Secretaria de Cultura e Turismo criou mais de 108 mil empregos no último ano, superando meta de 2021.Realizações foram apresentadas na ALMG
A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) superou a meta de criação de emprego em 2022. A pasta, que no ano passado havia estabelecido como objetivo gerar 100 mil empregos em um ano após o lançamento do Programa Reviva Turismo, conseguiu atingir 108 mil postos de trabalho, em tempo recorde até setembro deste ano.
Este foi um dos dados apresentados no relatório do 2º ciclo do Assembleia Fiscaliza, entregue à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nessa segunda-feira (12). Criado em 2019, o programa estabelece que os dirigentes do Executivo estadual prestem contas sobre sua gestão ao parlamento mineiro.
Outra meta alcançada pela Secult foi a de colocar Minas Gerais no 2º lugar do ranking de cidades mais visitadas no Brasil, de acordo com dados do IBGE, que aponta ainda que o Estado cresce o dobro da média nacional no setor de Turismo. Junto com a criação de 100 mil empregos, a proposta estava no escopo do programa Reviva Turismo, lançado no final da pandemia justamente para retomar o setor.
“As pessoas vêm pela cozinha mineira, pelo queijo, vêm pelo nosso patrimônio histórico, e também pela nossa natureza pujante, com milhares de cachoeiras. Mas em tudo isso está entremeada a mineiridade. O modo de receber de nós mineiros fez com que a gente esteja, de acordo com a plataforma Booking, entre as regiões mais acolhedoras do planeta”, afirma o secretário Leônidas Oliveira.
Foto: Léo Bicalho
O Estado atualmente apresenta o maior número de municípios turísticos do Brasil. Com 596 cidades cadastradas, Minas possui o dobro de destinos turísticos de toda a região Sul do país. O cadastro de prestadores de serviços no Cadastrur bateu recorde em 2022, registrando 11.145 inscrições.
Parte importante dos esforços da secretaria estão no Descentra Cultura, projeto que visa descentralizar a Cultura em Minas Gerais, levando investimentos a mais municípios e estimulando, assim, a geração de emprego e renda.
O documento apresentado na Assembleia revela também que, de janeiro a novembro, foram investidos a R$ 212 milhões, sendo R$ 129,4 milhões foram empenhados do próprio cofre, enquanto 82,6 milhões foram captados por meio de leis de fomento.
“Chegamos a números interessantes, porque hoje saímos de 95% da Lei de Incentivo concentrada em Belo Horizonte a 60%. Ou seja, houve uma distribuição melhor de recursos, sobretudo no que tange ao Fundo Estadual de Cultura”, disse o secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, no evento Assembleia Fiscaliza.
2º destino mais procurado no Brasil
O sucesso não foi conseguido sem investimentos. “Tivemos o edital Reviva Turismo com R$ 10 milhões para promoção, e ainda o edital Mineiridade neste último semestre, disponibilizando R$ 5 milhões no Turismo. São várias ações, mas é importante destacar a parceria com o trade turístico, com a iniciativa privada, e com a Assembleia Legislativa, que nos deu suporte para uma retomada segura”, destacou o secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais.
Cozinha Mineira
O excelente desempenho do Estado no Turismo não seria o mesmo sem a cozinha mineira. Segundo os dados da pesquisa de demanda turística, divulgados pela Secretaria em 25 de novembro, a comida daqui é o principal atrativo para 22% dos visitantes que vêm a passeio. Não por acaso, diversos editais em 2022 fomentaram festivais gastronômicos por todo o Estado.
E o queijo mineiro, é claro, é um protagonista da gastronomia local. Por isso, os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal é candidato a patrimônio imaterial da humanidade pela Unesco. Uma comitiva composta pela Secult, Seapa, Iepha, Iphan e produtores de queijo foi até o Comitê Intergovernamental para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, em Rabat, no Marrocos, para mostrar a iguaria para o mundo.
“A cozinha mineira é um fator de pertencimento, que significa a cozinha como elo de ligação. Além do valor identitário, a cozinha mineira traz o fomento de toda uma indústria, desde a agricultura familiar até os botecos”, lembrou Leônidas Oliveira.
Parceria com a Assembleia
Ao prestar contas de sua gestão à ALMG, Leônidas Oliveira fez questão de lembrar que a Casa Legislativa é fundamental para que os projetos de executivo aconteçam. “Foram várias vezes que as comissões de Gastronomia e Turismo e de Cultura se reuniram para debater. E esses debates não ficam no vazio, porque são os debates que acontecem aqui, as leis criadas aqui, que chegam ao governo e balizam a nossa ação.”
O secretário contou que, para o próximo ano, sua maior expectativa em relação à Casa é a aprovação da comissão de Gastronomia e Turismo como permanente e a aprovação do Projeto de Lei que cria o Descentra Cultura. “Com esses dois projetos aprovados, acho que vamos caminhar muito”, finalizou.