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Filarmônica realiza estreia mundial de composição de André Mehmari e recebe o violoncelista Antonio Meneses


 

Finalizando as séries Presto e Veloce da Temporada 2015, nos dias 10 e 11 de dezembro, às 20h30, a Filarmônica de Minas Gerais apresenta a estreia mundial da obra Divertimento, uma encomenda feita ao compositor André Mehmari especialmente para o primeiro ano da Orquestra na Sala Minas Gerais. Sob regência do maestro Fabio Mechetti, os músicos dividem o palco com o violoncelista Antonio Meneses para apresentar o Concerto para violoncelo nº 1 em Mi bemol maior, op. 107, de Shostakovich. Completando o programa, a Filarmônica revisita a Sinfonia nº 1 em Ré maior, conhecida como “Titã”, de Mahler.

Os concertos são apresentados pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais.

O violoncelista Antonio Meneses

Antonio Meneses nasceu em 1957 em Recife, no seio de uma família de músicos – seu pai era Primeira Trompa da Ópera do Rio de Janeiro. Começou a estudar violoncelo aos dez anos. Aos dezesseis conheceu o famoso violoncelista italiano Antonio Janigro, que o convidou a frequentar suas aulas em Düsseldorf e, mais tarde, em Stuttgart. Em 1977, ganhou o 1º Prêmio no ARD Concurso Internacional de Munique e, em 1982, o 1º Prêmio e Medalha de Ouro no Concurso Tchaikovsky, em Moscou. Apresenta-se regularmente com as mais importantes orquestras do mundo, como a Filarmônica de Berlim, Sinfônica de Londres, Sinfônica da BBC, a Orquestra do Concertgebouw de Amesterdã, entre outras. Meneses dividiu o palco com a Filarmônica de Minas Gerais em 13 vezes apresentações, incluindo uma turnê internacional pela Argentina e Uruguai. Meneses é convidado frequente do Festival Pablo Casals, Porto Rico; dos festivais de Salzburgo, Lucerna, Viena, Berlim; Festival de Primavera, Praga; Mostly Mozart, Nova York; festivais La Grange de Meslay e Colmar, França. O violoncelista orienta cursos de aperfeiçoamento na Europa, nas Américas e no Japão e é professor no Conservatório de Berna, Suíça.

O maestro Fabio Mechetti

Natural de São Paulo, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro. Com seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo Uruguai e Argentina e realizou gravações para o selo Naxos. Recentemente, tornou-se o primeiro brasileiro a ser convidado a dirigir uma orquestra asiática, sendo nomeado Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi Regente Residente da Sinfônica de San Diego, Titular das sinfônicas de Syracuse, Spokane e Jacksonville, sendo agora, Regente Emérito destas últimas duas. Na Sinfônica Nacional de Washington foi regente associado de Mstislav Rostropovich. Estreou no Carnegie Hall conduzindo a Sinfônica de Nova Jersey. Nos Estados Unidos dirigiu inúmeras orquestras e é convidado frequente de importantes festivais.

Realizou diversos concertos no México, Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as orquestras sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Regeu também a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia, a Orquestra da Rádio e TV Espanhola em Madrid, a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá. No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Recentemente fez sua estreia na Finlândia dirigindo a Filarmônica de Tampere e na Itália, dirigindo a Orquestra Sinfônica de Roma. Em 2016 fará sua estreia com a Filarmônica de Odense, na Dinamarca. Fabio Mechetti recebeu títulos de mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York.

O repertório

André Mehmari (Brasil, 1977) e o obra Divertimento(2015) - encomenda | estreia mundial

A versatilidade musical e amplitude estética de André Mehmari são atestadas por sua diversificada produção. Divertimento integra-se livremente ao conjunto de suas outras obras para grande orquestra: Suíte de Danças Reais e Imaginárias, encomendada pela Osesp em 2005, e Contraponto, Ponte e Ponteio, escrita para a Orquestra Petrobrás Sinfônica em 2010. O título da obra sugere tanto a graça e leveza de uma escrita que brinca com métricas irregulares e assimetrias harmônicas e melódicas, quanto a diversidade do discurso musical de Mehmari, caracteristicamente poliestilístico. Divertimento, obra encomendada pela Filarmônica especialmente para a Temporada 2015, é a celebração de uma música que, apesar de compromissos técnicos, não se dobra às regras e, por isso, ela mesma se diverte; é o prazer da música.

Dmitri Shostakovick (Rússia, 19061975)e o Concerto para violoncelo nº 1 em Mi bemol maior, op. 107(1959)

Shostakovich dedicou os dois concertos que escreveu para violoncelo ao seu ex-aluno do Conservatório de Moscou, Mstislav Rostropovich.Quando Shostakovich compôs seu Concerto para violoncelo no 1, Rostropovich estava com trinta e dois anos de idade e pronto para iniciar uma brilhante carreira internacional. A composição teve início em junho de 1959, e em 20 de julho a partitura completa já estava pronta. A redução para piano e violoncelo se fez  em uma semana e, na noite de 2 de agosto, Rostropovich recebeu em casa a sua cópia. Em quatro dias  aprendeu toda a obra de cor e correu, acompanhado do pianista Alexander Dedyukhin, para a casa de campo de Shostakovich, a fim de tocar-lhe a música. O Concerto foi estreado em 4 de outubro de 1959, em Leningrado (São Petersburgo), com Rostropovich ao violoncelo e a Orquestra Filarmônica de Leningrado, sob a direção de Yevgeny Mravinsky.

Gustav Mahler (Boêmia, atual República Tcheca, 1860 – Áustria, 1911) e a Sinfonia nº 1 em Ré maior, “Titã” (1885/1888)

A Sinfonia nº 1 em Ré maiorfoi concluída em 1888, tendo sido estreada em Praga, no ano seguinte, como um poema sinfônico. Em 1893, o compositor a rebatizou “Titã, um Poema Sinfônico em Forma de Sinfonia”. O título se deve a uma personagem romântica do poeta Jean-Paul Richter. O herói de Richter, diferentemente de seus homônimos clássicos, ocupa-se, no poema, de diálogos com a natureza e com suas aventuras não realizadas. Reelaborada e revista diversas vezes, essa obra tomou sua forma definitiva em 1906, na qual Mahler suprimiu um movimento inteiro. Seguindo a tradição do poema sinfônico, Mahler estabelece um roteiro literário que, embora possa ter sido determinante para a elaboração da obra, não é fundamental para a sua compreensão, no contexto da linguagem mahleriana.

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Hoje em sua sede própria, a Sala Minas Gerais, a Orquestra Filarmônica foi criada em 2008 pelo governo do Estado, com o intuito de inserir Minas nos circuitos nacional e internacional da música orquestral. Formada por 94 músicos, vindos do Brasil, Europa, Ásia, Américas e Oceania, e sob a direção artística e regência titular do maestro Fabio Mechetti, a Orquestra rapidamente alcançou reconhecimento do público e da crítica especializada. Administrada pelo Instituto Cultural Filarmônica, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), a Filarmônica mantém sua estrutura artística e executa sua vigorosa programação por meio de recursos públicos e privados, auditados anualmente para validar sua gestão.

SERVIÇO

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

   
   
   

Série Presto

10 de dezembro - 20h30

Sala Minas Gerais

Série Veloce

11 de dezembro - 20h30

Sala Minas Gerais

Fabio Mechetti, regente
Antonio Meneses, violoncelo

MEHMARI                              Divertimento (encomenda | estreia mundial)
SHOSTAKOVICH                     Concerto para violoncelo nº 1 em Mi bemol maior, op. 107
MAHLER                                 Sinfonia nº 1 em Ré maior, “Titã”

Ingressos: R$ 30,00 (Balcão Palco e Coro), R$ 40,00 (Mezanino), R$ 50,00 (Balcão Lateral), R$70,00 (Plateia Central) e R$90,00 (Balcão Principal).

Meia-entrada para estudantes e maiores de 60 anos, mediante comprovação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Funcionamento da bilheteria:

Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1090 – Bairro Barro Preto

De segunda-feira a sexta-feira, das 12h às 21h.

Aos sábados, das 12h às 18h.

Em sábados de concerto, das 12h às 21h.

Em domingos de concerto, das 9h às 15h.