Premiação realizada pelo BDMG Cultural elege o álbum "Retumbante", do cantor e compositor de Barbacena, como melhor trabalho de canção autoral
Na última sexta-feira, 29 de abril, o BDMG Cultural anunciou o resultado do Prêmio Flávio Henrique 2022, elegendo o álbum "Retumbante", do cantor, compositor e diretor musical Pablo Bertola, como melhor álbum de canção autoral. Lançado em 2021, o trabalho apresenta 14 canções com ritmos brasileiros e mineiros, de vários períodos do artista, que já haviam sido apresentadas ao público em shows ou espetáculos de teatro, mas que nunca haviam sido gravadas.
A comissão de seleção para o Prêmio Flávio Henrique 2022 foi formada pelo músico Alfredo Del-Penho, pela curadora de projetos musicais Michelly Mury e pela jornalista e radialista Patricia Palumbo.
"A excelência da música em Minas sempre me surpreende. Autores, intérpretes, instrumentistas inacreditáveis. Nessa seleção tivemos lindas surpresas e descobertas, além da afirmação de talentos já conhecidos. Nossa escolha foi unânime, ainda que difícil pela exigência de um nome só. Pablo Bertola apresentou um trabalho maduro de lindas canções, belos arranjos e está cantando muito bem, fiquei feliz com esse resultado", destaca a jornalista Patricia Palumbo.
Criado em 2018, o Prêmio Flávio Henrique dedica-se a reconhecer a produção e a pesquisa em torno da canção independente feita em Minas Gerais. A premiação homenageia o artista mineiro Flávio Henrique (1968 - 2018), no intuito de preservar a sua inquietação artística e a sua dedicação à música. O vencedor do edital recebe um prêmio no valor de R$ 10 mil.
"É uma alegria e uma honra ter meu trabalho de compositor e intérprete reconhecido por uma instituição como o BDMG Cultural, principalmente, quando se tem um júri técnico tão capacitado como a Patrícia Palumbo, Michelly Mury e Alfredo del Penho, que são profissionais pelos quais eu tenho um profundo respeito e admiração. Outro ponto muito importante é conseguir mostrar que um trabalho gravado e produzido no interior, por artistas majoritariamente do interior, possa ter qualidade técnica equiparada aos trabalhos produzidos nos grandes centros", comemora Pablo Bertola.
O álbum "Retumbante" foi produzido em Barbacena, durante a pandemia, pelo próprio artista em parceria com o baixista Marcos Paiva. Todas as músicas são de autoria de Pablo Bertola com vários parceiros, como os letristas Lido Loschi, Júlia Medeiros, Érica Elke e Hugo Guedes e os músicos Leandro Aguiar e Pitágoras Silveira. Gravado no estúdio da Bituca - Universidade de Música Popular, o trabalho conta com Ciro Belluci no violão e flauta, Gladston Vieira na bateria, Marcos Paiva no baixo e Pitágoras Silveira no piano. Além disso, o disco tem as participações especiais de Mônica Salmaso, interpretando a valsa "PAR", de Pablo Bertola e Lido Loschi - que foi composta originalmente para o espetáculo do grupo Ponto de Partida -, de Toninho Ferragutti na sanfona, Caetano Brasil no clarinete e clarone, Marco Lobo na percussão, Everson Moraes nos trombones e Jorge Helder no baixo. (Ouça o álbum)
Sobre Pablo Bertola
É ator do Grupo Ponto de Partida desde 1990, quando tinha apenas 5 anos. Como ator já participou de mais de 20 espetáculos. Como músico, Pablo Bertola é formado pela Bituca - Universidade de Música Popular em violão, com Gilvan de Oliveira; em canto com Babaya; e em harmonia e arranjo com Ian Guest. Em 2002, participou do CD Pietá, de Milton Nascimento. Desde 2012, Pablo é gestor e diretor musical dos grupos Ponto de Partida e Meninos de Araçuaí. Em 2005, o artista lançou “O Menino e o Poeta”, seu primeiro trabalho solo, com 20 músicas autorais inéditas, com direção musical e arranjos
Imagem: Lorena Din