“Antes de Mim, Falaram os Meus Ancestrais” reúne produções de artistas indígenas e não indígenas inspiradas nas vivências e memórias das famílias Pataxó Ha Hã Hãe em Minas Gerais (Foto Tunay Xavier)
O Centro de Arte Popular, em Belo Horizonte, inaugura nesta quinta-feira, 22 de maio, a exposição “Antes de Mim, Falaram os Meus Ancestrais”, que convida o público a mergulhar na potência estética e simbólica das culturas indígenas contemporâneas. Com entrada gratuita, a mostra apresenta mais de 20 obras criadas por seis artistas mineiros — Cacique Paulino Aranã, João Aranã Moreira Índio (João Índio), Márcia Martins, Marlene Aranã, Mônica Mendes e Tânia Caçador — por meio de técnicas diversas como pintura a óleo, aquarela, lápis de cera, técnica mista e instalações.
A mostra é fruto de um projeto que buscou ouvir as vozes das famílias indígenas Pataxó Ha Hã Hãe que engloba diversas etnias: Aranã, Maxacali, Kamakã, Tupinambá, Kariri-Sapuyá, Gueren, que vivem nos municípios de Esmeraldas e Juatuba, com o objetivo de tornar visível para o público em geral onde vivem essas famílias, como trabalham, como mantém suas tradições culturais mesmo distantes de suas terras, como dialogam com a comunidade de não indígenas do entorno, o que produzem artisticamente, como se veem e qual a sua cosmovisão.
Aglutinar diferentes percepções dos saberes/fazeres indígenas para os não-indígenas, foi um exercício criativo árduo, mas enriquecedor e urdiu: o poder das ervas curativas, as pinturas corporais e os voos dos pássaros, como exuberâncias temáticas jorradas dos ventres das artistas Márcia Martins, Mônica Mendes e Tânia Caçador, interconectadas como em um ritual de passagem.
A exposição “Antes de Mim, Falaram os Meus Ancestrais” segue em cartaz até o dia 29 de junho de 2025, no Centro de Arte Popular, com visitação gratuita.
SOBRE OS ARTISTAS:
Cacique Paulinho Aranã - artista visual nascido em Araçuaí no Vale do Jequitinhonha/MG, homeopata formado pela Universidade Federal de Viçosa/MG, tem participado de Feiras culturais.
João Aranã Moreira Índio (João Índio) - artista visual, nascido em Araçuaí, Vale do Jequitinhonha/MG, tem participado de feiras e eventos culturais.
Márcia Martins - artista visual, natural de Belo Horizonte, bacharel em Artes Plásticas pela Escola Guignard/UEMG. Participa de feiras e exposições coletivas. Atualmente, participa do ateliê do Jambreiro, sob a coordenação de Abílio Abdo.
Marlene Aranã - artista visual indígena, natural de Coronel Murta no Vale do Jequitinhonha/MG, tem participado de feiras e eventos culturais.
Mônica Mendes - artista visual, natural de Belo Horizonte, obteve seu título de Master Degree of Fine Arts em Painting, em 2016, pela Academy of Art University,em São Francisco, EUA. É cofundadora do projeto social sem fundos lucrativos, Atelier Without Borders, em Miami. Tem participado de Feiras e exposições de artes.
Tânia Caçador - artista visual, natural de São João Nepomuceno/MG, atualmente vive em Belo Horizonte. É formada em Artes Plásticas pela Escola Guignard/UEMG e em Jornalismo pela Faculdade Estácio de Sá/BH. Integra o Atelier do Jambreiro sob a coordenação de Abílio Abdo desde 2007, tendo participado de diversas Feiras e exposições coletivas.
Orange Matos Feitosa - curadora, natural de Manaus/Am, doutora em História social pela Universidade de São Paulo, atuou como Gestora Cultural e Curadora de Artes na Galeria Labyrinthus, em Belo Horizonte. Dedica-se a Pesquisa em História dos povos originários do Brasil, em Curadoria de Artes e História da Arte.
SERVIÇO:
Exposição ”Antes de mim, falaram os meus ancestrais”
Curadoria: Orange Matos Feitosa
Abertura: 22 de maio de 2025, às 10h
Período de visitação: até 29 de junho de 2025
Horário de visitação: 3ª a 6ª: das 12h às 18h30; sáb., dom., e feriados: das 11h às 17h
Local: Centro de Arte Popular (Rua Gonçalves Dias, 1.608 – B. Lourdes)