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Relembrando 50 anos da produção musical mineira, e encerrando as comemorações de seus 45 anos, a Fundação Clóvis Salgado promove o show Palco de Encontro, no Grande Teatro do Palácio das Artes. Aline Calixto, Celso Adolfo, Coral Lírico de Minas Gerais, Flávio Renegado, Marina Machado, Toninho Horta e Wilson Sideral foram os artistas convidados para representar diferentes gerações e estilos musicais que floresceram em Minas Gerais.
Partindo do Clube da Esquina, o show vai acompanhar o desenvolvimento da produção musical mineira até os dias atuais. Entre cada apresentação, serão relembrados fatos importantes da carreira dos artistas, dos ritmos musicais contemplados e a sua participação na música brasileira.
Da MPB e o rock ao RAP - Para celebrar o Clube da Esquina, grupo criado no Bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte - do qual fizeram parte Milton Nascimento e Fernando Brant, entre outros - o Coral Lírico de Minas Gerais interpreta um pout-pourrit com composições imortalizadas pelo grupo. Toninho Horta, músico mineiro, integrante do movimento e que participou das gravações do icônico disco Clube da Esquina se apresenta na sequência com seu talento ao violão que o levou aos Estados Unidos, país onde fez inúmeras apresentações com importantes grupos de Jazz e Blues.
Depois de Toninho Horta é a vez de Celso Adolfo subir ao palco do Grande Teatro. Representante da MPB, Celso Adolfo, original de São Domingos do Prata, teve disco produzido por Milton Nascimento e foi gravado por artistas como Elba Ramalho. O artista também vai cantar três canções, em um repertório que promove o encontro entre composições que marcaram a sua carreira, como Nós Dois, e novidades no repertório como Ralando o coco.
Marina Machado, artista mineira lançada ao estrelato por Milton Nascimento, é a próxima a subir ao palco representando a nova MPB. Sua carreira é marcada por experimentos com musicais de rua, além de participações com bandas de rock, como Jota Quest e Tianastácia, e com importantes nomes da MPB como Milton Nascimento, Lô Borges, Wagner Tiso, Hermeto Pascoal e Seu Jorge.
O PopRock vem representado pelo músico mineiro Wilson Sideral. Vindo de Alfenas, o cantor, compositor, guitarrista e produtor musical mistura pop, rock, soul, MPB e blues. Já tendo sido indicado ao Grammy Latino e ao Prêmio Multishow de Música Brasileira, as composições de Sideral ficaram famosas no Brasil ao serem interpretadas, além do cantor, por nomes como JotaQuest, Tomate e Funk Como Le Gusta.
Nascida no Rio de Janeiro, mas criada em Belo Horizonte desde os seis anos de idade, Aline Calixto representa o samba feito nas Gerais. Cantora e compositora, já fez importantes participações ao lado de músicos consagrados como Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho, Thiago Delegado e Flávio Renegado. Esse último também se apresenta no Palco de Encontro. O “Rapper do Alto Vera Cruz” sobe ao palco do Grande Teatro pela segunda vez. Com passagens por palcos nacionais e internacionais, Renegado vem ao Palácio das Artes empenhado em levar o seu rap a todos os cantos.
Evento: PALCO DE ENCONTRO – Show em comemoração aos 45 anos da Fundação Clóvis Salgado
Data: 22 de setembro
Horário: 20h
Local: Grande Teatro do Palácio das Artes - Av. Afonso Pena, 1537 – Centro – Belo Horizonte
Entrada: R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia)
Informações para o público: (31) 3236-7400
Programa
Pout -Porrit Milton Nascimento (Ponta de Areia / Estrela, Estrela /
Nos Bailes da Vida / Paula e Bebeto) – Coral Lírico de Minas Gerais
Lincoln Andrade / Damiano Cosella
Aqui Oh – Toninho Horta
Toninho Horta e Fernando Brant
Manoel O Audaz – Toninho Horta
Toninho Horta e Fernando Brant
Travessia – Toninho Horta
Milton Nascimento e Fernando Brant
Nós Dois – Celso Adolfo
Celso Adolfo
Coração Brasileiro – Celso Adolfo
Celso Adolfo
Ralando Coco – Celso Adolfo
Celso Adolfo
Vai Chover – Marina Machado
Ney Lisboa
Fazenda – Marina Machado
Nelson Angelo
Panamericana – Marino Machado
Chico Amaral
Flor Morena – Aline Calixto
Zeca Pagodinho/Arlindo Cruz/Junior Dom
Papo de Samba – Aline Calixto
Carlos Caetano/Moisés Santiago/Flavio Gonçalves
Toda Noite – Aline Calixto
Arlindo Cruz/Maurição
Lançado ao Mar – Wilson Sideral
Wilson Sideral/Mauro Sta Cecília – Ed. Universal Publishing
Dias Claros – Wilson Sideral
Wilson Sideral/Mauro Sta Cecília – Ed. Universal Publishing
Fácil – Wilson Sideral
Wilson Sideral/Rogério Flausino – Ed. Sony
Renegado - Renegado
Flávio Renegado
Alto Vera Cruz Havana - Renegado
Flávio Renegado e Gil Amãncio
A Coisa é Séria - Renegado
Flávio Renegado
Currículos
Aline Calixto -Aline Calixto, carioca que se mudou para Minas Gerais ainda criança, lançou seu primeiro disco em 2009 (Warner Music) e, desde então, chama a atenção do público e da mídia especializada. Logo no álbum de estreia, a artista ganhou o prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) na categoria “melhor disco do ano”, além de concorrer ao PMB (Prêmio da Música Brasileira) nas categorias “melhor cantora de samba” e “melhor cantora voto popular”. Em 2011, é novamente indicada ao PMB na categoria “melhor cantora de samba” com seu segundo álbum, Flor Morena (Warner Music), além de ganhar notoriedade nacional quando a música que batiza o disco entra na trilha sonora da novela das 21h (Fina Estampa/TV Globo).
Celso Adolfo - Mineiro de São Domingos do Prata, Celso Adolfo foi lançado por Milton Nascimento em 1983, que produziu "Coração Brasileiro", primeiro LP do novo compositor. Sempre interpretando as suas composições, Celso Adolfo se apresenta acompanhado por seu violão. Todas as suas músicas nascem de ideias melódicas e harmônicas criadas especialmente para cada uma delas a partir desse instrumento. Desde 1990 Celso Adolfo toca para plateias fora do Brasil. Sua mais recente viagem para fazer shows nos Estados Unidos foi em abril de 2015. Mergulhado em novo trabalho, Celso Adolfo já compôs 15 músicas inspiradas em Sagarana, de Guimarães Rosa. O CD a ser gravado terá uma única tiragem de 3 mil unidades, que será doada ao Museu Sagarana (MUSA), com sede em Itaguara, Minas Gerais. Na televisão, Nós dois, música de sua autoria, integra a trilha da mais recente novela da TV Globo, Além do tempo, em gravação interpretada por Layla e Gabriel Satter.
Coral Lírico de Minas Gerais – Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais, corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado, é um dos raros grupos corais que possui uma programação artística permanente e que interpreta um repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. As apresentações têm entrada gratuita ou preços populares. O Coral já atuou com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, entre outras. Dentro da política de difusão do canto lírico promovida pelo Governo de Minas Gerais, o Coral Lírico desenvolve diversos projetos que incluem Concertos no Parque, Lírico na Cidade, Concertos Didáticos e participação nas temporadas de óperas realizadas pela Fundação Clóvis Salgado. Já estiveram à frente do Coral os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Angela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda e Márcio Miranda Pontes. Seu atual regente titular é o maestro Lincoln Andrade.
Flávio Renegado – Rapper, compositor, instrumentista, poeta, ator e líder comunitário. Nascido e criado na comunidade do alto vera cruz, em belo horizonte, Renegado partiu dos estreitos becos da favela para tomar o mundo de assalto com seu trabalho, que tira o hip hop do gueto e abraça as mais diversas influências. Seus dois álbuns - “Do Oiapoque a Nova York” e “Minha tribo é o mundo” - lançados em 2008 e 2011, respectivamente, misturam o hip hop com ritmos brasileiros, latinos, jamaicanos, africanos, batidas eletrônicas e samba, o que comprova o diálogo entre múltiplas culturas em suas músicas. Desde então, o artista venceu prêmios como o de revelação (no prêmio hutúz) e o de destaque do ano (no prêmio Contigo MPB FM). Já realizou diversas turnês internacionais e se apresentou em grandes festivais, como o Summer Stage, em Nova York, o Rock in Rio, e o back2black, em Londres e no Rio de Janeiro. Além das apresentações em inúmeros países ao redor do mundo, Flávio Renegado fez parcerias com grandes nomes da música brasileira, como Fernanda Takai, Rogério Flausino, Samuel Rosa e Lenine. Em 2014, lançou seu primeiro DVD, #suaveaovivo, gravado no parque municipal de Belo Horizonte. Neste ano de 2015, ele preparou um EP composto por 7 faixas, intitulado “relatos de um conflito particular”, produzido pelo próprio artista, no qual discorre sobre suas relações com os 7 pecados capitais. Flávio Renegado já se prepara para a gravação de mais um CD em 2016. Ciente de sua capacidade de criação e movimentação por diferentes manifestações artísticas, ele parece ter noção de não pertencer a nenhum gênero específico, nenhuma classe artística definida, nenhuma região. Ao mesmo tempo, absorve todas e as transforma em arte.
Marina Machado - Marina Machado participou do álbum de Milton Nascimento "Pietá”, e, por cerca de três anos, integrou sua turnê mundial (2003 - 2005). Ela também foi a primeira cantora a ser lançada pelo selo de Nascimento com seu aclamado CD Tempo Quente (2008). Antes disso, Marina gravou dois álbuns solo, Baile das Pulgas (1999) e Marina Seis Horas da Tarde (2002). A cantora também assinou três parcerias fonográficas com o compositor Flávio Henrique nos CDs Flávio Henrique e Marina Machado (1997), Aos Olhos de Guignard (2001) e DVD Hotel Maravilhoso (2007). Além disso, ela produziu o álbum experimental Desoriente um País - Hebraico (1998), uma parceria entre ela, a cantora Regina Souza e a fotógrafa Márcia Charnizon. Seu mais recente álbum foi lançado em 2013 com o nome de Quieto um Pouco. Vários experimentos com musicais de rua culminaram na criação da Companhia Burlantins (1994- 2008), uma parceria entre Marina Machado, Regina Souza e Maurício Tizumba. Marina também fez várias participações incomuns em bandas de rock, como Jota Quest e Tianastácia; participou de shows e CDs com orquestras, como a Big Band de Maria Schneider no festival “Tudo é Jazz”; com a Filarmônica de Minas Gerais, regida pelo maestro João Carlos Martins; e outros compositores renomados como Hermeto Pascoal, Wagner Tiso, Tunai, Fernando Brant, Lô Borges, Samuel Rosa, Seu Jorge, Lula Queiroga, Caetano Veloso, João Bosco, Flávio Venturini, Chico Amaral e Tavinho Moura. Esses trabalhos, todos independentes, têm uma repercussão que sobrevive há 20 e poucos anos e fazem de Marina uma cantora múltipla e performática.
Toninho Horta - Descendente de uma família de músicos, as suas influências foram o clássico e o jazz. Aprendeu os primeiros acordes com nove anos de idade e aos 13 compôs a sua primeira canção. Aos 16 anos tornou-se profissional ao acompanhar o seu irmão, o premiado baixista Paulo Horta, em festivais locais. A partir daí se apresentavam em programas de TV, bailes e horas dançantes. No final da década de 1960 teve a primeira oportunidade de se apresentar em nível nacional. Sua maneira pessoal e sofisticada de tocar violão e guitarra, mostrando as suas composições originais, resultou em gravações com Joyce, Nana Caymmi, Alaíde Costa, Roberto Menescal, Paulo Moura e os grupos MPB-4, TAMBA TRIO e O QUARTETO. Toninho Horta leva na bagagem mais de 26 discos gravados e a participação de forma relevante em centenas de gravações com diversos artistas pelo mundo. Em suas turnês percorreu mais de 30 países, entre eles o Japão (26 vezes), Coréia, Indonésia, Tailândia, Estônia, Finlândia, Rússia, China, EUA, Itália, Espanha, Portugal, Argentina, Uruguai, Suíça, Dinamarca e Malásia. Mais de 60 músicasforam compostas em sua homenagem por amigos e compositores de diferentes nacionalidades ao longo de quase quatro décadas. Por meio de suas inspiradas composições, Toninho Horta é considerado o “maior harmonizador de guitarra”, por sua forma única e original de compor e interpretar, acompanhado de seu carisma e simplicidade.
Wilson Sideral -Cantor, compositor, guitarrista e produtor musical, Wilson Sideral, mineiro de Alfenas, atualmente vivendo em Belo Horizonte, mistura elementos de rock, soul, MPB e blues em sua música “Sideral”. Sua primeira “demo” de 1997, Um Caipira na Era Espaciar, foi recebida com entusiasmo pela cena independente de BH e, dois anos depois, lançava seu primeiro álbum de estúdio, “1” (1999), em parceria com a Universal Music. Com indicações aos prêmios Grammy Latino e Multishow de Música Brasileira, Wilson Sideral é reconhecido também por seu trabalho como compositor de “hits” para si próprio e artistas consagrados da música “pop brazuca”. Com cinco álbuns de estúdio lançados e um EP (#Singles), o artista está em turnê com o seu recente trabalho “Canções de Computador” (2014).