Durante reuniões extraordinárias, ações do programa Minas pra Minas foram apresentadas pelo secretário Leônidas Oliveira ao CET e Lei Aldir Blanc foi tema da reunião do Consec
Fortemente afetados pela pandemia, os setores da cultura e turismo discutem sobre a retomada das atividades e seus desdobramentos. Essa tem sido a pauta frequente das reuniões da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) com o Conselho Estadual de Turismo (CET) e o Conselho Estadual de Política Cultural (Consec), dois órgãos fundamentais na elaboração e a implantação das políticas públicas, que representam diversos segmentos da sociedade civil.
Os desdobramentos do Minas pra Minas, programa de retomada gradual e segura das atividades turísticas em Minas Gerais da Secult, foram discutidos em reunião extraordinária do Conselho Estadual de Turismo (CET) nesta terça-feira (22/9). Convocado pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo e também presidente do CET, Leônidas Oliveira, o encontro aconteceu por videoconferência e contou com a presença de cerca de 60 conselheiros e membros da equipe Secult. Oliveira apresentou aos participantes as estratégias mais recentes adotadas para o retorno gradativo e consciente do turismo no estado e falou sobre projetos como o Luz no Patrimônio, que será lançado em breve pela pasta com o objetivo de instalar redes subterrâneas de distribuição de energia para iluminação pública e monumental em núcleos urbanos e históricos de 35 municípios mineiros.
Além disso, o secretário comentou sobre segmentos considerados estratégicos para impulsionar, no estado, a economia criativa, da qual o turismo é protagonista. “Dentro do Minas pra Minas teremos muitas ações em transversalidade com a cultura, entre elas estão ‘Luz no Patrimônio’, voltada para requalificação da paisagem urbana e iluminação cênica do patrimônio, e ‘Telas da História’, com foco no fomento à produção audiovisual para promoção turística do estado no Brasil e no mundo. Além disso, muitas estratégias serão voltadas para o turismo rural, de natureza e de aventuras, que despontam no estado como tendências em um cenário ainda impactado pela pandemia, por oferecerem maior garantia de segurança sanitária e atividades ao ar livre para quem quer sair de casa. Sem esquecer, é claro, do turismo cultural, religioso, da Estrada Real, das potências hidrominerais do estado, do importante complexo de lagos, e do incentivo às diversas experiências que a cozinha mineira pode proporcionar aos nossos visitantes. Em qual outro estado é possível descansar em uma casa de campo, localizada em uma comunidade rural tradicional com uma rica culinária a seu favor? Minas Gerais tem tudo que o turista precisa nesses novos tempos”, pontuou Oliveira.
Durante a videoconferência foi informado, também, que o convênio com o Ministério do Turismo que prevê o investimento de R$ 3 milhões para publicidade do Minas pra Minas está em fase de finalização, além de ter o aporte de mais R$ 1,5 milhão do Governo do Estado de Minas Gerais. “No plano de mídia de divulgação do Minas pra Minas nós contemplamos todas as cadeias produtivas do turismo e da cultura. Procuramos pensar, sobretudo, nas rádios, que têm grande relevância no interior do estado”, explicou Leônidas Oliveira.
Aos conselheiros, o secretário e presidente do CET pediu a força tarefa na missão de promover Minas Gerais como um destino turístico seguro e confiável e com potencialidades turísticas para todos os gostos.
O vice-presidente do CET, Jair Aguiar, avaliou como positiva a reunião extraordinária do Conselho. “Tivemos boas discussões neste encontro online para o retorno consciente do turismo em Minas Gerais. O programa Minas pra Minas é muito promissor, e a junção de ações de cultura e turismo para serem desenvolvidas em conjunto e em prol da economia criativa é um bom caminho para sair da situação de dificuldade em que muitas empresas e prestadores de serviços turísticos se encontram”, comentou.
Também foram pautas da reunião extraordinária a programação das comemorações dos 300 anos de Minas Gerais entre dezembro de 2020 e julho de 2021, a aplicação da Lei Aldir Blanc no estado e a operação do Fundo Setorial do Audiovisual, da Agência Nacional de Cinema (Ancine), pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Outras deliberações pontuais do CET também foram conduzidas na oportunidade. A próxima reunião do Conselho está prevista para outubro de 2020.
Lei Aldir Blanc em Minas: construção coletiva com Consec
Na recente reunião extraordinária do Conselho Estadual de Política Cultural (Consec), realizada em 14/9 a pauta principal foi a implementação da Lei Aldir Blanc em Minas Gerais e as próximas etapas. O diretor de Economia Criativa da Secult, José Oliveira Junior, detalhou o plano de ação de Minas Gerais, aprovado em 4 de setembro que cria ações e estratégias para facilitar o acesso dos artistas, técnicos e organizações do setor cultural aos recursos.
Os recursos destinados à operacionalização da Lei Aldir Blanc pelo governo de Minas Gerais foram disponibilizados para a Secult em 16 de setembro. Ao todo para o estado são R$ 295.9 milhões. Desse valor, R$ 135,7 milhões já estão foram liberados para execução pela Secult. Outros R$ 160,2 milhões serão destinados aos municípios.
O Consec juntamente com o Fórum Permanente de Cultura, Fórum de Gestores Municipais, Fórum de Conselhos Municipais e demais participantes da Comissão Executiva e sociedade civil estão em mutirão construindo os editais da Secult e suas vinculadas: Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, Fundação Clóvis Salgado, Fundação de Artes de Ouro Preto e Empresa Mineira de Comunicação. A próxima reunião extraordinária do Consec está marcada para a próxima segunda feira, 28/9.