Em antecipação à chegada da primavera, o Regente Assistente da Filarmônica de Minas Gerais, José Soares, apresenta a famosa valsa de J. Strauss Jr., Vozes da Primavera, op. 410, e a Primeira Sinfonia de Schumann em concertos desta semana. No centenário da morte de Saint-Saëns, um dos mais talentosos pianistas da nova geração, Aleyson Scopel, traz sua leitura do singular Concerto Egípcio do compositor francês. As apresentações serão realizadas nos dias 26 e 27 de agosto, às 20h30, na Sala Minas Gerais.
As apresentações terão presença de público e a venda de ingressos está disponível no site www.filarmonica.art.br ou na bilheteria da Sala Minas Gerais. O concerto de quinta-feira terá transmissão ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube. Em função das medidas de segurança, o acesso à Sala será encerrado cinco minutos antes do horário do concerto, nas duas apresentações; assim, as portas serão fechadas às 20h25.
Durante o intervalo da apresentação serão realizados os Concertos Comentados, palestras em que especialistas comentam o repertório da noite. O palestrante da noite é Werner Silveira, curador do projeto e percussionista da Filarmônica de Minas Gerais.
Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais, Instituto Cultural Vale e Cemig, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
José Soares, regente
Natural de São Paulo, José Soares é Regente Assistente da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2020. Iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou Regência Orquestral com o maestro Cláudio Cruz, em um programa regular de masterclasses em parceria com a Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Participou como bolsista nas edições de 2016 e 2017 do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, sendo orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich. Recebeu, nesta última, o Prêmio de Regência, tendo sido convidado a atuar como regente assistente da Osesp em parte da temporada 2018, participando de um Concerto Matinal a convite de Marin Alsop. Foi aluno do Laboratório de Regência da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Em julho desse mesmo ano, teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin, como parte do programa de Regência do Festival de Música de Parnü, Estônia. Atualmente cursa o bacharelado em Composição pela Universidade de São Paulo.
Aleyson Scopel, piano
Os primeiros acordes de Aleyson Scopel ao piano foram aos 14 anos, para pouco depois formar-se com a mais alta distinção no New England Conservatory of Music, em Boston. No Brasil, prosseguiu orientado por Myrian Dauelsberg e Celia Ottoni. Aclamado como um dos grandes talentos do piano no Brasil, Aleyson já percorreu diversas orquestras nacionais, como as Sinfônicas Brasileira, de São Paulo, Bahia, Porto Alegre, Espírito Santo, a Filarmônica de Minas Gerais e a do Amazonas. Vencedor dos prêmios Nelson Freire e Magda Tagliaferro, o pianista foi elogiado por Almeida Prado pela execução do ciclo de Cartas Celestes, de autoria do compositor paulista, em álbum pelo selo Naxos.
Repertório
Johann Strauss Jr. (Viena, Áustria, 1825 – 1899) e a obra Vozes da Primavera, op. 410 (1883)
Vozes da primavera foi composta em 1883 para demonstração de coloratura da soprano Bianca Bianchi, uma estrela da Ópera de Viena. O poema, escrito pelo libretista Richard Genée, é, justamente, sobre o canto – especificamente o canto de uma cotovia e de um rouxinol. Enquanto a brisa desperta nos campos e o céu se manifesta ilimitadamente azul, as flores multicoloridas anunciam o despertar da primavera. O vertiginoso ritmo cruzado das vozes é uma das mais atraentes e rapidamente identificáveis melodias de J. Strauss Jr. Após uma bem-sucedida estreia em uma matinê em Viena, em 1883, Strauss rapidamente adaptou o trabalho para uma peça orquestral. Apenas dezessete dias depois da estreia da versão vocal, em 18 de março, a versão orquestral foi apresentada ao público pela Strauss Orchestra, conduzida pelo irmão de Johann, Eduard.
Camille Saint-Saëns (Paris, França, 1835 – Argel, Argélia, 1921) e a obra Concerto para piano nº 5 em Fá maior, op. 103, "Egípcio" (1896)
Camille Saint-Saëns começou a estudar piano antes dos três anos e, aos dez, já se apresentava em público tocando concertos de Beethoven e de Mozart. Sua primeira sinfonia, composta na adolescência, recebeu elogios de Liszt e suscitou o célebre comentário de Berlioz: “ele sabe tudo, só lhe falta inexperiência”. Em 1896, comemorando o Jubileu de Ouro como compositor, Saint-Saëns estreou, na sala Pleyel, seu quinto e último concerto para piano. Chamado de "Egípcio", foi motivado por uma viagem ao país do Nilo e contém alguns trechos que evocam o Oriente, embora de maneira apenas convencionalmente estilizada.
Robert Schumann (Zwickau, Alemanha, 1810 – Bonn, Alemanha, 1856) e a obra Sinfonia nº 1 em Si bemol maior, op. 38, "Primavera" (1841)
Com apenas trinta anos, Schumann vivia uma das fases mais felizes de sua vida: acabava de se casar com aquela a quem já amava desde muito jovem e experimentava uma explosão de criatividade sem precedentes. Compôs sua Primeira Sinfonia em apenas quatro dias, no mês de janeiro de 1841. Schumann trabalhava de noite e raramente conseguia algumas horas de sono. Pronta a orquestração no fim de fevereiro, em 6 de março ele decidiu levar a partitura para Felix Mendelssohn, então diretor musical da Orquestra Gewandhaus de Leipzig. Mendelssohn, a maior autoridade musical da cidade na época, ficou tão encantado com a sinfonia que decidiu logo programá-la. A estreia se deu no dia 31 de março. Em dois meses a sinfonia havia sido composta, orquestrada e estreada com sucesso. Esse concerto foi, segundo Schumann, um dos eventos mais importantes de sua vida. Até aquele momento, ele não se experimentara fora da composição para piano e do Lied. Com a Primeira Sinfonia, Schumann, beethoveniano convicto, tentava dar vida às suas ideias sobre música. Para ele, era imperativo que os compositores do presente não apenas buscassem apoio na música do passado, mas que revelassem novas belezas artísticas. Entretanto, para toda aquela geração de compositores, incluindo o próprio Schumann, colocava-se a questão de como ser capaz de compor sinfonias após as grandiosas conquistas de Beethoven. A proposta de Schumann foi aliar o ritmo obstinado, presente em algumas sinfonias de Beethoven, ao lirismo contemplativo de Schubert. Criou um estilo novo para si e pavimentou o caminho para seus próximos êxitos.
PROGRAMA
ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
Série Allegro
26 de agosto – 20h30
Sala Minas Gerais
Serie Vivace
27 de agosto – 20h30
Sala Minas Gerais
José Soares, regente
Aleyson Scopel, piano
STRAUSS JR. Vozes da Primavera, op. 410
SAINT-SAËNS Concerto para piano nº 5 em Fá maior, op. 103, "Egípcio"
SCHUMANN Sinfonia nº 1 em Si bemol maior, op. 38, "Primavera"
INGRESSOS:
R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 60 (Balcão Palco), R$ 80 (Balcão Lateral), R$ 105 (Plateia Central), R$ 135 (Balcão Principal) e R$ 155 (Camarote). Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores. Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br
Funcionamento da bilheteria:
A bilheteria funcionará em horário reduzido.
— De terça-feira a sábado – 13h a 19h
— Terça, quinta e sexta-feira com concerto – 15h a 21h
Cartões e vale aceitos:
Cartões das bandeiras American Express, Elo, Hipercard, Mastercard e Visa.
Vale-cultura das bandeiras Ticket e Sodexo.
A Sala Minas Gerais e os protocolos sanitários
A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais reabriu as portas da Sala Minas Gerais. Para isso, o Instituto Cultural Filarmônica desenvolveu um protocolo sanitário que adequa o uso da Sala às medidas preventivas à transmissão da covid-19. A reabertura da Sala Minas Gerais tem respaldo em autorização emitida pela Prefeitura de Belo Horizonte.
Para receber o público na Sala Minas Gerais, foi desenvolvido e implementado, junto à médica infectologista Dra. Silvana de Barros Ricardo, um rigoroso Protocolo de Segurança, que prevê diversas restrições, como a presença de, no máximo, 393 pessoas por apresentação, o que corresponde em torno de 26% da capacidade total da Sala (1.493 lugares).
MEDIDAS GERAIS
- Aferição de temperatura corporal de todas as pessoas nas portas de acesso à Sala Minas Gerais. A entrada será permitida somente àqueles que apresentarem temperatura igual ou inferior a 37,5° C.
- Uso obrigatório de máscara facial em todos os ambientes.
- Disponibilização de álcool em gel a 70% para higienização das mãos nas áreas de circulação e nas portas de entrada da sala de concertos.
- Intensificação da limpeza e desinfecção do ambiente com produtos aprovados pela Anvisa.
- Sistema de ar-condicionado operante de acordo com as determinações da legislação vigente, bem como os padrões referenciais de qualidade do ar interior.
- Redução da ocupação da Sala Minas Gerais para, aproximadamente, 30% da sua capacidade total.
- Controle dos fluxos de entrada e saída para evitar aglomeração e garantir o distanciamento de 1,5m entre as pessoas.
- Interdição de dois assentos entre as cadeiras disponibilizadas para o público na sala de concertos.
- Pessoas do mesmo grupo familiar poderão ocupar, no máximo, duas cadeiras, lado a lado.
ACESSO À SALA MINAS GERAIS
A partir da área externa coberta, que dá acesso à bilheteria e antecede a porta principal da Sala Minas Gerais, serão instalados pedestais para organização da fila de entrada e demarcações no piso para garantir o distanciamento mínimo de 1,5m entre as pessoas. O uso de máscara é obrigatório para todos aqueles que ingressarem na fila.
Em frente às portas de acesso ao foyer principal, antes do ponto de controle de ingresso, será implantada uma barreira sanitária para medição de temperatura com termômetro digital sem contato. A entrada será permitida somente dos indivíduos que apresentarem temperatura igual ou inferior a 37,5° C e estiverem utilizando máscara de proteção facial adequadamente. O procedimento será realizado por funcionários utilizando equipamentos de proteção individual.
Serão afixados cartazes informativos no local detalhando as medidas sanitárias adotadas e que devem ser observadas por todos durante a permanência nas dependências da Sala Minas Gerais. O sistema de som também poderá ser utilizado para orientar o público.
BILHETERIA
Na bilheteria, a ocupação máxima será de 3 pessoas simultaneamente, distantes 1,5m entre si. Elas serão organizadas em filas, cumprindo rotas de entrada e saída. O uso de máscara é obrigatório.
LEITURA DO INGRESSO
O controle do ingresso será feito por leitura óptica, sem contato físico com o funcionário. Para realização do procedimento, o espectador deverá inserir seu ingresso de papel ou digital (celular) no leitor do equipamento, conforme indicação local, aguardar a validação e retirá-lo após a leitura. A verificação dos ingressos se encerrará cinco minutos antes do horário estipulado para o início da apresentação, possibilitando a acomodação do público de forma organizada na sala de concertos. Os funcionários da área de controle de ingressos utilizarão equipamentos de proteção individual.
FOYERS – TÉRREO, PRIMEIRO E SEGUNDO ANDARES
Nos foyers também será observado o distanciamento de 1,5m entre as pessoas. A sala de concertos estará liberada para o acesso do público meia hora antes do início da apresentação.
SALA DE CONCERTOS
O acesso do público à sala será permitido até cinco minutos antes do início do concerto, quando as portas serão fechadas. Os assentos disponíveis ao público serão reduzidos a, aproximadamente, 30% da capacidade total da sala. Eles serão sinalizados e separados por dois assentos interditados ao uso. Os assentos disponíveis serão apenas para uso individual ou em duplas, sendo estes últimos para pessoas do mesmo grupo familiar que cheguem juntos à Sala Minas Gerais.
Os fluxos para entrada e saída do público da sala de concertos serão definidos de tal maneira a evitar, ao máximo, a proximidade entre as pessoas, podendo ser alterados conforme a densidade de espectadores presentes. A ocupação das poltronas deverá ocorrer a partir do centro das fileiras em direção aos corredores, e das fileiras mais próximas ao palco em direção às portas de saída. Nossos recepcionistas estarão dispostos nos corredores para organizar esse fluxo e evitar o contato próximo entre os espectadores. O uso de máscara é obrigatório durante toda a permanência no interior da sala de concertos.
BANHEIROS
O uso dos banheiros destinados ao público da Sala Minas Gerais será limitado a 6 pessoas simultaneamente, de acordo com sinalização afixada nas portas de acessos. Em frente aos lavatórios será indicado, através de sinalização adesivada no piso, o local para posicionamento dos usuários, garantindo o distanciamento de 1,5m. Uma sinalização semelhante será adesivada no piso dos sanitários masculinos, em frente aos mictórios.
ELEVADORES
O público será incentivado a utilizar as escadas, reservando-se os elevadores para uso das pessoas com alguma dificuldade de locomoção. A ocupação dos elevadores será de, no máximo, cinco pessoas, conforme sinalização adesivada no piso de cada equipamento. Nas escadas também deverá ser observado o distanciamento de 1,5m entre os indivíduos.
ROTINAS DE DESINFECÇÃO DO AMBIENTE
A desinfecção de todos os ambientes da Sala Minas Gerais será intensificada, sendo empregados produtos com ação comprovada contra o coronavírus. Conforme recomendação da Nota Técnica Anvisa nº 26/2020, são utilizados o álcool a 70% e o hipoclorito de sódio 0,5%, além de detergente neutro. Os sanitários e as superfícies frequentemente tocados, como chamadas dos elevadores, corrimãos, maçanetas, bebedouros etc. serão higienizados de forma intensificada durante a presença do público. Os assentos liberados para o uso do público na sala de concertos serão desinfetados antes de cada apresentação.
PURIFICADORES DE ÁGUA
Serão disponibilizados copos descartáveis para utilização nos purificadores. Não será permitida ingestão direta de água por aproximação da boca.
ÁLCOOL EM GEL
Na barreira sanitária, nas áreas de circulação, foyers e acessos à sala de concertos haverá dispensadores com álcool em gel a 70%. Nos banheiros será reforçada, através de comunicação visual específica, a necessidade de higienização das mãos utilizando-se água e sabonete.
AR-CONDICIONADO
A Sala Minas Gerais mantém o Plano de Manutenção, Operação e Controle de sistemas de climatização (PMOC) rigorosamente atualizado, de acordo como determinações da Lei nº 13.589, de 4/01/2018. As análises microbiológicas, físicas e químicas atestam a conformidade com os padrões referenciais de qualidade do ar interior definidos pela Resolução-RE Anvisa nº 9/2003. Todas as informações técnicas pertinentes podem ser obtidas em nosso site.
ESTACIONAMENTO
O estacionamento da Sala Minas Gerais é terceirizado e não opera com cancela eletrônica. No entanto, os procedimentos adotados pelos funcionários da mpresa seguem os padrões de segurança recomendados pelas autoridades sanitárias e supressão do contato físico direto com os usuários.
Imagem: Daryan Dornelles