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Espetáculo Corpo Preto Surdo Crédito Pedro LannaAtrações, como o espetáculo "Corpo preto surdo", acontecem entre quinta (22) e domingo (25), no Palácio das Artes, com música, teatro, contação de histórias, exposições de artes visuais, cinema e roda de conversa; inclusão e acessibilidade dos equipamentos e produtos culturais serão o centro das atenções (Foto Pedro Lanna/Divulgação)


Talento e virtuosismo não escolhem pessoas, com ou sem deficiência. Partindo dessa premissa, a Fundação Clóvis Salgado (FCS)/Palácio das Artes, por meio do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart) e dos projetos “Palco Aberto Cefart” e “Dia do Pequeno Artista”, realiza o “Festival Palácio Para Todos”, promovendo acessibilidade e protagonismo das pessoas com deficiência no Palácio das Artes, de quinta (22/08) a domingo (25/08). A programação completa, que inclui diversas manifestações artísticas, pode ser conferida no perfil do Palácio da Artes no Instagram.

Em feliz sintonia com os Jogos Paralímpicos Paris 2024 (de 28 de agosto a 8 de setembro de 2024), o Palácio das Artes abre suas portas e espaços não para os esportes, mas para o “Festival Palácio Para Todos”, uma “olimpíada” de arte que integra o Programa Mineiro de Acessibilidade, Inclusão e Saúde (ProMais), coordenado pela Secretaria de Estado de Casa Civil do Estado de Minas Gerais (SCC).

“O ‘ProMais’ congrega vários projetos e promove a inclusão em todas as áreas. O ‘Festival Palácio para Todos’ é exemplo disso. As pessoas com deficiência têm a oportunidade de conhecer ótimas atrações artísticas e culturais. Todas elas foram pensadas para que esse público se sinta confortável e consiga aproveitar o festival da melhor forma possível”, destaca o secretário de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro.

“Ainda nos falta muito para a plena inclusão, seja na arquitetura, no urbanismo, nas escolas ou na cultura. Pensando nisso, o ‘Festival Palácio Para Todos’ quer trazer a reflexão para a necessidade urgente de lugares e formas de acessibilidade à arte e à cultura, premissa fundamental para um mundo mais humano, fraterno e digno”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Mais acessibilidade

Além do que o Palácio das Artes já oferece em acessibilidade, como linguagem de sinais durante os espetáculos, elevador, rampas, estacionamento, atendimento personalizado, em breve haverá outras ações permanentes de acessibilidade. Mais que ações, um legado à população, a começar pelo palco para apresentações de artistas com deficiência em todos os dias da programação. “O desenvolvimento da acessibilidade de nossos equipamentos culturais é prioridade para a FCS. A acessibilidade plena e estrutural é uma meta que deve nos guiar no processo de melhorias. E o público que for ao festival já poderá perceber essas evoluções, nas quais estamos trabalhando”, promete Sérgio Rodrigo Reis, presidente da Fundação Clóvis Salgado.

“O projeto nasceu para que as ações de acessibilidade criadas não se encerrassem com o fim do evento, deixando algo permanente no espaço cultural. Mas o desafio do tema é grande, bem abrangente e o trabalho deve ser continuado”, reitera Fred Torres, fundador da Cultura Criativa e proponente do projeto.

Programação

Todas as atrações terão pelo menos um tipo de acessibilidade, como por exemplo as mediações para pessoas cegas ou com baixa visão: visitas guiadas nas galerias do Palácio das Artes onde estão expostas as obras da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível. Muitos artistas da extensa programação são pessoas com deficiência. Nesta quinta-feira (22), serão lançados 65 curtas-metragens com acessibilidade na plataforma CineHumbertoMauroMais (os filmes ficarão permanentemente da programação virtual) e o espetáculo “(in)tensões”, da Cia. de Dança Palácio das Artes, ganha o palco do Grande às 18h. Na sequência, às 19h, o jovem cantor Gabriel Cheib, que tem Síndrome de Down, se apresenta, com seu pai, o violonista Rafael Cheib.

Já na sexta (23), às 18h, o espetáculo de dança “Andanças Urbanas” será apresentado pela Cia Ananda, que tem uma bailarina cadeirante e um bailarino cego. No sábado (24), nos jardins internos do Palácio das Artes, haverá contação de histórias com Samuel Vitor, que possui TEA (Transtorno do Espectro Autista), oficinas, roda de conversa sobre autismo, show da banda New Orions, cujo vocalista, Davi Lennon, também tem TEA, entre outras atrações. Ainda no sábado, mas no Teatro João Ceschiatti, “Olhando sem olhos” (dança sem o uso da visão), também com a Cia Ananda. No domingo (25), encerramento do “Festival Palácio Para Todos”, destaque para o espetáculo "Corpo Preto Surdo: Nós Estamos Aqui", no Teatro João Ceschiatti, produção teatral de e com Marcos Andrade, abordando a experiência de pessoas surdas e ouvintes negras, com o suporte da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

O projeto “Festival Palácio Para Todos” conta com o patrocínio da Cemig, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, apoio da Fundação Clóvis Salgado, realização da Cultura Criativa e Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), e do Ministério da Cultura. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm patrocínio master da Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio.

Travel Next Minas 2024

A promoção do Carnaval da Liberdade 2025, da Cozinha Mineira e de rotas turísticas deram o tom, nesta sexta-feira (16), da participação do Governo do Estado no primeiro dia da Travel Next Minas, feira nacional de turismo que acontece no Expominas, em Belo Horizonte. A expectativa é que, até este sábado (17), no encerramento do evento, cerca de cinco mil profissionais do turismo passem pelo centro de exposições na capital mineira.

Ações do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), em parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), foram realizadas em diferentes espaços da Travel Next. Além do estande, o Auditório Mineiridade, o Palco da Liberdade e a feira “Meu Negócio é Carnaval”, promovida em parceria com o Sebrae Minas, receberam uma programação que incluiu rodadas de negócios, palestras, Cozinha Show e apresentação de rotas turísticas. 

 Neste sábado (17), o Governo de Minas segue com rodadas de negócios e ações de promoção e capacitação no espaço dedicado ao Carnaval. A Cozinha MIneira continua sendo protagonista e rotas turísticas serão apresentadas aos profissionais do turismo. Representantes de diversas Instâncias de Governança Regionais (IGRs) e expositores também estarão no Expominas neste segundo e último dia do evento.

“A Travel Next faz a transversalidade entre a indústria do turismo e a indústria da cultura. O evento também traz o Carnaval, entendido como negócio criativo, e a cadeia produtiva do turismo conectados para trazermos desenvolvimento e renda para as pessoas. Tudo isso contribui para que Minas Gerais esteja, há dois anos, segundo dados do IBGE, na liderança do crescimento da atividade turística no Brasil”, disse o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, na abertura oficial do evento.

“Minas Gerais é sinônimo de autenticidade. Temos a certeza de que estamos no caminho certo e entregamos um evento 100% maior (que em 2023) em vários indicadores, estamos falando de espaço ocupado, marcas expositoras,de estandes e do total de fluxo de visitantes”, ressaltou Rubia Coser, diretora e idealizadora da Travel Next Minas.

Folia e Cozinha Mineira

O Carnaval da Liberdade, o Carnaval da Tranquilidade e o Carnaval das Cidades Históricas foram destaques da feira “Meu Negócio é Carnaval”, que reuniu líderes e representantes de blocos, ligas, associações e escolas de samba de Minas Gerais. A programação contou com o lançamento de um edital inédito da Cemig para o pré-Carnaval, destinado a ações de formação, como cursos e oficinas para qualificar ainda mais a folia mineira.

No valor de R$ 4 milhões, o edital já disponível no site da Cemig. As inscrições começarão na próxima segunda-feira (19/8) e seguem até 23h59 do dia 10/10/2024. O público também conferiu as palestras “Edital na Prática”, realizada pela equipe de fomento da Secult-MG, e “Como Promover Grandes Eventos de Carnaval”.

Espaço Carnaval da Liberdade na Travel Next Minas 2024

O espaço dedicado à Cozinha Mineira ressaltou, com receitas preparadas na hora pelos chefs convidados, a tradição e a contemporaneidade da culinária do estado. Sinval Espírito Santo apresentou o “MilhoNário”, baseado numa farofa de milho salteado na manteiga de garrafa, com farinha de milho torrado e linguiça “atropelada” no melado.

Marlon Sérgio serviu uma costeleta defumada glaceada com molho teriyaki de jabuticaba, sobre polenta de milho verde, servida com chips de mandioca, farofa crocante de bacon, panco, ora-pro-nobis e queijo coalho. Nhoque frito de tapioca e Queijo Minas curado, carne de sol e caldo de galinha caipira com pé de porco foi a receita preparada por Caetano Sobrinho. O tradicional rocambole de Lagoa Dourada e uma harmonização de vinhos mineiros com Luis Porto, sommelier e proprietário da Vinícola Luiz Porto, de Tiradentes, também fizeram parte da programação.

Cozinha Mineira na Travel Next Minas 2024

Rotas turísticas

No Auditório Mineiridade, destaque para as apresentações da Rota Caminhos Franciscanos, trecho de peregrinação que começa na Igreja de São Francisco de Assis, em Teófilo Otoni, e termina na Igreja de Nossa Senhora dos Anjos, em Itambacuri, no Vale do Mucuri, e da Cordilheira do Espinhaço como novo destino do turismo de natureza no Brasil. O pré-lançamento do Circuito de Cicloturismo Vales dos Tropeiros, que abrange os municípios de Timóteo, Marliéria, Dionísio, São Domingos do Prata e Antônio Dias em seus 196 km de extensão, foi outra atração do espaço.

O Descobrindo a Cachaça D'Alambique, evento que acontece entre 11 e 15 de setembro no Mercado de Origem, em BH, também teve seu pré-lançamento nesta sexta-feira (16) com a participação do secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, e da secretária adjunta de Comunicação de Minas Gerais, Bárbara Botega.

Fotos: Leo Bicalho

Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade em Caeté Foto Marco Evangelista Imprensa MGSantuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, é um importante destino do turismo da fé em Minas Gerais (Foto Marco Evangelista/Imprensa MG)

O turismo da fé é uma potência em Minas Gerais, estado que, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), se mantém na liderança do crescimento do turismo, superando em 15 vezes a média nacional em fevereiro deste ano. De acordo com dados do Observatório de Turismo de Minas Gerais, 36% dos viajantes que chegam ao estado têm como principal motivação conhecer locais e festas de riqueza histórico-cultural, incluindo bens e eventos religiosos, gerando uma movimentação econômica de cerca de R$ 5 bilhões por ano.

Em 2024, a segunda edição do programa Minas Santa, um dos propulsores do turismo da fé no estado, motivou uma movimentação turística de 500 mil pessoas no período da Semana Santa. As 660 ações chegaram a cerca de 600 municípios participantes da campanha, posicionando Minas Gerais como o principal destino turístico do país no feriado santo.

Em Minas Gerais, os viajantes encontram rotas estruturadas especialmente para o turismo da fé. Há diversas opções no estado e os percursos podem ser feitos de carro, a pé, de bike ou a cavalo. Atualmente, são 11 rotas da fé cadastradas no estado: Rota da Peregrinação, CRER – Caminho Religioso da Estrada Real, Caminho da Luz, Caminho da Fé, Caminho de Nhá Chica, Caminhos de Padre Victor, Caminhos de Padre Libério, Santuário da Mãe Rainha, Rota Nos Passos de Dom Viçoso, Caminho das Capelas e Caminhos Franciscanos.

Música e oração

Considerado o maior festival de música e oração da América Latina, o Ore Comigo Music Festival (orecomigo.com.br) desponta como um dos principais eventos no estado, capaz de movimentar a economia da criatividade e do entretenimento e a ocupação hoteleira em Belo Horizonte, palco da segunda edição do encontro de fé e canção, que acontece no dia 22 de junho, no Mineirão, e tem apoio do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo.

Em 2023, o festival gerou cerca de mil postos de trabalhos diretos, arrecadou mais de 16 toneladas de alimentos não-perecíveis para doação e reuniu aproximadamente 60 mil pessoas. A expectativa é que o número seja superado neste ano. Em mais de 12h de programação, que terá início às 8h, os principais nomes da cena gospel brasileira – são mais de 45 atrações – se apresentam no Gigante da Pampulha.

Camila Barros, Deive Leonardo, Aline Barros, Bruna Karla, Eli Soares, Isadora Pompeo, Jefferson e Suellen, Antônio Cirilo, Eliel e Midiã Lima, Ezenete Rodrigues, Michele do Pandeiro e Fernandinho, que gravará seu novo projeto, são alguns dos artistas que passarão pelo Mineirão. O Ore Comigo Music Festival 2024 também trará mais recursos tecnológicos e artísticos para os fãs.

Idealizador do Ore Comigo, Pastor Fábio Lacerda diz que a dinâmica no Mineirão será de oração e música: “Estamos preparando o melhor para que o público tenha um evento de excelência, da recepção até a saída. Buscamos excelência na contratação do som, palcos, painéis de led, estruturas de pista, camarim. Além disso, dedicamos esforços em definir valores para ingresso, comida e bebida de forma que tudo ficasse o mais acessível para toda a família”.

São Thomé das Letras Foto John Brandão Acervo SecultMinas teve alta de 9% em relação ao mesmo período do ano passado, e valor recorde destinado pelo Governo do Estado é cinco vezes maior que o montante efetivado de janeiro a junho de 2023 (John Brandão/Acervo Secult)

Pelo segundo ano consecutivo, Minas Gerais permanece na liderança do crescimento da atividade turística no Brasil. No primeiro semestre de 2024, de janeiro a junho, o estado teve variação positiva de 9% em relação ao mesmo período de 2023, ficando 592,31% acima da média nacional (1,3%), juntamente com a Bahia. Minas também segue em destaque em relação ao crescimento acumulado dos últimos 12 meses. Nesse intervalo, o estado cresceu 11,1%, enquanto a média nacional foi de 3,4%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram compilados pelo Observatório do Turismo (OTM), da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG).

“No primeiro semestre de 2024, Minas cresceu 9% na sua atividade turística segundo o IBGE, enquanto a média nacional esteve em torno de 1%. Isso mostra a liderança de Minas Gerais no cenário nacional de crescimento da atividade econômica e do turismo, que é geração de emprego e renda, visitantes e mais pujança para este estado tão bonito. Minas está na moda”, comenta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

O semestre também foi marcado pelo recorde nos repasses do ICMS Turismo. Foram R$ 37,1 milhões distribuídos a 513 municípios pelo Governo de Minas. O valor é cinco vezes maior do que o repasse do mesmo período de 2023, quando o Estado destinou R$ 6,8 milhões às cidades mineiras. O aumento histórico se deve à Lei º 24.431/2023, que elevou de 0,1% para 0,5% o percentual destinado à atividade turística na distribuição de parte da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Sancionada em setembro de 2023, a lei demonstra não só o compromisso do Governo de Minas com a descentralização dos recursos, como também os efeitos práticos para as cidades, que poderão investir ainda mais no desenvolvimento do turismo local.

Além disso, a Secult-MG fez investimentos de mais de R$ 3,3 milhões no setor. O montante foi aplicado em áreas estratégicas, como a divulgação turística de Minas Gerais no Brasil e no exterior, estruturação de produtos turísticos, desenvolvimento da política de regionalização, planejamento e monitoramento do turismo e capacitação profissional. Ao todo, foram R$ 40,4 milhões investidos nos seis primeiros meses de 2024.

Geração de emprego

Englobando cultura e turismo, a economia da criatividade gerou 21.968 empregos no primeiro semestre de 2024, número que corresponde a 13,5% das 162 mil vagas abertas em Minas Gerais no período. O estoque no setor é de 804.188 pessoas com carteira assinada, o que representa 16,4% dos 4,9 milhões de trabalhadores formais do estado. Somente o turismo mineiro gerou 9.133 novos empregos de janeiro a junho. O período soma 436.385 pessoas empregadas formalmente, de acordo com o Novo Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego. Somente em junho foram admitidos 1.433 trabalhadores no setor, um crescimento de 186,6% em relação a maio.

Na cultura, foram criados 12.835 novos postos de trabalho de janeiro a junho, resultando em um estoque de 367.803 empregados. O maior destaque foi do ramo de entretenimento, que admitiu 508 trabalhadores apenas no último mês analisado.

Cresce movimento nos aeroportos

O movimento nos aeroportos mineiros também apresentou números expressivos no primeiro semestre deste ano. Mais de 3,27 milhões de pessoas desembarcaram nos terminais de janeiro a junho, um crescimento de 9,27% em relação ao primeiro semestre de 2023. Somente em junho, os terminais receberam 590.585 passageiros, desempenho 20,21% acima do registrado no mesmo período de 2023. Ao longo do primeiro semestre, 253.659 passageiros passaram por Minas em voos internacionais. Panamá, Portugal, Colômbia, Chile e Curaçao foram os principais países emissores. Em nível nacional, os turistas mais frequentes vieram de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

Parques estaduais em alta

Provando a vocação de Minas Gerais para o turismo verde, a visitação aos parques estaduais também cresceu de janeiro a junho deste ano. O estado registrou 304.914 visitantes no primeiro semestre, número 30,78% maior do que os 233.143 contados no ano anterior. Considerando apenas o mês de junho, os parques mineiros receberam 47.432 pessoas, um aumento de 12,6% em relação a junho de 2023. Mais uma vez, o mais frequentado foi o Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, localizado em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com 20.553 visitas.

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Para comemorar os 70 anos da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, completados no dia 2 de junho, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, prepara uma série de ações que serão desenvolvidas ao longo de 2024. Insere-se nesse contexto a homenagem à escritora Carolina Maria de Jesus, cuja mostra “Aragem em mãos que ardem: Carolina”, segue com visitação até 20 de julho.

A exposição reúne obras das artistas visuais Ana Pá e Flavia Carla dos Reis, e apresenta poemas da escritora, compositora, cantora e poetisa brasileira Carolina Maria de Jesus (1914-1977). No segundo andar do prédio sede, o público também poderá conferir até o fim deste mês a exposição “Com carinho, à Biblioteca Pública Estadual”, montada pelo setor de Coleções Especiais, com dedicatórias de autores consagrados como Carlos Drummond de Andrade, Alaíde Lisboa e Conceição Evaristo.

Também está prevista a produção de um documentário centrado na relação afetiva que as pessoas possuem com a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, um novo vídeo institucional, bem como a realização de um livro sobre a Biblioteca, focado em educação patrimonial que deve ser concluído neste ano. A criação de uma nova logo para celebrar as sete décadas da instituição foi lançada no último domingo (2) e já pode ser conferida nas redes sociais e, no próximo dia 20, às 19h, haverá uma homenagem à instituição, durante Reunião Especial, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

A Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais integra o Circuito Liberdade, sendo o espaço que funciona como equipamento cultural a mais tempo no complexo integrado que é reconhecido como o maior do Brasil e da América Latina. Seu acervo possui mais de 570 mil exemplares composto por livros, revistas e jornais históricos, distribuídos em dois prédios (Edifício sede e Anexo) que somam uma área construída de mais de 9 mil metros quadrados. Por mês, são mais de três mil leitores que retiram obras via Setor de Empréstimo, que conta com mais de 80 mil títulos para essa finalidade.

Criada pelo então governador Juscelino Kubitschek em 1954, um dos objetivos principais do equipamento é promover a ampliação dos serviços de biblioteca à população de Minas Gerais, democratizando o acesso à informação, à literatura e à leitura. A Biblioteca Estadual é ainda referência para as demais bibliotecas públicas mineiras. Além de funcionar como centro de preservação da memória bibliográfica, desenvolve programas e ações sociais de mediação e incentivo à leitura por meio de atividades específicas, exposições temáticas e serviços de extensão, entre outras atividades.

“Mais que uma biblioteca, este equipamento público é um centro cultural dedicado ao livro, à leitura e à literatura. A programação dos 70 anos abrangerá a transversalidade da arte da palavra com as mais diversas linguagens artísticas, buscando enriquecer ainda mais o cenário cultural mineiro ao tratar de temas emergentes do mundo contemporâneo. Um destaque da programação é o projeto 'Raízes', que promoverá de forma contínua atividades culturais que enaltecerão nossa ancestralidade. Além de celebrar o passado, buscamos, neste momento de comemoração, lançar também questões para o futuro, reposicionando a Biblioteca Pública Estadual de Minas como referência frente às constantes transformações da era digital e ampliando as ações de inclusão e acessibilidade para os mais diversos públicos”, comenta o Diretor do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, Lucas Amorim.

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ESTRUTURA

Prédio sede

Obra do arquiteto Oscar Niemeyer para o governo Juscelino Kubitschek, o prédio sede da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais foi inaugurado em 1961. O espaço possui 5.699 m², divididos em quatro andares que abrigam os setores de Restauro, Seleção, Carro-Biblioteca, Caixa-Estante, Infantojuvenil, Coleções Especiais, Braille, Hemeroteca Histórica, além de setores administrativos. Na sede estão, também, o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas Municipais e Comunitárias, o Suplemento Literário, os teatros de Arena e José Aparecido Oliveira e a Galeria de Arte Paulo Campos Guimarães.

BIJU

A Biblioteca Infantojuvenil visa democratizar o acesso à leitura literária e informativa entre crianças e jovens, oferecendo-lhes um ambiente convidativo à leitura, com mobiliário e acervo adequados; pais e demais educadores, que cumprem importante papel na formação dos jovens leitores; estudiosos e pesquisadores no campo da literatura infantojuvenil. É um espaço onde crianças e adolescentes podem conhecer os clássicos da literatura, os autores consagrados, a rica produção literária atual, quadrinhos, revistas e mais. O setor possui ainda brinquedoteca, jogos pedagógicos e livros brinquedos, voltados à primeira infância. O acervo é constituído por cerca de 40 mil exemplares de obras representativas da literatura brasileira e estrangeira. Além dos livros, há programação que inclui roda de leitura, contação de histórias, teatro, lançamento de livros, encontros com autores, exposições, oficinas literárias e artísticas, palestras, cursos e visitas de grupos escolares e particulares.

Setor Braille

Espaço é destinado à inserção cultural e social de pessoas com deficiência visual, onde os leitores têm acesso garantido à informação e à literatura, por meio de livros em braille, audiolivros e filmes com audiodescrição. O setor disponibiliza equipamentos de tecnologia assistida (linha braille, computadores com leitores de tela e acesso à internet, lupas eletrônicas, máquinas Perkins, regletes, equipamento de visão artificial) e promove, também, leitura viva-voz por meio de trabalho voluntário, estudos, palestras, oficinas diversas atividades de incentivo à leitura.

Coleções Especiais Mineiriana

Dedicada aos textos sobre Minas Gerais, e aos escritos de autores que nasceram ou viveram por aqui, a Mineiriana é a maior coleção sobre o Estado disponível para o público. É importante fonte de pesquisa sobre nossa memória cultural e intelectual. Com aproximadamente 25.600 itens, abarcando livros, CDs, filmes, mapas e recortes de jornais, a coleção apresenta um panorama do Estado de Minas Gerais em todos os seus aspectos: literário, histórico, cultural, artístico e científico.

Coleções Especiais – Obras Raras

A coleção de Obras Raras é formada por 1.554 exemplares, publicados entre os séculos XIV e XIX. Relacionados nos principais repertórios especializados ou em catálogos de referência, é possível encontrar obras como a coleção completa da Encyclopédie, dos filósofos Denis Diderot e Jean Le Rond D`Alembert, que foi a primeira enciclopédia publicada no mundo no ano de 1751.

Coleções Especiais Patrimonial

Reúne cerca de 55 mil exemplares de livros nacionais e estrangeiros considerados especiais como primeiras edições, edições esgotadas, que apresentam dedicatórias de escritores, ilustrações e encadernações preciosas, dicionários, enciclopédias, tratados e obras relevantes e representativas da cultura universal em todas as áreas do conhecimento.

Coleções Especiais Hemeroteca Histórica

A Hemeroteca Histórica compõe as Coleções Especiais da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais e guarda um valioso acervo de periódicos relevantes para o patrimônio cultural do país. Sua coleção é composta por mais de 1.200 títulos de jornais e quase 600 títulos de revistas que datam desde o século XIX. Por meio de assinatura dos principais jornais e revistas correntes do país, o espaço é destinado ainda à leitura informativa e de lazer.

Prédio Anexo

Incorporado à Biblioteca no ano de 2000, o prédio anexo possui três andares distribuídos numa área de 3.622 m². No local funcionam os setores de Empréstimos, Referência e Estudos, além do Espaço Geek e das salas de internet, de cursos para realização de oficinas e palestras, estudos individuais e, ainda, a Passarela Cultural, ambiente de exposições visuais.

Empréstimos Domiciliares

Com um rico acervo composto por mais de 80 mil exemplares, o setor de Empréstimos oferece aos leitores que desejam levar livros para ler em suas residências, obras da literatura brasileira e estrangeira, de autoajuda, informática, história dentre outros assuntos. O público circulante neste espaço ultrapassa a marca de 3 mil leitores por mês.

Referência e Estudos

O setor de Referência e Estudos da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais possui livros das mais diversas áreas do conhecimento atualizados para concursos, vestibulares e afins, além de atlas, dicionários de diversas línguas. Possui também salas de estudo individual e um espaço equipado com oito computadores com acesso gratuito à internet.

Espaço Geek

Inaugurado recentemente, o espaço é destinado aos amantes dos quadrinhos e jogos de tabuleiro. Seu acervo contempla publicações brasileiras e de várias partes do mundo, permitindo aos leitores a oportunidade de contato com o mundo mágico das produções em HQ e partidas de xadrez, damas e quebra-cabeças.

Espaços Expositivos

No foyer do prédio sede, a Galeria Paulo Campos Guimarães recebe escritores e artistas com o objetivo de mostrar e divulgar seus trabalhos relevantes no âmbito da cultura e da literatura. Na galeria há possibilidade de exposições, lançamentos de livros, performances teatrais, intervenções culturais, feiras, amostras entre outros eventos. O Hall das Coleções Especiais é um espaço alternativo oferecido pela Biblioteca no qual se realiza exposições, cursos, encontros de escritores e outras atividades culturais. E, localizada no Prédio Anexo da Biblioteca, a Passarela Cultural é um espaço singular e alternativo, onde escritores e artistas apresentam e divulgam os seus trabalhos.

Teatro José Aparecido de Oliveira

Com 192 lugares, o Teatro José Aparecido de Oliveira, localizado no coração da Biblioteca Pública, é singularmente centrado em temáticas que exaltam o universo dos livros e da leitura. É um espaço aberto a projetos que integrem a literatura às demais linguagens artísticas, como teatro, dança, música, cinema e eventos culturais como seminários, palestras, fóruns e encontros. Além disso, dá-se atenção especial às questões de inclusão, acessibilidade e à rica mineiridade que permeia a cultura do Estado.

Teatro de Arena

Já o Teatro de Arena, também localizado no prédio sede da biblioteca, é um espaço aberto que recebe shows, apresentações teatrais, feiras e mostras.

Extensão: atividades culturais de incentivo à leitura

O Núcleo de Extensão da Biblioteca Pública Estadual desenvolve ações de mediação e incentivo à leitura com o objetivo de fomentar o gosto pela leitura e democratizar o acesso ao conhecimento. Estas ações desempenham papel crucial na formação de novos leitores e na construção de uma sociedade mais informada, crítica e inclusiva. Destacam-se as seguintes iniciativas: visitas mediadas; rodas de leitura; hora do conto; Exposições literárias e temáticas; oficinas de arte e literárias; apresentações teatrais; lançamentos de livros; encontros e bate-papos com escritores; cursos e palestras. Todas as atividades oferecidas pelo Núcleo de Extensão são gratuitas.

Extensão: programa educativo

Mediante agendamento, a Biblioteca Pública Estadual realiza visitas mediadas para públicos variados. Crianças e adolescentes das redes pública e particular de ensino, de projetos sociais e demais interessados em conhecer o espaço podem participar gratuitamente de atividades de incentivo à leitura e de inclusão e acessibilidade. São oferecidas também de forma gratuita visitas panorâmicas, para grupos de pessoas interessadas em conhecer os setores de atendimento, os detalhes da arquitetura do prédio sede, as exposições alocadas nas galerias ou que queiram consultar e pesquisar o seu acervo, bem como Visitas Técnicas para públicos especializados e/ou interessados em conhecer a instituição, com foco na conservação, restauração e seleção de acervo, processamento técnico, arquitetura, execução de políticas públicas culturais do livro, leitura, literatura, bibliotecas e gestão governamental. Todas as visitas realizadas pelo Programa Educativo são gratuitas.

Extensão: Carro-Biblioteca

Serviço itinerante, o Carro-Biblioteca objetiva democratizar a informação e a leitura junto às comunidades socialmente vulneráveis em Belo Horizonte e Região Metropolitana que não possuem bibliotecas ou equipamentos culturais. Promove, também, ações culturais e educativas. As comunidades atendidas Instalada em veículo adaptado, a biblioteca móvel permite levar, aproximadamente, 3.500 livros, que tem os títulos renovados periodicamente para que o leitor sempre encontre novidades e exemplares em bom estado de conservação. Em 2023, o projeto ganha um novo veículo, que passa a atender cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Extensão: Caixa-Estante

Este projeto encaminha acervos cuidadosamente selecionados a instituições diversas (creches, centros socioeducativos, penitenciárias, APAE, Lar dos Meninos entre outras) com o objetivo de garantir o acesso ao livro, à leitura e à literatura para pessoas que não podem se deslocar até uma biblioteca. Promove, ainda, atividades diversas, como “Hora do conto e da leitura” e “Encontro com o escritor”. Em 2023, em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça, foi iniciado projeto para remição de pena por leitura, em unidades prisionais.

Suplemento Literário

Considerado um dos mais respeitados periódicos literários do Brasil, o Suplemento Literário de Minas Gerais (SLMG) foi criado em 1966, sob a responsabilidade da Imprensa Oficial do Estado. Publicado semanalmente, acompanhou o Diário Oficial de Minas Gerais até 1992. Após uma breve interrupção, o SLMG retorna em 1994 com periodicidade mensal, tendo como responsável a Secretaria de Estado da Cultura. A história do Suplemento teve início pelas estradas pobres do Norte de Minas. Preocupado com a lacuna informacional na região, o governador Israel Pinheiro recomendou ao então diretor da Imprensa Oficial que preparasse uma seção noticiosa e uma página de Literatura, revivendo uma antiga tradição do Jornal Minas Gerais. Ao longo dos anos, o Suplemento Literário reuniu em suas edições figuras importantes como Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Lygia Fagundes Telles, Clarice Lispector, e promoveu novos escritores e deu visibilidade a autores menos conhecidos pelo público.

Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas e Comunitárias

Institucionalizado em 1984 e localizado na Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas e Comunitárias tem como objetivo o planejamento e a execução de projetos e programas que promovam a ampliação do serviço bibliotecário à população dos municípios mineiros, visando a democratização do acesso à informação e à leitura. Atende cerca de 800 bibliotecas públicas e comunitárias com capacitações, assessorias técnicas, doações de livros e empréstimo de exposições literárias itinerantes.

 Fotos: Leo Bicalho

 

Dança Foto Leo Bicalho Secult MGRecursos do Fundo Estadual da Cultura contemplam áreas diversas como música, artes cênicas, literatura, patrimônio histórico, moda e culturas populares (Foto Leo Bicalho/Secult-MG)

Boa notícia para a cultura mineira. Em uma ação conjunta da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e das vinculadas Fundação Clóvis Salgado (FCS), Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e Empresa Mineira de Comunicação (EMC) serão lançados, ao longo dos próximos dias, 11 editais do Fundo Estadual de Cultura (FEC). Ao todo, serão repassados R$ 22,5 milhões aos trabalhadores do setor em todo o estado, cumprindo o objetivo de descentralização e democratização do acesso aos mecanismos de fomento previstos e implementados pela Lei Descentra Cultura.

Alguns editais já estão disponíveis no site da Secult-MG e contemplam diversas linguagens e áreas da cultura. Música, literatura, artes visuais, moda, teatro, cultura popular, artesanato, dança, circo e patrimônio histórico serão beneficiados em todas as regiões de Minas Gerais. Os recursos chegarão diretamente às mãos dos agentes culturais, que não precisam passar pelo processo de captação como acontece na Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LeiC).

“O lançamento dos editais tem uma importância fundamental para o setor da cultura, e de forma muito especial também para o patrimônio histórico e as culturas populares e tradicionais, pois chega a todas as regiões de Minas e são recursos diretos, não há necessidade de captação. São R$ 22,5 milhões nas mãos dos trabalhadores da cultura em Minas, estimulando a economia da criatividade e a produção artística em suas mais diversas linguagens”, destaca o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Afromineiridades em destaque

Entre os editais do Fundo Estadual de Cultura, dois chegam em um momento muito especial. O Afromineiridades, com incentivo de R$ 2,6 milhões e voltado a mestres e mestras da cultura popular, grupos e expressões tradicionais, e o Prêmio Rainha Conga de Cultura Popular, no valor total de R$ 1,3 milhão e exclusivo para a participação de mulheres detentoras da cultura e das artes, foram lançados pelo Iepha-MG dias após o reconhecimento dos Congados e Reinados como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais, no início deste mês, durante a realização do festival Cozinha das Afromineiridades, no Palácio da Liberdade.

Para João Paulo Martins, presidente do Instituto, é emblemático que os dois editais sejam publicados depois de uma celebração tão importante para o povo negro em Minas Gerais porque “são as políticas públicas de valorização, preservação, fomento e salvaguarda a essas manifestações e mostram que as ações de fomento do governo estão em plena atuação”.

Novidades e recursos para diversas áreas

Pela primeira vez, segmentos específicos da moda terão um edital exclusivo. Trata-se do Passarela Liberdade, da Fundação Clóvis Salgado (FCS). Com o valor de R$ 950 mil, o mecanismo contempla categorias que preveem ações de memória, história, capacitação, conhecimento, promoção e visibilidade. Também da FCS, o Circula Minas, cujo valor é de R$ 2 milhões, vai custear a participação de artistas, designers de moda, produtores e técnicos das artes em mostras, festivais, feiras, congressos, seminários e demais modalidades de encontros culturais.

Projetos de restauração, manutenção e conservação de edifícios tombados em níveis municipal e estadual, com foco especial para bibliotecas, centros culturais e museus, também contarão com recursos do FEC via edital Restaura Minas, do Iepha-MG, que destinará R$ 4,5 milhões às iniciativas aprovadas.
Lançado pela Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), o edital Saberes Gerais, no valor de R$ 2,4 milhões, engloba projetos das áreas de música, artesanato, artes cênicas, cultura alimentar e gastronomia, culturas indígenas, fotografia, artes plásticas, ofícios da moda e preservação, valorização e promoção do patrimônio imaterial, entre outras.

Construção democrática

A subsecretária de Cultura de Minas Gerais, Nathalia Larsen, ressalta o caráter democrático da construção dos editais, realizada em diálogo e colaboração com membros de diversas áreas do Conselho Estadual de Política Cultural (Consec), organização que reúne representantes da sociedade civil. “Com a regulamentação da Lei Descentra Cultura, foi possível descentralizar os recursos do Fundo Estadual de Cultura para a Fundação de Arte de Ouro Preto, Fundação Clóvis Salgado, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais e Empresa Mineira de Comunicação, visando o desenvolvimento e o fortalecimento das políticas públicas de cada segmento da cultura”.

Grupo de Choro Foto Grupo de Choro DivulgaçãoO Grupo de Choro, que se apresenta no dia 20 de junho no Museu Mineiro, é um projeto de extensão permanente da Escola de Música da UEMG (Grupo de Choro/Divulgação)

O Museu Mineiro dá início, nesta quinta-feira (6), à programação musical gratuita e especial de junho com a apresentação do Grupo Pandora, a partir das 18h, na Sala das Sessões. O show faz parte do projeto “Concerto no Museu”, realizado em parceria com a Escola de Música da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG). Formado por Stanley Levi, Talmer Oliveira, Júlia Rocha, Gustavo Ramos e Thiago Diniz, o Pandora nasceu com a missão de elaborar formas diferentes de tocar violão, tornando-o uma renovada “caixa de maravilhas”. Neste concerto, cujo foco são os autores brasileiros, o quinteto apresenta obras para diferentes formações, de solo a quinteto, e com variadas propostas estéticas: didáticas, de livre improvisação e indeterminação, e grandes obras solistas.

A programação do “Concerto no Museu” continua na próxima quinta-feira (13/06). Às 18h, na Sala das Sessões do Museu Mineiro, o flautista e compositor Felipe Amorim apresenta ao público o espetáculo “Música de Museu”, resultado de inquietações quanto à forma tradicional de se apresentar um concerto, apresentar uma música além de seus sons, sem modificar o ritual da tradição e ao mesmo tempo adicionar a ela novos elementos. A forma escolhida foi colocar lado a lado imagens e sons, contrapor a música das “Fantasias para flauta solo”, de Georg Philipp Telemann (1681-1767), e as pinturas de Antoine Watteau (1684-1721). Felipe Amorim também é professor na Universidade do Estado de Minas Gerais, doutor em flauta pela Universidade Federal da Bahia e passou pelos grupos O Grivo, Flutuar Orquestra de Flautas e Oficina Música Viva.

Já no dia 20 de junho, às 18h, também na Sala das Sessões do Museu Mineiro, a música fica por conta do Grupo de Choro, que é, ao mesmo tempo, um projeto de extensão permanente da Escola de Música da UEMG e uma disciplina optativa oferecida aos três cursos de graduação da instituição: Bacharelado com habilitação em Instrumento, Canto ou Regência Coral, Licenciatura com habilitação em Educação Musical Escolar e Licenciatura com habilitação em Instrumento ou Canto. Os trabalhos da prática musical em conjunto, da improvisação e das especificidades interpretativas do choro e da música popular brasileira são o foco central das atividades do Grupo de Choro.

Festival Internacional de Corais (FIC 2024)

Além dos concertos, o Museu Mineiro recebe., no dia 17 de junho, a partir das 19h, parte da programação da 23ª edição do Festival Internacional de Corais (FIC 2024), com a apresentação do Coral Black to Black, do Coral Imprensa ABT e do Coral Ensaio Aberto. Eles se apresentam na Sala das Sessões do Museu. O FIC é uma jornada através dos Belos Horizontes de Minas, exaltando todas as facetas deste estado querido, sua cultura vibrante, sua história profunda e a paixão que arde em cada um de seus filhos. O tema é relacionado à edição passada “Minas”, que celebrou a essência dessa terra tão rica.

Museu Mineiro

Inaugurado em 1982, o Museu Mineiro reúne em seu acervo um conjunto bastante diversificado de objetos referentes à história e à produção cultural e artística mineiras. Nas salas de exposição são exibidas obras de artistas consagrados, tais como: Manoel da Costa Ataíde, Yara Tupynambá, Amílcar de Castro, Jeanne Milde, Inimá de Paula, Lótus Lobo, Celso Renato, Sara Ávila, Guignard, Maria Helena Andrés, Di Cavalcanti etc.

Atualmente, o Museu exibe a exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer uma vasta coleção de arte sacra, datada dos séculos XVIII e XIX, além de preciosidades do acervo, como a bandeira da Inconfidência Mineira, os manuscritos originais da obra “Tutaméia” de Guimarães Rosa, o retrato de Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, e a coleção de santos de devoção popular.

Serviço:

Mês da Música no Museu Mineiro, com o projeto “Concertos no Museu”
Grupo Pandora: nesta quinta-feira (6), às 18h
Felipe Amorim: na próxima quinta (13), às 18h
Grupo de Choro: 20 de junho, às 18h
Entrada gratuita

23ª edição do Festival Internacional de Corais
Dia 17 de junho, a partir das 19h, com apresentação dos corais Black to Black, Imprensa ABT e Ensaio Aberto
Entrada gratuita

Museu Mineiro
Av. João Pinheiro, 342 – Circuito Liberdade, BH
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A fim de reforçar o Carnaval como política pública de estado, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), anunciou, nesta quarta-feira (14/8), no Palácio da Liberdade, iniciativas para o Carnaval da Liberdade 2025.

Entre as principais novidades está o lançamento de um edital inédito para o pré-Carnaval, no valor de R$ 4 milhões, destinado a ações de formação, como cursos e oficinas para qualificar ainda mais a folia mineira. O projeto é realizado em parceria com a Cemig, Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

“Estamos fazendo um investimento inédito para o Carnaval de Belo Horizonte e de Minas Gerais. Pela primeira vez, teremos recursos destinados especialmente para a preparação do evento. Isso dá previsibilidade, segurança e eleva o nível de profissionalização do Carnaval como um todo. Significa que os blocos e as atrações carnavalescas vão poder investir em cursos, oficinas, atividades culturais e ensaios”, destacou a secretária adjunta de Estado de Comunicação Social, Bárbara Botega.

“Desta maneira, nosso Carnaval segue crescendo em beleza e atrativos para o público e os profissionais envolvidos em toda essa indústria que funciona muito além dos cinco dias do evento, são melhor reconhecidos e valorizados”, avalia.

Nesse sentido, os projetos contemplados deverão obedecer a critérios específicos, ainda a serem divulgados, incluindo ações que prevejam o acesso ao maior número de pessoas. “A Cemig investirá R$ 4 milhões por meio da lei estadual de incentivo à cultura para fomentar negócios ligados ao Carnaval, e é importante que sejam ações que cheguem ao público a preços populares ou gratuitos, sendo ligadas tanto ao Carnaval quanto à mineiridade”, explicou o gerente de Marketing Digital, Lucas Souto.

O edital, já disponível no site da empresa pública, vai destinar o total de R$ 4 milhões a projetos a serem realizados nas cidades mineiras, como ensaios abertos, formações e oficinas, no período anterior à folia do próximo ano. As inscrições começarão na próxima segunda-feira (19/8) e seguem até as 23h59 do dia 10/10/2024.

“A Cemig investirá R$ 4 milhões por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Leic) para fomentar negócios ligados ao Carnaval, e é importante que sejam ações que cheguem ao público a preços populares ou gratuitos, sendo ligadas tanto ao Carnaval quanto à mineiridade”, explicou o gerente de Marketing Digital, Lucas Souto.

Já entre os dias 16 e 17/8, mais ações de promoção do Carnaval da Liberdade 2025 estão previstas para acontecer na segunda edição da Travel Next Minas, sediada no Expominas, na capital.

Representantes de blocos, ligas e escolas de samba de Minas Gerais, por exemplo, participarão do evento, que reúne operadores e agentes de viagens de todo o país e do exterior.

Essa iniciativa contribui para aumentar oportunidades de negócios e ampliar a visibilidade da cultura, da arte, do trabalho e da criatividade que tem tornado a folia mineira uma das maiores do país.

“A Travel Next Minas é uma feira internacional e nós teremos ações em diferentes espaços no evento, como o estande de Minas Gerais, o Auditório Mineiridade, o Palco da Liberdade e a feira Meu Negócio É Carnaval”, disse a subsecretária de Turismo, Patrícia Moreira.

“Nós vamos promover o Carnaval da Liberdade, mas também o Carnaval da Tranquilidade e o Carnaval nas Cidades Históricas. Essa é uma forma de fomentar a cultura, o turismo e os negócios aqui no nosso estado, o que contribui para trazer mais turistas para Minas Gerais”, ressaltou.

Em 2023, por exemplo, os 300 expositores que estiveram na Travel Next Minas projetaram uma movimentação de cerca de R$ 40 milhões.

A feira de turismo também reuniu mais de 3 mil pessoas, incluindo caravanas organizadas de 17 estados brasileiros. A expectativa para este ano é ainda maior com a participação de até 5 mil pessoas e 600 marcas envolvidas.

No ano passado, cerca de 63% dos visitantes da Travel Next Minas relataram comercializar produtos turísticos mineiros, o que ressalta a importância das rodadas de negócios e do fortalecimento do Carnaval mineiro enquanto produto turístico.

Programação

Nesses dois dias, haverá atividades organizadas pela Secult em parceria com as Instâncias de Governança Regionais (IGRs) e com o Sebrae em diferentes espaços: o estande de Minas Gerais, o Auditório Mineiridade, o Palco da Liberdade e a Feira Meu Negócio É Carnaval.

Essa última estará montada logo na entrada do pavilhão de exposições para apresentar a magia e a diversidade dos blocos e escolas de samba mineiros aos visitantes.

No estande de Minas Gerais, haverá também destaque para a cozinha mineira e para as rotas turísticas, que convidam as pessoas a experimentarem o contato com a natureza, a história e a cultura mineira, por diversas vias, incluindo o cicloturismo.

Os queijos, a cachaça mineira, os vinhos e os cafés serão apresentados junto com os sabores do tradicional pão de queijo e do rocambole de Lagoa Dourada, reconhecida como a capital nacional do rocambole em 2023.

Palco da Liberdade

Os chefs Sinval Espirito Santo, Marlon Sérgio, Marcelo Haddad, Valdelicia Coimbra e Mariana Corrêa realizarão no Palco da Liberdade uma série de apresentações com degustação, ressaltando a tradição e a contemporaneidade da cozinha mineira.

Enquanto Sinval Espirito Santo apresentará o “MilhoNário”, que se baseia numa farofa de milho salteado na manteiga de garrafa, com farinha de milho torrado e linguiça “atropelada” no melado, Marlon Sérgio servirá uma costeleta defumada glaceada com molho teriyaki de jabuticaba, sobre polenta de milho verde, servida com chips de mandioca, farofa crocante de bacon, panco, ora-pro-nobis e queijo coalho.

Já Marcelo Haddad vai preparar uma carne de lata servida com angu cremoso e vinagrete de mamão verde e Valdelicia Coimbra mostrará o prato “Baião de Minas”, com arroz, feijão fradinho, costelinha assada, queijo canastra, farofa de milho tostado e couve. Por fim, Mariana Corrêa levará ao público sua broa cremosa de fubá com queijo minas.

Capacitações e rodadas de negócios

No Auditório Mineiridade, haverá quatro ações. No dia 16/8, a partir das 14h50, está prevista a apresentação da Rota Caminhos Franciscanos e, em seguida, da Cordilheira do Espinhaço, um grande destino do turismo de natureza no Brasil.

Já em 17/8, no mesmo horário, os destaques são para as Grutas e o Mar de Minas. Na sequência, a Rota do Queijo Terroir Vertentes, que abrange produtores no entorno de Tiradentes e São João del-Rei, será detalhada aos participantes.

O Sebrae também oferecerá durante o evento uma série de capacitações e uma rodada de negócios dentro da feira Meu Negócio É Carnaval.

O objetivo é fortalecer uma maior profissionalização dos diversos agentes envolvidos na folia mineira, o que impulsiona a geração de emprego e renda.

“O objetivo é fazer com que com que os blocos e escolas de samba possam buscar novos negócios, não só o Carnaval em si, mas durante o ano todo. Dessa forma, eles conseguem obter uma sustentabilidade e uma gestão eficiente dos seus trabalhos”, pontuou o presidente da CDL-BH e do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

Na mesma data, a partir das 14h, Leopoldo Nóbrega, representante do bloco Galo da Madrugada, um dos mais tradicionais de Recife, realizará uma palestra. E, a partir das 17h, a pesquisadora e escritora Martha Gabriel promoverá um bate-papo a partir do tema “Pessoas criativas, empresas inovadoras”.

Foto: Leo Bicalho

Festival Internacional Cultura Turismo Ouro Preto Secult DivulgaçãoSão esperados quatro mil visitantes nos três dias do Festival Internacional de Turismo e Cultura de Ouro Preto, que terá programação diversa e gratuita (Foto Secult/Divulgação)

A cultura e os destinos turísticos de Minas Gerais serão destaques do 4º Festival Internacional de Turismo e Cultura de Ouro Preto (Festur 2024), que acontece desta quarta (5/6), com abertura às 14h, a sexta-feira (7/6), no Centro de Artes e Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). O estande do Governo de Minas, organizado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), dará visibilidade especial aos patrimônios mundiais do estado reconhecidos pela Unesco: as cidades de Ouro Preto, Tiradentes, Diamantina e o conjunto arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte.

Em Minas Gerais encontra-se mais de 60% do patrimônio histórico do país, o que ressalta a sua importância enquanto destino turístico cultural e artístico. Guardião de legados e saberes que atravessaram séculos, além de ter uma cozinha eleita a melhor do país e uma natureza exuberante, o estado atrai visitantes do mundo todo, o que o mantém na liderança do crescimento do turismo, superando em 15 vezes a média nacional em fevereiro de 2024, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O objetivo da ação, que integra os programas Mais Turistas e Minas para o Mundo: Mundo para Minas, é fortalecer ainda mais o turismo mineiro, colocando o estado como a primeira escolha dos turistas em nível nacional e internacional, além de popularizar Minas no mercado global. No estande do Governo do Estado, experiências, produtos e atrativos mineiros estarão em evidência para os 4 mil visitantes esperados nos três dias de evento, que tem entrada e atividades gratuitas.

Quem apresentará os destinos aos visitantes são profissionais das próprias localidades. Participarão da promoção turística representantes das Instâncias de Governança Regional (IGR) Pico da Bandeira, Circuito das Malhas, Trilha dos Inconfidentes, Circuito das Grutas, Mar de Minas, Campo das Vertentes e Circuito das Águas, além de parceiros do trade da Cordilheira do Espinhaço, Ouro Azul, Espinhaço Operadora, Ajuru, Minas Ecoturismo, Natventure, MHB Hotelaria, San Diego Hotelaria e Estrada Real.

O 4º Festival Internacional de Turismo e Cultura de Ouro Preto (Festur 2024) é realizado pelo Ouro Preto e Circuito do Ouro Convention & Visitors Bureau (CVB), produzido pela C:M Business Hub e conta com apoio do Governo de Minas Gerais, por meio da Secult-MG, entre outras instituições.

Sabores, Tradições e Negócios

O Festur contará com 51 estandes. Estarão presentes empresas do trade, circuitos turísticos e artesãos de 11 cidades: Barão de Cocais, Brumadinho, Catas Altas, Capitólio, Conceição do Mato Dentro, Congonhas, Diamantina, Mariana, Juiz de Fora, Turmalina e Ouro Preto. O tema de 2024 é “Sabores, Tradições e Negócios”. Cada um desses pilares dá nome a um espaço dedicado, respectivamente, à cozinha mineira, à cultura e ao empreendedorismo, promovendo uma programação que reflete a riqueza e a diversidade de Minas Gerais.

O “Espaço Sabores” terá várias cozinhas show, como as “delícias de amêndoas” e “caldo de vó Odete e banoffe à mineira”, entre outras opções. No “Espaço Tradições” serão ministradas oficinas de turbante e crochê, além de palestras como “Transformando pausas em oportunidades”. No “Espaço Negócios” acontecerão encontros com receptivos, trocas de experiências sobre gestão e diversas palestras, entre as quais “Sustentabilidade no turismo” e “Royalties do minério, fundos municipais e o poder transformador do crédito para micro e pequenas empresas”. Haverá, ainda, apresentações culturais e palestras no Espaço Gourmet, no foyer e no Teatro Ouro Preto.

O evento no Centro de Artes e Convenções da Ufop acontecerá das 14h às 22h. A entrada é gratuita, assim como a participação nas atividades, mas é necessário retirar ingressos na plataforma Sympla. A exceção é em relação ao Fórum de Guias de Turismo, Profissionais de Cultura e Turismo de Minas Gerais, promovido pela Associação de Guias de Turismo do Brasil Seção Minas Gerais (Agturb), em comemoração aos seus 44 anos.

Conexão com os Estados Unidos

O Festur 2024 também celebra a conexão com os Estados Unidos. O intercâmbio se dará por meio de duas atrações: a primeira é o concerto do pianista americano Evan Magaro, que se apresentará às 19h30 desta quarta-feira, no Teatro Ouro Preto, ocasião da solenidade de abertura do festival. Na quinta (6/6), às 19h, será a vez da palestra master “Encantar para fidelizar: excelência em atendimento e experiência do cliente”, baseada no livro “O jeito Disney de encantar os clientes e outros empreendedores visionários”. Quem comandará a aula é a dupla composta por Hélio Cabral e Marcelo Fazzio, CEO e COO da Lux Academy Education, empresa de treinamento e desenvolvimento com ações nos Estados Unidos e no Brasil.

Importância do Festur

O Festur acontece em Ouro Preto, uma das cidades de maior potencial turístico de Minas Gerais, tendo em seu entorno atrativos como a Serra da Piedade, o Santuário do Caraça, o Sítio Arqueológico da Pedra Pintada, o Inhotim e a própria capital mineira. A localização privilegiada favorece a crescente relevância do festival, que já soma, nas edições anteriores, 127 cidades participantes, 14 países, 185 expositores, 11 regiões turísticas e mais de 9,5 mil visitantes. Por meio da promoção do empreendedorismo e da geração de oportunidades de emprego e renda, o evento contribui para o desenvolvimento econômico de toda a região. Além disso, a valorização da história e da cultura mineira eleva o sentimento de pertencimento e a autoestima das comunidades locais.

Serviço

Data: 5 a 7/6/2024 (quarta a sexta-feira)

Horário: 14h às 22h (Espaço Gourmet e Intervenções Culturais até meia-noite)

Local: Centro de Artes e Convenções da Ufop - Rua Diogo de Vasconcelos, número 328 – bairro Pilar, Ouro Preto (MG)

Inscrições: Gratuitas, via Sympla

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais publicou, nesta terça-feira (13), o edital Minas Literária (Edital FEC 03/2024), que irá destinar, via Fundo Estadual de Cultura (FEC), um total de R$ 2 milhões para trabalhadores e agentes culturais de todo o estado. As inscrições serão abertas às 0h da próxima segunda-feira (18/08) e podem ser feitas até dia 1º/09, às 23h59, na Plataforma Digital Fomento e Incentivo à Cultura. Confira o edital completo aqui.

Ao todo, serão 30 repasses para duas categorias que abrangem a pesquisa histórica, sociológica e/ou antropológica sobre aspectos culturais de Minas Gerais e a criação, editoração e lançamento de obras inéditas, em formato físico, de gêneros diversos, como conto, literatura infantil, poesia, crônica e histórias em quadrinhos.

Quem pode participar?

✅Pessoas físicas ou coletivos/grupos sem CNPJ, representados por pessoa física
✅Residentes ou com atividades no estado de Minas Gerais há pelo menos 1 ano
✅Maiores de 18 anos
✅Pessoas que realizem as atividades listadas no edital há pelo menos 1 ano

Lançamento Minas Junina 2024 Foto Leo Bicalho Secult 4Lançado nesta quarta-feira (29), programa turístico Minas Junina celebra a cultura das festas juninas em Minas Gerais e impulsiona a economia da criatividade em cerca de 300 municípios

Em mais uma ação que ressalta Minas Gerais como um dos principais destinos do país, líder em movimentação turística e palco de tradicionais eventos juninos, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, lançou, nesta quarta-feira (29), a segunda edição do Minas Junina. Entre 1º junho e 31 de julho, o programa terá cerca de 450 ações em 300 municípios, números que apontam um crescimento de 20% em relação ao ano passado, e será responsável por gerar uma movimentação turística de aproximadamente três milhões de pessoas, 20% a mais que em 2023, quando 2,6 milhões de turistas viajaram pelo estado nesse período, segundo dados do Observatório do Turismo.

O Minas Junina 2024, cujo lançamento no Prédio Verde do Iepha, na Praça da Liberdade, contou com a apresentação do grupo de quadrilha Sangê Minas, terá “Comida de Frio” como tema, uma maneira de promover e valorizar a cozinha mineira típica das festas juninas, como os derivados de milho e mandioca, reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial do estado de Minas Gerais em julho de 2023, e o quentão, feito com cachaça, outro Patrimônio Cultural do estado. O evento é realizado em parceria com a Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo, Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (Fecitur) e Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais.

Com música, dança, pratos típicos, folclore e decoração, as festas juninas têm longa tradição e fazem parte da cultura de Minas Gerais. Em muitos municípios, esses eventos se misturam às manifestações de fé, como procissões, festas do Santíssimo Sacramento e hasteamento de bandeiras em mastros próximos a igrejas, já que o período é dedicado aos Santos Antônio, João e Pedro.

No portal Minas Gerais, um portfólio de festividades juninas, executado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), reúne eventos e manifestações culturais em todo o estado, integrando o turismo e a cultura. Municípios que incluírem suas programações irão somar pontos para receber repasses do ICMS Patrimônio Cultural. O objetivo é mapear os municípios com tradição juninas, fomentando a elaboração de rotas turísticas com essa temática. Os dados inseridos também serão utilizados pelo Iepha-MG visando o planejamento, execução e gestão de políticas públicas.

Festas em BH e no interior

Miraí, na Zona da Mata, promoverá seu 1º Circuito Junino, com a participação de diversas escolas municipais. Festas e quadrilhas em várias instituições de ensino também estão na programação do Festival Junino de Novo Cruzeiro, no Alto Jequitinhonha. Reacendendo a Fogueira – Festival de Quadrilhas, em Salinas, no Norte de Minas, o 34° Arraiá do Zé Bagunça, em Bueno Brandão, no Sul do estado, e o JuliFest 2024, em Itabirito, na região Central, vão fomentar a economia da criatividade e celebrar a cultura junina de Minas Gerais. Cidades como Itaúna, Serra da Saudade, Bom Despacho, Peçanha, Estiva, Itanhandu, Simão Pereira, Guaxupé e Resplendor também já cadastraram seus eventos.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, diz que o Minas Junina representa a consolidação do estado “como um destino (para a temporada) de frio, um destino de manifestação da cultura popular que, em terras mineiras, tem caracteristicas muito próprias nessa junção da fogueira, dos povos indígenas, da cultura negra e também dessa cozinha estritamente híbrida”.

Em Belo Horizonte, a festa será realizada no Palácio da Liberdade. Entre os dias 28 e 30 de junho, o histórico edifício e seus jardins, iluminados e decorados especialmente para o evento, sediará a segunda edição do Arraiá da Liberdade, que terá uma extensa programação cultural, artística e gratuita com muita música, comidas típicas, brincadeiras juninas, Cozinha Viva, espaços instagramáveis, quadrilhas e espetáculos infantis.

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG) estará presente no Arraiá da Liberdade com uma feira de produtos agroecológicos, para a promoção do desenvolvimento rural sustentável centrado na agricultura familiar. Inclusivo, o evento também terá participação de instituições de atenção a pessoas com deficiência. O Arraiá da Liberdade 2024 é uma realização do Governo de Minas, por meio da Secult e da Fundação Clóvis Salgado, com patrocínio da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

“Estamos no caminho certo de promover Minas Gerais como foco no desenvolvimento da economia da criatividade, gerando cada vez mais postos de trabalho e, consequentemente, mais renda e mais qualidade de vida. Só no período das festas juninas, esperamos um crescimento de 20% em relação aos números do ano passado. Estamos ainda mais preparados para alcançar esse crescimento”, destaca a Secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Josiane de Souza.

ICMS Patrimônio Cultural

O ICMS Patrimônio Cultural é um programa de incentivo do Iepha-MG à preservação do patrimônio cultural do Estado. Ele funciona por meio de repasse dos recursos aos municípios que preservam seu patrimônio e suas referências culturais, através de políticas públicas relevantes. Há vários critérios de análise para pontuação e um deles é a adesão dos municípios às políticas estaduais, como o Minas Junina, em que são avaliados o cadastro e as ações implementadas pelas cidades dentro das ações de mobilização de incentivo à cultura e ao turismo no Estado.

O ICMS Patrimônio Cultural estimula as ações de salvaguarda dos bens protegidos pelos municípios por meio do fortalecimento dos setores responsáveis pelo patrimônio das cidades e de seus respectivos conselhos em uma ação conjunta com as comunidades locais. Nas Rodadas Regionais virtuais e presenciais, com grande participação de gestores municipais e agentes culturais dos municípios,o Iepha-MG oferece orientações sobre as políticas de preservação. São feitas divulgações em todos os canais de comunicação institucional, desde mailing até site e redes sociais.

Curso Intridução Turismo 2024Inscrições ficam abertas até próxima quarta (14/8), através da plataforma EaD Minas Cultura e Turismo

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e da Diretoria de Capacitação e Qualificação da Subsecretaria de Turismo, acaba de abrir mil vagas no curso online e gratuito de Introdução ao Turismo. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas até a próxima quarta-feira (14/8), por meio da plataforma EaD Minas Cultura e Turismo. O curso é destinado a profissionais do setor turístico, estudantes, empreendedores, gestores públicos e demais interessados em aprofundar seus conhecimentos na área. Seu objetivo é oferecer conhecimentos fundamentais no âmbito do turismo, proporcionando uma compreensão ampla dos princípios, segmentos e impactos dessa atividade.

As aulas terão início já na próxima quarta-feira (14/8). Com uma carga horária total de 25 horas – distribuídas em quatro módulos, um a cada semana –, o treinamento oferece certificado de conclusão aos participantes.

Compromisso com qualificação profissional

Esta é a segunda vez no ano que a Secult oferece o curso, demonstrando o comprometimento do Governo de Minas com a qualificação profissional e o desenvolvimento do setor turístico no estado. No início de 2024, a formação bateu recorde de inscrições e teve aprovação de 99% dos participantes, que afirmaram recomendar as aulas.

Neste segundo semestre, uma das novidades é o VLibras em toda a plataforma Moodle. A ferramenta permite a tradução automática de texto e áudio para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), tornando a navegação acessível e democratizando ainda mais o acesso à capacitação. Dessa forma, a Secult-MG intensifica o esforço em proporcionar oportunidades de aprendizado a gestores e gestoras, contribuindo para o fortalecimento do turismo local.

A formação faz parte do programa estadual de qualificação "Minas Forma, Minas Transforma", que busca aprimorar o turismo a curto e médio prazo. O projeto é desenvolvido em alinhamento com as especificidades e padrões culturais locais, demandas do mercado de trabalho mineiro e novas tendências e paradigmas do setor.

Serviço
Período de inscrições: De 7/8 a 14/8
Link de inscrições: www.ead.secult.mg.gov.br
Início das aulas: 14/8
Modalidade: Online
Valor: gratuito

Cine Pojichá em Ataléia Foto Instituto In Cena DivulgaçãoEdição do projeto Cine Pojichá, viabilizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, em Ataléia (Foto Instituto In-Cena/Divulgação)

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), implementou diversas medidas para descentralizar, democratizar e ampliar o acesso dos trabalhadores e trabalhadoras da cultura à Lei Paulo Gustavo. O resultado é que das 5.403 propostas inscritas no estado, 3.416, número que corresponde a 63% do total, foram de proponentes residentes no interior. A relação de projetos aprovados também reflete a desconcentração dos recursos: 74% dos contemplados – ou 1.548 de um total de 2.099 selecionados – são de fora de Belo Horizonte.

Segundo dados divulgados na quarta-feira (22/5), 91% dos projetos já haviam recebido o pagamento, colocando Minas Gerais nas primeiras posições de um ranking dos estados com melhores índices de repasses já realizados. Com o início da execução dos projetos, todas as regiões do estado terão cultura de qualidade e em diversas linguagens, além de geração de emprego e renda.

Diálogo

Os números refletem as ações colocadas em prática ao longo da execução da LPG no estado. A lei, num esforço do Governo de Minas em diálogo com gestores municipais, conselhos de cultura e trabalhadores do setor, teve adesão de 99% das cidades mineiras e irá injetar R$ 182,3 milhões no setor em todo o estado. A participação elevada se deve também às políticas da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. Além das ações de descentralização, a Lei Paulo Gustavo no estado garantiu repasses a municípios de baixo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), além de contemplar todas as regiões intermediárias em Minas, o que é bastante positivo dada a complexidade do estado quanto às características regionais. Entre alguns contemplados, estão fazedores de cultura de Presidente Kubitschek, Caraí, Morro do Pilar, Araponga, Santa Helena de Minas.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, o processo da Lei Paulo Gustavo no estado e suas dificuldades revelaram a necessidade de rever instrumentos administrativos da Secult. “No momento, estamos preparando a equipe para a Política Nacional Aldir Blanc e já temos aprovada a contratação temporária de efetivo para uma maior qualidade nas entregas, que, agora, serão mais eficientes com a regulamentação da Lei Descentra Cultura", explica.

Leônidas acrescenta que, por outro lado, a descentralização dos recursos já ocorrida na LPG e 99% de adesão dos municípios mineiros é um marco histórico. "Os recursos da LPG em Minas, já repassados a mais de 90% dos projetos aprovados, trarão grande evolução para o setor cultural e a economia da criatividade, meta do Conselho Estadual de Política Cultural (Consec)”, afirma.

Alcance ampliado a diferentes públicos

Promulgada em 8/7/2022 e regulamentada pelo Governo Federal em 11/5/2023, a Lei Paulo Gustavo previa, obrigatoriamente, 20% de cotas para pessoas negras e 10% para pessoas indígenas. Em Minas Gerais, esse percentual foi ampliado para outros grupos sociais. Em dez editais, pessoas LGBTQIAPN+, idosos, pessoa com deficiência (PcD) e mulheres tiveram 5% de cota, cada. Ou seja, todos os editais tiveram, pelo menos, 50% de cotas garantidas. Segundo a subsecretária de Cultura de Minas Gerais, Nathalia Larsen, a adoção dos critérios de regionalização e interiorização, além da extensão da garantia de repasse aos quatro grupos citados, terá um efeito muito benéfico na cadeia produtiva da cultura em toda Minas Gerais, especialmente nos municípios menos desenvolvidos e com menor população.

“A garantia do acesso às mais diversas formas de expressões artísticas e culturais, e a ampla distribuição do recurso por todas as regiões de Minas, alcançando municípios remotos e de pequeno porte, inserem maior número de pessoas na cadeia produtiva, impulsionam a economia da criatividade e garantem uma Minas Gerais mais diversa e inclusiva”, afirma Larsen.

LPG movimenta cultura no interior

Em Santos Dumont, na Zona da Mata, Aline Barbosa diz que está ligada à área cultural “desde que me entendo por gente”. Psicóloga, ela também tem formação como agente de turismo rural e, após ser contemplada na Lei Aldir Blanc, em 2021, fazer cursos de escrita de projeto, integrar fóruns de cultura e se envolver mais em pesquisas e estudos sobre gestão cultural, aprovou dois projetos na Lei Paulo Gustavo. “Camponesa”, que irá ressaltar, por meio de um catálogo fotográfico e uma exposição, o protagonismo das mulheres em Conceição do Formoso, distrito de Santos Dumont, ligadas ao trabalho de crochê, bordado, artesanato e gastronomia; e um projeto de circulação da trupe circense Cia. 14 Risos, que se apresentará em Conceição do Formoso, Mantiqueira e no quilombo São Sebastião da Boa Vista.

“A LPG traz recursos para as cidades do interior e, assim, conseguimos remunerar os profissionais. Antes, estava quase tudo concentrado em BH, a gente tinha que trabalhar no interior por amor. A LPG provoca um movimento, é um alento muito grande e, pessoalmente, traz efeitos muito positivos para mim. Me sinto uma artista que faz a diferença para a cultura mineira”, ressalta Aline Barbosa. 

O cineasta Florisvaldo Cambuí Jr., de Teófilo Ottoni, teve seu projeto viabilizado pela Lei Paulo Gustavo, mais uma edição do “Cine Pojichá”, festival de cinema itinerante que passou por seis cidades dos vales do Mucuri e do Jequitinhonha – Teófilo Otoni, Padre Paraíso, Nanuque, Ataléia, Crisólita e Novo Cruzeiro – e voltará aos mesmos locais em uma segunda etapa nos próximos meses. Florisvaldo diz que é “imprescindível ter políticas de cotas e recursos descentralizados”. “É importante que os recursos públicos sejam direcionados também para o interior, assim como é fundamental haver facilitação de acesso e menos burocracia”, acrescenta o cineasta.

Carnaval 2024 Dirceu Aurélio Imprensa MGLíderes de ligas, blocos e escolas de samba acompanham a Secult-MG no evento, que começa nesta quinta-feira (8), no Rio de Janeiro, e também terá ações de difusão da Cozinha Mineira e apresentação de rotas turísticas (Foto Dirceu Aurélio/Imprensa MG)

O Carnaval de Minas Gerais é sinônimo de emprego, renda e promoção do estado para o mundo e injetou, em 2024, R$ 4,7 bilhões na economia, gerou 100 mil postos de trabalho e foi responsável por um fluxo de 12 milhões de foliões. Nos próximos dias, o Carnaval da Liberdade será destaque da participação do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), no 8º Salão Nacional do Turismo, que começa nesta quinta-feira (8), no Rio de Janeiro, e até domingo (11) deve receber 120 mil visitantes, entre empresários, gestores públicos, instituições de ensino superior do turismo e da hotelaria e profissionais do setor.

Para reforçar o Carnaval como política pública do Governo do Estado, a folia mineira, uma das mais populares do país, terá protagonismo no espaço Brasil em Festa. A ação, denominada “Caravana do Carnaval da Liberdade”, contará com a participação de representantes de blocos de rua, blocos caricatos e ligas de escolas de samba de todo o estado. Será um importante momento de aprendizagem, intercâmbio com outros estados e promoção da folia de Minas. No sábado (10), às 15h30, Bloco da Esquina, expoente do Carnaval de Belo Horizonte, fará um cortejo no Salão Nacional do Turismo cheio de referências ao Clube da Esquina, transformando canções de Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes e outros nomes da cultura mineira em marchinhas carnavalescas.

O planejamento para o Carnaval da Liberdade 2025 já começou e o destaque que a festa terá no Salão Nacional do Turismo vai ao encontro das iniciativas do Governo de Minas, que dialoga permanentemente com agentes culturais e integrantes de blocos e escolas de samba. Palco aberto no Palácio das Artes para ensaios de blocos, programas de capacitação em parceria com o Sebrae, participação na Expo Carnaval, em Salvador, e um edital de incentivo aos grupos na fase de pré-produção são algumas ações previstas para os próximos meses.

“O sucesso do Carnaval em Minas se deve a diversos fatores, entre os quais posso citar a segurança, a diversidade, a estrutura, o nosso modo de receber os turistas e a riqueza da nossa cultura e dos atrativos turísticos, além do apoio do Governo de Minas, que pensa o Carnaval como política de Estado que fomenta a economia da criatividade e gera desenvolvimento socioeconômico”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Apresentação de rotas turísticas

As rotas turísticas estruturadas pelo Governo de Minas serão destaque no Salão Nacional do Turismo. A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, em parceria com o Sebrae, vai apresentar ao mercado brasileiro quatro rotas já lançadas no âmbito do “Projeto Estratégico de Diversificação da Oferta Turística de Minas Gerais”: Rotas Cafés do Sul de Minas, Rota das Artes, Rota Café do Cerrado Mineiro e Rota de Cicloturismo Bahia-Minas.

Minas no Salão Nacional do Turismo 2024 Foto Secult MG Divulgação 2A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, em parceria com o Sebrae Minas, fará a promoção de rotas turísticas no Salão Nacional do Turismo (Foto Secult-MG/Divuglação)

Haverá degustação de produtos regionais como cafés, queijos, quitandas, cachaça, requeijão moreno e biscoitos regionais, além de experiências imersivas com bicicletas e óculos de realidade virtual, que levarão às belezas do Norte de Minas, e com o artista plástico Renan Florindo, em que os participantes assumem os pincéis e podem colorir peças das obras produzidas por ele. “Nosso objetivo é fortalecer a imagem de Minas Gerais como destino turístico diversificado e de experiências únicas, fomentando o desenvolvimento econômico dos territórios e a geração de emprego e renda para a população”, afirma o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

Cozinha Mineira

Os sabores, saberes e aromas da Cozinha Mineira também marcarão presença no espaço de Minas Gerais no Salão Nacional do Turismo, em mais uma parceria da Secult-MG com o Sebrae. Um trio de chefs mineiros será responsável por apresentar aos participantes a afetividade das nossas quitandas, a inovação da cozinha mineira e dinamismo das bebidas produzidas no estado, em mais uma ação que faz parte do programa “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea”, lançado em março.

As quitandas ficam sob comando da chef Carol Mesquita, especializada em confeitaria afetiva, com formação na Le Cordon Bleu (SP). O Chef Gabriel Trillo, conhecido por unir culinária e poesia, assume a preparação dos pratos salgados, reforçando as bases da Cozinha Mineira e o uso de ingredientes cultivados pelos pequenos produtores locais. O mixologista Leo Gomes, sommelier de cachaça e embaixador do Coletivo de Cachaças Mineiras, ficará responsável pela apresentação de drinks autorais mineiros.

Divulgação Curso Infográficos

 

Oportunidade única para profissionais do setor turístico, empreendedores, gestores públicos e demais interessados, o curso Aprenda a Elaborar Infográficos para Dados Turísticos Usando Ferramentas Gratuitas está com inscrições abertas até o dia 4 de junho na plataforma de Ensino a Distância Minas Cultura e Turismo. A iniciativa é do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), com coordenação da Diretoria de Capacitação e Qualificação.

Serão oferecidas 1.000 vagas, na modalidade online, completamente gratuito. A ação faz parte do programa estadual de qualificação do turismo, Minas Forma, Minas Transforma, que busca aprimorar o setor a curto e médio prazo, alinhado com as demandas do mercado de trabalho mineiro, especificidades, padrões culturais locais, novas tendências e paradigmas.

O objetivo é compartilhar técnicas e práticas para transformar informações turísticas em visualizações atrativas e de fácil compreensão. As aulas serão distribuídas em quatro módulos ao longo de quatro semanas, totalizando uma carga horária de 20 horas. Haverá certificado para quem concluir o curso.

A iniciativa ressalta o comprometimento do Governo de Minas com a qualificação profissional e o desenvolvimento do setor turístico em Minas Gerais. A oferta de um curso online, gratuito e certificado reflete o esforço da Secult em proporcionar oportunidades de aprendizado acessíveis aos gestores e gestoras, contribuindo para o fortalecimento do turismo local.

Para mais informações acesse o site: www.ead.secult.mg.gov.br

Bolinho 15 anos Museu Mineiro Foto Jameny SarmientoInfláveis gigantes, oficinas, brincadeiras, live painting com a participação de artistas, DJs e bazar fazem parte da programação, que vai das 11h às 21h deste sábado (10), no Museu Mineiro

O Museu Mineiro abre as portas, neste sábado (10), para receber a grande comemoração dos 15 anos do Bolinho mais querido e reconhecido da arte urbana de Belo Horizonte, a partir das 11h. O evento é totalmente gratuito e contará com uma programação variada que inclui o famoso Bazar do Bolinho, em que fãs poderão adquirir produtos exclusivos, recreação para as crianças, com oficinas e brincadeiras, live painting com a participação de diversos artistas, DJs e, é claro, a exposição de infláveis gigantes do Bolinho, transformando o Museu Mineiro em uma verdadeira festa de cores e formas.

Desde 2009, o Bolinho vem colorindo as ruas e alegrando o dia a dia dos belo-horizontinos. Criado pela mente criativa da artista Raquel Bolinho, o personagem rapidamente se tornou uma marca registrada da cidade, representando inventividade, humor e arte urbana. O evento não é apenas uma comemoração dos 15 anos do Bolinho, mas também uma homenagem à arte urbana e sua importância cultural em Belo Horizonte.

História do Bolinho

O Bolinho nasceu em 2009, fruto da criatividade de Maria Raquel Bolinho, uma grafiteira itabirana que se encontrou artisticamente logo que se mudou para Belo Horizonte. Inspirada por sua paixão por doces e por uma nova descoberta pela arte urbana, Raquel decidiu criar um personagem que se destacasse no cenário dos grafites da cidade. Com um toque de humor e atualidade, o Bolinho rapidamente se tornou uma figura reconhecida, trazendo cores vivas e mensagens bem humoradas para muros e viadutos de BH.

A ideia surgiu enquanto Raquel, então estudante de letras na UFMG, observava atentamente os grafites da cidade, procurando uma forma de expressar sua própria arte. Apaixonada por doces, ela incorporou sua paixão ao criar o Bolinho, sempre caracterizado por uma mordida, simbolizando a efemeridade da arte de rua, e a ideia de que é impossível resistir ao Bolinho. Desde sua criação, o Bolinho se multiplicou por Belo Horizonte e outras cidades do Brasil, como Rio de Janeiro e São Paulo. A figura do cupcake, muitas vezes associada a referências culturais e eventos atuais, tornou-se uma espécie de charge em forma de grafite, contando a história da cidade e dos acontecimentos atuais, ou até mesmo fazendo críticas com um toque de humor.

Além de adoçar o ambiente urbano, o Bolinho também foi usado em diversas exposições e projetos culturais, conectando-se com outras formas de arte e artistas de diferentes linguagens. A popularidade do personagem cresceu tanto que até mesmo proprietários de todos os tipos de imóveis (casas, lojas, fábricas, escolas…) passaram a solicitar e pagar pelas suas intervenções artísticas.

Hoje, o Bolinho não é apenas um personagem: é uma forma de carinho. Um símbolo de que a arte, tal como a sobremesa, deve ser compartilhada e apreciada por todos. Ele continua a inspirar novas gerações, celebrando a cultura de rua e a arte do grafite, conectando pessoas, compartilhando histórias, lembrando-nos da beleza nas coisas simples e do poder da arte como uma forma de união e expressão.

Museu Mineiro

Inaugurado em 1982, o Museu Mineiro reúne em seu acervo um conjunto bastante diversificado de objetos referentes à história e à produção cultural e artística mineiras. Nas salas de exposição são exibidas obras de artistas consagrados, tais como: Manoel da Costa Ataíde, Yara Tupynambá, Amílcar de Castro, Jeanne Milde, Inimá de Paula, Lótus Lobo, Celso Renato, Sara Ávila, Guignard, Maria Helena Andrés, Di Cavalcanti etc.

Atualmente, o Museu exibe a exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer uma vasta coleção de arte sacra, datada dos séculos XVIII e XIX, além de preciosidades do acervo, como a bandeira da Inconfidência Mineira, os manuscritos originais da obra “Tutaméia” de Guimarães Rosa, o retrato de Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, e a coleção de santos de devoção popular.

Serviço

Aniversário de 15 anos do Bolinho no Museu Mineiro
Quando: Neste sábado (10), das 11h às 21h
Local: Museu Mineiro (Avenida João Pinheiro, 342 – Centro)
Entrada gratuita

Programação

11h às 21h | Feira de produtos, bar com venda de bebidas e empanadas, exposição dos Bolinhos infláveis, distribuição de adesivos e DJs
11h às 13h | Picolé (distribuição gratuita)
11h às 17h | Espaço Kids para desenho
13h às 17h | Recreação – Atividades com crianças, pequenas oficinas e pintura de rosto
13h às 21h | Live painting: 13h às 15h; 15h às 18h e 18h às 21h

João Paulo Martins iepha Foto arquivo pessoalO historiador, arquiteto e urbanista João Paulo Martins é o novo presidente do Iepha-MG (Foto: Arquivo pessoal)

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais informa que o historiador, arquiteto e urbanista João Paulo Martins assume a presidência do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha–MG). Ele é servidor público do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e sua última atuação foi como Coordenador Técnico da Superintendência em Minas Gerais. Pelo Iphan, Martins também foi Chefe do Escritório Técnico do instituto em Mariana (MG).

João Paulo Martins é graduado em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), e mestre em História e Culturas Políticas pela UFMG. Em sua trajetória profissional, o arquiteto e urbanista atuou nas áreas de patrimônio imaterial, política cultural, pesquisa e gestão de patrimônio cultural, política urbana e legislação urbana e regional.

A arquiteta Marília Palhares Machado, que ocupava a presidência do Iepha-MG, irá assumir a Diretoria de Regionalização e Descentralização da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo para atuar no desenvolvimento do ICMS Turismo nas diversas regiões de Minas Gerais.

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A Cemig e o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), divulgaram, nesta terça-feira (6/8), dois editais que têm o objetivo de selecionar projetos culturais, a serem realizados em Belo Horizonte e nas cidades do interior do estado, que trabalham a temática natalina. As iniciativas inscritas e aprovadas nos chamamentos públicos farão parte da programação do Natal da Mineiridade Cemig 2024. Ao todo, serão destinados R$ 10 milhões, o dobro do ofertado no edital do ano passado. As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas, a partir das 14 horas desta terça-feira (6/8), no site da Cemig.

Durante a agenda de lançamento dos editais, a diretora de Comunicação e Sustentabilidade da Cemig, Cristiana Kumaira, falou sobre a importância desses incentivos para o fortalecimento do setor de cultura em Minas, além do impacto positivo na ampliação e democratização do acesso às práticas artísticas no estado.

“Reforçando seu compromisso com a cultura e o desenvolvimento sustentável, a Cemig ampliou em 100% o apoio ao Natal em Minas, atendendo os projetos voltados para o Circuito Liberdade, na capital, mas com grande e especial atenção ao interior de Minas. Percebemos, nos últimos anos, o quão significativo é para esses municípios esse apoio, esse incentivo. O quanto isso impacta nas cidades, movimentando o turismo e o comércio locais, o que coloca Minas como um destino importante nesta época de Natal”, ressaltou.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, afirmou que o Natal deste ano será um importante momento para o encontro de todos na celebração da mineiridade. “Serão disponibilizados recursos para projetos na Praça da Liberdade, no Palácio da Liberdade, para as cidades da Região Metropolitana e o interior de Minas. Todas as regiões poderão apresentar projetos, para que os recursos sejam distribuídos por toda Minas Gerais e não fiquem concentrados somente em Belo Horizonte e cidades do entorno. Esse investimento em dobro vai permitir uma maior participação, atendendo mais municípios mineiros”, destacou.

Rotas turísticas

Além de ressaltar a iluminação do Palácio da Liberdade que será contemplado pela primeira vez no edital para a iluminação Praça da Liberdade e entorno, o secretário destacou outra novidade: a criação das rotas do Natal da Mineiridade Cemig. “Nesta época do ano, há um fluxo muito grande de turistas, que vão ao interior de Minas Gerais e circulam nas cidades decoradas com iluminação. São turistas que vêm de outros estados e até internacionais, visto que nós somos hoje o estado que mais cresce no turismo nacionalmente. Então, nós vamos fazer as rotas do Natal da Mineiridade Cemig. Ou seja, as pessoas poderão, por meio de um catálogo, saber quais praças, quais pontos, quais lugares elas poderão visitar. Seja em Belo Horizonte, porque não será apenas a Praça da Liberdade, seja a região metropolitana de Belo Horizonte e cidades do interior, criando um circuito da Mineiridade no Natal”, acrescentou Oliveira. A decoração de Natal da Praça e Palácio da Liberdade terá a colaboração de curadores.

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Dois editais

No primeiro edital (Chamamento Público 001/2024), serão destinados R$ 4 milhões para o projeto de curadoria que ficará responsável pela programação e ocupação da Praça da Liberdade, do Palácio da Liberdade e arredores, tanto no Natal quanto no Ano Novo. Será selecionada a iniciativa que apresentar a melhor proposta de atrações para serem realizadas no período de 02/12/2024 a 06/01/2025 nesses espaços.

Os interessados podem inscrever a proposta até às 23h59 do dia 18/08. É importante que os proponentes desse edital apresentem projetos que contemplem a decoração para o Palácio da Liberdade e para a Praça da Liberdade com temas natalinos tradicionais; iluminação predial e da praça; presença do Papai Noel para foto e recebimento das famílias; apresentações artísticas e musicais, entre outras atrações previstas no documento. Depois do período de inscrição dessas propostas, a Cemig fará, até o dia 27/08, reuniões on-line com os pré-selecionados para análise das iniciativas. O resultado será divulgado em 29/08.

Já para o segundo edital (Chamamento Público 002/2024), estão previstos R$ 6 milhões para projetos a serem executados em Belo Horizonte e em cidades das diferentes regiões mineiras. Do valor total do segundo edital, R$ 2,5 milhões serão para as atrações realizadas na capital mineira (área central e regiões periféricas) e nas cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Os outros R$ 3,5 milhões serão disponibilizados para as ações promovidas no interior do estado.

As atrações a serem patrocinadas deverão ser relacionadas com temática natalina, incluindo decoração e ações culturais, tais como apresentações musicais, teatrais, dança, artes visuais e/ou outras manifestações. Para este edital, serão dois períodos de inscrição: o primeiro prazo tem início nesta terça-feira (6/8) e termina às 23h59 do dia 25/08. O 2º período começa em 30/09 e termina às 23h59 do dia 8/10.

Critérios

Podem ser incentivados, por meio desses editais de Chamamento Público voltados para o Natal da Mineiridade, pessoa física e/ou jurídica, com ou sem fins lucrativos, cujos projetos com foco nas comemorações natalinas sejam aprovados na Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais (Leic).

Para seleção e aprovação das propostas, serão utilizados critérios como: cumprimento dos requisitos; apresentação do custo; adequação e aderência em relação ao tema Natal da Mineiridade; exequibilidade da proposta; relação com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU); criatividade e inovação; realização de parcerias e articulação da rede; e acessibilidade e inclusão.

Obra da exposição Marias da artista plástica Ana Fátima Carvalho foto Sylvia Varturi“Marias”, exposição da artista plástica Ana Fátima Carvalho, será inaugurada nesta quinta-feira (23) e reúne xilogravuras iniciadas na pandemia, em 2020 (Foto Sylvia Varturi/Divulgação)

A Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP Liberdade), em parceria com o Centro de Arte Popular (CAP), no Circuito Liberdade, inaugura, nesta quinta-feira (23), a exposição “Marias”, da artista plástica Ana Fátima Carvalho. A mostra fica em cartaz até dia 26 de junho, com entrada gratuita. A força, resiliência e a presença da mulher estarão representadas por meio de xilogravuras da artista, que é professora do Núcleo de Arte e Ofícios da FAOP. Ana Fátima, mais conhecida como Fatinha Carvalho, lembra que a série de trabalhos teve início durante a pandemia da Covid-19, em 2020. “Dei esse nome (“Marias”) porque acho que durante aquele período, todas nós, mulheres, tivemos nosso mundo revirado, tendo a família presa em casa – marido, filhos, netos... –, além do teletrabalho, e muito nos foi exigido. Tivemos que dar conta de tudo isso”, afirma.

A inspiração veio também da emblemática canção de Milton Nascimento: “Maria, Maria”. “Por toda essa garra que tivemos. Somos todas Marias, tal como Milton escreveu e cantou”, reforça a artista. A própria família também é fonte para o seu trabalho. Fatinha tem outras 8 irmãs e um irmão. Ela é a caçula. “Elas são a minha base, o meu refúgio e a minha força”. A exposição é composta por 12 xilogravuras, de 60 cm de diâmetro, além de outras 10, de 32 cm de diâmetro. Também serão apresentadas as matrizes que deram origem às impressões sobre papel e tecido. A série, contudo, está longe de terminar. “É um trabalho que ainda não foi concluído. Outras “Marias” ainda devem ‘nascer’, avisa”.

Assinam a curadoria desta exposição, conjuntamente, a própria artista e Rachel Falcão, também artista plástica, além de professora e coordenadora do Núcleo de Arte & Ofícios da FAOP, doutora em artes visuais pela Escola de Belas Artes (UFMG).

A artista

Ana Fátima Carvalho é artista plástica com formação na área de desenho, pintura e gravura pela Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP). Atua nas áreas de arte e cultura como professora de artes plásticas, arte/educadora, curadora de exposições e feiras, e produtora cultural na organização de eventos. Desenvolve seu trabalho artístico na área de gravura, com foco em xilogravura.

Já realizou mais de 15 exposições individuais e participou de várias exposições coletivas, tendo sido premiada no Salão de Gravura do SESI Rio de Janeiro, no Concurso Natal Nota Dez da FAOP e no Concurso de Tapetes Devocionais da Associação Comercial de Ouro Preto. Desde 2009, atua como professora e monitora em oficinas de eventos culturais. No período de 2013 a 2017, integrou a equipe do CASP-AD, onde desenvolveu um

trabalho de arte, cultura, artesanato e reciclagem nas oficinas terapêuticas. Compõe o corpo docente da Escola de Arte da FAOP, onde leciona desde 2009. Participou da Residência Artística promovida pelo Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto (IA Ouro Preto) – Edição 2022. Desde 2023 vem ministrando oficina de estandartes afetivos e estamparia artesanal no distrito ouro-pretano de Antônio Pereira.

Faz parte da equipe de coordenação do Projeto Sextas Abertas da FAOP desde a primeira edição, em 2016, oferecendo oficinas e coordenando a Feira de Arte e Artesanato. Este ano recebeu Moção de Aplausos na Câmara Municipal de Ouro Preto, por sua trajetória artística.

Sobre a xilogravura

A xilogravura é uma técnica artística milenar que utiliza madeira como matriz para criar imagens que podem ser reproduzidas. Através de ferramentas afiadas – goivas e formões –, a(o) artista entalha o desenho na madeira, deixando em relevo as partes que receberão a tinta. Essa tinta, aplicada com rolo de borracha rígida, transfere a imagem para o papel (ou outro suporte), resultando em estampas únicas de grande expressividade, marcadas por linhas e texturas características, sendo muito utilizadas em ilustrações, livros e cartazes.

Serviço

Exposição “Marias”, de Ana Fátima Carvalho

Abertura: Nesta quinta-feira (23)

Período de visitação: 24 de maio a 26 de junho de 2024

Onde: Centro de Arte Popular | CAP (Rua Gonçalves Dias, 1608 – Lourdes – Belo Horizonte)

Horário: terça a sexta, das 12h às 18h30; sábado e domingo, das 11h às 17h

Curadoria: Rachel Falcão e Ana Fátima Carvalho

Congados e Reinados ReconhecidosMais de 1.500 congadeiros de todas as regiões do estado celebraram, no último sábado (03/08), o reconhecimento dos Congados e Reinados como Patrimônio Cultural de Minas Gerais (Foto Renata Garbocci/Secult-MG)

O Governo de Minas celebra um marco histórico para as culturas de congados e reinados do estado, já que, a partir deste sábado (3/8), a expressão cultural passou a ser reconhecida como Patrimônio Cultural de Minas Gerais. O vice-governador de Minas, Professor Mateus, e o secretário de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), Leônidas de Oliveira, acompanharam o resultado da iniciativa, realizada a partir de pesquisa e dossiê organizados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).

O resultado é fruto de trabalho coletivo, apresentado e reconhecido por votação em reunião do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep). O Conselho fez a deliberação do tema fundamental para a salvaguarda, preservação e promoção dessas tradições populares, acompanhada pela comunidade de congadeiros, com os cantos, tambores e indumentárias únicas.

Após a votação, o vice-governador e o secretário de Cultura e Turismo entregaram o certificado à Rainha Belinha, Rainha Conga do Estado Maior de Minas Gerais e da Guarda de Moçambique. Eles acompanharam os congadeiros em cortejo pela Praça da Liberdade até o Palácio da Liberdade, onde ergueram a bandeira de Nossa Senhora do Rosário.
"A presença dos congados na Alameda da Liberdade representa um pouco daquilo que queremos que seja o normal e o cotidiano, do respeito à nossa cultura ancestral religiosa em Minas Gerais”, comemorou Professor Mateus. Em consonância com o vice-governador, o secretário Leônidas de Oliveira destacou que "este Palácio que leva o nome de Liberdade hoje está mais livre com o reconhecimento dessa tradição, que se confunde com a formação histórica e cultural de Minas Gerais, com relatos que datam de mais de 300 anos atrás".

Este trabalho da Secult-MG de resgate do senso de cultura, enquanto produção popular, foi elogiado pelo vice-governador de Minas. “Essa é a produção que representa a nossa sociedade. Não é uma crítica à cultura erudita, mas não é essa cultura erudita europeia que representa quem é o nosso povo mineiro”. Durante a cerimônia, também foi exibida a bandeira de ferro fundido de Ouro Preto, que possui mais de 200 anos. Produzida com técnicas africanas, a bandeira foi encontrada na Capela de Nossa Senhora das Necessidades, em 2020.

Histórico

Desde 2021, o Iepha-MG trabalha na catalogação e pesquisa dessas expressões culturais para a produção do dossiê, e recebeu mais de 900 cadastros de guardas ou ternos de reinados e congados de Minas Gerais. O dossiê produzido ressalta a importância histórica, social e cultural dos congados e reinados e define ações de salvaguarda para proteger essas tradições, garantindo que essa cultura se mantenha viva e valorizada em Minas Gerais. Esses passam a ser o décimo bem cultural imaterial reconhecido pelo Estado. “Compete a cada um de nós preservar, dentro de nossas famílias, as tradições que nos foram ensinadas por aqueles que palmilharam a terra antes de nós. Quando esquecemos de onde viemos, é fácil não saber mais para onde estamos indo”, frisou Professor Mateus, ao lembrar o trabalho de transmissão de legado dos congadeiros.

"Nossos congadeiros preservam a noção e a memória de suas origens, e carregam em suas famílias a orientação de para onde eles vão. Que Minas Gerais continue sendo o berço da inovação a partir da tradição, e que as congadas continuem sendo parte central de Minas, onde religiosidade, cultura, turismo e tradição forjam os mineiros mais fortes do que nosso ferro e mais valorosos do que nosso ouro", disse o vice-governador de Minas. “Todos vocês, mestres e mestras das congadas, mantêm acesa essa chama da fé na terra de Minas Gerais. A história e a eternidade que o patrimônio histórico tem, e uma declaração dessas, é para que essa tradição se perpetue”, concluiu Leônidas de Oliveira.

Festival

A celebração pelo reconhecimento das expressões como Patrimônio Cultural do estado integra o Primeiro Festival Cozinha das Afromineiridades, realizado até este sábado, no Palácio da Liberdade, com dezenas de atrações, em programação gratuita. O evento reúne os cerca de 1,5 mil representantes de mais de 30 ternos de congados e reinados de todas as regiões de Minas Gerais. A iniciativa é do Governo de Minas, por meio da Secult-MG e do Iepha-MG, com patrocínio da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

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Um grande banco de dados com informações sobre as bibliotecas públicas e comunitárias do estado, os museus, equipamentos e espaços culturais, além de profissionais e empresas da cultura. Assim pode ser definida a Plataforma Minas Criativa, lançada pelo Governo de Minas e que está disponível para acesso no site da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo.

O objetivo é realizar um amplo cadastro, organizar e compartilhar informações e indicadores estratégicos, que permitam análises detalhadas, as quais contribuem para o planejamento de políticas públicas. No caso dos profissionais, por exemplo, será levado em conta o segmento em que atua, a função, etnia, faixa etária e gênero, dentre outros aspectos. O mapeamento e monitoramento de espaços e equipamentos culturais também será georreferenciado, ou seja, permitindo a sua localização precisa nos municípios do estado.

Outro ponto acrescentado pelo Diretor do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, Lucas Amorim, é o fato de a Plataforma Minas Criativa trazer uma otimização do trabalho desenvolvido pelas diretorias da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade.

“Por meio do nosso Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas e Comunitárias, o maior do país, inclusive, realizamos um cadastramento periódico de cerca de 800 instituições e esse processo era todo feito no papel. As bibliotecas mandavam os documentos e, em seguida, nós fazíamos essa atualização. Agora o processo será muito mais prático, rápido e autônomo, as bibliotecas poderão fazer esse cadastro por meio da plataforma e manter os dados sempre atualizados e georreferenciados”, explica Amorim.

A vantagem da construção desse banco de dados é a possibilidade de integração ao Sistema Nacional de Cultura, gerenciado pelo Ministério da Cultura. Isso facilitará a construção de diagnósticos relacionados aos setores culturais, o que é essencial para a elaboração de ações mais direcionadas e efetivas.

“A partir disso, nós podemos pensar, por exemplo, em editais específicos para as bibliotecas a partir dos diagnósticos, que levem em conta as principais necessidades e desafios enfrentados pelos equipamentos”, acrescenta Amorim.

Módulos

A Plataforma Minas Criativa foi lançada com dois primeiros módulos: um é o das Bibliotecas Públicas e Comunitárias, que permitirá o cadastro desses equipamentos, sendo essa uma ação prevista dentro do programa Minas Literária, lançado em 2023. Esse cadastro será também uma ferramenta de gestão de informações eficiente, que contribua para a melhoria da administração das bibliotecas públicas e comunitárias do estado.

Por meio da Plataforma Minas Criativa será possível centralizar e padronizar os dados cadastrais dessas bibliotecas, facilitando o acesso, a atualização e a manutenção dessas informações, bem como promover a cooperação entre as instituições envolvidas e os diferentes níveis de governo.

Para as bibliotecas públicas e comunitárias haverá maior visibilidade e alcance, tornando-as mais acessíveis para os frequentadores e para os órgãos públicos. Isso pode contribuir para atrair um maior número de visitantes e leitores, fortalecendo o papel das bibliotecas como centros culturais e educacionais em suas comunidades. ​Um passo a passo explicativo sobre o cadastro das bibliotecas públicas e comunitárias está disponível online. Clique aqui para acessá-lo.

O outro módulo é o Banco de Profissionais da Economia Criativa. Esta será uma oportunidade para artistas ou técnicos integrarem o cadastro oficial do Sistema de Informações e Indicadores Culturais, que faz parte do Sistema Estadual de Cultura de Minas Gerais, e terem maior visibilidade para possíveis contratantes dos seus serviços. O propósito é exercer o potencial de articulação do Estado, contribuindo com as cadeias produtivas da cultura e da arte para além dos mecanismos de fomento e financiamento.

“A plataforma vai abarcar dados de todos esses profissionais e vai compor o Sistema Estadual de Informação e Indicadores Culturais, que é tão necessário. É muito importante essa iniciativa, porque ela também permite uma comunicação entre as regiões, entre os diversos setores da cultura, tudo isso dentro da mesma plataforma”, completa a vice-presidente do Conselho Estadual de Política Cultural, Aryanne Ribeiro, que também é titular da cadeira de audiovisual e novas mídias.

A Plataforma Minas Criativa também atende à ação prevista no Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais, a qual prevê a criação de bancos de dados consistentes sobre os profissionais da cultura, com cerca de 900 funções ligadas aos setores criativos. A iniciativa consolida, portanto, um percurso de dez anos de preparação, tendo início em 2014.

“Esse trabalho faz parte do que está proposto no Plano Estadual de Cultura, o qual foi elaborado junto com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais e o Conselho Estadual de Política Cultural (Consec). Então, agora nós reforçamos o pedido para que todos os artistas, técnicos, agentes públicos de bibliotecas e museus façam os registros necessários, para que possamos construir um cadastro confiável e potente das nossas políticas públicas”, completa a subsecretária de Cultura, Nathália Larsen.

Foto: Lucas Henrique de Almeida

Palácio da Liberdade Créditos Poly Acerbi 66

As férias no Palácio da Liberdade bateram recorde de público. Neste mês de julho, o equipamento central do Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, recebeu 36.566 visitas, 43% a mais do que em 2023, quando registrou 25.569 visitantes. O sucesso é fruto de uma programação especialmente pensada para o período de recesso escolar, mas não apenas isso: os portões abertos do Palácio tornaram o equipamento uma extensão da Praça da Liberdade, convidando o público a entrar a qualquer hora. 

Além disso, ao longo do ano, o equipamento oferece exposições, ações culturais diversas e ainda conta com o educativo, que permite a escolas e outros grupos agendarem visitas guiadas. O resultado é que, janeiro até agora, o Palácio teve público de mais de 164.746 mil pessoas, um aumento de 26,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Representando mais um recorde de visitação, o número mostra como a população, cada vez mais, entende que o Palácio da Liberdade pertence ao povo mineiro.

“Temos percebido um maior interesse da população de BH e de turistas no Palácio da Liberdade. A gente percebe que eventos como o Férias no Palácio, exposições temporárias e atividades fixas da nossa programação têm surtido efeito. O Palácio está sendo acessado por todos”, comemora Júlia Kern Castro, produtora cultural e integrante do educativo do Palácio da Liberdade.

Para receber o público de férias, em boa parte formado por crianças, a equipe idealizou uma programação para valorizar o patrimônio de Belo Horizonte e de Minas Gerais. Um dos destaques foi a visita mediada, especialmente para as crianças, que ensinou a história do Palácio a partir de uma metodologia própria, trazendo a narrativa em uma linguagem simples e lúdica para os pequenos. A exposição “A valorização e o resgate de nossa cultura”, que celebra o trabalho de Yara Tupynambá em diálogo com as afromineiridades, é um dos destaques.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, a atual popularidade do Palácio da Liberdade é a coroação do trabalho de democratização do acesso à cultura: “Uma das coisas mais bonitas que temos em Minas Gerais é o Palácio da Liberdade, mas muito mais bonito é ver as pessoas nele. Ninguém precisa marcar hora para vir ao Palácio, tanto nos jardins quanto no interior. Mesmo a restauração está sendo feita com a visita das pessoas. Crianças, jovens, adultos, todo mundo nesta que é a Casa de Minas Gerais. Uma alegria imensa ver isso acontecendo”.Oficina PL Créditos Poly Acerbi 8

Ekos da Liberdade: visitação e restauro ao mesmo tempo
Desde o ano passado, o Palácio da Liberdade passa por um processo único de restauração, que pode ser acompanhado de perto pelos visitantes. A programação cultural, mesmo com as obras, continuou efervescente. Programas de educação patrimonial, visitas guiadas e outros eventos integram o projeto Ekos da Liberdade, que tem por objetivo a conservação do bem, tombado desde 1975, considerando a importância histórica, artística, arquitetônica e social para os mineiros.

Realizado pelo Instituto Biapó, o projeto está inserido no Programa Minas Para Sempre, uma iniciativa da Coordenadoria do Patrimônio Cultural e do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do Ministério Público de Minas Gerais em parceria com o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). O MPMG repassou, na primeira etapa, cerca de R$ 10 milhões para realização das obras de restauro e conservação, que são acompanhadas pela Secult-MG e pelo Iepha-MG. 

A arquiteta Ana Carolina de Almeida Rosário, de 24 anos, sabe a importância da iniciativa. Atualmente residente em Itaúna, a arquiteta aproveitou a visita de sua mãe, que mora em Ipatinga, para lhe apresentar o patrimônio cultural localizado no Circuito Liberdade. 

“Infelizmente, muitos patrimônios antigos já foram derrubados ou estão em um estado muito grande de degradação, e as próximas gerações não terão oportunidade de conhecer nossa história. Acho muito necessária essa reforma e ela está acontecendo de uma forma muito bacana, porque não atrapalha as pessoas continuarem visitando. Hoje, visitamos todos os cômodos do segundo andar, ouvimos uma palestra sobre a sala principal e fizemos também um passeio na área do jardim”, conta a arquiteta.

Exposição Yara Tupynambá Créditos Poly Acerbi 2

Fotos: Poly Acerbi

A Lei Descentra Cultura nº 24.462, sancionada em 26 setembro de 2023 pelo governador Romeu Zema, ampliou o acesso aos mecanismos do sistema estadual de financiamento cultural para os 853 municípios mineiros, promovendo a descentralização, regionalização e democratização dos recursos da cultura em todo o estado.

A nova legislação traz mudanças nos processos de incentivo fiscal por meio do ICMS, entre as quais pode-se citar a possibilidade de redução do repasse das empresas incentivadoras ao Fundo Estadual de Cultura (FEC), passando dos atuais 35% para 10%, no caso dos empreendedores culturais ou beneficiários serem do interior do estado ou quando os projetos culturais ou as manifestações culturais tradicionais atenderem aos critérios de democratização e municipalização estabelecidos pelo Consec.

Outra alteração importante resultante da Lei Descentra Cultura, é que empresas de maior porte que optarem por financiar projetos em municípios do interior do estado poderão destinar até 5% do valor devido do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), antes esse percentual estava limitado a 3%.

A iniciativa busca viabilizar um maior volume de patrocínios pelas empresas incentivadoras, facilitando a captação de recursos pelos agentes da cultura, sobretudo os empreendedores do interior do estado. A Lei Descentra Cultura nº 24.462/2023, que institui o Sistema Estadual de Cultura, o Sistema de Financiamento à Cultura e a Política Estadual Cultura Viva, e o Decreto nº 48.819, de 2024 que a regulamenta podem ser acessados aqui em Legislações e Resoluções.

Com a regulamentação por meio do Decreto Estadual nº 48.819, de 2024 publicado no sábado, dia 11/05/2024, as novas regras já estão vigentes.

Novas regras e aplicações

A nova lei traz algumas regras nas tramitações das Declarações de Incentivo. É importante ressaltar que todos os projetos aprovados na legislação anterior e que tenham Autorização de Captação válidas, seguem aprovados e com a possibilidade de captação. Isso vale tanto para os que ainda não captaram e buscam novos aportes.

Importante ressaltar que os projetos que captaram integralmente ou parcialmente não poderão solicitar cancelamento ou substituição da Declaração de Incentivo homologada antes da regulamentação da lei para usufruírem dos novos critérios.

As novas regras de captação, conforme art.68 da Lei nº 24.462/2023, funcionam da seguinte forma:

Projetos com captação parcial e que seguem regidos pela lei vigente à época:

Projetos aprovados que porventura tenham captado recursos  parcialmente antes do início da vigência do Decreto Estadual nº 48.819/2024 continuam regidos pela legislação vigente, ou seja, seguem os percentuais e condições estabelecidas na lei nº 22.944/2018.

O documento de Declaração de Incentivo, necessário para os empreendedores culturais que tiveram seus projetos culturais aprovados, permanece o antigo (Anexo - Declaração de Incentivo (DI) - Modelo Antigo) e pode ser acessado aqui em Formulários - Captação / Declaração de Incentivo

Projetos que não captaram e que NÃO se enquadram nos Critérios de Democratização e Municipalização (CDM)

Os projetos aprovados, mas que não captaram os recursos, passam a ser regidos pelas regras da Lei Descentra Cultura. O documento atualizado de Declaração de Incentivo (Anexo - Declaração de Incentivo (DI) - Lei Descentra - sem redução) necessário para os empreendedores culturais que tiveram seus projetos culturais aprovados após a sanção da Lei e que NÃO se enquadram nos Critérios de Democratização e Municipalização pode ser acessado aqui em Formulários - Captação / Declaração de Incentivo. 

Projetos sem captação e que se enquadram nos Critérios de Democratização e Municipalização:

Os projetos aprovados, mas que não captaram os recursos, passam a ser regidos pelas regras da Lei Descentra Cultura. O documento atualizado de Declaração de Incentivo (Anexo - Declaração de Incentivo (DI) - Lei Descentra - CDM), necessário para os empreendedores culturais que tiveram seus projetos culturais aprovados após a sanção da Lei e que enquadram nos Critérios de Democratização e Municipalização pode ser acessado aqui em Formulários - Captação / Declaração de Incentivo. 

Entenda a mudança

A Lei Estadual nº 22.944/2018, que previa o repasse de 35% ao Fundo estadual de Cultura, e fixava as contrapartidas das empresas incentivadoras aos percentuais de 1%, 3% e 5% para projetos da Categoria 1, e 5%, 15% e 25% para projetos de Categoria 2, foi revogada após a sanção da Lei Descentra Cultura nº 24.462/2023.

Com a regulamentação da Lei Descentra, esses percentuais podem chegar a 10%, quando os projetos culturais ou as manifestações culturais tradicionais atenderem aos critérios de democratização e municipalização estabelecidos pelo Consec a cada quatro anos.

Já a contrapartida para projetos de Categoria 1, não haverá o repasse de valores. Enquanto para projetos da Categoria 2, permanecem os 5%, 15% e 25%, podendo também ser dispensada quando os projetos atenderem aos critérios de democratização e municipalização estabelecidos pelo Consec a cada quatro anos.

Para 2024, nos termos do inciso VI, art. 6º, o plenário do Conselho Estadual de Política Cultural de Minas Gerais, em sua 32ª Reunião Extraordinária, deliberou, por maioria, pela aprovação dos seguintes dispositivos transitórios de critérios de municipalização e democratização de projetos e manifestações culturais tradicionais dos proponentes que atendam a um ou mais critérios:

  1. Culturas populares, povos e comunidades tradicionais ou urbanas e culturas itinerantes;
  2. Projetos de proponente domiciliado em municípios do interior do estado;
  3. Propostas de baixo valor, até R$ 60.000,00 (Sessenta mil reais); e, por fim;
  4. Proponentes iniciantes na Lei Estadual de Incentivo à Cultura, ou seja, que nunca captaram projetos via Incentivo Fiscal à Cultura.

Lei Estadual de Incentivo à Cultura forte em 2024 

Em 2024 a Lei Estadual de Incentivo à Cultura conta com o montante de R$ 159 milhões disponíveis para captação a título de incentivo fiscal para estímulo à realização de projetos artístico-culturais, deste montante cerca de R$ 47 milhões foram captados até o momento, sendo aproximadamente 32% de agentes culturais do interior, e com a regulamentação do Descentra estima-se uma ampliação destes percentuais para projetos do interior do estado, promovendo cada vez a descentralização desses recursos tão importantes para a cultura.

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A segunda edição do Arraiá da Liberdade encantou o público durante os dias 25, 26 e 27 com vasta programação gratuita no Palácio das Artes. As apresentações culturais, com danças, música, além de muita cozinha mineira, transformaram a maior casa de arte e cultura do estado num espaço de celebração das festas populares que acontecem entre junho e julho em Minas Gerais.

Promovido pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), apoio da Fundação Clóvis Salgado (FCS), com patrocínio da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), o Arraiá da Liberdade é uma iniciativa do programa Minas Junina. O evento também se somou às ações do Palco Aberto, um projeto do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart) que visa criar um ambiente para diálogo entre estudantes e artistas de diversas linguagens.

“O Arraiá da Liberdade chegou à sua segunda edição agora em um novo palácio, o Palácio das Artes, após sua estreia em 2023 no Palácio da Liberdade. O evento trouxe toda a alegria dessa época do ano aqui para os jardins internos do Palácio das Artes, destacando a cultura e a tradição que marcam essa, que é uma das principais tradições aqui de Minas Gerais. A programação inteira foi gratuita, recheada de cultura, entretenimento e muita diversão”, pontua o presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis.

As atrações musicais apresentaram um pouco da rica diversidade musical do estado, com o show do violeiro Wilson Dias e dos trios de forró, que contagiaram o público, como o Trio Lampião, conhecido por seu autêntico forró pé-de-serra, e o Trio Manacá da Serra. Além deles, subiram ao palco a banda Xote das Meninas, que celebrou a música feita por mulheres, e também a cantora Aline Calixto com um repertório diverso cantando “Clara Viva no Forró”.

A vocalista do trio Manacá da Serra, Barbara Barcellos, destaca o orgulho de participar de um evento que valoriza a cultura popular em um espaço necessário para cidade e de importância cultural muito relevante como o Palácio das Artes. “Um evento que foi feito de forma tão cuidadosa e carinhosa, estava tudo muito lindo, organizado e com entrada gratuita e universal”, disse. “Então, para nós do Manacá que carregamos no peito essa bandeira da cultura popular, o forró pé de serra, foi um prazer muito grande. A gente ficou muito feliz. Sem palavras. Foi maravilhoso”, completou.

Após as apresentações, DJs mantiveram a animação, garantindo que a festa continuasse até às 23h. Para a aposentada Sônia Maria de Oliveira, de 66 anos, eventos como esse valorizam toda a tradição e a mineiridade do nosso Estado. “Fiz questão de vir durante os três dias e adorei. Foram três dias de muito forró e, claro, bastante comida boa. Ano que vem, se Deus quiser, estarei aqui novamente”, reforçou.

Além dos shows, o público pôde apreciar uma feira gastronômica com comidas típicas, como caldos, canjica, milho cozido, pamonha, mingau de milho, maçã do amor, cachorro-quente, torresmo, feijão tropeiro, espetinhos e quentão, além de drinks e vinhos.

E como não poderia faltar, o Arraiá da Liberdade também trouxe a tradicional quadrilha. Os grupos Quadrilha Dú Tadeu, Sangê de Minas, Sertão Dourado, Du Sagrado, Alvorecer Junino e Pipoca Doce animaram a festa e fizeram as pessoas dançarem junto com eles.

“Como é bom ver esses quadrilheiros dançando e mostrando a verdadeira essência das festas juninas e julinas. Os jovens de hoje nem sabem o que é uma quadrilha tradicional e que conta muitas histórias. Foi muito lindo resgatar essas lembranças da minha infância”, afirmou a professora Dinorah Antunes dos Santos, de 52 anos. “O evento foi perfeito. Tudo muito organizado, muita gente bonita e animada. Eu amei”, completou.

Minas Junina

O Minas Junina foi lançado em 2023 a fim de valorizar, estruturar e promover as festas populares que acontecem entre os meses de junho e julho em Minas Gerais, o que estimula a atração de visitantes para o estado. Entre 1º junho e 31 de julho, o programa terá cerca de 450 ações em 300 municípios, números que apontam um crescimento de 20% em relação ao ano passado, e será responsável por gerar uma movimentação turística de aproximadamente três milhões de pessoas, 20% a mais que em 2023, quando 2,6 milhões de turistas viajaram pelo estado nesse período, segundo dados do Observatório do Turismo.

 Foto: Renata Garboci

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A abertura acontece no próximo dia 16 de maio, quinta-feira, e faz parte da programação da 22ª Semana Nacional de Museus

Nesta quinta-feira (16), o Centro de Arte Popular, localizado na R. Gonçalves Dias, 1608 - Lourdes, BH, integrante do Circuito Liberdade, recebe a exposição “Deitar a Benção”, que traz o ofício das benzedoras e benzedores para dentro do museu, a partir das 11h. E conta com uma programação variada e gratuita ao longo de toda a semana, como ateliê aberto com a artista Priscila Amoni, oficina com Wellington Dias e a exibição de documentário que traz 11 entrevistados (as). 

A abertura da mostra integra a 22ª Semana Nacional de Museus promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que acontece anualmente em comemoração ao Dia Internacional dos Museus (18 de maio). Durante essa edição Minas Gerais participa com mais de 139 instituições distribuídas em 69 municípios.

Conhecidas por sua sabedoria e habilidades curativas, as pessoas que mantêm e perpetuam os saberes do benzimento são chamadas de diversas formas: benzedeiras, curandeiras, rezadeiras, entre outras. Como guardiãs desse conhecimento e suas tradições, exercem um papel fundamental na sociedade, transmitindo através da oralidade práticas de cura e proteção.

 “O desejo da iniciativa que se concretiza na exposição e em uma programação cultural diversa é conhecer e comunicar com o público os saberes, memórias e práticas dessas pessoas. Através do encontro, da escuta e do registro audiovisual, a exposição compartilha com seus visitantes o processo de pesquisa, mapeamento e encontro com benzedores e benzedeiras de Belo Horizonte e da Região Metropolitana, buscando reforçar a importância cultural e social das práticas de benzeção, ancestral em diversas culturas”, diz o coletivo curatorial, formado pela 12ª turma de Museologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Na exposição os visitantes poderão conhecer um pouco dos benzedores a partir de fotografias e de suas histórias, além do trabalho de artistas que desenvolvem suas investigações com temas relacionados aos saberes e práticas do benzimento como: Ana Gabriela S B B Costa, Aline Gomes Ruas, Analice Coutinho, Angela Rosa, Alexandre Rosalino, Caio Ronin, Giovanni Santarelli, Lara de Paula, Leandro Beca, Letícia Coutinho, Lori Figueiró, Massuelen Crisitina, Priscilla Amoni, Willi Cesar e Welington Dias.

 

Projeto de Lei busca reconhecimento do ato de benzer como patrimônio imaterial

Grande parte dos benzedores encontrados são pessoas que aprenderam a benzer com os mais velhos e que detém inúmeras histórias e saberes relacionados ao restabelecimento da saúde. Possuem em seu ofício um forte vínculo com seu entorno e, por isso, são agentes importantes para a formação de identidade e de apoio à comunidade. Embora aos poucos sejam considerados como agentes de saúde, inclusive pelo SUS, e algumas iniciativas busquem reconhecê-los como patrimônio imaterial de Minas Gerais, observa-se que muitos vêm deixando de exercer esse ofício ou fazendo-o de maneira velada em virtude do preconceito. Nesse sentido, a exposição busca valorizar a trajetória dos benzedores e ampliar o debate sobre o reconhecimento dos saberes tradicionais, além de contribuir para o combate ao racismo e à intolerância religiosa presentes na sociedade.

 

Parceria com a UFMG traz pesquisas da Universidade para dentro do museu

“É importante destacar que as universidades se abriram nos últimos anos para outras epistemologias e reconhecem a multiplicidade das formas de conhecimento e a importância dos saberes tradicionais, sobretudo ancorados nas tradições africanas e indígenas”, ressalta a professora Verona Segantini.

Promovida pelos alunos da 12ª turma de Museologia da Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, sob a coordenação das professoras Verona Segantini (Escola de Belas Artes) e Bianca Ribeiro, arquiteta e mestre em Museologia e Patrimônio (UNIRIO), a exposição faz parte da programação da 22ª Semana de Museus - Museus, Educação e Pesquisa e poderá ser visitada até 16 de junho, com entrada franca para todos os públicos.

A exposição no Centro de Arte Popular é uma forma de fortalecer a vocação do museu, como ressalta a coordenadora Angelina Gonçalves: “O museu apresenta um amplo panorama de obras que privilegiam a riqueza e a diversidade das manifestações culturais populares de Minas Gerais, valorizando o trabalho de criadores que traduzem no barro, na madeira e em outros materiais o universo em que vivem. Nesse sentido, abrir o Museu para o diálogo com a universidade e trazer as benzedeiras para esse espaço é reconhecer a diversidade do nosso patrimônio”.

Centro de Arte Popular

O Centro de Arte Popular apresenta um amplo panorama de obras que privilegiam a riqueza e a diversidade das manifestações culturais populares, valorizando o trabalho de criadores que traduzem no barro, na madeira e em outros materiais o universo em que vivem. Sua edificação principal foi construída para uso residencial na década de 1920, tendo sido também a sede do antigo Hospital São Tarcísio.

No ano de 2012, a edificação foi adaptada para abrigar o CAP, onde o público pode conhecer obras de artistas de várias regiões de Minas Gerais, como o Vale do Jequitinhonha, Cachoeira do Brumado, Divinópolis, Prados, Ouro Preto, Sabará e outras, entrando em contato com elementos representativos da pluralidade da cultura mineira.

O edifício possui quatro salas de exposição permanente, uma sala para exposições temporárias, um auditório para 50 lugares, um espaço para oficinas de arte e ainda um pátio interno.

Programação do CAP:

Exposição “Deitar a Bênção”

Abertura: 16 de maio de 2024
Horário: 11h

Período de visitação: 16 de maio a 16 de junho de 2024

Local: Centro de Arte Popular – Espaço de Convivência

Rua Gonçalves Dias, 1.608 – Lourdes
Entrada franca.

Experiência de pintura mural da artista Priscila Amoni no Centro de Arte Popular.
Data: 15 de maio (quinta-feira)
Horário: de 12h às 17h
Entrada GRATUITA – sujeita a lotação do espaço
Local:  Centro de Arte Popular – Espaço de Convivência

Exibição do documentário com depoimento das benzedeiras
Data: 16 de maio de 2024
Horário: 11h
Local: Centro de Arte Popular – Sala Multiuso

Oficina de estandarte com Márcio Fonseca

Data: 18 de maio (sábado)

Horário: 14h - 17h

Local: Centro de Arte Popular – Sala Multiuso
Inscrições pelo Link

Apresentação de integrantes da Comunidade dos Arturos de Contagem e da Guarda de Moçambique de Santa Bárbara do Reino de Nossa Senhora do Rosário Vespasiano Foto Renata Garbocci MGApresentação de integrantes da Comunidade dos Arturos, de Contagem, e da Guarda de Moçambique de Santa Bárbara do Reino de Nossa Senhora do Rosário, de Vespasiano, nesta terça-feira (30), no Iepha (Foto Renata Garbocci/Secult-MG)

Em celebração às raízes afromineiras de nossa cultura alimentar, será promovido nesta sexta-feira (02/08) e também no sábado (03/08), em Belo Horizonte, o festival Cozinha das Afromineiridades: Congados e Reinados, realizado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), com patrocínio da Cemig e da Gasmig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura. As informações sobre o evento foram detalhadas nesta terça-feira (30/07).

A Secult e o Iepha também anunciaram dois editais, no valor total de aproximadamente R$ 4 milhões, voltados para as culturas tradicionais e populares de Minas Gerais, por meio do Descentra Cultura – Fundo Estadual de Cultura, um deles exclusivo para a participação das mulheres. Trata-se do Prêmio Rainha Conga, que destinará 65 prêmios de R$ 20 mil, totalizando R$ 1,3 milhões. O outro edital é o Prêmio Afromineiridades – neste caso, serão 65 prêmios de R$ 40 mil, totalizando R$ 2,6 milhões.

“O Prêmio Afromineiridaddes é voltado para todos os detentores do patrimônio imaterial, dos modos de fazer, de saber, ofícios e celebrações, e o edital Rainha Conga, voltado apenas para as detentoras da cultura e das artes do nosso estado. Estamos muito felizes com esse anúncio, estamos trazendo algo muito importante que é o reconhecimento tanto das mulheres quanto da expressão cultural”, comenta a subsecretária de Cultura de Minas Gerais, Nathalia Larsen.

A programação gratuita do festival Cozinha das Afromineiridades será sediada no Palácio da Liberdade, onde representantes dessas expressões de todas as regiões do estado participarão de diversas ações, como bate-papo, cortejo, cozinha viva, oficina e apresentações culturais. Na manhã do sábado (3), também será realizada a reunião do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep), quando será apresentado o dossiê sobre congados e reinados de Minas Gerais. Após a apresentação do documento, organizado pelo Iepha-MG, os membros do conselho, que estarão reunidos no Palácio da Liberdade, deliberarão sobre o reconhecimento dessas expressões como Patrimônio Cultural do estado.

Parte da reunião do Conep será transmitida pelo canal oficial do Iepha no YouTube (youtube.com/@TVIephaMG). Os ternos e guardas de congado e reinados vão acompanhar a transmissão no Palácio das Artes. Após a votação, cerca de 1.500 congadeiros de mais de 30 ternos de congados e reinados oriundos de todas as regiões do estado, cada um com seus cantos, tambores e indumentárias que expressam semelhanças e singularidades, seguirão em cortejo em direção ao Palácio da Liberdade, onde continuará a programação do Cozinha das Afromineiridades. Com a chegada do cortejo, será erguida a histórica bandeira de Nossa Senhora do Rosário, na frente do Palácio. Ao lado, será exibida também a bandeira de ferro fundido de Ouro Preto, que possui mais de 200 anos. Produzida com técnicas africanas, foi encontrada na Capela de Nossa Senhora das Necessidades em 2020.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, ressalta que preservar as culturas populares e tradicionais do estado de forma ampla, técnica e livre tem sido meta do Governo de Minas por meio do Iepha-MG. Segundo Oliveira, as Congadas e Reinados de Nossa Senhora do Rosário existem desde os primórdios da formação cultural de Minas Gerais e representam a raiz profunda da nossa existência enquanto estado. “Elemento de resistência, fé e arte, as festividades, originalmente nascidas a partir dos modos de vida dos povos negros mineiros, possuem ainda profundos valores de coesão social e pertencimento. Violas, violões, tambores, mastros, cantorias e rezas marcam a tradição e festejos nas nossas ruas e igrejas. A preservação das culturas afromineiras possuem ainda outra vertente: a afirmação da potência dos povos negros na nossa formação cultural e o combate a discriminação e ao racismo”, diz Leônidas de Oliveira.

O presidente do Iepha-MG, João Paulo Martins, destaca que os Congados e Reinados existentes em todo o território mineiro são um patrimônio que representa o estado no âmbito das manifestações populares: “O povo negro que chegou aqui construindo Minas Gerais nesses 300 anos não estava aqui só erguendo pedras, mas também dotando de cores, de movimento essa mineiridade que nós, hoje, podemos tanto celebrar e nos orgulhamos tanto”.

Programação

O Cozinha das Afromineiridades começa nesta sexta-feira (2), às 17h, com a Feira Afro, que vai ocupar o interior e os jardins do Palácio da Liberdade com barracas de alimentos produzidos por integrantes de congados e quilombos mineiros. A partir das 19h, haverá a roda de conversa “Vivência com a Rainha Conga de Minas Gerais”, tendo a Rainha Belinha como convidada. Presidente da Guarda Treze de Maio de Nossa Senhora do Rosário, ela falará do reconhecimento da cultura dos congados e reinados como patrimônio histórico.

No sábado (3), a feira acontecerá das 9h às 22h. Às 15h, será promovida a oficina “Toadas dos Congados” com a Capitã Pedrina de Lourdes. Por volta das 17h, haverá um show especial da banda Congadar, que funde os ritmos do congado ao rock em suas composições. Estão previstas também duas Cozinhas Vivas com o tema da Cozinha da Afromineiridade, a serem ministradas por representantes da Comunidade Quilombola dos Arturos, de Contagem, na região metropolitana de BH. Serão distribuídos 1.500 pratos para degustação de quem estiver no local e para os congadeiros participantes do evento. Às 18h, será realizado o ritual de descimento do Mastro.

Registro

Desde 2021, o Iepha vem trabalhando na catalogação e pesquisa sobre essas expressões culturais a fim de produzir o dossiê, que será apresentado na reunião do Conep, a ser realizada na manhã deste sábado (3). O documento ressalta a importância histórica, social e cultural dos congados e reinados para o estado, e define ações de salvaguarda para a proteção dessas tradições. “O Iepha recebeu mais 900 cadastros de guardas ou ternos de Reinados e Congados de todas regiões de Minas Gerais, mas o número de grupos é maior, visto que muitos cadastros foram realizados descrevendo mais de um grupo. O registro como Patrimônio Cultural vai garantir que essa cultura se mantenha viva por meio de ações, baseadas em demandas dos próprios detentores culturais e ancoradas em quatro eixos da salvaguarda: transmissão da tradição e valorização; gestão participativa e sustentabilidade; apoio e fomento; promoção e difusão”, explica o diretor de Proteção e Memória do Iepha, Adriano Maximiano da Silva.

Rainha Belinha, Rainha Conga de Minas Gerais e Rainha das Guardas de Moçambique e Congo 13 de Maio, no bairro Concórdia, em Belo Horizonte, fala da importância do reconhecimento de sua cultura: “Tudo isso nos faz muito felizes. Estamos colhendo os frutos que os nossos tatas plantaram. Minha vó foi raiz, minha mãe foi tronco e eu sou fruto, e fruto semeia. É um reconhecimento maravilhoso pelo que nossos tatas fizeram na construção de Belo Horizonte e de Minas Gerais”.

edital credenciamento acervo secultA cultura em Minas Gerais será beneficiada com recursos provenientes da Polícia Nacional Aldir Blanc (PNAB) (Foto Acervo Secult)

A partir desta quinta-feira (16), o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, promoverá reuniões abertas online com o setor cultural para dialogar e debater soluções e questões pertinentes à elaboração do Plano Anual de Aplicação dos Recursos (PAAR), da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB). Os encontros promovidos pela Secult acontecerão sempre às 19h, no canal da pasta no YouTube, e contemplarão diversas expressões artísticas e áreas da cultura. A PNAB destinará R$ 160 milhões aos 853 municípios mineiros e começará a ser executada ainda neste ano.

Outra novidade é que a Secult abriu, nesta terça-feira (14), consulta pública simplificada para recolher sugestões, opiniões e preocupações a fim de aperfeiçoar mecanismos, editais e critérios gerais para a aplicação da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB). Partes interessadas, cidadãos, fazedores e fazedoras da cultura podem preencher um formulário neste link. O objetivo é garantir a transparência, promover a participação democrática e ouvir as contribuições e demandas da comunidade.

A série de reuniões abertas online promovida pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais reflete o trabalho multidisciplinar e transversal que norteia as ações referentes aos mecanismos de fomento e conta com a participação da Fundação Clóvis Salgado (FCS), Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), Empresa Mineira de Comunicação (EMC), Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade (SBMEC) e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).

Podem inscrever projetos em Editais e receber recursos da PNAB trabalhadores e trabalhadoras da cultura, entidades, pessoas físicas e jurídicas que atuem na produção, na difusão, na promoção, na preservação e na aquisição de bens, produtos ou serviços artísticos e culturais, inclusive o patrimônio cultural material e imaterial.

Confira abaixo a programação das reuniões abertas online sobre a PNAB:

Quinta-feira (16/05 às 19h): Abertura da série de reuniões e reunião geral sobre o Plano Anual de Aplicação dos Recursos (PAAR)

Segunda-feira (20/05 às 19h): Cultura alimentar, gastronomia, artesanato e moda - Clique e acesse a reunião

Terça-feira (21/05 às 19h): Audiovisual, novas mídias, produção cultural e técnica - Clique e acesse a reunião

Quarta-feira (22/05 às 19h): Patrimônio imaterial, culturas populares e tradicionais, culturas indígenas e culturas afro–brasileiras - Clique e acesse a reunião

Quinta-feira (23/05 às 19h): Música, teatro, danças e circo - Clique e acesse a reunião

Sexta-feira (24/05 às 19h): Entidades sociais e culturais, museus, espaços de memória e acervos - Clique e acesse a reunião

Segunda-feira (27/05 às 19h): Design, artes visuais, literatura, livro, leitura e biblioteca - Clique e acesse a reunião

Terça-feira (28/05 às 19h): Pontos e pontões de cultura - Clique e acesse a reunião

Manual da marca Descentra Cultura

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), divulgou o manual de aplicação da marca Descentra Cultura, que deve ser inserida em todos os projetos que utilizem recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LEIC) e do Fundo Estadual de Cultura (FEC). O manual de aplicação está disponível aqui.

A logo, que inclui o número da legislação – Lei nº 24.462, de 26/09/2023 –, deve ser inserida juntamente com a descrição do projeto da LEIC ou protocolo da FEC, conforme o caso. 

A aplicação principal da marca Descentra Cultura é composta por nove cores. De preferência, ela deve ser colocada sobre fundo branco ou claro, que não apresente conflito com uma das tonalidades da paleta de cores. A aplicação segue os exemplos abaixo. 
Descentra Cultura 1As aplicações positiva e negativa da marca só podem ser realizadas quando não houver a possibilidade de usar a aplicação principal. Na positiva, é necessário inseri-la em fundos coloridos mais claros; a aplicação negativa, por sua vez, deve ser feita em fundos coloridos mais escuros, de maneira a garantir a melhor visualização da logo.

O selo pode, ainda, ser aplicado em uma das cores que compõem a aplicação principal. Em todos os casos, é indispensável seguir fielmente os códigos especificados no tópico “Paleta de Cores” do manual da marca Descentra Cultura.
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É preciso também respeitar as dimensões mínimas de veiculação (8x2 cm) em materiais gráficos. Essa regra pode ser flexibilizada no caso de utilização em outras mídias, como websites. Entretanto, é fundamental que a redução não atente contra a perfeita visualização de todos os elementos da marca Descentra Cultura.

Ainda como forma de garantir a legibilidade da logomarca, é preciso resguardar seu entorno livre de elementos gráficos. O espaço deve ser equivalente, no mínimo, à largura da letra “U” em “Cultura”.

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No que diz respeito à posição no grid, a marca Descentra Cultura, devidamente acompanhada do número do projeto da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LEIC) ou do protocolo do Fundo Estadual de Cultura (FEC), deverá ser a primeira, sendo aplicada sem nenhuma chancela.

Se houver outras chancelas (como “Patrocínio”, “Apoio”, “Parceiros”, “Realização”), elas deverão ser inseridas após o selo Descentra Cultura. A última marca deverá ser a do Governo de Minas Gerais. Veja os exemplos abaixo.
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Por fim, vale destacar que todos os elementos que constituem a logomarca devem ser respeitados. A aplicação não pode alterar as cores, distorcer, rotacionar ou desalinhar os componentes do selo Descentra Cultura.

A marca também não pode ser aplicada como marca d’agua ou sobre fundos que não apresentem contraste. O desacordo com alguma das normas do manual levará à reprovação da peça gráfica.
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Ações da nova fase tem como objetivo a conservação preventiva e curativa, além da reformatação do acervo da Presidência da Província

O Arquivo Público Mineiro, localizado na Avenida João Pinheiro, tem cerca de 65% da segunda fase do projeto “Arquivo Público Mineiro: Preservação do Patrimônio” concluída. O projeto é realizado através de convênio com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), assinado em março de 2023. O investimento no projeto é  de R$432.429,38 e tem previsão de execução de 18 meses.

Diferentemente da primeira etapa, que tinha como objetivo melhorias na segurança das edificações e monitoramento das áreas de guarda, a atual objetiva a conservação preventiva e curativa e a reformatação do acervo da Presidência da Província. Também está prevista a sinalização das áreas de guarda do fundo.

As ações listadas, assim como todo o projeto, foram elaboradas pela Associação Cultural do Arquivo Público Mineiro (ACAPM), responsável pelo cadastro na Plataforma Semente, onde a equipe do CeMais realizou a análise técnica e financeira, aprovando o projeto para captação de recursos.

Com a preservação dos documentos, estudantes e pesquisadores, além da sociedade em geral, serão os maiores beneficiados. Afinal, a instituição guarda um volume excepcional do patrimônio documental de Minas Gerais, do século XVIII ao XXI, e que pode ser acessado para fins de pesquisa científica, probatória ou cultural. Entre eles, documentos manuscritos, impressos, mapas, fotografias e filmes que registram mais de 300 anos de história com acervos certificados pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade.

Além da equipe do Arquivo Público Mineiro, para a execução desta nova fase, foi necessário a contratação de novos profissionais: quatro técnicos especializados com experiência e formação em história, arquivologia, conservação e restauração; um coordenador financeiro com formação em gestão de projetos e contabilidade; um coordenador contábil formado em contabilidade e um coordenador jurídico formado em direito.

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Dividido em duas etapas, durante a fase da reformatação para preservação e acesso a uma parte do acervo do Fundo Presidência da Província, foram realizados diagnósticos e pequenos reparos de itens com maior degradação; preparação de documentos e substituição das embalagens e etiquetas; microfilmagem, digitalização  dos microfilmes; organização, tratamento de imagens em JPEG e conversão para PDF; criação de planilha de dados para a migração das descrições para o sistema; melhoria da infraestrutura de armazenamento de imagens; e a disponibilização dos dados da planilha e de imagens em PDF na rede do Arquivo Público Mineiro.

Já a segunda e última etapa, a infraestrutura de segurança, contará com sinalizações das áreas monitoradas com a instalação de 32 placas; a elaboração de planilhas de dados com os registros da documentação trabalhada no projeto; e a guarda digital do acervo formatado, em um ambiente informatizado atualizado e seguro.

O Fundo Presidência da Província (1821-1889)

É um acervo de grande dimensão guardado no Arquivo Público Mineiro. Ele totaliza 2.188 caixas de documentos que contêm aproximadamente 700.000 páginas. Os registros mostram a rotina da administração do governo provincial e versam sobre diversos temas como a relação da Província com o Governo Imperial, obras públicas, instrução pública, polícia, magistratura, eleições, escravidão, imigração, agricultura, comércio, indústria, mineração, catequese, irmandades religiosas e outros. 

Arquivo Público Mineiro: Patrimônio Protegido - 1ª etapa

A primeira etapa desse projeto aconteceu entre agosto e novembro de 2022. Além da implantação de um novo sistema segurança, foram adquiridos equipamentos para proteger, reparar e digitalizar documentos, otimizando a capacidade de armazenamento, o que poderá facilitar o acesso virtual de parte do acervo do APM pelo público.

Nessa etapa, foram investidos R$56.698,24, por meio de captação junto ao MPMG. Houve a aquisição e instalação de dispositivos, como câmeras, telas, além da manutenção corretiva de 17 portas corta-fogo que são importantes no combate aos incêndios. Essas ações também permitiram a ampliação do monitoramento das áreas de guarda, reduzindo também o risco de furtos do acervo.

 

Fotos; Léo Bicalho

thumbnail BACIA DAS ALMAS Chico RezendeMostra celebra os 10 anos do ESPAI Ateliê e propõe um diálogo entre o acervo do Museu Mineiro e a produção artística de alguns dos vários artistas que passaram pelo ESPAI ao longo dessa década

Agosto chega trazendo novidades na programação do Museu Mineiro! Na próxima quinta-feira, dia 01, abre a nova exposição temporária “Sobre isto, sobretudo sobre tudo isso”, celebrando os 10 anos do ESPAI Ateliê, um espaço autônomo de Belo Horizonte dedicado à arte contemporânea.

Com curadoria de Marcelo Drummond e Rachel Cecília de Oliveira, professores da Escola de Belas Artes da UFMG, a exposição propõe um diálogo entre o acervo material do Museu Mineiro e a produção artística de alguns dos vários artistas que passaram pelo ESPAI na última década. A intenção é promover fricções interpretativas ao reunir os trabalhos dos artistas Barbara Macedo, Celso Renato, Chico Rezende, Gabriel Lopo, Irma Renault, Jarbas Juarez, Maria Mendes, Maria Palmeiro, Ricardo Burgarelli, Schwanke, Xikão Xikão e Zizi Sapateiro.

“Ficou claro que o ESPAI e o Museu Mineiro ocupam lugares complementares no cenário pujante e plural de produção artística da capital mineira, visto que o primeiro é um espaço de formação e o segundo um espaço de memória”, dizem os curadores, que complementam: “Esta exposição é sobre isto, sobre uma forma de dar luz a essa complementaridade singular, de criar estranhamentos, de produzir aproximações não similares, gerando atritos e fricções entre as obras”.

“Sobre isto, sobretudo sobre tudo isso” fica aberta à visitação até o dia 14 de setembro, na Galeria de Exposições Temporárias I do Museu Mineiro, com entrada gratuita!

 

10 anos de ESPAI Ateliê, referência no cenário artístico contemporâneo de Belo Horizonte

A exposição celebra o ESPAI, que desde 2014, sob a coordenação dos artistas visuais e pesquisadores Nydia Negromonte e Marcelo Drummond, oferece um espaço aberto para formação, reflexão e extensão em arte contemporânea. ESPAI, palavra catalã que significa "espaço", é uma casa no Santa Efigênia dedicada à ativação e oferta de experiências compartilhadas e transversais. Com uma ampla gama de atividades, incluindo cursos, oficinas, exposições, residências, lançamentos de livros e orientações artísticas, o ESPAI é um ponto de referência no cenário artístico de Belo Horizonte.

Museu Mineiro

Inaugurado em 1982, o Museu Mineiro reúne em seu acervo um conjunto bastante diversificado de objetos referentes à história e à produção cultural e artística mineiras. Nas salas de exposição são exibidas obras de artistas consagrados, tais como: Manoel da Costa Ataíde, Yara Tupynambá, Amílcar de Castro, Jeanne Milde, Inimá de Paula, Lótus Lobo, Celso Renato, Sara Ávila, Guignard, Maria Helena Andrés, Di Cavalcanti etc.

Atualmente, o Museu exibe a exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer uma vasta coleção de arte sacra, datada dos séculos XVIII e XIX, além de preciosidades do acervo, como a bandeira da Inconfidência Mineira, os manuscritos originais da obra “Tutaméia” de Guimarães Rosa, o retrato de Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, e a coleção de santos de devoção popular.

Serviço:

ABERTURA DA EXPOSIÇÃO “SOBRE ISTO, SOBRETUDO SOBRE TUDO ISSO” - 10 ANOS DE ESPAI ATELIÊ
Data: 01 de agosto de 2024 (quinta-feira)
Horário:18h
Período de visitação: 01 de agosto a 14 de setembro de 2024
Local: Sala de Exposições Temporárias I - Museu Mineiro
Avenida João Pinheiro, 342 - Circuito Liberdade
Belo Horizonte - MG
Horário de funcionamento: Terça a sexta: das 12h às 19h /Sábado, domingo e feriados: das 11h às 17h
Entrada gratuita

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O Museu Mineiro apresenta a exposição “Sala de estar”, do artista contemporâneo Mano Penalva, com curadoria de Wagner Nardy, nesta quinta-feira (16), a partir das 18h. A mostra baseia-se na pesquisa do artista, a qual desenvolve-se a partir de um olhar para o lugar de passagem entre a casa e a rua, relacionando o público e o privado.

“Esses percursos são construídos a partir de deslocamentos. Deslocamentos muito simples, em que o público que for ver a exposição poderá reconhecer os objetos que fazem parte dos trabalhos. São objetos do cotidiano, ordinários, que compõem a nossa vida, como os tapetinhos feitos à mão ou as miçangas que se transformam em cortinas ou assentos de carro, por exemplo”, explica o artista.

Mano Penalva destaca, a partir desses deslocamentos, o “efeito lupa” para aspectos cotidianos. Situações que podem passar despercebidas no dia a dia ganham novos matizes quando vão para uma sala expositiva, levando em conta elementos de composição e de arranjo.

Nesse sentido, o nome da exposição “Sala de Estar” é pensado para convidar o público para um ambiente doméstico, ainda que dentro de um museu, criando uma ponte entre o que já é reconhecido, que já faz parte do imaginário popular, com um novo campo poético.

“Se pensamos na casa, a “sala de estar” é aquele lugar onde a gente organiza e arruma para receber as visitas. Acredito que uma exposição é o nosso melhor cômodo para receber as pessoas, é um momento de celebração. Acredito muito nesse lugar da arte, do diálogo a partir dos trabalhos que saem do ateliê para serem vistos”, diz Mano.

Obra feita especialmente para a mostra em Minas Gerais

A exposição “Sala de Estar”, que já foi apresentada em outros museus como o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM), de Recife, é marcada por trabalhos de diferentes séries desenvolvidas ao longo dos anos por Mano Penalva, que versam sobre esse lugar de passagem, que “embaralha as fronteiras entre a arte dita erudita e a arte popular, entre o íntimo e o público, entre o artístico e o doméstico, entre o dentro e o fora”, como diz Wagner Nardy, curador da exposição. Entre elas, estão “Ventanas”, “Brasão” e “Alpendre”.

A novidade fica por conta de uma obra produzida exclusivamente para essa exposição, em terras mineiras, que faz parte de uma série já em desenvolvimento chamada “Branquinhas”, feita a partir de sete tons de cachaça.

“Preparei essa exposição com muita vontade de mostrar o meu trabalho para Minas, porque ela carrega uma afetividade que é presente nesse estado assim como na Bahia, de onde sou. Estou na expectativa para saber quais são os pontos de vista do público que vai visitar essa exposição”, revela o artista.

Exposição faz parte da programação da 22ª Semana Nacional de Museus

A Semana Nacional de Museus é uma temporada cultural promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) que acontece anualmente em comemoração ao Dia Internacional dos Museus (18 de maio). Tem como objetivo promover, divulgar e valorizar os museus brasileiros; aumentar o público visitante e intensificar a relação dos museus com a sociedade.

A 22ª edição acontece entre os dias 13 e 19 de maio e só em Minas Gerais são mais de 139 instituições participando, distribuídas em 69 municípios.

Mano Penalva (1987, Salvador, Brasil)

Vive e trabalha em São Paulo. A produção de Mano Penalva parte do deslocamento dos objetos do contexto cotidiano e reflete o interesse do artista pela Antropologia e Cultura Material. Por meio de diferentes mídias como escultura, instalação, pintura, fotografia e vídeo, Penalva propõe novos agrupamentos estéticos a partir das estratégias de venda do varejo, das suas experiências de coleta de histórias e da observação do campo que transita entre a Casa e a Rua. Penalva realça com seus trabalhos a ideia de que a exponencial proliferação de objetos e imagens não se destina a treinar a percepção ou a consciência, mas insiste em fundir-nos com eles.

É bacharel em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2008). Frequentou por 7 anos cursos livres de arte do Parque Lage (2005 - 2011). Atualmente, faz parte do Massapê Projetos, plataforma gerida por artistas que possibilita o pensamento e produção de arte sediada em São Paulo, da qual é o idealizador.

Nos últimos anos participou de diversas residências artísticas: Casa Wabi - Puerto Escondido (México) 2021, Fountainhead Residency - Miami (EUA) 2020, LE26by / Felix Frachon Gallery - Bruxelas (Bélgica) 2019, AnnexB - Nova Iorque (EUA) 2018, Penthouse Art Residence - Bruxelas (Bélgica) 2018, R.A.T - Residência Artística por Intercâmbio - Cidade do México (México) 2017, Pop Center - Camelódromo Porto Alegre (Brasil) 2017.

Museu Mineiro
Inaugurado em 1982, o Museu Mineiro reúne em seu acervo um conjunto bastante diversificado de objetos referentes à história e à produção cultural e artística mineiras. Nas salas de exposição são exibidas obras de artistas consagrados, tais como: Manoel da Costa Ataíde, Yara Tupynambá, Amílcar de Castro, Jeanne Milde, Inimá de Paula, Lótus Lobo, Celso Renato, Sara Ávila, Guignard, Maria Helena Andrés, Di Cavalcanti etc.

Atualmente, o Museu exibe a exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer uma vasta coleção de arte sacra, datada dos séculos XVIII e XIX, além de preciosidades do acervo, como a bandeira da Inconfidência Mineira, os manuscritos originais da obra “Tutaméia” de Guimarães Rosa, o retrato de Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, e a coleção de santos de devoção popular.

Serviço:

Exposição “Sala de Estar”, do artista Mano Penalva
Data: 16 de maio de 2024
Horário: 18h
Período de visitação: até 30 de junho de 2024
Local: Sala das Sessões do Museu Mineiro (Av. João Pinheiro, 342, Circuito Liberdade, Belo Horizonte)

Foto: Estúdio em Obra/Divulgação

Passarela Liberdade no Palácio das Artes outubro 2023 Foto Leo Bicalho Secult 2

 

Lançado em abril do ano passado pelo Governo de Minas com o objetivo de fomentar a moda mineira com foco na economia da criatividade e no desenvolvimento econômico e social, o Passarela Liberdade, programa executivo de fortalecimento da moda mineira, terá, a partir deste segundo semestre de 2024, importantes ações. Neste domingo (28/07), o Palácio da Liberdade será palco, às 16h30, do desfile coletivo Passarela Liberdade: Moda no Jardim Sensorial, com participação de 48 estilistas mineiros apresentando looks autorais dentro do projeto da Associação de Criadores e Estilistas de Minas Gerais (A.Criem-MG).

Outra novidade será o lançamento, no início de agosto, do edital Passarela Liberdade, do Fundo Estadual de Cultura, via Fundação Clóvis Salgado, no valor de aproximadamente R$ 1 milhão, para três categorias do segmento da moda em Minas, sendo 10 repasses no valor de R$ 33.000,00 na Categoria 1 (memória e história), 10 repasses no valor de R$ 12.000,00 na Categoria 2 (capacitação e conhecimento) e 15 repasses no valor de R$ 100.000,00 na Categoria 3 (promoção e visibilidade). Será a primeira vez que essas categorias específicas da moda lançam editais, atendendo a uma demanda da sociedade civil.

O 1º Congresso Internacional de Moda e Economia Criativa, promovido pela Escola de Design da UEMG, e a expansão do projeto Trajeto Moda também integram o plano do Passarela Liberdade neste ano.

Estruturado em frentes amplas, o Passarela Liberdade engloba todas as áreas da cadeia produtiva da moda mineira e promove a visibilidade, o protagonismo, a promoção, a formação e a capacitação de profissionais do setor, por meio das articulações conjuntas da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

A moda é um dos principais setores da economia criativa e, em Minas, representa um importante ativo cultural ligado à histórias, aos saberes e fazeres artesanais e ao potencial criativo de sua indústria. A moda mineira é reconhecida nacionalmente pela sua forte identidade e tem levado o nome de Minas Gerais para fora do estado há décadas.

A indústria da moda é fundamental para a economia do estado. Segundo o Panorama Setorial, publicação da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o setor concentra mais de 8.200 empresas e é responsável por gerar mais de 120 mil empregos. O estudo ainda aponta que 19% das indústrias de Minas são do segmento da moda. Além disso, a moda é responsável direta e indiretamente pela geração de trabalho e renda, sobretudo para mulheres que sustentam milhares de famílias em todas as regiões do estado.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, pontua a importância da construção de políticas públicas voltadas para a moda e o design mineiro. “A partir de um trabalho articulado entre várias secretarias, moda em Minas Gerais é sinônimo de cultura, inovação, criatividade, inclusão e geração de emprego e renda”, afirma Oliveira.

Sérgio Rodrigo Reis, presidente da Fundação Clóvis Salgado, ressalta a relação entre moda e cultura: “A moda atravessa todas as artes e é um retrato de épocas e civilizações. É, sem dúvida, uma das maiores manifestações artísticas com uma característica a mais que suas irmãs, a de também ser uma indústria”.

Passarela Liberdade: Moda no Jardim Sensorial

O desfile coletivo, realizado com patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura, e fruto da parceria do Governo do Estado com a Associação de Criadores e Estilistas de Minas Gerais, irá destacar e divulgar o design autoral de 48 estilistas mineiros, além de valorizar a moda como cultura em diálogo com as artes, com os saberes e fazeres tradicionais e com o patrimônio material e imaterial do estado. “Os participantes são designers experientes, que trabalham para marcas conceituadas e se veem diante da possibilidade de se expressarem livremente”, observa Antônio Diniz, presidente da A.Criem-MG.

O evento também oferece oportunidade para novos talentos. São oito profissionais, com até cinco anos de formados, que enviaram portfólios para serem analisados pela curadoria do projeto. Érik Cláudio Belício, Gabriela Vilhena, João Frederico Almeida, João Marcos Lisboa da Rocha, Júlya Maria Oliveira, Maria Lúcia Cepellos, Miguel Bonomos e Otávio Augusto foram os selecionados para esta edição.

Esta é a terceira criação da A.Criem-MG. No primeiro desfile, a referência foi o barroco mineiro visto sob um olhar tecnológico; o segundo, em outubro do ano passado, no foyer do Palácio das Artes, homenageou a dobradinha moda e arte. Agora, o tema gira em torno das sensações que emanam dos jardins do Palácio da Liberdade. O paisagismo original de Passarela Liberdade: Moda no Jardim Sensorial é assinado por Paulo Villon.

Para compor esse universo encantado, tons leves foram escolhidos como inspiração. A promessa é que silhuetas leves e delicadas passem pela passarela. O styling do desfile é assinado por Giovanni Frasson e sua equipe a partir de uma expografia que tira partido do lago existente no interior do Palácio da Liberdade. As sensações e a vida invisível que emanam dos jardins nortearam Frasson.

O diretor de moda criou uma unidade para a passarela a partir de imagens e alegorias que levam em conta as árvores, as flores e os insetos. Os pés das modelos, cujos sapatos são envolvidos por meias, lembram os caules ou cascas das árvores e os vestidos, as flores desse jardim. As cabeças, por sua vez, trabalhadas como se fossem avatares, representam seres humanos que se materializam em forma de insetos, evocam formigas ou gafanhotos.

Projeto Trajeto Moda

O projeto Trajeto Moda, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais, estará presente no desfile Passarela Liberdade: Moda no Jardim Sensorial. Mulheres em vulnerabilidade social de Couto de Magalhães de Minas, no Vale do Jequitinhonha, produziram um look especialmente para o desfile, graças à parceria da Sedese com a marca Alphorria, que doou mais de 60 metros de tecido para a confecção do figurino.

O Trajeto Moda já impactou a vida de mais de 450 mulheres em 35 cidades por meio da costura e habilidades empreendedoras, proporcionando autonomia, cidadania e independência financeira. Até o fim de 2024, a iniciativa, que já havia sido ampliada em dezembro do ano passado, chegará a 63 municípios, beneficiando mais 288 mulheres. Até o momento, o projeto conta com investimento de cerca de R$ 7,8 milhões. Outros R$ 7 milhões estão previstos para 2025 e serão direcionados para compra de máquinas, organização de espaços colaborativos de costura e contratação dos de cursos técnicos de qualificação.

Congresso internacional

De 28 de outubro a 1º de novembro deste ano, o 1º Congresso Internacional de Moda e Economia Criativa reunirá renomados palestrantes brasileiros e de outros países para discutir a intercessão entre moda, design e economia criativa, explorar os desafios contemporâneos da cultura da moda, além de abordar temas como inovação, comportamento, futuro da moda em tempos de inteligência artificial e ações afirmativas para o setor.

O evento, promovido pela Associação dos Amigos do Museu da Cadeira Brasileira em parceria com a Escola de Design da Universidade Estadual de Minas Gerais e a Fundação Clóvis Salgado, com patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura, contará com masterclasses, mesas-redondas, painéis de apresentação de papers, cases de mercado, imersão em negócios criativos, hackathon de moda e design, mostra audiovisual e um salão expositivo para os criadores locais.

O congresso será realizado na Escola de Design da UEMG, com atividades paralelas também em outros equipamentos do Circuito Liberdade, como a Casa Fiat de Cultura, o Centro Cultural Unimed-BH Minas e o MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal.

Foto: Leo Bicalho

Palestra no Museu Mineiro Foto Israel Crispim DivulgaçãoOficina e palestra no Museu Mineiro integram programação da 22ª Semana Nacional de Museus, cujo tema é “Museus, educação e pesquisa” (Israel Crispim/Divulgação)

O Sistema Estadual de Museus, em parceria com o Museu Mineiro, traz para a 22ª Semana Nacional de Museus, cujo tema é “Museus, educação e pesquisa”, uma programação voltada para a formação e o fortalecimento do campo museal. Nesta quarta (15) e também na sexta-feira (17), serão oferecidas, de forma gratuita, no Museu Mineiro, no Circuito Liberdade, em BH, a “Oficina de Plano Museológico” (inscrições neste link), com Ranielle Menezes, museóloga e docente da UFMG, e a palestra “Desafios da educação museal” (inscrições neste link), com Adriana Mortara, também docente do curso de museologia da instituição.

A Semana Nacional de Museus é uma temporada cultural promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que acontece anualmente em comemoração ao Dia Internacional dos Museus (18 de maio). O evento tem como objetivo promover, divulgar e valorizar os museus brasileiros; aumentar o público visitante e intensificar a relação dos museus com a sociedade. A 22ª edição acontece desta segunda-feira (13) a domingo (19) e só em Minas Gerais são mais de 139 instituições participando, distribuídas em 69 municípios.

Programação

A proposta da “Oficina de Plano Museológico”, que será realizada nesta quarta-feira (15), das 13h30 às 17h30, é oferecer uma visão abrangente sobre como desenvolver esse plano, cobrindo desde conceitos de planejamento e gestão até diagnósticos, definição de objetivos e elaboração de programas e projetos. O Plano Museológico é um requisito legal para todos os museus, conforme estabelecido pela Lei nº 11.904/09 e Decreto nº 8.124/2013. Este plano é uma ferramenta essencial de planejamento estratégico, adaptada às necessidades específicas da gestão museológica.

Já na palestra “Desafios da educação museal”, promovida nesta sexta (17), a partir das 14h, Adriana Mortara convida à reflexão sobre o amadurecimento das pesquisas no campo da museologia, os desafios que ficam evidentes na prática e os possíveis caminhos de enfrentamento da educação museal.

Sistema Estadual de Museus de Minas Gerais

O Sistema Estadual de Museus de Minas Gerais (SEMMG), é entendido como um organismo indispensável para o estabelecimento de uma plataforma comum a todos os museus do estado, tendo como compromisso incentivar o intercâmbio e a disseminação de informações museológicas e o fortalecimento dessas instituições.

Museu Mineiro

Inaugurado em 1982, o Museu Mineiro reúne em seu acervo um conjunto bastante diversificado de objetos referentes à história e à produção cultural e artística mineiras. Nas salas de exposição são exibidas obras de artistas consagrados, tais como: Manoel da Costa Ataíde, Yara Tupynambá, Amílcar de Castro, Jeanne Milde, Inimá de Paula, Lótus Lobo, Celso Renato, Sara Ávila, Guignard, Maria Helena Andrés, Di Cavalcanti etc.

Atualmente, o Museu exibe a exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer uma vasta coleção de arte sacra, datada dos séculos XVIII e XIX, além de preciosidades do acervo, como a bandeira da Inconfidência Mineira, os manuscritos originais da obra “Tutaméia” de Guimarães Rosa, o retrato de Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, e a coleção de santos de devoção popular.

VICTOR HUGO A

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e Biblioteca Pública Estadual, mantém aberta, até 18 de outubro, a exposição “Leituras e afetos: marcas dos leitores nos livros das Coleções Especiais”. Nela, o visitante pode apreciar marcas como desenhos, comentários, dedicatórias inusitadas e outras intervenções feitas por leitores nas páginas dos livros. A mostra, que reúne 32 obras que vão dos séculos XVII ao XX, está no Hall das Coleções Especiais, no 2º andar do prédio principal da biblioteca. A entrada é gratuita.

Afonso Estevam de Andrade Júnior, gestor de Cultura da Biblioteca Pública Estadual, foi quem organizou a exposição. Ele explica o que se pode encontrar nas páginas dos livros: “Há comentários lacônicos; empolgação ou decepção com uma obra; uma lista de compras; o registro de desaparecimento de um escravizado; um lembrete sobre o início de uso de uma medicação; o colorido deixado por uma criança em uma ilustração preto e branca; críticas e elogios às obras; e, até mesmo, uma inusitada dedicatória de Monteiro Lobato, em que menciona as agruras ao andar de ônibus”.

Afonso Júnior explica ainda que a exposição mostra a relação do leitor com o livro: “Ela não se limita apenas à leitura e à reflexão. Muitas vezes ele anota, desenha, dedica, tendo o próprio livro como suporte dessas interações, pois um diálogo com o autor pode ser estabelecido com algum comentário sobre um trecho da obra, anotações sobre outras leituras possíveis ou uma crítica à escrita ou à visão do autor. É o leitor deixando sua marca, seus rastros, seu testemunho de leitura”.

“É muito interessante encontrar essas marcas, pensamentos e impressões. Podemos ter um vislumbre do impacto causado pelos livros na vida das pessoas”, finaliza o gestor de Cultura.  

Para Eliani Gladyr, do Núcleo da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, a exposição é uma importante forma de valorização do patrimônio literário e da cultura do Estado: “ Ao completar 70 anos, a instituição continua a proporcionar uma variedade de atividades culturais, reafirmando sua vocação como promotora e incentivadora do livro e da leitura. Suas ações são destinadas a toda sociedade indistintamente, pois acredita que o ser humano é capaz de mudanças em toda sua vida pelo bom hábito de ler. Portanto, possibilitar que as pessoas tenham acesso ao livro, por meio de empréstimos, exposições, palestras e outras atividades, tudo gratuitamente, é o caminho que a Biblioteca percorre há sete décadas com êxito e como exemplo de boas práticas”, ressalta.

Serviço
Exposição “Leituras e afetos: marcas dos leitores nos livros das Coleções Especiais”
Data: Até 18 de outubro
Horário: 8h às 18h
Local: Hall das Coleções Especiais da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais
Endereço: Praça da Liberdade, 21, Savassi

FESTA DA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO LAGOA SANTA Crédito Acervo Setur MG Consuelo de AbreuLei Descentra Cultura irá fortalecer trabalhadores da cultura em todo o estado (Foto Acervo Setur MG/Consuelo de Abreu)

Importante instrumento que amplia e moderniza o acesso aos mecanismos de financiamento cultural para os 853 municípios mineiros, promovendo descentralização, regionalização e democratização dos recursos da cultura em todo o estado, a lei Descentra Cultura foi regulamentada pelo Governo de Minas Gerais para operacionalização no estado neste sábado (11). O movimento acontece após o Projeto de Lei ter sido aprovado em dois turnos no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em setembro do ano passado, e sancionado pelo governador Romeu Zema no mesmo mês.

A possibilidade de redução de contrapartida das empresas ao Fundo Estadual de Cultura (FEC) no caso de os proponentes serem do interior do estado, passando dos atuais 35% para 10%, é um dos aspectos que irá favorecer os trabalhadores da cultura em Minas e incentivar a descentralização dos investimentos para todo o estado. A Descentra Cultura também incorpora novas áreas específicas a serem beneficiadas, como bandas de música tradicionais, educação musical, culturas populares urbanas e periféricas, cultura digital e jogos eletrônicos, cultura alimentar e gastronomia, culturas e ofícios da moda.

Outra novidade é que, agora, empresas de grande porte que optarem por financiar projetos em municípios do interior poderão destinar mensalmente até 5% do valor devido do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Antes, esse percentual estava limitado a 3%. A lei também facilita o acesso das culturas populares, povos e comunidades tradicionais aos mecanismos de fomento. Tecnicamente, a Descentra Cultura substituiu a lei 22.944/2018, que instituiu o Sistema Estadual de Cultura, o Sistema de Financiamento à Cultura e a Política Estadual Cultura Viva. Com as regras anteriores, a cada ano, cerca de 35 municípios mineiros concentravam 95% dos recursos destinados à Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LEIC). Já via Fundo Estadual de Cultura (FEC), apenas 184 municípios conseguiam acessar o mecanismo, concentrando 89% dos recursos disponíveis.

Para o governador Romeu Zema, a descentralização vai reforçar a cultura mineira: “É uma ação que visa democratizar o acesso aos recursos da cultura, no que diz respeito à questão burocrática. Nossa cultura vai estar mais presente no interior, principalmente nos pequenos municípios. Um estado que tem o nosso patrimônio, história, tradições, cozinha, tem também um potencial enorme de fazer aflorar muita coisa que estava abafada, sem condição de florescer. Não adianta criar empregos, atrair investimentos, ser ambientalmente responsáveis, melhorar a saúde e a educação se a cultura não estiver viva, pois é ela que dá liga a tudo isso”.

Com o Descentra Cultura, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, garante mais democratização e descentralização, criando melhores condições de acesso por parte de muito mais municípios, de trabalhadoras e trabalhadores da cultura e, de forma especial, às culturas populares. Segundo o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, a Descentra Cultura irá, além de impulsionar a economia criativa em Minas, gerar empregos e renda em toda a cadeia produtiva do setor. “A Lei facilita a vida dos produtores, trabalhadoras e trabalhadores da cultura, descentraliza os recursos, sobretudo para os municípios que não têm acesso, acolhe e dá visibilidade às culturas populares e tradicionais, potencializa o investimento em mais municípios, fomenta a responsabilidade das empresas que patrocinam a cultura com o estado como um todo. Isso significa que um maior contingente da população terá acesso aos benefícios dos recursos para a cultura, garantindo o pleno exercício dos direitos culturais”, enfatiza Oliveira.

O Projeto de Lei Descentra Cultura Minas Gerais foi elaborado a partir das demandas do Conselho Estadual de Política Cultural (Consec), com as Secretarias de Estado de Fazenda (SEF) e de Governo (Segov) desde 2020, tendo também a colaboração direta de parlamentares para aprimoramento e consolidação.

Confira, a seguir, destaques da nova legislação estadual:

● Definição mais completa das expressões de culturas populares, das quais não serão exigidos projetos, mas apenas descrição da manifestação, bem como a criação de dois instrumentos de repasse específicos para elas;

● Possibilidade de redução de contrapartida das empresas ao Fundo Estadual de Cultura (FEC) no caso de os proponentes serem do interior do estado, passando dos atuais 35% para 10%;

● Sistema de financiamento passa a poder apoiar outras iniciativas, como assegurar visibilidade de artistas mineiros para curadores de grandes festivais e mostras nacionais e internacionais, entre outras ações;

● Empresas de maior porte que optarem por financiar projetos em municípios do interior do estado poderão destinar até 5% do valor mensal devido do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Antes, esse percentual estava limitado a 3%;

● Reorganização dos mecanismos de inscrição, aprovação e prestações de contas, conforme demandas antigas da sociedade;

● Incorporação de emendas que propõem a simplificação e aprimoramento do acesso a recursos para culturas populares e tradicionais;

● Instauração de novas modalidades de repasse: Fomento; Patrocínio; Bolsa; Fomento individual;

● Maior transparência nos dados do Sistema Estadual de Cultura (Siec);

● Redução e extinção de sanções e multas para empreendedores e beneficiários;

● Garantias de ações afirmativas para grupos culturais mais vulneráveis e de apresentação de propostas por meio de gravações, facilitando o acesso por quem tem mais dificuldades de escrever;

● Mudança de “Seleção Pública de Projetos” para “Instrumentos Públicos de Seleção”;

● Flexibilização da contrapartida de municípios para o FEC ao critério variável da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), atendendo demanda antiga de municípios;

● Vinculação do Conselho à lei do Siec;

● Incorporação de novas áreas específicas a serem beneficiadas, como bandas de música tradicionais, educação musical, culturas populares urbanas e periféricas, cultura digital e jogos eletrônicos, cultura alimentar e gastronomia, culturas e ofícios da moda.

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Comidas e bebidas típicas, brincadeiras, músicas, a tradicional quadrilha, além de muita alegria e diversão prometem animar a 2ª edição do Arraiá da Liberdade. A festa acontecerá, entre os dias 25 e 27 de julho, pela primeira vez, no Palácio das Artes, e terá entrada gratuita. A iniciativa faz parte do Minas Junina, e é promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), com apoio da Fundação Clovis Salgado (FCS) e patrocínio da Gasmig (Companhia de Gás de Minas Gerais).

O Arraiá da Liberdade faz parte da programação do Palco Aberto. Um projeto do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart) que vai criar um ambiente para diálogo entre estudantes e artistas de diversas linguagens num clima descontraído, a céu aberto, nos jardins internos do Palácio das Artes. O local se transformará em um espaço para celebrar a mineiridade e as tradições populares das festas que acontecem no estado entre junho e julho. A decoração com bandeirolas, dentre outros elementos típicos, e uma iluminação exclusiva vão fazer parte dessa experiência que promete ser inesquecível. O objetivo é valorizar nossas raízes culturais e fortalecer o calendário anual de eventos da cidade, atraindo mais turistas, o que contribui para dinamizar o comércio local e a rede hoteleira, gerando mais empregos e renda.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, o Minas Junina representa a consolidação do estado “como um destino (para a temporada) de frio, um destino de manifestação da cultura popular que, em terras mineiras, têm características muito próprias nessa junção da fogueira, dos povos originários, da cultura negra e dessa cozinha estritamente híbrida”.

A programação está recheada e começa na quinta-feira (25), às 18h, com a quadrilha Dú Tadeu. Às 19h, o tradicional Trio Lampião chega ao palco para não deixar ninguém parado. Durante todo o evento, a DJ Bruna Castro traz toda a musicalidade brasileira para o palco.

Na sexta, 26, a partir das 18h, acontece a apresentação da quadrilha Sangê de Minas. Em seguida, a banda Xote das Meninas é quem dita o ritmo e anima o Arraiá. Às 19h30, o trio Manacá da Serra, que tem nome de árvore, traz a mistura de Minas com o Nordeste, em um forró genuinamente brasileiro. Às 20h30, a quadrilha Sertão Dourado mostra todo seu gingado para o público. Às 21h, a quadrilha Arraiá Du Sagrado encerra a noite com muita animação, seguida da DJ Naty Nonato.

"O Arraiá da Liberdade é uma iniciativa que, além de celebrar as tradições juninas de nosso estado, promove a democratização das ações culturais nesse período festivo. Para a Fundação Clóvis Salgado, é motivo de muita alegria estar à frente de um projeto que também tem grande relevância na movimentação da economia da criatividade, ampliando o acesso do público às mais variadas atrações artísticas e movimentando o turismo em Minas Gerais", destaca o presidente da FCS, Sérgio Rodrigues Reis.

No último dia, 27, a festa começa mais cedo, a partir das 15h. Às 16h, apresenta-se a quadrilha Alvorecer Junino, seguida da quadrilha Pipoca Doce, às 16h30. A Cozinha Viva, da Gasmig, marca presença no Arraiá da Liberdade com o chef Márcio Almeida, que abrirá seu livro de receitas para compartilhar os melhores quitutes. Às 18h, Aline Calixto apresenta “Clara Viva no Forró” chega para animar a festa com seu repertório bem mineiro e diversificado. Às 19h30, é a vez de Wilson Dias comandar o som, seguido da DJ Fred Lavorato.

Os participantes terão a oportunidade de viver experiências gastronômicas experimentando a culinária tradicional das festividades juninas. Entre as opções para o público estão caldos de feijão e mandioca, canjica, pamonha, milho cozido, pé de moleque, quentão, vinho quente, bolo de fubá e broa de milho, paçoca, curau, pipoca, cocada, arroz doce, torresmo, pastel de angu, queijo com goiabada e espetinho de carne.

Minas Junina

O Minas Junina foi lançado em 2023 a fim de valorizar, estruturar e promover as festas populares que acontecem entre os meses de junho e julho em Minas Gerais, o que estimula a atração de visitantes para o estado. Entre 1º junho e 31 de julho, o programa terá cerca de 450 ações em 300 municípios, números que apontam um crescimento de 20% em relação ao ano passado, e será responsável por gerar uma movimentação turística de aproximadamente três milhões de pessoas, 20% a mais que em 2023, quando 2,6 milhões de turistas viajaram pelo estado nesse período, segundo dados do Observatório do Turismo.

Programação:

Dia 25 de julho – quinta-feira

18h – Quadrilha Dú Tadeu

19h – Trio Lampião

DJ Bruna Castro

Dia 26 de julho – sexta-feira

18h – Quadrilha Sangê de Minas

18h30 – Xote das Meninas

19h30 – Manacá da Serra

20h30 – Quadrilha Sertão Dourado

21h – Quadrilha Arraiá Du Sagrado

DJ Naty Nonato

Dia 27 de julho – sábado

16h – Quadrilha Alvorecer Junino

16h30 – Quadrilha Pipoca Doce

17h – Cozinha Viva com o chef Márcio Almeida

18h – Aline Calixto

19h30 – Wilson Dias

 

Serviço

Data: 25, 26 e 27 de julho (quinta-feira, sexta-feira e sábado)

Horário: 25 e 26 de julho a partir das 18h e 27 a partir das 15h

Local: Jardins Internos do Palácio das Artes – Avenida Afonso Pena, 1537 – Centro

Entrada Gratuita

DJ Fred Lavorato

 

Foto: Renata Garboci

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) se unem pelo melhor aproveitamento de recursos para as artes em Minas Gerais após a dissolução do BDMG Cultural. A Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop) assume a gestão do equipamento com o compromisso de dar continuidade aos programas e projetos desenvolvidos pela instituição, agora ainda mais integrada às políticas de descentralização de recursos e com novas potências de alcance e acesso às políticas públicas para a cultura e para o turismo de Minas Gerais.

É importante destacar que não se trata do fim das ações e programas do BDMG Cultural. Trata-se, com a gestão da Faop que se inicia, de uma maior integração do Sistema Estadual de Cultura em todos os territórios de Minas Gerais. Trata-se, também, de um plano maior de ações de qualificação para novas e melhores oportunidades na geração de trabalho, emprego e renda para os artistas mineiros e trabalhadores da cultura.

Nos últimos três anos, a Faop, vinculada à Secult-MG, por meio de intenso trabalho de descentralização, alcançou todas as regiões de Minas Gerais. São ações efetivas de formação e promoção das Artes e dos Ofícios, em parceria com prefeituras e organizações sociais, além de total integração com outras instituições do Estado, como a Fundação Clóvis Salgado (FCS), o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e Empresa Mineira de Comunicação (EMC).

Entende-se que, potencializada junto ao Sistema Estadual de Cultura, a Faop vai fortalecer ainda mais e melhor o conjunto de ações e programas estruturantes já consolidados. A instituição estadual de arte e educação, fundada, entre outros, pelo poeta Vinícius de Moraes, em 1968, é anterior até mesmo à Secretaria de Cultura. Ao longo de mais de meio século, a Faop fez e segue fazendo história pelas artes e pela memória de Minas Gerais. O que temos em construção, por meio da Faop, acolhendo as ações e programas oriundos do BDMG Cultural, é mais uma ressignificação de esforços e de recursos, humanos e financeiros, para novas possibilidades de avanços na economia da criatividade de modo efetivo e descentralizado.

Importante política pública que contribui para o desenvolvimento da gestão turística, o ICMS Turismo tem tido adesão crescente no estado de Minas Gerais, o único do país a incluir o repasse de recursos financeiros aos municípios por meio do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) utilizando o critério Turismo. Até julho de 2024, no índice provisório, 569 cidades foram habilitadas. A partir desse resultado, divulgado na última sexta-feira (19), os municípios que participaram do pleito e não foram habilitados podem entrar com recurso no prazo de 15 dias para atualizar a documentação exigida e tentar a habilitação, caso cumpram as exigências documentais.

Dessa forma, o total de municípios habilitados poderá ser maior quando o resultado definitivo for divulgado em setembro. Em 2023, por exemplo, foram habilitados provisoriamente 485 municípios, mas, após a fase de recursos, esse número saltou para 513.

Comparando-se os dois últimos anos, houve um aumento de 84 municípios, 17,31% de cidades habilitadas a mais no índice provisório no ICMS Turismo. Esse resultado mostra a efetividade do trabalho realizado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, em articulação com os municípios e as Instâncias de Governança Regionais (IGRs).

Em 2024, entrou em vigor o aumento da alíquota de 0,1% para 0,5%, quintuplicando os repasses e estimulando ainda mais a adesão de pequenas cidades ao programa. Essa alteração já tem impulsionado um significativo aumento na transferência de recursos.

No ano passado, por exemplo, foram repassados às cidades mineiras 14,5 milhões de reais. Já entre os meses de janeiro e junho de 2024, o montante chegou a 37 milhões de reais, representando um aumento de 155% em relação ao total transferido em 2023.

Vale lembrar que esses recursos são direcionados aos municípios que atendem aos pré-requisitos estabelecidos pela Lei nº 18.030/09 e pela Resolução Secult nº 44/2021. Alguns dos critérios incluem: ter elaborada e em implementação uma política municipal de turismo; possuir um Conselho Municipal de Turismo (COMTUR) constituído e em regular funcionamento; e possuir um Fundo Municipal de Turismo (FUMTUR) constituído e em regular funcionamento. 

O Programa ICMS Turismo visa estruturar instrumentos essenciais para o desenvolvimento sustentável do turismo local.

Centro de Arte Popular BH Foto Leo Bicalho 1

Evento acontece nesta quinta (9) com maior adesão de museus em todo o estado 

Com 69 atividades e participação de 37 municípios, acontece, nesta quinta-feira (9), a 7ª edição da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas. A iniciativa do Governo de Minas Gerais é realizada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG), por meio da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade (SBMEC), com apoio da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e da Diretoria de Museus (Dimus). Confira a programação completa aqui
A proposta, executada desde 2022, é estender por um dia, a cada dois meses, o horário de funcionamento dos equipamentos culturais até às 22h para que os visitantes que trabalham ou estudam em horário comercial tenham a oportunidade de participar das atividades durante a semana. 
Dentro da variada programação que acontecerá em 69 equipamentos culturais diferentes, haverá contação de histórias, clube de livros, exposições, ateliês abertos, debates, visitas mediadas, debates e outras atividades. A programação completa já está disponível no link, com acessibilidade para pessoas com deficiência visual.
Nesta edição, a novidade fica por conta da maior adesão de museus, que aumentaram em 27% a sua participação em relação à última edição. Entre os novos participantes estão o Museu histórico Ojú Aiyê (Matozinhos), o Centro de Memória da AngloGold Ashanti (Nova Lima), o  Museu Regional de São João del-Rei e o Museu da Capela- Irmãs Dominicanas de Monteils (Uberaba). 

Noite Mineira de Museus e Bibliotecas

A Noite Mineira de Museus e Bibliotecas é  uma ação bimestral que visa propiciar a articulação do trabalho em rede dos equipamentos culturais, com objetivo de incentivar novas atividades, dar visibilidade a elas e formar novos públicos, de modo que o atendimento seja expandido. São realizadas nos museus e nas bibliotecas de todas as regiões de Minas Gerais.O projeto é uma realização da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG), por meio da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, com apoio da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e da Diretoria de Museus (DIMUS).

7ª NOITE MINEIRA DE MUSEUS E BIBLIOTECAS

Data: 9 de maio de 2024

Horário: 18h às 22h

Municípios participantes: Alto Jequitibá, Antônio Carlos, Araxá, Belo Horizonte, Campanha, Cordisburgo, Frutal, Guarda-Mor, Ipatinga, Itaguara, Itambacuri, Lagoa da Prata, Lavras, Mariana, Matias Barbosa, Matozinhos, Minas Novas, Montes Claros, Nova Serrana, Ouro Preto, Papagaios, Paracatu, Paraopeba, Patos de Minas, Poços de Caldas, Sacramento, Salinas, Santa Rita do Sapucaí, São João del-Rei, São José do Alegre, Sarzedo, Silvianópolis, Tumiritinga, Uberaba, Uberlândia, Unaí, Varginha

Foto: Leo Bicalho

Banda de Música José Viriato Bahia Mascarenhas em Tiradentes Foto Acervo da Banda de Música José Viriato Bahia Mascarenhas 2Iniciativas, que já estão em execução em várias regiões do estado, como o projeto de circulação da Banda de Música José Viriato Bahia Mascarenhas, estimulam a produção artística e geram benefícios diversos à economia da criatividade (Foto Acervo Banda de Música José Viriato Bahia Mascarenhas)

O cumprimento da Lei Paulo Gustavo em Minas Gerais segue avançando e está muito perto de atingir a importante marca de efetuar o pagamento de todos os projetos aprovados no estado. Até a última quarta-feira (17/07), 97,6% das propostas selecionadas na primeira chamada da LPG já haviam recebido os recursos, somando o total de R$ 153,3 milhões, valor que chega às diversas regiões de Minas. Cerca de R$ 40 milhões ainda serão repassados aos proponentes que constavam como suplentes e agora estão sendo convocados e aprovados nos 10 editais. Com a verba em mãos, trabalhadores da cultura já estão executando seus projetos, fazendo a cadeia produtiva do setor girar, gerando emprego e renda e estimulando a economia da criatividade em centenas de municípios.

É o caso do festival Filme de Bairro, cuja proposta é incentivar e promover a produção e o intercâmbio audiovisual em seis cidades do Sul de Minas: Alfenas, Boa Esperança, Serrania, Elói Mendes, Paraguaçu e Areado. Após cada uma delas receber, em junho, oficinas de roteiros com o acompanhamento de profissionais, moradores desses locais mergulharam na criação, edição e finalização dos curtas-metragens. A etapa de exibição dos seis filmes, que começou na sexta-feira (19) e termina neste domingo (21), será realizada em Elói Mendes, em uma mostra competitiva.

Produtora cultural e moradora de Alfenas, Aryanne Ribeiro é a diretora do festival e teve outro projeto contemplado na Lei Paulo Gustavo. Trata-se da Mostra de Cinema de Fama, que está em sua sétima edição. Em 2024, o evento recebeu 2.522 curtas-metragens brasileiros e de países como Paraguai, Canadá, Estados Unidos, Bulgária, Japão, Chile, Itália, França, Estônia, Irã e Espanha. Os filmes serão exibidos de 22 a 25 de agosto em Fama, no Sul de Minas. Além das mostras competitivas e da categoria Conecta, que tem como tema a ancestralidade e a cultura afrobrasileira, o festival também terá rodas de conversa e oficinas em praças públicas, abertura com apresentação da Filarmônica de Varginha, júri especializado e a presença do ator Fabrício Boliveira, ator homenageada da edição.

Aryanne Ribeiro diz que ter projetos da Lei Paulo Gustavo sendo executados em Minas é importante sob vários aspectos: “Essas iniciativas incentivam o desenvolvimento local, movimentam a cadeia cultural, turística e econômica das cidades. No caso dos meus projetos, eles fomentam a formação de público e o acesso ao cinema brasileiro. Ter recursos para realizá-los é fundamental, assim como é fundamental que esses eventos aconteçam”.

Estímulo à economia da criatividade

A tradicional Banda de Música José Viriato Bahia Mascarenhas, fundada em Pitangui na segunda metade do século 18, teve seu projeto de circulação aprovado no edital 8 da LPG. As apresentações começaram, em junho, por Belo Horizonte, Tiradentes e a própria Pitangui. Diamantina, no dia 4 de agosto, será a próxima parada. O grupo ainda passa, nos meses seguintes, por Vespasiano, Serro, Ponte Nova, Ouro Preto e Mariana. As cidades foram escolhidas por serem emblemáticas para a cultura mineira e terem forte ligação com as bandas de música.

Maestro da Banda de Música José Viriato Bahia Mascarenhas desde 2015, Frederico Teixeira ressalta que, à exceção de Vespasiano, onde o espetáculo será realizado em um teatro, mas com entrada gratuita, as apresentações acontecem sempre em praça pública, aquecendo a economia local de ponta a ponta, do pipoqueiros ao técnico de som. “Além das 50 pessoas envolvidas na banda, temos produtores, comerciantes, artesãos, hotéis, pousadas, restaurantes e toda uma cadeia produtiva recebendo o movimento dos recursos da Lei Paulo Gustavo. São nove cidades que vão ter a economia do turismo e da cultura impactada por esse projeto”, destaca Teixeira.

Para a subsecretária de Cultura de Minas Gerais, Nathalia Larsen, ter quase 100% dos projetos pagos e iniciativas já em execução em todas as regiões do estado é um cenário que propicia benefícios não só para a economia da criatividade, mas também desenvolve e encoraja a produção dos artistas mineiros em várias linguagens: “A produção cultural e artística em Minas Gerais é extremamente diversa e autêntica. A arte como modo de fazer e viver, a criação de projetos audiovisuais de excelência, a circulação de músicos e bandas, a produção literária, entre tantas outras formas de expressão, garantem empregos, qualidade de vida, preservação e valorização da mineiridade e ainda desenvolvem boas práticas de cidadania.”

Arte não tem idade

O projeto de Adelícia Amorim Rocha foi um dos 27 contemplados pela LPG em Almenara, no Vale do Jequitinhonha. Ela foi selecionada na categoria “Mestras e Mestres” do edital 11, destinado a premiar trajetórias culturais de agentes que tenham prestado relevante contribuição ao desenvolvimento artístico ou cultural do estado de Minas Gerais. Aos 89 anos, Adelícia, bordadeira desde os 12, sentiu-se imensamente reconhecida ao ver seu nome entre os classificados. Por décadas, ela desenvolveu trabalhos e oficinas de bordado em Almenara, cidades e distritos próximos ao município, instituições e presídios.

Para além de movimentar a economia do estado, gerar emprego e renda, a LPG em Minas Gerais também reforça a auto-estima e o senso de coletividade dos fazedores de cultura no estado. “Sempre fiz meu trabalho com muita dedicação. Meu objetivo é viver não só o meu eu, mas passar para as pessoas o que eu aprendi, e transmito isso com muita simplicidade. A Lei Paulo Gustavo foi uma abertura, uma luz para Almenara, para o Vale do Jequitinhonha. Ter nosso trabalho reconhecido é muito importante”, afirma a bordadeira.

Exposição bordados Casa Museu Guimarães RosaA mostra "Ave Palavra" reúne um conjunto de 40 bordados do artista mineiro Osmar Oliva (Foto Reprodução)

O Museu Casa Guimarães Rosa, em Cordisburgo, inaugura, neste sábado (11), a partir das 15h, a exposição “Ave Palavra”, do artista mineiro Osmar Oliva, que reúne 40 bordados inspirados nas obras de Guimarães Rosa. A mostra, que fica aberta ao público até dia 30 de junho e tem curadoria de Fabiano Lopes de Paula, reflete a jornada de um homem e suas composições dentro de um contexto de imagens e de um simbolismo peculiar que afloram na alma do sertanejo. “Ave Palavra” é também uma homenagem à obra de Guimarães Rosa, autor de um livro de mesmo nome, uma coleção póstuma de escritos diversos que inclui contos, fragmentos de diários e reflexões, e representa a natureza ondulatória e o ritmo da escrita rosiana. Cada ponto e cada linha podem simbolizar as alturas emocionais e as nuances sutis expressas em bordados, capturando a musicalidade e o ritmo tão característicos no trabalho literário de Rosa.

“Este conjunto de 40 bordados, meticulosamente trabalhados por um artista cuja história transcende a técnica artística, convida-nos a vivenciar um mundo onde o ato de bordar se transforma em uma ponte emocional entre o traçado e tramas do ponto a ponto, das linhas e das cores, contornando e cosendo formas, ilustrando em poesia”, destaca Fabiano de Paula.

Nestas obras, cada movimento, cada matiz, não é apenas um elemento de desenho, mas um símbolo potente de conexão e cura. Osmar Oliva, um homem de sensibilidade aguçada, mergulhou no universo do bordado como meio de enfrentamento após o falecimento de sua mãe, uma mulher de vida simples e de grande força, que deixou um legado de amor incondicional e resiliência para seus nove filhos.

Inspirado pelas lembranças de sua mãe bordando à porta de sua humilde casa, e movido pela saudade após sua partida, o artista empreendeu uma jornada de criação que o levou a completar 40 peças, cada uma delas carregando camadas de significado e emoção. Ao longo da exposição, os visitantes são convidados a refletir sobre as diversas formas de amor e de memória e sobre como a arte, em suas múltiplas expressões, pode servir como um veículo poderoso para a celebração da vida. “A forma das linhas e as cores poderiam, ainda, simbolizar a voz de Rosa, que ressoa através de suas palavras como uma ave, um pássaro que voa livremente, espalhando suas histórias e a riqueza da cultura sertaneja”, finaliza o curador Fabiano de Paula.

Osmar Oliva

Osmar Oliva nasceu em Brasília de Minas. É neto de Duzim Oliva, o primeiro fotógrafo da cidade, e sobrinho-neto de Zino Oliva, escultor e pintor em Montes Claros nos anos de 1920. Em sua família, destacam-se, portanto, artistas nas diversas áreas: literatura, escultura, fotografia, pintura, música e bordado. O artista é formado em Letras Português/Francês pela Unimontes, com mestrado e doutorado em Estudos Literários pela UFMG. É professor na Unimontes desde 1996 e já publicou dezenas de livros de crítica literária, de poemas e de contos. Dedica-se de forma polivalente a outras artes como a pintura, a escultura, a fotografia, e o bordado à mão.

Participou de diversas oficinas de desenho e de pintura com os artistas Gemma Fonseca, Sérgio Ferreira, Heloísa Dumont, Fátima Raquel, Hélio Brantes, dentre outros. Em fotografia, realizou cursos com o fotógrafo e editor de imagens Neto Macedo. Já o bordado tem se tornado uma prática cada vez mais intensa, de forma autodidata. Vem participando efetivamente de concursos de fotografia e de exposições individuais e coletivas com suas expressões artísticas variadas, firmando-se como um artista inquieto e múltiplo.

Museu Casa Guimarães Rosa

Inaugurado em 1974, o Museu Casa Guimarães Rosa completou 50 anos em março passado. O espaço cultural está localizado na cidade de Cordisburgo, sendo uma instituição dedicada à preservação da memória biográfica e literária de um dos maiores escritores da literatura nacional. Os documentos, fotografias e objetos do acervo do Museu refletem aspectos da vida pessoal de Guimarães Rosa, além de sua atuação profissional como médico, escritor e funcionário do Ministério das Relações Exteriores.

O museu está instalado na casa onde Guimarães Rosa nasceu e viveu os primeiros anos de sua infância (1908 – 1917). O edifício é composto pela residência onde a família Guimarães Rosa habitava e pela venda mantida pelo pai do escritor, “seu” Florduardo, ou simplesmente “seu Fulô”. No Museu, o visitante tem a oportunidade de conhecer o universo mágico do sertão mineiro, onde Guimarães Rosa nasceu e se formou. Da infância na “Venda do Seu Fulô”, onde ouvia as histórias fantásticas dos vaqueiros e fregueses de seu pai, à atuação como Cônsul no Rio de Janeiro, Hamburgo, Bogotá e Paris, a vida do escritor está retratada no acervo, nas exposições e nas ações que o Museu desenvolve.

Atualmente, o Museu Casa Guimarães Rosa exibe a exposição de longa duração “Rosa dos Tempos, Rosa dos Ventos”, que proporciona uma imersão nos espaços residenciais da Família Guimarães Rosa e na literatura de seu membro mais ilustre. O universo rosiano e sertanejo se mesclam oferecendo ao público uma mostra da genialidade de Guimarães Rosa como escritor, médico, cônsul, pai, filho, marido e membro da Academia Brasileira de Letras.

Serviço:
Exposição "Ave, Palavra", do artista Osmar Oliva
Curadoria: Fabiano de Paula
Quando: De 11 de maio a 30 de junho
Local: Museu Casa Guimarães Rosa (Av. Padre João, 744 - Cordisburgo)

Palácio da Liberdade restauro Foto Secult DivulgaçãoIniciada em setembro do ano passado, primeira fase do restauro e conservação foi inaugurada nesta segunda-feira (22); obras foram realizadas nas fachadas, pinturas artísticas parietais, cantarias, parte interna dos torreões, varandas, Quarto da Rainha e Quarto do Governador (Foto Secult/Divulgação)

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, e o Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente, do Patrimônio Cultural e da Habitação e Urbanismo (Caoma) inauguraram, nesta segunda-feira (22), diversas áreas restauradas do Palácio da Liberdade, equipamento que integra o Circuito Liberdade. O projeto, que faz parte do programa Minas para Sempre, tem como objetivo a conservação do bem tombado desde 1975, tendo em vista a sua importância histórica, artística, arquitetônica e social para os mineiros.

As diversas ações de restauração, iniciadas em setembro do ano passado, incluíram, nesta primeira fase, a revitalização das cantarias e pinturas das partes externas e internas das fachadas. Como forma de manter as características originais e possibilitar o melhor uso e fruição do bem cultural, foi realizada a recomposição artística de forros, molduras e piso em tacaria do Quarto do Governador e do Quarto da Rainha. A lista de ações de restauro incluirá ainda a recuperação da cozinha, adequação à acessibilidade dos acessos e percursos de visitação; restauro de corrimãos, rodapés, portais e esquadrias danificadas, entre outras.

“O Ministério Público tem na sua incubência constitucional a defesa do patrimônio cultural, buscou essa alternativa que se transforma em fato concreto hoje. Esses recursos, é bom que se diga, não são do Ministério Público, são recursos públicos que foram desviados de alguma forma. Eles são recuperados em parceria com outras instituições, como a Polícia Civil, Polícia Militar, Receita, órgãos ambientais, e são transformados em projetos de interesse da sociedade como este”, comentou o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior.

Durante todo o período das obras, manteve as portas abertas ao público para visitação por meio do “Ateliê de Restauração Aberto do Palácio da Liberdade”. A ação educativa e sociocultural inovadora tem como objetivo garantir que todos possam conhecer como são executados os processos de recuperação e restauro dos bens de valor histórico. De setembro de 2023 a julho deste ano, o Palácio recebeu a visita de mais de 163 mil pessoas.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, ressaltou a importância da entrega da primeira etapa das obras no Palácio da Liberdade para a sociedade mineira: “Quando a gente cultiva nosso patrimônio histórico, cultivamos a vida, a harmonia, a coesão social. Chegamos à conclusão de que essa é a mais completa obra de restauração que o Palácio da Liberdade já sofreu na sua história, e não vai acabar por aqui. Estamos entregando a primeira fase, ainda temos muita coisa a fazer. Estamos aqui, hoje, celebrando essa entrega”.

Dentro do projeto, ainda está previsto a iluminação cênica, para destacar as fachadas externas e jardins, restauro da área do lago, quiosque e gruta, além de restauração de parte do mobiliário do Palácio. A previsão de término é abril de 2025. As obras estão sendo acompanhadas pelo Iepha-MG por meio do Comitê de Avaliação e Acompanhamento, formado por representantes do Governo do Estado, MPMG, município de Belo Horizonte e o Instituto Biapó, responsável pela contratação das obras.

O custo total das obras é de, aproximadamente, R$10 milhões. Os recursos são advindos de medidas compensatórias ambientais direcionados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Plataforma Semente. A plataforma é uma iniciativa do MPMG, em parceria com o CeMAIS, para recebimento de projetos socioambientais de instituições do terceiro setor. A equipe multidisciplinar é responsável pelo trabalho de avaliação e de monitoramento, potencializando a transparência dos resultados alcançados e dos recursos utilizados.

História

Inaugurado em 1898, o Palácio da Liberdade foi construído para sediar o Governo do Estado de Minas Gerais. A edificação está inserida em um espaço icônico da cidade, integrado ao conjunto de prédios construídos para abrigar as secretarias do governo, após a transferência da capital de Ouro Preto para Belo Horizonte. O empreendimento reflete a influência francesa na arquitetura do período. Os materiais utilizados na sua construção foram importados da Europa: armações de ferro das escadarias vindas da Bélgica, telhas de Marselha, na França, madeiras de pinho-de-riga da Letônia, e mármore de Carrara, na Itália.

A pintura e a decoração do edifício são do artista Frederico Antônio Steckel. Os jardins são do arquiteto paisagista Paul Villon, enquanto os canteiros, divididos longitudinalmente por uma alameda flanqueada por palmeiras imperiais, foram projetados por Reynaldo Dierberger. Por sua importância histórica, artística e arquitetônica, a edificação foi tombada pelo Iepha-MG em 1975, por meio do Decreto n. 16.956. O tombamento contemplou a edificação do Palácio com seus elementos internos decorativos, jardins com fonte, esculturas, orquidário, quiosque e demais bens de valor cultural. A última obra realizada no local foi concluída em 2006, para solucionar problemas com infiltrações que prejudicavam o prédio e seu acervo artístico.

Minas para Sempre

O programa Minas para Sempre tem por objetivo promover a recuperação, restauração e conservação de bens valorados como integrantes do patrimônio cultural no estado de Minas Gerais, visando aprimorar ou restabelecer sua fruição coletiva e preservação para as atuais e futuras gerações. A iniciativa é resultado de parceria entre o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Cultural e Urbanismo (Caoma), e do Centro de Apoio Operacional de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet).

Trem da Serra da Mantiqueira Foto Reprodução Site tremdaserradamantiqueiraExperiências vão ressaltar a Cozinha Mineira e o patrimônio histórico e cultural de diversos municípios como potência turística e econômica; passeio no Trem da Serra Mantiqueira, em Passa Quatro, faz parte da programação do roteiro Amag Mantiqueira (Foto Foto Reprodução/tremdaserradamantiqueira.com.br)

A partir desta quinta-feira (9), o Governo de Minas Gerais promove uma imersão marcada por experiências turísticas e gastronômicas em duas rotas do Estado: a recém-lançada Rota das Artes, que abrange oito municípios da região Central do Estado, e a Rota do Queijo e do Azeite, no Sul de Minas, estado líder em atividade turística há mais de um ano e que, em fevereiro, cresceu mais de 1.500% acima da média nacional. Até domingo (12), jornalistas e influenciadores mineiros e de outros estados vão conhecer as riquezas culturais existentes em roteiros especialmente preparados para as ambas as ações, que integram o programa Mais Turistas e o projeto “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea”. O objetivo é reforçar Minas Gerais como um dos principais destinos turísticos do país e ressaltar a cultura mineira como potência econômica e geradora de emprego e renda.

Com degustações, almoços e jantares em locais turísticos, visitas a fazendas e outros pontos estratégicos durante os quatro dias, o roteiro Amag Mantiqueira, que percorre a região da Serra da Mantiqueira, no Sul de Minas, tem início nesta quinta-feira (9), na cidade de Aiuruoca, conhecida pelas muitas cachoeiras, corredeiras, picos, montanhas e uma rica e preservada Mata Atlântica. Um dos atrativos mais procurados e visitados é a Cachoeira dos Garcias. A promoção do roteiro Amag Mantiqueira é uma realização do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, e do Centro Universitário UniBH, com patrocínio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e apoio da Associação dos Municípios da Microrregião do Circuito das Águas (Amag).

A viagem continua em Alagoa, famosa pelo delicioso queijo parmesão produzido artesanalmente pela população que vive na zona rural do município. Favorecida pelo clima e topografia da região, a cidade recebeu o orgulhoso título de “Terra do Queijo Parmesão”. “Essa ação do Governo de Minas e da Secult vai dar mais visibilidade aos resultados turísticos e econômicos já existentes aqui nas montanhas da Mantiqueira. A Rota do Queijo e do Azeite é recomendada pela revista ‘Forbes’. Será um turismo de experiência memorável e é fundamental que isso extrapole as fronteiras de Minas para trazermos turistas de outros estados para cá”, destaca o fundador da Queijo d’Alagoa-MG e criador da Rota do Queijo e do Azeite, Osvaldo Filho.

O sábado (11), em Passa Quatro, será marcado pelo passeio no Trem da Serra da Mantiqueira. A Maria Fumaça relembra os tempos áureos das ferrovias e a locomotiva a vapor é quase centenária, de 1925. Visitas ao túnel da Mantiqueira, passagem de quase um quilômetro de extensão famosa por ser cenário da Revolução Constitucionalista de 1932, e ao Instituto Alto Montana da Serra Fina, local de pesquisa e educação que guarda mais de 1.000 hectares de Floresta Atlântica, também são destaques do penúltimo dia de viagem. O roteiro termina, no domingo (12), em Itanhandu, após passagem por Itamonte, reconhecida por sua culinária típica do Circuito Turístico Terras Altas da Mantiqueira: truta, pinhão e comida mineira de fogão à lenha.

Do barroco à Cozinha Mineira

Um tour pelo Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, será o pontapé inicial para a jornada pela Rota das Artes, que também começa nesta quinta-feira (9). Em seguida, o grupo parte para Congonhas, local da atividade “Experiência Modos Operantes de Aleijadinho”. Na cidade da região Central do Estado está localizado o Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, considerado uma das obras-primas do barroco mundial e reconhecido como Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco.

De lá, a imersão na Rota das Artes segue com visitas e atividades em Ouro Branco, Ouro Preto e Mariana, cidades que, a exemplo de Congonhas, integram o Circuito do Ouro e reúnem riquezas do patrimônio histórico nacional. Experiências gastronômicas tendo os pratos típicos da cozinha mineira como protagonistas farão parte de todo o roteiro. Maior museu de arte contemporânea a céu aberto do mundo, Inhotim, em Brumadinho, é o destaque da programação de sábado (11). No dia seguinte, o último da jornada pela Rota das Artes, o roteiro também prevê uma parada em Igarapé antes do retorno a BH.

A Rota das Artes foi lançada no MTM – Minas Travel Market, evento realizado na capital mineira, no fim de abril, e irá impulsionar o desenvolvimento econômico e a geração de emprego e renda nas regiões atravessadas pelo projeto. O roteiro abrange oito municípios: Belo Horizonte, São Joaquim de Bicas, Igarapé, Brumadinho, Congonhas, Ouro Branco, Ouro Preto e Mariana. As cidades estão divididas em três destinos: Circuito Liberdade, Destino Veredas e Circuito do Ouro. A promoção turística da Rota das Artes é uma realização do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, e do Centro Universitário UniBH, com patrocínio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e apoio do Sebrae Minas.

A diretora-executiva do Circuito do Ouro, Márcia Martins, celebra a iniciativa do Governo de Minas: “A Rota das Artes conecta BH a duas grandes regiões turísticas de Minas Gerais, o Circuito do Ouro e Destino Veredas, e tem uma abordagem que permite a essas regiões repensarem a forma de se apresentar junto ao mercado. No Circuito do Ouro, a Rota das Artes valoriza o trabalho dos artistas e incentiva o empreendedorismo”.

Palácio da Liberdade Foto Marco Evangelista ImprensaMGProgramação da imersão à Rota das Artes inclui visita ao Palácio da Liberdade, no Circuito Liberdade, em Belo Horizonte (Foto Marco Evangelista/ImprensaMG)

Ópera Aleijadinho Foto Paulo Lacerda FCS DivulgaçãoA ópera "Aleijadinho", produção da Fundação Clóvis Salgado, foi encenada em abril de 2022 (Foto Paulo Lacerda/FCS)

Nos últimos anos, o número de estreias de óperas brasileiras tem aumentado consideravelmente e a Fundação Clóvis Salgado (FCS) assume papel de destaque no cenário nacional. A ópera nas terras das alterosas respira mineiridade. Com a tríade “Aleijadinho”, “Matraga” e “Devoção”, produzidas pela FCS, o Palácio das Artes, há três anos consecutivos, investe em colocar a história do estado em evidência por meio de personagens e narrativas que estão na gênese do povo mineiro. A mais recente produção do Palácio das Artes, "Devoção", estreia, nesta sexta-feira (19/7), no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, após pré-estreia lotada em Congonhas, em 13/7. O compositor João Guilherme Ripper, considerado um veterano na criação de óperas contemporâneas, assina a obra.

Ele se diz muito feliz com a oportunidade de desenvolver outra ópera totalmente brasileira em solo mineiro: “o Brasil tem uma grande riqueza histórica e literária sendo explorada, e graças a essas encomendas dos teatros de ópera do Brasil, em especial do Palácio das Artes, que é a terceira obra que trata da mineiridade, estamos tendo a oportunidade de explorar esse lado tão bonito e tão forte que é a devoção, em todas as suas manifestações.” André Cardoso, músico e autor do libreto de “Devoção” em parceria com Ripper, sustenta que a ópera é um gênero vivo no mundo inteiro, e que o Brasil vive um momento especial.

“É muito importante oferecer uma ópera com conteúdo brasileiro, que retrate a vida, a história do povo, que traga para o palco personagens reais ou fictícios, mas que tenham conexão com a cultura do nosso país. É muito bom ver que o Palácio das Artes investe seriamente nisso. A prova é ‘Devoção’, mais uma importante ópera brasileira em estreia”, ressalta Cardoso.

Trilogia da mineiridade

Em 2022, “Minas” esteve em foco com a montagem de “Aleijadinho”. A récita teve sua estreia em 29/4, com encenação ao ar livre, em Ouro Preto, antiga Vila Rica, onde nasceu e viveu o escultor Antônio Francisco Lisboa. O cenário foi a Igreja São Francisco de Assis, onde se encontram alguns dos principais acervos de suas criações. Composta por Ernani Aguiar e com libreto escrito por André Cardoso, a ópera foi baseada em fatos da vida do mestre internacionalmente reconhecido como artista maior do Barroco Mineiro, e cujas obras permanecem como referência em cidades históricas do estado.

Em 2023, a ambientação foi o sertão das “Gerais”. “Matraga", ópera em três atos de Rufo Herrera baseada no conto “A hora e vez de Augusto Matraga”, de Guimarães Rosa, lotou os 1,7 mil lugares do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. A peça foi uma versão adaptada da original, composta por Herrera em 1985, “Balada para Matraga”. A composição de Matraga se converteu em uma homenagem aos 90 anos do compositor nascido na Argentina, mas radicado no Brasil desde a década de 1960, com uma importante atividade em Minas Gerais. Como no caso de “Aleijadinho” em Ouro Preto, dessa vez, a cidade natal de Guimarães Rosa, Cordisburgo, foi a escolhida para a primeira récita. A Gruta de Maquiné foi o cenário perfeito, que arrancou aplausos frenéticos por mais de 10 minutos ao final da apresentação.

Temporada 2024

E, agora, em 2024, Congonhas foi o local escolhido para a encenação em dois atos da história de Feliciano Mendes, português que chega à região das Minas em busca de ouro. Além de composta por João Guilherme Ripper e de ter André Cardoso na escrita do libreto, “Devoção” tem direção musical de Ligia Amadio e concepção e direção cênica a cargo de Ronaldo Zero. Tanto a Orquestra Sinfônica, quanto o Coral Lírico de Minas Gerais e a Cia de Dança Palácio das Artes integram todas as produções operísticas do Palácio das Artes. A pré-estreia em Congonhas contou com uma participação conjunta do Coral Cidade dos Profetas.

Opera Devocao em Congonhas Foto Márcia Charnizon 3"Devoção", 95ª ópera encenada pelo Palácio das Artes, teve pré-estreia em Congonhas no último sábado (13) e, nesta sexta-feira (19), ganha os palcos do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes (Foto Márcia Charnizon)

Para a diretora artística da Fundação Clóvis Salgado, Claudia Malta, o maior desafio de uma montagem original é exatamente o desconhecido: “em uma ópera de repertório você conhece a música, os trechos, sabe os pontos chave, o clímax, escala o elenco com mais assertividade. Em uma ópera original, é preciso confiar muito no compositor, no libreto, porque somente nos ensaios completos é possível dimensionar um pouco do que será o espetaculo”.

Presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis está seguro de que, com a ópera “Devoção”, o Palácio das Artes se coloca entre as raras instituições nacionais que mantêm um programa regular de criação de títulos inéditos e exclusivos inspirados na nossa cultura. Ele acredita que “somos, com toda esta movimentação em torno da criatividade, protagonistas de um movimento de democratização e de transformação do gênero para as novas gerações.” “Ao traduzir o que somos, a nossa identidade, a nossa alma e nosso povo, estes espetáculos têm conseguido ganhar um sentido de pertencimento ainda maior ao nos transmutar em forma de arte”, completa Reis.

Tradição operística

“Devoção” é a 95ª ópera encenada pelo Palácio das Artes. Além das três recentes obras contemporâneas, já é tradição da Fundação Clóvis Salgado oferecer ao público o repertório mundial criado por Verdi, Puccini, Bizet e outros grandes compositores eruditos. Há exatamente um ano, uma coletânea de trechos dessas óperas que marcaram o gênero na Itália foram encenadas no “Viva Ópera: espetáculo dos clássicos operísticos”, e estreou no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes para marcar a segunda Temporada Lírica da instituição. No programa, trechos de nove das consideradas mais importantes óperas italianas.

O espetáculo levou ao público, entre outras peças, “La Traviata”, “Aida” e “Rigoletto”, de Giuseppe Verdi, “Madama Butterfly”, de Giacomo Puccini, e “O Barbeiro de Sevilha”, de Gioachino Rossini. Um revival de grandes produções da casa, que teve, como sempre, sucesso de crítica e público.

sinfonica lua 

Em 1969, na histórica missão Apollo 11, que marcou a primeira vez em que o homem pisou na lua, o astronauta Neil Armstrong levou consigo uma gravação da “Sinfonia do Novo Mundo”, de Dvořák. Embora tenha sido composta por um tcheco, a obra se tornou um ícone da cultura estadunidense. Sob a regência do renomado maestro alemão Oliver Weder, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), juntamente com o Coral Lírico de Minas Gerais (CLMG), apresenta “O Novo Mundo”, com um programa composto por obras de Antonín Dvořák e dos italianos Giuseppe Verdi e Giacomo Puccini, compositores essenciais para a música clássica. A apresentação ocorre na quarta-feira (8/5) às 20h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, com participação do Coral Infantojuvenil Palácio das Artes, da soprano Melina Peixoto e do barítono Pedro Viana. Os ingressos, que já estão à venda no site, têm preços populares: R$30 a inteira e R$15 a meia-entrada. No dia anterior ao concerto, terça-feira (7/5), às 12h, será apresentada ao público mais uma edição do projeto “Sinfônica ao Meio-Dia”, com parte do programa e entrada gratuita.

O concerto marcará a primeira vez do regente Oliver Weder no Brasil. Ele, que é Maestro Titular de uma das orquestras mais antigas da Alemanha, a Orquestra Sinfônica de Thüringen (cuja história remonta ao século XVII), e Diretor Geral de Música do Teatro de Rudolstadt, conta que está animado para conhecer Minas Gerais e o Palácio das Artes. “Só conheço sua maravilhosa maestra Ligia Amadio, e ela me convidou e confiou em mim para reger seus incríveis músicos. Acho que iremos ter uma ótima experiência apresentando este programa lindamente escolhido para o nosso público. Sou um maestro de ópera, e vocês têm um grande coral, então foi uma escolha natural colocar trechos de coros de óperas famosas na primeira parte do programa. Como precisávamos de uma segunda parte igualmente popular, o que poderia ser melhor do que a ‘Sinfonia do Novo Mundo’, de Antonín Dvořák?”, conta Oliver. Pelo nome, a sinfonia pode não parecer tão familiar para o público, mas é frequentemente usada no cinema e está presente na trilha sonora de filmes como “Os Infiltrados” (2006), “Quarteto Fantástico” (2005) e “Barbie como Rapunzel” (2002).

O Ministério da Cultura, o Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam “Concertos da Liberdade – O Novo Mundo”. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm Patrocínio Master da Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal e correalização da APPA – Cultura e Patrimônio. Governo Federal, Brasil. União e Reconstrução.

Uma celebração de Verdi, Puccini e Dvořák – Giuseppe Verdi e Giacomo Puccini são dois dos mais renomados compositores italianos e ambos deixaram um legado duradouro na ópera e na música clássica em geral. A primeira obra a ser interpretada no dia 8 será a introdução de “Nabucco”, de Verdi, ópera que foi um ponto de virada crucial na carreira do autor, resgatando-o de um período difícil em que considerou abandonar a música. Esta obra, que narra a história do rei da Babilônia e a expulsão dos judeus de sua terra, é reconhecida como um dos maiores triunfos artísticos do compositor italiano, e sua composição emotiva fez de Verdi uma figura de destaque e um símbolo nacional.

Em seguida, virão trechos de “Le Villi” (As fadas), “La Rondine” (A andorinha), “Turandot” e “Tosca”, de Puccini, e os dois últimos contarão com a participação do Coral Infantojuvenil Palácio das Artes. Bruno Thadeu, regente do grupo, explica que dentro da Sinfônica e do Coral Lírico estão os profissionais que já têm uma jornada na música e são os maiores exemplos para os cantores do Coral Infantojuvenil. “A possibilidade das crianças trabalharem com suas inspirações é, talvez, o principal motivador para elas. Toda vez que há essa participação junto da Orquestra, do Coral Lírico, a gente percebe que os meninos têm um brilho no olhar diferenciado, exatamente por se aproximarem dos seus ídolos. Da minha parte, na regência, é um desafio técnico também, porque preparar trechos de óperas que tem esse renome e essa história – como é o caso das que eles vão participar, ‘Turandot’ e ‘Tosca’ –, é sempre um desafio técnico, e engloba, ainda, a organização do grupo, que hoje é composto por 34 crianças e adolescentes”, detalha Bruno Thadeu.

As obras de Puccini são frequentemente encenadas em teatros em todo o mundo e continuam a cativar o público com suas narrativas. Puccini era um mestre na criação de personagens complexos e na representação de emoções humanas universais. “Le Villi”, sua primeira incursão no gênero de ópera, é inspirada em uma lenda popular sobre espíritos de mulheres que vagam pela floresta em busca de vingança e marcada pela intensidade das melodias. Em “La Rondine”, Puccini apresenta uma história de amor e sacrifício, ambientada em Paris, com uma partitura melancólica. “Turandot”, seu último trabalho, é um épico grandioso, com temas musicais de origem chinesa. Já em “Tosca”, uma de suas obras mais aclamadas e populares, o compositor cria um drama trágico sobre a paixão, ambientado na Itália às vésperas do século XIX.

Para encerrar a primeira parte do programa, o barítono Pedro Vianna, do Coral Lírico de Minas Gerais, participará de uma ária como solista. “As expectativas são as melhores possíveis para voltar ao palco do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes depois de pouco mais de um ano ausente como solista, e, para esse reencontro musical, nada melhor do que Puccini no programa. Terei o prazer de subir ao palco acompanhado da querida Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, para interpretar um dos trechos mais famosos da ópera ‘Tosca’, cantado pelo personagem Scarpia, sendo esse um dos mais sublimes do repertório romântico. Além disso, haverá o ilustre acompanhamento do Coral Lírico de Minas Gerais no famoso trecho do ‘Te Deum’. Tenho certeza que esse concerto será sublime”, adianta Vianna.

Na segunda parte do programa, será apresentada a “Sinfonia nº 9” de Dvořák, mais conhecida como “Sinfonia do Novo Mundo”. O célebre regente Leonard Bernstein, recentemente interpretado por Bradley Cooper no filme “Maestro”, definiu-a como “a primeira sinfonia multinacional”. A história da obra explica essa característica: em 1885, a benfeitora Jeannette Thurber fundou o Conservatório Nacional de Música em Nova York, visando desenvolver uma identidade musical própria para os Estados Unidos. No ano de 1892, Thurber recrutou Dvořák, conhecido por suas composições tchecas nacionalistas, para liderar o Conservatório. O compositor acreditava que a futura música dos Estados Unidos deveria ser baseada nas “melodias negras”, referindo-se à música afro-americana. Ele mergulhou nesse estilo musical e incentivou seus alunos a explorá-lo também. Durante seu tempo nos Estados Unidos, Dvořák compôs sua famosa “Sinfonia do Novo Mundo”, com influências da música indígena e afro-americana. Quando o compositor voltou para casa, em 1895, ele deixou um legado ainda maior do que Jeannette Thurber ousou sonhar: a primeira composição que conseguiu incorporar e transmitir o “espírito americano”. Um marco para a história da música, a “Sinfonia nº 9” abriu o caminho para a influência mundial da cultura estadunidense ao longo do século XX.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

A realização é do Ministério da Cultura, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, por meio da Fundação Clóvis Salgado e do Circuito Liberdade. O patrocínio master é da Cemig e do Instituto Cultural Vale. O patrocínio prime é da ArcelorMittal e do Instituto Unimed BH. A promoção é da Rede Minas e da Rádio Inconfidência. A correalização é da APPA – Cultura & Patrimônio. Viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura.

O Concerto contará com um profissional intérprete de LIBRAS para o acompanhamento das ações e orientação ao público PCD auditivo nos espaços que dão acesso ao teatro.

Informações

Local

 Grande Teatro Cemig Palácio das Artes

Horário

07/05 – 12h
08/05 – 20h

Classificação

10 anos

Informações para o público

(31) 3236-7400

 

Foto: Fundação Clóvis Salgado

 

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O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), acaba de entregar mais uma Caixa Estante, serviço da Biblioteca Pública Estadual que leva livros cuidadosamente selecionados a diversas a instituições, com o intuito de democratizar o acesso à cultura e à literatura. Desta vez, quem recebeu o equipamento, com cerca de 200 títulos, foi a unidade de nefrologia do Hospital Evangélico (HE) localizada em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Situado no bairro Fonte Grande, o hospital é o único que atende aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade, cobrindo também a demanda dos municípios de Ibirité e Sarzedo. Esta é a segunda unidade do HE a receber a Caixa Estante da Biblioteca Pública Estadual, presente também na unidade de Venda Nova, que soma um acervo total de 1.520 livros.

A ação, que integra o programa de governo Minas Criativa, foi realizada durante a inauguração do projeto “Lendo e Aprendendo” na unidade, que agora conta com um espaço de leitura com 600 títulos diversos, além de cinco dispositivos Kindle e cinco MP3 para pessoas com baixa visão. O acervo pode ser desfrutado pelos 719 pacientes que fazem sessões de hemodiálise no local, além de familiares, acompanhantes e colaboradores do hospital.

Para o diretor do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas da Secult-MG, Lucas Amorim, o serviço de Caixa Estante, criado em 1960, expande o alcance da Biblioteca Pública de Minas Gerais, localizada na Praça da Liberdade. “Estamos em diversos locais do estado, onde crianças e adultos podem recorrer à leitura como passatempo ou fonte de informação”, destaca.

Além da parceria com a Secult, por meio da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB), o projeto Lendo e Aprendendo tem patrocínio da VMG Farmacêutica e apoio do Colégio Santo Antônio, PUC Minas, Faminas, Colégio Batista e das livrarias Amadeu, Dona Clara, Moinho do Livro e Savassi.

“O projeto Lendo e Aprendendo tem mobilizado diversos apoiadores para proporcionar momentos de conforto e acolhimento para o nosso público em Contagem. Entendemos que a leitura é uma atividade valiosa que pode oferecer entretenimento, conhecimentos e distração durante a sessão de diálise, que é realizada três vezes por semana, por quatro horas”, destaca o presidente do Hospital Evangélico, Euler Borja.

Sobre o Hospital Evangélico

Fundado há 78 anos, o Hospital Evangélico de Belo Horizonte engloba, além do prédio original, no bairro da Serra, mais nove unidades de atendimento médico e de saúde em BH, Contagem e Betim. Em 2023, a rede, que possui mais de 2,6 mil colaboradores, realizou mais de 1,3 milhão de procedimentos médicos, incluindo SUS, convênios e particulares.

Referência em atendimentos de nefrologia, a instituição é a maior fornecedora do SUS para serviços da especialidade em Minas Gerais, com cerca de 3,5 mil pacientes nas unidades de Venda Nova, Contorno, Contagem e Betim. Sua cadeia de tratamento engloba o cuidado medicamentoso, hemodiálise e diálise peritoneal, além de um ambulatório de transplante renal que acompanha mais de 500 pacientes.

Foto: Divulgação/HE

Festival do Queijo e da Cachaça das Vertentes em Coronel Xavier Chaves Foto Fabrícia Ferreira stagecomunicação

O município de Coronel Xavier Chaves vai sediar, de quinta a domingo (2 a 5 de maio), o 2º Festival do Queijo e da Cachaça das Vertentes. O evento vai reunir os principais produtores, expositores, especialistas e curadores dos eixos no mês de maio, além de grande nome da música popular brasileira.

A entrada é gratuita em todos os dias, com uma estrutura completa, coberta, com estandes e praça de alimentação. A programação musical vai contar com a apresentação da Banda 14 Bis no sábado (4/5), a partir das 22h, além de diversos shows regionais ao longo dos quatro dias de evento.

Os visitantes poderão apreciar a qualidade de produtos artesanais e conhecer as novidades e tendências do Mercado das Vertentes. Será uma oportunidade de passear pelos estandes, degustar e comprar os mais variados tipos de queijos e produtos lácteos, além de cachaças exclusivas que garantem a Minas Gerais o reconhecimento de um dos melhores produtores do país.

Queijos e Cachaças premiados

Não que precise de justificativas para realizar um evento com queijo e cachaça em Minas Gerais, mas Coronel Xavier Chaves tem muitos motivos para sediar o evento. Entre eles estão as premiações recebidas de forma recorrente pelos produtores locais.

Entre as dezenas de produtores de queijo e cachaça estão vários premiados. O Queijo Bonanza, de Coronel Xavier Chaves, recentemente recebeu duas premiações no Mundial do Queijo do Brasil 2024. O Queijo Minas Padrão Bonanza recebeu Medalha de Ouro, e o Queijo Meia Cura Bonanza, Medalha de Prata.

Outro destaque para a Cachaça Século XVIII, fabricada no Engenho mais antigo do Brasil em funcionamento, da família de Tiradentes. Em 2024, mais uma vez, a Cachaça está entre as 50 finalistas do VI Ranking da Cúpula da Cachaça. A Santo Grau e a Século XVIII, as duas fabricadas em Coronel Xavier Chaves, representaram mais uma vez no jeito mineiro de fazer cachaça.

São produtos feitos na região e que levam o nome de Coronel Xavier Chaves e da região para o Brasil e para o mundo. É uma oportunidade de levar para casa produtos que conquistam o paladar de jurados de diversos concursos.

Cursos franceses

Dentre outras atividades, serão realizados cursos franceses de cura de queijos e análise sensorial ministrados pelos professores Dhelphine Gehante Luhring, francesa, e José Manoel Martins, da SerTãoBras. O programa inclui os cursos: Microbiologia do QMA e Ultra frescos e sobremesas no dia 02 de maio; Descoberta das famílias de queijos duros, semiduros e azuis: perfil sensorial, sabores e aromas e Degustação comentada dos queijos das Vertentes no dia 03 de maio; Descoberta das famílias de queijos filados, frescos, massa mole e caca florida: perfil sensorial, sabores e aromas no dia 04 de maio, na Praça da cidade.  

O curso, realizado pela prefeitura, por meio da associação SerTãoBras, terá participação de produtores de leite e queijo de Coronel Xavier Chaves. O Prefeito Fúvio Olímpio fala sobre a importância de cursos para produtores locais. “Apoiar a produção de queijos artesanais na cidade é uma das prioridades como política pública para motivar produtores de leite a valorizarem melhor sua matéria prima neste mercado que está super em alta, o nicho dos queijos artesanais gourmet. Estamos no Campo das Vertentes, uma região queijeira reconhecida e temos todo potencial para isso”, disse.

Programação extensa

Os participantes vão contar ainda com orientações de como legalizar a produção de QMA, como ganhar dinheiro e diversificar as produções. Outra proposta é a oportunidade acompanhar a produção de cachaça ao vivo.

A região é rica em histórias. E quem está no mercado há décadas vai contá-las ao público. Com produtores locais e regionais que tiveram suas produções premiadas ao longo dos anos e levam o nome de Coronel Xavier Chaves e da região ao mundo.

Foto: Fabrícia Ferreira/@stagecomunicação

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A tradicional festa julina do Museu Mineira será realizada neste sábado (20). O evento vai trazer um pouco do clima das celebrações que acontecem entre junho e julho em diversas cidades do estado, com barracas de comidas típicas, brincadeiras e danças. Historicamente, essas festas eram organizadas por quermesses em igrejas. O Museu Mineiro, portanto, revisita essas manifestações da cultura popular com uma programação gratuita com muita música, arte e cozinha mineira.

 Serão 20 barracas com comidas típicas e expositores de artesanato mineiro. O objetivo é confraternizar e também reforçar o convite para o público conferir as exposições e os prédios do Museu Mineiro e do Arquivo Público Mineiro. Além disso, haverá espaço Kids para as crianças se divertirem durante a festa.

 A programação começará às 14h com apresentação de DJs e seguirá até 21h. Das 15h às 18h, será realizado o show de Karinna Magáli. Nascida em Belo Horizonte, ela apresentará o show do álbum “Alimente Sua Fé”, construído com os produtores Nando Maia e Sillas Lopes. Magáli já trabalhou também com Eder Monteiro, o mesmo produtor de artistas tarimbados, como Elza Soares, MC Catra e ED Motta.

 MUSEU MINEIRO

Localizado na Avenida João Pinheiro, corredor de acesso à Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, o Museu Mineiro está instalado em um edifício eclético construído em fins do século XIX pela Comissão Construtora da Nova Capital. Tendo sido construída para servir de residência para o Secretário da Agricultura, a edificação serviu de sede para o Senado Mineiro, foi a Pagadoria Geral do Estado até se tornar a sede do Museu Mineiro.

Inaugurado em 1982, o Museu Mineiro reúne em seu acervo um conjunto bastante diversificado de objetos referentes à história e à produção cultural e artística mineiras. Nas salas de exposição são exibidas obras de artistas consagrados, tais como: Manoel da Costa Ataíde, Yara Tupynambá, Amílcar de Castro, Jeanne Milde, Inimá de Paula, Lótus Lobo, Celso Renato, Sara Ávila, Guignard, Maria Helena Andrés e Di Cavalcanti, dentre outros.

Atualmente, o Museu exibe a exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, na qual o visitante tem a oportunidade de conhecer uma vasta coleção de arte sacra, datada dos séculos XVIII e XIX, além de preciosidades do acervo, como a bandeira da Inconfidência Mineira, os manuscritos originais da obra “Tutaméia” de Guimarães Rosa, o retrato de Aleijadinho e a coleção de santos de devoção popular.

O Museu Mineiro é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o  turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

Serviço

Festa Julina do Museu MIneiro

Dia: 20/7 (sábado), das 14h às 21h

Local: Museu Mineiro (Av. João Pinheiro, 342, Centro)

Entrada Gratuita

 

Carnaval BH 2024 Foto Dirceu Aurélio Imprensa MGO Carnaval impulsionou o crescimento da atividade turística no estado em fevereiro (Foto Dirceu Aurélio/Imprensa MG)

A cultura em Minas Gerais é a grande impulsionadora do turismo e foi fator determinante para que o estado alcançasse um recorde histórico. Manifestações populares como o Carnaval e a Minas Santa proporcionaram, em fevereiro, que o volume das atividades turísticas em Minas superasse a média nacional no mesmo período em 1.533%. A movimentação do turismo no estado chegou a 4,9%, 15 vezes maior que a média no país, de aproximadamente 0,3%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Outro destaque importante é que, de acordo com a Embratur, Minas foi o terceiro estado brasileiro a receber mais turistas internacionais em fevereiro, superando, por exemplo, destinos tradicionais do Nordeste. Ainda de acordo com o IBGE, Minas Gerais também é líder no desempenho turístico acumulado nos últimos 12 meses, de março de 2023 a fevereiro deste ano, com crescimento de 12,6%, superior ao dobro da média nacional, que foi de 4,9%.

Propulsor fundamental da economia da criatividade em Minas Gerais, a cultura é sinônimo de geração de emprego e renda, além de contribuir efetivamente para o recorde da atividade turística no estado. Em fevereiro, o segmento foi responsável por 368.289 empregos em Minas, Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Já no turismo, em fevereiro deste ano, o estoque de postos de trabalho no setor chegou a 400.519, um aumento de 7% – ou 28 mil novos empregos formais – em relação ao mesmo mês do ano passado.

As duas áreas, segundo o Novo Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego, superam os 700 mil empregos formais, estando entre os principais criadores de empregabilidade do estado. Festivais, feiras, eventos gastronômicos, espetáculos, shows, patrimônio histórico, museus e as riquezas naturais são os principais ativos dessa empregabilidade e renda. O Carnaval, por exemplo, movimentou R$ 4,7 bilhões na economia da criatividade e foi responsável pela criação de 100 mil novas vagas temporárias de trabalho no estado.

O recorde do fluxo turístico em Minas Gerais também é resultado das políticas públicas implementadas no setor e que integram os programas Minas Criativa e Mais Turistas, criados em meados de 2023 para ressaltar ainda mais os segmentos como motores de desenvolvimento econômico e geradores de emprego e renda. A campanha nacional realizada em nove capitais para publicizar o Carnaval do estado e a promoção do Destino Minas em feiras nacionais e internacionais, além de programas estruturantes, como Natal da Mineiridade, Minas Santa e festas populares e religiosas em municípios de todas as regiões, também contribuíram para o cenário favorável.

“Há mais de um ano, Minas lidera o crescimento das atividades turísticas no Brasil segundo o IBGE, mas o que aconteceu em fevereiro é um fenômeno impulsionado pelo turismo cultural carnavalesco, pelos festivais e também pelo verão nos lagos e nas cachoeiras. Devemos muito aos trabalhadores e trabalhadoras da cultura, às IGRs (Instâncias de Governança Regionais), ao trade turístico e aos produtores, que são os propulsores da atração de turistas em Minas Gerais. Ao promover um evento, seja ele de negócios ou cultural, ou uma visita aos nossos parques e acolhermos bem quem aqui chega, também damos nossa contribuição. Minas está na moda e ganhando o Brasil e o mundo pela nossa mineiridade”, destaca o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Entre janeiro e março deste ano em 2024, o Governo de Minas já repassou R$ 17,9 milhões via ICMS Turismo aos municípios. No mesmo período, a estruturação de produtos turísticos, o desenvolvimento de políticas de regionalização, a divulgação turística de Minas Gerais e o planejamento e monitoramento do turismo no estado também estiveram entre as ações que receberam investimentos governamentais.

Outros destaques

O relatório do Observatório do Turismo de Minas Gerais também traz outros dados importantes sobre o desempenho turístico do estado. No mês de fevereiro, segundo levantamento da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), foram registrados 4.936 pousos de aeronaves nos aeroportos mineiros, o que representa uma variação positiva de 6,4% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado de janeiro e fevereiro, o número chega a 10.261, indicando um crescimento de 4,3% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Somente para o Minas Santa, foram mais de 90 novos voos oriundos de todo o país.

Ainda de acordo com a ANAC, entre janeiro e fevereiro deste ano, mais de um milhão de passageiros desembarcaram nos aeroportos mineiros. Em fevereiro, só o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, registrou um fluxo de 800.085 passageiros, crescimento de 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O Aeroporto de Confins é, hoje, o segundo mais movimentado do país, superado apenas por Guarulhos, em São Paulo. A Rodoviária de BH também apresentou alta na movimentação. Em março, 574.330 passageiros embarcaram e desembarcaram no terminal, variação positiva de 9,4% em relação ao mesmo período de 2023. O excelente momento do turismo em Minas Gerais também se refletiu nas experiências de ecoturismo e do turismo de natureza. Em março, segundo o Observatório do Turismo, os parques estaduais receberam 43.367 visitantes, aumento de 40% em relação a março do ano passado.

Cruzeiro do Parque Estadual do Ibitipoca Foto Reprodução ief.mg.gov.brDados do IBGE colocam o estado no topo, empatado com a Bahia; geração de emprego na cultura e no turismo também cresceu em Minas (Cruzeiro do Parque Estadual do Ibitipoca - Foto Reprodução ief.mg.gov.br)

Minas e Bahia estão empatados na liderança do crescimento econômico do turismo no Brasil. Entre maio de 2023 e maio deste ano, os estados registraram, respectivamente, aumento de 11,8% e 11,9%, segundo o mais recente relatório do Observatório do Turismo de Minas Gerais, edição julho 2024, realizado a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta mineira foi aproximadamente o dobro (195%) da média nacional, que teve variação de 4%. No comparativo entre maio de 2024 e maio de 2023, o turismo de Minas Gerais cresceu 8,1%, índice 1.257% acima do cenário brasileiro, que registrou queda de -0,7%.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, o desempenho positivo deve-se às muitas frentes de atuação da pasta, que aposta na transversalidade entre cultura e turismo para atrair visitantes e investimentos para o estado. “Estamos na Semana de Minas, iniciativa que promove diversas manifestações artísticas para valorizar a riqueza e diversidade cultural do estado. Paralelamente, a campanha turística Inverno em Minas, que tem como meta posicionar Minas como o principal destino de frio do Brasil, conta com mais de 500 ações em cerca de 400 municípios. O trabalho contínuo para transformar os atrativos mineiros em produto turístico é a nossa fórmula de sucesso”, afirma Oliveira.

Geração de emprego também cresce

Minas Gerais também apresentou crescimento na geração de postos de trabalho. De acordo com o Novo Caged, maio alcançou 405.425 empregados formais no turismo, um aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano passado. Na cultura, o estoque de empregos chegou a 366.276, representando alta de 3,5% em comparação com maio de 2023 e 0,19% em relação a abril deste ano. Políticas públicas como o ICMS Turismo, que, entre janeiro e maio deste ano, repassou R$ 30,9 milhões aos municípios, programas como o Minas para o Mundo: Mundo para Minas e a promoção do Destino Minas em feiras e eventos nacionais e internacionais também fortalecem o setor e estimulam o cenário de geração de emprego e renda. 

“O lançamento, em 2023, do Mais Turistas, juntamente com o Minas Criativa, solidificou e deu corpo às políticas públicas em prol do fortalecimento da economia da criatividade no estado. Temos trabalhado cada vez mais com parceiros do trade turístico, da iniciativa privada e de outros entes do Governo de Minas”, complementa Leônidas de Oliveira.

Parques Estaduais em alta

A natureza exuberante de Minas mais uma vez provou atrair turistas de dentro e fora do estado. Somente em maio, os parques estaduais receberam 50.741 visitantes, um aumento de 47,3% em relação ao mesmo período de 2023. Entre eles, o que mais se destacou foi o Parque Estadual da Serra do Rola Moça, localizado em uma área que abrange Belo Horizonte e outros três municípios da Região Metropolitana da capital mineira: Brumadinho, Nova Lima e Ibirité. O terceiro maior parque de preservação ambiental em área urbana do Brasil registrou 17.996 visitas no período, demonstrando ser uma ótima opção para passeios bate e volta saindo de BH ou de Brumadinho, onde fica o Inhotim.

“Minas tem um potencial incrível de turismo ecológico que está sendo cada dia mais valorizado e que atrai pessoas de todos os cantos. As Unidades de Conservação gerenciadas pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) receberam, ao longo de 2023, quase um milhão de visitantes, o maior número dos últimos quatros anos. Além de se destacarem pela beleza cênica e importância para a preservação ambiental, muitas delas possuem estrutura adequada para receber turistas e proporcionam diversos atrativos naturais como cachoeiras, lagoas, mirantes, trilhas ecológicas, cavernas, formações geológicas e o contato único com espécies nativas da flora e fauna silvestres”, relata a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo.

Aeroportos movimentados

O aquecimento do turismo em Minas se refletiu na movimentação dos aeroportos do estado. Conforme dados da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), Minas registrou 5.652 pousos de aeronaves em maio, aumento de 10,67% em relação a maio de 2023. No somatório de janeiro a maio, foram 26.862 pousos no estado, representando alta de 6,9% no comparativo com o mesmo período do ano anterior. Em maio, 565.189 passageiros desembarcaram em solo mineiro, número que equivale a 11,88% a mais do que o registrado no mesmo mês de 2023. No período de janeiro a maio, o total chegou a 2,6 milhões, uma variação positiva de 6,61% em relação ao período anterior.

Os turistas de São Paulo vieram em maior número (43,17%), seguidos pelos próprios mineiros (11,18%), visitantes da Bahia (8,96%) e Rio de Janeiro (8,61%). Entre os estrangeiros, os maiores emissores foram Portugal (34,62%), Panamá (29,79%), Chile (14,41%) e Colômbia (13,67%).

Leônidas de Oliveira Foto Leo Bicalho SecultApresentada neste sábado (27) pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, a Rota das Artes abrange oito municípios e irá impulsionar o desenvolvimento econômico e a geração de emprego e renda no estado (Foto Leo Bicalho/Secult)

 O Governo de Minas apresentou uma nova rota turística no segundo e último dia da feira MTM – Minas Travel Market, neste sábado (27/04), no Minascentro, em Belo Horizonte. A Rota das Artes foi lançada no evento e irá impulsionar o desenvolvimento econômico e a geração de emprego e renda nas regiões atravessadas pelo projeto. O roteiro abrange oito municípios: Belo Horizonte, São Joaquim de Bicas, Igarapé, Brumadinho, Congonhas, Ouro Branco, Ouro Preto e Mariana. As cidades estão divididas em três destinos, que oferecem, ao todo, 16 experiências.

São eles: Circuito Liberdade – Palácio da Liberdade e MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal –, Destino Veredas – Inhotim (Brumadinho), Arte, Cerâmica e Brunch no Ateliê (Brumadinho), Arte em Cerâmica no Mirante (Brumadinho), Brunch na Vila Lavanda (Brumadinho), Coração em Branco (Brumadinho), Alquimia dos Quintais (Brumadinho), 4 Estações com o Chef (São Joaquim de Bicas), Da Cozinha ao Quintal da Mestra (São Joaquim de Bicas) e Arte em Madeira (Igarapé), e, por fim, o Circuito do Ouro: Santuário do Bom Jesus do Matosinhos (Congonhas), Museu de Congonhas (Congonhas), Cerâmica Saramenha (Ouro Branco), Ateliê Edney do Carmo (Mariana) e Restaurante Sebastião (Ouro Preto).

A Rota das Artes irá potencializar ainda mais o fluxo turístico no estado, que teve o maior crescimento no país no primeiro bimestre de 2024, com alta de 7,6% em comparação ao mesmo período do ano passado, e é líder também no desempenho acumulado nos últimos 12 meses, de março de 2023 a fevereiro deste ano, com crescimento (12,6%) superior ao dobro da média nacional (4,9%), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Minas Gerais é uma potência cultural e a cultura possui na arte um dos seus grandes fundamentos. Belo Horizonte, nossa capital, Brumadinho, Ouro Preto e a região metropolitana possuem destinos excepcionais seja no barroco, seja na arte contemporânea ou no modernismo marcante para a formação do Brasil. Hoje, nós lançamos na MTM a Rota das Artes e uma press trip, para trazer a imprensa para conhecer esses destinos que são referência mundial na arte e na criatividade”, destaca o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

“Participar da Rota das Artes é de um valor imensurável. Desde o seu lançamento, o Destino Veredas vem trabalhando do tradicional ao contemporâneo por termos Inhotim, que é indutor e uma referência internacional. Todas as experiências são com marco zero no Inhotim. Trouxemos essa nova forma de vivenciar experiências sempre valorizando o tradicional, pois não podemos perder a essência, mas trazendo a pitada do contemporâneo”, afirma Érica Maia, gestora da Instância de Governança Regional (IGR) Veredas. A diretora-executiva do Circuito do Ouro, Márcia Martins, também celebra a iniciativa lançada pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo: “A Rota das Artes conecta BH a duas grandes regiões turísticas de Minas Gerais, o Circuito do Ouro e Destino Veredas, e tem uma abordagem que permite a essas regiões repensarem a forma de se apresentar junto ao mercado e seguindo as tendências mundiais. No Circuito do Ouro, a Rota das Artes valoriza o trabalho dos artistas e incentiva o empreendedorismo”.

A participação no Minas Travel Market é uma iniciativa do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, realizada em parceria com o Centro Universitário UniBH, com patrocínio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e apoio do Sebrae Minas. As ações também fazem parte do projeto “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea”, lançado em março, e do programa Mais Turistas.

Segundo pesquisa realizada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, mais de 2.000 visitantes passaram pelos dois estandes do Governo do Estado nos dois dias do Minas Travel Market. O principal segmento turístico trabalhado pelos expositores foi o ecoturismo. Cerca de 80 negócios foram estabelecidos durante a feira. Dentre os principais estão os alinhamentos com agências, operadoras e guias dentro e fora de Belo Horizonte. Parcerias com grupos de ecoturismo e apresentação de ferramentas de inovação de turismo também foram destacadas.

Promoção da cozinha e da cultura mineira

Valorização do patrimônio histórico e da Cozinha Mineira como potênia cultural e turística, música, negócios e literatura também fizeram parte das ações no estande do Governo do Estado no evento, que reuniu representantes de 19 estados brasileiros e cerca de dois mil profissionais de turismo na capital mineira. O estande mineiro, a exemplo do que aconteceu no primeiro dia da feira, foi palco, neste sábado (27), do projeto “Cozinha Viva” com o chef Michel Abras, que homenageou a tradição do Jequitinhonha com o prato “Aconchego de Vó Zarinha” (linguiça caipira ao molho de rapadura e capim santo com requeijão moreno, farofinha de andu verde e arroz de quintal). No encerramento do MTM, o chef Sinval Espírito Santo comandou a ação de capacitação “Cozinha Mineira e turismo de experiência: dos causos aos cases”.

O estande de Minas também recebeu os artistas Thomas Atelie, com a experiência da arte em madeira, e Edson Lana, que demonstrou seu trabalho com pedra sabão, além de representantes das Instâncias de Governança Regionais (IGRs) Ouro e Veredas. O primeiro dia do MTM foi marcado pelo anúncio do curso de gastronomia que o Centro Universitário UniBH irá ofertar, no campus Buritis, em BH, em parceria com o Le Cordon Bleu, uma das escolas de culinária mais tradicionais e prestigiadas do mundo.

Apresentação do projeto “Patrimônio para Colecionar”, do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), da plataforma Invest Minas Tur, da Agência de Investimentos e Promoção Invest Minas, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), e dos calendários dos festivais literários de Araxá, Paracatu e Itabira foram outras agendas importantes do Governo de Minas no Minas Travel Market.

Ópera DEvoção em Congonhas

Um milagre chamado trabalho. “Quando se rega um sonho com fé, Deus abençoa a colheita”, esse poderia ser o resumo, não só da história contada pela ópera “Devoção”, mas de sua própria produção.

Após meses de muito trabalho, mais de 600 técnicos e artistas envolvidos e grande expectativa, finalmente a pré-estréia de “Devoção”, na cidade de Congonhas, onde, no século XVIII se desenrola a trama original, misto de uma lenda milenar e uma história real secular sobre as origens da devoção ao Senhor Bom Jesus de Matosinhos.

A apresentação, estrategicamente, teve início no pôr do sol, atingindo seu ápice com as luzes e cores de uma noite de clima agradável, ou seja, mais uma benção.

O tributo à alma de Minas Gerais, aconteceu no sábado (13/7), no adro e escadarias do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, e foi acompanhada por centenas de pessoas reunidas em frente à igreja, nas casas, janelas e sacadas ao redor. No interior do monumento, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, interpretando a partitura composta por João Guilherme Ripper, sob regência da maestra e diretora musical Ligia Amadio. Já no adro e nos degraus da Basílica, os solistas convidados, os integrantes do Coral Lírico de Minas Gerais e do Coral Cidade dos Profetas, conduzindo os bailarinos da Cia de Dança Palácio das Artes, todos sob direção cênica de Ronaldo Zero.

A ópera em dois atos foi encomendada pela Fundação Clóvis Salgado (FCS), e tem libreto assinado por André Cardoso. “Devoção” é a 95ª produção operística da instituição, e abre a temporada 2024. Inspirada em fatos históricos, a trama segue Feliciano Mendes, um homem simples, corajoso e devoto, que, no século XVIII, deixando seu pobre Norte de Portugal, atravessou o Atlântico e chegou a Minas em plena corrida do ouro. Enriquecido com o metal precioso e por causa, acometido de grave doença, Feliciano fez uma promessa; se curado, construiria uma igreja em Congonhas, o atual Santuário do Bom Jesus de Matosinhos – "Patrimônio Cultural da Humanidade", pela UNESCO.

Com cerca de 230 figurinos e 500 adereços, a pré-estreia impressionou o público por se apropriar narrativamente da majestosa paisagem do patrimônio e por iluminar a igreja e seu entorno de uma forma nunca vista. Marcilene Ferreira, professora particular em Congonhas, se disse encantada com a apresentação. “Isso faz parte da nossa história, da memória de Congonhas; é fundamental que esse passado seja conhecido por nós, mas também por quem não é daqui. Adorei a união do Feliciano e [de sua esposa] Mercês, foi um trabalho magnífico dos cantores e de todos os outros artistas envolvidos. Fiquei especialmente emocionada com a percussão e com esse resgate do congado. Isso fala muito do sincretismo da nossa religiosidade, e da própria tradição mineira”, ressalta.

Marília Ananias e Antônio Carlos Monteiro vieram de Barbacena. O casal ficou hipnotizado com a primeira ópera, aquela que nunca se esquece. Marília sequer conhecia Congonhas e resumiu bem a experiência: “Emocionante, não tirei os olhos. E que cenário!”.  O casal também é a prova acabada de como a Cultura contribui para a Economia da cidade. Os dois, a exemplo de outros, certamente, jantaram, compraram lembranças e ocuparam hotéis e pousadas.

A grande produção da Fundação Clóvis Salgado chega agora a Belo Horizonte, com récitas nos dias 19, 20, 22 e 23 de julho, às 20h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Os ingressos já estão à venda, nos valores de R$60,00 a inteira e R$30,00 a meia-entrada, disponíveis na bilheteria do Palácio das Artes e na plataforma Eventim.

A funcionária pública, Raquel Santos, que mora em Congonhas e acompanhou a pré-estreia, assegura que vai convidar todos que conhece para assistirem à ópera também em Belo Horizonte. “Sendo de Congonhas, foi muito especial, para mim, testemunhar essa produção nesse cenário maravilhoso. A história de Feliciano e de sua devoção ao Bom Jesus reafirmam a fé de Congonhas, e isso foi o que mais me emocionou, o quanto a ópera fala muito sobre gratidão. Foi um marco para a cidade. Eu só tenho a agradecer, e vou fazer o possível para que mais pessoas descubram essa história agora nas apresentações em Belo Horizonte, e que essa jornada ganhe o mundo”, espera.

Ao fim da apresentação, a impressão de que os alguns profetas do Aleijadinho baixaram, outros levantaram e todos juntaram as mãos em pedra-sabão, aplaudindo “Devoção”. Mas foi apenas uma impressão. Ou não? Afinal, a profecia da comunhão, entre o divino e o humano, concretizou-se.  Os deuses, mesmo os de granito, sorriram para sua melhor criação, o homem.

Foto: Divulgação

 

MTM estande Minas 2024

Parceria do UniBH com o Le Cordon Bleu foi anunciada pelo Governo de Minas nesta sexta-feira (26), na abertura do MTM – Minas Travel Market, evento turístico que acontece em Belo Horizonte (Fotos Leo Bicalho/Secult)

Minas Gerais será sede de um novo curso de gastronomia até 2025, resultado da parceria do UniBH com o Le Cordon Bleu, uma das escolas de culinária mais tradicionais e prestigiadas do mundo. A informação, antecipada pelo UniBH, somou-se a outros destaques anunciados pelo Governo do Estado nesta sexta-feira (26), na primeira edição do MTM – Minas Travel Market, feira de turismo realizada no Minascentro, em Belo Horizonte, e reforça Minas como um dos principais destinos turísticos e de investimentos no Brasil, além de ressaltar as potências culturais e turísticas da Cozinha Mineira. A novidade coincide com o excelente momento do turismo no estado, que teve a maior atividade turística no país no primeiro bimestre de 2024, com alta de 7,6% em comparação ao mesmo período do ano passado, e é líder também no desempenho acumulado nos últimos 12 meses, de março de 2023 a fevereiro deste ano, com crescimento (12,6%) superior ao dobro da média nacional (4,9%), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) analisados pela Fecomércio-MG.

O curso do UniBH terá modelo acadêmico inovador, já seguido por outras instituições do Ecossistema Ânima, com unidades curriculares ministradas em parceria com o Le Cordon Bleu e com certificados intermediários, constituindo, assim, uma dupla certificação. As atividades práticas e presenciais deverão acontecer no campus Buritis. O curso, que deve ser aberto até 2025, unirá as técnicas francesas com a diversidade e a riqueza dos ingredientes brasileiros, especialmente os mineiros. “É uma honra termos a oportunidade de marcar a chegada em Belo Horizonte do Le Cordon Bleu, em parceria com o UniBH, em um evento tão relevante para a cultura e o turismo mineiros. Celebrar nossa gastronomia a partir de um prisma que une o local ao global é um privilégio para nós”, afirma Pedro Coutinho, diretor do UniBH.

O MTM – Minas Travel Market substitui o antigo Salão do Turismo de Minas Gerais, da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), e acontece até sábado (27) no Minascentro, em Belo Horizonte. Valorização do patrimônio histórico, música, negócios, literatura e a promoção da Cozinha Mineira também envolvem as ações nos dois estandes do Governo do Estado no evento. A participação no MTM é uma iniciativa do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, realizada em parceria com o Centro Universitário UniBH, com patrocínio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e apoio do Sebrae Minas. As ações também fazem parte do projeto “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea”, lançado em março, e do programa Mais Turistas.

Idealizado pelos mesmos criadores do Brazil Travel Market (BTM), uma das maiores feiras de turismo da América Latina, o MTM deve reunir representantes de 19 estados brasileiros e cerca de dois mil profissionais de turismo na capital mineira. “Feiras de turismo são momentos importantes no cenário local, nacional e internacional para posicionarmos o Destino Minas Gerais como um lugar de receber pessoas, de acolher bem e de turismo como gerador de emprego e renda. É isso que vamos fazer nos dois dias do MTM, além de atrair novos negócios. Minas tem uma cultura riquíssima e diversa e é por conta disso que o estado é líder em atividade turística no país, crescendo mais que o dobro da média nacional nos últimos 12 meses, segundo dados do IBGE”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Protagonismo da Cozinha Mineira

Como sempre acontece nas feiras nacionais e internacionais de turismo, a Cozinha Mineira também será protagonista no MTM e os sabores, aromas e saberes da culinária do estado darão o tom do projeto “Cozinha Viva”. Na sexta, a chef Bernadete, do Norte de Minas, preparou um arroz caldoso com carne de sol na manteiga de garrafa, pequi e farofa crocante de baru. Outra atração do dia, o chef Highlander apresentou um risoto de pinhão com truta espalmada produzidos na Serra da Mantiqueira. Já no sábado, será vez da Cozinha do Jequitinhonha, com o chef Michel Abras e seu prato “Aconchego de Vó Zarinha” (linguiça caipira ao molho de rapadura e capim santo com requeijão moreno, farofinha de andu verde e arroz de quintal).

Também nesta sexta-feira, em parceria com o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), foi apresentado o projeto “Patrimônio para Colecionar”. Trata-se de cartões-postais com um breve resumo dos Cadernos do Patrimônio do Iepha e com um QR code que direciona a baixar gratuitamente os conteúdos. Os cards ficarão expostos no prédio do Iepha, na Praça da Liberdade, e em outros equipamentos do estado.

Governo de Minas no MTM Fotos Leo Bicalho Secult 2

Ainda dentro da programação deste primeiro dia do MTM, o jornalista e gestor cultural Afonso Borges, diretor-presidente da Associação Cultural Sempre um Papo, a exemplo do que ocorreu na World Travel Market (WTM) Latin America, em meados deste mês, falou sobre o calendário dos festivais literários de Araxá (19 a 23 de junho), Paracatu (28 de agosto a 1º de setembro) e Itabira (30 de outubro a 3 de novembro). A subsecretária de Cultura de Minas Gerais, Nathalia Larsen, participou do bate-papo com Borges. Outra atividade no estande, o sommelier de água Rodrigo Rezende abordou a diferença existente entre os diversos tipos da bebida e como ela pode ser harmonizada com as refeições.

Importante iniciativa do Governo de Minas no Minas Travel Market, a plataforma Invest Minas Tur, da Agência de Investimentos e Promoção Invest Minas, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), foi divulgada para o mercado nacional. A Invest Minas Tur será um facilitador para a atração de investimentos no setor, uma vez que possibilitará uma conexão direta dos investidores com potenciais parceiros. Os músicos Rodrigo Borges e Ian Guedes, que carregam em seus sobrenomes o legado do Clube da Esquina, encerraram o dia no estande do Governo de Minas com um show cujo repertório encontra a mineiridade em notas e acordes.

Minas terá nova rota turística

O MTM – Minas Travel Market continua neste sábado (27) e o Governo de Minas anunciará um novo roteiro turístico: a Rota das Artes, que irá abranger oito municípios: Belo Horizonte, São Joaquim de Bicas, Igarapé, Brumadinho, Congonhas, Ouro Branco, Ouro Preto e Mariana. Também no segundo dia do MTM, o chef Sinval Espírito Santo comandará a ação de capacitação “Cozinha Mineira e turismo de experiência: dos causos aos cases”.

Elenco de apoio da ópera Devoção em Congonhas Crédito Guto Muniz 3Elenco de apoio da ópera “Devoção”, que inicia temporada na próxima sexta-feira (19/07), no Palácio das Artes, após pré-estreia em Congonhas (Foto Guto Muniz)

Uma programação extensa, plural e gratuita, realizada pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo e instituições vinculadas, dará o tom da primeira edição da Semana de Minas, que tem início nesta segunda-feira (15/07) e, ao longo dos próximos dias, reunirá uma agenda especialmente pensada para ressaltar a riqueza e a diversidade da cultura mineira por meio de linguagens artísticas variadas. Música, cinema, literatura, artes plásticas, gastronomia, oficinas e exposições fazem parte da programação.

O projeto Semana de Minas acontece em um período emblemático, já que o Dia de Minas é comemorado nesta terça-feira (16/07). Instituído em 1979 pela Lei nº 561 – remontando à chegada, em 1696, da bandeira chefiada pelo coronel Salvador Fernandes Furtado de Mendonça à região onde está a cidade de Mariana –, o Dia de Minas Gerais relembra também a importância e a trajetória de três séculos do estado e de seu povo. No Governo de Minas, inclusive, todos os anos a capital do Estado é transferida simbolicamente, no dia 16 de julho, para o município de Mariana, por meio de decreto.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, é importante que ações culturais articuladas aconteçam em torno da Semana de Minas e marquem esse importante período. “Teremos uma programação gratuita, diversa e para todos os públicos a partir desta segunda-feira, celebrando a cultura, a história e a memória de Minas Gerais com várias possibilidades de entretenimento, de diversão e de experiências que nos remetem às nossa raízes, à nossa mineiridade e ao nosso orgulho de pertencermos a essa terra”, destaca Oliveira.

Confira a programação completa:

Tributo à alma de Minas Gerais

Um dos destaques da Semana de Minas é a estreia da ópera “Devoção”, nesta sexta-feira (19), às 20h, no Palácio das Artes. A montagem inédita da Fundação Clóvis Salgado teve pré-estreia no último sábado (13), no Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Com sessões no sábado (19/07), segunda (22/07) e terça (23/07), a95ª ópera do Palácio das Artes relata a trajetória do imigrante português Feliciano Mendes nas Minas Gerais – mais precisamente em Congonhas – do século XVII e sua promessa, a construção de uma igreja em Congonhas, que viria a ser o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos abordando temas como fé, devoção, humanidade, promessa e milagre, conectando características que se encontram na base da formação dos povos de Minas e do Brasil.

Flash mob no Mercado Central

Outra ação da Semana de Minas acontecerá nesta terça-feira (16/07), às 16h30, na rampa do restaurante Casa Cheia, no Mercado Central (Av. Augusto de Lima, 744 - Centro, BH). Quem passar pelo local verá um flash mob com integrantes do elenco da ópera “Devoção”. Eles apresentarão um trecho do espetáculo para o público. A produção da Fundação Clóvis Salgado estreia nesta sexta-feira (19), às 20h, no Palácio das Artes.

Mensagens sobre a mineiridade

Da próxima terça (16/07) até o dia 31 de julho, os visitantes do Museu dos Militares Mineiros (rua dos Aimorés, 698 - Funcionários, BH) serão convidados a escrever em um painel, que ficará exposto no pátio, palavras, frases ou lembranças que definem sua mineiridade e sua relação cultural e afetiva com o estado. Eles podem deixar as mensagens das 11h às 17h. A entrada é gratuita.

Visita à Coleção Mineiriana

Na Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais haverá, entre terça (16/07) e sexta-feira (19/07), das 10h às 16h, visita guiada à Coleção Mineiriana, na Sala Eduardo Frieiro, o maior acervo público de obras sobre Minas Gerais. A Coleção Mineiriana é o maior acervo público de obras sobre Minas Gerais para fonte de pesquisa sobre nossa memória cultural e intelectual. Com aproximadamente 24.000 itens, abarcando livros, CDs, filmes, mapas e recortes de jornais, a Coleção apresenta um panorama do estado na literatura, história, cultura, arte e ciências.

Yara Tupynambá e as afromineiridades

A partir desta quinta-feira (18/07), o público poderá conferir, no Palácio da Liberdade (Praça da Liberdade, s/nº, Funcionários – BH), a exposição “A valorização e o resgate de nossa cultura” (de quarta a sexta-feira, de 12h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h), que celebra o trabalho de Yara Tupynambá em diálogo com as afromineiridades. A mostra promove uma homenagem à tradição do congado em Minas Gerais, contando com mais de dez obras da série “Catopês”, criada pela artista nascida em Montes Claros.

Dia de Minas em Mariana

Com a presença do governador Romeu Zema, secretários de Estado e diversas autoridades, a programação do Dia de Minas em Mariana começa às 8h com uma Missa Solene na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, celebrada pelo Arcebispo da Arquidiocese de Mariana, Dom Airton José dos Santos. Às 9h30, haverá uma cerimônia comemorativa do Dia do Estado de Minas Gerais e entrega da Medalha do Dia de Minas por ocasião do aniversário de 328 anos de Mariana, primeira capital do Estado. A Medalha é um reconhecimento concedido a indivíduos que se destacaram por suas contribuições significativas ao desenvolvimento econômico, social e cultural do Estado de Minas Gerais.

Férias no Circuito Liberdade

O Circuito Liberdade preparou uma programação (confira a agenda completa) voltada para toda a família, que poderá participar de oficinas, exposições, sessões de cinema, apresentações teatrais, contação de história e muito mais. O Educativo do Palácio da Liberdade apresenta o projeto “Férias no Palácio”, que conta com diversas oficinas e visitas guiadas a partir deste sábado (20). Já a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais inaugura a exposição “Pequeno Príncipe – Uma Paixão Literária em Várias Línguas”, nesta segunda-feira (15). A mostra, que vai até dia 31 deste mês, apresenta diversas edições do livro em várias línguas e dialetos, incluindo português e cordel. A Semana de Minas também chega ao Museu dos Militares Mineiros, que realiza oficinas como “Comemoração do Dia de Minas”, a partir desta terça (16/07), e “Desenhando os objetos”, nesta quarta-feira (17/07). O MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal também promove nesta semana, de terça (16/07) a sexta (20/07), o evento “Férias é no Museu”.

Ações da FAOP em Santa Luzia e Paracatu

Nesta segunda-feira (15/07), a recém-inaugurada unidade da Fundação de Arte de Ouro Preto em Santa Luzia divulga as inscrições para o Curso de Qualificação de Auxiliares de Conservação de Bens Culturais. Gratuita, a atividade terá duração de quatro meses (agosto a dezembro). Também nesta semana, de segunda (15/07) a sexta-feira (19/07), será realizada uma oficina e um concurso de contos na sede da FAOP em Paracatu, no Noroeste de Minas

Mostra de cinema online e Congado em Mariana

Entre 16 e 31 de julho, o Iepha-MG realizará, em seu canal no YouTube (youtube.com/@TVIephaMG), uma mostra de cinema comentada com documentários relacionados aos patrimônios culturais (Filmes da EMC) e comentários feitos por detentores e mediação de técnicos e gestores do Iepha. A ação, desenvolvida em parceria com a Empresa Mineira de Comunicação e Rede Minas, exibirá os seguintes filmes: “O quê do queijo”, “Inventário Cultural de Proteção do Rio São Francisco”, “Registro Bem Imaterial – Comunidade dos Arturos”, “Violas: o fazer e o tocar em Minas Gerais”, “Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte” e “Folias de Minas”.

Em Mariana, na cerimônia em comemoração ao Dia de Minas, também está prevista a intervenção das Guardas de Reinado de Mariana e Ouro Preto. Isso acontece quase um mês antes de uma data especial para o Congado: no dia 10 de agosto, essa importante manifestação cultural da afromineiridade deverá ser reconhecida, por meio do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep) e do Iepha-MG, como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais.

Filarmônica na sacada do Palácio da Liberdade

Nesta terça-feira (16/07), às 19h30, o Quinteto de Sopros da Orquestra Filarmônica de Minas fará, na sacada do Palácio da Liberdade (Praça da Liberdade, s/nº, Funcionários, BH), uma apresentação de 30 minutos para celebrar o Dia de Minas. No repertório, obras de Joseph Haydn (“Divertimento: Allegro com spirito e Allegretto”) , Zequinha de Abreu (“Tico-Tico no Fubá”), Jacques Ibert (“Três peças Breves: Allegro e Allegro Scherzando”), Jacob do Bandolim (“Doce do Coco”), Ferenc Farkas (“Danças Antigas Húngaras: Entrada, Dança Della Scallope e Saltarello”), Paquito D'Rivera (“Aires Tropicales: Valsa Venezuelana e Contradanza”) e Catullo da Paixão Cearense e Antonio Callado (“Flor Amorosa”).

O primeiro Dia de Minas

Na terça-feira (16/07), o APM publicará, em suas redes sociais, a imagem original da Lei de Criação do Dia de Minas, Lei nº 7561 de 1979, e o vídeo das comemorações do primeiro Dia de Minas, “Dia de Minas e 284º Aniversário de Mariana”, realizado em 1980, que se encontram nos arquivos da instituição.

Oficina curso Introdução à Preservação e Conservação de Bens Culturais Foto FAOP Divulgação 2A oficina Introdução à Preservação e Conservação de Bens Culturais aconteceu no início de abril e terá uma segunda edição em setembro (Foto: FAOP/Divulgação)

Uma nova opção de cultura, lazer e promoção artística em Belo Horizonte: desde o início do mês, a Fundação de Arte de Ouro Preto - Faop Liberdade oferece vasta programação ao público, em parceria com o Centro de Arte Popular (CAP), no Circuito Liberdade. Nos últimos três anos, a Faop percorreu mais de 200 mil quilômetros, desenvolvendo ações em 83 municípios de todas as regiões de Minas Gerais. A chegada à capital dá continuidade ao projeto de expansão e descentralização da fundação ouropretana, fundada em 1968 na famosa cidade da região Central. A iniciativa é do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult).

Programação gratuita

Com programação totalmente gratuita e sob a bandeira da democratização do acesso à cultura, a Faop Liberdade conta com exposições individuais e coletivas de artistas e artesãos mineiros, oficinas de formação e capacitação, rodas de conversa e outras atividades que, ao longo de 2024, vão preencher as salas do Centro de Arte Popular, inaugurado em 2012 e localizado nas imediações da Praça da Liberdade. Segundo o presidente da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), Jefferson da Fonseca, o programa pensado para 2024 é o resultado de um trabalho consolidado de ações de formação e promoção da memória e do patrimônio histórico e artístico de Minas Gerais. “A Faop Liberdade é um divisor de águas para a nossa fundação. É, também, o marco dessa descentralização e do reconhecimento dos múltiplos valores e da diversidade nas artes e nos ofícios do estado. A programação reflete o encontro de saberes e fazeres em um espaço que multiplica conhecimento”.

Coordenadora do Centro de Arte Popular desde 2019, Angelina Gonçalves diz que a agenda começou a ser desenvolvida ainda em 2023 sob a perspectiva de ser a mais democrática possível. Para a gestora, a chegada da Faop Liberdade à sede do Centro de Arte Popular é sinônimo de ampliação das iniciativas. “Ao longo do ano temos uma série de atividades e quem sai ganhando com isso é a cultura de Minas Gerais. A marca dessa programação é a diversidade e também a descentralização. A Fundação de Arte de Ouro Preto e o Centro de Arte Popular são instituições que tentam alcançar o maior número de artistas e públicos”, afirma a gestora.

Atrações

No sábado (27/4), a Faop promove a Oficina de Diorama ministrada pelo coletivo mineiro 6 + 1. Fátima Mirandda, Mônica Batitucci e Letícia Pinto compartilham técnicas e explicam os conceitos usados na confecção das “caixas” que fazem parte do acervo da mostra “Névoas de Ouro Preto”, em exibição no Centro de Arte Popular até domingo (28/4). A inscrição é gratuita e pode ser feita neste link. Grande parte do acervo do Centro de Arte Popular está à mostra na exposição de longa duração. São quatro salas expositivas com cerca de 360 obras de múltiplos suportes de vários artistas mineiros, entre mestres reconhecidos, como Dona Isabel, GTO, Ulisses Pereira, Ulisses Mendes e Maurino, além de anônimos e trabalhos de comunidades que trazem a variedade da produção artística do estado. Ainda há fotografias e vídeos que abordam o patrimônio imaterial, apresentam registros dos saberes e fazeres, das festas populares e da cozinha mineira.

"Marias"

Entre 23/5 e 23/6, o público poderá conferir a exposição “Marias”, da artista ouropretana Ana Fátima Carvalho, que reúne série de xilogravuras que representam a força das mulheres. De 4 a 7/6, a oficina Técnicas Alternativas em Gravura mergulha no aprendizado teórico e prático da gravura, de conceitos e contextos históricos ao desenvolvimento de processos criativos utilizando recursos alternativos e caseiros, com o reaproveitamento de materiais. Em sintonia com a proposta de manter as portas abertas aos artistas de todo o estado, a Faop Liberdade receberá, de 19/9 a 20/10, a exposição “Conexão Faop Guaxupé”, que reúne obras de artistas da cidade do Sul de Minas, uma das sedes físicas da instituição.

Centro de Arte Popular Foto Lucas Gil 2O Centro de Arte Popular, no Circuito Liberdade, expõe a produção de artistas de diversas regiões de Minas Gerais (Foto: Lucas Gil/Divulgação)

Já entre os dias 10 e 13/9, a Faop Liberdade promove o curso Introdução à Preservação e Conservação de Bens Culturais. A historiadora e mestranda em arqueologia Adriene Camile participou da atividade em abril, mas comemorou quando soube que o Centro de Arte Popular seria palco do repeteco no segundo semestre. A oficina visa a capacitação de jovens, adultos e colaboradores de museus, centros culturais, igrejas e outras instituições responsáveis pela preservação de obras de arte e acervos nos suportes em papel, madeira e tela. Segundo Adriene, “a parceria entre Faop e Centro de Arte Popular representa a democratização do conhecimento, já que se trata de uma programação gratuita, e a troca de ideias entre pessoas de áreas diversas”.

De frequentadora à expositora

Flávia Henriques é psicóloga de formação, mas se rendeu ao artesanato há pouco mais de 20 anos. Desde 2001, a belo-horizontina, frequentadora assídua do Centro de Arte Popular, se dedica a fazer oratórios e é justamente a arte sacra a protagonista de “Oratórios Cristãos e Profanos”, que ocupa a sala de exposições temporárias do CAP a partir de 31/10. A mostra é composta por caixas de materiais diversos, como a madeira e papelão, decorados com pinturas, rendas, santos, orixás, miçangas, panos e outros adereços. “Não acreditei quando me convidaram. É simplesmente maravilhoso eles estarem interessados na produção do pequeno artesão, do pequena artista. Sempre me encantei pelas obras do museu, ficava babando, e agora é minha vez. Estou curtindo muito o fato de poder expor na Faop Liberdade. Essa parceria é sensacional”, celebra Flávia Henriques. Paralelamente à mostra, ela também ministrará, no início de novembro, a oficina de confecção de oratórios devocionais “Ora… Minas”.

Novidades em Ouro Preto

O projeto Sextas Abertas, idealizado pela Fundação de Arte de Ouro Preto em 2016, por meio do Núcleo de Arte e Ofícios, é um dos destaques e terá edições especiais até novembro na cidade barroca. A primeira ocorreu na sexta-feira (19/4), durante a Semana da Inconfidência, com atrações culturais gratuitas – teatro, música, palestras, mostra de filmes, feira de arte e gastronomia – para todas as idades. Serão mais cinco edições durante o ano: 24/5, 28/6, 23/8, 25/10 e 22/11. A convocação para a participação de artistas de várias expressões e agentes culturais que atuam com temas diversos está aberta, por meio de formulário on-line disponível neste link. O público pode acessar as informações sobre o evento no perfil @sextasabertas, no Instagram.

Após a 1ª chamada dos suplentes nos editais da Lei Paulo Gustavo, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) convoca todos os suplentes dos editais 4, 6, 7 e 9. Eles deverão enviar os documentos regularizados para habilitação no prazo de até 10 (dez) dias corridos – de segunda-feira (22/07) a quarta-feira (31/07). Os documentos necessários para esta fase estão descritos no item HABILITAÇÃO dos editais e devem ser peticionados via sei!MG, conforme orientações que constam neste link

Caso seja verificada irregularidade na documentação, as pessoas proponentes serão comunicadas para enviarem a documentação corrigida, o que deve ser feito em até 3 (três) dias corridos após a notificação recebida, conforme previsto em edital.

Quanto aos editais 2 e 10, devido ao número alto de suplentes, a Secult divulgará uma lista com os suplentes que serão convocados com o saldo remanescente. A previsão é que esta chamada aconteça entre os dias 20 e 30 de agosto.

Canais de Atendimento LPG:
3915-2632 | 3915-2633 | 3915-2646 | 3915-2648 | 3915-2662
3915-2682 | 3915-2690 | 3915-4741 | 3915-9468 | 3915-9488

Exposição Tiradentes e seu legado Foto Museu dos Militares Mineiros Divulgação 3Exposição “Do passado ao presente: Tiradentes e seu legado” conta com objetos de diversas tipologias, como indumentárias, documentos e medalhas (Museu dos Militares Mineiros/Divulgação)

Integrante do Circuito Liberdade, o Museu dos Militares Mineiros inaugurou, nesta terça-feira (23/04), a exposição “Do passado ao presente: Tiradentes e seu legado” sobre a vida e a morte de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, patrono das polícias militares e civis de todo o Brasil e mártir da Inconfidência Mineira. A mostra, em parceria com Polícia Militar de Minas Gerais e o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, reúne objetos de diversas tipologias como indumentárias, documentos e medalhas. Com entrada gratuita, a exposição estará aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 11h às 17h, até dia 9 de maio. O Museu dos Militares Mineiros está localizado no bairro Funcionários, região Centro-Sul de Belo Horizonte.

“Os visitantes poderão observar, por exemplo, como foi o estudo para que a tão famosa barba de Tiradentes fosse retirada e também o processo de aceitação dessa nova imagem, além de uma réplica do uniforme usado pelo Alferes Tiradentes, enquanto Comandante do Destacamento dos Dragões na patrulha do ‘Caminho Novo’, no Quartel de Sete Lagoas”, destaca Poliana Carla, coordenadora do Museu dos Militares Mineiros.

Tiradentes foi executado no Rio de Janeiro, em 21 de abril de 1792. Ele é considerado o mártir da Inconfidência Mineira, movimento liderado por intelectuais, militares e comerciantes insatisfeitos com a exploração econômica e as restrições impostas pela Coroa Portuguesa, tendo como objetivo a separação e libertação da região de Minas Gerais.

Museu dos Militares Mineiros

Inaugurado há dez anos, o Museu dos Militares Mineiros faz parte do Circuito Liberdade e apresenta a história, a memória e a cultura das corporações militares mineiras, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Além disso, propõe uma reflexão sobre o papel destas corporações no cotidiano dos cidadãos e na reafirmação de elementos essenciais para a identidade mineira. Entre as peças em exposição estão uniformes, medalhas, armamentos, fotografias, instrumentos musicais, viaturas e equipamentos de campanhas, além de alguns documentos importantes não só para as corporações, mas para a cultura de Minas.

O Museu dos Militares Mineiros é um equipamento da Diretoria de Museus (DIMUS), vinculado à Secretaria de Estado da Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Superintendência de Museus, Bibliotecas e Economia da Criatividade.

Serviço:

Exposição “Do passado ao presente: Tiradentes e seu legado”

Abertura da exposição: Nesta terça-feira (23), às 18h de abril de 2024 Horário: 18h

Período de visitação: até 9 de maio – segunda a sexta-feira, das 11h às 17h

Local: Auditório do Museu dos Militares Mineiros (Rua dos Aimorés, 698 – Funcionários)

Ensaio ópera Devoção Foto Leo Bicalho SecultEnsaio da ópera "Devoção", nesta terça-feira (9), no Palácio das Artes; espetáculo, que tem pré-estreia neste sábado (13), em Congonhas, é uma das ações do "Projeto Profecia", realizado pelo Governo de Minas, por meio da Secult e da Fundação Clóvis Salgado (Foto Leo Bicalho/Secult)


Eram os Profetas Astronautas? Certo é que, sob os céus de Guignard, há um guarda-chuva chamado “Projeto Profecia” e, sob este, várias ações da Fundação Clóvis Salgado – FCS/Palácio das Artes para o segundo semestre de 2024, seguindo a orientação da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), conduzida por Leônidas de Oliveira, idealizador e realizador do projeto. Profecia, primeiro, por integrar, natural e obrigatoriamente, o eixo cultural eleito pela Secult para 2024: “Minas”. Dois mil e vinte e três foi o ano “Gerais” e 2025, a síntese, “Minas Gerais”. Profecia está na gênese de Minas Gerais e de seu povo, movido por fé, devoção, trabalho, cultura e artes gerais; pelo divino e o humano; perfazendo a exclusividade, a originalidade chamada mineiridade. As ações do “Projeto Profecia” foram detalhadas nesta terça-feira (9), no Palácio das Artes. Na ocasião, o Coral Lírico de Minas Gerais apresentou um trecho da ópera “Devoção”.

“Lançamos, hoje, uma série de atividades que vão rechear de forma muito expressiva a Fundação Clóvis Salgado e seus espaços – de forma bem especial, o Palácio da Liberdade e o Palácio das Artes. O projeto visa, entre outras coisas, elevarmos a nossa história a partir da fé em transversalidade com o turismo, e lançarmos luz também sobre o turismo da fé, ao trabalharmos as Rotas do Rosário. O projeto tem realmente esse lugar de analisar e estudar historicamente a fé no estado de Minas Gerais e proteger a cultura afromineira”, destaca o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

A programação da FCS até dezembro de 2024 envolve três exposições. A primeira, com abertura nesta terça-feira (9), é “Nem Tudo é o Que Se Vê”, de Bigu e Liu Freitas, no Centro de Arte Popular. A segunda, a ser inaugurada nesta quinta-feira (11), no hall do Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes, é “Pontos de Fé”, de 35 artesãos do coletivo Mãos que bordam. A terceira, com estreia marcada para dia 17 de julho, é “A Valorização e Resgate de Nossa Cultura”, de Yara Tupynambá, no Palácio da Liberdade. A mostra conta com a série “Catopés ou catopês”, homenagem à tradição do congado em Minas Gerais, mais precisamente em Montes Claros, onde nasceu a artista e o congado é conhecido como catopês ou catopés.

Na esteira das ações, no início de agosto, o congado, dentro do programa Afromineiridades, deverá ser reconhecido, por meio do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep) e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais, em mais uma iniciativa da Secult de valorizar as aformineiridades. Também em agosto, serão estruturadas as Rotas do Rosário, roteiros turísticos que ressaltam a importância das congadas e das festas do Rosário no estado. “Com as congadas, revela-se o caráter da nossa fundação num momento em que singelas expressões do cotidiano acolhiam, por meio da arte e da devoção popular, influências culturais distintas, de origem erudita ou de extração étnica, sem que o sentido unitário peculiar de sua evolução se perdesse”, pondera Leônidas de Oliveira.

“Devoção”

Neste sábado (13), mais uma entrega do “Projeto Profecia”: a pré-estreia da ópera “Devoção”, abrindo a temporada 2024 de óperas do Palácio das Artes não em Belo Horizonte, mas onde, originalmente, a trama nasceu e aconteceu, mais precisamente o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, na cidade de Congonhas. Na capital mineira, “Devoção”, que reúne os três corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – tem apresentações nos dias 19, 20, 22 e 23 de julho, às 20h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes.

A ópera “Devoção” relata a trajetória do imigrante português Feliciano Mendes nas Minas Gerais – Congonhas – do século XVIII, abordando temas como fé, devoção, promessa e a consequência de todos eles, o milagre, conectando características que se encontram na base da formação dos povos de Minas e do Brasil. O “Projeto Profecia” enaltece os elementos da formação do povo mineiro e a cultura do povo brasileiro, a partir do sincretismo, síntese cultural tão presente em Minas, síntese do Brasil. Tudo isso está na ópera, como uma grande homenagem ao povo mineiro e às origens do Brasil.

A moda, arte presente em todas as outras, desde sempre, e está, claro, em “Devoção” dará o tom do desfile coletivo “Moda no Jardim Sensorial”, que será realizado no dia 28 de julho, às 16h, nos jardins do Palácio da Liberdade, com a participação de 40 estilistas. Profecia da Associação de Criadores e Estilistas de Minas Gerais - A.Criem/MG, de 2019, quando foi criada para, em criações exclusivas e originais, exibir a força do design mineiro, valorizar o “made in Minas”, agregar os profissionais da área e incentivar o sentimento de pertencimento e de coletividade, valorizando o potencial criativo.

Ainda dentro do “Projeto Profecia”, mais uma ópera, em outubro: “Nabucco”, de Giuseppe Verdi, uma das mais populares e famosas do mundo. E porque o “outro nome de Minas ainda é liberdade”, “Nabucco”, cujo terceiro ato, não por acaso, chama-se “A Profecia”, também uma peregrinação, é inspirada na liberdade. A ópera traz a história do rei Nabucodonosor II, da Babilônia, que escravizou e promoveu o genocídio do povo hebreu de Jerusalém. Foi escrita durante a ocupação austríaca no Norte da Itália e, com muitas analogias, suscitou o sentimento nacionalista italiano. Profecia de liberdade.

“Vamos ter ainda uma noite argentina com o Coral Lírico de Minas Gerais e as Noites Lìricas, que vão apresentar novamente a ópera ‘A Flauta Mágica’, de Mozart. É um segundo semestre recheado de óperas e concertos”, afirma a diretora artística da Fundação Clóvis Salgado, Cláudia Malta.

Natal da Mineiridade

Enfim, o Natal, nascimento de Jesus, depois da Páscoa, com Sua ressurreição, é o suprassumo “sobre o ensino a respeito de Deus e do seu relacionamento com a humanidade, expressão de fé, elemento central da mineiridade”. O Natal da Mineiridade, em sua terceira edição, irá unir todas as regiões de Minas Gerais em uma programação que une cultura, turismo e fé, com as tradicionais cantatas natalinas, por exemplo.

Por último, mas tão importante quanto todo o projeto, está a transversalidade da cultura, com o turismo e, especificamente, o turismo da fé, grande potência em Minas. E o grande exemplo é o próprio Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Há que ser valorizado como centro de fé e peregrinação, o primeiro de Minas Gerais. Profissão de fé e inspiração divina. Profecia, rimando com Filosofia, não é tão somente prever o futuro, mas focar na esperança e na renovação, como acreditamos desde tempos imemoriais.

O Ministério da Cultura, o Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam o “Projeto Profecia”. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm patrocínio Master da Cemig e do Instituto Cultural Vale, patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio.

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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, anunciou que Araxá será palco do evento nos próximos dois anos do mountain-bike. “No ano que vem teremos duas etapas da Copa Mundial em Araxá e em 2026 a mesma coisa. Teremos que ter pistas diferentes: uma para a primeira etapa e outra para a segunda. Mas os organizadores já falaram que isso é plenamente possível”, disse em entrevista à Rede Minas. “Para mim é uma felicidade ver toda essa festa, todo esse movimento na minha terra natal, que vale lembrar, já sediava o campeonato internacional, mas a copa internacional é a primeira vez, levando o nome de Araxá, o nome de Minas Gerais, para mais de 180 países. Então é um evento grandioso e pelo que eu tenho conhecimento, Araxá nunca teve”, concluiu o governador.

O governador disse, ainda, que quer tornar o estado referência para o esporte. “Eu estive com os organizadores e eles me disseram que está todo mundo encantado com a hospitalidade da cidade. Então esse evento serviu para divulgar não somente o esporte, mas mostrando como somos um povo acolhedor. Nós sabemos que algumas provas, hoje, no mundo, são referências mundiais. Quando se fala em Mônaco logo se pensa em Fórmula 1, quero que quando se falar em Minas Gerais, todo mundo pensar em mountain-bike”, falou o governador.

O evento

Araxá, na região do Alto Paranaíba, encerrou neste domingo (21/4) a segunda etapa da WHOOP UCI Moutain Bike Series, o circuito mundial da modalidade. Além das competições, o evento trouxe visibilidade internacional para a cidade e alavancou a economia local. Para Ítalo Borges, presidente da Associação Comercial, Industrial, de Turismo, Serviços e Agronegócios de Araxá (Acia), a entidade não tem números consolidados, mas as projeções são otimistas. “O custo do evento foi de R$ 8 milhões. De acordo com a Embratur, a cada real investido pelo turista, o destino tem uma movimentação de outros R$ 20. Então, estaríamos falando de R$ 160 milhões de movimentação diretamente na economia, uma injeção em torno de R$ 30 milhões”, afirmou.

Ainda segundo Borges, que também é secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, até sábado (20/4) cerca de 18 mil pessoas tinham passado pelo evento. Com a movimentação deste domingo (21), o volume de turistas deve chegar a 25 mil pessoas. “Esse é um evento que tem repercussão internacional, com transmissão para mais de 40 países. E o que vem de resultado no decorrer do tempo, mesmo após o evento, é muito grande. A gente ainda vai viver o reflexo disso por meses, anos, talvez. Então é algo muito significativo para o comércio, para a cidade, para o turismo, enfim, para todos”, destacou o presidente da Acia.

A Copa do Mundo de Mountain-Bike em Araxá é uma realização do Governo de Minas, por meio das secretarias de estado de Cultura e Turismo e de Desenvolvimento Social, do Centro Universitário UniBH, com apoio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e do Sebrae Minas.

“É incrível organizar, nesse contexto, um evento esportivo desse porte. Ele precisamente está qualificando para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, então é muito importante. Os atletas estão contentes pela participação em Araxá, Minas Gerais, onde sentimos realmente a energia das pessoas, essa paixão pelo mountain-bike”, destacou Remi Trapero, gerente de Vendas Internacionais para a América Latina da Warner Bros Discovery Sports, organizadora do evento. “O circuito é muito técnico, os atletas gostam, tem muitos saltos, então vamos viver um espetáculo fantástico para as carreiras de elite”, completou.

Movimentação

Eventos esportivos como esse, além de atrair atletas e espectadores, também beneficiam diretamente o comércio local. Para pequenos e médios comerciantes de Araxá, essa foi uma boa oportunidade para impulsionar os negócios. O sócio da BiciMobi, Gabriel Ramos, reitera que esses eventos movimentam normalmente um segmento da economia que funciona um pouco à margem das cadeias produtivas que geram mais dinheiro e, dependendo do tamanho do negócio de quem se envolve, isso representa o seu faturamento trimestral ou até de todo o semestre.

“Estou aqui em Araxá para a Copa do Mundo e encontrei uma atmosfera muito diferente e tranquila. No geral, tudo está muito bom com a experiência do evento, com a logística e como está tudo desenhado, organizado, além de ser um percurso muito bonito. Tudo é muito belo: encontrei uma ótima sorveteria e um ótimo café na cidade. Esperamos retornar aqui no próximo ano", disse Andrea Tiberi, ciclista do time Santa Cruz Rock Shox, da Itália, já acostumado às competições e mountain-bike.

Outro atleta que elogiou o evento e a cidade é Matthew Shriver, do time Pirelli, dos Estados Unidos. “Que lugar legal para vir, adoramos o local, a pista é incrível. Os organizadores fizeram um ótimo trabalho com a hospitalidade, o que está tornando muito fácil para nós ficarmos aqui por mais de uma semana. As pessoas são ótimas, não posso pedir mais nada: o tempo está perfeito, a comida é boa. Voltaremos a qualquer momento. Nós também amamos os fãs brasileiros, é muita paixão. Não vemos isso todos os dias, então é bom ter toda essa energia dos fãs aqui”, afirmou.

Os turistas também aprovaram a cidade e o evento. Jalizan Kemerich, de Panambi (RS), que visita Araxá pela primeira vez, disse que a gastronomia e o clima de Araxá são um pouco diferentes. “Estranhei um pouco a comida e o clima, mas a cidade é muito bonita e as pessoas, acolhedoras”, contou. Lucas Leonel, de Ribeirão Preto (SP), é atleta amador e retorna à cidade mais uma vez.  “Estou em Araxá prestigiando esse grande evento da copa do mundo, já frequento a cidade por causa da copa internacional. E por tudo que está sendo feito, esse glamour, esse espetáculo, mais um ano eu não poderia deixar de vir para presenciar o evento. Tomara que se repita por vários anos e que eu tenha saúde e condição de voltar sempre”, afirmou.

Estande

Os quatro dias de evento reservaram muito mais do que a competição dentro das pistas. No entorno do circuito, um verdadeiro festival esteve à disposição de quem passou pelo bairro do Barreiro para acompanhar as disputas mundiais: praça de alimentação, shows e feira de produtos estão entre as atrações. Para apresentar os turistas com toda a mineiridade, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), montou no local do evento um estande com quitandas e quitutes mineiros, como pão de queijo, broa, doce de leite e biscoitos caseiros, além dos nossos delicioso café e queijo.

Quem experimentou as delícias mineiras, aprovou como é o caso de Kátia Tavares, turista do Rio de Janeiro: “É a minha primeira vez aqui em Araxá e achei a cidade é incrível, estou gostando muito. Aproveitei para passar no estande do Governo de Minas e tomar aquele cafezinho maravilhoso e comer um docinho de leite espetacular”.

Dados divulgados pelo Ministério do Turismo, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua Turismo), revelam que, em 2021, mais 363 mil turistas estiveram no Brasil a lazer e tiveram como motivação praticar ou assistir esportes. A pesquisa demonstra a importância do segmento para o setor, fortalecendo a atividade turística que, por sua vez, impulsiona a geração de emprego e renda em todas as regiões mineiras.

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Fotos: Secult/Divulgação

01 obra BIGUFoto: Divulgação Centro de Arte Popular

Na próxima terça-feira, dia 09 de julho, o Centro de Arte Popular abre as portas para receber a exposição “Nem tudo é o que se vê”, com curadoria de João Caixeta e produção de Fabiano Lopes de Paula, a partir das 19h. A mostra nos convida a explorar a complexidade e a profundidade das paisagens urbanas, a partir do olhar sensível dos artistas Helton Bicalho Brandão, o Bigu, e Liu Freitas. A exposição fica em cartaz até o dia 04 de agosto. A entrada é gratuita.

 

Bigu utiliza-se da arte como um meio de dar forma à sua subjetividade, transformando experiências cotidianas em expressões visuais. Para esta exposição, apresenta duas de suas séries de pintura: "Lugar Comum" e "Fósseis Modernos". Ambas são um testemunho de sua habilidade em captar e reinterpretar as marcas deixadas pelo tempo e pela ação humana nas superfícies das cidades.

“Lugar Comum” é composta por seis quadros de técnica mista sobre madeira, inspirados pelas garatujas urbanas. Essas obras revelam a beleza oculta nos grafites e rabiscos que frequentemente passam despercebidos. Em “Fósseis Modernos”, uma série de oito obras, o artista captura as incrustações e marcas que se formam nos pavimentos das cidades. Cada obra é uma crônica visual das interações humanas com o ambiente urbano, registrando de maneira quase arqueológica os vestígios do cotidiano.

Já Liu Freitas traz para “Nem tudo é o que se vê” a instalação “Recortes”, que explora a alegria e a alegoria gráfica das cores e padronagens, transformando os fragmentos das cenas da vida urbana em composições vibrantes e dinâmicas.

“Assim como Kandinsky via nos elementos geométricos uma maneira de expressar emoções e criar uma nova forma de ver a realidade, Bigu e Liu Freitas utilizam suas técnicas para transformar as marcas da urbanidade em arte. Bigu, com suas garatujas e fósseis modernos, e Liu, com seus recortes vibrantes, nos convidam a uma experiência que vai além do que os olhos podem ver, nos sugerindo que a arte deve tocar o espírito e transformar a percepção”, diz João Caixeta, curador da mostra.

Bate-papo com os artistas no dia 10 de julho (sexta-feira)

Ainda como parte da programação da exposição “Nem tudo é o que se vê”, no dia 10 de julho, sexta, o curador João Caixeta e o artista Bigu convidam o público para um bate-papo descontraído sobre o processo de produção das obras, e sobre a sua trajetória artística.

Centro de Arte Popular
O Centro de Arte Popular apresenta um amplo panorama de obras que privilegiam a riqueza e a diversidade das manifestações culturais populares, valorizando o trabalho de criadores que traduzem no barro, na madeira e em outros materiais o universo em que vivem. Sua edificação principal foi construída para uso residencial na década de 1920, tendo sido também a sede do antigo Hospital São Tarcísio.
No ano de 2012, a edificação foi adaptada para abrigar o CAP, onde o público pode conhecer obras de artistas de várias regiões de Minas Gerais, como o Vale do Jequitinhonha, Cachoeira do Brumado, Divinópolis, Prados, Ouro Preto, Sabará e outras, entrando em contato com elementos representativos da pluralidade da cultura mineira. O edifício possui quatro salas de exposição permanente, uma para exposições temporárias, uma sala para oficinas de arte e ainda um pátio interno.

Serviço:
Abertura da exposição “Nem tudo é o que se vê”
Data: 09 de julho a 04 de agosto de 2024
Horário: 19h

Conversa com o artista Bigu, com mediação de João Caixeta, curador da exposição “Nem tudo é o que se vê”
Data: 10 de julho de 2024
Horário: 19h

Local: Centro de Arte Popular
Rua Gonçalves Dias, 1.608 – Bairro Lourdes
Telefone: (31) 2128 - 4350 / Whatshapp - (31) 9 9160-1222
Instagram: @centrodeartepopular

MountainBikeAraxá

A segunda etapa da WHOOP UCI Moutain Bike Series, circuito mundial da modalidade, chegou à cidade de Araxá, no Alto Paranaíba, neste final de semana. E trouxe com ele uma grande movimentação turística e econômica para toda a região. Segundo a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, todos os hotéis estão com ocupação máxima desde a segunda-feira (15/4). Ainda segundo o órgão, além da hotelaria, muitos moradores alugaram suas casas ou quartos pelo Airbnb e aproveitaram para garantir uma renda extra. É a primeira vez que o evento acontece em Minas Gerais.

O WHOOP UCI Moutain Bike Series acontece no Grande Hotel Termas de Araxá até domingo (21/4). “A copa mundial impacta no turismo da cidade de forma positiva, gerando novos negócios, ou seja, hospedagem, restaurante, acomodações, enfim, e gira toda a economia, ainda mais com turistas de vários países do mundo estando aqui em Araxá. Não tem como ser diferente.  Aqui no hotel estamos com ocupação máxima por pelo menos uma semana. E os hotéis na região também. Desde a última segunda-feira, todos os hotéis estão sem disponibilidade. Um evento desse, ainda mais internacional, nos projeta para o mundo”, destaca o gerente-geral do Grande Hotel Termas de Araxá, Renan Dias.

Durante a competição, que conta com atletas olímpicos, serão disputadas as modalidades de Cross Country Olímpico (XCO) e de Short Track (XCC). Para os apaixonados por esporte, os olhos estarão no circuito totalmente renovado, com 3.800 km de extensão. Afinal, pedalando em meio à exuberante natureza do local estarão cerca de 300 dos melhores atletas do mundo – vindos de cerca de 40 países –, competindo pelo título da etapa nas icônicas trilhas da cidade mineira.

O secretário Municipal de Cultura e Turismo de Araxá, Ítalo Borges, conta como o evento está sendo importante para a cidade. “Com o evento, nossa rede hoteleira está com 100% de ocupação e, nesse mesmo período, foi despertado no município a oportunidade de locação por temporada, usando aplicativos. Com o evento isso passou até a ser usado pelo araxaense e fomentou de uma forma significativa a economia em todas as direções. Além da parte hoteleira, movimenta restaurante, oficina, os postos de gasolina e até mesmo a farmácia. Enfim, a economia gira em todos os setores”, ressalta.

Para o secretário, o mundial de mountain-bike é uma vitrine para a cidade. Borges fala na expectativa de um público estimado entre 20 e 30 mil pessoas, em um evento  que está sendo transmitido para mais de 40 países do mundo. “É uma propaganda, o mundo vai passar a conhecer Araxá de uma forma positiva. Estamos recebendo relatos positivos das delegações. Eles agradecem pela hospitalidade e pelo acolhimento e parabenizam pela estrutura que preparamos”, concluiu.

A turismóloga e empresária Cleonice Maneira Natal concorda com o secretário e ressalta ser um privilégio para a cidade receber um evento de tão alto nível. “Eu administro uma casa de aluguel para temporada aqui em Araxá e a aluguei para uma equipe estrangeira que vai participar da competição por uma média de 14 dias. Esse evento é um divisor de águas não só para a cidade, mas para a população local também. Ele deu oportunidade para todos participarem alugando suas casas, desde as mais simples e pequenas até as maiores”, conta.

Mas os quatro dias de evento reservam muito mais do que a competição dentro das pistas. No entorno do circuito, um verdadeiro festival está à disposição de quem for ao bairro do Barreiro acompanhar as disputas mundiais: praça de alimentação, shows e feira de produtos estão entre as atrações.

O cozinheiro Vinicius Albuquerque Cunha foi contratado para fazer o jantar de uma equipe da Suíça. Ele tem dois anos de formado em um curso técnico de cozinha e é apaixonado pela profissão. Cunha conta que foi contratado para fazer somente o jantar durante uma semana, mas eles gostaram tanto que acabaram contratando-o para fazer o almoço também. “Todos os dias eu sento com uma pessoa da equipe deles e fechamos o cardápio do próximo dia. Está sendo desafiador porque eles gostam da comida com bastante tempero, além de ser uma culinária bem diferente. Por exemplo, o feijão deles é o vermelho, cozido com grão de bico, milho e massa de tomate e com bastante tempero. Está sendo desafiador, gratificante, e vai agregar muito ao meu currículo. É uma grande oportunidade, não só de ganhar um dinheiro, mas também de enriquecer minhas experiências profissionais”.

Programação

As duas primeiras provas da WHOOO UCI Mountain Bike World Series aconteceram na sexta-feira (19) à tarde, às 14h e 14h35, com a realização do Short Track (XCC) para as categorias Sub-23 Feminina e Sub-23 Masculina, respectivamente. Neste sábado (20), mais três provas serão realizadas: a Elite Feminina e Elite Masculina no XCC, competindo às 12h e 12h35, respectivamente, e a Sub-23 Masculina encerra o dia com o primeiro Cross Country Olímpico (XCO) do evento, às 15h. O domingo (21) tem no XCO para a Sub-23 Feminina a primeira prova, às 10h30. Enquanto o XCO da Elite Feminina acontece às 13h15, o XCO da Elite Masculina encerra o evento a partir de 15h30.

Pensando em um evento para agradar ao público de todos os gostos, a WHOO oferece também uma feira de exposições com mais de 40 marcas exibindo e vendendo produtos para amantes do ciclismo, além de uma praça de alimentação com serviço completo. São diversas opções de alimentação durante os quatro dias, com comidas como pizza, pastel, espetinho, queijos, acarajé – e também opções como pipocas, churros, açaí e algodão doce. Na parte de bebidas, estandes exclusivos para venda de sucos, cervejas tradicionais e artesanais também têm espaço.

Turismo e esportes

Dados divulgados pelo Ministério do Turismo, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua Turismo) revelam que, em 2021, mais 363 mil turistas estiveram no Brasil a lazer e tiveram como motivação praticar ou assistir esportes. A pesquisa demonstra a importância do segmento para o setor, fortalecendo a atividade turística que, por sua vez, impulsiona a geração de emprego e renda em todas as regiões mineiras.

Foto: Dirceu Aurélio / Imprensa MG

Carnaval Foto Dirceu Aurélio Imprensa MGFeira do Carnaval de Minas Gerais vai acontecer em agosto, no Expominas, dentro da programação da Travel Next Minas (Foto Dirceu Aurélio/Imprensa MG)

Para ressaltar o Carnaval de Minas Gerais como potência cultural e turística e uma das festas mais populares do país, o Governo do Estado realizará uma feira temática sobre a folia na segunda edição da Travel Next Minas, evento que acontece em Belo Horizonte, no Expominas, entre os dias 16 e 17 de agosto. A novidade foi anunciada nesta quinta-feira (4) pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, em Goiânia, durante a abertura da Expo Turismo Goiás. Até esta sexta (5), o evento reunirá 160 expositores e cerca de quatro mil participantes.

“O maior passo, o mais efetivo, coordenado e inteligente para o posicionamento do nosso Carnaval será nesta feira para vender o produto turístico Carnaval. Blocos e escolas de samba nos procuraram, fizemos uma reunião. Há uma aproximação deles com o Estado, eles pedem que o Estado assuma o Carnaval como uma política de Estado, que tenha fomento, capacitação e formação no que se refere ao empreendedorismo criativo”, comentou Oliveira. Na fase de pré-produção do Carnaval, serão investidos, pelo menos, R$ 4 milhões.

A área temática do Carnaval de Minas Gerais na Travel Next Minas ficará em um espaço chamado “Meu negócio é Carnaval”, que, por sua vez, será uma espécie de feira dentro de outra feira. “É como se fossem duas feiras que se conectam. Para entrar na Travel Next, você terá que passar pelo Carnaval. Será muito interessante”, completou Oliveira. Haverá, também, um local reservado para programações culturais. A expectativa é que a Travel Next Minas receba mais de cinco mil profissionais de turismo de todo o país. A partir do modelo transversal de políticas públicas adotado pelo Governo de Minas, a Secretaria de Comunicação Social atua em parceria com a Secult para atrair de grandes eventos para o estado, como é o caso do Carnaval. A Secretária Adjunta de Comunicação Social, Bárbara Botega, explica que, além do edital destinado à pré-produção, haverá ainda outro chamamento, de R$ 2 milhões, voltado à inovação tecnológica na sonorização.

“As avenidas sonorizadas em Belo Horizonte, no Carnaval deste ano, foram um sucesso. Queremos expandir essa ação, mas entendemos que cada bloco possui uma identidade própria na forma como apresenta sua música. Com esse chamamento, queremos incentivar projetos que tragam inovações para repercutir melhor o som dos artistas, que possibilitem uma experiência de carnaval mais confortável para os foliões, a partir do que o próprio bloco entende que faz sentido para seu Carnaval”, explica Bárbara Botega.

Em 2024, o Carnaval gerou um fluxo turístico de 12 milhões de pessoas em todo o estado – 6,5 milhões no interior e 5,5 milhões em Belo Horizonte. A folia movimentou cerca de R$ 4,7 bilhões de reais na economia. Ao realizar um Carnaval histórico, Minas foi o terceiro estado do país a receber a maior quantidade de visitantes estrangeiros durante a festa: mais de 30 mil turistas internacionais viveram a festa momesca no estado, movimentando R$ 124,5 milhões na economia mineira, segundo levantamento da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).

Minas em Goiás

Na capital goiana, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, em parceria com o Grupo Ânima e o Sebrae Minas, e patrocínio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), participa da 4ª edição da Expo Turismo Goiás com um estande próprio. O objetivo é atrair investimentos, posicionar o Destino Minas como um dos mais ricos e diversos do país, apresentar novidades sobre o Carnaval da Liberdade 2025 e a campanha turística Inverno em Minas, ressaltar a candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Mundial da Unesco e a importância da plataforma Invest Minas Tur, além de realizar ações que integram o programa “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea”.

“A Cozinha Mineira tem sido muito importante para colocar Minas Gerais na liderança do turismo nacional. São várias as ações em todo o território nacional que levam para esse sucesso, e nesse sucesso estão o governador Romeu Zema e o vice-governador Professor Mateus Simões. Eles compreendem de uma forma muito ampla o turismo e a potência dessa indústria como geradora de emprego e renda”, finalizou Oliveira.

Protagonismo da Cozinha Mineira

Ao destacar o potencial da Cozinha Mineira, com experiências de degustação com chefs mineiras, o Governo do Estado leva os sabores, aromas e o conhecimento culinário para além das montanhas de Minas. O público terá acesso à tradicional mesa posta, com produtos como café, queijos, pães de queijo, azeite e doces, uma pequena mostra da alma e diversidade de Minas, um espaço de prosa e comida gostosa.

Nesta quinta-feira (4), os participantes poderão acompanhar a Cozinha Viva com a chef Carol Fadel, que preparará uma moela à milanesa com aioli de limão capeta, e com a chef Maria Clara Magalhães, que fará um tartare de carne de sol com chips de jiló e bernaise de manteiga de garrafa. Já na sexta (5), a aula aberta de Maria Clara Magalhães mostra o preparo de um copa lombo prensado com confit de mandioca e molho de melado e limão. Carol Fadel fará uma manjubinha frita com molho tártaro, um picles de quiabo. A escolha das chefs busca reconhecer a influência e a relevância das mulheres na formação da culinária mineira.

O Centro de Convenções Goiânia também terá um dos aromas mais gostosos de Minas, o cheirinho de pão de queijo quente. Parte fundamental da culinária do estado, a iguaria será representada pela premiada A Pão de Queijaria. No estande de Minas também haverá degustação de vinhos. Com o crescimento da produção em solo mineiro, o estado entrou na rota do enoturismo, fomentando o setor turístico, principalmente no Sul de Minas e na Serra da Mantiqueira.

O diretor de Administração e Finanças da Codemge, Lincoln de Farias, também presente no estande de Minas, salienta a importância da participação do Governo do Estado em eventos de grande porte como a Expro Turismo Goiás: “ Fomentar iniciativas de promoção do Estado e suas riquezas históricas, culturais, naturais e sua deliciosa gastronomia é promover também a atração de novos negócios, turistas, movimentação da economia, o que, consequentemente, gera novos postos de trabalho e oportunidades de emprego e renda para os mineiros”.

Invest Minas Tur

Durante o evento, será apresentada a Invest Minas Tur, ferramenta digital que conecta oportunidades de negócios no turismo de Minas Gerais aos investidores e possíveis interessados no setor. Ela funciona como uma vitrine, com a chancela do Estado, na qual proprietários de imóveis e gestores municipais podem cadastrar seus atrativos e, assim, ampliar as chances de viabilização de empreendimentos turísticos. A Invest Minas Tur atraiu R$ 3,7 bilhões em investimentos e gerou mais de 20 mil empregos desde 2022. “Nossa intenção é que este seja um projeto piloto para que possamos fazer o mesmo com outros setores da economia e, assim, promover o desenvolvimento de uma forma ampla e dinâmica”, destaca o presidente da Invest Minas, João Paulo Braga.

Atração de eventos

Em uma das apresentações no estande do Governo de Minas, a secretária Adjunta de Comunicação do Estado de Minas Gerais, Bárbara Botega, falou sobre a importância de atrair eventos para o estado e como isso fortalece a economia nas diversas regiões de Minas. “O governo entende a indústria de eventos em toda sua potência para geração de emprego e renda. Uma diversidade de setores é beneficiada em cada evento realizado, de maneira que estamos trabalhando políticas para atrair mais eventos para o Estado, reconhecendo, inclusive, a vocação de Minas Gerais como povo hospitaleiro e acolhedor que é”, diz.

Estande de Minas na Expo Turismo Goiás Foto Leo Bicalho Secult 2Estande de Minas na Expo Turismo Goiás, que termina nesta sexta-feira (5) em Goiânia (Foto Leo Bicalho/Secult)

Carnaval da Liberdade

Nesta sexta-feira (5), o Carnaval da Liberdade será destaque de uma apresentação do Sebrae Minas, que também irá divulgar duas importantes rotas turísticas do estado – Bahia-Minas e Café do Cerrado Mineiro –, além de destacar o potencial turístico e o crescimento do Carnaval em todo o estado.

“A iniciativa do Sebrae Minas e da Secult tem o objetivo de promover o turismo e atrair um número cada vez maior de visitantes para o estado. Além disso, apresentaremos um plano de ação que vai preparar os pequenos negócios mineiros para a data mais festiva do ano: o Carnaval. São iniciativas que vão melhorar a gestão desses empreendimentos e a qualidade dos serviços oferecidos, estimulando a geração de receita, a organização financeira e o desenvolvimento sustentável dos negócios da folia”, afirma o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

Delegacia de Eventos e Apoio ao Turista

O Governo de Minas Gerais, em parceria com a Polícia Civil, está reestruturando a Delegacia de Eventos e Apoio ao Turista (Deptur), tema da programação desta sexta-feira (5). A ação, que será apresentada pelo Delegado Guilherme Santos, destaca a importância da segurança na escolha de destinos turísticos. A Delegacia será integrada à Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária, ampliando sua atuação para incluir unidades nos aeroportos de Confins e da Pampulha, além da Rodoviária de BH. Com isso, os turistas são acolhidos desde sua chegada ao território mineiro. A Deptur também opera com uma delegacia móvel, garantindo segurança em feiras, festas e eventos por todo o estado de Minas Gerais.

Semana da Inconfidencia Ouro Preto credito Luciano Almeida 2Atividades culturais e artísticas, passeios guiados, espetáculos musicais e teatrais e festival gastronômico integram a programação da Semana da Inconfidência em Conexões (Foto Luciano Almeida/Divulgação)

 A Semana da Inconfidência em Conexões irá unir Ouro Preto e Tiradentes em torno das artes, gastronomia e de territórios criativos. Até domingo (21/04), moradores e visitantes dessas importantes cidades históricas terão à disposição uma série de ações que irão conectá-los com história, raízes culturais, criatividade e o patrimônio artístico do estado. A programação completa pode ser acessada no site oficial do evento, que começou no último sábado e se encerra no dia 21 de abril com a tradicional cerimônia na Praça Tiradentes, em Ouro Preto. A iniciativa é promovida pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), com patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura, em parceria com as prefeituras de Ouro Preto e Tiradentes.

Em Ouro Preto, terra dos Inconfidentes, o público terá a oportunidade de descobrir e se conectar com novos “territórios criativos” da cidade, lugares onde história, arte e cultura se fundem oferecendo inovadoras oportunidades de fruição cultural para moradores e turistas. Uma programação intensa com espetáculos e intervenções artísticas, oficinas, rodas de conhecimento e caminhadas guiadas destacam os bairros de Antônio Dias, Alto das Dores, Alto da Cruz e Padre Faria nesta segunda edição do evento. Durante as caminhadas guiadas (Walking Tours), serão realizadas abordagens históricas, como no roteiro “Um Retorno às Origens” criado pelo Coletivo Palma Preta, que propõe rotas de Afroturismo conduzindo os visitantes em rotas e lugares inusitados, fora do percurso comumente chamado como “Centro Histórico”, e que remetem à formação de Ouro Preto.

O reconhecimento de novos territórios criativos e seus usos será a tônica do projeto e a programação terá lugar em praças, adros de igrejas, largos, espaços culturais comunitários e escolas, que sediarão atividades gratuitas para todos os públicos. A Semana da Inconfidência será marcada também por uma homenagem à Bárbara Heliodora, poeta e heroína da Inconfidência Mineira. Do túmulo em São Gonçalo do Sapucaí, no Sul de Minas, os despojos serão levados para o Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, onde há o “Panteão dos Inconfidentes, espaço que celebra os heróis desse período emblemático da nossa história.

Tiradentes

Em Tiradentes, no Campo das Vertentes, uma programação intensa e diversificada irá movimentar moradores e visitantes da cidade. Na programação, o Festival Mineiridades, cujas atrações do último domingo (14/04) marcaram a abertura da Semana da Inconfidência em Conexões no município. Está prevista ainda a Feira Mineiridades, nesta sexta-feira (19/04), que irá promover um verdadeiro encontro dos mineiros com suas próprias raízes gastronômicas e culturais. Além de saborear pratos e quitutes de dar água na boca, moradores e turistas poderão se divertir ao som de moda de viola, seresta e pop rock. A programação ainda vai oferecer cursos e palestras. Os visitantes terão a oportunidade de aprender sobre métodos de extração de café, os segredos da famosa quitanda mineira, e a como apreciar bons vinhos em uma degustação, conduzida por um especialista. As atividades vão acontecer no histórico Largo das Forras, tradicional palco de grandes eventos culturais de Tiradentes.

Mas não será apenas o Largo das Forras que ficará movimentado. Na rua Direita, o Banquete da Inconfidência, está confirmado. Nesse evento, restaurantes da cidade fazem doação de pratos típicos da culinária do estado para o público em uma imensa mesa que será montada na via. Outra tradicional atração será a Cavalgada da Inconfidência, que acontece há mais de três décadas. Este ano, cerca de 400 cavaleiros estão confirmados. Haverá também o momento para os amantes das pedaladas. Aproximadamente 1,5 mil ciclistas irão participar do CicloTurismo Oeste de Minas, que começa na cidade de Antônio Carlos, passa por Barbacena, Barroso, Prados, com chegada em Tiradentes.

No domingo (21/04) está marcada a solenidade cívica que irá destacar os 232 anos da morte de Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, com chegada do Fogo Simbólico para acendimento da Pira da Liberdade. Está prevista ainda a aposição de uma coroa de flores junto ao monumento Alferes Tiradentes, em homenagem ao Mártir da Inconfidência Mineira. A exemplo de Ouro Preto, em conexão com os territórios criativos, o distrito do Elvas também foi integrado à programação com a realização de uma feira cultural, cujo tema irá celebrar a Beata Nhá Chica.

Projeto Sextas Abertas

O projeto Sextas Abertas, idealizado pela Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP) em 2016, por meio do Núcleo de Arte e Ofícios, terá edições especiais até novembro. A primeira será nesta sexta-feira (19/04), durante a Semana da Inconfidência, com atrações gratuitas para todas as idades. A convocação para a participação de artistas de várias expressões e agentes culturais que atuam com temas diversos está aberta, por meio de formulário online disponível no link: https://forms.gle/bFM4tQ99xFsDjtDx9. O público poderá acompanhar todas as informações sobre o evento na página oficial no projeto no Instagram @sextasabertas.

Faop Santa LuziaQuarta sede da Fundação de Arte de Ouro Preto fora da cidade histórica foi inaugurada em Santa Luzia, nesta terça-feira (02/07) (Fotos Leo Bicalho/Secult)

Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, é a quarta cidade a receber uma unidade da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), fora dos limites da cidade histórica. A sede da Fundação foi inaugurada nesta terça-feira (02/07), ampliando ainda mais as ações da FAOP pelo estado, reforçando a política pública de descentralização estabelecida como meta pelo Governo de Minas. Em 2024, a instituição já celebrou a abertura da FAOP Liberdade, em parceria com o Centro de Arte Popular, no Circuito Liberdade, na capital mineira, onde estão sendo ministrados cursos de curta duração e exposições.

“A FAOP nasce para cuidar da cultura, das artes e dos ofícios de Minas Gerais. É a única escola técnica de restauração do estado. Trazê-la para Santa Luzia é uma garantia de que o patrimônio histórico da cidade tenha um olhar diferenciado. Portanto, damos um passo muito importante para a gestão do patrimônio, para restaurar tudo o que precisa ser restaurado, e ainda formando pessoas”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

As ações pela preservação do patrimônio histórico e artístico já começaram em Santa Luzia antes da inauguração. Foi criado um ateliê de conservação, onde técnicos e técnicas da FAOP estão trabalhando nos processos de catalogação e de conservação e restauração em cerca de dois mil objetos históricos da cidade, que estavam abrigados no Solar da Baronesa, na região Central do município. Dentre os itens, estão mobiliários, documentos, plantas arquitetônicas e pinturas. Esses bens culturais, importantes para a memória e história de Santa Luzia, são de propriedade do Museu Histórico Aurélio Dolabella (MHAD), que deve ser implantado no casarão Solar Teixeira da Costa, que está sendo restaurado.

“O amor ao patrimônio histórico é o combustível para que cada vez mais a FAOP esteja presente em várias partes do estado. A gente fica muito feliz nessa abertura de ver um espaço tão cheio de pessoas apaixonadas pela arte e pelo patrimônio”, afirma o presidente da Fundação de Arte de Ouro Preto, Luiz Henrique Câmara Trindade.

Novidades

Outra atividade está em curso na nova unidade. É a oficina “Cidade, Museu e Patrimônio: O MHAD e Santa Luzia”, que tem como objetivo explorar a história e as memórias da cidade, a partir do acervo do MHAD. Com carga horária de 15 horas, as atividades incluem uma visita técnica e estão sendo realizadas em três turmas. Nesta sexta (05/07), serão reunidas as turmas em uma aula com visita técnica à Igreja Santuário Matriz de Santa Luzia. A previsão é que em agosto comece a ser ofertado, na nova unidade da FAOP, o curso de Auxiliar de Conservação de Bens Culturais. Com duração de quatro meses, as aulas serão gratuitas.

Para marcar a chegada da FAOP em Santa Luzia também foi aberta a exposição “Museu Histórico Aurélio Dolabella - Notícias da Vizinhança”, no hall da sede da FAOP. A mostra oferece imagens, objetos e documentos para apresentar ao público uma reunião de momentos importantes do casarão Solar Teixeira da Costa, desde sua construção, em meados do século XVIII, aos dias atuais. A mostra apresenta também parte do seu acervo, formado por coleções pessoais e outros guardados como, esculturas sacras, pinturas, instrumentos musicais, indumentárias, instrumentos de trabalho, mobiliário e documentos históricos.

“Santa Luzia é mais antiga que o próprio estado. É importante destacar também em projetos como esse o fomento da participação da população na história da cidade, para que haja pertencimento do seu povo”, destaca o prefeito de Santa Luzia, Luiz Sérgio Ferreira.

FAOP de todos os mineiros

Com a abertura da FAOP / Unidade Santa Luzia, a instituição, criada há 55 anos, ratifica a afirmação de que a Fundação de Arte de Ouro Preto é, na verdade, de todos os mineiros. Nos últimos três anos, a Fundação colocou o pé na estrada para fomentar e potencializar a cultura dos ofícios e do patrimônio histórico e artístico do estado. A primeira unidade a ser inaugurada foi em Paracatu, em 2021. Ano passado, em Guaxupé, no Sul de Minas, a FAOP também passou a estar presente, inclusive, em um edifício histórico, onde no passado funcionava uma cadeia pública. O lugar virou ponto das artes e dos ofícios, com a realização de atividades gratuitas, como cursos, oficinas e rodas de conversa.

A FAOP Liberdade, inaugurada em abril deste ano em parceria com o Centro de Arte Popular, que integra o Circuito Liberdade, vem oferecendo uma intensa programação de ações. Este ano já foram realizados cursos sobre a arte da montagem de tapetes devocionais e de introdução à conservação de bens culturais, além da exposição “Marias” com as xilogravuras da artista Ana Fátima Carvalho.

Faop Santa Luzia inauguração 2024

Leônidas de Oliveira Christiana Renault Afonso Borges Zeca Camargo e Paulo GuilhermeRealizada em São Paulo, maior feira de turismo da América Latina terminou nesta quarta-feira (17) com novidades anunciadas para fortalecer a atividade turística e atrair mais visitantes; na foto, Leônidas de Oliveira, Christiana Renault, Afonso Borges, Zeca Camargo e Paulo Guilherme (Fotos Leo Bicalho-Secult)

Durante três dias, o Destino Minas foi promovido durante a World Travel Market (WTM) Latin America, realizada em São Paulo, até esta quarta-feira (17). Mais de 27 mil pessoas participaram do evento, em que Minas Gerais contou com um estande próprio. No espaço, o público pôde apreciar os sabores da cozinha mineira, conhecer o congado, o artesanato mineiro, o calendário de festivais literários para este ano, além de informações sobre os principais atrativos turísticos do estado. A iniciativa integra o programa Mais Turistas e foi realizada pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), com patrocínio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), em parceria com o Sebrae Minas e o Centro Universitário UniBH. Também participaram 30 coexpositores mineiros, dentre eles receptivos das Instâncias de Governança Regionais (IGRs), operadores turísticos e representantes do setor hoteleiro.

De acordo com a pesquisa realizada pela Secult com os coexpositores, o turismo cultural foi o principal segmento turístico trabalhado, representando 50% das ações. Em segundo lugar, está ecoturismo/turismo de aventura com 23,1% e o turismo de negócios com 15,4%. Além disso, mais de 80% dos coexpositores avaliaram com que a prospecção de negócios foi alta, o que mostra a importância do evento para ampliar oportunidades de geração de emprego e renda. O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, definiu como surpreendente a participação do Estado na feira de turismo. “É assim que podemos definir nossa participação na WTM em São Paulo: negócios e muita gente. Minas é linda e torna-se um lugar obrigatório a cada feira e, claro, nossa cozinha mineira, sotaque e prefeituras apresentando a grandeza de nossa terra. O que se viu na WTM deste ano foi um estande de Minas lotado, com os participantes disputando um lugar na fila para experimentar a culinária e conhecer os produtos da mineiridade”, disse.

“Estamos divulgando nossos produtos para um público diverso e conectado com a experiência contemporânea. A cultura é esse elemento que em uma viagem faz verdade, senão você pode viajar no seu celular. Estar em Minas é estar em contato com o que somos: é comer bem, é estar de portas abertas, que sejamos todos bem-vindos à Minas Gerais”, acrescentou Oliveira.

Cozinha Mineira

 A promoção da cozinha mineira esteve no centro do estande de Minas Gerais. O público pôde experimentar os pratos preparados pelas chefs Valdelícia Coimbra, Prinacotta, Vânia Lina, Tuquinha, Maria da Consolação e Marlene Raimunda – estas duas integrantes do projeto Circuito Gastronômico de Favelas. Um dos destaques da terça-feira (16), foi a participação do vice-governador, Mateus Simões, no projeto Cozinha Viva. Ele preparou um risotto acompanhado de costelinha mineira com molho de goiabada cascão. Uma celebração dos sabores da cozinha mineira contemporânea. Nesta quarta-feira (17), as chefs Vânia de Paracatu e Tuquinha de Belo Vale exibiram as “Quitandas de Minas” e prepararam o Mané Pelado Desmamada, a empada e a broa vegana de milho verde com cará e moela. A presença das chefs serviu para ressaltar o papel fundamental das mulheres na cozinha mineira, que sempre se mostrou criativa, inclusiva, diversificada e democrática.

Além dessas iguarias, foram servidos os premiados cafés mineiros especiais e disponibilizado para degustação queijos artesanais, doces caseiros e cachaças, além do delicioso pão de queijo, em parcerias com o Mercado Central, a Pão de Queijaria, o Café Paiol Boutique, de Três Pontas, e o Café Seival, de Baependi. O Sebrae Minas ainda realizou rodada com players do trade turístico internacional, como agências de viagens, operadoras DMOs (Destination Marketing Organization), organizações que fornecem informações aos viajantes. Oito receptivos também ofereceram aos participantes produtos e serviços de destinos mineiros.

“Acho que a Codemge faz muito bem em apoiar uma de nossas áreas de atuação, que é o turismo, porque ainda tem muito espaço para crescimento”, destacou o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, antes de assumir o fogão à lenha ao lado de chefs mineiras. “Fico feliz em ver que você, Leônidas, conseguiu três façanhas frente à Secult: primeiro, mostrar que nosso centro da discussão em Minas Gerais da cultura e do turismo está sempre na cozinha mineira, braço de nossa identidade cultural; segundo, interiorização, e por mais encantado e apaixonado que eu seja por minha cidade, Belo Horizonte, ou por nossas cidades históricas, nós temos muito mais a mostrar e que estão fora da visão das pessoas; e terceiro, a capacidade de aglutinação, de ter em um mesmo propósito tantos parceiros”, acrescentou Simões.

Rotas e exportações

Na maior feira de turismo da América Latina, também foram promovidas quatro rotas turísticas – Cafés do Sul de Minas, Café do Cerrado Mineiro, Rota Cicloturística Bahia-Minas e Caminhos do Geoparque de Uberaba, em parceria com o Sebrae Minas. Também foi realizado o lançamento nacional do programa ExportaMinas, da Codemge, e a plataforma Invest Minas Tur, da Agência de Investimentos e Promoção Invest Minas.

Experiências

Ricardo Menezes, sócio da operadora Espinhaço Turística, que faz parte do programa Minas Recebe e tem sede em Belo Horizonte, ressalta que é um privilégio participar de uma feira importante para o mercado do turismo como a WTM: “O movimento da feira é grande e gera vários negócios para o futuro. Estamos aqui mostrando nossas experiências, cultura e gastronomia para trazer mais turistas para o Estado”. Já para Felipe Castro Reis, sócio-proprietário da A Pão de Queijaria, que ofereceu rodadas de pães de queijos aos visitantes do estande de Minas na feira, foi uma honra participar de um espaço que enaltece a cultura, a arte e a gastronomia, levando Minas Gerais para o Brasil e o mundo. “Representar o pão de queijo engrandece a nossa marca e dá mais sentido para que a gente continue trabalhando e buscando cada vez mais qualidade”, comentou Reis.

Na terça-feira (14), foi divulgada uma press trip ao sul de Minas, programada para maio, e com o apoio da Associação dos Municípios da Microrregião do Circuito das Águas, uma região privilegiada pela natureza e com atrativos diversificados – turismo religioso, ecoturismo, turismo de aventura e gastronômico. ”Agora vamos poder mostrar as nossas riquezas já conhecidas e escondidas para nossos principais polos emissores, São Paulo e Rio de Janeiro”, afirma Cristina Galvão, gestora do Circuito Terras Altas da Mantiqueira, representando a Associação dos Municípios da Microrregião do Circuito das Águas (Amag).

O estande de Minas Gerais na WTM também recebeu a exposição "São José – O artesão", com obras de artistas mineiros e uma apresentação do violinista e compositor Marcus Viana, além de um bate papo informal entre o jornalista e apresentador Zeca Camargo e o também jornalista e gestor cultural Afonso Borges, que anunciou o calendário dos festivais literários de Araxá, Paracatu e Itabira, realizados pela Associação Cultural Sempre um Papo. Os eventos acontecem de 23 a 27 de junho em Araxá, de 30 de agosto a 1º de setembro em Paracatu, e de 30 de outubro a 1º de novembro em Itabira.

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A expansão da atividade turística de Minas Gerais, que registrou crescimento 15 vezes maior que a média nacional em fevereiro de 2024, e a democratização do acesso aos recursos da cultura, a partir da implementação da Lei Descentra Cultura, foram destaques da apresentação da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, durante o Assembleia Fiscaliza, realizado nesta sexta-feira (28).
 
Na audiência pública, o secretário de estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, prestou contas das principais ações realizadas pela pasta entre julho de 2023 e maio de 2024. A importância da transversalidade da cultura e do turismo foi ressaltada a partir dos resultados que mostram a efetividade dessa estratégia na construção das políticas públicas.
 
Além do crescimento 15 vezes acima da média nacional, recorde registrado no segundo mês deste ano, a atividade turística do estado se manteve 110% acima da média nacional ao longo de todo ano de 2023, de acordo com o IBGE, o que coloca Minas Gerais na liderança do desenvolvimento turístico do país. No ano passado, também foram geradas 50 mil vagas de emprego na economia da criatividade, como demonstram os dados do Novo Caged.
 
Os efeitos da Lei Descentra Cultura, que foi aprovada em 2023 e regulamentada em 2024, também foram sublinhados. Entre janeiro e maio deste ano, foram aprovados 256 projetos, sendo 150 da capital e 107 do interior, o que representa 41,79% do total de propostas contempladas. “Nós tínhamos antes do Descentra Cultura, 95% dos recursos concentrados na região metropolitana, que também precisa de investimentos, mas nós temos também aqui grandes empresas que podem aportar recursos via Lei Rouanet, e temos uma Lei Estadual importante, com potencial de garantir recursos para todo mundo. E o Descentra já nos possibilitou chegar a mais de 40% de projetos aprovados oriundos do interior até maio deste ano, e agora estamos numa situação de quase 50%, o que representa um avanço significativo e histórico a partir da aprovação dessa lei”, pontuou Oliveira. 
 
O impacto econômico de projetos como o Natal da Mineiridade, Virada da Liberdade, Carnaval da Liberdade, Minas Santa e Minas Junina foi detalhado, demonstrando como um calendário forte de eventos ao longo do ano contribui para atrair visitantes, ampliar o fluxo turístico, gerando, assim, mais oportunidades de emprego e renda. 
 
Nas festas de fim de ano de 2023, por exemplo, foi registrada uma movimentação econômica de cerca de 2,5 bilhões, de acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas de BH (CDL-BH). Já o Carnaval, em 2024, proporcionou uma movimentação de 4,7 bilhões em todo o estado e a criação de 100 mil novas vagas temporárias de trabalho. Mais de 12 milhões de foliões, sendo 6,5 milhões no interior e 5,5 milhões na capital participaram da festividade.
 
O Carnaval da Liberdade, neste ano, trouxe novidades, como o novo sistema de sonorização, que viabilizou uma melhor experiência para os artistas de 14 blocos e para o público na Avenida dos Andradas. Cerca de 1,5 milhão de foliões participaram dos desfiles.
 
Outros novos projetos foram o Palácio do Samba, com uma programação gratuita no Palácio da Liberdade, e o lançamento do Carnaval da Liberdade e Carnaval da Tranquilidade nas Cidades Históricas.
 
Durante a Semana Santa foi também registrado um fluxo turístico de 500 mil pessoas, 20% acima do estimado pelo Observatório do Turismo de Minas Gerais. Foram realizados 660 eventos em cerca de 600 cidades mineiras, e, pela primeira vez, o Circuito Liberdade, recebeu a Encenação da Paixão de Cristo.
 
E, neste ano, estão previstas 500 ações relacionadas às festas populares que acontecem entre junho e julho, com adesão de 314 municípios ao Minas Junina. 
 
Lei Paulo Gustavo
 
A adesão de 98,4% dos municípios mineiros à Lei Paulo Gustavo (LPG), que injetará 378, 2 milhões em todo o estado, foi outro destaque. A Secult publicou 11 editais, que levaram em conta o uso do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) como critério de Regionalização e Interiorização. 
 
Até junho deste ano, 95% dos projetos aprovados na Lei Paulo Gustavo já foram pagos, sendo concluído o repasse de 150, 5 milhões. Do total de 378, 2 milhões destinados a Minas Gerais, por meio da LPG, 182,3 foram transferidos ao estado e 195,8 aos municípios. 

Foto: Alexandre Neto/Divulgação

Cozinha mineira WTM 2024Programação no estande do Governo de Minas ainda contou com o projeto Cozinha Viva, apresentação de congada e lançamento de press trip (Fotos Leo Bicalho/Secult)

O Governo de Minas realizou o lançamento nacional do programa ExportaMinas e da plataforma digital "Invest Minas Tur", nesta terça-feira (16), na World Travel Market Latin America (WTM Latin America, a maior feira de turismo da América Latina, que começou na segunda-feira (15) e acontece em São Paulo até esta quarta (17). Os anúncios aconteceram no estande de Minas Gerais, que ressalta os atrativos do Estado, como a cozinha mineira, a natureza exuberante, os patrimônios históricos e a arte moderna e contemporânea. A participação do Governo de Minas Gerais na WTM, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, integra o programa Mais Turistas, tem o patrocínio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e parceria do Centro Universitário UniBH e do Sebrae Minas.

“A gente tem feito questão de estar presente em todas as grandes feiras do país e também nas internacionais, onde há espaço para o turismo no Brasil. A gente mostrou que Minas Gerais vai muito além de nossas igrejas barrocas, temos muito mais a mostrar: o turismo de aventura, de contemplação e rural. Temos destinos diferentes dos tradicionais, como o Norte do Estado, que oferece um cenário mais agreste, o Triângulo, que parece mais com o Centro-Oeste, o nosso mar de Minas em Furnas. A presença na WTM também é uma oportunidade para atrair novos investidores e novas oportunidades de negócios”, afirma o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões.

“Estamos aqui mostrando Minas Gerais, primeiro para Minas, sempre, e de Minas para o mundo. As pessoas aqui presentes sabem como é ter no centro do poder pessoas do nível do governador Romeu Zema e do vice-governador Mateus Simões, que acreditam na cultura e vivem isso no jeito de gerir o governo de Minas. Isso tem feito com que Minas ganhe em todas as áreas e o turismo cresça o dobro da média nacional”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Na WTM, o presidente da Invest Minas, agência vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), João Paulo Braga, lançou a "Invest Minas Tur", plataforma digital criada para facilitar a identificação de espaços com potencial para abrigar equipamentos turísticos no Estado. A Invest Minas Tur será um facilitador para a atração de investimentos no setor, uma vez que possibilitará uma conexão direta dos investidores com potenciais parceiros. O objetivo é dar visibilidade às diversas oportunidades existentes em Minas Gerais, através de uma vitrine na qual proprietários de imóveis e gestores municipais possam apresentar suas possibilidades e, assim, ampliar as chances de se obter recursos para a concretização dos empreendimentos.

“A Invest Minas está lançando a Invest Minas Tur, um market place que busca conectar quem tem ativos e projetos ligados ao setor de turismo com potenciais parceiros e investidores, que vão poder levar adiante esse negócio. Na prática, a gente é procurado por pessoas que têm algum ativo e que pode despertar o interesse do mercado. Por exemplo, comecei a construir um hotel em um lugar interessantíssimo, mas o dinheiro acabou, não consegui terminar o prédio, a estrutura está lá e preciso de um investidor para complementar e viabilizar a execução do empreendimento. O nosso trabalho enquanto agência de promoção de investimentos é conectar essas duas pontas”, enfatiza Braga. A plataforma vai permitir também que os municípios possam cadastrar e promover suas localidades a partir de suas características especiais.

ExportaMinas

Desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), o objetivo do ExportaMinas, também lançado nesta terça (16) na WTM, é diversificar as exportações dos produtos mineiros, em especial, naqueles que compõem a cozinha mineira, como o café, o queijo, a cachaça e os doces mineiros, além de aumentar o acesso ao artesanato local. O programa foi lançado internacionalmente, no último sábado (13), durante a Specialty Coffee Expo, em Chicago, nos Estados Unidos. Para Leonardo Bortoletto, vice-presidente da Codemge, o ExportaMinas nasce hoje para ajustar arestas e fazer com que os produtos do estado possam estar em outros países: “Temos que lembrar que, para isso, temos que ter nossa produção certificada, temos que estar aptos a exportar, não é simplesmente incentivar. Temos que preparar, capacitar, fazer com que o pequeno se torne médio, que o médio ganhe uma estrutura, mas não perca o artesanal. Todas essas riquezas gastronômicas que estamos vendo aqui estarão nos próximos anos disponíveis em outros países. Nós temos a convicção de que, com o apoio do governo, o ExportaMinas será um grande sucesso”.

O ExportaMinas é inspirado no modelo francês de difusão da cultura alimentar pelo mundo. Em um primeiro momento, o programa pretende estruturar serviços de assessoria técnica aos produtores locais e instalar “casas da gastronomia mineira” nos principais mercados mundiais, como Estados Unidos, Europa e Oriente Médio. Em cinco anos, a meta é habilitar para exportação os principais produtos da gastronomia mineira com utilização do “Selo Verde”. No programa, quatro passos serão importantes para viabilizar a exportação de produtos típicos mineiros. Primeiramente, será preciso identificar os produtores com afinidade com o projeto, depois serão construídas parcerias para tratar os entraves já identificados. O terceiro passo será a elaboração do projeto-piloto, franquias de Minas no mundo e, por último, a replicação do projeto para outros produtores mineiros e setores da economia.

Associação dos Municípios da Microrregião do Circuito das Águas

O Governo de Minas também anunciou, nesta terça (16), a realização de uma press trip na região que compreende as 24 cidades integrantes da Associação dos Municípios da Microrregião do Circuito das Águas (Amag). A região abrange três importantes circuitos turísticos: Terras Altas da Mantiqueira, Circuito das Águas e Montanhas Mágicas. “Nós temos no território das Terras Altas da Mantiqueira uma natureza exuberante, uma diversidade natural única, que compreende parques nacionais e estaduais e favorece as atividades de ecoturismo, de esportes de aventura como montanhismo, voo livre e outras atividades. Além da riqueza natural, a região propicia”, destaca Cecília Galvão, gestora do Circuito Terras Altas da Mantiqueira, que representou o presidente da Amag, Juliano Diniz de Oliveira, prefeito de Alagoa.

Congada e Cozinha Mineira

Nesta terça-feira (16), quem passou peloo estande de Minas Gerais degustou uma rodada de pão de queijo oferecida pela Pão de Queijaria. Em seguida, houve uma apresentação, pelo terceiro ano consecutivo na WTM, do Terno de Congos e Caiapós de São Benedito de Poços de Caldas, uma tradição de mais de 100 anos e é repassada de geração a geração. O grupo se apresenta todo o ano na Festa de São Benedito, de 1º a 13 de maio, em Poços de Caldas. Maria Augusto Clementina, 70, mestra ogan (a que ensina e transmite experiência) foi o destaque, tocando seu atabaque. Maria Augusta é filha da segunda capitã de congo, Orlanda Conceição. “Eu nasci e cresci dentro da umbanda”, afirma, orgulhosa. A programação continuou com o lançamento do livro “Sistemas Culinários da Cozinha Mineira: o Milho e a Mandioca”, da coleção dos Cadernos do Patrimônio Cultural”, do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).

O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, participou do Cozinha Viva, com o prato “Risotto Uai”, uma costelinha ao molho de goiabada defumada. A iniciativa também conta com a participação das chefs Maria da Consolação e Marlene Raimunda, do projeto Circuito Gastronômico de Favelas, e da chef Primatoca, de Araxá, e de Valdelícia Coimbra. Quem passou pelo estande da Secult degustou produtos tipicamente mineiros como café, queijos, pães de queijo, azeite, doces e muito mais.

Sobre a WTM

A 11ª edição da WTM Latin America, importante encontro que acontece em São Paulo, no Expo Center Norte, de segunda (15) a quarta-feira (17), reunirá mais de 27 mil profissionais, agentes e expositores de países como Argentina, Chile, Equador, Bolívia, Venezuela, Colômbia, México, Peru, Paraguai, Uruguai, Itália, Espanha, França, Alemanha, Portugal, Estados Unidos, Canadá, China, Holanda, México, Ruanda, Tanzânia, África do Sul, Austrália e Azerbaijão, num total de mais de 40 destinos. Entre as novidades a serem apresentadas pela WTM Latin America nesta edição está a Rota da Diversidade, iniciativa que tem o objetivo de incentivar inovações significativas, reconhecer e destacar projetos inovadores que abordem, de maneira única e criativa, as temáticas de Afroturismo, Turismo LGBTQIA+ e Turismo 60+.

Inverno em Minas

Para promover o programa Inverno em Minas e os Circuitos de Inverno, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, convidou 40 jornalistas e formadores de opinião de todas as regiões do Brasil para viverem a experiência nos cinco roteiros preparados para este período do ano. A viagem começou nesta sexta-feira (28), e segue até o dia 30 de junho. A ação conta com patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Até 22 de setembro, encerramento oficial do inverno, estão previstas mais de 500 ações em todo território, destacando seus atrativos naturais e culturais, e em especial, a comida mineira e seus pratos típicos dessa época. Cada região do estado, com seus encantos particulares, apresenta uma pluralidade de atividades e paisagens, que podem agradar qualquer perfil de visitante, além de boa estrutura e riquezas culturais.

O programa Inverno em Minas conta com cinco circuitos que combinam belezas naturais, patrimônio histórico, tranquilidade, aventura e as delícias da Cozinha Mineira: Território dos Vinhos, que passa por Três Pontas, Caldas, Andradas e São Gonçalo do Sapucaí; Território Sul de Minas, em Extrema, Gonçalves e Monte Verde; Território Serra da Canastra/Mar de Minas, que explora São João Batista do Glória, São Roque de Minas e Vargem Bonita; Território Espinhaço/Diamantes, em Diamantina, São Gonçalo do Rio das Pedras, Milho Verde e Serro; e o Território Estrada Real, com Santuário do Caraça, Catas Altas, Santana do Montes e Tiradentes no percurso.

Os roteiros proporcionam vivências únicas pelos tesouros mineiros, como visitas a vinícolas, queijarias, cidades históricas, natureza exuberante e mais. E ainda coincidem  com os tradicionais festivais de inverno em diversas localidades, recheados de atividades culturais e educativas como shows, exposições, oficinas, apresentações teatrais e sessões de cinema.

Confira abaixo os cinco circuitos.

1) Território Serra da Canastra/Mar de Minas é destino ideal para o inverno

Paisagens majestosas envoltas pela neblina e o clima fresco da Serra da Canastra oferecem um refúgio tranquilo para quem busca relaxar e apreciar a natureza. As pousadas rústicas e hospitaleiras proporcionam um ambiente aconchegante, onde é possível desfrutar de noites ao redor de uma lareira e contemplar o céu estrelado, além da Cozinha Mineira, que se torna uma grande aliada na estação mais fria do ano, com típicos pratos como ensopados, caldos preparados no fogão a lenha e o famoso cafezinho acompanhado de um pão de queijo feito com Queijo Canastra.

O Território Serra da Canastra/Mar de Minas passa por quatro municípios, fazendo a combinação perfeita entre natureza e gastronomia. O roteiro inclui paradas em São Roque de Minas, onde turistas podem visitar o Parque Nacional da Serra da Canastra; Vargem Bonita, que conta com igrejas e passeios para praticar esportes como canoagem; além de São João Batista do Glória, banhada pelo Lago de Furnas, o “mar de Minas”, que abriga o número impressionante de mais de 130 cachoeiras.

O território também conta com visitas a cozinhas locais, como Cantinho de Minas, Queijaria Tradição Vilela, Retiro do Mel, Queijaria Quintal do Glória, Morada da Serra, Queijaria do Adriano - Empório Velho Chico e o Capitão da Canastra, famoso pelo seu macarrão flambado dentro do Queijo Canastra.

Queijaria Tradição Vilela

Sustentada pela força da agricultura familiar, a Tradição Vilela é uma das mais tradicionais queijarias da Serra da Canastra e está localizada na região do Fumal, em São João Batista do Glória. O Queijo Canastra Casca Florida é um dos mais cobiçados, derivado de uma condição natural que acontece devido a um cenário específico de temperatura e umidade da fazenda, resultando em um sabor inigualável. A Tradição Vilela também oferece uma variedade de produtos artesanais, incluindo doces de leite, de frutas, geleias e licores, todos criados com a mesma dedicação e de forma orgânica na fazenda, respeitando o conhecimento das gerações passadas e o amor pela terra.

 Queijaria Quintal da Glória

Considerada parada obrigatória em São João Batista do Glória, a Queijaria Quintal do Glória tem produção artesanal de Queijo Canastra. No local, é possível realizar degustações, entender sobre a história do laticínio e visitar a fábrica. Sendo a primeira de sua família a se interessar pela fabricação de queijo, Nilseia Vilela, proprietária do Quintal, se importa com todas as etapas da produção, higiene, escolha do gado, qualidade da água oferecida aos animais, força do braço no momento de manipular a massa e temperatura. O carinho da elaboração resultou em um queijo premiado muitas vezes, nacional e internacionalmente. 

quintal do Glória

Queijaria Roça da Cidade

Localizada em São Roque de Minas, a Queijaria Roça da Cidade tem uma produção sustentável que combina alta tecnologia e cuidado artesanal. A matéria-prima é o leite cru e fresco, ordenhado diariamente de um rebanho próprio de vacas sadias e bem alimentadas, que nascem e vivem livres na pastagem. O bem-estar do animal é fundamental na produção da queijaria, assim como a higiene durante a ordenha e o reaproveitamento dos resíduos como o soro do leite, que é usado para alimentar os suínos, e o esterco que vira adubo. A receita do queijo é a base clássica de leite, coalho, pingo e sal, e o resultado são peças de extrema qualidade, premiadas nos principais concursos internacionais.

 Queijo Barreiro no Empório Velho Chico

O Queijo Canastra Barreiro é produzido por Adriano José Ribeiro e sua família na Fazenda Barreiro, em Medeiros-MG, região da Serra da Canastra. O laticínio é elaborado com leite cru de gado criado livre no pasto, sal de forma moderada a acentuar o sabor, pingo e coalho. Possui selo de Indicação de Procedência da Aprocan (Associação dos Produtores de Queijo da Canastra), que atesta sua autenticidade. A casca é amarelo ouro, um pouco lisa, com o interior branco, a textura fica macia e cremosa quando no estado de meia cura e, quanto mais curado, mais o sabor se acentua e a massa vai ficando mais firme.

O sabor é suave com leve acidez típica dos queijos produzidos na região da Canastra. Por se tratar de um produto natural, o mesmo tem variação de cor, podendo apresentar casca rústica conforme a época do ano. A qualidade do Queijo Barreiro rendeu ao mesmo premiações importantes e também pode ser encontrado no Empório Velho Chico, em Vargem Bonita.

2) Território Espinhaço/Diamantes é uma síntese do melhor de Minas Gerais

Considerada a única cordilheira do Brasil, a Serra do Espinhaço tem paisagens de tirar o fôlego em toda sua extensão e, principalmente, nas charmosas cidades históricas que tiveram seu apogeu no Ciclo dos Diamantes, do século XVIII. Com arquitetura colonial e imponentes obras do Barroco Mineiro, casarões, sobrados e igrejas pintados de branco e azul dividem a paisagem com os picos e vales que emolduram o horizonte.

Além do charme de passear pelas ruas e ladeiras, o lugar também vibra história, arte, patrimônio histórico, cultura e culinária, e ainda é um terroir ímpar para produtos como queijo. Na época mais fria do ano, a região fica mais especial, com um impressionante pôr do sol, o céu muito estrelado e o tempo que convida a um agasalho, um prato de inverno, um vinho e uma boa prosa.

O Território Espinhaço/Diamantes passa por Diamantina, São Gonçalo do Rio das Pedras, Milho Verde e Serro para apresentar grandes tesouros das Minas como belezas naturais, patrimônio histórico, tranquilidade, aventura e, claro, as delícias da Cozinha Mineira.

Biribiri

Dos passeios ecológicos ou rurais, às belezas arquitetônicas e às artes da cozinha mineira, o Território Espinhaço/Diamantes convida os visitantes a uma viagem no tempo com um passeio a Biribiri, bucólico vilarejo do século XIX de Diamantina, quase deserto e bem preservado. O lugar faz parte do Parque Estadual do Biribiri e foi construído para abrigar uma grande indústria têxtil. Com o fechamento da fábrica, a vila foi abandonada pela maioria dos moradores e, hoje, é um passeio aconchegante para apreciar a natureza do parque, com suas Cachoeiras Sentinela e dos Cristais, e aproveitar um almoço bem tradicional, feito no fogão à lenha.

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Diamantina

A apenas 12km de Biribiri está Diamantina, o maior centro de extração de diamantes do mundo no século XVIII e Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco, por sua herança histórica e cultural. Ruas de paralelepípedos são ladeadas por casarões coloniais, igrejas barrocas, capelas, e a cidade pulsa ao som de clássicos das serestas, serenatas e vesperatas.

Alguns destaques que chamam a atenção são a Casa da Glória, famosa por seu passadiço que liga duas casas coloniais sobre a rua e que abriga um museu com objetos de época; a Igreja São Francisco de Assis, uma joia do barroco de 1762, onde está o túmulo de Chica da Silva; e o Chafariz do Rosário, um histórico ponto de encontro na cidade.

São Gonçalo do Rio das Pedras e Milho Verde

Diferente da efervescência de Diamantina, São Gonçalo do Rio das Pedras e Milho Verde são lugarejos de quase 2 mil habitantes e que têm o silêncio como um atrativo turístico. O cenário das duas é típico do interior, com animais andando em meio às ruas, som de passarinhos, moradores sentados à porta das casas e o perfume da comida mineira saindo pelas janelas.

São lugares perfeitos para imergir na cultura tranquila do interior do estado e sentir o carinho e a hospitalidade do povo, que tem sempre uma quitanda fresquinha pronta para receber os visitantes. Broas, bolos, biscoitos, rosquinhas, pães de queijo e o que mais acompanhar um bom cafezinho, tudo feito com ingredientes da roça como o milho, mandioca, leite e queijo.

Visita a queijarias

O queijo é, inclusive, um dos grandes atrativos do Território Espinhaço/Diamantes, que conta com microrregiões produtoras da iguaria reconhecidas pelo Governo do Estado: Diamantina e Serro. Visitar uma fazenda produtora de queijo do Serro pode ser uma experiência única para acompanhar uma tradição tricentenária.

São várias as queijarias da região que recebem visitantes, como a Fazenda Boa Vista, produtora do premiado Queijo Bom Sucesso. Por lá, é possível acompanhar todo o processo desde a ordenha das vacas até a maturação das peças. Os visitantes também podem degustar os diferentes tipos de queijo como o fresco, o meia-cura e o curado, e apreciar o sabor e o aroma característicos da região, bem como conhecer a história da família do senhor Adilson de Carvalho, que continua a tradição com muitas pitadas de inovação.

Festa do Rosário

Ainda no Serro, o turista pode conhecer a Festa do Rosário, que acontece sempre no meio do ano, promovido pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário desde 1716. Moradores e diversos Grupos Tradicionais Folclóricos levam para as ruas serranas a mais genuína expressão de fé, cultura e tradição popular do município, em uma mistura de cores, ritmos, cânticos e danças, em homenagem à santa. É uma experiência de fé e misticidade difícil de descrever, mas com uma energia que fica marcada nas pessoas que participam.

3) Território dos Vinhos combina passeio por vinículas, belezas naturais e patrimônio histórico

Com noites frias, dias ensolarados e solo seco, a tradicional região cafeeira no Sul de Minas Gerais tem se transformado e despontado também como polo de produção de vinho, especialmente com as uvas Syrah e Sauvignon Blanc. Já são diversas as vinícolas por ali. Além de produtos premiados, elas têm desenvolvido o turismo na região, recebendo visitantes para conhecer seus processos, com direito a vivências e degustações. Com as temperaturas mais frias, os vales e serras do Sul de Minas ganham um novo charme e possibilitam experiências ainda mais especiais.

O Território dos Vinhos combina passeios em grandes vinícolas, com belezas naturais, patrimônio histórico, tranquilidade, aventura e, claro, as delícias da Cozinha Mineira. Fazem parte da rota atrações nas cidades de Três Pontas, Andradas, São Gonçalo do Sapucaí e Caldas, município onde foi desenvolvida a tecnologia de dupla poda, responsável pela produção dos vinhos mineiros. A técnica foi criada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), no “Programa Estadual de Vitivinicultura”.

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Alma Gerais

A Vinícola Alma Gerais foi criada dentro de um condomínio residencial no distrito de Macaia, no Sul de Minas, com a proposta de levar o cultivo das uvas e a produção de vinho para próximo de admiradores e entusiastas. O projeto reuniu grandes especialistas no mundo da enologia como engenheiros agrônomos, enólogos, sommeliers e o resultado são vinhos que já surpreendem desde as primeiras safras. Destaque especial para os três rótulos de Sauvignon Blanc, elaborados de três maneiras diferentes, com notas sensoriais distintas e qualidade inegável.

 Maria Maria

A Vinícola Maria Maria é uma das mais reconhecidas da região, com conquistas em diversos concursos internacionais, principalmente por seu Sauvignon Blanc, Syrah, Espumante, Rosé e Cabernet Sauvignon. A produção começou quando o fundador, Eduardo Junqueira, sofreu um ataque cardíaco e teve a recomendação de tomar uma taça de vinho por dia. Ele, então, resolveu criar o seu próprio, e reuniu um time de peso para desenvolver os produtos em sua Fazenda Capetinga. O nome da vinícola, Maria Maria, veio da amizade de Eduardo com o músico Milton Nascimento, autor da canção de mesmo nome. E para batizar os rótulos, a vinícola homenageia as mulheres da família – na primeira safra, por exemplo, os vinhos se chamaram Agda (Syrah 2013), bisavó de Eduardo, Ada (Branco 2013), tia-avó de Eduardo, e Anne (Rosé 2013), sua cunhada.

 Estrada Real

A Vinícola Estrada Real, localizada em Caldas, foi pioneira ao empregar o método de dupla poda, em 2001, sendo fundada pelo próprio responsável pela técnica, Murillo Regina, e seus sócios. A plantação acontece em uma área a 900m de altitude, em um processo que combina tecnologia avançada e mão de obra capacitada. A qualidade é reconhecida por grandes conquistas como as medalhas de Grande Ouro na “Wines of Brazil Awards 2020”, com o rótulo Primeira Estrada Syrah Gran Reserva 2018, que alçou o posto de Melhor Syrah do Brasil; e a medalha de bronze para o espumante Carvalho Branco, na “Decanter World Wine Awards”, também em 2020.

Casa Geraldo

A história da Casa Geraldo tem início há mais de 50 anos, quando Geraldo Marcon começa a cultivar uvas para produção de vinhos na região de Andradas. Descendente de italianos, ele tinha um grande apreço pela vitivinicultura e que passou para as gerações seguintes da família. A princípio, traziam uvas do Rio Grande do Sul e vendiam a produção a granel para vinícolas paulistas. Os vinhos de uvas mineiras só vieram mesmo em 2012, quando começaram a empregar a dupla poda e se surpreenderam com a qualidade da bebida. A partir de então, investiram em novos vinhedos e técnicas de produção para refinar cada vez mais os rótulos e o terroir. Além dos vinhos, também produzem sucos de uva, azeites e vinagre balsâmico.

Vinícola Barbara Eliodora

A Vinícola Barbara Eliodora foi fundada em 2015, em São Gonçalo do Sapucaí, sendo pioneira no plantio das uvas Vitis Vinifera, variedade de origem mediterrânea que tem um delicado equilíbrio entre acidez e açúcar, e que demandam maior cuidado no cultivo. O manejo das videiras é feito com poda dupla, em um plantio que aproveita o melhor da transição entre os biomas da Mata Atlântica e o Cerrado. Os rótulos são produzidos com o esmero que demanda uma obra de arte, bem no conceito da marca que homenageia a importante inconfidente e poetisa mineira homônima, que fez história no século XIX.

4) Território Estrada Real: entre histórias e a comida em Minas Gerais

As cidades históricas e a arte Barroca são alguns dos elementos mais reconhecidos quando se pensa em visitar Minas Gerais, destacando-se pelos municípios relacionados ao Ciclo do Ouro dos séculos XVII e XVIII. Iniciado com a descoberta de grandes depósitos desse metal precioso, o período transformou a economia do Brasil Colônia, fazendo do ouro a principal fonte de riqueza e atraindo uma enorme migração para a área das minas. O período impulsionou o desenvolvimento urbano por toda a região, e apesar do declínio gradual devido à exaustão das minas, deixou um legado que perdura na arquitetura, na cultura e até na estrutura social brasileira. ]

A Estrada Real é um dos maiores circuitos turísticos do Brasil. Com cerca de 1.600 km, a Estrada começou a ser construída no século XVII para ligar o Rio de Janeiro, capital do império, às regiões produtoras de ouro do interior de Minas Gerais. No roteiro criado pelo Governo do Estado, os visitantes são transportados para os tempos dourados da mineração através de um passeio por Santa Bárbara, Santuário do Caraça, Catas Altas, Santana dos Montes e Tiradentes.

Santa Bárbara

Santa Bárbara foi fundada em 1704, em uma região onde encontrou-se ouro de aluvião e veios de pedras preciosas. Em plena Estrada Real, posteriormente a cidade se tornou importante passagem na rota entre a Corte, no Rio de Janeiro, e as minas do Centro/Norte de Minas Gerais. O local preserva um rico patrimônio arquitetônico e cultural que reflete sua importância na região. No aspecto cultural, Santa Bárbara se destaca pelas igrejas históricas, junto aos casarões antigos e espaços culturais que contam a história da região.

A cidade oferece aos visitantes a oportunidade de explorar não apenas seu patrimônio histórico, mas também as belezas naturais da região, como cachoeiras e trilhas. Além disso, o mel produzido na cidade alcançou reconhecimento nacional e sua produção transcende os limites econômicos, sendo um conhecimento profundamente enraizado na cultura local que influencia o cotidiano dos habitantes.

Apiário Flor de Mel

O Apiário Flor de Mel é uma empresa familiar estabelecida em São Lourenço. Sua história começou como uma visão quando Marcos Carnevalli explorou as montanhas da Serra da Mantiqueira na década de 1990, iniciando a construção e o cuidado dos primeiros apiários. Com anos de trabalho, expandiram para a produção e distribuição de mel e cera de abelha. No Apiário Flor de Mel, os visitantes podem explorar o processo de produção, entender o funcionamento das colmeias e degustar diferentes variedades desse néctar.

Santuário do Caraça

O incrível visual do Santuário do Caraça, fundado em 1774, já seria motivo suficiente para visitar o local, mas o espaço ainda carrega grande história com uma centenária igreja de arquitetura neogótica, que liga as duas alas laterais do antigo prédio, em estilo barroco, e as ruínas do antigo colégio e da escola apostólica. Localizado nas cidades de Catas Altas e Santa Bárbara, com área de mais de 11 mil hectares, o local é uma bem-preservada reserva florestal que pertence à Província Brasileira da Congregação da Missão, com trilhas e cachoeiras que mostram a exuberância da fauna e flora do cerrado.

Para quem deseja uma experiência mais imersiva, o Caraça oferece uma disputada hospedagem, com reservas feitas com meses de antecedência. O espaço é simples, com regras de um ambiente religioso, mas um sentimento de tranquilidade e paz indescritível. A grande atração para quem permanece hospedado são os lobos-guarás, que se acostumaram a ser alimentados pelos religiosos. Eles aparecem todos os dias, a partir de 18h30, e comem os alimentos deixados em frente à porta da igreja.

Catas Altas

Aos pés da Serra do Caraça, a cidade de Catas Altas encanta pelo jeito simples de interior, com suas casinhas coloridas frente à imensa montanha. O lugar tem menos de 5 mil habitantes, e uma história que remonta ao século XVIII, quando surgiu nas redondezas de jazidas de metais preciosos. Os cenários mais bonitos da cidade são a praça principal, diante da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, construída no século XVIII, com seus grandes casarões coloniais, e também as Igrejas de Santa Quitéria, do Rosário e de Nosso Senhor do Bonfim.

Uma das atrações mais importantes de Catas Altas é o Bicame de Pedra, um aqueduto construído em pedras encaixadas, utilizado para trazer água do alto da Serra do Caraça. A economia local é impulsionada principalmente pelo turismo, que se beneficia não apenas das atrações históricas e naturais, mas também da comida local, que valoriza pratos típicos da cozinha mineira.

Santana dos Montes e a Cervejaria Loba

Santana dos Montes surgiu por volta de 1720, com um ajuntamento de fazendeiros que se dedicavam à produção de alimentos para a região do Ouro Preto. A cidade é marcada por belas igrejas e casarões coloniais, e uma grande beleza natural com montanhas, cachoeiras e paisagens do cerrado. Um dos grandes atrativos do lugar são os doces, queijos e outros produtos mineiros artesanais, de extrema qualidade, e ainda vinhos, cachaças e cervejas.

Na tradição dos produtos artesanais, a Cervejaria Loba foi fundada, em 2013, com o objetivo de produzir cervejas especiais 100% maltadas. Em 2016, lançou 16 estilos diferentes, destacando-se o Strong Scotch Ale, que conquistou a medalha de prata na copa "Cerveza de América", realizada no Chile no mesmo ano. Todos os estilos são elaborados com os mais avançados processos técnicos cervejeiros e insumos importados, garantindo alta qualidade e satisfação aos consumidores. 

Tiradentes

Tiradentes, uma joia da arquitetura barroca e um ícone da história brasileira, encanta visitantes com suas ruas de pedra, coloridos casarões coloniais bem preservados e igrejas ornamentadas. Localizada na região da Estrada Real, a cidade preserva um ambiente que parece ter parado no tempo, oferecendo aos turistas uma experiência única de imersão no passado colonial do Brasil. São vários os pontos turísticos como a Igreja Matriz de Santo Antônio, o Museu Casa Padre Toledo, a Igreja Nossa Senhora do Rosário e o Museu de Sant’Ana, este construído na antiga cadeia da cidade e que abriga um grande acervo de obras de arte sacra.

Além de seu patrimônio histórico, a cidade é famosa por sua atmosfera acolhedora, que combina arte, cultura e cozinha mineira em um cenário pitoresco cercado por montanhas. São várias as opções de hospedagem, bares e restaurantes, de charme inegável e padrão internacional de qualidade. Ao longo de todo ano, Tiradentes é palco de diversos eventos e festivais temáticos, como os de cinema, gastronomia, fotografia, teatro, jazz e design.

Também fica em Tiradentes a vinícola Luiz Porto, um dos destaques no cenário de vinícolas de Minas Gerais, conhecida pela produção de vinhos de alta qualidade que refletem o terroir único da região. Localizada em um espaço deslumbrante no entorno de Tiradentes, a vinícola combina tradição e inovação na elaboração dos produtos, utilizando técnicas modernas e cuidados artesanais. Os visitantes são convidados a conhecer todo o processo e desfrutar de degustações que destacam a diversidade e o sabor característico dos vinhos.

5) Território Sul de Minas é opção perfeita para curtir temporada de frio

Famosas pelo clima frio – e até geadas, como as que ocorreram na semana passada, quando o distrito de Monte Verde, em Camanducaia, registrou a menor temperatura do Brasil, com -0,4°C – as cidades do Sul de Minas, na região da Serra da Mantiqueira, atraem turistas que gostam de vivenciar um inverno mais rigoroso.

Extrema, Gonçalves e Monte Verde integram o Território Sul de Minas, roteiro que reúne uma série de atrativos para curtir as temperaturas mais baixas, entre parques e cachoeiras, artesanato, chocolate, cerveja, cachaça e charmosos hotéis e restaurantes. As cidades são paradas obrigatórias para quem quer desfilar os casacos, aproveitando as delícias quentes da Cozinha Mineira para ajudar a aquecer o corpo e a alma.

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Região de Extrema

Envolta pela biodiversidade da Mata Atlântica em um clima de montanha e paisagens naturais de tirar o fôlego, a cidade de Extrema está dentro da Unidade da Conservação da Natureza – Área de Proteção Ambiental Fernão Dias e do conjunto de unidades de conservação Mosaico Mantiqueira, com altitudes que variam de 880m a 1725m. Com pouco mais de 53 mil habitantes, o município chama a atenção por reunir cachoeiras, nascentes, rios, montanhas, vales e parques municipais que permitem ao visitante se aventurar com os esportes radicais, caminhadas, a contemplação e bem estar, dentre outras atividades de lazer junto à natureza.

O cheiro de comida caseira no fogão à lenha e do café coado dão o ar da vida na roça do Armazém Belotti, um típico restaurante mineiro que se destaca pela fama de ter o melhor torresmo de Minas e o melhor pudim do mundo em um só lugar. Com tantas credenciais, a casa, fundada em 1889, é uma boa pedida para quem visita a cidade de Extrema. Não se pode ir embora sem passar na venda, onde há uma boa diversidade de doces caseiros, carne de lata, farinha de milho, café moído na hora ou em grãos, cachaças de Minas e também cervejas produzidas na região.

Amantes da natureza têm o Parque Municipal Cachoeira do Jaguari como destino certo na região. Entre paisagens exuberantes, os visitantes curtem trilhas e cachoeiras de tirar o fôlego. Além de ser pet friendly, o local também é ideal para crianças, contando com um playground, com escorregadores, balanços e outras atividades lúdicas que garantem a diversão dos pequenos. O parque também abriga a Cervejaria Extremosa, possui estacionamento gratuito e fica próximo a diversos outros pontos turísticos, como o Pico do Lopo, o Parque Municipal de Eventos e as lojas das fábricas da Bauducco, Centauro, Clauê, Dafiti e Barry.

Quem busca por ali um refúgio de paz e beleza natural para se hospedar encontra no Hotel Amoreiras o destino certo. Com uma área verde de 700 mil m², cercada por uma paisagem deslumbrante da Serra da Mantiqueira, a hospedagem conta com cachoeira e uma diversidade de pássaros, bosques e corredeiras que exalam tranquilidade.

Região de Gonçalves

A história de Gonçalves remonta ao século XIX, quando foi fundada como um pequeno povoado. Desde então, a cidade tem preservado seu patrimônio histórico e cultural, refletido nas construções coloniais e nas tradições locais. Listada entre os 10 destinos mais acolhedores do Brasil, segundo o Traveller Review Awards, ranking elaborado pelo site de reservas de hotéis e viagens Booking.com, Gonçalves é uma das cidades do Sul de Minas que oferecem mais contato com a natureza, com trilhas como as da Pedra Chanfrada e a Pedra do Forno, as cachoeiras do Cruzeiro e a dos Henriques, além de passeios de bicicleta para ver o pôr do sol e o céu estrelado.

A tranquilidade e o aconchego são o ponto alto da região, que, no inverno, costuma ficar coberta de gelo e com temperaturas bem baixas. Por isso, a maior parte de suas pousadas oferecem lareiras, banheiras de hidromassagem e vistas panorâmicas das montanhas.

A cidade também chama atenção pelo artesanato e pela gastronomia. Entre os destaques da culinária de Gonçalves está o fondue, prato que se tornou quase um símbolo do inverno na região. Servido em diversos estabelecimentos, os fondues de queijo e chocolate são verdadeiras iguarias que encantam moradores e turistas. Outro ingrediente típico da estação é o pinhão, que aparece em pratos variados, desde sopas quentes até acompanhamentos sofisticados. Os queijos artesanais de Gonçalves também são outro ponto alto, principalmente quando harmonizados com vinhos locais, criando uma experiência inesquecível.

De passagem por Gonçalves, uma parada na Casa dos Cogumelos torna-se programação obrigatória, assim como experimentar a tradicional Cachaça Gonçalves, do Alambique Três Barras, e a cerveja artesanal 3 Orelhas. Por lá também é possível encontrar o chef Danilo Costa, ex-participante do Masterchef, à frente do restaurante Sabor sem Freio, que traz uma cozinha autoral com alma mineira.

Região de Monte Verde

Monte Verde, na região de Camanducaia, tem um clima ameno durante todo o ano e especialmente no inverno, com temperaturas que chegam perto de 0°C. A cidade é um dos destinos mais procurados do Brasil para curtir as baixas temperaturas, sendo uma ótima opção para quem procura pousadas aconchegantes, restaurantes de comidas fartas e saborosas, além de atrações em meio à natureza e paisagens emolduradas pela imponente Serra da Mantiqueira.

A cidade é a materialização dos sonhos do imigrante da Letônia Verner Grinberg, que, em busca de um lugar que remetesse ao seu país natal, transformou uma fazenda em uma região distante e de difícil acesso, em uma pequena vila, onde ele e sua família construíram as bases do que hoje é o famoso distrito. Com um centrinho charmoso, a rua principal de Monte Verde é repleta de bares, restaurantes e lojas muito bem avaliados pelos visitantes.

A cidade oferece também uma infinidade de opções para serem curtidas em casal e também em família. Uma das vistas mais bonitas da região é a do topo da Pedra Redonda, alcançada por uma trilha de um quilômetro e que oferece uma vista 360° para a Serra da Mantiqueira. Os amantes de esportes de aventura não podem deixar de incluir na programação a Mega Tirolesa da Fazenda Radical, que, na verdade são duas tirolesas de 500 metros cada, a mais de 70 metros de altura, assim como um passeio de quadriciclo, ideal para percorrer as ruas de terra de Monte Verde, seja no perímetro mais urbano ou na zona rural, entrando no clima off-road.

Outro programa imperdível da região é uma visita à Escola de Falcoaria, que tem um trabalho muito importante de conscientização ambiental e respeito às aves. Para poder “voar” um gavião ou uma coruja, o visitante passa antes por uma aula lúdica e nem um pouco monótona sobre a arte milenar da falcoaria, as aves de rapina e o projeto de reabilitação de animais resgatados de maus-tratos e cativeiros que está por trás do projeto.

Fotos: Secult/Divulgação

 

Igreja Matriz de santo Antônio1

Situada na Cordilheira do Espinhaço, Grão Mogol vem se consolidando como um dos principais destinos turísticos de Minas Gerais. A cidade atrai visitantes de diferentes partes do Brasil, que aproveitam o turismo de natureza, admiram as construções históricas, se encantam com as trilhas, cachoeiras, paisagens e espécies endêmicas da flora e da fauna local e apreciam o enoturismo, segmento que combina turismo com a paixão pelo vinho.

Grão Mogol tornou-se um exemplo de transformação por meio do fomento ao turismo, com a expansão recente no número de visitantes e melhoria na geração de emprego e renda para a população. Essa mudança começou há três anos, quando foi implantado um plano de desenvolvimento e valorização do turismo na cidade.

“Tínhamos um território com muitas potencialidades, a paisagem da Cordilheira do Espinhaço, o parque estadual, o conjunto histórico arquitetônico tombado, as trilhas, cachoeiras, o Presépio Mão de Deus, que é o maior presépio a céu aberto do mundo, o charme das construções em pedra como a Igreja Matriz de Santo Antônio, uma diversidade e atratividade que é rara de se encontrar ao mesmo tempo. Mesmo assim, a população estava desanimada com o turismo”, recorda o secretário de Turismo de Grão Mogol, Ítalo Mendes.

Para “virar o jogo”, relata o secretário, foram iniciadas uma série de ações e parcerias como as firmadas com o Governo do Estado, o Sebrae, o Sesc, o Senac e com agências e operadoras de turismo. O objetivo da mobilização foi realizar um esforço integrado que aproveitasse todo o potencial oferecido por Grão Mogol de modo a estruturar e qualificar o destino para que pudesse ser apresentado como um dos mais imperdíveis de Minas Gerais.

“Foram implementados programas de qualificação e de melhoria da infraestrutura da cidade. Houve um trabalho de divulgação para atrair turistas com maior gasto médio e mais tempo de permanência, interessados em conhecer a natureza, a história e a cultura local e ainda vivenciar as experiências do enoturismo e adquirir peças do nosso artesanato”, descreve o secretário municipal de Turismo de Grão Mogol.

Com a soma de esforços por meio das parcerias, houve um crescimento do turismo no município em torno de 20% ao ano e em momentos de alta visitação a taxa de ocupação nos empreendimentos de hospedagem chega a atingir 100%. Mas, o reflexo concreto do fluxo turístico é vivido na economia local, com o crescimento de 50% no número de empregos formais no setor de turismo desde o início da implementação da estratégia. Além disso, Grão Mogol vive a expectativa de atrair novos investimentos nas áreas da hotelaria e gastronomia.

“Mostramos que ao se priorizar o turismo e implementar políticas públicas sérias de incentivo ao setor, é possível atrair turistas que deixam seu dinheiro na cidade, gerando novas oportunidades de trabalho e renda especialmente para os jovens, fazendo com que eles permaneçam no território, ao invés de migrarem para os grandes centros”, observa o secretário municipal de Turismo. Ele lembra que as inovações realizadas também tiveram o reconhecimento com premiações de boas práticas de políticas púbicas.

Rua Direita Centro histórico

“Grão Mogol, aposta do turismo nacional”, diz fundador da CVC 

Cada vez mais a cidade histórica do Norte de Minas passa a fazer parte dos roteiros e produtos comercializados por operadoras e agências de turismo. O potencial turístico de Grão Mogol é reconhecido por um ícone do setor no país, Guilherme Paulus, fundador da CVC, maior operadora nacional de turismo, que visitou a cidade em 2023.

“Grão Mogol é a próxima grande aposta do turismo nacional. É um local a ser descoberto no Brasil. É uma cidade histórica, bem gostosa, charmosa, que lembra Ouro Preto de anos atrás. Também é quase como uma Serra Gaúcha, que une paisagens deslumbrantes com história. É a cidade dos diamantes e tem investindo bastante no turismo”, declarou Guilherme Paulus.

Enxergando a oportunidade apontada pelo fundador da CVC, Nilo Sérgio Lanza, dono de uma operadora de turismo em Brasília (DF), colocou Grão Mogol nas opções de pacotes vendidos por sua empresa, especializada em cicloturismo. A agência oferece viagens de bicicleta para o Brasil, em países da América Latina, América Central e na Europa.

“Vejo Grão Mogol como um expoente no turismo de vilarejo e também do turismo de experiências gastronômicas, histórico, cultural e do turismo de aventura. O município tem todas as condições agregadas para deslanchar e se firmar como um novo destino nacional, em especial, quando se fala no tema cidades históricas”. Avalia Nilo Lanza.

Para ter certeza de que vale a pena conhecer determinado lugar, o melhor mesmo é ouvir a opinião de quem visitou o destino como turista, pois a maioria ainda aposta na recomendação de parentes e amigos para escolher o destino da sua próxima viagem. Em relação a Grão Mogol, o testemunho é dado pelo engenheiro Jorge Luís da Silva, morador de Brasília, que disse que valeu a pena ter percorrido os 850 quilômetros que separam a Capital nacional da pequena cidade no Norte de Minas.

 “Estive com minha esposa em Grão Mogol.  É um lugar lindo, parece uma cidade esquecida nas montanhas de Minas, que realmente nos surpreendeu, pelo seu povo acolhedor, a cultura, a gastronomia, as belezas naturais das cachoeiras e montanhas, além da vinícola que nos impressionou bastante, e espero em breve voltar a esta cidade tão acolhedora”, declara.

Na opinião de Jorge Luís, a cidade precisa de maior divulgação de suas belezas naturais e históricas, além de promover competições de ciclismo e turismo de aventura. Afirmou ainda que acredita que a iniciativa privada venha investir em pousadas e restaurantes, melhorando a infraestrutura para a recepção dos turistas e promoção de eventos.

Vista Parque

Enoturismo, uma atração na cidade 

Um dos empreendimentos que incrementaram o turismo em Grão Mogol foi a Vinícola Vale do Gongo, que oferece passeios agendados, com jantar harmonizado e, claro, degustação do bom vinho produzido na região. O proprietário da vinícola, Alexandre Damasceno Rocha, enaltece o potencial turístico do município.

“Poucas são as cidades, como Grão Mogol, que podem, ao mesmo tempo, oferecer história, arquitetura, cultura, gastronomia e belezas naturais exuberantes”, assinala o empresário. “Aqui, temos tudo isso, aliado ao estilo simples e acolhedor do povo do interior mineiro”, completa.

Damasceno destaca a importância da sua atividade. “O enoturismo é a atividade que mais se desenvolve no mundo. Os países e regiões que souberam investir no enoturismo desenvolveram uma virtuosa cadeia que alimenta um forte mercado em crescimento: hotelaria, gastronomia, passeios em contato com a natureza, dentre outras atividades”.  

“Proporcionamos aos visitantes uma sofisticada experiência enogastronômica e sensorial que articula e envolve tudo que há de melhor no terroir da Cordilheira do Espinhaço”, assegura.

Fotos: Prefeitura de Grão Mogol/Divulgação

Secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais Leônidas de Oliveira Foto Leo Bicalho SecultCom expectativa de 500 ações em 400 municípios, campanha Inverno em Minas promove Minas Gerais como destino neste período do ano e apresenta cinco opções de experiências (Foto Leo Bicalho/Secult)

Minas Gerais liderou o crescimento do turismo no Brasil em 2023, quando recebeu mais de 31 milhões de visitantes e, neste ano, segue em primeiro lugar na variação acumulada de abril de 2023 a abril de 2024. No período, o volume das atividades turísticas no estado chegou a 12,5%, 166% acima da média nacional (4,7%), segundo o relatório mais recente do Observatório do Turismo de Minas Gerais, realizado a partir dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os números são resultado de um esforço coordenado pelas políticas públicas adotadas pelo Governo do Estado, que, nesta quinta-feira (27), lançou, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura, a campanha Inverno em Minas. O objetivo é posicionar Minas Gerais como um dos principais destinos turísticos do país na estação mais fria do ano, tanto pela pluralidade de atrativos e paisagens, que podem agradar qualquer perfil de viajante, quanto pela estrutura e riquezas culturais. A expectativa é que cerca de 500 ações aconteçam em aproximadamente 400 municípios até 22 de setembro, encerramento oficial do inverno.

“Somos competitivos no mercado nacional e internacional neste período do ano. O Inverno em Minas significa mostrar para o Brasil e para o mundo a potência desse período no estado de Minas Gerais como um todo. De Monte Verde a Tiradentes, passando pela região da Mantiqueira e outras regiões, as cidades estão realmente preparadas para acolher quem quer vir a Minas Gerais. Abre-se um leque impressionante para que possamos continuar crescendo o dobro da média nacional”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

A campanha turística Inverno em Minas coincide com os tradicionais festivais de inverno em diversas localidades, recheados de atividades culturais e educativas, como shows, exposições, oficinas, apresentações teatrais e sessões de cinema. O projeto também promove e valoriza a Cozinha Mineira, patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais, com receitas típicas desta estação do ano, como pratos e caldos derivados de milho e mandioca, alimentos reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais, quentão, feito com cachaça, quitandas, pão de queijo e os premiados vinhos, azeites e cafés do estado.

O queijo, claro, um dos símbolos da cultura mineira, está sempre presente à mesa. Vale ressaltar que o Queijo Minas Artesanal está mais perto de se tornar Patrimônio Mundial da Unesco. Na última semana, esse e outros tipos do produto foram apresentados em uma ação cultural do Governo de Minas na Embaixada do Brasil em Paris.

Roteiros

Com a chegada do inverno, as montanhas de Minas ganham um novo charme, atraindo viajantes do Brasil e do mundo em busca de experiências únicas e da hospitalidade tão presente na cultura local. Com suas particularidades, cada região do estado tem seus encantos e os turistas terão cinco Circuitos de Inverno neste período do ano.

O projeto conta com cinco roteiros que combinam belezas naturais, patrimônio histórico, tranquilidade, aventura e as delícias da Cozinha Mineira: Território dos Vinhos, que passa por Três Pontas, Caldas, Andradas e São Gonçalo do Sapucaí; Território Sul de Minas, em Extrema, Gonçalves e Monte Verde; Território Serra da Canastra/Mar de Minas, que explora São João Batista do Glória, São Roque de Minas e Vargem Bonita; Território Espinhaço/Diamantes, em Diamantina, São Gonçalo do Rio das Pedras, Milho Verde, Serro e Lapinha da Serra; e, por fim, o Território Estrada Real com Santuário do Caraça, Catas Altas, Santana do Montes e Tiradentes no percurso.

Quatro dias de imersão

Para divulgar a campanha Inverno em Minas e os Circuitos de Inverno, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, convidou 40 jornalistas e formadores de opinião de todas as regiões do Brasil para viverem a experiência nos cinco roteiros preparados para este período do ano. A viagem começa no dia 27 de junho, em Belo Horizonte, com um jantar de boas-vindas no Palácio da Liberdade, comandado pelo chef Leonardo Paixão, expoente da cozinha mineira contemporânea. A partir do dia seguinte, o grupo será dividido em cinco e seguirá para cada um dos roteiros. A imersão nos Circuitos de Inverno termina no dia 30 de junho.

Programação em julho e agosto

Ações do projeto “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea” estão programadas para serem realizadas em meio à campanha Inverno em Minas. Em julho, mês em que se comemora o Dia da Gastronomia Mineira, o Prêmio Eduardo Frieiro reconhecerá profissionais e organizações de destaque da cadeia produtiva da culinária mineira. Na segunda quinzena de julho acontecerá um jantar em homenagem à Cozinha Mineira Clássica e Contemporânea.

Press trips em restaurantes de BH que promovem a cozinha mineira, cozinhas vivas em espaços públicos, rodada de negócios de produtores de vinhos com chefs da capital mineira, workshop de gastronomia, intervenções artísticas, feira de produtores artesanais de diversas regiões de Minas e Circuito Gastronômico da Pampulha também fazem parte da programação dos meses de julho e agosto.

Minas na WTM 2024 Secult DivulgaçãoGoverno de Minas inaugurou, nesta segunda-feira (15), seu estande na WTM Latin America, a maior feira de turismo da América Latina (Fotos Leo Bicalho/Secult)

No primeiro dia da World Travel Market (WTM) Latin America, a maior feira de turismo da América Latina, que acontece em São Paulo até quarta-feira (17), o Governo de Minas realiza uma programação diversa em seu estande, com destaque para a apresentação do músico Marcus Viana, às 19h. A iniciativa é promovida por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) com patrocínio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge). Uma das primeiras ações do dia foi a abertura da mostra “São José – O Artesão”, a partir das 13h. A exposição reúne cerca de 30 itens feitos por 30 artistas de diversas cidades de Minas Gerais e tem co-curadoria da presidente do Servas, Christiana Renault. A mostra também ficou em cartaz no Palácio da Liberdade, na segunda quinzena de março, durante a programação do Minas Santa 2024.

 “Eu quis trazer um pouco desse caráter dessa austeridade carinhosa, que me parece muito típica de Minas Gerais. A figura de São José, sóbria, presente, sólida e constante, e que se apagou para que a mãe e o menino aparecessem, é de certa forma a nossa cara. Minas Gerais é essa presença certa, sólida, discreta e singela, sempre presente nos momentos-chave da vida de nosso país. A alma de Minas está presente nesse José pai, simples, entalhado na madeira e que extrai dela a alma de Minas”, destaca Christiana. O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, ressalta que Minas Gerais é o estado que apresenta o maior crescimento turístico do país, o dobro da média nacional em 2023. “A base desse crescimento é nossa cultura: nossa hospitalidade, nossos festivais, nossas festas tradicionais como o Congado, aqui tem o artesanato do Jequitinhonha. Todo esse conjunto cria uma ideia de casa, de pertencimento, de bem-receber, que nós, de Minas Gerais, temos. Quando transportamos para o outro lado, a economia da criatividade, do turismo, nós vemos números muito robustos, por exemplo, em 2023 cerca de R$ 30 bilhões foram injetados na economia e no Carnaval mais de R$ 4 bilhões e ficamos ainda entre os três Estados com mais turistas estrangeiros”, salienta.

O estande impressiona pelo tamanho e pela criatividade na concepção – uma releitura do fogão à lenha estilizado, como centro de mineiridade, e uma cor avermelhada, puxada para tons terrosos. “Você viu os estandes todos aqui e se tiver um estande que tenha 105 metros, o de Minas tem de ter 110, porque somos grandes de coração, de alma e de diversidade. A ideia da cor do estande vem das paisagens de Minas. “Como arquiteto, João Uchôa, de Ouro Preto, deu um tom maravilhoso ao estande. A cor terra avermelha é de nossas montanhas, de nossos minerais, é o que representamos aqui e o que também está expresso no fogão. A nossa paisagem é um acolhimento muito grande e que está também em nossa bandeira”, define.

Para Paulo Guilherme, gerente de Comunicação da Codemge, é um prazer a Codemge participar desse evento, apresentar toda Minas Gerais através de nossas riquezas, nossa história, cultura e tantas belezas naturais e, claro, nossa gastronomia, que clássica e contemporânea. “2024 é o ano da cozinha mineira. Promover turismo também é promover atração de investimentos, negócios, geração de empregos e, consequentemente, isso movimenta a economia, o Estado cresce, a economia local, a cadeia produtiva. A Codemge é superparceria da Secult e vê no turismo uma oportunidade de fazer cultura e gerar desenvolvimento”, enfatiza.

Literatura

O estande foi aberto com uma mesa de produtos trazidos do Mercado Central. Em seguida, em um bate papo informal, o jornalista e apresentador Zeca Camargo e o também jornalista e gestor cultural Afonso Borges anunciaram o calendário dos festivais literários de Araxá, Paracatu e Itabira, realizados pela Associação Cultural Sempre um Papo, que leva o nome do projeto criado por ele há 38 anos. Os festivais acontecem de 23 a 27 de junho em Araxá, de 30 de agosto a 1 de setembro em Paracatu e de 30 de outubro a 1 de novembro em Itabira. Segundo Borges, os festivais conseguem atrair para as cidades, através das personalidades literária que a gente traz, mas também através do composto, que tem gastronomia, prêmio de redação, personalidades da cidade, a questão da sustentabilidade, ou seja, é um grupo de atividades ao redor da literatura a favor do turismo. “O tempo inteiro percebe-se a transversalidade entre cultura e turismo, porque não tem que valorizar um desvalorizando outro, tem que se fazer esse fazer essa coisa integrada, porque tudo que vem da cultura trabalha o turismo, na forma de levar pessoas, de ocupar os espaços econômicos. E tudo do turismo cabe em cultura”, pondera o produtor cultural.

Nos últimos anos, os festivais de literatura de Araxá, Paracatu e Itabira já reuniram mais de 75 mil entusiastas dos livros, que assistiram cerca de 600 atrações em todas as cidades e receberam 443 renomados escritores e escritoras, produzindo mais 350 transmissões ao vivo e quase um milhão de visualizações. “Incrível estar do lado desse cara (Afonso Borges) que eu conheço há mais de 30 anos. Nossa literatura é impressionante, prestigiosa e prestigiada. Ele fez esse projeto todo com um pé em Minas Gerais”, enfatiza Zeca Camargo. “A literatura é uma porta de entrada para os visitantes, a cultura e o turismo”, resume Camargo.

Cozinha Viva

Para encantar os presentes, em seguida a chef Valdelícia Coimbra preparou um arroz mineiro com galinha caipira, requeijão de raspa, maria gondó e tempura de quiabo. “Esses são os ingredientes usados pelos africanos, índios, escravos: a banana, o quiabo, a erva panc maria gondó. Também temos a base principal da cozinha afro, que é a mandioca, a batata-doce, a banana, o quiabo e a manga. Eles consumiam muita carne de porco e frango. Tudo isso é de fácil acesso, tem no quintal de qualquer casa que você encontra”, explica Valdelícia. O que norteou o cardápio da feira é a representatividade da comida afro, que ela define como “comida de conforto, afetiva, que serve para reunir a família, trazendo todo mundo à beira do fogão de lenha, como era interior, para contar causos enquanto se prepara a comida. O projeto Cozinha Viva – Cozinha Raiz homenageia a culinária caseira, com pratos preparados usando ingredientes frescos e locais, muitas vezes cultivados no próprio quintal. Às 17h, ela retornou para servir um filé mignon suíno na manteiga com alecrim e alho, purê de banana da terra com leite de coco e gengibre.

Ao longo dos três dias de WTM, a cozinha mineira será apresentada por um time 100% feminino. Serão três chefs mineiras cozinhando delícias típicas do Estado, levando toda a mineiridade para São Paulo. A iniciativa busca destacar e reconhecer a influência e o impacto das mulheres que sempre estiveram na vanguarda da culinária mineira. Quem passar pelo estande da Secult também poderá degustar produtos tipicamente mineiros como café, queijos, pães de queijo, azeite, doces e muito mais.

Rotas turísticas

Neste primeiro dia de WTM, o Governo do Estado, por meio da Secult, e o Sebrae Minas também apresentam a Rota Cicloturística Bahia-Minas, que ganhará reforço para impulsionar o cicloturismo nos vales do Jequitinhonha e Mucuri, regiões impactadas com o fim das operações da extinta ferrovia que ligava Minas ao Sul da Bahia. O percurso tem atraído novos visitantes e gerado oportunidades de negócios para pequenos empreendedores e comunidades localizadas ao longo do percurso. Com mais de 350 km, a Rota Cicloturística Bahia-Minas passa por seis municípios mineiros: Araçuaí, Novo Cruzeiro, Ladainha, Poté, Teófilo Otoni e Carlos Chagas.

O estande promoveu degustação de cachaças artesanais da Rota Bahia-Minas. “O desenvolvimento do cicloturismo representa um novo começo para muitas comunidades afetadas pela desativação da antiga ferrovia. As belezas naturais, a história e a cultura atraem a atenção dos visitantes, e evidenciam o potencial turístico da região. Mais que simples um percurso, a Rota Bahia-Minas tem se tornado um símbolo de esperança, conectando pessoas, impulsionando a geração de emprego e renda, e oferecendo um novo propósito às comunidades e vilarejos da região", afirma o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

Outra novidade apresentada é o reconhecimento mundial do Geoparque Uberaba pela Unesco, sendo o sexto do país e o primeiro da região Sudeste a receber essa chancela internacional. Em torno do Geoparque Uberaba haverá a Rota Turística Caminhos do Geoparque de Uberaba, que contribuirá para fortalecer o potencial turístico da cidade do Triângulo Mineiro. Essa será estruturada, mapeada e qualificada com novos produtos e experiências por meio do programa Check in Minas, do Sebrae Minas. O Governo do Estado, em parceria com o Sebrae Minas, também prevê ações para o desenvolvimento turístico da região e promoção do destino.

Valdelicia WTM 2024 estande MinasA chef mineira Valdelícia Coimbra preparou um arroz mineiro com galinha caipira, requeijão de raspa, maria gondó e tempurá de quiabo

O nome ‘Terra de Gigantes” é uma alusão às três principais identidades históricas e culturais uberabenses, relacionadas ao patrimônio geológico – por abrigar fósseis de dinossauros -, ao potencial agropecuário – Uberaba é reconhecida como capital mundial da raça Zebu -, e por ser a cidade onde viveu o médium Chico Xavier. Com todo esse potencial turístico, o Sebrae Minas, por meio do programa Check in Minas, e a Secult vão estruturar, mapear e qualificar novos produtos e experiências da Rota Turística Caminhos do Geoparque de Uberaba.

Nos três dias de evento, o objetivo é promover o Destino Minas, atrair investimentos e gerar novas oportunidades de negócios e empregos. No “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea”, sabores e fazeres dos mineiros serão apresentados como atração turística, além do lançamento de rotas e novas iniciativas. A participação na Feira WTM 2024 integra o programa Mais Turistas, fortalecendo a atividade no eEstado, e tem como parceiro o Centro Universitário UniBH e o Sebrae Minas. Oito receptivos vão oferecer aos visitantes produtos e serviços de destinos como as cidades históricas, o Geoparque Uberaba, os roteiros turísticos Rota das Artes, Rota Cafés do Sul de Minas e Café do Cerrado Mineiro, e as regiões da Serra da Canastra, Serra da Mantiqueira, Campo das Vertentes e Cordilheira do Espinhaço

Sobre a WTM Latin America

A 11ª edição da WTM Latin America, importante encontro que acontece em São Paulo, no Expo Center Norte, de segunda (15) a quarta-feira (17), reunirá mais de 27 mil profissionais, agentes e expositores de países como Argentina, Chile, Equador, Bolívia, Venezuela, Colômbia, México, Peru, Paraguai, Uruguai, Itália, Espanha, França, Alemanha, Portugal, Estados Unidos, Canadá, China, Holanda, México, Ruanda, Tanzânia, África do Sul, Austrália e Azerbaijão, num total de mais de 40 destinos. Entre as novidades a serem apresentadas pela WTM Latin America nesta edição está a Rota da Diversidade, iniciativa que tem o objetivo de incentivar inovações significativas, reconhecer e destacar projetos inovadores que abordem, de maneira única e criativa, as temáticas de Afroturismo, Turismo LGBTQIA+ e Turismo 60+.

Biblioteca Pública de Minas Gerais recebe homenagem pelos 70 anos na ALMG Foto Leo Bicalho

Uma alegria tomou conta de todos os convidados presentes no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais no dia 20 de junho. Foi realizada, no local, homenagem especial pelos 70 anos da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais. O evento contou com a presença de deputados e demais autoridades, bem como de servidores públicos, leitores proeminentes, escritores, artistas, admiradores e outros participantes.

Entre os participantes que compuseram a mesa na solenidade no plenário estavam a secretária adjunta de Estado de Cultura e Turismo, Josiane de Souza, e a coordenadora do Núcleo da Biblioteca Pública Eliani Gladyr. No pronunciamento aos presentes, Eliani lembrou da história da instituição e de sua importância para a cultura de Minas Gerais: “Ao comemorarmos hoje o seu septuagésimo aniversário, reafirmamos o círculo virtuoso a que a Biblioteca está destinada, que é proporcionar leitura, literatura, cultura e informação a todo e qualquer cidadão”.

Além da realização do evento, a Biblioteca recebeu como homenagem uma placa da ALMG pela celebração do aniversário de 70 anos e pelos serviços prestados. Foram homenageados também com entrega de medalhas Taquinho de Minas, com a incrível marca de 244 empréstimos anuais no setor Braille; Lucas Fernando de Souza, com 188 títulos retirados no setor de empréstimo; Laura Mendonça Maia Lopes, pelos 133 empréstimos do setor infanto-juvenil; e Maria Eduarda Santiago, aluna da Escola Estadual Maria Amélia, no bairro Pirajá, onde o Carro-Biblioteca, um dos mais importantes programas de extensão da Biblioteca, costuma visitar para levar o que há de melhor da literatura nacional e estrangeira.

Após o encerramento regimental da homenagem à Biblioteca Pública no plenário da ALMG, o evento contou com a apresentação do projeto Palavra Viva, com Robson Vieira, acompanhado pelo Coro Novo, o qual é dirigido pelo maestro Daniel Rezende. O grupo apresentou canções da Música Popular Brasileira (MPB).

Foto: Leo Bicalho

 

GRAO DE CAFE Credito Acervo Secult MG Xara

 

Minas Gerais é um dos estados do país com maior volume de exportações no Brasil e, para diversificar as atividades com foco na cozinha mineira, nasce o ExportaMinas. O programa da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) foi lançado internacionalmente no último sábado (13), durante a Specialty Coffee Expo, uma das maiores feiras de cafés especiais do mundo, pelo diretor de Administração e Finanças da Codemge, Lincoln Farias.

O Governo do Estado, por meio da Codemge, em parceria com o Centro Universitário UniBH, o Sebrae e a Expocacer – Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado, terá, pela primeira vez, estande próprio no evento, que aconteceu em Chicago, nos Estados Unidos, de sexta-feira (12) a domingo (14).

“A Codemge, junto com o Governo do Estado, está levando Minas para o mundo. Com o programa ExportaMinas, visamos aumentar e diversificar a exportação dos nossos produtos com foco na gastronomia mineira. Mais visibilidade para a nossa cultura, mais oportunidades e mais crescimento, que consequentemente reforçam a economia do nosso Estado”, afirma Thiago Toscano, presidente da Codemge.

Segundo o governador Romeu Zema, o ExportaMinas é o primeiro passo para colocar os produtos típicos do estado no mercado internacional: “Os produtos da agricultura familiar, de forma especial os cafés especiais, as cachaças, os vinhos, os doces e os queijos, bem como o artesanato, possuem produção de qualidade e procedência”.

O objetivo do ExportaMinas é aumentar a exportação de produtos da mineiridade, tendo como inspiração a França e seu modelo de exportação da gastronomia e da moda no conceito “soft power”. Em um primeiro momento, o programa pretende estruturar serviços de assessoria técnica aos produtores locais e instalar “casas da gastronomia mineira” nos principais mercados mundiais, como Estados Unidos, Europa e Oriente Médio. A meta em cinco anos é habilitar para exportação os principais produtos da gastronomia mineira com utilização do “Selo Verde”.

O “Selo Verde” é uma plataforma pública de dados ambientais criada em conjunto pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com o apoio da organização não-governamental Al-Invest Verde, financiada pela União Europeia (UE). Recentemente, a plataforma foi apresentada a uma delegação da União Europeia, inclusive com os resultados da aplicação da ferramenta nas cadeias produtivas do café, soja e florestas plantadas.

No programa ExportaMinas, quatro passos serão importantes para viabilizar a exportação de produtos típicos mineiros. Primeiro será preciso identificar os produtores com afinidade com o projeto, depois serão construídas parcerias para tratar os entraves já identificados. O terceiro passo será a elaboração do projeto-piloto “franquias em Minas” no mundo e, por último, a replicação do projeto para outros produtores mineiros e setores da economia.

Foto: Acervo Secult

Patrícia Moreira Subturismo Secult

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais informa que Patrícia Moreira assume a Subsecretaria de Estado de Turismo a partir desta terça-feira (25/06). Desde novembro do ano passado, ela era superintendente de marketing turístico da Secult-MG. Graduada em administração de empresas com habilitação em comércio exterior pelo Centro Universitário UNA, Patrícia possui MBA em gestão de eventos e cerimonial pela mesma instituição e mestrado em Administração - Promoção turística internacional pela Universidade Fumec.

Com experiência em organização de eventos no Brasil e no exterior desde 1990 e atuação no mercado de turismo há 30 anos, nas áreas de comunicação corporativa, marketing, missões empresariais internacionais, promoção turística nacional e internacional, gestão de projetos e relações públicas, Patrícia Moreira também foi consultora de eventos, missões e cerimonial da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Federação das Indústrias do Estado Minas Gerais (Fiemg), além de professora do MBA em Negociação Internacional, Marketing, Gerenciamento de Projetos e Marketing Cultural do Centro Universitário UNA.

Com a chegada de Patrícia Moreira, Sérgio de Paula, após contribuir para a promoção e o crescimento do turismo em Minas, deixou o cargo que ocupava desde outubro de 2022 e agora irá se dedicar a projetos pessoais.

Lançamento rota turística café em ChicagoMinas Gerais tem, pela primeira vez, estande próprio na importante feira, a maior das Américas no segmento cafeeiro, que acontece desta sexta (12) a domingo (14) (Foto Isabella Ricci/Divulgação)

O Governo de Minas, por meio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), fez o lançamento internacional das rotas turísticas Cafés do Sul de Minas e Café do Cerrado Mineiro durante a Specialty Coffe Expo, que começa nesta sexta-feira (12) e segue até domingo (14) em Chicago, nos Estados Unidos. A iniciativa, que integra o programa Minas para o Mundo: Mundo para Minas, é promovida com o apoio do Centro Universitário UniBH, do Sebrae Minas e da Expocacer – Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado. A Specialty Coffe Expo é reconhecida como uma das mais importantes feiras de cafés especiais do mundo e a maior das Américas. Paralelamente ao evento, o Governo de Minas irá promover press trips para jornalistas e influenciadores locais e de outros estados conhecerem as duas rotas. Nas fazendas, eles poderão conferir o processo de produção e torrefação do café, com degustação de cafés especiais combinados com quitandas e quitutes mineiros.

“Hoje, lançamos internacionalmente as duas rotas com o objetivo de mostrar os nossos produtos originários da terra também a nossa cultura, atraindo também mais turistas e apoiando a geração de emprego e renda no estado, nesta que é uma iniciativa nova, com o Governo de Minas mostrando o turismo em uma feira especializada em cafés”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira. Segundo Lincoln Farias, diretor de Relações Institucionais e Finanças da Codemge, reforça “é uma honra estar nesta feira trazendo um dos produtos mais importantes que temos em Minas Gerais, o café. Isso não só fomenta este produto maravilhoso e a gastronomia mineira, como também o turismo no estado”.

As rotas turísticas Cafés do Sul de Minas e Café do Cerrado Mineiro, cujo lançamento nacional ocorreu durante a 36ª Festuris, em Gramado (RS), em novembro do ano passado, em ação do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, em parceria com o Sebrae Minas e as Instâncias de Governança Regionais (IGRs), oferecem uma experiência completa, em que o visitante pode conhecer desde o cultivo e o preparo até a degustação do produto, cujo sabor leva em conta as características locais. O Brasil é, hoje, o líder mundial na exportação de café e isso é impulsionado pela produção de Minas Gerais que é a maior do país. O estado, assim, possibilita inúmeras possibilidades de vivências relacionadas ao café que, além de atraírem os turistas, geram emprego e renda para as comunidades.

Para Marcelo Souza, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, é fundamental divulgar a cultura do estado e a qualidade do café mineiro. “O Sebrae Minas trabalha junto com a Secult para divulgar as rotas Cafés do Sul de Minas e Café do Cerrado Mineiro. Esse trabalho, em conjunto com a Codemge e também com a Expocacer de Patrocínio, faz com que a gente leve a potencialidade de Minas Gerais, seus produtos e seu turismo, para o mundo”.

Rotas turísticas

A Rota Cafés do Sul de Minas contempla seis municípios da maior região produtora de café do mundo: Três Pontas, Cambuquira, São Lourenço, Baependi, Caxambu e Cruzília. O roteiro reúne seis experiências turísticas relacionadas ao café: Paiol Café Boutique (Três Pontas), Fazenda Santa Quitéria (Cambuquira), Fazenda Catiguá (Cambuquira), Parque das Águas (Caxambu), Café Seival (Baependi) e Laticínios Paiolzinho (Cruzília). O turista deve contratar cada experiência diretamente com o atrativo turístico ou em alguma agência de receptivo local.

A Rota Turística do Café do Cerrado Mineiro está estruturada no município de Patrocínio, considerado o maior produtor de café do Brasil. A experiência inclui roteiro de fazendas para conhecer as plantações e os processos de cultivo de grãos, além de experimentar a cozinha local e o tradicional café Cerrado Mineiro. A rota conta com o apoio da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, da Associação Comercial e Industrial de Patrocínio (Acip), da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Patrocínio e da Secretaria de Cultura e Turismo do município.

Localizado na Serra da Mantiqueira, a 1.150 metros de altitude, o Café Seival é um dos integrantes da Rota Cafés do Sul de Minas. O proprietário Dimas Borges conta que a colheita começa em maio e vai até outubro. “Estamos muito satisfeitos em participar da rota. Há seis anos, começamos a fazer um trabalho com os hoteleiros de Caxambu e São Lourenço para receber grupos de turistas”, conta. A propriedade, localizada no município de Baependi, produz a variedade Catuaí Vermelho, um café caracterizado por resultar em uma bebida suave e delicada, de sabor acentuado.

Na visita guiada, ele faz um tour pela propriedade, mostrando o processo de produção, o café in natura, cru e torrado, servindo ao final a bebida para degustação com os quitutes mineiros. “Com a criação da rota em 2023, passamos a ser mais procurados pela mídia e pelos turistas”, comemora. Franco é um dos 20 produtores da Associação Mantiqueira de Minas. Em 2020, o café do Sul de Minas ganhou a Denominação de Origem (DO) Mantiqueira de Minas, evoluindo para o status de indicação geográfica, concedido pelo Instituto Nacional de Produtividade Industrial (INPI). Hoje, a região compreende cerca de 15 municípios.

Já a região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba foi a primeira a ganhar o selo de Denominação de Origem (DO) no país, homologado junto ao INPI em 2013. Segundo Juliano Tarabal, diretor-executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, que completou 31 anos em 2024, a rota é uma estratégia de promoção e está conectada à marca Cerrado Mineiro. “A rota vem para conectar o café com o consumidor, promover experiências e gerar o desenvolvimento da região, criando nova fonte de negócios que é o turismo”, ele destaca.

O projeto que estruturou Patrocínio para que o visitante pudesse ter experiência em conhecer a produção de café no bioma Cerrado teve participação do Sebrae Minas. São quatro fazendas com perfis diferentes, pequeno, médio e grande portes, e estão localizadas em um raio de 100 km da área urbana de Patrocínio: Nunes Coffee, Agro Beloni, Montanari e Alado Coffee.

Todos os passeios ocorrem sob demanda, para grupos de seis a oito pessoas, e podem ser contratados no Porto Feliz Café (portofelizcafe.com.br). O visitante contrata o pacote por fazenda. Cada passeio dura cerca de três horas e o tour guiado leva para conhecer o processo de produção, as práticas de sustentabilidade e a história da fazenda, finalizando com uma degustação dos cafés especiais com um conjunto de quitandas locais. Fazem ainda parte da rota os restaurantes Recanto da Serra, Jamaica e Traira 's Filé, além, claro, da Cafeteria Dulcerrado.

Minas em Chicago

O presidente da Codemge, Thiago Toscano, diz que a participação da companhia na feira de Chicago reforça o compromisso da empresa de projetar Minas Gerais, por meio da gastronomia, no cenário mundial. “Estar presente na feira é dar visibilidade para a cozinha mineira, patrimônio imaterial, e reforçar o Estado como importante player no turismo brasileiro. Além de colocar Minas Gerais como destino de projeção nacional e internacional, o evento incentiva a economia mineira, por meio do reconhecimento do estado como grande atrativo culinário”, ressalta Toscano.

Na Specialty Coffee Expo, em Chicago, uma comitiva formada por 50 produtores, executivos e diretores da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado – Expocacer deve participar do evento, oferecendo o que há de melhor em cafés especiais produzidos no Cerrado Mineiro. Em 2023, a região do Cerrado Mineiro, que reúne 55 municípios e 4.500 produtores em cerca de 250 mil hectares, produziu seis milhões de sacas de café.

Na feira de Chicago, a Expocacer lança suas operações nos Estados Unidos por meio do hub logístico no estado de Delaware. “O hub vai abrir novas portas de mercado em todos os Estados Unidos, por ter uma localização estratégica no território norte-americano. Poderemos oferecer café no spot, com entrega imediata, em quaisquer quantidades. Isso será possível pelo fato de sempre se ter café disponível em armazéns no território americano em nome da nova Expocacer USA”, afirma Simão Pedro de Lima, diretor superintendente da Expocacer.

O primeiro contêiner já foi enviado pela Expocacer em janeiro. Atualmente, o mercado norte-americano é o maior comprador de café brasileiro e a expectativa é que haja um aumento de vendas no primeiro ano de 10% a 15%. Em 2023, a cooperativa comercializou mais de 1,3 milhão de sacas de 60 kg, um recorde histórico, sendo 40% do volume para o mercado externo, em mais de 30 países.

“A missão da Expocacer é levar o nome de seus cooperados diretamente a quem consome o café, pois entendemos que o consumidor merece conhecer o cafeicultor que produz o café que ele tanto aprecia. Ter uma unidade da cooperativa nos Estados Unidos é o coroamento do trabalho de produzir cafés com qualidade e sustentabilidade, gerando impacto positivo no mercado consumidor”, comenta Fernando Nogues Beloni, presidente do Conselho de Administração da Expocacer.

Atenção, suplentes dos editais 3, 5, 8 e 11 da Lei Paulo Gustavo!

A convocação foi prorrogada e vocês devem enviar os documentos regularizados para habilitação até a próxima sexta-feira (28/06). Todos os suplentes que estão nas listas do resultado final dos editais 3, 5, 8 e 11 estão convocados a enviar documentação.

Os documentos necessários para esta fase estão descritos no item Habilitação dos editais e devem ser peticionados via sei!MG, conforme orientações que constam no site secult.mg.gov.br. Caso seja verificada irregularidade na documentação, os proponentes serão comunicados para enviarem a documentação corrigida, e isso deve ser feito em até 3 (três) dias corridos após a notificação recebida, conforme previsto em edital.

Quanto aos demais editais, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais divulgará em breve as próximas chamadas.

Minas na WTM 2023 foto Dirceu Aurélio Imprensa MG

WTM Latin America começa na próxima segunda-feira (15), em São Paulo, reúne mais de 27 mil profissionais de 40 países

                 

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) participa, a partir de segunda-feira (15) com estande próprio e patrocínio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), da World Travel Market (WTM) Latin America, a maior feira de turismo da América Latina, que acontece em São Paulo até quarta-feira (17), no Expo Center Norte. Em três dias de evento, o objetivo é promover o Destino Minas, atrair investimentos e gerar novas oportunidades de negócios e empregos. No “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea”, sabores e fazeres dos mineiros serão apresentados como atração turística, além do lançamento de rotas e novas iniciativas. 

    

A participação na Feira WTM 2024 integra o programa Mais Turistas, fortalecendo a atividade no estado, e tem como parceiro o Centro Universitário UniBH. Devido à importância do evento no mercado de turismo, o Governo do Estado e o Sebrae Minas terão um estande na WTM. Oito receptivos vão oferecer aos visitantes produtos e serviços de destinos como as cidades históricas, o Geoparque Uberaba, os roteiros turísticos Rota das Artes, Rota Cafés do Sul de Minas e Café do Cerrado Mineiro, e as regiões da Serra da Canastra, Serra da Mantiqueira, Campo das Vertentes e Cordilheira do Espinhaço. 

 

Destaque também para o lançamento nacional do ExportaMinas, programa da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) cujo objetivo é diversificar as exportações dos produtos mineiros com foco na cozinha, e da plataforma “Invest Minas Tur”, que irá conectar investidores a potenciais parceiros. 

 

Além de diversas ações para apresentar a culinária mineira, com um time de chefs de cozinha 100% feminino, a programação conta também com a mostra “São José – O artesão”, que esteve em cartaz no Palácio da Liberdade, durante a programação do Minas Santa 2024. O estande da Secult também marcará o encontro do jornalista e apresentador Zeca Camargo com o também jornalista e gestor cultural Afonso Borges, que irá anunciar o calendário dos festivais literários de Araxá, Paracatu e Itabira, organizados por Borges.  

 

Novas rotas turísticas prioritárias de Minas Gerais serão apresentadas durante o evento, em uma parceria do Governo do Estado, por meio da Secult, com o Sebrae Minas e o Sebrae Nacional: o Geoparque Uberaba, reconhecido recentemente como geoparque mundial pela Unesco, a Rota do Café do Cerrado Mineiro, em Patrocínio, no Alto Paranaíba, e a Rota Bahia-Minas, que ganhará reforço para impulsionar o cicloturismo nos vales do Jequitinhonha e Mucuri, regiões impactadas com o fim das operações da extinta ferrovia que ligava Minas ao Sul da Bahia. 

 

Também estão previstas rodadas de negócios direcionadas para grandes players do trade turístico internacional, além de reuniões com criadores de conteúdos digitais e reuniões com representantes da Secult. 

 

Cozinha Mineira

 

Ao longo dos três dias de WTM, a cozinha mineira será apresentada por um time 100% feminino. Serão três chefs mineiras cozinhando delícias típicas do estado, levando toda a mineiridade para São Paulo. A ação busca destacar e reconhecer a influência e o impacto das mulheres que sempre estiveram na vanguarda da culinária mineira. Na abertura da feira, na segunda-feira (15), será realizada a “Cozinha de Quintal”, com a chef Valdelícia Coimbra, uma homenagem à culinária caseira, com pratos preparados com ingredientes frescos e locais, muitas vezes cultivados no próprio quintal.

 

No segundo dia, será a vez da "Cozinha de Favela", com as chefs Maria da Consolação e Marlene Raimunda, do projeto Circuito Gastronômico de Favelas, acompanhadas da chef Primacota, de Araxá. Nesta ação, são destacadas a criatividade e a resiliência das comunidades de favelas, que conseguem criar pratos deliciosos e nutritivos mesmo com recursos limitados. Também na terça, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, comandará o Cozinha Viva, com o prato Risotto Uai com Costelinha ao Molho de Goiabada Defumada.  

 

No terceiro e último dia de evento, na quarta-feira (17), será a vez da “Quitandas de Minas”, com as chefs Vânia de Paracatu e Tuquinha de Belo Vale. Essa ação ressalta o papel fundamental das mulheres na culinária mineira, que sempre se mostrou criativa, inclusiva, diversificada e democrática. Elas são conhecidas por suas deliciosas iguarias, perfeitas companhias para os premiadíssimos cafés mineiro. Quem passar pelo estande da Secult também poderá degustar produtos tipicamente mineiros como café, queijos, pães de queijo, azeite, doces e muito mais.

 

Mostra São José

 

Uma outra atração da feira será a mostra “São José – O artesão”. A exposição é um encontro de artesãos de diversos municípios mineiros, selecionados por meio de um chamamento público aos interessados em participar da homenagem à São José. Mais de 100 artesãos de diversos municípios do estado manifestaram interesse e a mostra ficou aberta ao público no Palácio da Liberdade, na segunda quinzena de março, como parte das atividades do programa turístico Minas Santa 2024. Na WTM, serão expostos cerca de 70 itens feitos por 54 artistas de 32 cidades mineiras. 

 

Vinicius Rosa Rios, natural de Tiradentes, região central do estado, terá sua obra apresentada em São Paulo. A escultura dele, uma representação de São José, foi feita utilizando latão velho, madeira e alguns detalhes com papel-machê. O avô de Vinicius, José Balbino Rosa, conhecido como Nanoia, era um marceneiro renomado na região e uma grande inspiração para o artista. “Sou marceneiro, escultor, pintor e levo com muito orgulho a herança do meu avô. Para mim, é uma emoção poder homenagear meu avô e levo com muito orgulho essa tradição da arte na madeira, da tinta”, conta Vinicius.

 

Sobre a WTM

 

A 11ª edição da WTM Latin America, importante encontro que acontece em São Paulo, no Expo Center Norte, de segunda (15) a quarta-feira (17), reunirá mais de 27 mil profissionais, agentes e expositores de países como Argentina, Chile, Equador, Bolívia, Venezuela, Colômbia, México, Peru, Paraguai, Uruguai, Itália, Espanha, França, Alemanha, Portugal, Estados Unidos, Canadá, China, Holanda, México, Ruanda, Tanzânia, África do Sul, Austrália e Azerbaijão, num total de mais de 40 destinos.  

 

Entre as novidades a serem apresentadas pela WTM Latin America nesta edição está a Rota da Diversidade, iniciativa que tem o objetivo de incentivar inovações significativas, reconhecer e destacar projetos inovadores que abordem, de maneira única e criativa, as temáticas de Afroturismo, Turismo LGBTQIA+ e Turismo 60+.

Foto: Dirceu Aurélio | Imprensa MG

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O Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, reconhecido como uma das obras-primas do barroco e Patrimônio Cultural da Humanidade, será cenário da pré-estreia da ópera “Devoção”, no dia 13 de julho, às 17h30, em Congonhas. Encomendada pela Fundação Clóvis Salgado, a produção, que abre a temporada de óperas da casa, terá dois atos e estreará no dia 19, com récitas também nos dias 20, 22 e 23 de julho, às 20h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes.

A música é composta por João Guilherme Ripper, o libreto é assinado por André Cardoso, a direção musical é de Ligia Amadio e a concepção e direção cênicas ficam a cargo de Ronaldo Zero. Participam da montagem a Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais, a Cia de Dança Palácio das Artes e o Coral Cidade dos Profetas

Ao todo, mais de 500 pessoas estão envolvidas nesse espetáculo, cujo argumento foi proposto pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, e pelo presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis. O processo de concepção e pesquisa para o libreto envolveu membros da Academia Congonhense de Letras e Artes, bem como o trabalho do escritor Domingos Teodoro Costa, autor de “Congonhas: Da Fé de Feliciano à Genialidade de Aleijadinho”.

“Devoção” revisita a trajetória do imigrante português Feliciano Mendes para abordar temas importantes como a fé, a devoção, a promessa e o milagre que se encontram na base da formação do povo mineiro e brasileiro. 

O presidente da Fundação Clóvis Salgado (FCS), Sérgio Rodrigo Reis, ressalta que a partir dessa história, “Devoção” homenageia esse período da história de Minas Gerais. “A ópera foi inspirada na fé e na devoção, na promessa e no milagre que povoaram o imaginário das pessoas que chegaram em Minas Gerais naqueles tempos, descobriram muito ouro. São portugueses, que, vindo do norte de Portugal, trouxeram, além do sonho desse oásis de se tornarem ricos na busca do ouro, trouxeram também sua fé e a devoção. E aqui ficaram, aqui formaram família, aqui formaram nosso povo, aqui formaram essas devoções”, comenta Reis.

A ideia de promover a pré-estreia em Congonhas, acrescenta, o presidente da FCS, se dá justamente por ali ter se tornado o epicentro da devoção ao Bom Jesus de Matosinhos. “Congonhas é onde essa manifestação encontrou seu apogeu, quando um português, Feliciano Mendes, sai do norte de Portugal e antes de embarcar vai ao santuário da cidade de Matosinhos, dedicado ao bom Jesus, e pede a proteção. E ele vem com essa fé em busca do desconhecido. Quando chega aqui em terras mineiras, onde hoje é a cidade de Congonhas, descobre ouro, fica muito rico, mas também adquire uma enfermidade, uma espécie de tuberculose e também fica muito doente. E sem esperança de cura na medicina tradicional, ele faz um voto, uma promessa ao santo de devoção, ao bom Jesus da cidade de Matosinhos, que se ele se curasse, ele ia dedicar o resto da vida a formar essa devoção aqui também em terras mineiras”, detalha.

A diretora geral do espetáculo, Cláudia Malta, observa que essa narrativa evidencia aspectos essenciais, relacionados à própria mineiridade. “Nesse trabalho, nos deparamos com elementos que estão na formação do povo mineiro, o que se relaciona também à própria cultura do povo brasileiro, a partir do sincretismo, dessa síntese cultural tão presente em Minas Gerais. A cultura do nosso estado representa a síntese do Brasil, e tudo isso está presente na ópera como uma grande homenagem ao povo de Minas Gerais e às origens do nosso país”, ressalta a diretora geral Cláudia Malta.

Durante o processo de construção da ópera, que está em produção há cerca de um ano, foram feitas visitas a Congonhas, onde o Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos acontece há mais de 240 anos e é uma das principais devoções dentre as 30 dedicadas ao Bom Jesus de Matosinhos, em Minas Gerais.

“Fomos conhecer o Jubileu e, naquele momento, nós tínhamos uma primeira ideia que acabou se transformando. Nós vimos a oportunidade de trazer esse personagem, o Feliciano Mendes para o trabalho. Lá, eu pude conhecer a história dele mais a fundo, vivenciando ali em loco, com as pessoas, e fiquei encantando com toda a história de transformação dele, a cura e o que ele mobilizou em agradecimento pelo milagre alcançado”, conta o diretor cênico Ronaldo Zero.

“É muito interessante perceber como a história dele reverberou na cidade, que acabou virando não só um polo religioso, mas cultural com as obras de artistas representativos do barroco, como Aleijadinho”, completa o diretor cênico.

Cenário

Para construir o cenário de “Devoção”, Ronaldo Zero relata que buscou referências na ópera barroca, na qual a fábula dá o tom da narrativa. “Propomos contar essa história não a partir de um olhar documental, portanto, ela será encenada como um fábula. Nós voltamos para o século XVIII, para o período da ópera barroca, quando os espetáculos eram encenados a partir de painéis pintados e com estruturas que subiam e desciam diante da plateia. Nós estamos trazendo esse universo do teatro encenado para esse trabalho”, detalha o diretor cênico.

Figurino

As roupas também se baseiam no século XVIII. Parte do acervo da Fundação Clóvis Salgado foi revisitado, mas outras peças novas também foram desenvolvidas. “Esse aspecto da fábula também se reflete nos figurinos, na luz, na coreografia. Em tudo isso há uma identidade real mas com uma leve saturação da fantasia”, pontua Zero.

Grande espetáculo

Na pré-estreia, que será realizada no Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, haverá a participação do Coral Cidade dos Profetas, o qual participa das principais comemorações nas igrejas de Congonhas. O grupo com 40 vozes irá se unir ao Coral Lírico de Minas Gerais, atualmente com cerca de 70 integrantes

“Além disso, nós teremos mais de 70 músicos da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, 17 bailarinos, os próprios solistas, vários figurantes e algumas surpresas nesta ópera, que é uma grande homenagem ao povo mineiro, ao povo brasileiro, à nossa cultura e à importância dela na formação cultural brasileira”, conclui a diretora geral, Cláudia Malta.

Foto: Paulo Lacerda

 

Specialty Coffee Expo Chicago Foto Reprodução site oficialPela primeira vez, Minas terá estande próprio na Specialty Coffee Expo, que começa nesta sexta-feira (12) em Chicago, nos Estados Unidos (Foto Reprodução coffeeexpo.org/)

Promover as rotas turísticas do café mineiro e expandir os negócios de Minas Gerais. É com esse propósito que o Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), em parceria com o Centro Universitário UniBH, o Sebrae Minas e a Expocacer – Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado, terá, pela primeira vez, estande próprio na Specialty Coffee Expo, uma das maiores e mais prestigiadas feiras cafés do mundo. O evento acontece neste fim de semana, de sexta-feira (12) a domingo (14), em Chicago, nos Estados Unidos. Na ocasião, serão divulgadas ao mercado de turismo internacional as duas novas rotas do segmento – a Rota Cafés do Sul de Minas e a Rota Turística do Café do Cerrado. Em Chicago, o Governo de Minas também apresentará o ExportaMinas, programa da Codemge responsável pelas exportações de produtos mineiros, e anunciará a abertura do primeiro hub de café do Brasil nos EUA, da Expocacer, como primeiro produto do ExportaMinas.

A Specialty Coffee Expo reúne toda a cadeia produtiva dos cafés especiais do mundo, desde produtores e destinos até torrefadores, varejistas e profissionais para conectar diferentes membros da indústria e oferecer conteúdo educativo, treinamento, pesquisa, oportunidades de negócios e networking.A feira será uma valiosa oportunidade para apresentar os cafés especiais de Minas. Atualmente, os Estados Unidos são o maior importador do café brasileiro – em 2023, o país comprou oito milhões de sacas do produto, 20% do total exportado em 2022. Os norte-americanos também são os maiores consumidores de cafés especiais do planeta. A participação na Specialty Coffee Expo integra o projeto Minas para o Mundo: Mundo para Minas, cujo objetivo é internacionalizar ainda mais o destino Minas e atrair mais turistas para o estado.

Segundo o governador Romeu Zema, o ExportaMinas é o primeiro passo para colocar os produtos típicos do estado no mercado internacional. “Os produtos da agricultura familiar, de forma especial os cafés especiais, as cachaças, os vinhos, os doces e os queijos, bem como o artesanato, possuem produção de qualidade e procedência. Para criar um ambiente favorável e de apoio ao escoamento dos produtos, tanto para o Brasil quanto para o exterior, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e a Codemge lançam as bases para o programa ExportaMinas”, afirma.

Para o presidente do Conselho de Administração da Expocacer, Fernando Nogues Beloni, “a feira é uma plataforma vital para fortalecer parcerias, trocar conhecimentos e expandir horizontes, além de ampliar o reconhecimento da marca e o acesso a novos mercados, consolidando a nossa posição neste setor em constante crescimento”.

Minas na Specialty Coffee Expo

O presidente da Codemge, Thiago Toscano, diz que a participação da companhia na feira de Chicago reforça o compromisso da empresa de projetar Minas Gerais, por meio da gastronomia, no cenário mundial. “É com prazer e entusiasmo que a Codemge patrocina a ação da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea realizada na Speciality Coffee Expo. Estar presente na feira é dar visibilidade para a cozinha mineira, patrimônio imaterial, e reforçar o Estado como importante player no turismo brasileiro. Além de colocar Minas Gerais como destino de projeção nacional e internacional, o evento incentiva a economia mineira, por meio do reconhecimento do Estado como grande atrativo culinário”, ressalta Toscano.

Neste ano, Minas Gerais terá, de forma inédita, um estande na Speciality Coffee Expo. Com a presença do chef Caio Soter, o Governo do Estado promoverá harmonizações de produtos mineiros, como broas e pães de queijo com cafés artesanais, e exibirá especiarias típicas no estande.

As rotas Cafés do Sul Minas e Café do Cerrado Mineiro serão apresentadas à imprensa especializada e operadores do mercado internacional. As duas rotas promovem o turismo de experiência em fazendas de café, cafeterias, restaurantes de comidas típicas e atrativos turísticos nas duas regiões, traduzindo como uma imersão do turista na cultura local e na mineiridade. O lançamento nacional das duas rotas ocorreu durante a 36ª Festuris, em Gramado (RS), em novembro do ano passado, em ação do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, em parceria com o Sebrae Minas e as Instâncias de Governança Regionais (IGRs).

Na feira de Chicago, a Expocacer ainda deve lançar suas operações nos Estados Unidos por meio do hub logístico no estado de Delaware. “O hub vai abrir novas portas de mercado em todos os Estados Unidos por ter uma localização estratégica no território norte-americano. Poderemos oferecer café no spot, com entrega imediata, em quaisquer quantidades. Isso será possível pelo fato de sempre se ter café disponível em armazéns no território americano em nome da nova Expocacer USA”, afirma Simão Pedro de Lima, diretor-presidente executivo da cooperativa.

Queijo Minas Artesanal Unesco

O artesanato mineiro, a tradição do Queijo Minas Artesanal e a cozinha mineira clássica e contemporânea estiveram no centro de uma ação cultural promovida pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), na França.

A iniciativa, realizada em parceria com Fartura e Cemig, ocorreu nesta quarta-feira (19/6), na Embaixada do Brasil, em Paris, onde produtores das regiões do Serro, Canastra e Cerrado apresentaram queijos que vêm conquistando prêmios no país e em festivais internacionais.

Além disso, o chef de cozinha Henrique Gilberto, do Grupo Viela, mostrou a versatilidade do queijo mineiro na composição de pratos originais que trazem a marca da mineiridade.

Participaram do encontro o vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus, o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, o presidente do Sebrae Minas e CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva, os embaixadores Ricardo Neiva Tavares, atual embaixador do Brasil na França, e Paula Alves de Souza, delegada permanente do Brasil na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Brasunesco).

"Quando você é de Minas Gerais, o queijo é parte da sua vida. Temos 30 tipos diferentes de queijo no nosso estado, e comemos 2,2% mais queijo do que qualquer outro brasileiro. Então, é parte de quem nós somos, e também é parte da nossa economia", declarou o vice-governador, Professor Mateus.

“É importante ver muitas famílias que costumavam trabalhar nas cidades voltando para suas fazendas, para resgatar as tradições dos seus bisavós, produzindo queijo para si e para vender”, complementou o vice-governador.

“É um trabalho que a gente já vem fazendo há um bom tempo. Já tivemos uma missão em Marrocos. Também tivemos várias etapas desse pleito que é o reconhecimento do Modo de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Imaterial da Humanidade. Isso vai trazer ainda mais visibilidade, promoção e valorização para os nossos queijos artesanais”, afirmou o diretor-presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Otávio Maia.

“Estamos trazendo os produtores de queijo para essa última etapa de defesa do pleito. Se Deus quiser, receberemos a notícia positiva do Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Imaterial da Humanidade”, completou.

Representando a Serra da Canastra, o gerente executivo da Associação dos Produtores de Queijo da Canastra (Aprocan) e secretário executivo da Associação Mineira do Queijo Artesanal (Amiqueijo), Higor Freitas, levou cinco queijos de diferentes produtores da região: Pedacin da Serra, Pingo do Mula, Roça da Cidade, Capela Velha e Capão Grande.

Para ele, a divulgação do Queijo Minas Artesanal e da cozinha mineira é extremamente importante para atrair pessoas interessadas nos produtos, história e tradição do estado.

“Promover nossos produtores ajuda a agregar valor aos produtos locais, a manter viva essa cultura que é passada de geração em geração. Minha expectativa é que possamos, mais uma vez, mostrar a qualidade dos nossos queijos para o mundo”, diz Higor.

Já Lindomar Santana dos Santos, que desde 1987 produz queijo em Sabinópolis, região do Serro, embarcou para Paris com quatro queijos na mala. Suas criações Santana, Só Toni, Canaã e Quilombo, todas já premiadas na França, chegam agora ao país não para competir, mas para encantar os paladares.

“O queijo artesanal já faz parte da cozinha mineira. Buscamos o reconhecimento do nosso saber fazer para, assim, conseguirmos levar nosso produto a todos os países”, ressaltou.

Utilizando-se do queijo e muitos outros ingredientes, o chef Henrique Gilberto, do Grupo Viela, mostrou a cozinha mineira contemporânea através de um cardápio original.

Pratos como batata baroa cremosa com ovo defumado e caldo caipira, peito de vitela com creme de alho poró e cogumelos e Gougères de queijo canastra com goiabada fizeram parte do menu, oferecido pelo Fartura, com patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Vice governador Professor Mateus
Queijo Minas Artesanal como patrimônio mundial

Neste ano, os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal podem ser reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O pedido de candidatura, entregue em março de 2023, está sendo analisado pela Unesco, que dará o parecer definitivo na 19ª Sessão do Comitê Intergovernamental da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, em dezembro, no Paraguai.

Com o reconhecimento da Unesco, as regiões mineiras produtoras de queijo artesanal se tornarão pontos de atenção ainda maior do público, impulsionando o turismo em níveis nacional e internacional e garantindo o desenvolvimento econômico e sociocultural dessas regiões.

Arte de todas as regiões de Minas

A diversidade e a beleza da arte popular mineira e do artesanato tradicional também foram destacadas. Dez obras de artistas de várias regiões de Minas Gerais foram selecionadas pela presidente do Serviço Social Autônomo (SSA-Servas), Christiana Renault, cuja curadoria deu enfoque nas diversas tipologias e matérias-primas do estado.

Na exposição, estão presentes a cerâmica do Vale de Jequitinhonha, as palmas barrocas de Sabará, a arte sacra em estilo barroco das cidades do Circuito do Ouro e o entalhe em madeira característico da região do Campo das Vertentes, salientando toda potência cultural das artes plásticas mineira.

O acervo é inteiramente vindo do Centro de Artesanato Mineiro (Ceart), localizado no Palácio das Artes, que integra a Secult. Além das peças para exposição, foram levadas seis queijeiras em cerâmica do Vale do Jequitinhonha, que foram presenteadas aos embaixadores.

Artesanato Minas em Paris

Fotos: Imprensa MG/ Divulgação

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Gratuito e online, o curso Dados no Turismo: Descomplicando A Coleta e A Análise, oferecido pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), está com inscrições abertas a partir desta terça-feira (10) e segue até o dia 21/04/2024. A iniciativa inédita terá 1000 vagas disponíveis e é coordenada pela Diretoria de Capacitação e Qualificação da Secult. A previsão é que as aulas comecem no dia 22/04/2024, por meio da plataforma de Ensino à Distância Minas Cultura e Turismo.

O curso faz parte do programa estadual de qualificação do turismo, Minas Forma, Minas Transforma, o qual busca aprimorar o setor a curto e médio prazo, alinhado com as demandas do mercado de trabalho mineiro, especificidades e padrões culturais locais e novas tendências e paradigmas do setor.

Poderão participar profissionais do setor turístico, empreendedores, gestores públicos e demais interessados em aprofundar seus conhecimentos. O curso terá carga horária de 40 horas, distribuídas em cinco módulos ao longo de cinco semanas, e haverá certificado para os participantes que concluírem a formação.

O objetivo do curso é ensinar como realizar pesquisas, estudos e análises de dados sobre o turismo, mostrando como essa prática pode impactar positivamente a gestão turística dos territórios.

Ao realizar essa capacitação, o Governo de Minas destaca o comprometimento com a qualificação profissional e o desenvolvimento do setor turístico em Minas Gerais. Essa oferta de um curso online, gratuito e certificado reflete o esforço em proporcionar oportunidades de aprendizado acessíveis aos gestores e gestoras, contribuindo para o fortalecimento do turismo local.

As inscrições podem ser realizadas por meio do site da plataforma de Ensino à Distância Minas Cultura e Turismo.

Estações mostra as cidades por onde passavam os trens da Estrada de Ferro Bahia Minas divulgação Rede Minas 1Programas "Rameh Cozinha", "Estações", "Cinematógrafo" e "Hypershow" entram na programação em episódios inéditos

Estreiam novas temporadas de programas na Rede Minas. Gastronomia, história, cinema e música estão na pauta das novidades, que começam neste fim de semana. Sábado (22) estreia a segunda temporada de "Rameh Cozinha". O programa "Estações", famoso pelas histórias por trás das linhas dos trens, reestreia na terça (25). A sétima arte é a protagonista do "Cinematógrafo", que dá início a novos episódios, nesta quarta (26). Nessa mesma data, o público tem encontro marcado com artistas da cena musical mineira no "Hypershow", que traz apresentações inéditas e exclusivas.

As novidades começam com o chef Felipe Rameh, que assume as panelas e comanda o fogão em mais uma temporada do programa "Rameh Cozinha". Na atração, ele apresenta Minas Gerais pelo paladar, ensinando receitas preparadas em diversas regiões do estado. O programa vai ao ar aos sábados, às 11h30. A nova temporada estreia com banquete neste sábado (22), quando o cozinheiro prepara feijão branco com linguiça defumada.

O programa "Estações" desembarca na programação em mais uma temporada. A atração, que visita as antigas paradas de trem, agora segue os trilhos que vão da Bahia a Minas Gerais. Nesse novo trajeto, são mais de dez cidades cortadas pela antiga ferrovia em um roteiro recheado de pessoas, curiosidades, paisagens e muitas histórias. O destino do episódio de estreia é Ponta de Areia, distrito da cidade baiana Caravelas que foi imortalizada na canção de Milton Nascimento e Fernando Brant. O "Estações" vai ao ar às terças, às 19h.

A sétima arte volta à cena com o "Cinematógrafo". O programa produzido pela Rede Minas, transmitido para todo o país pela TV Cultura, dá espaço de honra às locadoras de vídeos. Na nova temporada, a atração relembra esses lugares que reuniam milhares de títulos e transformaram a forma de ver e fazer cinema. Com apresentação de Fernando Tibúrcio, o "Cinematógrafo" vai ao ar às quartas, às 19h.

O "Hypershow" muda de endereço na nova temporada e vai para o estúdio de gravação Engenho. O programa acompanha artistas mineiros munidos de microfones e seus instrumentos e revela esse universo sonoro. As atrações mostram nomes de diversos gêneros da música, como Paulinho Pedra Azul e Trio Amaranto, em apresentações privadas apresentadas ao público, com exclusividade, no programa.

No episódio de estreia tem Sem Samba Não Dah, roda de samba comandada por Giselle Couto. O "Hypershow" vai ao ar às quartas, às 22h.
A programação da Rede Minas pode ser conferida pela TV, em Minas Gerais, e em todo Brasil, pelo site redeminas.tv e na plataforma de streaming EMCplay.

 

Serviço – Novidades na Rede Minas:*

“Rameh Cozinha” – apresentação chef Felipe Rameh
Segunda temporada a partir de sábado (22/06)
Exibição aos sábados, às 11h30

 

“Estações”
Nova temporada a partir de terça (25/06)
Exibição às terças, às 19h

 

“Cinematógrafo” – apresentação Fernando Tibúrcio
Nova temporada a partir de quarta (26/06)

Exibição às quartas, às 19h

 

“Hypershow” – apresentação Luiz Flávio Lima
Nova temporada a partir de quarta (26/06)
Exibição às quartas, às 19h

 

COMO SINTONIZAR:
redeminas.tv/como-sintonizar
A Rede Minas está no ar no canal 9; Claro TV (Net) 20 e Claro TV HD (Net) 520; Oi Fibra 9; Vivo 508; e através do satélite StarOne D2 para a América Latina.


IV Semana Estadual de Incentivo à Literatura

Na próxima segunda-feira (15/4), o Governo de Minas abre a IV Semana Estadual de Incentivo à Literatura, que tem como tema central as afromineiridades. Bibliotecas públicas e comunitárias de todo o estado promoverão, até domingo (21/4), cerca de 100 atividades para estimular a leitura literária em todos os públicos. A grande homenageada da edição é a escritora mineira Carolina Maria de Jesus, quem completaria 110 anos em 2024.

A realização é da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Diretoria de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas e do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas e Comunitárias, e atende à Política Estadual do Livro.

As atividades incluem rodas de samba, saraus, exposições literárias, rodas de conversa, capoeira, exibições de filmes e oficinas, entre outras ações que convidam a comunidade a ler, discutir e compartilhar textos produzidos por afrodescendentes nas Minas e nos Gerais. Toda programação é gratuita e pode ser conferida na íntegra aqui.

A partir da iniciativa, as bibliotecas transformam-se em centros de promoção das culturas e das artes afrodiaspóricas, por meio de manifestações da tradição oral. A Semana Estadual de Incentivo à Literatura também é uma oportunidade para que as instituições realizem atividades que divulguem e valorizem seus acervos de memória local.

Programação diversificada

Em Belo Horizonte, a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, referência de biblioteca pública para o Estado, organizará o sarau “Poesia à flor da pele em um quarto de despejo com os olhos cheios de água”, em homenagem aos escritores negros mineiros Conceição Evaristo, Adão Ventura e Carolina Maria de Jesus. Com apresentação do grupo Palavra Viva e do coral Coro Novo, o evento acontecerá na quarta-feira (17), das 15h às 17h e das 19h às 21h.

Também na capital mineira, a Biblioteca Pública do Centro Cultural Vila Marçola vai realizar, às 16h de quarta-feira (17), uma roda de conversa sobre a obra de Carolina Maria de Jesus, com leitura de trechos dos livros. Já na Biblioteca de Capoeira e Cultura Afro (Capoteca) acontecerá no sábado (20), às 9h, leitura e contação de histórias sobre a cultura da capoeira, da história de África e do povo negro em Minas Gerais, abrangendo figuras ilustres como Chico Rei, Chica da Silva, Pedro Cem, entre outros.

No município de Itaguara, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Biblioteca Pública Municipal Guimarães Rosa promoverá um encontro de Dança Circular com participação especial do Congado Itaguarense. Durante o encontro, que ocorrerá na sexta-feira (19), às 19h, serão apresentados cantos e danças que narram a cultura e tradição dos povos locais.

A Biblioteca Pública Municipal Geraldo Alves de Oliveira, em Mateus Leme, sediará, quarta-feira (17), às 9h, a palestra “Racismo, inclusão e representatividade”. A conferência será ministrada por Tat’etu Arabomi, juntamente com a exibição do documentário “Raízes do Candomblé de Angola". Em Nova Era, a Biblioteca Pública Municipal Ely de Araújo produzirá, na quinta-feira (18), às 15h, o “Slam de poesia”, com competição poética em que os participantes recitam que dão vida à poesia, criando uma atmosfera de conexão e reflexão.

Em Campanha, no Sul de Minas, a biblioteca do Museu da Conversa Macanuda realizará, entre outras atividades, a exposição de livros “Afromineiridades”, destacando autores regionais que abordam essa temática. No Noroeste do Estado, a Biblioteca Pública Municipal Professor Caetano de Faria, de Guarda-Mor, promoverá exposição de mesmo nome, colocando os holofotes sobre autores locais afrodescendentes. A mostra será exibida na segunda-feira (15), às 9h.

Serviço:
IV Semana Estadual de Incentivo à Literatura
Data: De segunda (15/4) a domingo (21/4)
Local: Todo o estado
Programação: aqui

Hospital Evangélico projeto parceria SecultProjeto Lendo e Aprendendo, viabilizado em parceria com o Governo de Minas, visa oferecer entretenimento e acesso à cultura durante as sessões de hemodiálise (Foto Hospital Evangélico/Divulgação)

A unidade de Nefrologia do Hospital Evangélico de Belo Horizonte, em Venda Nova, vai ganhar, a partir da próxima segunda-feira (24), em uma iniciativa o projeto Lendo e Aprendendo, um espaço de leitura para os 829 pacientes renais crônicos que fazem tratamento de hemodiálise no local e seus acompanhantes. A sala foi especialmente preparada para receber o acervo de 1.520 exemplares de diversos gêneros literários, além de cinco Kindle e cinco mp3 para aqueles que têm capacidade de visão baixa,

O projeto foi viabilizado em parceria com o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Cultura do Estado de Minas Gerais (Secult-MG) e da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, com patrocínio da VMG Farmacêutica e apoio das livrarias Amadeu, Dona Clara, Moinho do Livro, Savassi e Colégio Santo Antônio, PUC Minas, Faminas, Colégio Batista e Serviço Caixa-Estante da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais.

“O projeto Lendo e Aprendendo é mais uma iniciativa do Hospital Evangélico que mobilizou diversos apoiadores para proporcionar momentos de conforto e de melhoria da qualidade de vida para os pacientes em tratamento de hemodiálise atendidos pela nossa instituição. Entendemos que a leitura é uma atividade valiosa que pode oferecer entretenimento, conhecimentos e distração durante a sessão de diálise, que é realizada três vezes por semana, por um período de quatro horas”, destaca o presidente do HE, Euler Borja.

A iniciativa amplia o alcance do projeto Vivendo e Aprendendo, que, desde 2018, já levou 610 pacientes renais crônicos, em tratamento de hemodiálise, da unidade Venda Nova de volta para a escola. Desses, 85 já concluíram as 400 horas/aula necessárias para conquistar o diploma do Ensino Fundamental, com o acompanhamento pedagógico de professoras da Escola Municipal Padre Marzano Matias. “Muitos dos formandos têm manifestado o interesse em continuar os estudos. O hábito da leitura é um importante aliado e canal de conhecimento”, destaca Borja.

Atualmente, o Hospital Evangélico é o maior fornecedor do SUS de Minas Gerais para serviços da especialidade de Nefrologia, com oferta do tratamento conservador (medicamentoso), sessões de hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal para mais de 3.500 pacientes atendidos. Além da unidade Venda Nova, o grupo mantém outras em Belo Horizonte, Contagem e Betim. “Entendemos que o nosso propósito de servir ao próximo está em possibilidades como essa, de oferecer mais que o tratamento prescrito para os nossos pacientes”, conclui Euler Borja.

Hospital Evangélico de Belo Horizonte

Instituição fundada há 78 anos, inicialmente como ambulatório, o Hospital Evangélico de Belo Horizonte engloba, além da Unidade Serra, mais nove unidades de atendimento médico e de saúde em Belo Horizonte, Contagem e Betim. Em 2023, o HE realizou mais de 1,3 milhão de procedimentos médicos pelo SUS, convênios e particulares, é referência em atendimentos de Nefrologia e para o SUS no Estado, e é o maior prestador de serviço de Oftalmologia do SUS no país. Atualmente, a rede tem mais de 2,6 mil colaboradores.

Secretário Leônidas de Oliveira foto Leo Bicalho SecultO secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, celebrou a chegada da FAOP ao Circuito Liberdade e a parceria entre a instituição e o Centro de Arte Popular (Foto Leo Bicalho/Secult)

Em mais uma ação de ampliação e descentralização de suas atividades, a Fundação de Arte de Ouro Preto inaugurou, nesta segunda-feira (8), uma nova unidade em Belo Horizonte, no Circuito Liberdade. A novidade é uma iniciativa do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, em parceria com o Centro de Arte Popular (CAP), integrante do complexo cultural. A FAOP Liberdade vai promover, de forma regular, uma série de ações que envolvem a conservação de bens culturais, exposições artísticas, rodas de conversa e oficinas, dentre outras atividades totalmente gratuitas que serão realizadas na sede do CAP, localizado no bairro de Lourdes, região Centro-Sul da capital.

O termo de cooperação técnica assinado entre a Fundação de Arte de Ouro Preto e o Centro de Arte Popular representa o nascimento da terceira unidade física da FAOP fora da cidade barroca. Em 2021, Paracatu, no Noroeste mineiro, e Guaxupé, no Sul de Minas, em 2023, receberam extensões da Fundação, que celebrou 55 anos de história em novembro passado. Santa Luzia será a próxima cidade a receber uma unidade da FAOP. No município da região metropolitana de BH, ações em prol da conservação de bens culturais já começaram. Além das unidades físicas em Ouro Preto, Paracatu, Guaxupé e BH, a Fundação de Arte de Ouro Preto estabelece parcerias com diversos municípios mineiros. Somente em 2023, a instituição esteve presente com ações e projetos variados, de visitas técnicas a palestras, oficinas e cursos rápidos, em 80 cidades.

“O Centro de Arte Popular, essa maravilha que guarda os tesouros das tradições mineiras, casa perfeitamente com a FAOP, que tem em seu estatuto os ofícios de Minas”, diz Leônidas de Oliveira, secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. “Essa união de esforços, de todos os recursos que temos, é pelo interesse público. Estamos aqui para ampliar ainda mais as ações do Centro de Arte Popular”, afirma o presidente da Fundação de Arte de Ouro Preto, Jefferson da Fonseca.

Uma dessas ações acontece de terça (9) a sexta-feira (12). Trata-se da oficina Introdução à Preservação e Conservação de Bens Culturais, cujas inscrições gratuitas se esgotaram em poucas horas. Ao longo de 2024, outras atividades estão previstas e uma programação permanente com cursos e exposições ocupará a sede do CAP. “Essa parceria será fundamental. Trata-se de uma ação de política pública. E ninguém faz nada sozinho”, afirma Angelina Gonçalves, coordenadora do Centro de Arte Popular.

Fundação de Arte de Ouro Preto

Com uma história de 55 anos, completados em novembro de 2023, e sedes em Ouro Preto, Guaxupé e Paracatu, a Fundação de Arte de Ouro Preto vem atuando, por meio de políticas públicas e parcerias, em ações de conservação, restauração, fazeres tradicionais e da arte contemporânea em seus mais diversificados suportes e linguagens, consolidando sua capacidade de formação, educação e transformação social. A FAOP oferece o Curso Técnico de Conservação e Restauração, o primeiro da área reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC).

Centro de Arte Popular

Localizado nas adjacências da Praça da Liberdade, o Centro de Arte Popular exibe ao público a riqueza da cultura produzida pelos artistas populares de Minas Gerais. A instituição tem por objetivo divulgar a pluralidade e a diversidade cultural mineira. Inaugurado em 2012, o CAP integra o Circuito Liberdade e seu acervo é composto por objetos confeccionados em madeira, cerâmica, tecido, fibras naturais, pedras, além de outros suportes e linguagens. O Centro de Arte Popular conta com um programa de ação educativa permanente e produz exposições temporárias, oficinas e eventos diversos relacionados às diversas expressões da arte.

Governo de MInas na Le Cordon Bleu Crédito Matheus Fonseca

Com o objetivo de fortalecer os laços entre Minas Gerais e França, e atrair investimentos por meio da cultura e educação, o vice-governador Professor Mateus e o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, visitaram, nesta terça-feira (18/6), o campus da Le Cordon Bleu, em Paris.

Fundada em 1895 e uma das mais importantes escolas de cozinha do mundo, a Le Cordon Bleu estreia, em parceria com o Centro Universitário UniBH, do grupo Ânima, novo curso de gastronomia em Belo Horizonte, com 24 vagas já no primeiro semestre de 2025. O bacharelado de três anos de duração já está com inscrições do vestibular abertas.

Os representantes do Governo de Minas foram recepcionados na capital francesa pelo presidente e CEO da Le Cordon Bleu, André J. Cointreau. A presidente do Serviço Social Autônomo (Servas), Christiana Renault, o reitor do UniBH e diretor nacional de operações do Grupo Ânima, Rafael Ciccarini, o presidente do Sebrae Minas e CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva, a diretora de comunicação e sustentabilidade da Cemig, Cristiana Kumaira, e a superintendente de marketing turístico da Secult-MG, Patrícia Moreira, também participaram da agenda.

“Estamos levando para Minas a melhor técnica de cozinha do mundo e também  criando um ambiente necessário para que a gente possa continuar apostando no desenvolvimento da nossa cozinha mineira. Afinal de contas, falamos de atração de turismo e geração de emprego e renda a partir disso”, afirma Professor Mateus.

"A cozinha mineira é o centro dessa discussão. Nós temos as receitas, os produtos. O que nos faltava era exatamente a técnica e a capacidade de formar mão de obra capacitada, e isso conseguimos com a união do UniBH à Cordon Bleu, com o apoio da CDL e do Sebrae", completa Professor Mateus.

Para o secretário Leônidas de Oliveira, a abertura de um curso com a chancela internacional em Belo Horizonte significa desenvolvimento econômico para todo o estado.

“A Le Cordon Bleu em breve estará em Minas Gerais levando a formação para os chefs, mas também a hospitalidade e a técnica da cozinha francesa, que é fundamental para o crescimento e fortalecimento da nossa cozinha, a melhor do país. A cozinha mineira é um forte fator na atração de turistas, na geração de emprego e renda e movimenta toda uma cadeia produtiva da nossa agricultura familiar”, destaca.

O CEO da Le Cordon Bleu, André Cointreau, explica que a instituição “é a rede número 1 de bacharelado e mestrado em arte culinária e hospitalidade em todo o mundo. Estamos em 35 institutos, em mais de 25 países, e no Brasil fizemos parceria com a Ânima, que é a maior rede universitária do país e com quem temos trabalhado para formação e educação nos últimos anos”.

Na opinião do diretor nacional de operações do Grupo Ânima, Rafael Ciccarini, a estreia da escola francesa em Minas Gerais é um marco para a melhoria da cadeia produtiva no estado.

“Trazendo a Le Cordon Bleu para Minas, estamos abrindo um caminho para, com o poder público e agentes privados, começar a treinar toda uma geração de pessoas para atuar na cadeia produtiva, melhorando nosso serviço, nossa hotelaria, subindo a qualidade de relação com o nosso turista e ampliando as possibilidades de divulgação da nossa gastronomia”, avalia.

Capacitação profissional

O curso com a dupla chancela Le Cordon Bleu e UniBH terá como principal diferencial a qualificação para o aluno atuar em toda a cadeia produtiva da gastronomia.

“A formação trará as técnicas francesas, com padrão Le Cordon Bleu, e as capacidades de gestão, teóricas e práticas, para que o profissional consiga atuar como gerente, como empreendedor. A figura do chef de cozinha é uma das possibilidades dentro da carreira gastronomia, mas nosso curso capacitará para atuação de ponta a ponta na cadeia de valor”, enfatiza Rafael Ciccarini.

O reitor do centro universitário explica, ainda, que essa formação será inteiramente ministrada por profissionais treinados diretamente por dois chefs da Le Cordon Bleu, que atuarão como supervisores acadêmicos do curso, além do próprio Patrick Martin, diretor técnico da Le Cordon Bleu no Brasil e diretor acadêmico da unidade.
Representantes do Governo de MInas na Le Cordon Bleu Crédito Matheus Fonseca 4
Cozinha mineira e o desenvolvimento econômico

A união da hospitalidade, dos ingredientes e dos sabores tipicamente mineiros à capacidade de gestão da Le Cordon Bleu vai levar Minas Gerais a um novo patamar de desenvolvimento econômico. Esta é a aposta de Rafael Ciccarini.

“A partir da gastronomia e da excelência, podemos mostrar como Minas Gerais tem características para ser um dos pontos centrais de investimento estrangeiro. Estou muito feliz de encontrar no Governo de Minas um parceiro sempre disposto a pautas positivas e republicanas para gerar emprego e o desenvolvimento do estado”, sublinha o diretor.

A avaliação vai ao encontro do que prega o vice-governador de Minas Gerais. Professor Mateus cita o exemplo da internacionalização da comida peruana como forma de atrair turistas e investimentos para o país.

“É esse tipo de agregação de valor que nós vamos trazer para culinária mineira, que é a nossa típica e tradicional, agora com a chegada de técnicas como as da Cordon Bleu”, enfatiza.

A popularização e a internacionalização da cozinha mineira são grandes aliados da promoção cultural e turística do Estado ao redor do mundo, o que Professor Mateus reconhece como de extrema importância para a economia de Minas Gerais.

“Vamos lembrar que este ano foi a primeira vez que o Carnaval de Minas atraiu mais turistas estrangeiros que o Carnaval da Bahia. Estarmos presentes, como estamos agora aqui na França, e como a nossa Secretaria de Cultura e Turismo tem rodado as feiras internacionais, é uma forma de atrair o trade internacional de turistas”, complementa.

O vice-governador de Minas Gerais também destaca o aumento do número de voos como oportunidade de crescimento.

“Belo Horizonte tem se transformado num hub internacional de conexão aeroportuária. Temos que aproveitar essa chegada de cada vez mais voos para incrementar a nossa indústria local de turismo, que passa pela nossa cozinha, pelos novos hotéis e redes que estão chegando lá, pela preservação do nosso patrimônio histórico. Em Minas Gerais, cozinha, história e hotelaria fazem parte do mesmo ciclo, do mesmo ambiente de investimento que está gerando cada vez mais oportunidades para os mineiros”, conclui Professor Mateus.

Fotos: Imprensa MG/ Divulgação

censoturismo2023

O Censo do Turismo Mineiro 2023 foi divulgado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo. Realizada durante o processo de certificação dos municípios e Instâncias de Governança Regionais no final do ano passado, a pesquisa traz números atualizados sobre os processos de implementação de políticas públicas voltadas para o setor turístico em Minas Gerais.

Promovido a cada dois anos, o levantamento mais recente contou com a participação de 679 municípios mineiros e mostra que houve uma ampliação em 29,72% de projetos realizados pelas prefeituras em conjunto com a parceria privada, levando-se em conta o comparativo com o Censo de 2021.

O desenvolvimento de planos de marketing também tem sido cada vez mais mais uma prioridade local. De acordo com a pesquisa, houve aumento de 28,26% do número de cidades que planejam suas ações de marketing, um trabalho que é importante para a promoção dos destinos turísticos.

Outro dado relevante é o aumento em 13% no número de municípios que têm um Plano Municipal de Turismo. Essas estratégias articuladas contribuem para o fortalecimento da atividade turística no estado, que, em 2023, manteve-se em destaque no contexto nacional.

Minas Gerais, de acordo com as informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apresentou um crescimento da atividade turística acima de 100% da média nacional, ao longo de mais de 12 meses consecutivos.

Para conferir a pesquisa completa basta acessar o site do Observatório do Turismo de Minas Gerais.

 

 

Christina Cruz rosiana Foto arquivo pessoalDe Campos, no Norte do Rio de Janeiro, a professora Christina Cruz saíra com destino a mais uma edição da Semana Rosiana, em Cordisburgo (Foto arquivo pessoal)

Durante oito dias, Cordisburgo viverá dias especiais ao celebrar a obra de seu filho ilustre, o escritor Guimarães Rosa, na 36ª edição da Semana Rosiana, realizada entre 7 e 14/7. Nesse período, a pequena cidade de 8 mil habitantes, localizada na região Central de Minas Gerais, recebe apaixonados pela literatura de Rosa de todo o país, conhecidos como rosianos. A jornalista Regina Pereira, a professora Christina Cruz e a farmacêutica Daniella Guimarães de Araújo fazem parte desta legião: elas sairão de suas respectivas cidades e irão para Cordisburgo especialmente para o evento.

Regina participou da Semana Rosiana pela primeira vez em 2006. “Foi como se tivessem aberto um portal para mim”, diz a jornalista, que mora na cidade de São Paulo e é uma das coordenadoras da Oficina de Leitura Guimarães Rosa, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (USP). Desde 2008, ela não perdeu uma edição sequer do encontro.

Nascida em Juruaia, no Sul de Minas, a jornalista foi impactada pela literatura do escritor mineiro ainda na adolescência, ao se deparar com o romance “Grande Sertão: Veredas”. Foi apenas a primeira das 16 vezes que ela leu o livro. “Existe essa percepção de que somos um movimento. Há, de fato, uma comunidade rosiana, um movimento contínuo cujo ápice é a Semana Rosiana. O que tem de mágico na Semana Rosiana é essa devoção em volta da obra dele”, comenta Regina.

Envolvida em várias frentes com o legado de Guimarães Rosa, o que a faz uma legítima rosiana, Regina também é uma das roteiristas do curta-documentário “A Casa da Palavra”, que celebra os 50 anos do Museu Casa Guimarães Rosa, completados em março, e está em fase de produção e captação de recursos. O museu fica na casa em que o escritor nasceu e viveu os primeiros anos de sua infância.

A Semana Rosiana é uma realização do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e do Museu Casa Guimarães Rosa, da Prefeitura Municipal de Cordisburgo e da Academia Cordisburguense de Letras Guimarães Rosa.

Cordisburgo se transforma

Daniella Guimarães de Araújo marca presença na Semana Rosiana desde 2017, mas não é só para o evento que ela vai a Cordisburgo. Desde que se mudou para Sete Lagoas, também na região Central de Minas, a farmacêutica e poeta vai com bastante frequência à terra natal de Guimarães Rosa. Tudo que está relacionado ao escritor desperta curiosidade e fascínio. Neste ano, ela irá ministrar a oficina “Escrever a cultura: do esquecimento ao pertencimento”, centrada nos 50 anos do Museu Casa Guimarães Rosa e na importância da memória para a manutenção do museu vivo.

Para Daniella, Cordisburgo se transforma “nesse corpo de baile” durante a Semana Rosiana e ganha novos brilhos com os rosianos a celebrar a obra do escritor mineiro. “Cordisburgo é o único lugar no Brasil que vejo discutir literatura, dessa forma tão intensa, durante uma semana. As pessoas emanam em torno de algo, tudo dança, tudo se move nessa busca da vida”, afirma Daniella.

Ela descreve a sensação que experimenta todos os anos: “A semana nos convida a abraçar tudo aquilo que é original, que é, de certa maneira, fora desse tempo que estamos vivendo. Ela inaugura algo novo dentro da gente. Guimarães Rosa nos ajuda a viver”.

Sentimento rosiano

Do município de Campos, no Norte do Rio de Janeiro, a professora Christina Cruz também tem Cordisburgo como destino entre os dias 7 e 14/7. Ela viaja quase um dia inteiro para chegar à cidade, com o sentimento rosiano aflorado. A Semana Rosiana, pondera, cria fortes laços entre turistas e moradores. Amizades começam ali e são fortalecidas, tendo a literatura do escritor como ponto de união. “Claramente existe essa sensação de pertencimento a um grupo rosiano. Nós temos paixão pela obra, descobrimos mais coisas a cada leitura, conversamos a respeito, ouvimos um ao outro lendo os livros dele. Estar em Cordisburgo é a celebração de tudo isso”, conta. Christina Cruz é integrante de uma roda de leitura online chamada “Rosa da Palavra”, criada pelo acadêmico Sandro Soares, de Mossoró (RN), em 2022, e que reúne apaixonados por Guimarães Rosa de todo o país.

Considerado “embaixador do sertão rosiano”, José Osvaldo dos Santos, o Brasinha, é um personagem emblemático de Cordisburgo, para onde se mudou quando tinha apenas 1 ano de idade. Sete décadas depois, ele diz que a população da cidade fica ansiosa “esperando as pessoas virem para virar aquele encantamento, algo mágico que mexe com a alma da gente”. Ele vê Cordisburgo pulsar diferente e fazer pessoas de todo o país se sentirem em casa, mesmo longe de seus lares. “Fico muito emocionado e sensibilizado com o que acontece. Acaba que todos são conterrâneos de Guimarães Rosa porque o sertão é do tamanho do mundo”, reflete Brasinha.

Programação

A 36ª Semana Rosiana contará com palestras, mesas-redondas, oficinas, exibição de filmes, lançamento de livro, saraus, apresentações musicais e teatrais, exposições, feira gastronômica sertaneja, narrações do Grupo Miguilim e caminhadas eco-literárias. A programação é gratuita (confira todos os detalhes na bio do perfil @museuguimaraesrosa) e tem início com a inauguração da Casa de Leitura João da Cunha, no dia 7/7, às 16h, e será encerrada no dia 14/7, com um show do cantor e compositor Renato Teixeira, às 20h, em frente ao Centro de Atendimento ao Turista (CAT).

Encenação Paixão de Cristo BH foto Leo Bicalho Secult

O fluxo turístico gerado pelo programa Minas Santa 2024 superou as expectativas. Cerca de meio milhão de pessoas viajaram por Minas Gerais no período da Semana Santa, número 20% acima do estimado pelo Observatório do Turismo do Estado. Quase metade das cidades registraram aumento na movimentação em relação a 2023, com uma alta de pelo menos 50%. A segunda edição do Minas Santa reuniu 660 eventos em cerca de 600 cidades participantes do projeto, que posiciona Minas Gerais como o principal destino turístico do país no feriado santo. 

O programa do Governo de Minas, realizado por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), também impulsionou a ocupação hoteleira. De sexta-feira (29/03) a domingo (31/03), os principais meios de hospedagem das cidades de Ouro Preto, Mariana, Tiradentes, Lavras Novas, São João del-Rei, Congonhas, Santa Bárbara, Caeté, Diamantina e Serro registraram 100% de ocupação, de acordo com pesquisa feita pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (ABIH-MG).

A movimentação refletiu no Aeroporto Internacional de Confins, que ofereceu quase 90 voos a mais durante a Semana Santa. A concessionária BH Airport estima que 139,1 mil passageiros tenham passado pelo terminal entre 28 de março e 1º de abril.

A histórica Ouro Preto recebeu 35 mil turistas, que puderam aproveitar atrações como as tradicionais procissões do Fogaréu e da Ressurreição, além da feitura dos tapetes devocionais. “Todas as expectativas foram superadas. Tivemos a população ouro-pretana como força ativa na Semana Santa, seja no planejamento da festividade religiosa, seja na confecção dos tapetes. Isso demonstra o sentimento de pertencimento para com esse importante momento”, declara o diretor de Turismo de Ouro Preto, Felipe Henrique Xavier.

Semana Santa em Andrelândia foto Lucas Gabriel Silva Divulgação

O coordenador técnico da Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Patrimônio de Caeté, Pedro Silva Conceição, identificou um claro aumento na procura pela cidade. Somente o Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade recebeu, entre quinta-feira (28/3) e domingo (31/1), mais de quatro mil visitantes. “Nas paróquias históricas e no santuário, tivemos o maior público de todos os tempos, além da clara percepção de que muitos turistas, inclusive estrangeiros, foram atraídos”, relata Conceição.

Além das missas diárias na Basílica, dedicada à Padroeira de Minas Gerais, Caeté também contou com encenação da Paixão de Cristo, procissões e sermões. Essas e outras celebrações foram divulgadas no Portal Minas Gerais (minasgerais.com.br). O catálogo serviu para que turistas mineiros e de todo o país pudessem planejar suas viagens e aproveitar a diversidade cultural e religiosa do estado, promovendo as cidades mineiras e celebrando o respeito a todas as manifestações de fé.

“A Semana Santa é o grande momento de movimentação turística em Minas Gerais, é a maior celebração que temos aqui e um grande movimento do turismo interno em Minas. Esse fluxo do turismo da fé é muito importante para o estado. Todas as nossas ações na Semana Santa encontram a cultura, desde o patrimônio histórico até o artesanato. Nesse período, temos a união das artes: o teatro, a música, a dança, as artes plásticas, a escultura e a moda”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Fotos: Leo Bicalho e Lucas Gabriel Silva

Luiz Henrique Câmara Faop

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) informa que Luiz Henrique Câmara Trindade assume a presidência da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP). Bacharel em direito e em turismo, Luiz era chefe de gabinete do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). Atuou na área cultural, coordenando eventos estaduais, nacionais e internacionais, representando o poder executivo estadual.

O novo presidente da FAOP desempenhou importante papel em apoio a entidades culturais do terceiro setor, na produção de eventos no interior de Minas Gerais, e foi coordenador geral da Feira de Artes e Artesanato do Mineirinho entre 2006 e 2008. Luiz é músico e ex-aluno de artes plásticas da Escola Guignard, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). 

Ouro-pretano de criação, neto de Arlindo Anatólio, comerciante e Juiz de Paz na cidade histórica durante as décadas de 1950 e 1960, Luiz é filho da artista plástica ouro-pretana Neiva Câmara, que levou a arte sacra mineira para fora do país por meio de exposições, feiras e eventos. Sua produção artística alcançou o Vaticano, por meio da obra “Papa João de Deus”, na década de 1980, ação formalmente reconhecida por Sua Santidade, o Papa João Paulo II.

Jefferson da Fonseca Coutinho, que ocupava a presidência da FAOP desde maio de 2021, deixou o cargo para se dedicar à carreira de ator e ao projeto de uma série de TV para o streaming.

Nikola Uramová Divulgação

Nesta terça e quarta (dias 2 e 3 de abril), a Orquestra Sinfônica e Coral Lírico de Minas Gerais apresentam o concerto “Minha Terra”, que celebra o legado da República Tcheca na música erudita. Os grupos musicais da Fundação Clóvis Salgado (FCS) recebem convidados do Brasil e do exterior, incluindo a soprano tcheca Nikola Uramová, o premiado barítono mineiro Filipe Santos e o maestro Cláudio Cruz, Diretor Musical e Maestro Titular da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo.

A dupla apresentação integra o programa “Concertos da Liberdade”. A primeira, do dia 2, é uma versão resumida e acontece dentro do projeto “Sinfônica ao Meio-Dia”, de entrada gratuita. Já o concerto na íntegra será no dia 3 de abril, às 20hs, e tem ingressos a partir de R$ 15, vendidos através do site Eventim. Ambas serão no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes.

Fruto de uma parceria entre a Fundação Clóvis Salgado e o Consulado Geral da República Tcheca, o espetáculo foi pensado em função de umas das mais presentes tradições na música clássica: a que sugere que anos terminados em 4 sejam celebrados como anos da Música Tcheca. Isso porque eles marcam o aniversário de figuras célebres que ajudaram a construir a tradição secular e erudita do país.

O nome faz referência à clássica obra “Má Vlast” (em tcheco, Minha Terra), um conjunto de seis poemas sinfônicos escritos por Bedřich Smetana (1824 – 1884). Além do compositor, o programa será composto por obras de Antonín Dvořák (1841 – 1904) e Leoš Janáček (1854 – 1928).

As apresentações são realizadas pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e da Fundação Clóvis Salgado. As atividades do complexo cultural têm patrocínio master da Cemig e do Instituto Cultural Vale, patrocínio prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal e correalização da APPA – Arte e Cultura.

História

De acordo com a União Cultural Tcheco Brasileira (UCTB), os primeiros imigrantes tchecos no Brasil vieram para Minas Gerais, a partir de 1823, após saírem das redondezas da cidade de Třeboň, sul da Boêmia, onde nasceu o avô do ex-presidente Juscelino Kubitschek.   

Na visão do maestro Cláudio Cruz, as obras dos três compositores escolhidos guardam entre si uma convergência nacionalista e a defesa dos aspectos mais tradicionais do folclore e da identidade cultural da República Tcheca. “A obra mais popular do concerto certamente é o poema sinfônico ‘Moldávia’, composto por Smetana. A peça é uma celebração do Moldávia, maior rio do país e historicamente muito importante também por atravessar a capital Praga”, afirma.

Ainda segundo Cruz, a música tcheca ganhou notoriedade justamente por sua beleza e simplicidade. “Privilegiamos no programa obras populares que serão facilmente absorvidas pelo público. Fiquei extremamente satisfeito ao receber o convite da minha amiga, a maestra Ligia Amadio, para apresentar em Minas Gerais este repertório tão marcante e ao mesmo tempo tão abrangente”, conclui.

Serviço:
Concertos da Liberdade – Minhas Terra
Datas e horários:
   Sinfônica ao meio-dia: Terça-feira (2/4), às 12h.
   Concerto: Quarta-feira (3/4), às 20h.
Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1537, Centro – Belo Horizonte
Ingressos:
   Sinfônica ao meio-dia: entrada gratuita
   Concerto: ingressos a partir de R$ 15, via Eventim
Classificação indicativa: 10 anos
Informações: (31) 3236-7400 | www.fcs.mg.gov.br

Procissão Reliquia Santa TeresinhaMissa em homenagem à Santa Teresinha acontecerá nesta segunda-feira (17) (Foto Arquidiocese de BH/Divulgação)

Fiéis e turistas terão a oportunidade de acompanhar uma missa em homenagem à Santa Teresinha com chuva de rosas que acontecerá nesta segunda-feira (17), a partir das 10h, na Praça Sete. O ato solene faz parte de uma programação organizada pela Arquidiocese de Belo Horizonte em torno da peregrinação das relíquias da freira carmelita.
O evento desta segunda-feira (17) conta com o apoio do Governo de Minas, por meio da, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, Fundação Clóvis Salgado e Circuito Liberdade, além do 1º Batalhão e Centro de Atividades Musicais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, da Associação dos Comerciantes do Hipercentro de Belo Horizonte, da Câmara de Dirigentes Lojistas de BH (CDL-BH) e do Mercado Central.

Estado onde as expressões da religiosidade são parte da formação cultural e da identidade do seu povo, Minas Gerais destaca-se, assim, como destino do turismo da fé. De acordo com o Observatório de Turismo de Minas Gerais, 36% dos turistas vêm para o estado atraídos por lugares e festividades de riqueza histórico-cultural, o que inclui eventos religiosos. Esse fluxo movimenta cerca de R$ 5 bilhões na economia mineira anualmente. A missa destas segunda-feira será presidida pelo Bispo Auxiliar da instituição, Dom Edmar José da Silva, quem conduzirá o ato até às 11h. O altar será posicionado na rua Rio de Janeiro, na altura entre a Avenida Afonso Pena e a Rua dos Tamoios.

Translado das relíquias até o Centro

A urna, contendo as relíquias Santa Teresinha, será levada até a Praça Sete no carro do Corpo de Bombeiros. Ela sairá às 9h da Igreja Nossa Senhora do Carmo, no bairro do Carmo, passando pela Avenida do Contorno até chegar à Praça da Liberdade. No Circuito Liberdade, o veículo reduzirá a velocidade diante do Palácio Arquiepiscopal, na Avenida Cristóvão Colombo. De lá, seguirá pelas avenidas João Pinheiro e Afonso Pena, até chegar à Praça Sete.

Peregrinação Relíquias de Santa Teresinha

O evento da Praça Sete integra uma ampla programação em torno das relíquias de Santa Teresinha, que, de janeiro a outubro, percorrem todos os Carmelos do Brasil, abrangendo mais de 70 cidades. A peregrinação foi um pedido da Ordem dos Freis Carmelitas Descalços no Brasil à basílica de Santa Teresinha em Lisieux, na França.
Na capital mineira, a urna chegará nesta quinta-feira (13) e permanecerá até 20 de junho, sob a guarda da Arquidiocese de Belo Horizonte. Um dos eventos mais solenes é a missa na Catedral Cristo Rei, realizada no próximo domingo (16) e presidida pelo arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor.
Esta é a terceira vez que as relíquias de Santa Teresinha vêm ao Brasil. A primeira foi nos anos de 1997 e 1998, quando passaram por diversas cidades do país; em 2022, o artefato sacro passou por alguns municípios de São Paulo.

Programação

Dia 13 de junho (quinta-feira)

9h – Chegada na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora – Missa às 12h – (Rua Quebec, 255, João Pinheiro, Belo Horizonte)
14h às 18h30 – Convivium Emaús – Missa às 17h (Rua Ibirapitanga, 235, bairro Dom Cabral, Belo Horizonte)
19h30 às 21h30 – Paróquia São Bento – Missa às 19h30 (Rua José Batista Ribeiro, 155, São Bento, Belo Horizonte)
22h – Convento São João da Cruz – Vigília interna – (Rua Quebec, 255, João Pinheiro, Belo Horizonte)

Dia 14 de junho (sexta-feira)

8h às 11h – Capela Nossa Senhora do Carmo: Bairro Vila Oeste – Missa às 9h.
12h às 19h – Carmelo Santa Teresa D’Avila: Bairro Planalto – Missa às 18h – (Rua dos Sacramentinos, 240, Planalto, Belo Horizonte)
20h – Paróquia Santa Teresinha: Bairro Santa Teresinha – Missa às 20h e Vigília (Praça Duque de Caxias, 200, Santa Teresinha, Belo Horizonte)

Dia 15 de junho (sábado)

8h – Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora: Bairro João Pinheiro – Veneração às relíquias durante todo o dia e noite -(Rua Quebec, 255, João Pinheiro, Belo Horizonte)
9h – Missa com as crianças;
12h – Missa dos devotos; Missa com as famílias
17h – Encontro das Juventudes com Missa e Show da cantora Laura Salvador, da Comunidade Shalom.

Dia 16 de junho (domingo)

9h às 12h – Catedral Cristo Rei: Missa às 10h30, presidida por dom Walmor (R. Campo Verde, 165 – Juliana, Belo Horizonte)
13h30 às 17h – Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, Missa às 15h (Alto da Serra da Piedade, s/n – Zona Rural, Caeté)
18h30 – Paróquia Nossa Senhora do Carmo – Missa às 19h e Missa às 7h (segunda-feira) – (Rua Grão Mogol, 502, Carmo, Belo Horizonte)

Dia 17 de junho (segunda-feira)

7h- Paróquia Nossa Senhora do Carmo – Missa às 7h – (Rua Grão Mogol, 502, Carmo, Belo Horizonte)
10h às 11h – Praça Sete – Ato Solene e Missa em homenagem à Santa Teresinha com chuva de rosas
11h30 às 14h30 – Hospital Madre Teresa – Missa às 13h (Av. Raja Gabáglia, 1002 – Gutierrez)
15h às 17h30 – Hospital Orizonti – Missa às 16h – (Praça Engenheiro Flávio Gutierrez, Av. José do Patrocínio Pontes, 1355 – Mangabeiras, Belo Horizonte)
18h30 às 21h30 – Paróquia Bom Jesus do Vale, Nova Lima – Missa às 19h30 – (Avenida Dimas Henrique De Freitas, 378, Vale do Sereno, Nova Lima)
22h – Comunidade Santa Teresinha: Aglomerado da Serra.

Dia 18 de junho (terça-feira)

6h30 às 12h – Comunidade Menino Jesus: Bairro Alto dos Pinheiros – Missa às 7h.
13h às 17h – Paróquia Santa Teresa e Santa Teresinha: Missa às 15h (Praça Duque de Caxias, 200, Santa Tereza, Belo Horizonte)
17h30 às 19h30 – PUC minas – Campus Coração Eucarístico – Missa às 17h30
20h às 0h – Convento Santa Teresa – Bairro João Pinheiro – Vigília.

Dia 19 de junho (quarta-feira)

6h30 – Carmelo Nossa Senhora Aparecida– Missa às 7h; veneração durante todo o dia; e Missa às 19h30. (Rua Desembargador Tinoco, 322, Monsenhor Messias, Belo Horizonte)

Dia 20 de junho (quinta-feira): Despedida das relíquias

7h – Carmelo Nossa Senhora Aparecida – Missa e envio das Relíquias para o Carmelo de Divinópolis (Rua Desembargador Tinoco, 322, Monsenhor Messias, Belo Horizonte)

Sessão Pública Concessão Serraria Souza Pinto Crédito Paulo Lacerda 7

O Consórcio Nova Serraria, formado pelas empresas Revee (Real Estate Venues & Entertainment Participações) e Integritate, venceu o edital de concessão da Serraria Souza Pinto, antes gerida pela Fundação Clóvis Salgado (FCS). O valor pago para a assinatura do contrato, que dará direito à vencedora a explorar comercialmente o espaço por 20 anos, foi de R$650 mil. A Sessão Pública aconteceu na segunda-feira (25/3), na Sala Juvenal Dias, do Palácio das Artes.

O contrato de concessão viabilizará reformas significativas na Serraria Souza Pinto. Os investimentos previstos para a infraestrutura do imóvel somam, no mínimo, R$ 7 milhões, incluindo intervenções obrigatórias e ciclos de reinvestimentos a cada 5 anos. O presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis, destaca que a Fundação Clóvis Salgado se orgulha de ser a primeira instituição do Brasil a realizar uma concorrência nos moldes da Nova Lei de Licitação e Contratos (Lei nº 14.133/21).

“É também motivo de muito orgulho o modelo arrojado de concessão de um equipamento cultural e de eventos que vai modernizar a relação com o público, o patrimônio e o setor da economia criativa em Belo Horizonte. Além disso, sempre é importante destacar que a FCS continuará cuidando do fomento, produção e difusão das artes no âmbito estadual, além de gerir e fiscalizar o contrato de concessão da Serraria. Após a finalização do período contratual, o Estado voltará à gestão operacional do ativo público, incorporando todas as benfeitorias realizadas no imóvel”, explica Sérgio Rodrigo Reis.

O projeto foi estruturado pela Fundação Clóvis Salgado, com o apoio da Seinfra, da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e da Codemge, em conformidade com as diretrizes do Governo do Estado. O secretário de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias de Minas Gerais, Pedro Bruno, ressalta que o projeto não trata da privatização da Serraria Souza Pinto, mas sim de sua concessão. “Este é um modelo em que o governo ainda mantém propriedade e controle sobre a infraestrutura e serviço prestado, como gestor do contrato, enquanto na privatização a propriedade e operação passam a ser exclusivas do setor privado. A concessão da Serraria Souza Pinto representa uma oportunidade para revitalizar um patrimônio histórico, estimular o desenvolvimento econômico local e preservar nossa cultura para as futuras gerações”, considera.

O consórcio vencedor da licitação ficará responsável pela elaboração e gestão direta ou indireta de produtos, serviços, espetáculos, shows e demais eventos em geral, assim como pela eventual exploração de outras atividades econômicas relacionadas ao objeto, tais como bares, lanchonetes, restaurantes, lojas e camarotes, ampliando a vocação turística do equipamento. Leonardo Donato, procurador e diretor-financeiro da empresa Revee, integrante do consórcio, ressalta a experiência de gestão de espaços como o Ginásio de Esportes Castelo Branco (Gigantão) e a Arena Fonte Luminosa – ambos em Araraquara, São Paulo –, onde ocorrem shows de artistas como Roberto Carlos e Fábio Porchat, além de grandes eventos em datas comemorativas. O grupo reúne ainda executivos que já trabalharam na gestão de importantes espaços como o Allianz Parque, em São Paulo.

“O consórcio nasceu com essa ideia, de pegar ativos em determinadas localidades do Brasil e ser um polo artístico. Aqui é um grande exemplo. Belo Horizonte já estava nos nossos planos, e aqui conseguimos um ativo sensacional, com uma grande estação de metrô ao lado. O primeiro item que vamos reformar é o ar-condicionado, e logo depois uma nova pintura. Já a terceira parte será a mudança na localização dos camarotes, para que o público desse espaço consiga acompanhar os shows e espetáculos com mais tranquilidade, além da retirada das divisórias e de aprimoramento da climatização. Teremos que fazer ainda outras benfeitorias, como limpeza e reparo no teto. Estimamos que no início de junho já estaremos aqui para começar os trabalhos”, adianta Donato.

Foto: Paulo Lacerda

Após o pagamento de aproximadamente 95% dos classificados nos editais da Lei Paulo Gustavo, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) convoca os suplentes dos editais 3, 5, 8 e 11. Eles deverão enviar os documentos regularizados para habilitação no prazo de até 5 (cinco) dias corridos - de segunda-feira (17/06) a sexta-feira (21/06). 

Todos os suplentes que estão nas listas do resultado final dos editais 3, 5, 8 e 11 estão convocados a enviar documentação. Os documentos necessários para esta fase estão descritos no item HABILITAÇÃO dos editais e devem ser peticionados via sei!MG, conforme orientações que constam neste link.

Caso seja verificada irregularidade na documentação, as pessoas proponentes serão comunicadas para enviarem a documentação corrigida, o que deve ser feito em até 3 (três) dias corridos após a notificação recebida, conforme previsto em edital.

Quanto aos demais editais, a Secult divulgará em breve as próximas chamadas.

Canais de Atendimento LPG: 

3915-2632   |   3915-2633   |   3915-2646   |   3915-2648   |   3915-2662     

3915-2682   |   3915-2690   |   3915-4741   |   3915-9468   |   3915-9488

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Criado em 1965, o setor Braille da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais é uma referência de acessibilidade no Brasil e no mundo. E a divisão está ainda melhor: após investimento inédito de cerca de R$ 400 mil, recebidos ainda em 2023, o espaço agora conta com 120 novos livros em Braille, além de novos equipamentos de tecnologia assistiva. Os recursos foram oriundos da Associação de Amigos da Biblioteca, do Instituto Periférico, via projetos de Lei de Incentivo à Cultura e emenda parlamentar. 

As novidades incluem uma impressora Braille, usada para produzir títulos acessíveis na própria biblioteca; uma linha Braille, dispositivo que converte o texto em caracteres Braille, permitindo que o usuário leia e interaja com conteúdos digitais; cinco óculos OrCam, que fazem a leitura de textos em tinta, transformando-os em áudio em tempo real; e uma impressora 3D, que permitirá reproduzir alguns monumentos históricos de Minas Gerais, como o Palácio da Liberdade, a Igreja da Pampulha e a própria Biblioteca, para que os deficientes visuais consigam ter uma dimensão da arquitetura desses locais.

Para o Diretor do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas de Minas Gerais, Lucas Amorim, o setor Braille tem função primordial dentro da Biblioteca por oferecer a inclusão e acessibilidade. “Nosso acervo é totalmente especializado para as pessoas com deficiência visual e com baixa visão e, além dos livros em Braille, também temos as tecnologias assistivas, como lupas de aumento, audiolivros, filmes com audiodescrição, estúdio de gravação, e uma minigráfica para produção de materiais acessíveis. Um destaque é o serviço de voluntariado, no qual as pessoas que enxergam se disponibilizam a ler para as pessoas com deficiência ou gravar os audiolivros em nosso estúdio. Esta gama de serviços é bem ampla para incluir as pessoas cegas e com baixa visão nesse universo do livro e da leitura, e as novas aquisições promoverão maior independência no acesso à informação e na comunicação”, pontua.

“É a primeira vez que foi possível selecionarmos os títulos em Braille. Desde a sua criação, o setor Braille sempre recebeu livros por doação de empresas que produzem esse tipo de material. Mas, dessa vez, fizemos uma lista com títulos pelos quais os usuários do Braille já tinham manifestado interesse. Também realizamos uma pesquisa de mercado, com livros premiados, best-sellers. Foi algo inusitado”, entusiasma-se a Gerente do Núcleo de Extensão e Ação Regionalizada da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, Gildete Veloso. 

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Gildete Veloso, Gerente do Núcleo de Extensão e Ação Regionalizada da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais

Entre as aquisições estão obras como “Os corações perdidos”, de Celeste Ng, “A garota do Lago”, de Charlie Donlea, e “Todas as cores do céu”, da escritora Amita Trasi. “Os títulos que a gente recebeu têm chamado bastante atenção, e os usuários têm procurado muito por eles”, complementa o Coordenador do setor Braille, Glicélio Ramos Silva, ele próprio cego e também usuário do departamento.

As aquisições feitas pela Biblioteca Estadual, equipamento do Governo de Minas Gerais gerido pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), já estão disponíveis para os usuários do setor Braille. Quem ficou feliz com os novos equipamentos foi a funcionária pública Elaine de Jesus, frequentadora do espaço há 12 anos. “Eu me sinto acolhida aqui na biblioteca. Uso bastante os serviços de empréstimo de livros, e o acervo daqui é muito rico”, conta.

Graduanda em Serviço Social, Elaine frequenta a biblioteca semanalmente. “Geralmente, vou às quartas e sextas. Uso muito também o serviço dos voluntários, que leem livros e documentos que nós levamos. Apesar de ter, na minha faculdade, uma certa acessibilidade no sistema de informática, eu prefiro usar o sistema do voluntário, porque aqui tem muito voluntário com uma bagagem cultural muito grande. Eles leem uma coisa para você e geralmente contam uma história, essa história te ajuda a entender a matéria. Tem a pitadinha de gentileza deles, então esse serviço é muito importante”, complementa Elaine de Jesus. 

Allan Pereira da Silva, que estuda música e ministra aulas de teologia na igreja, é outro usuário assíduo do setor. “Descobri o setor Braille quando estava no final do ensino médio, por volta de 2013. Vinha pegar emprestado livros literários que a escola pedia e usar o serviço dos voluntários para leitura dos livros e apostilas à tinta. Essa biblioteca tem me ajudado muito”, diz Allan Pereira, que atualmente vai ao equipamento, que integra o Circuito Liberdade, duas vezes na semana, em média. 

“Este espaço é importante para que as pessoas que estão estudando possam ter um acesso à cultura de forma mais inclusiva. Aqui, nós temos acesso aos livros didáticos, a músicas, livros da lei, de literatura brasileira e estrangeira, textos sobre várias religiões”, elenca Allan. “Eu costumo pegar a Bíblia Sagrada para o estudo de teologia e livros que falam de acessibilidade, que abordam as leis voltadas para a pessoa com deficiência”, conta.  

Gráfica Braille própria 

A impressora recém-comprada se junta a outras duas para a montagem de uma minigráfica Braille, o que dá à Biblioteca Estadual capacidade de produção do próprio acervo. Isso é particularmente importante para o setor, dado às características da escrita em Braille. 

“O livro em Braille é feito em relevo. Isso significa que, quanto mais você lê, mais ele apaga. Então é preciso um investimento contínuo na aquisição desse tipo de material bibliográfico, porque a vida útil de um livro em Braille é curta, de no máximo dez anos. Temos que investir constantemente para manter esse acervo. Nosso maior sonho é ampliar a produção dos livros no setor para doar exemplares em Braille para as bibliotecas públicas do interior do estado”, conta o diretor da Biblioteca Pública Estadual, Lucas Amorim. 

Além da capacidade de reposição dos títulos que vão se perdendo durante o uso, a minigráfica é capaz de produzir livros inéditos. Isso porque os livros em Braille para uso em bibliotecas por pessoas com deficiência é livre de direito autoral, o que significa que o espaço poderá imprimir os livros que quiser, a depender apenas do tempo de confecção. “Um livro de 200 páginas demora uns dois meses para ser impresso. Isso sem contar o processo de escaneamento do livro digital e a revisão”, explica Glicélio Ramos. 

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O setor de livros em Braille da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais reúne mais de 2 mil títulos

Acervo vasto e para além dos livros

Ao longo de seus quase 60 anos, o setor Braille reuniu um acervo de aproximadamente 2.100 títulos, consagrando-se como uma das principais bibliotecas com acessibilidade para as pessoas com deficiência visual do país. Além dos livros impressos em Braille, lá são encontrados cerca de 2 mil audiolivros e 100 títulos de filmes com audiodescrição. 

“A grande maioria dos livros pode ser emprestada, cerca de 95% do acervo. Tem alguns que são referência, como dicionários, que só podem ser consultados aqui na Biblioteca, mas são casos raros. No caso dos audiolivros e filmes, todos estão disponíveis para empréstimo”, explica Glicélio Ramos Silva, quem trabalha na Biblioteca há 18 anos e desde 2015 coordena o Braille. 

O empréstimo no setor Braille funciona nos mesmos moldes das outras áreas da Biblioteca, exceto pelo fato de que o serviço é restrito para pessoas com deficiência visual. “A pessoa precisa ser cega ou com baixa visão, e fazer o cadastro conosco, que requer documento de identidade e comprovante de endereço. Também pedimos uma contribuição de R$ 3 para a impressão do cartão da biblioteca. Esse cartão é válido por dois anos, depois o usuário renova. E, para as pessoas com baixa visão, pedimos também um atestado oftalmológico comprovando a condição, mas não precisa ser recente”, diz Glicélio. 

O setor funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e não tem intervalo para almoço. “O tempo de empréstimo é igual para todo mundo, para quem enxerga e para os cegos. São 14 dias, podendo renovar por mais 14 dias. Para facilitar a questão da mobilidade, excepcionalmente para os deficientes visuais permitimos a renovação pelo WhatsApp do setor Braille”, complementa o coordenador. 

O canal do WhatsApp também serve para divulgação da ‘Dica de Leitura’. Toda quarta-feira, os usuários cadastrados recebem, via lista de transmissão, uma indicação de livro do acervo. Segundo Glicélio Ramos, a procura é grande. “Acaba funcionando para que o público fique ainda mais próximo do setor Braille.” 

 A Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais é a biblioteca modelo do nosso estado e, dentro desse grande centro cultural, temos várias bibliotecas setorizadas. A gente tem uma biblioteca infantojuvenil, uma biblioteca de empréstimo, uma biblioteca de estudos, uma biblioteca de obras raras e a biblioteca Braille. Este setor é o mais importante, por oferecer a inclusão e acessibilidade para as pessoas com deficiência visual e com baixa visão, garantindo que todos tenham acesso igualitário à informação, ao conhecimento e à cultura”, avalia Lucas Amorim.

Acessibilidade para o interior

Os investimentos recentes não beneficiarão apenas a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais. Dois dos óculos OrCam adquiridos pelo equipamento foram doados para o Museu Casa de Alphonsus de Guimaraens, em Mariana, e para o Museu Casa Guimarães Rosa, em Cordisburgo. Este último, que completa 50 anos dia 30 de março, acaba de receber o presente de aniversário, que amplia sua acessibilidade e democratiza ainda mais o acesso para deficientes visuais. 

“Somando-se à missão de emprestar livros, uma biblioteca é um local de encontro e de formação de comunidade, de relações afetivas. Enquanto biblioteca modelo, esperamos inspirar os municípios para construirmos uma sociedade mais justa, igualitária e informada, para que o acesso ao conhecimento e à cultura seja um direito universalmente garantido para todas as pessoas, sem distinção”, conclui Lucas Amorim. 

Fotos: Ascom/Secult

Encontro com trade turístico em Capitólio Foto Leo Bicalho Secult 3Ações do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, em parceria com o trade turístico e prefeitura, impulsionam a atividade turística em Capitólio (Foto Leo Bicalho/Secult)

Capitólio, uma das 34 cidades banhadas pelo Lago de Furnas, está com o turismo aquecido e demonstra fortalecimento de sua atividade turística a partir de dados recentes. De acordo com o Observatório do Turismo de Minas Gerais, o ticket médio dos turistas em Capitólio, referente aos gastos diários com hospedagem, passeios, deslocamentos locais e alimentação, teve alta de 23,5% em relação a 2022 e chegou a R$ 631,55. Os números apontam a efetividade das políticas públicas implementadas pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, em parceria com trade turístico e a prefeitura.

As ações vêm sendo desenvolvidas desde 2021 com o lançamento do edital Reviva Turismo, criado para viabilizar a retomada gradual do turismo após a pandemia e que investiu R$ 17,5 em todo o estado. A promoção em marketing do destino Capitólio, fundamental para o reposicionamento do município como um dos principais pontos turísticos do país, contou com ações da Secult em feiras nacionais e internacionais, press trip e campanhas publicitárias.

Em 2022, após o desmoronamento de um paredão de pedra de um cânion, foram realizados novos incentivos para recuperar e garantir segurança do turismo na região. O Governo criou o projeto “Reviva Capitólio – Viva o Mar de Minas”, abrangendo um total de 80 ações e um investimento de R$ 5 milhões. Foram promovidas a capacitação do trade turístico e de fiscais municipais náuticos, acompanhamento geológico diário e implementação de rede de proteção policial. Outro dado importante é que, segundo a Secretaria de Turismo e Cultura de Capitólio, a média de ocupação hoteleira no município é de 80% nos fins de semana, feriados e períodos de férias, chegando a atingir 100% em determinados períodos.

Os dados reforçam o reposicionamento de Capitólio como destino seguro dentro e fora do estado após a tragédia nos cânions. Esse novo momento foi celebrado nesta terça-feira (11/06), em uma agenda da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais com o trade turístico do município, conhecido como Mar de Minas pela presença do Lago de Furnas, responsável por abrigar cinco mil empreendimentos e gerar 20 mil empregos diretos, de acordo com dados do Movimento Pró-Furnas 762.

“O aumento do valor do ticket médio em Capitólio, Mar de Minas, na região da Canastra, é uma grande notícia. Isso mostra que nosso turismo está sendo qualificado, atraindo pessoas que vêm até Minas Gerais, para essa região, com vontade de ficar mais dias e isso gera emprego e renda, que é a meta do Governo de Minas”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Um estudo realizado pela KS Consultoria em fevereiro deste ano mostra a percepção positiva dos turistas sobre Capitólio. A Pesquisa de Demanda Turística é uma ferramenta importante para entender o perfil e o comportamento dos visitantes e as tendências do mercado, além de reunir informações sobre a opinião desses viajantes em relação à qualidade dos serviços e da infraestrutura local. Dos 605 entrevistados, 96,8% considera Capitólio um destino adequado para viagem em família e um número muito semelhante (96,3%) relatou ter recebido informações de segurança. A maior parte dos turistas ouvidos pelo levantamento é do estado de São Paulo (38,5%), com Minas Gerais (38,2%) logo em seguida.

Mais de 76% dos entrevistados escolhem Capitólio buscando lazer e descanso, ecoturismo e turismo de aventura e 64,9% das pessoas que já haviam visitado a cidade voltaram de uma a três vezes. Cachoeira, cânions e lagos são as principais imagens que vêm à mente dos visitantes; a tragédia ocorrida em janeiro de 2022 ficou em sexto lugar nas lembranças dos turistas.

“Reviva Capitólio – Viva o Mar de Minas”

O “Reviva Capitólio – Viva o Mar de Minas”, idealizado pela Secult-MG, implementou uma série de medidas para garantir o vigor turístico e econômico da cidade. O projeto engloba temas como ordenamento, capacitação e regulamentação de uso e ocupação dos cânions e suas águas, com o objetivo de promover a segurança de trabalhadores e turistas, além de fortalecer o turismo na região. Acompanhamento geológico diário, capacitação do trade turístico e de fiscais municipais náuticos, definição de estratégias de comunicação e marketing, programas televisivos na Rede Minas e levantamento de agências Minas Recebe que atuam na região também fazem parte do projeto.

As ações foram integradas pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), além das prefeituras de Capitólio, São José da Barra e São João Batista do Glória, polícias Militar (PM) e Civil, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Marinha do Brasil, Instâncias de Governanças Regionais (IGRs), Sebrae, Fecomércio, Sesc, Senac e sociedade civil.

Sala Gabinete do Museu Casa Guimarães Rosa foto Ronaldo Alves Divulgação 2Programação especial na Semana Rosiana, produção de um curta-documentário, exposição e aporte de novos recursos marcam o aniversário do Museus Casa Guimarães Rosa, que respira a vida e a obra de um dos maiores escritores brasileiros e tem no vínculo com a comunidade uma de suas principais marcas (Ronaldo Alves/Divulgação)

Há exatos 50 anos, o Museu Casa Guimarães Rosa foi inaugurado com uma cerimônia que reuniu uma multidão – de autoridades do mundo político, como o então governador de Minas Gerais, Rondon Pacheco, e o prefeito da cidade, Geraldo José Martins, a anônimos e curiosos atraídos pela novidade. O presidente da Academia Brasileira de Letras, Austregésilo de Athayde, e a filha de Guimarães Rosa, Vilma Guimarães Rosa, também estiveram presentes. “Foi uma grande movimentação, tinha muita gente.” As recordações daquele sábado, 30 de março de 1974, em Cordisburgo, ainda estão vivas para Ronaldo Alves.

A vida de Ronaldo seria muito diferente sem o Museu Casa Guimarães Rosa. Foi ali que ele, adolescente, despertou para a cultura e para a literatura rosaana. Desde 2006, ele é o coordenador do MCGR, cargo que também ocupou de 1993 a 1997. “O Museu é minha segunda casa, fez parte da minha formação intelectual, como educador e também como cidadão”, diz o professor de história. Cravado no número 744 da avenida Padre João, no Centro da pequena cidade de 8 mil habitantes do sertão mineiro, o histórico espaço, gerido pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Diretoria de Museus da Secretaria de Estado de Turismo e Cultura, completou cinco décadas neste sábado (30) com novidades e motivos para celebrar.

O Museu Casa Guimarães Rosa foi contemplado no edital “Resgatando História”, do governo federal, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e receberá recursos para recuperação da edificação. O contrato foi assinado no fim de fevereiro. Ao todo, são R$ 7 milhões para quatro museus em Minas Gerais: Museu Casa Guignard, em Ouro Preto, Museu Casa Alphonsus de Guimaraens, em Mariana, e Museu Mineiro, em Belo Horizonte, além do MCGR. Existe também um plano de expansão do Museu, que poderá ocupar o imóvel vizinho, transformado em uma espécie de centro de estudos da obra de Guimarães Rosa. O projeto está em fase de captação e busca patrocínios. Outra proposta em vista é a criação do ambiente digital do MCGR no metaverso, em sintonia com a perspectiva da museologia contemporânea.

O Museu Casa Guimarães Rosa está instalado na casa onde Guimarães Rosa nasceu e viveu os primeiros anos de sua infância, entre 1908 e 1917. O edifício é composto pela residência onde habitava a família do escritor e pela venda mantida pelo pai do autor de “Grande Sertão: Veredas”, “seu” Florduardo, ou simplesmente “seu Fulô”.

Em 272,77 metros quadrados e dez cômodos, documentos, fotografias e objetos do acervo do Museu refletem aspectos da vida pessoal de um dos maiores autores da literatura brasileira, além de sua atuação profissional como médico, escritor e funcionário do Ministério das Relações Exteriores. No Museu, onde o visitante poderá conhecer o universo mágico do sertão mineiro, há uma coleção de aproximadamente 200 peças e cerca de 1.200 documentos textuais, dentre os quais se destacam registros pessoais como certidões, correspondências, discursos e originais manuscritos ou datilografados.

Documentário, exposição e Semana Rosiana

Os 50 anos do Museu vão nortear a programação da tradicional Semana Rosiana, em Cordisburgo. O evento chega à sua 36ª edição e será realizado entre 7 e 14 de julho. A programação contará com palestras, mesas-redondas, exibição de documentários, apresentações musicais e teatrais, narrações do Grupo Miguilim e caminhada eco-literária. “Será uma Semana Rosiana muito especial. São 50 anos de um museu totalmente vivo, próximo ao público, à comunidade, com uma programação diversa, trabalhando várias linguagens. Com o museu, Cordisburgo entra na rota turística e recebe pessoas do Brasil inteiro e também de outros países”, destaca a Diretora de Museus da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Pollyanna Lacerda. Em 50 anos, o Museu recebeu mais de 656 mil visitantes – 30.852 em 2023 –, segundo dados da instituição.

Na esteira das comemorações, foi inaugurada, em meados deste mês, a exposição “Poty Lazzarotto nas artes em argilogravura: um passeio pela literatura de Guimarães Rosa a partir da arte em cerâmica”, do artista e educador Fábio Brasileiro. A mostra celebra o centenário de Poty, gravurista que criou as ilustrações para os principais livros do escritor mineiro entre os anos de 1956 e 1983, e passeia pela literatura de Rosa. As obras de Brasileiro exploram as metáforas do fogo, da luz e da iluminação presentes na literatura de João Guimarães Rosa e podem ser vistas até 28 de abril.

O curta-documentário “A Casa da Palavra”, em fase de produção e captação de recursos que viabilizem o projeto, é outra iniciativa que festeja o importante espaço em Cordisburgo. Para a produtora, roteirista e codiretora Marília Silveira, o filme conta “uma história inspiradora e poética de resistência, memória e paixão por uma obra e por um lugar”. “Buscamos registrar quantas histórias e estórias uma casa centenária pode nos contar e com que forças ela pôde resistir por tanto tempo nesta modernidade líquida em que estamos mergulhados. No filme, a casa onde nasceu João Guimarães Rosa é personagem protagonista e nos conta, com a ajuda de Brasinha, pesquisador e “embaixador do sertão rosiano”, as estórias que viu, viveu, ouviu e ecoam até hoje”, acrescenta Marília.

Fachada do MCGR Foto Ronaldo Alves DivulgaçãoO Museu Casa Guimarães Rosa está instalado na casa onde o escritor nasceu e viveu os primeiros anos de sua infância, entre 1908 e 1917 (Ronaldo Alves/Divulgação)

Brasinha, citado pela produtora, é José Osvaldo dos Santos. Ele tinha 22 anos quando o Museu Casa Guimarães Rosa foi inaugurado. Emocionado, Brasinha teve a sensação de que Guimarães Rosa estava voltando para sua Cordisburgo, para a casa onde passara a infância. “A casa perdura por todo esse tempo, está em pé, continua contando histórias. Será sempre a casa de Guimarães Rosa, um local histórico e turístico. Temos um carinho muito grande por ela”, comenta Brasinha, apaixonado pela obra rosiana, lida “de cabo a rabo” por ele.

Casa de Cordisburgo

Além de manter vivo o legado de Guimarães Rosa por meio de atividades que encontram linguagens variadas, da música à literatura, da contação de histórias às oficinas sobre patrimônio histórico, um aspecto que merece ser sublinhado é a relação que o Museu construiu com a população de Cordisburgo nesses 50 anos. Não importa a faixa etária: ali, todos se sentem em casa. “A relação do Museu com a cidade é a grande marca dessa trajetória de cinco décadas. A partir de 1996, quando a Dra. Calina Guimarães (prima de Guimarães Rosa) cria o Grupo Miguilim, isso ficou ainda mais forte”, afirma Ronaldo Alves. O coordenador do Museu Casa Guimarães Rosa destaca o vínculo do MCGR com as escolas e os grupos folclóricos e culturais de Cordisburgo. “O sucesso de um museu acontece se ele tem relação com a cidade, com a comunidade”, acrescenta.

Diretora da Escola Estadual Cláudio Pinheiro de Lima, Edilene Oliveira Bruno diz que o Museu é fundamental para que os projetos da instituição de ensino dêem certo. Nessa troca de conhecimento entre a escola e a histórica casa da avenida Padre João, número 744, um novo universo se descortina: “Os alunos, das crianças aos adultos, ficam encantados. Muitos nunca haviam tido a possibilidade de visitar um museu até entrarem ali. Mergulhamos na literatura de Guimarães Rosa e reconhecemos aquele espaço como uma casa literária nossa, tão importante para Cordisburgo”.

Leonidas lançamento livro CapitolioObra, que integra projeto patrocinado pela Cemig, apresenta mais de 40 rotas turísticas com riqueza de detalhes e linguagem adaptada a diferentes públicos; secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, participou da cerimônia de lançamento (Fotos Leo Bicalho/Secult)

Divulgar, promover e valorizar as cidades que margeiam os lagos de Furnas e Peixoto e a Serra da Canastra. Foi deste propósito que nasceu o livro “Furnas, Peixoto e Serra da Canastra – Patrimônios paisagísticos e culturais de Minas Gerais”, lançado nesta segunda-feira (10/6), em Capitólio, no Sul de Minas. Em 272 páginas, o livro aborda história, turismo, mapas e rotas geográficas de mais de 70 cidades que compõem as cinco Instâncias de Governança Regional (IGRs) presentes no território: Nascentes das Gerais e Canastra, Grutas e Mar de Minas, Lago de Furnas, Caminhos Gerais e Montanhas Cafeeiras de Minas. Presente na cerimônia, o vice-governador de Minas elogiou o livro e, principalmente, as atrações turísticas que são objeto da obra.“Acho que o livro não faz ainda justiça à maravilha que temos aqui, mas instiga porque, para conhecer essa maravilha, tem que experimentar”, brincou Professor Mateus.

A diversidade de circuitos no material também foi enfatizada pelo vice-governador. “Estamos falando de Furnas, do Peixoto da Canastra, quando tratamos esses três temas em conjunto, temos aqui um ciclo de alimentação virtuoso, que passa pela presença da culinária, turismo rural, a visita e a experiência do campo e da produção do nosso queijo, conhecimento das nossas belezas naturais na serra, nos cânions e às margens do lago", ressaltou. A obra integra o projeto “O Mar de Minas e a Serra da Canastra”, patrocinado pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) via Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, e é organizada pela ARTS Realizações.

Internacionalização de Minas Gerais

Mais de 40 rotas turísticas da região, espalhadas por 60 municípios, são descritas, com riqueza de detalhes, em um livro todo traduzido para o inglês. O resultado é a possibilidade de a obra contribuir para impulsionar a internacionalização do Destino Minas Gerais. “Quando nós fazemos isso, com toda a história, fotos, mapas e pensando no turismo, estamos fazendo nossa terra ser conhecida, e esse livro vai ser distribuído para todos os hotéis e pousadas, para que os hóspedes possam folhear e conhecer em seu tempo livre”, frisou o secretário de Estado de Cultura e Turismo (Secult), Leônidas de Oliveira, no evento de lançamento.

A publicação também está disponível para download gratuito, em versão para pessoas com deficiência visual, assim como o Guia Interativo, no site da ARTS Realizações (artsrealiza.com.br).

Vários turismos

A diversidade de atrativos contempla os amantes da natureza, com passeios como a “Rota ecológica caminho das cachoeiras”, que permite contemplar o vale do Rio Grande, e a “Rota da Serra do Cruzeiro”, em Pimenta, cujo trajeto conta com a Cachoeira da Quaresma e tem como destino final o Mirante do Cruzeiro, permitindo vislumbrar toda a região do Lago de Furnas. Já quem gosta de aventura pode conhecer mais sobre a “Rota Mar de Minas”, que engloba passeios náuticos e voos de balão e asa delta.

A cozinha mineira está contemplada em diversos circuitos. Na “Rota Café Cristina”, os visitantes entram em contato com todo o processo produtivo de cafés especiais, desde a lavoura, passando pela colheita, secagem, classificação e torra até a degustação. A “Rota Queijos e Sabores” também permite aos turistas desfrutarem das delícias da região. Queijarias certificadas, docerias, restaurantes e até o Mosteiro Cistercience, onde são produzidos licores especiais, estão na inclusos neste passeio de turismo de experiência.

A vocação de Minas Gerais para o turismo cultural também é evidente na região. Seguindo a “Rota das Sesmarias”, por exemplo, o turista pode revisitar a história da ocupação do Sul de Minas durante o Brasil Império. O livro também traz passeios, como o que parte da Fazenda Campo Redondo, que marca a fundação da Vila Formosa de Alfenas, em um percurso que permite ao visitante apreciar diversos atrativos gastronômicos e belas paisagens.

O “Caminho da Fé – Andradas” é opção de turismo religioso, pelo roteiro que segue o modelo do milenar Caminho de Santiago de Compostela, tendo como destino o Santuário Nacional de Aparecida. Dos 970 quilômetros do percurso, cerca de 500 quilômetros atravessam a Serra da Mantiqueira.

Mauro Werkema é um dos autores da obra, e ressaltou a grandeza do que pôde representar. “Sei da singularidade, da raridade das águas de Furnas e o que representam, e a região toda, um patrimônio fantástico de Minas Gerais, que esperamos divulgar mais com esse livro”, pontuou. Ele escreveu o material com Maria Elisa Ordones de Oliveira, Cláudia de Cássia Pessoa e Maria Olívia de Araújo. Vale destacar, ainda, a presença de nomes de representantes do Governo de Minas e da Cemig entre os autores dos textos de apresentação. É o caso do governador Romeu Zema e do secretário Leônidas de Oliveira, além do diretor-presidente da companhia energética, Reynaldo Passanezi Filho.

As fotos passaram pela consultoria de Cezar Félix, também editor da Revista Sagarana. A pesquisa iconográfica foi feita por Maria Elisa Ordones de Oliveira, Cláudia de Cássia Pessoa e Raphael Simões. Os infográficos são de Lilian Aline Machado e, a revisão, de Carlos Alberto Xavier de Vilhena. O responsável pela coordenação geral, coordenação editorial, projeto gráfico e diagramação é Raphael Simões.

Antes do lançamento, um café e um queijo

O lançamento do livro “Furnas, Peixoto e Serra da Canastra – Patrimônios paisagísticos e culturais de Minas Gerais” foi precedido de uma parada na Queijaria Quintal do Glória, em São João Batista do Glória. O vice-governador de Minas Gerais, professor Mateus Simões; o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira; o prefeito de São João Batista do Glória, Celso Henrique Ferreira; e o Gestor da IGR Nascentes das Gerais e Canastra, Kleyber Jorge da Silveira visitaram a queijaria que se destaca no cenário nacional e internacional.

As autoridades foram recebidas pelos donos do estabelecimento, Nilséia Vilela e Renato Vilela, casal que introduziu a produção de Queijo Canastra Artesanal no município em 2018. Com a iniciativa, São João Batista do Glória foi inserido no mapa do turismo de experiência relacionado ao queijo, ajudando no desenvolvimento econômico da cidade. Apesar do pouco tempo no ramo, a queijaria tem grande destaque na região. Foi a primeira da Serra da Canastra a ter registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF), do Ministério da Agricultura (MAPA) e, hoje, possuem uma medalha de prata no Mundial na França, duas de prata no 3° Mundial Internacional de Queijos no Brasil e três medalhas de prata e uma de bronze no Concurso do Prêmio Queijo Brasil. Atualmente, o Quintal do Glória produz 15 peças ao dia e vende, em média, 400 peças por mês, a maior parte para turistas.

Leonidas Mateus Simoes QueijariaVice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus Simões, e o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, visitam a Queijaria Quintal do Glória, São João Batista do Glória

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais informa que já estão disponíveis o cronograma de pagamento (acesse aqui) dos projetos classificados na Lei Paulo Gustavo em Minas Gerais e os dados referentes à distribuição das cotas previstas para os grupos sociais elencados nos editais. O material pode ser acessado no site da Secult (secult.mg.gov.br). Para esclarecimentos e a continuidade do diálogo com a sociedade, nesta quarta-feira (27/03), às 19h, a Secult realizou uma live em seu canal no YouTube (youtube.com/@culturaemminas). Veja como foi.

Sobre o cronograma, a liberação de todos os termos de fomento acontecerá até a próxima terça-feira (02/04). Após realizados os empenhos e os envios dos recibos assinados, até os dias 10 e 16 de abril, respectivamente, os pagamentos serão feitos até dia 25 de abril. Os detalhes estão em secult.mg.gov.br, na seção Lei Paulo Gustavo. Outra importante informação divulgada pela Secult é a apresentação dos gráficos de distribuição de cotas, trabalhados ao longo dos últimos dias. As cotas foram cumpridas e o índice de interiorização é relevante. Os dados vêm à público em formato de gráficos para melhor compreensão e visualização dos resultados da LPG.

A publicação da distribuição de cotas (acesse aqui o item Distribuição das Cotas)  tem como objetivo demonstrar de forma sintética qual a distribuição das propostas originadas de Belo Horizonte e do interior de Minas Gerais, com destaque para a distribuição e cumprimento das cotas. Esta publicação não implica em novo resultado da Lei Paulo Gustavo, trata-se de um esclarecimento por parte da Secult de forma visual de como foram distribuídas as cotas previstas em edital.

Descentralização

Ao todo, foram inscritos 5.403 projetos na Lei Paulo Gustavo em Minas Gerais, dos quais 3.416, número que corresponde a 63,2% do total, são de proponentes do interior do estado. Já sobre as propostas aprovadas na Lei Paulo Gustavo, 2.099 iniciativas foram contempladas pelo mecanismo. Deste número, 1.548 (ou 73,7%) são do interior do estado, o que reforça a democratização e a descentralização dos recursos, objetivo do Governo de Minas e da Secult.

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), abriu inscrições, até 5 de julho, do edital para formação da Comissão Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (Cefic). São 42 vagas de pareceristas técnicos da sociedade civil, destinadas a pessoas e entidades sem fins lucrativos com atuação na área cultural, prioritariamente em âmbito estadual.

Esta é a primeira formação da Cefic, instituída pela Lei Descentra Cultura com a missão de tornar mais eficiente a análise dos projetos culturais ou manifestações culturais tradicionais realizadas com os recursos do Fundo Estadual de Cultura (FEC) e do Incentivo Fiscal à Cultura, mais conhecida como Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Leic). Os selecionados vão se reunir periodicamente para discutir e avaliar as demandas apresentadas nos mecanismos de incentivo.

Além de representantes da sociedade civil atuantes nos segmentos culturais, a comissão é composta por estaduais, nomeados pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo, conforme o Capítulo IV, seção II do Decreto 48.819, de 2024.

Inscrições

Os interessados em compor a Cefic precisam se cadastrar por meio do formulário digital no site da Secult. A ficha ficará disponível das 00h00 desta terça-feira (11/06) até às 23h59 do dia 5 de julho. Podem se inscrever pessoas físicas, não vinculadas a instituições, que tenham atuação cultural comprovada de, no mínimo, três anos.

Entidades, sindicatos, instituições ou associações civis sem fins lucrativos também podem participar. Neste caso, é necessário que indiquem até três nomes de representantes, agrupados a partir de lista tríplice. Da mesma forma, essas pessoas precisam comprovar atuação na área cultural de pelo menos três anos.

Remuneração

A remuneração mensal varia entre 75 Ufemgs a 375 Ufemgs, de acordo com o volume de projetos que analisados individualmente pelos pareceristas membros da sociedade civil.

Em 2024, o valor da Ufemg, estabelecido pela Secretaria de Fazenda de Minas Gerais, é de R$ 5,2797. Assim, os futuros pareceristas poderão receber, aproximadamente, de R$ 395 a R$ 1.979 por mês.

Serviço
Período de inscrições: 00h00 de 11/06 a 23h59 de 5 de julho
Link de inscrição: aqui
Edital e outros documentos: aqui
Esclarecimentos e orientação técnica: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Exposição Oratórios Foto Renata Garbocci SecultMostra no Museu Mineiro exibe um conjunto de oratórios acondicionados na reserva técnica do museu, cujo valor estético impressiona pela riqueza de detalhes (Fotos Renata Garbocci/Secult)

 A partir desta quarta-feira (27), o Museu Mineiro joga luz em sua reserva técnica e apresenta ao público a exposição “Preciosidades do Acervo: Oratórios”. A mostra exibe, até 27 de abril, um conjunto de oratórios datados dos séculos XVII a XIX, cujo valor estético impressiona pela riqueza de detalhes, independentemente da fé professada pelos visitantes. “Preciosidades do Acervo: Oratórios” é mais do que uma exposição tradicional, é um programa expositivo que propõe trazer para deleite do público peças do acervo do Museu Mineiro que estão acondicionados na reserva técnica por diversas razões, sejam elas por escolhas curatoriais ou pelo estado de conservação.

“É sempre uma experiência gratificante para a equipe do museu poder expor objetos que estiveram guardados por algum tempo. Uma exposição é sempre uma oportunidade de trazer ao público parte do conhecimento e da experiência que estiveram restritas aos profissionais do museu ou a estudiosos do acervo”, diz Vinícius Duarte, historiador e coordenador do Museu Mineiro. “Preciosidades do Acervo: Oratórios” faz parte da programação do Minas Santa 2014, realizado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo.

Nesta exposição, os oratórios se projetam com o protagonismo que lhes é devido, apesar de serem considerados por alguns como mero complemento de imagens e conjuntos de arte sacra. A mostra se configura, de certa forma, como uma extensão da exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, estabelecendo um diálogo com a coleção de imaginária religiosa exposta na sala das colunas.

Oratórios centenários com diferentes formatos e finalidades

Os oratórios podem assumir diversos formatos em função da finalidade para os quais foram produzidos. Os oratórios de tipo maquineta se apresentam sob a forma de caixas retangulares lisas ou chanfradas, produzidos em madeira e vidro, e decorados externamente com elementos curvilíneos e rocalhas. O interior desses oratórios é geralmente policromado e pode apresentar subdivisões em níveis: na base, apresentam uma cena da natividade ou presépio e, na parte superior, a representação do calvário. Em alguns casos, trazem ainda imagens dos santos de devoção pessoal de seus antigos proprietários. Há, ainda, o oratório de salão, espécie de móvel desenvolvido para ser colocado sobre uma mesa, prestando-se a atender às demandas de devoção familiar. São oratórios de grandes proporções que se assemelham a retábulos, podendo apresentar um sacrário e nichos para a inserção de santos.

Nesta exposição, a equipe curatorial formada por Vinícius Duarte, Saulo Marques e Deise Silveira, funcionários e pesquisadores do acervo do museu, optou por não inserir santos nos nichos dos oratórios de salão. A proposta é possibilitar a apreciação do oratório per se, incitando os visitantes a observarem detalhes da confecção destes objetos, tanto da fatura da madeira quanto da policromia que apresentam em seu interior ou externamente.

A reserva técnica de um museu: finalidades e desafios

A reserva técnica do Museu Mineiro reúne centenas de objetos de diferentes tipologias: pinturas, gravuras, desenhos, medalhas, moedas, esculturas, móveis, objetos de uso pessoal, achados arqueológicos e uma infinidade de outras peças. Muitos destes objetos já estiveram expostos em outras circunstâncias, tanto no Museu Mineiro quanto em outras instituições congêneres do Brasil e do exterior que, vez por outra, solicitam peças para compor exposições temáticas em suas galerias. O fato de um objeto do acervo não estar exposto não quer dizer, em definitivo, que ele não tenha valor histórico, artístico ou cultural. Pelo contrário, muitas vezes, objetos excessivamente preciosos ou delicados podem não figurar numa mostra justamente por exigir, por exemplo, equipamentos que reproduzem condições climáticas e de luminosidade muito diferentes daquelas do ambiente natural.

Exposição Oratórios Foto Renata Garbocci Secult 3

“Várias razões levam esses objetos a não estarem em exposições de longa duração: seu estado de conservação, a falta de espaços expositivos suficientes para expor todo o acervo, o fato de não terem sido selecionados pela curadoria para compor a mostra ou o fato de não dialogarem diretamente com esta ou aquela proposta expositiva, por exemplo”, explica Vinícius Duarte.

Conheça o Museu Mineiro

Inaugurado em 1982, o Museu Mineiro reúne em seu acervo um conjunto bastante diversificado de objetos referentes à história e à produção cultural e artística mineiras. Nas salas de exposição são exibidas obras de artistas consagrados, tais como Manoel da Costa Ataíde, Yara Tupynambá, Amílcarde Castro, Jeanne Milde, Inimá de Paula, Lótus Lobo, Celso Renato, Sara Ávila, Guignard, Maria Helena Andrés e Di Cavalcanti, entre outros.

Atualmente, o Museu exibe a exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer uma vasta coleção de arte sacra, datada dos séculos XVIII e XIX, além de preciosidades do acervo, como a bandeira da Inconfidência Mineira, os manuscritos originais da obra “Tutaméia” de Guimarães Rosa, o retrato de Aleijadinho e a coleção de santos de devoção popular.

Serviço

O quê: Exposição “Preciosidades do acervo: Oratórios”

Quando: De 27 de março a 27 de abril de 2024

Onde: Sala das Sessões do Museu Mineiro Endereço (Av. João Pinheiro, 342 – Funcionários)

Horário de funcionamento: terça a Sexta, das 12h às 19h; sábados e domingos, das 11h às 17h