
A Fundação Clóvis Salgado, por meio do Cine Humberto Mauro, dá continuidade à mostra permanente Sessão Cinema e Psicanálise, resultado de uma parceria com a Escola Brasileira de Psicanálise. Em sua quarta sessão, será exibida a comédia dramática Blue Jasmine (2013), do aclamado diretor estadunidense Woody Allen e que rendeu à Cate Blanchett o Oscar de Melhor Atriz.
O filme será comentado por Antônio Teixeira, psiquiatra, psicanalista, membro da EBP/AMP, Mestre em Filosofia Contemporânea pela UFMG, Doutor em Psicanálise pela UFMG, e professor associado da FAFICH/UFMG. Junto ao público, Antônio Teixeira abordará questões psicanalíticas presentes ao longo do filme.
A narrativa de Blue Jasmine traz Blanchett no papel de Jasmine Francis, uma socialite de Nova York que vai morar com sua irmã Ginger num apartamento modesto em São Francisco, após ver sua vida desmoronar e sofrer um colapso nervoso. Tendo de aprender a se sustentar e se acostumar à vida sem luxos e à convivência com Ginger, Jasmine entra num processo de auto-descobrimento. Ao longo do filme, por meio de flashbacks, vemos as razões que levaram ao seu colapso e os efeitos no seu estado emocional e mental.
Blue Jasmine trata das consequências de desviar os olhos da realidade e a verdade que não querem ver. O frágil estado psicológico da protagonista é um dos temas mais abordados na história – Jasmine chega a São Francisco já dependente de álcool e antidepressivos e constantemente falando sozinha. Presa à crença de que seu valor é definido pela maneira como os outros a veem, a personagem se mostra a razão de sua própria queda.
Cinema e Psicanálise - Contemporâneos em seu nascimento, o cinema e a psicanálise se encontram primeiramente na dimensão do sonho. O pensamento transformado em imagens no sonho faz de cada sonhador o diretor de um filme que ele mesmo não compreende e precisa decifrar. O cinema, por sua vez é uma espécie de sonho coletivo que impregna de imagens e mensagens o psiquismo do espectador.
Psicanálise e cinema trabalham, cada um a seu modo, com a verdade em sua estrutura de ficção na construção de suas narrativas. Para Lacan, a tela de cinema seria “o revelador mais sensível” que permite mostrar, a um olhar oblíquo, marcas do que é assunto intocável para cada um. “Assim como a escuta psicanalítica nos conduz a observar fenômenos normalmente desapercebidos, tais como os atos falhos, os lapsos, os erros de memória ou mesmo um chiste, o cinema desperta um modo particular de percepção ao destacar, graças ao grande plano e à câmara lenta, elementos ocultos ao olhar imerso no fluxo contínuo do cotidiano”, explica Bruno Hilário, coordenador de cinema da Fundação Clóvis Salgado.
SERVIÇO
Sessão Cinema e Psicanálise – Blue Jasmine
Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes- Av. Afonso Pena, 1537
Dia: 14 de julho (sexta-feira)
Horário: 19h30
Entrada gratuita, com retirada de ingressos 30 min antes de cada sessão
Informações para o público: (31) 3236-7400
Informações para a imprensa:
Júnia Alvarenga l (31) 3236-7419 l (31) 98408-7084 l Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Gabriela Rosa l (31) 3236-7378 l (31) 98409-1424 l Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Vítor Cruz | (31) 3236-7378 | (31) 99317-8845 | Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.