Documento reúne principais indicadores do setor
Está disponível no site do Observatório do Turismo em Minas Gerais (OTMG) o Anuário Estatístico 2020, que reúne os principais indicadores do setor no estado no referido ano. A quinta edição do relatório, elaborado por equipe da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), que coordena a entidade de pesquisas, é feito, também, a partir de uma análise da série histórica do turismo nos últimos cinco anos.
Um dos destaques do Anuário é o panorama geral sobre os impactos da pandemia de Covid-19 na atividade turística de Minas Gerais, com a criação do sistema de monitoramento criado pelo OTMG: relatórios “Panoramas e Tendências para o Turismo em Minas Gerais Pós Covid-19”, Painel Interativo de Monitoramento da Retomada, Boletins Covid-19, Sondagens Empresariais e Documentos Orientadores.
Além de dar visibilidade aos dados sobre a adesão, em Minas Gerais, ao selo Turismo Responsável, do Ministério do Turismo – foram 2.248 selos emitidos em 2020 – e ao crescimento do número de registros regulares no Cadastur – as solicitações aumentaram em 23% em relação a 2019 – o documento traz o acompanhamento de indicadores fundamentais para mensurar o impacto da pandemia de Covid-19 no setor. O principal e mais marcante deles é a queda do faturamento no turismo: em 2020, entre março e dezembro, estima-se que Minas Gerais tenha perdido R$ 21,65 bilhões, sendo o terceiro estado com maior perda do país.
A subsecretária de Turismo da Secult, Milena Pedrosa, explica que o Anuário demonstra que o turismo foi um dos setores mais prejudicados pela crise causada pela pandemia de Covid-19 em Minas Gerais e no Brasil. “Por isso o nosso compromisso e empenho com o Programa Reviva Turismo é tão grande. Sabemos que o turismo foi um dos mais prejudicados mas também temos plena consciência de que é um setor que promove desenvolvimento social e econômico e é uma das principais alavancas para a recuperação do estado como um todo”, diz.
Segundo Milena, o Reviva Turismo, com seus quatro eixos de atuação que são importantes para nortear e consolidar políticas públicas, tem a meta de gerar 100 mil empregos até 2022 e colocar Minas Gerais entre os principais destinos turísticos do Brasil. “Já temos muitas ações em andamento, como o Gerais + Minas, que é uma série de produções audiovisuais no interior do estado para promover e dar mais visibilidade à nossa mineiridade; o selo Evento Seguro, que já tem bastante adesão de empresas e produtores de eventos; as capacitações virtuais disponíveis no canal da Secult no Youtube; o início das operações da Viação Itapemirim no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte para conectar o terminal a diversos destinos turísticos mineiros e a revisão da Política de Regionalização do Turismo de Minas Gerais e do programa Minas Recebe. Teremos, em breve, o anúncio de outras iniciativas importantes para resgatar a atividade turística em Minas Gerais e caminhar, junto com o avanço da vacinação no estado, para o retorno gradual, seguro e eficiente do turismo em Minas Gerais”, ressalta a subsecretária de Turismo da Secult.
Números
O fluxo turístico em Minas Gerais, em 2020, foi de 17,6 milhões de turistas, o que representa uma queda de 42% em relação ao ano anterior, que registrou 30,4 milhões de visitantes. Já a receita turística estimada foi de R$ 12,4 bilhões, valor 40% menor do que foi apontado em 2019.
O número total de embarques e desembarques nos aeroportos mineiros em 2020 também apresentou queda: o fluxo de passageiros foi de aproximadamente 5,4 milhões, o que representa uma baixa de 58% em relação a 2019. Na rodoviária de Belo Horizonte, o fluxo de passageiros teve queda semelhante: o registro de 3,9 milhões de pessoas em 2020 é 54% menor do que 2019.
Já a taxa de ocupação hoteleira em Belo Horizonte em 2020 foi de 32,77%, 19 pontos percentuais abaixo da média vista nos anos de referência, que é de 51,7% de 2016 a 2019. O Anuário aponta quedas também para o número de estabelecimentos e empregos no setor de turismo, receita e volume das atividades turísticas e visitação em parques e monumentos naturais.
Confira AQUI o Anuário Estatístico 2020.