Nos dias 16 e 17 de setembro, às 20h30, na Sala Minas Gerais, o maestro convidado Roberto Minczuk introduz a rica Serenata nº 1 de Brahms, executada pela primeira vez pela Filarmônica de Minas Gerais. Dois dos mais talentosos músicos da Orquestra, os violoncelistas Robson Fonseca e Lucas Barros exploram a instigante obra Duplum, de João Guilherme Ripper. Ainda no repertório das duas noites, a obra O Morcego: Abertura, de J. Strauss Jr.
As apresentações terão presença de público, sendo que a venda de ingressos estará disponível no site www.filarmonica.art.br ou na bilheteria da Sala Minas Gerais a partir de quarta-feira, dia 15 de setembro. O concerto de quinta-feira terá transmissão ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube. Em função das medidas de segurança, o acesso à Sala será encerrado cinco minutos antes do horário do concerto, nas duas apresentações; assim, as portas serão fechadas às 20h25. A Sala Minas Gerais está com ocupação reduzida a 393 pessoas, o equivalente a 26% da sua lotação completa (1.493 lugares).
Durante o intervalo das apresentações serão realizados os Concertos Comentados, palestras em que especialistas comentam o repertório da noite. A curadoria do projeto é do percussionista da Filarmônica, Werner Silveira, e o convidado é o músico Alexandre Braga, flautista da Orquestra.
Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais, Instituto Cultural Vale e Cemig, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
Maestro Roberto Minczuk, regente convidado
Roberto Minczuk já regeu mais de cem orquestras no mundo. Estreou nos Estados Unidos, ao reger a Filarmônica de Nova York (1988), e foi convidado a assumir o posto de Regente Associado, cargo antes ocupado por Leonard Bernstein. Dentre os prêmios que recebeu, destaque para Martin Segall, Grammy Latino de Melhor Álbum Clássico – com o álbum Jobim Sinfônico –, Emmy, Carlos Gomes, APCA e Prêmio Tim. O maestro começou a carreira como um prodígio da trompa e, aos 13 anos, já atuava como Primeira Trompa no Theatro Municipal de São Paulo. Sua estreia como solista foi aos 17 anos, no Carnegie Hall, em Nova York. Atualmente, é Regente Titular da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e da Filarmônica de Novo México (EUA) e Maestro Emérito da Orquestra Sinfônica Brasileira e da Filarmônica de Calgary, no Canadá.
Robson Fonseca, violoncelo
Mineiro de São João del-Rei, Robson já se apresentou nas principais salas de concerto do país, como recitalista e camerista. Em 2009, formou-se pela USP, instituição pela qual obteve o I Prêmio Olivier Toni. No ano seguinte, teve aulas com Matias de Oliveira Pinto na Alemanha, e, em 2011, concluiu seus estudos na Universidade de Münster e ingressou na Filarmônica. Durante seis anos, foi chefe de naipe dos violoncelos da Sinfônica de Ribeirão Preto e professor na Escola de Música de Sertãozinho. Robson também foi bolsista do Festival de Campos do Jordão e participou de vários outros festivais nacionais, além de ter se apresentado no Teatro Cólon (Buenos Aires) e em Montevidéu. Foi integrante do Quarteto Mineiro de Cordas, com o qual venceu o Concurso de Música de Câmara da UFMG. Hoje, Robson é membro do quarteto Horizonte e dos trios Belo Horizonte e Villa-Lobos.
Lucas Barros, violoncelo
Lucas Barros nasceu em uma família de músicos. Começou pelo violino e oboé com seus tios e, aos nove anos de idade, decidiu seguir os estudos com o violoncelo, orientado por Antonio Viola, da Universidade Estadual de Minas Gerais. Dois anos mais tarde, passou a aperfeiçoar-se com Fabio Presgrave, na Escola de Música de São Brás do Suaçuí. Também foi regularmente orientado por seu tio Eliseu Barros, professor de violino na Universidade Federal de Minas Gerais. Participou de diversos festivais, como o Internacional de Campos do Jordão, o Música nas Montanhas e o Villa-Lobos. Atuou como solista com as orquestras Filarmônica e Sinfônica de Minas Gerais, Filarmônica de Goiás, Sinfônica da UFRN, a de Câmara Sesiminas, entre outras. Apresentou-se também na temporada de concertos do BNDES, no Rio de Janeiro. Lucas recebeu o Primeiro Prêmio no VI David Popper International Cello Competition (Hungria – 2015); o segundo lugar geral e o prêmio Nanny Devos para o brasileiro mais bem colocado no Rio International Cello Encounter (2013); o primeiro lugar no Concurso para Jovens Solistas da Sinfônica de Minas Gerais (2010 e 2011). Em 2015, venceu o concurso promovido pelo Mozarteum Brasileiro, que lhe proporcionou um ano na academia da Deutsches Symphonie-Orchester Berlin (DSO Berlin). Lá estudou com Matias de Oliveira Pinto, Mathias Donderer e Fabio Presgrave. Lucas é violoncelista na Filarmônica desde 2017.
Repertório
Johann Strauss Jr. (Viena, Áustria, 1825 – 1899) e a obra O Morcego: Abertura (1874)
Símbolo da tradição operística vienense, a opereta O Morcego não foi inicialmente bem acolhida pelo público em sua estreia, em 5 de abril de 1874, em Viena. O sucesso da produção, cujo libreto se inspira no vaudeville francês Le Réveillon, de Meilhac e Halévy, se deve à montagem conduzida por Gustav Mahler, na Ópera de Viena. Um baile realizado na residência do príncipe Orlofsky, um milionário russo conhecido por organizar as festas mais inusitadas de Viena, orienta o enredo. De caráter vivo, a Abertura apresenta temas de algumas árias em uma espécie de pot-pourri. Pontos altos da peça são a emblemática valsa, que finaliza o segundo ato, e um lírico solo de oboé, oriundo do primeiro ato.
João Guilherme Ripper (Rio de Janeiro, Brasil, 1959) e a obra Duplum (2017)
Duplum é um concerto para dois violoncelos e orquestra dedicado aos gêmeos Paulo e Ricardo Santoro, integrantes do Duo Santoro. A trompa enuncia o tema inicial e dá abertura para a aparição dos dois violoncelos desacompanhados. Segue-se a uma nova seção, na qual o primeiro tema é trabalhado num diálogo entre a orquestra e os violoncelos. Ritmos contrastantes e virtuosismo nos solos marcam a seção seguinte, transposta por outra mais lenta, que desenvolve o tema inicial, encerrado com um tutti orquestral. Um novo tema é introduzido pelos violoncelos ao lado de clarinetes e trompas e, depois, desenvolvido em sucessivas variações que levam a um tutti final. A estreia de Duplum se deu em 17 de setembro de 2017 em Niterói (RJ). Sob a regência de Tobias Wolkmann, o Duo Santoro foi acompanhado pela Orquestra Sinfônica Nacional – UFF.
Johannes Brahms (Hamburgo, Alemanha, 1833 – Viena, Áustria, 1897) e a obra Serenata nº 1 em Ré maior, op. 11 (1857/1858)
Brahms compôs suas duas Serenatas em Detmold, uma pequena localidade próxima de Hannover (Alemanha), no fim da década de 1850. Entre os 24 e os 26 anos, Brahms permanecia em Detmold a serviço do Príncipe Leopoldo III; cabia a ele, durante três meses, ensinar piano à Princesa e a outras damas da corte, dirigir um coro feminino, organizar e atuar como pianista em alguns concertos de câmara e, eventualmente, dirigir a orquestra. As diferentes funções permitiam o incremento de sua experiência como maestro, e ainda lhe sobrava muito tempo para compor. Escritas após o compositor tomar conhecimento das serenatas de Mozart, elas prestam homenagem aos divertimentos musicais do século XVIII. As duas peças foram compostas também após a trágica morte de Schumann, a quem Brahms devotava uma próxima amizade desde 1853. A Serenata nº 1 em Ré maior, op. 11 não foi originalmente criada para orquestra. Uma primeira versão foi feita para nove instrumentos. Após apresentar a peça ao piano para o violinista e amigo Joseph Joachim, este o aconselhou a transcrever a música para orquestra, o que foi feito quase simultaneamente à orquestração de seu Primeiro Concerto para piano.
PROGRAMA
ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
Série Allegro
16 de setembro – 20h30
Sala Minas Gerais
Série Vivace
17 de setembro – 20h30
Sala Minas Gerais
Roberto Minczuk, regente convidado
Robson Fonseca, violoncelo
Lucas Barros, violoncelo
- J. STRAUSS JR. O Morcego: Abertura
- J. G. RIPPER Duplum
BRAHMS Serenata nº 1 em Ré maior, op. 11
INGRESSOS:
R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 60 (Balcão Palco), R$ 80 (Balcão Lateral), R$ 105 (Plateia Central), R$ 135 (Balcão Principal) e R$ 155 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br
Funcionamento da bilheteria:
A bilheteria funcionará em horário reduzido.
— De terça-feira a sábado – 13h a 19h
— Terça, quinta e sexta-feira com concerto – 15h a 21h
Cartões e vale aceitos:
Cartões das bandeiras American Express, Elo, Hipercard, Mastercard e Visa.
Vale-cultura das bandeiras Ticket e Sodexo.
A Sala Minas Gerais e os protocolos sanitários
A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais reabriu as portas da Sala Minas Gerais. Para isso, o Instituto Cultural Filarmônica desenvolveu um protocolo sanitário que adequa o uso da Sala às medidas preventivas à transmissão da covid-19. A reabertura da Sala Minas Gerais tem respaldo em autorização emitida pela Prefeitura de Belo Horizonte.
Para receber o público na Sala Minas Gerais, foi desenvolvido e implementado, junto à médica infectologista Dra. Silvana de Barros Ricardo, um rigoroso Protocolo de Segurança, que prevê diversas restrições, como a presença de, no máximo, 393 pessoas por apresentação, o que corresponde em torno de 26% da capacidade total da Sala (1.493 lugares).
MEDIDAS GERAIS
- Aferição de temperatura corporal de todas as pessoas nas portas de acesso à Sala Minas Gerais. A entrada será permitida somente àqueles que apresentarem temperatura igual ou inferior a 37,5° C.
- Uso obrigatório de máscara facial em todos os ambientes.
- Disponibilização de álcool em gel a 70% para higienização das mãos nas áreas de circulação e nas portas de entrada da sala de concertos.
- Intensificação da limpeza e desinfecção do ambiente com produtos aprovados pela Anvisa.
- Sistema de ar-condicionado operante de acordo com as determinações da legislação vigente, bem como os padrões referenciais de qualidade do ar interior.
- Redução da ocupação da Sala Minas Gerais para, aproximadamente, 30% da sua capacidade total.
- Controle dos fluxos de entrada e saída para evitar aglomeração e garantir o distanciamento de 1,5m entre as pessoas.
- Interdição de dois assentos entre as cadeiras disponibilizadas para o público na sala de concertos.
- Pessoas do mesmo grupo familiar poderão ocupar, no máximo, duas cadeiras, lado a lado.
ACESSO À SALA MINAS GERAIS
A partir da área externa coberta, que dá acesso à bilheteria e antecede a porta principal da Sala Minas Gerais, serão instalados pedestais para organização da fila de entrada e demarcações no piso para garantir o distanciamento mínimo de 1,5m entre as pessoas. O uso de máscara é obrigatório para todos aqueles que ingressarem na fila.
Em frente às portas de acesso ao foyer principal, antes do ponto de controle de ingresso, será implantada uma barreira sanitária para medição de temperatura com termômetro digital sem contato. A entrada será permitida somente dos indivíduos que apresentarem temperatura igual ou inferior a 37,5° C e estiverem utilizando máscara de proteção facial adequadamente. O procedimento será realizado por funcionários utilizando equipamentos de proteção individual.
Serão afixados cartazes informativos no local detalhando as medidas sanitárias adotadas e que devem ser observadas por todos durante a permanência nas dependências da Sala Minas Gerais. O sistema de som também poderá ser utilizado para orientar o público.
BILHETERIA
Na bilheteria, a ocupação máxima será de 3 pessoas simultaneamente, distantes 1,5m entre si. Elas serão organizadas em filas, cumprindo rotas de entrada e saída. O uso de máscara é obrigatório.
LEITURA DO INGRESSO
O controle do ingresso será feito por leitura óptica, sem contato físico com o funcionário. Para realização do procedimento, o espectador deverá inserir seu ingresso de papel ou digital (celular) no leitor do equipamento, conforme indicação local, aguardar a validação e retirá-lo após a leitura. A verificação dos ingressos se encerrará cinco minutos antes do horário estipulado para o início da apresentação, possibilitando a acomodação do público de forma organizada na sala de concertos. Os funcionários da área de controle de ingressos utilizarão equipamentos de proteção individual.
FOYERS – TÉRREO, PRIMEIRO E SEGUNDO ANDARES
Nos foyers também será observado o distanciamento de 1,5m entre as pessoas. A sala de concertos estará liberada para o acesso do público meia hora antes do início da apresentação.
SALA DE CONCERTOS
O acesso do público à sala será permitido até cinco minutos antes do início do concerto, quando as portas serão fechadas. Os assentos disponíveis ao público serão reduzidos a, aproximadamente, 30% da capacidade total da sala. Eles serão sinalizados e separados por dois assentos interditados ao uso. Os assentos disponíveis serão apenas para uso individual ou em duplas, sendo estes últimos para pessoas do mesmo grupo familiar que cheguem juntos à Sala Minas Gerais.
Os fluxos para entrada e saída do público da sala de concertos serão definidos de tal maneira a evitar, ao máximo, a proximidade entre as pessoas, podendo ser alterados conforme a densidade de espectadores presentes. A ocupação das poltronas deverá ocorrer a partir do centro das fileiras em direção aos corredores, e das fileiras mais próximas ao palco em direção às portas de saída. Nossos recepcionistas estarão dispostos nos corredores para organizar esse fluxo e evitar o contato próximo entre os espectadores. O uso de máscara é obrigatório durante toda a permanência no interior da sala de concertos.
BANHEIROS
O uso dos banheiros destinados ao público da Sala Minas Gerais será limitado a 6 pessoas simultaneamente, de acordo com sinalização afixada nas portas de acessos. Em frente aos lavatórios será indicado, através de sinalização adesivada no piso, o local para posicionamento dos usuários, garantindo o distanciamento de 1,5m. Uma sinalização semelhante será adesivada no piso dos sanitários masculinos, em frente aos mictórios.
ELEVADORES
O público será incentivado a utilizar as escadas, reservando-se os elevadores para uso das pessoas com alguma dificuldade de locomoção. A ocupação dos elevadores será de, no máximo, cinco pessoas, conforme sinalização adesivada no piso de cada equipamento. Nas escadas também deverá ser observado o distanciamento de 1,5m entre os indivíduos.
ROTINAS DE DESINFECÇÃO DO AMBIENTE
A desinfecção de todos os ambientes da Sala Minas Gerais será intensificada, sendo empregados produtos com ação comprovada contra o coronavírus. Conforme recomendação da Nota Técnica Anvisa nº 26/2020, são utilizados o álcool a 70% e o hipoclorito de sódio 0,5%, além de detergente neutro. Os sanitários e as superfícies frequentemente tocados, como chamadas dos elevadores, corrimãos, maçanetas, bebedouros etc. serão higienizados de forma intensificada durante a presença do público. Os assentos liberados para o uso do público na sala de concertos serão desinfetados antes de cada apresentação.
PURIFICADORES DE ÁGUA
Serão disponibilizados copos descartáveis para utilização nos purificadores. Não será permitida ingestão direta de água por aproximação da boca.
ÁLCOOL EM GEL
Na barreira sanitária, nas áreas de circulação, foyers e acessos à sala de concertos haverá dispensadores com álcool em gel a 70%. Nos banheiros será reforçada, através de comunicação visual específica, a necessidade de higienização das mãos utilizando-se água e sabonete.
AR-CONDICIONADO
A Sala Minas Gerais mantém o Plano de Manutenção, Operação e Controle de sistemas de climatização (PMOC) rigorosamente atualizado, de acordo como determinações da Lei nº 13.589, de 4/01/2018. As análises microbiológicas, físicas e químicas atestam a conformidade com os padrões referenciais de qualidade do ar interior definidos pela Resolução-RE Anvisa nº 9/2003. Todas as informações técnicas pertinentes podem ser obtidas em nosso site.
ESTACIONAMENTO
O estacionamento da Sala Minas Gerais é terceirizado e não opera com cancela eletrônica. No entanto, os procedimentos adotados pelos funcionários da empresa seguem os padrões de segurança recomendados pelas autoridades sanitárias e supressão do contato físico direto com os usuários.
Imagem: Trudie Lee