A equipe da revista de bordo da Azul Linhas Aéreas veio a Minas Gerais conhecer de perto os atrativos que têm colocado o estado entre os principais destinos culturais e turísticos do país. Durante quatro dias, entre 8 e 11 de maio, a jornalista e turismóloga da Azul, Aline Bernardes e o fotógrafo Ariel Martini, percorreram cidades, apreciaram o rico patrimônio cultural, a comida mineira e as belezas naturais do estado.
Eles visitaram os principais pontos turísticos de Congonhas, Tiradentes e Bichinho, além de São João Del Rei, Ouro Preto e Mariana. A dupla foi recepcionada por técnicos da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) e das Instâncias de Governança Regionais em todo o percurso.
O resultado dessa experiência será apresentado na edição de junho da publicação. Serão 60.000 exemplares impressos da revista de bordo, distribuídos gratuitamente para todos que embarcarem nos aviões da companhia em viagens nacionais e internacionais.
Roteiro
A primeira parada foi em Congonhas, em visita guiada ao Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, considerado uma das obras-primas do barroco mundial. O guia local explicou todo o processo de sua concepção e construção, iniciado em 1757, pelo minerador português Manoel Feliciano. Ao se curar de doença grave, Manoel iniciou a construção de um santuário em devoção ao Bom Jesus de Matozinhos para pagar promessa.
Na finalização da obra, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, foi contratado para talhar 66 imagens em madeira de cedro com figuras da paixão de cristo e os 12 profetas da Bíblia em pedra-sabão (há teorias que os 12 profetas seriam retratos dos Inconfidentes Mineiros). Em 1819 o Mestre Ataíde foi contratado para restaurar a pintura da capela-mor e a pintura das cenas da Paixão de Cristo nas 6 capelas dos passos. Com paisagismo de Burle Marx, em 1985 todo o complexo do Santuário foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO.
A visita seguinte foi à Tiradentes, onde a equipe fez um passeio noturno para conhecer as lendas, “causos” e mistérios que cercam a cidade. O segundo dia foi dedicado a visitar os principais pontos turísticos de Tiradentes e, na sequência, dois ateliês de arte em Bichinho, distrito de Prados que fica bem pertinho. Ainda nesse dia a equipe fez um Walking Tour em São João Del Rei, acompanhada por guia local.
Ouro Preto e Mariana ficaram para o fim, como a cereja do bolo. A visita à Mina do Chico Rei recriou a atmosfera do Brasil Colonial e deu o tom para o restante da viagem, que transbordou de história e tradição. A mina fica nos fundos do quintal de uma propriedade particular, do Sr. Toninho. Personagem de Ouro Preto que encanta os visitantes com a história do Chico Rei, um escravizado que conquistou sua alforria e tornou-se rico, além de ter sido o único negro que possuiu uma mina de ouro nos tempos coloniais.
Ouro Preto foi a primeira cidade brasileira a receber o título de Patrimônio Cultural da Humanidade (Unesco,1980) devido a importância de seu acervo arquitetônico e artístico. Grandes artistas do período colonial possuem obras espalhadas por toda a cidade como Manoel da Costa Athaíde e Aleijadinho, por exemplo.
De Ouro Preto à Mariana são apenas 30 minutos de viagem, tempo suficiente para refrescar a cabeça e se preparar para mais uma avalanche de história de Minas Gerais e do Brasil. A visita à Mina da Passagem, a maior mina de ouro aberta à visitação do mundo, trouxe à tona o período do ciclo do ouro. Lá o grupo teve acesso a algumas memórias, como a do Capitão Jack, inglês que capitaneou os trabalhos na Mina e morreu em 1880, mas dizem que seu coração ficou por lá, com sua amada esposa.
Em City Tour pelo centro histórico de Mariana foi possível reconhecer a importância e riqueza do município que foi a primeira vila, cidade e capital do estado de Minas Gerais. A Catedral de Nossa Senhora de Assunção que abriga o único exemplar do órgão Arp Schnitger fora da Europa, datado de 1701, impressiona pela beleza e tamanho. A Praça Minas Gerais, a Igreja Nossa Senhora do Carmo, Igreja São Francisco de Assis (visitação externa), Igreja São Pedro dos Clérigos foram outros pontos de destaque.
A visita foi finalizada com o retorno a Ouro Preto. No dia seguinte, a equipe da Azul conheceu as igrejas de São Francisco de Assis e a Basílica Matriz de Nossa Senhora do Pilar. Duas maravilhas da cidade que não poderiam ficar de fora do roteiro.
A rua Conde de Bobadela, ou Direita, como é mais conhecida na região, foi o último atrativo da viagem. A rua foi considerada uma das mais inesquecíveis do mundo, ao lado de avenidas famosas da Itália, Alemanha e Estados Unidos, segundo levantamento realizado pelo site “Booking.com”. Para o orgulho dos mineiros, Ouro Preto é a única cidade do Brasil a ser mencionada nessa lista.
Foto: Divulgação/Secult