horizonte, inaugura nesta quinta-feira, 22 de maio, a exposição “Antes de Mim, Falaram os Meus Ancestrais”, que convida o público a mergulhar na potência estética e simbólica das culturas indígenas contemporâneas. Com entrada gratuita, a mostra apresenta mais de 20 obras criadas por seis artistas mineiros — Cacique Paulino Aranã, João Aranã Moreira Índio (João Índio), Márcia Martins, Marlene Aranã, Mônica Mendes e Tânia Caçador — por meio de técnicas diversas como pintura a óleo, aquarela, lápis de cera, técnica mista e instalações.

A mostra é fruto de um projeto que buscou ouvir as vozes das famílias indígenas Pataxó Ha Hã Hãe que engloba diversas etnias: Aranã, Maxacali, Kamakã, Tupinambá, Kariri-Sapuyá, Gueren, que vivem nos municípios de Esmeraldas e Juatuba, com o objetivo de tornar visível para o público em geral onde vivem essas famílias, como trabalham, como mantém suas tradições culturais mesmo distantes de suas terras, como dialogam com a comunidade de não indígenas do entorno, o que produzem artisticamente, como se veem e qual a sua cosmovisão.

Aglutinar diferentes percepções dos saberes/fazeres indígenas para os não-indígenas, foi um exercício criativo árduo, mas enriquecedor e urdiu: o poder das ervas curativas, as pinturas corporais e os voos dos pássaros, como exuberâncias temáticas jorradas dos ventres das artistas Márcia Martins, Mônica Mendes e Tânia Caçador, interconectadas como em um ritual de passagem.

A exposição “Antes de Mim, Falaram os Meus Ancestrais” segue em cartaz até o dia 29 de junho de 2025, no Centro de Arte Popular, com visitação gratuita.

SOBRE OS ARTISTAS:

Cacique Paulinho Aranã - artista visual nascido em Araçuaí no Vale do Jequitinhonha/MG, homeopata formado pela Universidade Federal de Viçosa/MG, tem participado de Feiras culturais.

João Aranã Moreira Índio (João Índio) - artista visual, nascido em Araçuaí, Vale do Jequitinhonha/MG, tem participado de feiras e eventos culturais.

Márcia Martins - artista visual, natural de Belo Horizonte, bacharel em Artes Plásticas pela Escola Guignard/UEMG. Participa de feiras e exposições coletivas. Atualmente, participa do ateliê do Jambreiro, sob a coordenação de Abílio Abdo.

Marlene Aranã - artista visual indígena, natural de Coronel Murta no Vale do Jequitinhonha/MG, tem participado de feiras e eventos culturais.

Mônica Mendes - artista visual, natural de Belo Horizonte, obteve seu título de Master Degree of Fine Arts em Painting, em 2016, pela Academy of Art University,em São Francisco, EUA. É cofundadora do projeto social sem fundos lucrativos, Atelier Without Borders, em Miami. Tem participado de Feiras e exposições de artes.

Tânia Caçador - artista visual, natural de São João Nepomuceno/MG, atualmente vive em Belo Horizonte. É formada em Artes Plásticas pela Escola Guignard/UEMG e em Jornalismo pela Faculdade Estácio de Sá/BH. Integra o Atelier do Jambreiro sob a coordenação de Abílio Abdo desde 2007, tendo participado de diversas Feiras e exposições coletivas.

Orange Matos Feitosa - curadora, natural de Manaus/Am, doutora em História social pela Universidade de São Paulo, atuou como Gestora Cultural e Curadora de Artes na Galeria Labyrinthus, em Belo Horizonte. Dedica-se a Pesquisa em História dos povos originários do Brasil, em Curadoria de Artes e História da Arte.

SERVIÇO:
Exposição ”Antes de mim, falaram os meus ancestrais”
Curadoria: Orange Matos Feitosa
Abertura: 22 de maio de 2025, às 10h
Período de visitação: até 29 de junho de 2025
Horário de visitação: 3ª a 6ª: das 12h às 18h30; sáb., dom., e feriados: das 11h às 17h
Local: Centro de Arte Popular (Rua Gonçalves Dias, 1.608 – B. Lourdes)

Exposição Biblioteca Foto Edwaldo Cordeiro Divulgação 2“Psiu, aqui tem poesia: revistas e jornais no tempo” expõe 30 peças entre jornais, revistas e recortes até o dia 12 de maio "Foto Edwaldo Cordeiro/Divulgação)

Com um vasto acervo de jornais e revistas, a Hemeroteca Histórica da Biblioteca Pública Estadual, equipamento da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), apresenta, até o dia 12 de maio, a exposição “Psiu, aqui tem poesia: revistas e jornais no tempo”, que reúne textos publicados em veículos de imprensa desde o início do século XX. O público pode apreciar uma seleção de 30 peças entre jornais, revistas e recortes com textos de personalidades da poesia brasileira publicados na imprensa mineira. A mostra expõe trabalhos de autores como Manuel Bandeira, Hélio Pellegrino, Olavo Bilac, Carlos Drummond de Andrade, entre outros.

“Psiu, aqui tem poesia: revistas e jornais no tempo”, cuja programação integra os programas Minas Literária e AMA – Ano Mineiro das Artes, da Secult-MG, fica aberta ao público no hall dos elevadores, no terceiro andar do prédio da Praça da Liberdade, nº 21, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Os textos estão em publicações como a “Revista Acadêmica” (1922), a “Revista Verde” (1928), a “Revista Edifício” (1946), o jornal “O cometa Itabirano” (1979), em edições mais recentes de um dos maiores veículos dedicados à literatura de Minas Gerais: o “Suplemento Literário”, com edições de 2017, e outros.

De acordo com a coordenadora da Hemeroteca Histórica da Biblioteca Pública, Alessandra Soraya Gino Lima, as exposições do setor têm a finalidade de divulgar o rico acervo existente, a partir das principais publicações periódicas que contam a história cultural do Estado. “A poesia é um tema fascinante. E Minas tem uma grande representatividade no cenário literário brasileiro. Fizemos, portanto, um apanhado das principais publicações, também da participação expressiva dos poetas mineiros no movimento modernista”, explica a coordenadora.

Ainda, de acordo com Alessandra Lima, a exposição foi ancorada nas datas comemorativas do Dia Nacional da Poesia (14/3) e do Dia Mundial da Poesia, celebrado nesta sexta-feira (21/3), em diálogo com o 7º Beagá Psiu Poético 2025 – Festival de Arte Contemporânea, com participação da Biblioteca Pública.

Hemeroteca

A Hemeroteca Histórica compõe o setor de Coleções Especiais da Biblioteca Pública Estadual, onde está guardado um valioso acervo de periódicos relevantes para a preservação do patrimônio cultural do Brasil. A coleção abriga mais de 1.200 títulos de jornais e quase 600 títulos de revistas, que datam desde o século XIX. O curso dos acontecimentos em Minas Gerais, no Brasil, e no mundo está registrado nestas páginas, tão importantes para o nosso patrimônio cultural. Além de pesquisas, o espaço é destinado à leitura informativa.

Serviço

“Psiu, aqui tem poesia: revistas e jornais no tempo”,
Quando: Até 12 de maio, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h
Onde: Biblioteca Pública Estadual (Praça da Liberdade, nº 21, 3º andar)
Entrada gratuita

foto minasbeachparkEstado é o segundo do país com maior número de hotéis em desenvolvimento, somando 21 projetos, atrás apenas de São Paulo (Foto Minas Beach/Divulgação)

O setor hoteleiro brasileiro atravessa um novo ciclo de expansão, e Minas Gerais desponta como protagonista desse movimento. Segundo o Panorama da Hotelaria Brasileira 2025, elaborado pela Hotel Invest, o estado é o segundo do país com maior número de hotéis em desenvolvimento, somando 21 projetos, atrás apenas de São Paulo (37). Minas Gerais supera destinos turísticos consolidados como Rio de Janeiro (8) e Bahia (7), afirmando-se como um dos principais polos de atração de investimentos hoteleiros do Brasil.

A tendência nacional aponta para uma concentração no Sudeste, que abriga 50% de todos os novos empreendimentos hoteleiros, com destaque para a interiorização das ofertas: 73% dos projetos estão fora das capitais. Minas se alinha perfeitamente a esse movimento, com investimentos em todas as regiões do estado, do Sul ao Norte, do Mar de Minas à Cordilheira do Espinhaço.

Entre os principais empreendimentos de alto padrão em território mineiro, destacam-se:

- Vila Galé Collection Ouro Preto – Primeiro hotel da rede portuguesa em Minas, internacionalizando o turismo cultural da cidade histórica.
- Eko Resort Canastra – Nova referência do turismo de natureza e de experiências no Brasil.
- Minas Beach Resort, em Raul Soares – Expansão de um dos maiores complexos aquáticos da Zona da Mata.
- Rede Fasano, na região de Tiradentes – Projeto ligado ao turismo de luxo e à valorização do patrimônio histórico.
- Investimentos no Mar de Minas, no Circuito Liberdade, na Serra do Cipó, em Brumadinho, Caxambu e Poços de Caldas – Consolidando o turismo sustentável e regionalizado.

“Minas se preparou para crescer. Hoje, temos segurança jurídica, um ambiente favorável para o investimento e um planejamento estratégico que integra infraestrutura, cultura e turismo. A confiança dos investidores é o maior sinal de que estamos no caminho certo”, destaca o governador Romeu Zema.

Com empreendimentos que combinam sofisticação, hospitalidade e autenticidade, Minas Gerais vive um boom hoteleiro inédito, conectado ao avanço da infraestrutura, à valorização da cultura e à força da gastronomia mineira.

“Minas Gerais vive hoje o seu maior ciclo de prosperidade no turismo. A chegada de grandes redes, nacionais e internacionais, mostra que a economia da criatividade e da hospitalidade se tornou central na nova matriz de desenvolvimento do estado. Estamos transformando o turismo em política de Estado, com impacto direto em emprego, renda e imagem internacional”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira.

Em 2025, o setor hoteleiro brasileiro deve investir R$ 10,6 bilhões em novos projetos, representando um crescimento de 7,8% em relação a 2024. O levantamento mostra ainda que apenas 24% dos projetos estão em capitais, e que o interior tornou-se o novo centro dinâmico da hotelaria brasileira.

Com essa nova fase, Minas Gerais consolida-se como destino estratégico da nova hotelaria brasileira – uma hotelaria voltada para a experiência, a sustentabilidade e a valorização do território.

Exposição Tradição em Movimento Foto Angelina Farias DivulgaçãoMostra, que será inaugurada nesta quinta-feira (20/3), apresenta obras que exploram as interseções entre arte popular e arte contemporânea (Foto Angelina Farias/Divulgação)

A relação entre tradição e contemporaneidade ganha destaque na exposição “Tradição em Movimento”, do coletivo mineiro 6+1, que será inaugurada nesta quinta-feira (20/3), às 19h, no Centro de Arte Popular (CAP), em Belo Horizonte. A mostra integra o AMA – Ano Mineiro das Artes, programa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), segue em cartaz até 11 de maio e marca os 13 anos do CAP, reafirmando seu compromisso com a valorização e a difusão da cultura popular. Desde sua fundação, em 19 de março de 2012, o Centro de Arte Popular tem sido um espaço de referência para a apreciação e o estudo das manifestações artísticas que integram o patrimônio cultural mineiro. Em sua trajetória, o museu tem promovido exposições que ressaltam a diversidade da arte popular e incentivam o diálogo entre diferentes formas de expressão.

Em “Tradição em Movimento”, o coletivo 6+1 apresenta obras que exploram as interseções entre a arte popular e a arte contemporânea. As peças em exposição evidenciam a força expressiva do feito à mão e o dinamismo da tradição, que se reinventa ao longo do tempo. O público poderá conferir trabalhos que transitam entre diferentes linguagens e técnicas, destacando a riqueza e a atualidade da produção artística popular.

A mostra busca ampliar o olhar sobre a arte popular como um campo de experimentação vivo e pulsante. Mestres artesãos e artistas contemporâneos compartilham um espaço comum, onde referências culturais profundas se entrelaçam com novas possibilidades estéticas. O resultado é um panorama que reforça o papel da cultura popular como fonte inesgotável de inspiração para artistas, designers e pesquisadores.

O coletivo 6+1 é formado por Ângela Costa, Fátima Mirandda, Letícia Pinto, Liliane Coelho, Mônica Batitucci, Regina Moraes e Marcos Esteves. Cada um dos integrantes contribui com sua visão e trajetória, enriquecendo a exposição com diferentes abordagens e materiais.

O “6+1” foi criado em fevereiro de 2022 com o objetivo de compartilhar ideias e modos de fazer arte. Projetos realizados incluem: 6+1 (Galeria Beatriz Abi-Acl, Belo Horizonte), Olhares Cruzados (Restaurante Casa dos Contos, Belo Horizonte), Laços de Tinta (Museu Casa Alphonsus de Guimaraens, Mariana), Névoas de Ouro Preto (Centro de Arte Popular, Belo Horizonte), Guignard entre Paixões (Museu Casa Guignard, Ouro Preto).

Centro de Arte Popular

O Centro de Arte Popular apresenta um amplo panorama de obras que privilegiam a riqueza e a diversidade das manifestações culturais populares, valorizando o trabalho de criadores que traduzem no barro, na madeira e em outros materiais o universo em que vivem. Sua edificação principal foi construída para uso residencial na década de 1920, tendo sido também a sede do antigo Hospital São Tarcísio.

No ano de 2012, a edificação foi adaptada para abrigar o CAP, onde o público pode conhecer obras de artistas de várias regiões de Minas Gerais, como o Vale do Jequitinhonha, Cachoeira do Brumado, Divinópolis, Prados, Ouro Preto, Sabará e outras, entrando em contato com elementos representativos da pluralidade da cultura mineira. O edifício possui quatro salas de exposição permanente, uma para exposições temporárias, uma sala para oficinas de arte e ainda um pátio interno.

Serviço

Exposição "Tradição em Movimento" – Coletivo 6+1
Abertura: Nesta quinta-feira (20/3), às 19h
Período de visitação: até 11 de maio de 2025
Horário de visitação: terça a sexta, das 12h às 18h30; sábado, domingo e feriados, das 11h às 17h
Local: Centro de Arte Popular (Rua Gonçalves Dias, 1.608 – Bairro Lourdes)

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) informa que, após a divulgação do resultado preliminar do Edital PNAB 05/2024 – Chamamento Público: Capacitações, foi necessário realizar uma revisão completa e detalhada das inscrições, a fim de garantir o cumprimento integral das diretrizes estabelecidas pelo Conselho Estadual de Política Cultural (CONSEC) e pela legislação vigente.

Durante a conferência das inscrições, foi identificada a participação indevida de proponentes nas linhas de repasse destinadas exclusivamente às Organizações da Sociedade Civil (OSC) — conforme definido em escutas públicas promovidas pelo CONSEC e amplamente divulgadas em nossos canais oficiais.

Em respeito à legalidade e à transparência do processo, foram desconsideradas todas as inscrições que não atendiam ao critério de pessoa jurídica sem fins lucrativos, seguindo os seguintes parâmetros:

Verificação dos cadastros no portal oficial das OSC: https://mapaosc.ipea.gov.br

Referência ao Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC): Lei nº 13.019/2014

Ressaltamos que o resultado final já se encontra disponível e é o único válido para fins de habilitação dos projetos. O processo de documentação e demais etapas está em curso por meio da Plataforma Descentra Cultura.

A Secult-MG agradece a todos(as) os(as) agentes culturais pelo empenho e dedicação ao longo do processo seletivo. Reiteramos nosso compromisso com a legalidade, a inclusão e o fortalecimento das políticas públicas culturais em Minas Gerais.

Em caso de dúvidas ou necessidade de esclarecimentos adicionais, nossa equipe está à disposição pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Minas Santa 2025Programação reúne celebrações e rotas turísticas abrangendo os 853 municípios e mais de mil distritos; ano passado, cerca de 500 mil pessoas visitaram o estado na Semana Santa (Foto Dirceu Aurélio/Imprensa MG)

Para consolidar Minas como principal destino turístico brasileiro e convidar mineiros e visitantes a terem experiências únicas durante a Semana Santa, o vice-governador Mateus Simões lançou, nesta quarta-feira (19/3), a terceira edição do programa Minas Santa. Em evento realizado no Museu Mineiro, o vice-governador detalhou a importância do Minas Santa como um destino que também impulsiona a economia a partir dos roteiros de fé, sendo alguns deles expressões centenárias da cultura mineira.

O programa apresenta ações que abrangem os 853 municípios e mais de mil distritos. Isso inclui celebrações católicas, suas procissões e encenações da Paixão de Cristo, passando pela arte e música gospel, até as expressões culturais afro-mineiras, como a Feitura do Cordão de São Francisco do Quilombo Pena Branca, em São Francisco, no Vale do Jequitinhonha, que acontece há mais de 60 anos.

"São 550 mil visitantes sendo esperados na Semana Santa e R$ 5,5 bilhões circulando na economia do turismo religioso. A Semana Santa é o nosso período de maior atração de visitantes de fora, bate todos os recordes de outros períodos do ano em Minas Gerais. O que nós temos feito é organizar o estado para que isso possa se potencializar. Temos seis rotas turísticas bem organizadas para poder dar suporte para esse momento”, disse o vice-governador.

"A nossa expectativa é que a gente tenha não só o turismo religioso convencional, como procissões, vias sacras e apresentações gospel, mas também o turismo de contemplação, de natureza, a experiência da cozinha mineira em todo o estado. Estamos falando de 700 atrações já cadastradas para o Minas Santa deste ano", avaliou Mateus Simões.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, aproveitou a oportunidade para fazer um chamado aos turistas, lembrando que o Minas Santa é um programa voltado não apenas aos mineiros, mas aos visitantes de todas as partes do mundo. "Minas é a alma do Brasil e revela essa alma em suas festas, sua arte, sua fé e suas paisagens. O Minas Santa é um convite para viver essa experiência. Nosso estado está preparado para receber todos com hospitalidade e beleza. É a fé que move, a arte que inspira e a natureza que acolhe. Um programa feito para o mineiro, para o brasileiro e para o mundo", destacou Leônidas Oliveira.

O lançamento do Minas Santa 2025 também contou com a presença da secretária-adjunta de Cultura e Turismo, Josiane de Souza; do presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), João Paulo Martins; do presidente da Fundação Clóvis Salgado (FCS), Sérgio Rodrigo Reis; do presidente da Fundação de Artes de Ouro Preto (Faop), Wirley Reis; do pró-reitor de Comunicação do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, Padre Wagner Colegario; e do pastor Fábio Lacerda, da Igreja Batista da Lagoinha.

Como aperitivo da programação, o grupo Áurea Musical, de São João del-Rei, realizou uma apresentação de músicas sacras, em meio à representação de personagens bíblicos das procissões e dos tradicionais anjos barrocos de Ouro Preto.

Programação

O Minas Santa 2025 terá programação em todo o estado até o Dia da Inconfidência (21/4). As ações incluem procissões, feitura de tapetes devocionais e cordões, shows, visitas a igrejas e museus, além de eventos como o seminário Bens Culturais e Turismo da Fé (9 e 10/4, em Mariana), a apresentação "Ritos da Fé Mineira - Paixão em Cena" (18/4, em Belo Horizonte) e o musical "Cante Comigo: Lázaros" (19/4, também na capital).

Lançamento Minas Santa 2025 Foto Renata GarbocciLançamento do Minas Santa 2025 aconteceu nesta quarta-feira (19/3), no Museu Mineiro

A Procissão da Guarda Romana, em Diamantina, a Encomendação das Almas, em Manga, e a tradicional Folia das Almas da Canastra, em Delfinópolis, também estão no roteiro. O cadastro das Celebrações e Ritos da Quaresma e Semana Santa, organizado pelo Iepha-MG, já conta com 679 manifestações até o momento. Todos os detalhes da programação serão disponibilizados no site www.minasgerais.com.br.

Rotas de turismo e fé

Além das celebrações religiosas, o Minas Santa convida os visitantes a percorrerem rotas turísticas que integram fé, arte, cozinha mineira, natureza e cultura, como os santuários e os caminhos de peregrinação em Caeté, Congonhas, Mariana, Tiradentes, São João del-Rei e o Geoparque terra de Gigantes, em Uberaba. Na Rota das Artes, que abrange Belo Horizonte, Brumadinho (Inhotim) e Ouro Preto, museus e ateliês revelam a riqueza artística mineira.

As regiões produtoras do Queijo Minas Artesanal, cujos Modos de Fazer foram reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, como Canastra, Serro e Campo das Vertentes, atraem turistas de todo o país. Experiências nos territórios dos cafés e dos vinhos mineiros, nas regiões do Sul de Minas, do Cerrado Mineiro e do Campo das Vertentes, também chamam atenção dos visitantes. Outros destinos imperdíveis são a Cordilheira do Espinhaço, São Thomé das Letras e Mantiqueira de Minas, no Sul do estado; Delfinópolis, com as Cachoeiras da Canastra, na Zona da Mata; e o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, no Norte de Minas, com suas cavernas imensas, arte rupestre milenar e paisagens sagradas.

Minas Santa em números

Em 2024, cerca de 500 mil pessoas visitaram Minas Gerais durante a Semana Santa. O turismo religioso, ao longo de todo o ano, movimenta aproximadamente R$ 5 bilhões no estado, sendo um dos principais vetores de geração de emprego, renda e desenvolvimento. Em nível internacional, Minas atraiu turistas de diversos países em 2024, com o Chile se destacando como a principal origem dos visitantes estrangeiros.

Realização e parcerias

O Minas Santa é promovido pelo Governo de Minas, por meio da Secult-MG, do Iepha-MG, da Fundação Clóvis Salgado e da Faop, com apoio da Cemig, Federação dos Circuitos Turísticos (Fecitur), Associação Mineira de Municípios (AMM), da Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais. As ações do Minas Santa também integram o Ano Mineiro das Artes (AMA). O portfólio com celebrações das cidades e mais informações podem ser acessadas em www.minasgerais.com.br.

quitandas DanielSilva                   Em sua 25ª edição, evento valoriza os sabores regionais e o trabalho das famílias que preservam receitas por gerações (Foto Daniel Silva)

Congonhas, cidade histórica e Patrimônio Cultural da Humanidade, viveu, no último fim de semana, a doce celebração da cultura mineira com a realização da 25ª edição do Festival Quitandas de Congonhas. O evento, que reuniu milhares de visitantes e expositores de diversas regiões do estado, reafirmou o valor das quitandas como expressão autêntica da nossa identidade, da nossa memória afetiva e da força da cozinha popular de Minas Gerais.

“O festival é instrumento de preservação da cultura alimentar mineira, o sucesso da edição deste ano contribui não apenas para a promoção da cozinha mineira, mas também para a geração de renda e desenvolvimento sustentável das comunidades locais”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

“Mais do que um evento, o Festival Quitandas de Congonhas é um encontro com as raízes de Minas, um convite à partilha e à mineiridade”, acrescenta Oliveira.

Ao longo dos dias de festival, a cidade se transformou em um grande palco de sabores, aromas e histórias, exaltando o talento das quitandeiras e a ancestralidade das receitas passadas de geração em geração. Broas, bolos, biscoitos, pães de queijo, roscas e compotas encantaram o público, promovendo a valorização da economia da criatividade, do turismo de experiência e da agricultura familiar.

Com uma programação cultural diversificada, oficinas, apresentações musicais e rodas de conversa, o Festival Quitandas mostrou que Minas é terra onde tradição e inovação caminham juntas. A realização do evento fortalece o posicionamento de Minas Gerais como referência na gastronomia nacional, destacando Congonhas como um destino acolhedor, de fé, arte e sabores.

 

Foto Vitor MendonzaInscrições para o programa Rotas do Conhecimento podem ser feitas até dia 7 de abril e as aulas começam no dia 14 do mesmo mês; Turismo Sustentável: Práticas para um Futuro Responsável é um dos cursos  (Foto Vitor Mendonza)

O Programa Rotas do Conhecimento, fruto da parceria entre Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSulDeMinas), abriu, nesta terça-feira (18/3), inscrições para três novos cursos de capacitação na área do turismo: Espanhol Aplicado para Serviços Turísticos, Política de Turismo: Elaboração, Gestão e Implantação e Turismo Sustentável: Práticas para um Futuro Responsável. As inscrições estão abertas até 7 de abril e as aulas ocorrerão de 14 de abril a 11 de maio deste ano.

A seleção dos candidatos será por meio de sorteio eletrônico, conforme critérios estabelecidos no edital. Mais informações podem ser obtidas e as inscrições realizadas no portal do IFSULDEMINAS. Os cursos são na modalidade EaD, têm carga horária de 40 horas e são voltados para qualquer pessoa interessada com idade mínima de 16 anos, ensino fundamental completo e residente em município de Minas Gerais. Ao final do curso, os participantes receberão certificado de conclusão.

Sobre os cursos

O curso Espanhol Aplicado para Serviços Turísticos, que oferece 250 vagas, pretende desenvolver no profissional a capacidade de compreender e produzir mensagens orais e escritas em língua espanhola em nível básico, com vistas a atender tanto às demandas do setor turístico quanto às expectativas dos clientes de forma a atendê-los com objetividade e cordialidade.

Já o curso Política de Turismo: Elaboração, Gestão e Implantação, com 310 vagas, visa capacitar os participantes para a compreensão, formulação, gestão e implementação de políticas públicas de turismo, com foco no fortalecimento da governança, na inclusão social e no desenvolvimento sustentável. O curso pretende, ainda, preparar profissionais para atuar de maneira estratégica e inovadora, alinhando práticas de planejamento, execução e monitoramento às demandas do setor turístico e às tendências globais. Além disso, busca fomentar a valorização cultural, a preservação ambiental e a integração das comunidades locais nas iniciativas do turismo.

O curso Turismo Sustentável: Práticas para um Futuro Responsável, que oferece 450 vagas, abordará temas como a redução de impactos ambientais, consumo de recursos naturais, geração de resíduos, conservação da biodiversidade, estratégias para valorização da cultura local, envolvimento das comunidades no turismo para a criação de experiências autênticas que celebrem tradições e saberes regionais e, ainda, como fortalecer a economia local, incentivar a geração de empregos e apoiar pequenos negócios e produtores regionais.

conepir prorrogado

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), por meio da Subsecretaria de Direitos Humanos (Subdh), prorroga o prazo de inscrição para o processo eleitoral de composição do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir-MG), para o triênio 2025-2028. As entidades da sociedade civil interessadas em participar agora têm até o dia 27/5 para enviar suas inscrições.

As inscrições estão abertas e devem ser realizadas exclusivamente pelo formulário online disponível aqui. O prazo estendido amplia a participação social e garante que mais organizações possam contribuir de forma ativa na formulação e no acompanhamento das políticas públicas voltadas à promoção da igualdade racial em todo o estado.

Podem se inscrever entidades da sociedade civil com atuação comprovada nas seguintes áreas: promoção da igualdade racial, enfrentamento ao racismo, e defesa dos direitos das populações negras, povos indígenas, quilombolas, comunidades ciganas, população LGBTQIA+ negra, adeptos de religiões de matriz africana, juventude negra e demais grupos étnicos.

Conepir-MG

A participação no Conepir-MG representa uma oportunidade significativa de diálogo e construção coletiva entre a sociedade civil e o poder público estadual. O conselho desempenha papel fundamental no fortalecimento da democracia e na efetividade de políticas voltadas à redução das desigualdades raciais em Minas Gerais.

O edital completo, com todas as orientações sobre critérios de habilitação, documentação necessária e demais etapas do processo pode ser acessado aqui.

Acesse aqui o calendário completo com os novos prazos.

Para mais informações, os interessados podem entrar em contato por meio do e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone: (31) 3270-3617.

Minas na BTL Lisboa 2025 Foto Marden Couto Turismo de MinasEstande do Governo de Minas no evento fez sucesso ao ressaltar as riquezas culturais do estado e atrair visitantes de todo o mundo (Foto Marden Couto/Turismo de Minas)

Minas Gerais brilhou como protagonista na BTL Lisboa 2025, a maior feira de turismo de Portugal e uma das mais prestigiadas do mundo, ao receber 60 mil visitantes em seu estande e firmar sua posição como referência global em turismo, cultura e gastronomia. Cada porção servida, cada aroma compartilhado e cada sorriso acolhido foram expressões vivas da mineiridade que agora conquista o mundo. A presença de Minas na feira, de quarta (12/3) a domingo (16/3), foi marcada pela excelência e autenticidade da Cozinha Mineira Clássica e Contemporânea, que ofereceu 30.600 porções e doses ao público europeu, proporcionando uma experiência sensorial e cultural que apresentou o estado de Minas Gerais por meio de seus sabores mais emblemáticos.

O café mineiro foi um dos grandes protagonistas da feira, com 7.200 doses servidas, oriundas de três das mais renomadas regiões produtoras do Brasil: Cerrado Mineiro, com destaque para a cidade de Patrocínio, que apresentou cafés de corpo intenso e notas doces, símbolo de excelência mundial; Caparaó Mineiro, com cafés de altitude, acidez cítrica e aroma floral; e Mantiqueira de Minas, com cafés premiados internacionalmente, de notas complexas e sabor equilibrado.

O público internacional também foi conquistado pelo Queijo Minas Artesanal, oferecido em 5.200 porções, proveniente das 10 regiões queijeiras de Minas Gerais, todas reconhecidas pela Unesco como detentoras do título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. A mesa mineira também trouxe 5.500 unidades de pão de queijo, 6.200 porções de doces típicos, 2.500 doses de cachaça artesanal e 500 doses de licor de jabuticaba. A Cozinha Show, com a criatividade das chefs Carol Fadel e Maria Clara Magalhães, serviu 3.500 pratos ao vivo, com receitas como carne de lata com chutney de jabuticaba e broa cremosa com doce de leite e farofa de baru, em uma fusão entre tradição e sofisticação.

“Cada alimento servido, cada café, cada pedaço de queijo foi uma forma de apresentar Minas Gerais em sua essência. Estar na BTL com essa grandiosidade é colocar Minas no caminho do futuro, projetando nossa arte, nossa cozinha e nosso turismo como diferenciais globais. Minas está pronta para o mundo, e o mundo, agora, quer viver Minas Gerais”, celebra o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Negócios, parcerias e futuro

Minas Gerais não apenas encantou: gerou R$ 60 milhões em negócios, com a promoção dos seus destinos turísticos e produtos culturais em escala global, resultado de uma atuação integrada entre o Governo de Minas, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemge), patrocinadora da Cozinha Mineira na feira.

Durante a BTL Lisboa foram anunciadas novidades, como o aumento da frequência de voos da TAP entre Lisboa e Belo Horizonte, fortalecendo a ligação entre Minas e a Europa, além da inauguração do Hotel Vila Galé em Ouro Preto, marcada para 24 de maio, que reforça o investimento internacional em nosso patrimônio e da primeira parceria oficial com o Governo de Moçambique nas áreas de cultura e turismo, promovendo intercâmbio entre povos unidos por laços históricos e culturais.

“O mundo reconheceu o sabor, a cultura e a hospitalidade mineira. Na BTL, mostramos que Minas Gerais é um destino internacional. Minas não é só um estado, é uma experiência viva que agora conquista o mundo”, conclui Leônidas de Oliveira.

Turismo Rural Foto Patrick GrosnerInscrições para o programa Rotas do Conhecimento, parceria entre a Secult-MG e o Instituto Federal do Sul de Minas, podem ser feitas até dia 16/6 e as aulas começam no dia 23 do mesmo mês (Foto Patrick Grosner)

O Programa Rotas do Conhecimento, resultado da parceria entre o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS), está com inscrições para dois cursos de capacitação na área do turismo: Turismo Rural: Estratégias e Técnicas para Gestores e Profissionais e Projetos Turísticos: Do Papel à Prática. As inscrições estão abertas até o dia 16/06 e as aulas terão início no dia 23/06. A seleção dos candidatos será por meio de sorteio eletrônico, conforme critérios estabelecidos no edital. Mais informações podem ser obtidas e as inscrições realizadas no portal ifsuldeminas.edu.br.

Os cursos são na modalidade EaD, têm carga horária de 40 horas e são voltados para qualquer pessoa interessada com idade mínima de 16 anos, ensino fundamental completo e residente em município de Minas Gerais. Ao final do curso, os participantes receberão certificado de conclusão.

Os cursos

O curso Turismo Rural: Estratégias e Técnicas para Gestores e Profissionais (inscreva-se aqui), que oferece 260 vagas, pretende capacitar gestores públicos, empreendedores e profissionais do turismo rural na concepção e implementação de estratégias e práticas sustentáveis para o desenvolvimento do turismo nas áreas rurais.

O curso tem como foco fornecer conhecimentos e ferramentas para estruturar produtos turísticos rurais, planejar roteiros e experiências autênticas, promover a valorização do patrimônio cultural e natural e gerar benefícios socioeconômicos para as comunidades locais, sempre respeitando os princípios da sustentabilidade

Já o curso Projetos Turísticos: Do Papel à Prática (inscreva-se aqui), com 310 vagas, visa capacitar profissionais do setor público e privado para a elaboração, estruturação e apresentação de projetos turísticos, promovendo o desenvolvimento de propostas viáveis, sustentáveis e alinhadas às políticas públicas e às demandas locais.

Museu Mineiro Foto Leo Bicalho Secult MG 1Gestores culturais de todo o estado podem inscrever seus equipamentos na programação; evento acontece no dia 10 de abril (Foto Leo Bicalho/Secult-MG)

Gestores culturais de todo o estado têm até esta sexta-feira (21/3) para cadastrar seus equipamentos na programação da 10ª edição da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas (NMMB), que será realizada no dia 10 de abril. As inscrições podem ser feitas por meio do formulário disponibilizado neste link. A Noite Mineira de Museus e Bibliotecas propõe, uma vez a cada dois meses, a extensão do horário de funcionamento dos equipamentos culturais até 22h para que visitantes que trabalham ou estudam em horário comercial não fiquem de fora de uma programação cultural gratuita e variada, que inclui exposições, saraus literários, oficinas, apresentações artísticas e rodas de conversas.

Criada em junho de 2022, a NMMB já passou, desde então, por 129 cidades diferentes, somando quase 500 atividades realizadas em mais de 170 museus e bibliotecas de diversas regiões do estado, cumprindo seu objetivo de democratização e descentralização do acesso à cultura em Minas. A Noite Mineira de Museus e Bibliotecas é uma realização do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade (SBMEC), com apoio da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e da Diretoria de Museus (Dimus).

A participação na NMMB traz visibilidade aos museus e bibliotecas locais, gerando engajamento comunitário, promoção do turismo cultural e fortalecimento das identidades locais. Além disso, dependendo da atividade a ser realizada, ela pode ser apresentada na Declaração de Acervos Culturais como democratização do acesso. A iniciativa busca valorizar os museus e bibliotecas como espaços de conhecimento, memória e identidade, promovendo o engajamento da comunidade e a ampliação do acesso à cultura de forma inclusiva e democrática. Por meio dessas ações, a NMMB reforça a importância desses equipamentos culturais na vida das pessoas e no fortalecimento da herança cultural mineira.

Serviço

10ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas
Data: 10 de abril
Horário: 18h às 22h
Período de inscrições: até esta sexta (21/3)
Link para formulário de inscrição: https://forms.gle/wVtg9ezXvQ1GvQ8s7
→ O formulário é exclusivo para inscrição de atividades por responsáveis e gestores culturais dos equipamentos

Vinho mineiro Feira Wine Foto Epamig DivulgaçãoCom vinícolas premiadas, cachaças de excelência e uma experiência enoturística única, Minas Gerais estreia na principal feira do setor na América Latina e conquista paladares e corações (Foto Epamig/Divulgação)

Minas Gerais desembarca com força total na Wine Trade Fair São Paulo 2025, entre os dias 20 e 22 de maio, no Expo Center Norte. Pela primeira vez, o Estado participa do evento – um dos mais relevantes da América Latina no setor de vinhos e destilados – com uma missão clara: mostrar ao Brasil e ao mundo que vinho mineiro é cultura, é paisagem, é experiência. Realizado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e da Codemge, o estande mineiro contará com 11 vinícolas, seis cachaçarias artesanais, chefs renomados, degustações e uma imersão nas rotas do enoturismo que estão transformando o Estado na nova fronteira da vitivinicultura nacional.

“Minas chega à Wine Trade Fair para provar que vinho é mais que bebida: é expressão de identidade. Nossos vinhedos crescem em altitudes especiais, com técnicas como a dupla poda, rótulos premiados e, sobretudo, com a hospitalidade mineira. Aqui, o vinho dialoga com a Cozinha Mineira, com o patrimônio, com as paisagens e com o jeito acolhedor de receber”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira.

A participação mineira é fruto de uma ação conjunta entre Emater-MG, Epamig, Sebrae Minas, SindVinho-MG, UVA, SindBebidas e outros parceiros institucionais. O estande, além de apresentar os vinhos e cachaças, promoverá o projeto Território dos Vinhos, com foco em fomentar o enoturismo como vetor de desenvolvimento econômico e valorização cultural.

Crescimento e protagonismo

O setor vitivinícola de Minas Gerais vive um ciclo virtuoso. Entre 2013 e 2022, a área cultivada com uvas aumentou em 52,9%. Em 2025, estima-se que o estado produza entre quatro e cinco milhões de litros de vinhos finos, espumantes e de mesa. A região também se destaca por abrigar vinícolas inovadoras, muitas delas nascentes, mas já premiadas em concursos nacionais. “Com a dupla poda, desenvolvida em Minas, conseguimos colher no inverno, em condições ideais. O resultado são vinhos com mais qualidade, expressão e identidade. Isso nos colocou no mapa e mudou a história da viticultura no Brasil”, afirma Angélica Bender, enóloga e pesquisadora da Epamig.

Experiência completa: da taça à paisagem

Na programação, o público encontrará degustações com vinícolas como Alma Gerais, Alto do Gavião, Casa Rodrigo, Quinta de Glaura, Stella Valentino e muitas outras. Além disso, o evento trará o espaço Cozinha Viva, com harmonizações comandadas pelos chefs Maria Clara Magalhães e Matheus Ramalho. Haverá ainda drinks com cachaças premiadas, como Tiê e Vale do Piranga, elaborados pelo mixologista Leo Gomes.

A Emater-MG apresentará o projeto Ruralidade Viva, que capacita produtores rurais para o turismo em suas propriedades, e o programa É do Campo, que promove a inclusão digital e o acesso ao comércio eletrônico para a agricultura familiar. “Estar na Wine Trade Fair é colocar Minas no centro do mapa do vinho. E mais do que isso, é mostrar que nosso estado tem um potencial enorme para atrair turistas, investidores e novos negócios”, destaca Fernanda Alen, diretora de Infraestrutura e PPPs da Codemge.

Uma revolução nos parreirais brasileiros

Com mais de 130 anos de história, a vitivinicultura mineira vive uma revolução. Minas é hoje sede da Associação Nacional dos Produtores de Vinhos de Inverno (Anprovin), criada em 2016 e que reúne 50 vinícolas, das quais 20 são mineiras, com investimentos que ultrapassam R$ 550 milhões. “Minas vive um momento de protagonismo inédito no setor. É um orgulho ver o Estado florescer com vinhos de qualidade e experiências autênticas”, resume Cláudio Góes, presidente da Anprovin.

Chico Lobo esquerda e Pedro Mestre Foto Marden Couto Turismo de Minas 2Parceria entre Chico Lobo (esquerda) e Pedro Mestre já dura 20 anos, celebra os laços culturais e valoriza as violas de Minas Gerais e Portugal (Foto Marden Couto/Turismo de Minas)

Como em 2025 é celebrado o Ano das Artes, Minas Gerais promove seus artistas e os destinos referência na arte e criatividade, buscando romper barreiras geográficas e sociais. Para encerrar a participação diária de Minas na Bolsa de Turismo de Lisboa – BTL Lisboa, uma das feiras do setor mais importantes do mundo, o mineiro Chico Lobo e o português Pedro Mestre realizam um encontro de violas caipira e campaniça em um show regado a boa prosa mineira e alentejana, celebrando os laços culturais entre os dois países e valorizando a tradição da música de raiz dos dois territórios.

“A presença da viola no estande de Minas Gerais na BTL reafirma nossa identidade cultural e as profundas conexões históricas entre Minas e Portugal. Mais que um instrumento, a viola é um patrimônio sonoro que traduz a alma do nosso povo e convida o mundo a experienciar a riqueza da nossa tradição", destaca Leônidas de Oliveira, secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. O repertório dos dois violeiros é basicamente instrumental. São três momentos de apresentação: dois solos de Chico Lobo e um com os dois violeiros, com duração de 30 minutos. A ação na BTL Lisboa, que termina neste domingo (16/3), integra o AMA – Ano Mineiro das Artes, programa da Secult-MG.

Chico Lobo conheceu Pedro Mestre em 2006, quando foi mostrar nossas afinações em terras lusitanas. O encontro dos violeiros ocorreu pela primeira vez na cidade de Serpa. De lá para cá, eles promoveram vários shows no Brasil e em Portugal, que resultaram em um DVD, um documentário e em um evento maior, o Encontro de Violas de Arame, que já está em sua décima edição e reúne violeiros brasileiros e portugueses.

Intercâmbio cultural

Campaniça é a denominação da viola do Alentejo, a terra de Pedro Mestre. Lobo explica que, a partir dos anos 1960, os historiadores portugueses definiram o nome das violas pelos lugares, como a viola braguesa (Minho), a viola beiroa (Beira Baixa), a viola de arame (Ilha da Madeira) e a viola da terra (Açores). “São todas violas de arame, que até originaram a nossa viola, que é incorporada a partir da madeira brasileira e ganha características regionais”, explica o músico brasileiro.

As diferenças são culturais, o modo de tocar: enquanto a viola campaniça o músico toca com o polegar, a caipira é com o polegar e o indicador, podendo inclusive usar outros dedos. O formato da campaniça também é diferente: ela parece quase um oito a caipira menos cintura. Mas o bonito, segundo Chico Lobo, são as semelhanças entre os instrumentos. Ambos são cinco ordens de corda dupla e tocam e representam uma cultura de identidade muito arraigada. “Assim quando soam juntas realmente parecem mãe e filha”, acrescenta.

Pedro Mestre disse que é uma satisfação enorme estar aqui a convite do governo de Minas Gerais para tocar a viola campaniça, uma junção de duas violas portuguesas, e quem sabe a viola-mãe, a viola caipira brasileira. “Convidei Pedro Mestre, um dos principais artistas da viola portuguesa, para mostrar o nosso Encontro de Violas, que completa 20 anos, mostrando essa partilha da viola mineira com a portuguesa”, complementa.

Chico Lobo tocará trechos da ópera “Matraga”, inspirada em “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”, fazendo uma ponte com o sertão do escritor Guimarães Rosa, enquanto Pedro Mestre apresentará toques de viola ancestral campariça, o despique, um estilo musical tradicional do Alentejo que lembra o nosso improviso. “A viola é um patrimônio de Minas Gerais e é um sonho poder levar o reconhecimento de nossa viola para Portugal, que é a sua origem”, comemora Lobo.

PHOTO Consuelo AbreuMinas Gerais garantirá cerca de R$ 85 milhões no biênio 2024/2025, reconhecendo os saberes e fazeres que formam a alma da cultura mineira (Foto Consuelo Abreu)

Minas Gerais mais uma vez reafirma sua liderança no campo das políticas culturais. Em uma ação histórica e estratégica, o estado tornou-se o primeiro do Brasil a aplicar, de forma imediata e integral, a diretriz nacional que reserva 30% dos recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) às culturas populares e tradicionais. Essa decisão, construída em conjunto pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) e o Conselho Estadual de Política Cultural (Consec), marca um avanço sem precedentes no reconhecimento institucional dos modos de vida, saberes e expressões que sustentam a diversidade e a identidade cultural do povo mineiro.

No ciclo 1 da PNAB (2024), já em fase de processamento de resultados e pagamentos, cerca de R$ 45 milhões foram destinados exclusivamente para as culturas populares e tradicionais. Para o ciclo 2 (2025), mais R$ 40 milhões estão previstos, totalizando R$ 85 milhões no biênio 2024/2025. A leve redução no valor do segundo ciclo deve-se aos repasses obrigatórios ao PAC da Cultura, conforme diretrizes federais.

“Minas Gerais tem nas culturas populares e tradicionais a alma de sua identidade. Ao sermos o primeiro estado a aplicar, de imediato, os 30% da PNAB para esses segmentos, reafirmamos nosso compromisso com a preservação da nossa memória viva, dos saberes ancestrais e da diversidade que nos forma como povo. É um marco histórico e motivo de orgulho para todos nós”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira.

A adesão de Minas à diretriz nacional, definida na IV Conferência Nacional de Cultura (março de 2024), foi feita sem ajustes ou negociações — evidência do alinhamento entre a política estadual e as pautas construídas pela sociedade civil e pelos territórios culturais.

Mais de 4 mil projetos selecionados

Com a divulgação dos resultados finais de oito editais da PNAB em Minas Gerais, aproximadamente 4.200 projetos culturais foram contemplados, alcançando todas as regiões do estado e promovendo uma verdadeira democratização do acesso aos recursos públicos. O resultado expressivo é sustentado por 18.714 inscrições recebidas, oriundas de 537 municípios, o que representa um aumento de 47% no número de cidades participantes em comparação com a edição anterior.

Esse crescimento evidencia o fortalecimento da política cultural como instrumento de geração de renda, valorização da diversidade e impulso à economia da criatividade, em todos os cantos de Minas.

Júnia Bertolino no solo do espetáculo Saudação aos Ancestrais com a Cia Baobá Minas. Foto Patrick ArleyJúnia Bertolino no espetáculo Saudação aos Ancestrais, com a Cia Baobá Minas (Foto Patrick Arley/Divulgação)

Na véspera do Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, a Cia Baobá Minas promove o I Festejo do Prêmio Zumbi de Cultura, evento que exalta a ancestralidade, a memória e a identidade negra. A celebração acontece na próxima quinta-feira, dia 20 de março (quinta-feira), às 19h30, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, com entrada franca. Estarão reunidos homenageados, artistas, mestres e coletivos negros para fortalecer laços e reconhecer iniciativas de destaque na cultura, educação e política. O evento celebra, os 15 anos de trajetória do Prêmio Zumbi de Cultura e os 24 anos da Cia Baobá Minas.

A programação conta com apresentações de Adriana Araújo, Cia de Dança Baobá Minas, Fran Januário, Mamour Bah e Bloco Orisamba, além da exibição de vídeos sobre a história do prêmio e seus homenageados. A diretora da Cia Baobá Minas, Júnia Bertolino, idealizou o prêmio para reconhecer e dar visibilidade para pessoas que têm ações de combate ao racismo na cidade ou pessoas que trabalhem com temáticas negras. “O mais importante é que outros coletivos reconheçam essas pessoas, por isto na premiação, as indicações vêm de grupos diversos da cidade”, pontua Bertolino.

O Prêmio agracia as categorias dança, teatro, música, literatura, manifestação cultural, audiovisual e artes visuais e busca fortalecer a oralidade, a memória, a ancestralidade e a identidade negra, com um olhar especial para o conhecimento dos mestres populares e para as tradições de matriz africana. Ao longo de sua trajetória, tornou-se um marco na valorização das expressões culturais que mantêm viva a herança africana no Brasil. O Prêmio Zumbi de Cultura não reconhece apenas pessoas de Belo Horizonte, mas de Minas Gerais e todo o Brasil.

Ao longo de sua trajetória, o Prêmio Zumbi de Cultura já homenageou mais de 200 personalidades, entre artistas, escritores e ativistas, que marcaram a cena cultural e a luta pela igualdade racial. Entre os homenageados destacam-se Djonga, Macaé Evaristo, Ricardo Moura (Zelador da Casa de Caridade Pai Jacob do Oriente), Maurício Tizumba, Isabel Casimiro (Guarda de Treze de Maio) Conceição Evaristo, Sérgio Pererê, Marcos Cardoso, Mãe Efigênia (Quilombo Manzo Ngunzo Kaiango), Cidinha da Silva e Rui Moreira e muitos outros.

À frente do projeto está Júnia Bertolino, antropóloga pela UFMG, jornalista pela PUC/Minas e arte educadora, que assina a direção geral e artística do festejo. Além disto, ela é fundadora e diretora da Cia Baobá Minas, que realiza o evento e atua na cidade há 24 anos.

Segundo Júnia Bertolino, esse momento é de festejo e reflexão da trajetória do Prêmio Zumbi de Cultura e das diversas atividades da Cia Baobá Minas na cidade. Na programação estão palestras e oficinas em escolas, como apresentações culturais para fortalecer a cultura negra e as Leis 10.639/2008 e 11.645/2013 (obrigatoriedade do ensino da história da África e afro brasileira e indígena nas escolas).

A antropóloga conta que a premiação será um momento de celebração com a cidade e a população, que a abraçou e, por isso, a mesma foi crescendo com novas categorias. “Atualmente estamos com 23 categorias, entre elas, resistência LGBTQIA+, representatividade mirim, atuação política, empreendedorismo negro, mestre de cultura popular e comunicadores negros (as), gastronomia, audiovisual e a categoria Quilombolas,” enumera Júnia Bertolino.

Dona Bela: legado de ancestralidade e resistência

Coroada rainha do congado aos sete anos, Maria Elizabeth Mendes (in memoriam), Dona Bela nasceu em Santa Luzia, em 1903. Foi mãe de 16 filhos, 15 deles adotivos, e dedicou sua vida à luta e à resistência cultural. Como capitã da Guarda de Moçambique São João Batista e praticante do umbandismo, tornou-se uma referência para muitas mulheres, deixando um legado marcado pela fé e pela tradição. “Dona Bela me inspirou a homenageá-la no Grande Teatro do Palácio das Artes, em 2009, quando nasceu o Prêmio Zumbi de Cultura”, conta Júnia Bertolino.

“O Festejo é a forma que encontramos para celebrar e reunir personalidades que representam a luta pela igualdade racial, além de artistas que deixam sua marca por onde passam. Mais do que um evento, é um grande encontro de ancestralidades, um momento de reflexão e fortalecimento coletivo”, destaca a diretora da Cia Baobá Minas

O I Festejo do Prêmio Zumbi de Cultura é uma realização da Cia Baobá Minas e SobreTons, patrocinado pelo Ministério Público de Minas Gerais e produção da Notom Produções Artísticas.

Serviço

Data: Próxima quinta-feira (20/3)
Local: Grande Teatro Palácio das Artes
Horário: 19h30
Artistas convidados: Adriana Araújo, Cia de Dança Baobá Minas, Fran Januário, Mamour Bah e BlocoOrisamba
Entrada franca. Ingressos devem ser retirados na bilheteria do Grande Teatro Palácio das Artes, a partir das 12 horas no dia do evento.

Programação

19h30 – Abertura: Saudação aos ancestrais e exibição de vídeos dos homenageados
19h45: Cia de Dança Baobá Minas
20h: Mamour Bah
20h15: Fran Januário
20h30: Bloco Orisamba
20h45 : Adriana Araújo
21h às 22h: Encerramento com participação de todos artistas no palco

Minas Beach Resort Divulgação 2Com investimento de R$ 40 milhões, o novo Minas Beach Resort inaugura uma era de prosperidade na Zona da Mata mineira e fortalece a liderança do estado no turismo brasileiro (Foto Minas Beach Resort/Divulgação)

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) participou de mais um marco na consolidação de Minas como uma das maiores potências turísticas do país: a inauguração da nova fase do Minas Beach Resort, empreendimento da Trul Hotéis no município de Raul Soares, na Zona da Mata. O lançamento contou com a presença da Invest Minas, do prefeito Silvinho da Antarctica, do deputado estadual Adriano Alvarenga, do empresário Delvair Chaves, responsável pelo investimento, além de vereadores e lideranças regionais.

Com investimento de R$ 40 milhões, o resort expande o parque aquático já conhecido na região, incorporando hospedagem de alto padrão com 180 leitos. O complexo, que já recebia entre 240 mil e 300 mil visitantes anuais, deve agora dobrar seu fluxo turístico, projetando Raul Soares como um novo polo de lazer, hospitalidade e turismo de experiência no interior de Minas.

“Este é um momento histórico para Minas Gerais. O Minas Beach Resort simboliza a força da interiorização do turismo que temos promovido: gerar empregos, valorizar o território e transformar vocação em desenvolvimento real. O que estamos vendo hoje é Minas pro alto!”, afirma Leônidas de Oliveira, secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais.

O novo empreendimento irá gerar 220 empregos diretos e cerca de 600 indiretos durante sua operação, ampliando a circulação econômica na Zona da Mata mineira e fortalecendo o setor de serviços local. Para o deputado estadual Adriano Alvarenga, “o Minas Beach simboliza progresso e contribui diretamente para o desenvolvimento da nossa região”. Já o prefeito Silvinho da Antarctica ressalta que “o Minas Beach Resort é um marco na evolução do turismo de Raul Soares”.

Estrutura e sustentabilidade

A operação hoteleira da Trul Hotéis será integrada ao parque aquático, com atendimento 24h e múltiplas atrações: piscina de ondas, rio lento, toboáguas temáticos, tirolesa, spa, rampa de boia e área infantil. Um diferencial é o compromisso com a sustentabilidade, com uso de energia solar e reuso de água, reduzindo em 35% o consumo hídrico-energético anual.

Minas no topo do turismo nacional

O empreendimento se soma a uma série de investimentos que fizeram Minas Gerais liderar a expansão hoteleira no Brasil em 2024, segundo o Observatório do Turismo de MG. O estado recebeu mais de 32 milhões de visitantes, com crescimento de 11,8% na atividade turística, o dobro da média nacional. O setor movimentou R$ 8,7 bilhões e gerou 50 mil empregos formais no último ano.

“O Minas Beach Resort comprova que Minas é o melhor lugar do Brasil para investir no turismo. Nosso ambiente de negócios é sólido e a parceria entre poder público e iniciativa privada gera resultados concretos para todos os mineiros”, reforça Thiago Ferreira, superintendente de Marketing Turístico da Secult-MG.

Próximos passos

Em parceria com a Secult-MG, o resort será incluído em duas importantes rotas turísticas: o Circuito do Café e Águas & Serras de Minas. A estrutura também passará a integrar a promoção nacional e internacional do estado. Está prevista ainda a capacitação de 120 moradores locais em Turismo de Experiência, em parceria com o Senac-MG, além de articulação com operadoras de transporte para criação de uma linha direta entre Belo Horizonte e Raul Soares.

“Minas vive hoje o maior ciclo de crescimento da história do seu turismo. São resorts, hotéis internacionais, patrimônio recuperado, cultura viva e natureza exuberante. Somos a nova fronteira do turismo brasileiro”, conclui Leônidas de Oliveira.

Minas na BTL 2025 Foto Marden Couto Turismo de MinasEmpreendimento será inaugurado no dia 24 de maio e reforça a Rota das Artes; na foto: Jorge Rebelo, fundador e presidente da rede de hotéis Vila Galé, chef Carol Fadel, chef Maria Clara Magalhães, secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo (Foto Marden Couto/Turismo de Minas)

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), celebrou a chegada de um novo investimento no turismo mineiro: o Vila Galé Collection Ouro Preto, que será inaugurado no dia 24 de maio. O empreendimento reforça a Rota das Artes, um itinerário turístico que conecta Belo Horizonte, Inhotim, Circuito Liberdade, Sabará e Ouro Preto, fortalecendo a oferta de turismo cultural e de experiência no estado.

Durante a BTL Lisboa, uma das feiras de turismo mais importantes do mundo, o fundador e presidente da rede Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida, apresentou os detalhes do novo resort, que contará com uma infraestrutura de alto padrão, incluindo um centro de convenções para mil pessoas, haras com cavalos Mangalarga Marchador, parque aquático infantil, piscinas aquecidas e três restaurantes temáticos dedicados às culinárias mineira, portuguesa e internacional.

"A inauguração do Vila Galé representa um avanço significativo para o turismo em Minas, consolidando nossa estratégia de internacionalização do destino. Com essa nova infraestrutura, Minas Gerais reforça sua vocação para o turismo de alto padrão, oferecendo experiências autênticas que combinam patrimônio, arte e hospitalidade", destacou o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira.

O empreendimento ocupará uma área preservada de mais de 200 hectares de Mata Atlântica, incluindo uma cachoeira natural e um lago artificial, garantindo uma experiência imersiva na natureza. O hotel também promoverá experiências culturais e artísticas alinhadas à identidade mineira. Para fortalecer a promoção do destino em Portugal, um sorteio entre agentes de viagens e operadores turísticos foi realizado durante a feira, premiando a vencedora com uma viagem completa para conhecer Belo Horizonte e o novo resort.

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), e em parceria com o Instituto Mundu, divulga e promove as riquezas do estado na 35ª edição da BTL, que segue com intensa programação até o próximo domingo (16/3).

Museu Mineiro em Belo Horizonte Foto Secult MG Divulgação

Estão abertas as inscrições para a 11ª edição da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas, que será realizada em 12/6, Dia dos Namorados. Gestores culturais de todo o estado têm até o dia 25/5 para cadastrar seus equipamentos na programação, por meio do formulário disponibilizado neste link. A participação das cidades traz visibilidade para os museus e bibliotecas locais, gerando engajamento comunitário, promoção do turismo cultural e fortalecimento das identidades locais. Além disso, dependendo da atividade a ser realizada, ela pode ser apresentada na Declaração de Acervos Culturais como democratização do acesso.

A Noite Mineira de Museus e Bibliotecas (NMMB) é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG), por meio da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, com apoio da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e da Diretoria de Museus (DIMUS). A NMMB integra o programa AMA – Ano Mineiro das Artes, promovido pela Secult-MG.

Noite Mineira de Museus e Bibliotecas

A NMMB é um conjunto de eventos culturais realizados em diversos municípios de Minas Gerais com o objetivo de ampliar o horário de funcionamento de museus e bibliotecas uma vez a cada dois meses. Durante o período noturno, esses espaços oferecem ao público uma programação cultural gratuita e diversificada, que pode incluir exposições, saraus literários, oficinas de arte, exibições de vídeos, instalações culturais, shows, apresentações de dança, espetáculos teatrais, entre outras atividades.

A iniciativa busca valorizar os museus e bibliotecas como espaços de conhecimento, memória e identidade, promovendo o engajamento da comunidade e a ampliação do acesso à cultura de forma inclusiva e democrática. Por meio dessas ações, a NMMB reforça a importância desses equipamentos culturais na vida das pessoas e no fortalecimento da herança cultural mineira.

11ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas

Quando: 12/6, das 18h às 22h
Período de inscrições: até 25/5
Link para formulário de inscrição: https://forms.gle/WKjpzEqFu3AUAC1b9
→ O formulário é exclusivo para inscrição de atividades por responsáveis e gestores culturais dos equipamentos. Vedada a participação, neste momento, do público em geral.

Foto Secult-MG/Divulgação

Minas Gerais e Moçambique firmam parceria na BTL Lisboa Foto Marden Couto Turismo de MinasParceria estratégica foi firmada durante o segundo dia da BTL Lisboa, nesta quinta-feira (13/3) (Foto Marden Couto/Turismo de Minas)

O Governo de Minas Gerais e o setor de Turismo de Moçambique firmaram uma parceria estratégica para o intercâmbio cultural e turístico entre os dois territórios. Durante a BTL Lisboa, um dos eventos de turismo mais importantes do mundo, que acontece na capital portuguesa até domingo (16/3), a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) assinou um protocolo de intenções com o Ministério da Economia – Instituto Nacional do Turismo (INATUR) e o Ministério das Finanças – Centro de Desenvolvimento de Sistemas de Informação de Finanças (CEDSIF) de Moçambique.

A parceria prevê a troca de experiências e boas práticas na gestão do turismo, além da integração de ações culturais e artísticas entre Minas Gerais e Moçambique. O protocolo inclui a participação mútua em eventos turísticos, a cessão da Plataforma Integrada do Turismo de Minas Gerais e a realização dos Aulões da Secult, que promoverão qualificação e troca de conhecimento sobre turismo e economia criativa entre os dois territórios.

"Celebrar este acordo com Moçambique na BTL é um marco para a união dos países de língua portuguesa. Minas Gerais e Moçambique compartilham riquezas culturais únicas, e essa parceria é fundamental para fortalecer o turismo, a cultura e a economia criativa de ambos os territórios", afirmou o secretário Leônidas Oliveira.

Fredson Victor Bacar, secretário de Estado de Turismo de Moçambique, destacou a importância da aliança: "Essa intenção de parceria representa o avivar da esperança e do compromisso entre nossos povos. Mesmo separados por um oceano, podemos construir juntos novas oportunidades e compartilhar nossa rica diversidade cultural."

Minas Gerais também foi convidada a participar da Feira Internacional de Turismo de Moçambique (Fikani), que acontece em outubro, em Maputo. O convite reforça a aproximação entre os dois destinos e abre caminho para novas oportunidades de cooperação entre Brasil e África no setor turístico. Com essa iniciativa, Minas Gerais avança na estratégia de internacionalização do turismo, consolidando-se como um destino global e promovendo conexões culturais que transcendem fronteiras.

Visitas guiadas Palácio das Artes FOto Paulo Lacerda FCSPrimeira edição da Visita Patrimonial aconteceu neste sábado (17/5), no contexto da 23ª Semana Nacional de Museus; iniciativa integra o Ano Mineiro das Artes (Foto Paulo Lacerda/FCS)

 Neste sábado (17/5), às 10h, o Palácio das Artes dá início a uma nova modalidade de visitas guiadas, agora abertas ao público geral. A proposta, chamada Visita Patrimonial, será realizada quinzenalmente aos sábados, mediante inscrição prévia pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. A iniciativa integra o AMA – Ano Mineiro das Artes, programa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. O itinerário explora a história, os bastidores e os espaços icônicos do maior centro cultural de Minas Gerais, tombado como Patrimônio Histórico. A ação inaugural começa no Hall de Entrada, depois segue para o Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, e então para o Cine Humberto Mauro. Em seguida, os visitantes conhecerão as Galerias Arlinda Corrêa Lima, Genesco Murta e Mari’Stella Tristão, e depois a Sala Juvenal Dias e o Teatro João Ceschiatti.

A visita se encerrou pouco antes do meio-dia, na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard. Além de destacar a programação, como a exposição “Lorenzato: Imaginação Criativa”, a equipe de mediadores trará aos visitantes uma contextualização histórica e explicações, por exemplo, sobre as personalidades que dão nome aos espaços. “O Palácio das Artes é um centro cultural vivo, pulsante, potente e profundamente democrático. Esta casa simboliza o compromisso de Minas Gerais com o acesso amplo, plural e inclusivo à cultura. Com as visitas guiadas, reafirmamos essa missão”, destaca o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira. 

Por dentro do Palácio das Artes

Esta primeira Visita Patrimonial acontece no contexto da 23ª Semana Nacional de Museus, que em 2025 destaca o patrimônio imaterial como fonte viva de memória e inspiração. A atividade convida o público a explorar os espaços do Palácio das Artes e mergulhar em sua história: da concepção arquitetônica às transformações ao longo das décadas, revelando curiosidades e memórias que ajudam a compor a identidade do equipamento gerido pela Fundação Clóvis Salgado (FCS). “Mais do que uma visita, é um encontro com o passado e o presente de um dos principais equipamentos culturais de Minas – um convite a perceber a arte, a arquitetura e a memória como partes de um patrimônio vivo e coletivo”, ressalta o presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis.

Embora a FCS já promova visitas regularmente, elas são, em sua maioria, voltadas para grupos agendados – especialmente escolas e instituições educativas, mas também outros, como família e grupos de amigos. Essas visitas têm como foco principal as exposições em cartaz, sendo direcionadas conforme o perfil do grupo (idade e interesses, por exemplo), com mediação nas galerias e, às vezes, a depender da agenda ou da solicitação, uma prática de ateliê complementar.

A Coordenadora do Programa Educativo e de Mediação Cultural da FCS, Dulcilene Fonseca, explica as diferenças das visitas que ocorrem periodicamente. “A modalidade que vamos iniciar será aberta ao público geral, com inscrições individuais, e tem como objetivo apresentar o Palácio das Artes como um espaço em constante transformação. Diferentemente das outras, cada edição dessa visita será única, justamente porque ela percorre bastidores e áreas funcionais da instituição, que podem estar em diferentes usos: podemos encontrar montagens de cenários, ensaios, passagens de som, movimentações técnicas”, ressalta Fonseca.

Palácio da Liberdade

O Palácio da Liberdade, também gerido pela Fundação Clóvis Salgado, promove visitas mediadas temáticas aos sábados e domingos, às 11h e 15h. No espaço ocorrem também visitas teatralizadas duas vezes ao mês, aos domingos. As ações são voltadas ao público espontâneo, com entrada gratuita e cadastro na recepção para os visitantes.

Neste sábado (17/5) e também no domingo (18/5), como parte da 23ª Semana Nacional de Museus, acontecem visitas mediadas com o tema “O Palácio na Rota do Tempo”. O público será estimulado a explorar memórias, vivências e possibilidades de futuro a partir de temas como patrimônio, cidadania, liberdade, identidade e pertencimento. Até o fim de maio, estão previstas outras três ações semelhantes, além de uma visita teatralizada. A agenda completa pode ser conferida no site palaciodaliberdade.com.br/programacao/.

Minas Gerais na BTL Lisboa Foto Marden Couto Turismo de MinasNovidade foi anunciada nesta quinta-feira (13/3), durante a BTL Lisboa, uma das feiras de turismo mais importantes do mundo (Foto Marden Couto/Turismo de Minas)

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), celebrou o fortalecimento da malha aérea internacional com o anúncio da retomada dos voos diários da TAP entre Belo Horizonte e Lisboa a partir de abril. A novidade foi divulgada nesta quinta-feira (13/3), durante a BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, reforçando Minas Gerais como um destino estratégico para o mercado europeu. Atualmente, a TAP opera seis voos semanais na rota, exceto às quintas-feiras. Com a retomada da frequência diária, a expectativa é impulsionar o turismo, os negócios e a troca cultural entre Minas Gerais e Portugal.

"A ampliação das frequências da TAP fortalece a conexão de Minas Gerais com Portugal e toda a Europa. Essa expansão consolida nosso estado como um destino internacional, promovendo oportunidades para o turismo, a economia criativa e o setor empresarial", afirmou o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.

Carlos Antunes, diretor da TAP para Brasil e América do Sul, ressaltou o compromisso da companhia aérea com Minas Gerais: "Mina faz parte da TAP e a TAP faz parte de Minas. Estamos ligando Lisboa a Belo Horizonte com voo direto há 17 anos e transportamos cerca de 170 mil passageiros nessa rota no último ano. Apostamos fortemente no potencial turístico de Minas, um Brasil espetacular de gastronomia, história e cultura."

Durante o evento, os visitantes tiveram uma experiência da Cozinha Mineira em uma Cozinha Viva, com a participação das chefs Carol Fadel e Maria Clara Magalhães, reforçando a gastronomia como um dos pilares do turismo mineiro.