Durante o 1º Seminário sobre Desenvolvimento Econômico através do Turismo, Minas Gerais apresentou a cozinha como território cultural, vetor de pertencimento e chave para o desenvolvimento sustentável (Foto Secult-MG)
Minas Gerais, onde o sabor é memória e a mesa é altar da cultura, mais uma vez afirmou seu protagonismo ao colocar a cozinha mineira no centro das estratégias de promoção turística. No dia 4 de junho, durante o 1º Seminário sobre Desenvolvimento Econômico através do Turismo, realizado em Poços de Caldas, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) compartilhou suas diretrizes para o fortalecimento da gastronomia como ativo identitário e econômico.
Representando a Secult-MG, o superintendente de Marketing Turístico, Thiago Ferreira, apresentou a palestra “A cozinha como centro na promoção turística de Minas Gerais”, revelando como o Estado tem reposicionado sua culinária não apenas como atrativo, mas como expressão viva do território, do afeto e da tradição.
“A cozinha mineira é chão, é tempo, é casa. É memória e também futuro. Por isso, ela ocupa o centro da nossa política de promoção turística — está presente nos estandes mundo afora, nas redes que conectam afetos, e nas rotas que unem saberes e sabores. Minas se apresenta ao mundo pelo caminho do paladar, pelo gesto generoso de pôr a mesa”, afirmou Ferreira.
A abordagem foi apresentada como uma das estratégias mais consistentes da Secult-MG para consolidar Minas como destino autêntico, plural e perene, em todas as estações do ano.
Poços de Caldas na rota da cozinha mineira
O seminário, promovido pela Prefeitura de Poços de Caldas, por meio da Secretaria Municipal de Turismo, em parceria com o Sebrae e o Circuito Turístico Caminhos Gerais, reuniu gestores públicos, especialistas, empreendedores e entidades do setor. Entre os temas discutidos estavam o desenvolvimento territorial, place branding, concessões de atrativos e rotas temáticas, além do lançamento oficial do projeto “Mesa de Minas – Poços de Caldas”, que integra o município ao movimento estadual de valorização da cozinha como patrimônio cultural imaterial.
O prefeito Paulo Ney de Castro Júnior destacou o significado simbólico e prático do momento vivido pelo município: “Este é um marco para a cidade. Foram anos de trabalho até alcançarmos um novo patamar de profissionalização do turismo. Agora, com iniciativas como o Mesa de Minas, Poços reafirma sua identidade e se projeta como destino que encanta pelo sabor, pela história e pelo acolhimento. O turismo transforma — movimenta a economia, valoriza a cultura e conecta o passado ao futuro”.
Mesa de Minas: Águas que curam, mesas que encantam
O projeto “Mesa de Minas – Poços de Caldas” nasce com a proposta de posicionar o município como referência nacional em turismo gastronômico. Sob o lema “Águas que curam, mesas que encantam”, a iniciativa propõe a integração entre poder público, restaurantes, produtores, setor hoteleiro e instituições de ensino para fazer da cozinha um instrumento de desenvolvimento, qualificação e geração de renda.
A proposta inclui certificação de estabelecimentos, criação de rotas gastronômicas, oficinas de formação em cozinha mineira contemporânea, um passaporte turístico temático e o Festival Mesa de Minas. Restaurantes participantes serão identificados com sinalização exclusiva e pratos típicos receberão a bandeira de Minas Gerais nos cardápios.
Com iniciativas como essa, Minas reafirma: a cultura não é adorno, é alicerce. E a cozinha, mais do que um atrativo, é caminho de afeto, pertencimento e prosperidade.
Ao integrar Poços de Caldas ao Mesa de Minas, o Governo de Minas reitera seu compromisso com uma política turística que respeita o tempo do território, valoriza os saberes locais e transforma a tradição em horizonte de futuro. A mesa mineira é, antes de tudo, lugar de encontro — entre gerações, entre regiões, entre visitantes e anfitriões.
Poços de Caldas, com suas águas que curam e mesas que encantam, mostra que o turismo não se faz apenas com infraestrutura, mas com alma, comunidade e sentido de lugar. Cada receita, cada ingrediente, cada história contada ao redor de um fogão aceso é uma forma de Minas dizer ao mundo: aqui se vive com sabor, se acolhe com coração e se promove desenvolvimento com raízes e visão.
Nesse movimento, o turismo não apenas gera renda — ele devolve dignidade, celebra a identidade e alimenta o que temos de mais essencial: o pertencimento.