
O artista circense Orlando Orfei morreu na noite de sábado (1/08), aos 95 anos, de pneumonia. Nascido em 1920, na Itália, ele estava no Brasil desde o fim da década de 1960. Aqui, fundou o Circo Nazionale d Itália, que estreou em São Paulo em 1969, e três anos depois criou o Tivoli Park, na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro.
A vida no circo teve início ainda na infância, aos 6 anos, quando se apresentava como palhaço. Ao visitar o Brasil, durante o Festival Mundial do Circo, no Maracanãzinho, se apaixonou pelo país e passou a ser inspiração para os artistas brasileiros.
A representante do Circo e Dança no Conselho Estadual de Política Cultural de Minas Gerais, Sula Kiriacos Mavrudis, lamenta a perda e destaca a trajetória de Orfei como uma referência ímpar para o circo mundial. “Esta grande e irreparável perda para o mundo do circo nos choca. Tão significativa é a história de Orlando Orfei para arte, que sentimos que ele se imortaliza. Orlando fez escola para a metodologia do nosso trabalho e foi o grande baluarte do circo do Brasil”, considera a conselheira.
O secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, disse que “a partida do grande artista ocorre no momento de plena valorização do circo e de seu reconhecimento amplo na cena cultural. Procuramos, em Minas Gerais, destacar a importância do circo e sua contribuição ao desenvolvimento da cultura. Manifestamos nossa solidariedade ao mundo circense pelo falecimento de Orlando Orfei, na certeza de que seu exemplo permanece como um grande foco de luz sobre o picadeiro”.
Secretário Angelo Oswaldo e Sula Mavrudis, em recente cerimônia de homenagem à representante do circo mineiro
Orlando deixa seis filhos, treze netos e seis bisnetos. O corpo do artista será velado nesta segunda-feira (3), a partir das 14h, no Cemitério Jardim da Saudade de Mesquita, no Rio de Janeiro. O enterro será na terça-feira (4), no mesmo cemitério.