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Hoje (23/12), a cidade de Ouro Preto é palco do projeto Música na Igreja. A atividade, que tem apoio da Secretaria de Estado de Cultura, acontece às 20h na Igreja Nossa Senhora de Lourdes às 20h, com o Grupo Cantos de Minas.

Música na Igreja

Os parques estaduais são uma excelente alternativa para quem procura descanso. Minas Gerais, rica em belezas naturais, possui parques que estão estruturados para receber os visitantes. Espalhados em diversas partes do Estado, os turistas podem optar por roteiros de aventura, trilhas, cachoeiras, que possibilitam o contato direto com a natureza.

De acordo com o Instituto Estadual de Florestas (IEF) todos os parques citados abaixo estarão abertos a visitação durante o mês de janeiro.

 

Parque Estadual Serra do Brigadeiro

 

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Foto: Evandro Rodney

 

O Parque Estadual da Serra do Brigadeiro está localizado na região da Zona da Mata, a cerca de 290 Km de Belo Horizonte. O parque fica no extremo norte da Serra da Mantiqueira, nos municípios de Araponga, Fervedouro, Miradouro, Ervália, Sericita, Pedra Bonita, Muriaé e Divino. A Serra do Brigadeiro possui inúmeras nascentes, que contribuem de maneira significativa para a formação de duas importantes bacias hidrográficas do Estado: a do rio Doce e a do Paraíba do Sul.

 

O parque abriga vários Picos: o do Soares (1.985 metros de altitude), o Campestre (1.908 m), o do Grama (1.899 m) e o do Boné (1.870 m). A altitude e o relevo amenizam a temperatura local e a neblina cobre os picos durante quase todo o ano, formando uma das mais belas imagens do local.

 

A unidade de conservação também é refúgio de espécies da fauna ameaçadas de extinção, como o sauá, o mono carvoeiro ou muriqui, a onça-pintada, a jaguatirica, o sapo-boi.  Diversas espécies de aves também podem ser observados, como o pavó, o papagaio-do-peito-roxo, o gavião-pomba, o tucano-do-peito-amarelo, o trinca-ferro e a araponga.

Sua infra-estrutura é composta por centros de pesquisa, posto da polícia ambiental, laboratórios, alojamentos para pesquisadores, centro de visitantes e de administração, residências, além das residências de funcionários. A sede da ‘Fazenda Neblina , antiga construção colonial, sede da Fazenda onde hoje se localiza o Parque, foi reformada e transformada em casa de hóspede.

 

Como chegar: Saindo de Belo Horizonte, seguir pela BR 040, no sentido do Rio de Janeiro, até a BR 356 (rodovia dos Inconfidentes), sentido Ouro Preto. Seguir pela MG 262 até o município de Ponte Nova e entrar na BR 120, sentido Viçosa. Em Viçosa, no trevo para Ubá, pegar o acesso para São Miguel do Anta e, depois, pela BR 482 até Araponga. A partir daí, seguir por 11 km de estrada de terra até a ‘Portaria Araponga do Parque. A partir de Viçosa, a estrada está bem sinalizada.

 

 

Parque Estadual do Rio Preto

 

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Foto: Rafael Botelho

 

O Parque Estadual do Rio Preto está localizado no município de São Gonçalo do Rio Preto, distante 70 Km de Diamantina. Está inserido no complexo da Serra do Espinhaço.

A unidade de conservação abriga diversas nascentes, dentre as quais se destaca a do Rio Preto, um dos mais importantes afluentes do Araçuaí, por sua vez afluente do Rio Jequitinhonha. Os recursos hídricos privilegiados favorecem a formação de cachoeiras, piscinas naturais, corredeiras, sumidouros, canion e praias fluviais com areias brancas.

 

Entre os atrativos turísticos, destacam-se as cachoeiras do Crioulo e da Sempre Viva, as pinturas rupestres e os mirantes naturais que permitem aos visitantes observar toda a área da Unidade e do entorno.

 

A fauna é rica, com a presença de diversas espécies ameaçadas de extinção como o lobo-guará, o tamanduá-bandeira, o tatu canastra e a jaguatirica.

 

Como chegar: A partir de Belo Horizonte, seguir a BR 040 no sentido de Brasília e, depois, acessar a BR 259 até Curvelo. Daí, seguir pela BR 367, sentido Diamantina. Após a cidade de Couto Magalhães, entrar na MG 214 até São Gonçalo do Rio Preto. De São Gonçalo até a portaria do Parque são 14Km de estrada de terra batida e bem sinalizada.

 

Parque Estadual do Rio Doce

 

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Foto: Carolina Paiva

 

Parque Estadual do Rio Doce está situado na porção sudoeste do Estado, a 248 km de Belo Horizonte, na região do Vale do Aço, inserido nos municípios de Marliéria, Dionísio e Timóteo.

 

A unidade de conservação abriga a maior floresta tropical de Minas, em seus 35.970 hectares e é a primeira unidade de conservação estadual criada em Minas Gerais.

Árvores centenárias, e uma infinidade de animais nativos compõem o cenário de um dos poucos remanescentes de Mata Atlântica, no Brasil: o Parque Estadual do Rio Doce.

 

Com um notável sistema lacustre, composto por quarenta lagoas naturais, dentre as quais se destaca a Lagoa Dom Helvécio, com 6,7 Km2 e profundidade de até 32,5 metros, o parque proporciona um espetáculo de rara beleza.

Como chegar: Saindo de Belo Horizonte pela BR 262, seguir no sentido de Vitória e entrar no entroncamento para São José do Goiabal, entre João Monlevade e Rio Casca. Depois, prosseguir 6,5km asfaltados pela BR 320. A partir daí, segue-se a sinalização até a entrada do parque. Outra opção é seguir pela BR 381, sentido Belo Horizonte-Governador Valadares, passando por Timóteo. Dali, até o parque, são 20km de estrada de terra.

 

Parque Estadual Nova Baden

 

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Foto: Evandro Rodney

 

O Parque Estadual de Nova Baden é um local cuja beleza é de grande destaque na região. Localizado no município de Lambari, na região sul do Estado, conhecida como Circuito das Águas.

 

A unidade de conservação abriga valiosos exemplares da fauna e a flora da Mata Atlântica. O parque é uma importante reserva de diversas espécies de anfíbios, mamíferos e aves. Dentre as espécies, destacam-se os primatas barbado, sauá, mico e macaco-prego, além da jaguatirica, quatis, tatu e tamanduá-mirim.

Como chegar: Saindo de Belo Horizonte, seguir pela BR 381 (Rodovia Fernão Dias) no sentido São Paulo até o trevo para Cambuquira. A partir daí, prosseguir pela MG 267 até o município de Lambari. O parque está a 5 km do município de Lambari.

 

Parque Estadual do Ibitipoca

 

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Foto: Evandro Rodney

 

O Parque Estadual do Ibitipoca está localizado na Zona da Mata, nos municípios de Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca. Ocupa o alto da Serra do Ibitipoca, uma extensão da Serra da Mantiqueira.

 

A Ponte de Pedra, a Janela do Céu, a Gruta dos Três Arcos e o Pico do Pião são apenas alguns dos atrativos de Ibitipoca que abriga ainda mirantes, grutas, praias, piscina natural, cachoeiras, picos e as belas cachoeiras e piscinas naturais formadas pelos Rios do Salto e Vermelho e o Córrego do Monjolinho. O pico da Lombada, também conhecido como Ibitipoca, com 1.784 metros de altitude, oferece uma vista panorâmica inigualável.

 

Como chegar: Seguir em direção a Juiz de Fora pela BR-040 e entrar no trevo de acesso à BR267, prosseguindo em direção a Lima Duarte. Para chegar ao Distrito de Conceição de Ibitipoca são mais 27Km de estrada de chão e, de lá, mais 4 Km até a portaria do parque.

 

Parque Estadual do Itacolomi

 

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Foto: Raissa Barbosa

 

O Parque Estadual do Itacolomi, localizado nos municípios de Mariana e Ouro Preto, na região sudeste de Minas Gerais, a 100 quilômetros da capital, abriga o Pico do Itacolomi. Com 1.772 metros de altitude, era ponto de referência para os antigos viajantes da Estrada Real que o chamava de “Farol dos Bandeirantes”.

 

Diversas espécies de animais raros e ameaçados de extinção podem ser encontrados na unidade de conservação, como o lobo guará, a ave-pavó, a onça parda e o andorinhão de coleira (ave migratória). O parque dispõe de Centro de Visitantes, Museu do Chá e Casa Bandeirista, além de trilhas interpretativas e atrativos naturais.

 

As visitas guiadas ao Pico do Itacolomi devem ser agendadas junto à administração. A área de camping, conta com estrutura de apoio, inclusive restaurante, devendo ser agendada a permanência no camping.

Como chegar: O acesso fica entre os municípios de Ouro Preto e Mariana. A partir de Ouro Preto, segue-se a BR-356 até o entroncamento com a MG-262, em direção ao parque. Outra opção é seguir, a partir do sul da cidade, a Rua Pandiá Calógeras, atravessar a estrada e seguir as trilhas sinalizadas.

 

Parque Estadual Mata do Limoeiro

 

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Foto: Guilherme Bergamini

 

O Parque Estadual Mata do Limoeiro está localizado na Serra do Espinhaço, a cerca de 7Km do Parque Nacional da Serra do Cipó. Sua área, que é de 2.056,7084 hectares, está situada no distrito de Ipoema, no município de Itabira. Nela, podem ser observados fragmentos de Mata Atlântica e Cerrado, já tendo sido identificadas pelo menos três espécies ameaçadas de extinção: o jacarandá-caviúna, a braúna-preta e o samambaiuçu.

 

A unidade de conservação possui diversos atrativos turísticos, com destaque para as cachoeiras Três Quedas, Paredão, Gabriel e Lagoa do Limoeiro, e abriga, ainda, corredeiras, mirantes e grutas.

 

Como chegar: A partir de Belo Horizonte, seguir a BR-381, sentido João Monlevade, até o acesso ao município de Bom Jesus do Amparo. Por este acesso, percorrem-se aproximadamente 6 km até a sede do município, onde se encontram placas indicativas com a direção de saída para o distrito de Ipoema. O acesso ao distrito é feito em estrada pavimentada, com extensão aproximada de 13 km.

 

Parque Estadual Lapa Grande

 

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Foto: Evandro Rodney

 

Localizado em Montes Claros, o Parque Estadual Lapa Grande está inserido na região de ocorrência de cerrado, ecossistema predominante em Minas Gerais.

Com cerca de 60 grutas de especial valor espeleológico, entre elas a Lapa Grande, que dá nome a Unidade de Conservação (UC), e nascentes que abastecem cerca de 40% da população do município, o Parque é um dos grandes atrativos do Norte de Minas.

 

Como chegar: O parque está localizado a 10 km do Centro da cidade de Montes Claros. O acesso fica na saída do Bairro Vila Atlântida, na zona norte do município.

 

Parque Estadual do Sumidouro / Gruta da Lapinha

 

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Foto: Evandro Rodney

 

O Parque Estadual do Sumidouro possui área total de 2.004 hectares e está situado nos municípios de Lagoa Santa e Pedro Leopoldo, ao norte da região metropolitana de Belo Horizonte, distando cerca de 50Km da capital mineira.

O parque está associado às pesquisas pioneiras, feitas na primeira metade do século XIX pelo naturalista dinamarquês Peter Wilhelm Lund, descobridor do Homem de Lagoa Santa, dos primeiros habitantes do Brasil e da megafauna extinta. Local de grande relevância histórica devido aos achados encontrados pelo pesquisador e às evidências da coexistência do homem com a fauna extinta.

 

Dentre os atrativos do Parque Estadual do Sumidouro, destacam-se:

 

· Gruta da Lapinha

Eleita uma das sete maravilhas da Estrada Real, a gruta da Lapinha está localizada dentro do Parque na Área de Proteção Ambiental – APA - Carste de Lagoa Santa, em um maciço calcário formado a cerca de 600 milhões de anos pelos restos de fundo de mar que cobria toda a região da bacia do rio das Velhas. A beleza dos grandes salões formados pela dissolução da rocha carbonática é adornada por belos espeleotemas de variadas formas. Com 511 metros de extensão e 40 metros de profundidade, a caverna é iluminada por LED, que ajuda na diminuição da temperatura interna, causando assim menor interferência no microclima local, além da valorização cênica do interior.

 

· Museu Peter Lund

O Museu Peter Lund foi inaugurado no dia 21 de setembro de 2012 e possui, área de exposição com 80 fósseis vindos do Museu Natural de Copenhagen, espaço destinado à conscientização da importância histórica e cultural do carste de Lagoa Santa, sala multiuso, duas salas com explicações sobre os Planos de Manejo do Parque e Espeleológico.

 

· Circuito Lapinha

O Circuito Lapinha é uma trilha interpretativa que complementa a visita à gruta. O visitante sai da entrada da caverna, percorre a lateral do maciço calcário, passando por regiões onde se pode contemplar as feições do relevo cárstico, a flora característica do bioma cerrado, e tem a oportunidade de atravessar o maciço passando pela Gruta da Macumba, caverna sem iluminação, mas que mostra vários elementos relacionados ao processo de formação geológica da região e registro das grandes variações climáticas do planeta.
Tempo do percurso: de 40 a 60 minutos.
O circuito é realizado por meio de agendamento prévio.

· Escalada

Realizado nos maciços da Lapinha, o atrativo oferece três opções de escalada que variam de 550 a 750 metros de distância do Receptivo Turístico Museu Peter Lund. Para praticar o esporte é necessário que o visitante saiba escalar, tenha prática e seu próprio equipamento. Importante: A escalada acontece de terça a domingo. O horário de entrada é de 9 às 13h e o horário limite para os escaladores deixarem as vias é 16h.

· Casa Fernão Dias

Aberta à visitação, a Casa Fernão Dias é um patrimônio cultural tombado pelo IEPHA – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico. O espaço ainda possui um anexo, onde funcionam áreas de apoio administrativo e à visitação à Trilha do Sumidouro. Ao visitá-la, o visitante vai conhecer a história do bandeirante Fernão Dias, que por alguns anos se instalou na região com sua tropa em busca de ouro e pedras preciosas.

· Trilha do Sumidouro

A trilha do Sumidouro começa na Casa Fernão Dias e passa pelo marco histórico “Cruz do Pai Mané”. Os visitantes são levados até o mirante da lagoa do Sumidouro, onde é possível visualizar toda a região de entorno. Em seguida, são levados ao paredão da lapa do Sumidouro, com pinturas rupestres de milhares de anos.  O retorno é feito pela orla da lagoa do Sumidouro com retorno a Casa Fernão Dias. Essa trilha é realizada por meio de agendamento prévio.

Como chegar: Saindo de Belo Horizonte, seguir pela MG 10 sentido Lagoa Santa, caminho para a Serra do Cipó. No bairro Campinho, em Lagoa Santa, entrar à esquerda sentido Lapinha, após o Km 44, e seguir as placas indicativas das duas entradas do Parque. Deste ponto são 6 km até a recepção do Museu Peter Lund/Gruta da Lapinha. Caso siga por aproximadamente mais 6 km, chega-se até a recepção Casa Fernão Dias. Todo o trajeto é sinalizado.

Monumento Natural Estadual Gruta Rei do Mato

 

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Foto: Evandro Rodney

 

A gruta Rei do Mato, situada no município de Sete Lagoas, região metropolitana de Belo Horizonte, é Monumento Natural Estadual Gruta Rei do Mato. Com uma área de 141,36 hectares, a unidade de conservação abriga uma das 50 maiores cavernas de Minas Gerais, de acordo com a Sociedade Brasileira de Espeleologia.

A Gruta Rei do Mato tem uma dimensão de 998 metros de extensão, sendo que em 220 metros é possível visitá-la por meio de passarelas e escadarias, sendo possível visualizar a profundidade de seus salões que apresentam desníveis de até 30 metros. O espaço possui quatro salões com pinturas rupestres de oito, seis e até dois mil anos, com formações de estalagmites e estalactites. Destacam-se as Colunas Gêmeas, com aproximadamente 15 metros de altura e 30 centímetros de diâmetro.

 

Como chegar: A gruta encontra-se a cerca de 70km de Belo Horizonte. Para chegar, deve-se seguir a BR-040, no sentido Sete lagoas, até a altura do km 472.

 

Monumento Natural Estadual Peter Lund / Gruta do Maquiné

 

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Foto: Sérgio Mourão

 

A gruta é considerada o berço da paleontologia brasileira e possui sete salões com belíssimas formas arquitetônicas, esculpidas pelo trabalho da água durante milênios.

A Gruta do Maquiné se tornou ponto turístico da terra do escritor Guimarães Rosa por abrigar, ao longo de 650 metros, belas esculturas naturais e estalactites de diversas formas no teto da caverna. A área aberta para os visitantes, com aproximadamente 400 metros de extensão, é estrategicamente iluminada para realçar as figuras desenhadas pelo tempo. O passeio pela gruta é feito por seguras passarelas e é acompanhado por um guia local.

Os salões e as galerias encantam e provocam a imaginação do turista. No Salão do Urso ou do Elefante, por exemplo, um grande cogumelo lembra o formato da explosão de uma bomba atômica. Já na Galeria das Fadas, é possível encontrar cristais brilhantes, parecidos com franjas, grinaldas e lustres.

Como chegar: A Gruta do Maquiné está localizada no município de Cordisburgo, a 120 km de Belo Horizonte. Deve-se seguir a BR-040 no sentido Brasília, passando por Sete Lagoas até o trevo para Cordisburgo. Do trevo, seguir pela MG 231 até Cordisburgo.

 

Informações extraídas do Instituto Estadual de Florestas

 

Para encerrar a temporada 2016 dos seus Corpos Artísticos, a Fundação Clóvis Salgado preparou uma atração especial. Trata-se de Messias, coreografia baseada no oratório do compositor alemão Haendel, com libretos de Charles Jennens, que é uma rara oportunidade de assistir à Cia. de Dança Palácio das Artes, à Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais juntos, em uma mesma montagem. Para a criação da coreografia, foram escolhidas as duas primeiras partes da composição – a Anunciação e o Nascimento de Jesus. O espetáculo é também uma comemoração aos 45 anos da Cia. de Dança Palácio das Artes.

Messias, que tem direção musical e regência de Silvio Viegas, e concepção e direção cênica de Rui Moreira, combina a dança contemporânea com a beleza e atemporalidade da música de Haendel. Participam ainda da montagem os solistas convidados Rosana Lamosa (soprano), Carolina Faria (mezzosoprano), Anibal Mancini (tenor) e Lício Bruno (baixo).

A equipe técnica de Messias é composta por artistas que têm forte relação com a arte mineira. É o caso de Pedro Pederneiras, um dos fundadores do Grupo Corpo, responsável pela iluminação do espetáculo; a renomada arquiteta Jô Vasconcellos assina sua primeira cenografia; e Luana Jardim, estreia na composição de figurinos.

Considerando o final do ano como um período em que a humanidade está envolvida nas celebrações do Natal e do Ano Novo, a diretora de Produção Artística da FCS, Claudia Malta, aponta que a escolha desse oratório, de Haendel, foi natural. “Essa montagem abrange toda a potencialidade da Fundação Clóvis Salgado, evidenciando a expertise de seus Corpos Artísticos. Estamos oferecendo um espetáculo de dança contemporânea, com uma música belíssima, ao vivo, e abordando um tema que sensibiliza a todos”, revela.

Messias contemporâneo – No processo de elaboração da coreografia, Rui Moreira buscou inspiração no significado original de Messias. Segundo ele, a palavra tem origem hebraica e quer dizer ‘o ungido – aquele que se tornou sagrado e está mais perto do divino’. “Cristo, palavra de origem grega, tem o mesmo significado”, completa.

Retornar à origem etimológica de Messias permitiu que Rui se concentrasse em um conceito mais universal da obra, desvinculado de crenças religiosas específicas. O objetivo, segundo ele, é se aproximar mais da sociedade atual, com toda a sua diversidade e multiplicidade. “O termo ungido – aquele que promove a transformação e traz a esperança, pode ser aplicado em vários contextos, até mesmo se referindo ao Exu. Em sua mitologia, ele também é um ungido. Isso quer dizer que as interpretações da Bíblia podem ser encontradas em outros livros sagrados, é uma mensagem filosófica que transcende”, destaca Rui que aposta na pluralidade para compor o espetáculo, diluindo, assim, o aspecto dogmático.

Ao lado do assistente de direção, Renato Augusto, Rui Moreira roteirizou as 29 músicas. A partir da cronologia e do roteiro presentes no libreto, foram criadas as cenas. Para o diretor, o resultado deste processo é uma coreografia que se baseia em contrastes. “Como resultado, teremos essa música erudita, clássica e europeia e, em cena, vamos identificar algumas relações de gesto que não são tão habituais, que advém desse outro território, que é a dança”, explica.

Para o diretor coreográfico, a especialização dos bailarinos como interpretes criadores contribuiu muito para o resultado final do trabalho. “Muitas vezes, buscamos adjetivar a dança como clássica, folclórica ou contemporânea, mas ela é muito mais abrangente do que esses adjetivos. Quando falamos de dança contemporânea, falamos dessa possibilidade do EU estar presente, se colocando como protagonista. Então, a especialização que essa Cia de Dança conseguiu ao longo dos anos é algo único. E é muito bom ter profissionais com essa qualidade técnica para desenvolver espetáculos”, ressalta.

Para Cristiano Reis, regente da Cia. de Dança Palácio das Artes, durante todo o processo de construção do espetáculo, Rui Moreira foi muito generoso, abrindo espaço para que os bailarinos continuassem exercendo o papel de interpretes criadores. “Esse espetáculo despertou nos bailarinos a vontade de se reinventarem. Eles terão a oportunidade de provocar o diálogo entre o pensamento contemporâneo e a obra erudita. Isso só reforça a flexibilidade de atuação que é característica desse grupo”, comemora.

Já Rui Moreira aponta que o espetáculo despertou nele a esperança e a necessidade de recuperar a dimensão do humano. “Pensar em esperança renova a esperança”, celebra. 

O Renascer de Haendel – Haendel foi um dos principais compositores barrocos da Europa no século XVII. Iniciou sua carreira na Alemanha, mas se mudou para a Inglaterra onde se estabeleceu compondo óperas nos moldes italianos como Almira, Rodrigo e Agrippina.

Entretanto, com o passar dos anos, o modelo operístico caiu no ostracismo e Haendel se reinventou passando a compor muitos oratórios, belas peças que poderiam ser interpretadas fora da temporada de óperas com uma logística mais simples, sem figurinos ou cenários. “Messias vem desse momento, em que as óperas de Haendel não faziam tanto sucesso mais. Tanto é que o oratório estreia em um teatro menor, não nos principais de Londres”, explica o maestro Silvio Viegas.

Com o passar dos anos, a força da composição de Haendel tornou Messias uma das obras de maior destaque em todo o mundo, sendo o Hallelujah uma das peças mais famosas. A beleza da composição fez também com que o oratório inspirasse coreografias e balés. “Com esse novo elemento, a obra ganha outro significado, tornando-se mais interessante para o público. Isso faz com que a mensagem de Messias alcance novos lugares”, destaca o maestro.

Para a montagem da Fundação Clóvis Salgado, Silvio Viegas adaptou as duas primeiras partes da montagem – a Anunciação e o Nascimento de Jesus.  “Fizemos um trabalho de edição, buscando dar mais vivacidade e adequação para a dança”, explica.  

Para o maestro, a união presente na música de Haendel será visível no palco a partir da apresentação conjunta dos corpos artísticos. “Acho que essa apresentação é emblemática e expressa bem essa comunhão. A Orquestra é fundamental para a peça; o Coro é uma das estrelas, assim como os solistas; e a Cia de Dança encantará o público com a coreografia que vai ajudar a contar essa história. Particularmente, fico muito feliz que esse encontro esteja acontecendo desta forma, com os três corpos artísticos tendo a noção que são parte fundamental da estrutura da FCS”, conclui.

Figurinos e cenário – Para a figurinista Luana Jardim, a principal diretriz de criação das peças foi a concepção da mensagem de Messias. Sendo assim, uma das peculiaridades do figurino são os elementos que refletem a luz e que expressam o translúcido.

Já o cenário de Jô Vasconcellos é minimalista e possui dois planos, o primeiro em EVA preto será rasgado em formas horizontais irregulares. Já no segundo, será utilizado um plano branco, com rasgos regulares na vertical. A ideia, segundo a cenógrafa, é que esse cenário ilustre o momento de caminhos mais definidos.

 

 

O Corpos Artísticos

A Cia. de Dança Palácio das Artes é reconhecida como importante companhia do Brasil sendo referência para a história da dança em Minas Gerais. Foi institucionalizada pela Fundação Clóvis Salgado, pela fusão dos integrantes do Ballet de Minas Gerais e da Escola de Dança, ambos dirigidos por Carlos Leite. O Grupo desenvolve, atualmente, repertório de dança contemporânea, atuando também nas produções operísticas da Fundação. Tendo a cocriação e a transdisciplinaridade como pilares de sua produção, a Cia desenvolve pesquisas quanto à diversidade do intérprete na cena artística contemporânea, estabelecendo frutífero diálogo entre tradição e inovação. Seu atual regente é Cristiano Reis. Em sua trajetória, já se apresentou em várias cidades de Minas, capitais do Brasil e países como Cuba, França, Itália, Palestina, Jordânia, Líbano e Portugal.

- Coral Lírico de Minas Gerais

Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais interpreta repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Além das temporadas de ópera da Fundação Clóvis Salgado, participa das Séries Lírico ao Meio-Dia, Lírico em Concerto e Lírico Sacro. Em sua trajetória, o Coral Lírico de Minas Gerais teve como regentes os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu Miranda Gomes, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda, Márcio Miranda Pontes e Lincoln Andrade.

- Orquestra Sinfônica de Minas Gerais

A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais é uma das mais ativas orquestras do país, tendo sido declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Em constante aprimoramento, cumpre o papel de difusora da música erudita, na diversidade de sua atuação em óperas, concertos e apresentações na capital e interior do Estado. Além dos Concertos no Parque, Sinfônica ao Meio-dia e Sinfônica em Concerto, merece destaque o reconhecido programa Sinfônica Pop, que convida artistas da música popular brasileira para se apresentarem com a orquestra. Seu atual regente titular é o maestro Silvio Viegas, que foi antecedido por nomes como os de Wolfgang Groth, Sérgio Magnani, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Aylton Escobar, Emílio de César, David Machado, Afrânio Lacerda, Holger Kolodziej, Charles Roussin, Roberto Tibiriçá e Marcelo Ramos.

Solistas convidados

Rosana Lamosa (Soprano) - É reconhecida como uma das mais importantes sopranos brasileiras sendo artista frequente nos principais palcos do Brasil como protagonista em famosos títulos e estreias mundiais. São especialmente reconhecidas suas performances como Melisande, Mimi, Violetta, Marie, Gilda, Micaela e Lucy. Interpretou Cecy (Il Guarany) no Teatro São Carlos (Lisboa), Armide (Gluck) no Festival de Buxton e Gilda (Rigoletto) na Michigan Opera House. Apresentou-se também no Carnegie Hall e Concert Hall de Seoul. Recebeu o Prêmio APCA de melhor cantora, o Prêmio Carlos Gomes por sua carreira de destaque e a Ordem do Ipiranga por serviços prestados à arte e à cultura. Gravou "Canções de Amor" de C. Santoro (Quartz/Clássicos), Jupyra de F. Braga com a Osesp (BIS), as Bachianas Brasileiras nº5 (Villa–Lobos) com a Nashville Symphony Orchestra (Naxos), Canções de G. Mendes e a Missa de N. Sra. Conçeição do Pe. J.M. Nunes Garcia com a OSB (Biscoito Fino).

Carolina Faria (Mezzosoprano) - Reconhecida por seu timbre quente e escuro, expressividade e domínio cênico, tem construído uma carreira de serviços à arte e à educação brasileiras nos últimos doze anos. Possui vasto repertório em ópera, oratório, canção sinfônica, música de câmera e vanguarda. Ganham destaque suas interpretações como Herodias em Salomé, de Strauss; Baba the Turk em The Rake’s Progress, de Stravinsky; Hermia em A Midsummer Night’s Dream, de Britten; Gymnasiast em Lulu, de Berg; Corrado em Griselda, de Vivaldi; e Grimgerde em A Valquíria, de Wagner.  É professora de canto e publica o blog Boa Chance, canal de informação e formação de jovens artistas.  Bacharel em Canto pela UFRJ, prossegue em seu aperfeiçoamento sob a orientação do tenor Eduardo Álvares.

Anibal Mancini (Tenor) - É um tenor lírico leggero, conhecido pela agilidade de suas coloraturas, beleza de timbre, rico fraseado e interpretações precisas. Atualmente é membro do elenco estável do Theatro São Pedro de São Paulo. Dentre suas performances recentes destacam-se os concertos de gala no Theatro São Pedro de São Paulo nos quais interpretou "Cessa di più resistere" (conte Almaviva - Il Barbiere di Siviglia), "A te o cara" (Arturo - I Puritani), trechos de Die Zauberflöte, de Mozart (Tamino) e de La Belle Hélène de Offenbach e recital com canções de Puccini e Zandonai. Anibal foi um dos vencedores do 11º Concurso Maria Callas em 2011 e, em 2013, foi nomeado Revelação Lírica pelo Blog Ópera e Ballet. Estudou Canto na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro com Mirna Rubim e Carol McDavit.

Licio Bruno (Baixo/Barítono) – Vencedor doPrêmio Carlos Gomes 2004recebeu a Ordem do Mérito Cultural Carlos Gomes e a Medalha Cinquentenário das Forças Brasileiras Internacionais de Paz da ONU, pelos préstimos à cultura e música brasileiras. Com 10 primeiros prêmios em concursos nacionais e estrangeiros e mais de 70 personagens, é o único brasileiro a ter interpretado o Wotan da tetralogia wagneriana. Cantou na Europa, América Latina e Indonésia. Foi Membro e Artista convidado da Ópera Húngara (2001/2008). Professor e diretor cênico, é Bacharel pelo CBM-RJ (docente entre 2009/2014) com aperfeiçoamento pela Franz Liszt Academy of Music, Budapeste (1995-1998) e Mestre em Performance pela UNIRIO (2016). Em 2015 lançou o CD “Ê vida, ê voz! - Canções de Edmundo Villani-Côrtes” em duo com a pianista Cláudia Marques.

Equipe de criação

Silvio Viegas – Direção Musical e Regência - Silvio Viegas é Mestre em Regência pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais. Esteve à frente das orquestras: Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, por 8 anos; Sinfônica Brasileira; Sinfônica de Minas Gerais; Filarmônica do Amazonas; Orquestra Sinfônica de Roma e Orquestra da Arena de Verona (Itália); Sinfônica do Teatro Argentino de La Plata e Sinfônica do Sodre (Argentina), entre outras. É o regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Professor de Regência na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Rui Moreira – Concepção e Direção Coreográfica - Bailarino, coreógrafo/intérprete criador e investigador de culturas, é original de São Paulo e está radicado em Belo Horizonte. Sua carreira é fortemente marcada pela participação no Grupo Corpo (MG), companhia que integrou durante 14 anos. A formação artística de Rui Moreira mescla a formação em danças acadêmicas (dança clássica e moderna) com o interesse por diversas manifestações populares de diversas culturas. Criou a Cia. SeráQuê? e a Rui Moreira Cia de Danças e desenvolve criações para outros elencos. Assinou coreografias para: Cia SeráQuê?, Cisne Negro Cia. de Dança, Balé Teatro Guaíra, Cia. de Dança do Amazonas, Cie. Azanie (França), São Paulo Cia. de Dança, e também para cinema, televisão e coletivos multi-artísticos.

Jô Vasconcellos – Formada pela Escola de Arquitetura da UFMG, possui curso de Especialização em Restauração e Conservação de Monumentos e Conjuntos Históricos - convênio Seplan-PR/Sphan/Fundep/UFMG. Participou de exposições no Brasil e exterior. Tem vários projetos e obras publicadas em livros e revistas nacionais e internacionais. Foi uma das fundadoras da revista Pampulha-arquitetura, design e meio ambiente e publicou vários livros sobre sua obra. Possui vasto acervo de projetos e obras. Assessora de arquitetura, urbanismo e paisagismo para o Circuito Cultural Praça da Liberdade. Arquiteta autora do projeto Estação da Cultura Presidente Itamar Franco/Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Autora do projeto do Museu da Cachaça, de Salinas, considerado um dos dez melhores museus mundiais pela revista Archdaily -Londres.

Luana Jardim – Formada em Design de Moda, um de seus trabalhos de grande destaque foi a coleção Specular, ainda durante a faculdade, no qual o minério de ferro foi utilizado como matéria-prima. Devido ao destaque dessa coleção, a estilista foi convidada a participar do Fashion Rio e apresentar suas criações, atraindo a atenção do público e da mídia. Buscando mais conhecimento, Luana se radicou em Londres onde fez cursos de figurino, styling e design de calçados. Em 2009, cursou uma pós-graduação em Milão, fortalecendo seu interesse por acessórios de luxo. Desde então, a estilista e empresária se dedica a sua própria marca, e assina projetos especiais de arte e figurino.  

Pedro Pederneiras –Engenheiro civil e um dos fundadores do Grupo Corpo, onde dançou, foi diretor da Escola de Dança e é o diretor técnico desde 1989. Trabalha como iluminador de espetáculos e consultor para construção e reformas de teatros. Dentre os inúmeros trabalhos de iluminação estão: Orlando, direção de Bia Lessa e A Idade da Ameixa, direção de Guilherme Leme (Prêmio Sinparc 2004). Destacam-se também Se Eu Pudesse Entrar na sua Vida e Tudo que se Torna Um, coreografias de Sônia Mota, da Cia de Dança do Palácio das Artes, sendo que esta recebeu o Prêmio Sinparc 2012. Iluminou as óperas A Menina das Nuvens, direção de William Pereira e Prêmio Carlos Gomes 2010; La Bohème, direção de Luiz Aguiar; Madame Butterfly, direção de Henrique Passini; Tosca, direção de Carla Camurati, Um Baile de Máscaras, direção de Fernando Bicudo e Romeu e Julieta, direção de Pablo Maritano.


 

O Natal também pode ser celebrado por meio da arte. Como ode à data que celebra o nascimento de Cristo, a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa disponibiliza aos seus frequentadores duas exposições temáticas até janeiro.

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“Ciclo natalino: manifestações de fé e sabedoria popular” – exposição Em Destaque - coloca à mostra livros que referenciem folguedos que acontecem em toda Minas Gerais, em louvor ao Menino Jesus e aos Santos Reis. Complementa a exposição o presépio “O Vôo das folhas secas”, de Jackson Lúcio Fagundes, emprestado do acervo da Fundação de Arte de Ouro Preto - FAOP.

Participando das comemorações natalinas, o Hall de Coleções Especiais da Biblioteca oferece ao público referências de Natal existentes em seu acervo de Obras Raras, constituído de Bíblias variadas e outros livros sobre o tema : La Sainte Bible (1866); Livre d’Heures, de La Reine Anne de Bretagne (1864) e Les Evangiles dês Dimanches et Fêtes de Lánne (1864), além de imagens da coleção de artes da Renascença Italiana.

Eliani Gladyr, coordenadora do Setor de Coleções Especiais, explica que a ideia foi captar o verdadeiro espírito natalino. “Através da memória preservada no rico acervo da Biblioteca, exemplicamos o caráter atemporal e universal inerente ao Natal. Esperamos que essas obras direcionem o público a sentir a inspiração da data. Nesta mostra podemos perceber como artistas de diferentes lugares e épocas viram esse momento que, no fim, mesmo que em linguagens diversas, trazem uma unidade de mentalidade e signifcado. São mensagens de esperança, renovação e paz representadas em diversas maneiras”.

A programação faz parte do Natal Minas Gerais 2016, realizada pela Circuito Liberdade, Iepha e Cemig, e que conta com diversas atrações até dia 6 de janeiro. A agenda completa das atividades pode ser acessada em www.circuitoculturalliberdade.com.br.

Serviço: Exposição “Ciclo natalino: manifestações de fé e sabedoria popular”

Endereço: Praça da Liberdade, 21, Belo Horizonte, Minas Gerais

Data: Até 06/01/2017

Horário: Segunda a sexta de 8h às 18h, às quintas feiras o horário é estendido até às 20h e aos sábados alternados de 8h às 12h

Local: Setor de Referência e Estudos  - Anexo professor Francisco Iglésias – 3º andar

Serviço: Exposição de acervo natalino

Data: Até 31/01/2017

Horário: Segunda a sexta-feira, das 8h às 18h 

Local: Hall das Coleções Especiais da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa

Entrada franca

 

A Fundação Clóvis Salgado promove, por meio do Cine Humberto Mauro, a Mostra Ginger & Fred, dedicada aos dançarinos Ginger Rogers e Fred Astaire, responsáveis por uma das parcerias mais icônicas do cinema norte-americano. A programação é composta por todos os filmes em que eles contracenam - um total de 10, produzidos entre 1933 e 1949. A curadoria é de Philipe Ratton, Bruno Hilário e Vítor Miranda.

Símbolos do charme e elegância da era de ouro de Hollywood, os artistas provavam em cena sua precisão técnica, reflexo de uma trajetória de sucesso na Broadway e de anos de estudo. Para a população estadunidense os filmes leves, engraçados e românticos, sempre com um final feliz, serviram para amenizar um momento complexo, a quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929. “Nessa época, os filmes foram produzidos sem grandes pretensões dramáticas, buscando entreter e divertir a população. Eram filmes otimistas que tinham o objetivo de proporcionar leveza e encantamento ao público”, conta Bruno Hilário, curador da mostra.

Dança como elemento central - As presenças marcantes de Fred e Ginger conquistaram os espectadores e consagraram a dupla desde sua primeira aparição, em Voando para o Rio (1933). O formato foi bem-sucedido representou uma grande inovação formal para a produção de musicais. Passou-se a fazer um uso bem maior da câmera parada, contrariando a constante movimentação típica de um musical. “Os enredos de todos os filmes de Fred e Ginger são semelhantes, porque essa não era a preocupação principal. O importante era a dança. A performance dos dois era tão singular que a câmera parada se fazia necessária, de forma a dar mais espaço e enfoque ao corpo e à técnica”, explica Vitor Miranda.

Assim sendo, a carreira da dupla foi importante também no sentido de fortalecer a dança enquanto dispositivo cinematográfico. Com apresentações inesquecíveis, Fred Astaire e Ginger Rogers interpretavam seus personagens de forma complementar, sempre transbordando qualidade e sintonia. Curiosamente, todo o entrosamento percebido em cena não existia na vida real: embora tenham cumprido magistralmente seus papéis e formado um dos maiores duos da história do Cinema, os artistas não se gostavam. A reconciliação viria apenas mais tarde, no fim da carreira e foi coroada na 39ª cerimônia de premiação do Oscar, em 1967, em que apresentaram o vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado.

 

PROGRAMAÇÃO

9 SEX

17h MOSTRA GINGER & FRED | Voando para o Rio, de Thornton Freeland (Flying Down to Rio, EUA, 1933) | 89’

19h MOSTRA GINGER & FRED | A Alegre Divorciada, de Mark Sandrich (The Gay Divorceé, EUA, 1934) | 10 anos | 107’

21h MOSTRA GINGER & FRED | Vamos Dançar?, de Mark Sandrich (Shall We Dance, EUA, 1937) | 109’

10 SAB

14h MOSTRA GINGER &; FRED | O Picolino, de Mark Sandrich (Top Hat, EUA, 1935) | 101’

16h MOSTRA GINGER & FRED | Nas Águas da Esquadra, de Mark Sandrich (Follow the Fleet, EUA, 1936) | 110’

18h MOSTRA GINGER & FRED | Ritmo Louco, de George Stevens (Swing Time, EUA, 1936) | 103’

20h MOSTRA GINGER & FRED | Roberta, de William A. Seiter (EUA, 1935) |106’

11 DOM

16h MOSTRA GINGER & FRED | Dance Comigo, de Mark Sandrich (Carefree, EUA, 1938) | 83’

18h MOSTRA GINGER & FRED | A História de Irene Castle e Vernon, de H.C. Potter (The Story of Vernon and Irene Castle, EUA, 1939) | 93’

20h MOSTRA GINGER & FRED | Ciúme, Sinal de Amor, de Charles Walters (The Barkleys of Broadway, EUA, 1949) | 109’

12 SEG

17h MOSTRA GINGER & FRED | A Alegre Divorciada, de Mark Sandrich (The Gay Divorceé, EUA, 1934) | 10 anos | 107’

19h MOSTRA GINGER & FRED | Voando para o Rio, de Thornton Freeland (Flying Down to Rio, EUA, 1933) | 89’

21h MOSTRA GINGER & FRED | O Picolino, de Mark Sandrich (Top Hat, EUA, 1935) | 101’

13 TER

15h MOSTRA GINGER & FRED | Roberta, de William A. Seiter (EUA, 1935) |106’

17h MOSTRA GINGER & FRED | Ritmo Louco, de George Stevens (Swing Time, EUA, 1936) | 103’

19h MOSTRA GINGER & FRED | Nas Águas da Esquadra, de Mark Sandrich (Follow the Fleet, EUA, 1936) | 110’

21h MOSTRA GINGER & FRED | A História de Irene Castle e Vernon, de H.C. Potter (The Story of Vernon and Irene Castle, EUA, 1939) | 93’

14 QUA

15h MOSTRA GINGER & FRED | Dance Comigo, de Mark Sandrich (Carefree, EUA, 1938) | 83’

17h MOSTRA GINGER & FRED | Vamos Dançar?, de Mark Sandrich (Shall We Dance, EUA, 1937) | 109’

19h TRAGA SEU FILME | Duelo de MCs: Sobrenome Rua, de Eduardo Nascimento Jr. e Thiago Soares (BRA-MG) | 12 anos | 24’

O Som que vem das Ruas, de Daniel Veloso e Eduardo Zunza (BRA-MG, 2011) | 34’

21h MOSTRA GINGER & FRED | A Alegre Divorciada, de Mark Sandrich (The Gay Divorceé, EUA, 1934) | 10 anos | 107’

15 QUI

15h MOSTRA GINGER & FRED | Ciúme, Sinal de Amor, de Charles Walters (The Barkleys of Broadway, EUA, 1949) | 109’

17h HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA | A Roda da Fortuna, de Vincente Minnelli (The Band Wagon, EUA, 1953) | 111’ | Sessão comentada pelo doutor em Artes/cinema pela Escola de Belas Artes da UFMG José Ricardo da Costa Miranda Junior

19h30 SESSÃO BDMG |

21h30 MOSTRA GINGER & FRED | Voando para o Rio, de Thornton Freeland (Flying Down to Rio, EUA, 1933) | 89’

16 SEX

15h MOSTRA GINGER & FRED | Nas Águas da Esquadra, de Mark Sandrich (Follow the Fleet, EUA, 1936) | 110’

17h MOSTRA GINGER & FRED | O Picolino, de Mark Sandrich (Top Hat, EUA, 1935) | 101’

19h MOSTRA GINGER & FRED | Roberta, de William A. Seiter (EUA, 1935) |106’

21h MOSTRA GINGER & FRED | Ritmo Louco, de George Stevens (Swing Time, EUA, 1936) | 103’

17 SAB

14h MOSTRA GINGER & FRED | Vamos Dançar?, de Mark Sandrich (Shall We Dance, EUA, 1937) | 109’

16h MOSTRA GINGER & FRED | A História de Irene Castle e Vernon, de H.C. Potter (The Story of Vernon and Irene Castle, EUA, 1939) | 93’

18h MOSTRA GINGER & FRED | Ciúme, Sinal de Amor, de Charles Walters (The Barkleys of Broadway, EUA, 1949) | 109’

20h MOSTRA GINGER & FRED | Dance Comigo, de Mark Sandrich (Carefree, EUA, 1938) | 83’

 

Mostra Ginger & Fred

Período: 9 a 17 de dezembro

Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1537 – Centro

Entrada gratuita, com retirada de ingressos 30 minutos antes de cada sessão

Informações para o público: (31) 3236-7400

 

A memória documental e icnográfica dos que lutaram por liberdade e cidadania no sertão oeste de Minas Gerais, entre as décadas de 1920 e 1980, pode ser revisitada a partir de hoje (22) no site www.heroisdademocracia.com.br.

Carta de Lucília Rosa solicitando assinaturas do Jornal O Povo

O potencial de pesquisa da plataforma é bastante vasto, e remete especialmente ao estado ditatorial instituído em decorrência do golpe civil-militar de 1964, que perdurou até meados da década de 1980.

Promover o acesso ágil às informações de um trecho revolucionário da história mineira e brasileira é o objetivo do portal, desenvolvido pela Prefeitura de Uberlândia a partir do acervo do Arquivo Público Mineiro (APM). Por lá, o público pode buscar pelos documentos das vítimas originárias de cada um dos 66 municípios do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

Foram quatro meses de trabalho separando dentre os mais três quilômetros de documentos aqueles que relacionavam nomes de mineiros vindos desta região. A maioria estava entre os processos do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) e do Conselho dos Direitos Humanos de Minas Gerais (Conedh-MG).

A concretização desta plataforma, em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura, surge do processo de prospecção feito pelo autor Luiz Alberto Molinara para seu livro “Lucilia – Rosa Vermelha”. A obra debruça-se sobre a trajetória de um dos principais nomes do movimento contra o regime em Minas Gerais.

Lucilia elegeu-se como vereadora em 1947, uma das primeiras mulheres a assumir tal posto no Estado, e, mesmo passando 50 anos dos seus 98 em Uberaba, foi em São Paulo que consolidou sua forte atuação política, chegando até mesmo a morar com Anita Leocádia Benário Prestes.

As revelações da biografia da feminista e comunista mineira foram as grandes inspirações para o novo site. “Este acervo contribui para elucidar o vigor da ação de libertários triangulinos e do Alto Paranaíba. Militantes dos movimentos sindicais, estudantis e de organizações políticas progressistas foram as principais vítimas da chamada polícia política. Esta ação vai ao encontro com a diretriz do Governo do Estado de regionalização e atenção às demandas do interior”, afirma o superintende do APM, Thiago Veloso Vitral.

Para a Secretária de Cultura de Uberlândia, Iara Helena Magalhães, o acesso à informação é princípio fundamental à solidificação da democracia e à plenitude do Estado de Direito. “Até há pouco a história era escrita somente pelos “vitoriosos”. Com os avanços da cidadania, pesquisadores, arquivos públicos, universidades e a internet têm contribuído, imensamente, para se ter esta memória revista em um momento tão delicado de nossa democracia”, afirma.

ARQUIVO PÚBLICO MINEIRO

Criado em Ouro Preto, em 1895, o Arquivo Público Mineiro é a instituição cultural mais antiga de Minas Gerais – possui atualmente 121 anos. Ele é responsável pela gestão do patrimônio arquivístico produzido pelo Poder Executivo do Estado e dos documentos privados de interesse público e social.

Seu acervo reúne milhares de manuscritos, impressos, mapas, fotografias, filmes, livros, periódicos, entre outros documentos, abrangendo desde o século XVIII até o século XXI. Localizada na Avenida João Pinheiro, 372, a casa que hoje abriga o Arquivo Público Mineiro integra o patrimônio arquitetônico de Belo Horizonte e faz parte do Circuito Liberdade.

SERVIÇO

Site Heróis da Democracia – Vítimas das ditaduras no Triângulo Mineiro e no Alto Paranaíba. www.heroisdademocracia.com.br.


 

Uma grande partitura musical mineira, representada por cinco  cidades do interior, mais a capital, foi composta pelas peculiaridades sonoras de músicos aprendizes e profissionais, de modo gratuito e democrático. Este foi o resultado das residências artísticas, uma experiência cultural viva de formação musical, escrita ao longo de seis meses por jovens, adultos e crianças da cadeia criativa da música em Minas Gerais, no projeto “Territórios de Invenção – Residências Musicais”.

Em Belo Horizonte, com Roberto Victorio

Desenvolvido por meio de parceria entre a Secretaria de Estado de Cultura (SEC) e a Fundação de Educação Artística (FEA), além da Secretaria de Estado de Educação (SEE), o programa de formação residencial envolveu universidades federais, como o Departamento de Música da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), os Conservatórios Estaduais de Música Lorenzo Fernãndes, Juscelino Kubitschek de Oliveira e Lobo Mesquita em Montes Claros, Pouso Alegre e Diamantina, respectivamente.

O processo criativo, iniciado em junho deste ano e que, até este mês, passou pelas cidades de Diamantina, Pouso Alegre, Montes Claros, Uberlândia, Ouro Preto e Belo Horizonte envolveu estudantes, professores e pesquisadores em residências musicais com duração média de duas semanas, cada uma.

Realizado também em equipamentos culturais e escolas de música no interior  e capital do estado, por meio do Programa Música Minas, da Secretaria de Estado de Cultura, o "Territórios de Invenção – Residências Musicais" fez ecoar a sonoridade singular e original de Minas Gerais e deu novo impulso aos Conservatórios Estaduais de Música.

Multiplicidade e originalidade

O edital do Programa Música Minas, executado pela Secretaria de Estado de Cultura, buscou inspiração na obra “Seis Propostas para o Próximo Milênio”, de Ítalo Calvino, que ressalta alguns pontos necessários para os tempos, como “Leveza”, “Rapidez”, “Exatidão”, “Visibilidade” e, sobretudo, “Multiplicidade”.

Em Diamantina, alunos e músicos

O objetivo inicial, seria a emergência de uma poética alinhada à pluralidade, elaborado com base no livro do escritor cubano-italiano Calvino, sublinhando o processo, a experimentação e a trajetória como ítens primordiais na tessitura dessa partitura musical, que fez soar a música mineira e embalou os conhecimentos, anseios, sonhos e perspectivas nas cidades de Minas Gerais.

A ideia dos "Territórios de Invenção" corteja à singularidade necessária de cada um dos territórios inventivos, criados por profissionais consolidados na cena contemporânea da música mineira.

Artistas residentes da Fundação de Educação Artística, com vasta experiência musical e rítmica, com carreira nacional e internacional e formação acadêmica, se mudaram para o interior durante alguns períodos para levar a vivência das residências artísticas.

A escola implementou o modelo de residência artística há 50 anos (em 1965). Nos "Territórios de Invenção", a dinâmica contemporânea e, ao mesmo tempo inovadora  é marcada pelas características de integração entre gerações, expressões artísticas e gêneros musicais.

No âmbito da formação, a Fundação de Educação Artística imprimiu, através dos profissionais residentes, inquietações e amplas percepções sobre o contexto cultural mineiro, naturalmente rico musicalmente, como ressaltou o secretário de Cultura, Angelo Oswaldo.

Para ele, a expectativa para o êxito do projeto encontra razões na vocação do estado.

“Minas Gerais é extremamente musical. As cidades selecionadas para receber as residências dispõem de conservatórios, orquestras ou cursos superiores de música, ou seja, toda uma estrutura que vem ser incrementada com esse programa”

Angelo Oswaldo, secretário de Estado de Cultura 

Nomes de peso da cena da música mineira, como Odette Ernest Dias e Marcelo Chiaretti (Diamantina), Kristoff Silva (Pouso Alegre), Grupo Serelepe (Montes Claros), Rafael Macedo e Sérgio Rodrigo (Uberlândia), Grupo Oficcina Multimédia (Ouro Preto) e Roberto Victorio (Belo Horizonte), levaram conhecimentos em composição, ritmo, teoria, acervo, gravação, formação de orquestra, entre outros.

Os artistas assumiram o desafio de estrear a primeira edição do projeto de educação musical, incentivando e aprimorando a formação de músicos, musicistas e compositores, difundindo a música nas diversas regiões do Estado. 

“As residências artísticas tiveram grande importância na formação musical das localidades onde foram realizadas. Uma experiência única, que abriu espaço para o diálogo entre os músicos profissionais e os músicos locais e, através deste encontro, proporcionou a geração de algo novo"

Marcelo Chiaretti, músico, compositor e professor na Fundação de Educação Artística

Chiaretti toma como exemplo Diamantina. Segundo ele, a atualização do repertório musical da cidade, trabalhada na residência naquela cidade, junto com uma pesquisadora de acervos Odette Ernest Dias possibilitou debruçar sobre este repertório histórico, conferir novas roupagens ao acervo e despertar para esse viés musical. "Um momento mágico e de encantamento, em que fizemos soar os Sons da cidade e saímos, os artistas e os músicos, modificados pela experiência” , conta.

As características culturais das cidades-polo foram escolhidas para legitimar a proposta específica de cada mini-residência. A escolha da cidade e os temas maestros foram traçados visando a composição de um conjunto coerente, que pudesse, também, ir ao encontro das aspirações dos músicos e dos artistas locais.

A autenticidade musical dos lugares escolhidos, cuidadosamente observado ao longo do processo de residência artística, foi primordial como há de ser quando se propõem ações culturais, com origem na capital, para núcleos do interior do estado. Cada núcleo local é único e possui tradições e realizações insubstituíveis – que reverberaram no interior pelos "Territórios de Invenção".

Cada residência foi “composta” como experimentação, sem receitas, sem formato pré-estabelecido, mas com um roteiro vivo desenvolvido entre os artistas e os músicos, ressaltando a singularidade dos trabalhos artísticos, de cada cidade, de cada público. 

Desse modo, a ressonância de cada residência artística passou a ser tão importante quanto sua realização. Essa “ressonância”, que pode ser apreendida como memória cultural viva incrustada em Minas Gerais, proporcionada e revelada pelo Governo de Minas Gerais, pode ser apreciada com minúcias nas descrições sobre os processos das seis mini-residências, em cada local do interior, a seguir.

Os sons da cidade

Em Diamantina, Marcelo Chiaretti e Odette Dias

Dez dias intensos de música e pesquisa em Diamantina. Assim aconteceu a residência de Odette e Marcelo no Conservatório Lobo de Mesquita, durante o mês de julho de 2016. O rico patrimônio musical da cidade foi o território da residência, a partir das pesquisas da Odette nos acervos, desde os anos 1980.

Como disse a flautista e pesquisadora, o que caracteriza uma residência é o “convívio”. Mais de 30 músicos participaram da experiência, a maioria deles professores e estudantes do conservatório.

Juntos, os participantes percorreram os acervos da cidade e descobriram ou redescobriram partituras do Século XIX; fizeram uma roda de polcas, choros e maxixes no mercado; discutiram sobre a preservação dos acervos e sobre formas de se promover o patrimônio musical; ao final, fizeram um belo concerto na Igreja do Amparo.

Re-verbo: ressonâncias do encontro entre música e palavra

Em Pouso Alegre, com Kristoff Silva 

Durante duas semanas, todos os dias, das 18h às 22h, 12 participantes reuniram-se no Conservatório Estadual de Pouso Alegre com o compositor Kristoff Silva. A residência artística recebeu o nome de “Re-verbo: ressonâncias do encontro entre palavra e som”.

A ideia inicial era investigar o que une uma letra a uma melodia, como as duas formam um sentido coeso, pesquisa que se desenvolve a partir dos apontamentos de Luiz Tatit sobre o assunto.

Junto a esse trabalho de caráter mais analítico, outro se desenvolvia, no rumo da criação. Aí já não contava apenas a forma canção, mas a exploração sonora em si, tendo a palavra como matéria-prima.

Até os sons dos nomes próprios dos participantes serviram de base para improvisações e criações. A voz, lugar onde fala e canto se encontram, tornou-se o principal território de exploração.

“Foi uma experiência que ainda hoje reverbera. Primeiramente, é importante frisar que existe uma diferença grande entre esta experiência intensa de contato com artistas naquilo que eles têm de mais especial. ‘Educar’ é conduzir de dentro para a fora, em um movimento em direção ao outro, por isso, é fundamental o investimento do Estado nestas iniciativas. A experiência desta vivência tende a reverberar e, inclusive, alterar o curso de vida dos que estiveram envolvidos e dos que vierem a se envolver futuramente com os aspectos musicais trabalhados na cidade de Pouso Alegre"

Kristoff Silva, músico, compositor e professor na Fundação de Educação Artística

A oportunidade surgiu, segundo o músico e compositor Lucas Tibúrcio, no momento em que o artista está mudando o rumo da sua trajetória musical, o que o fez revisitar nuances de suas composições e absorver conhecimentos teóricos que vão contribuir nos seus processos criativos.

"Estar imerso, durante quase duas semanas, envolvido exclusivamente com a música, as teorias e os aspectos composicionais passados pelo professor serão largamente aproveitados em meu trabalho"

Lucas Tibúrcio, músico e compositor

A cidade de Pouso Alegre, continua Tibúrcio, "ganha com esta cultura viva produzida durante o processo de residência, pois alastra conhecimentos sobre as influências e a música mineira e também sobre o trabalho de formação musical realizado pelos Conservatórios Estaduais, gerando novos potenciais no cenário”.

Ao final, a residência artística resultou em uma performance ao vivo no Conservatório Estadual Música Juscelino Kubitschek de Oliveira ao som das composições gravadas pelos músicos durante a residência ‘Re-verbo .

Todos os participantes, orientados por Kristoff Silva, criaram uma instalação musical que ocupou os três andares do conservatório com projeções, sons pré-gravados, combinados com performances ao vivo, mostrando ao público uma parte do processo dessa residência artístico-musical.

Canções e brincadeiras musicais

Em Montes Claros, com Serelepe

Em agosto de 2016, Gabriel, Reginaldo e Tadeu, do grupo Serelepe, estiveram em residência durante dez dias no conservatório Lorenzo Fernandes, em Montes Claros.

Participaram com eles dessa experiência em torno de 20 pessoas, a maioria, professores do conservatório.

A residência contou com a participação alternada (e animada) de grupos de crianças. O território dessa residência girou em torno de brincadeiras musicais, da construção de instrumentos e da reflexão sobre o brincar.

Como na brincadeira de roda, um espaço comum foi criado, em que o conhecimento foi compartilhado e a relação professor-aluno, problematizada. 

“Minas Gerais tem várias ‘minas musicais’ e a troca será sempre uma soma, sobretudo para a música mineira e sua continuidade. O trabalho foi fundamental para reascender a chama e o gosto pela música tocada na cidade e pelo trabalho realizado no conservatório. Os músicos  e professores que participaram da residência se enriqueceram com uma nova forma de aprendizado que levarão para outros conhecedores e amantes da música, além de terem reavivado a  importância dos Conservatórios Estaduais de Música para o Estado”

Sandra Soares, vice-diretora do Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandes

Para além de se aprender uma canção, para além de se ensinar uma brincadeira, foram experimentadas novas formas de se relacionar com o outro e com o mundo através da música, com novas lentes para novas perspectivas. Como aponta a letra da música: “abre a roda, desanda a roda... com ela me abraçarei.”

Ouvidos em movimento: criação e performance musicais coletivas

Ideias e caminhos para uma composição musical foram traçados pelos artistas Rafael Macedo e Sérgio Rodrigo, que estiveram em residência em Uberlândia, na primeira quinzena de agosto de 2016.

Em Uberlândia, com Sérgio Rodrigo

Todos os dias, eles se reuniram, na Oficina Cultural, com mais 15 músicos e estudantes, para juntos apresentarem diversas abordagens sobre processos e técnicas composicionais intercalando com atividades práticas, voltadas à realização musical das ideias discutidas.

Intensos momentos de apreciação musical e de treinamento rítmico e diversas outras modalidades de jogos musicais foram mesclados com exercícios de criação coletiva, com o intuito de se estabelecer uma prática dinâmica e criativa.

Aos poucos, uma peça musical foi se formando, e cada músico pôde experimentar os desafios referentes às relações entre projeto composicional e realização musical. 

Todos participaram do processo de estruturação da peça e fizeram parte da performance, “compondo” através de uma interação e uma prática musical coletivas, com o resultado sonoro dos engajamentos e contribuições de cada um.

Rítmica no espaço cênico

Em Ouro Preto, com Ione de Medeiros e OficcinaMultimédia 

A residência em Ouro Preto teve como aspecto central uma vivência corporal, pautada em estímulos rítmicos relacionados às múltiplas possibilidades de organização do corpo no espaço-tempo.

O objetivo foi utilizar o pulso como referência inicial para organizações rítmicas expandindo para combinações mais complexas, como jogos de pergunta e resposta, procedimentos em cânones e repetições.

Como suporte para essa pesquisa, os alunos fizeram exercícios práticos compreendendo o uso de sons vocais, textos, batimentos corporais, gestos, movimentos, além da utilização de objetos.

As atividades compreenderam criação e improvisação individual e em grupo, a partir de estímulos diversos.

Tema: O tripé composição, pesquisa e regência

A residência em Belo Horizonte, estruturada em torno dos três pilares que envolvem o trabalho do compositor Roberto Victorio - a composição, a etnomusicologia e a regência -, foi direcionada por suas pesquisas, a partir de workshops de composição e de etnomusicologia, e pela montagem das obras escritas durante o processo, além da regência das obras, e também de outras, como instância final da residência.

Desde 1999, Roberto Victorio pesquisa a etnia Bororo, do Mato Grosso, tendo vivido com eles por três anos para estudar a sua música ritual e para desenvolver a mecânica de transposição de sua realidade ritual para o universo da música de concerto.

Registros e perspectivas

O "Territórios de Invenção" foi encerrado com uma mesa redonda, que reuniu todos os seus atores e convidados, para discutir os resultados.“Esse foi o momento mais importante da Fundação em 2016”, observou a diretora da FEA, Berenice Menegale, ao falar dos frutos colhidos com o projeto e do desafio que foi executar a iniciativa em um ano de não boas notícias para o setor cultural.

O secretário Angelo Oswaldo destacou o quanto o “Territórios de Invenção” atraiu a atenção para os conservatórios estaduais, já que parte das residências foi realizada nessas instituições. “Valorizou os conservatórios, mostrou o potencial deles e que há muito a ser resgatado. Espero que esse projeto possa se repetir no próximo ano”.

Na atividade de encerramento, foi exibido um documentário produzido pelo cineasta Pedro Aspahan sobre as residências musicais. Também houve a apresentação da peça “Soham”, composição de Roberto Victorio, executada por Fernando Rocha e Elise Pittenger.

As residências musicais tiveram dois momentos de planejamento e execução, o período de inscrição, com divulgação nas cidades que receberiam as atividades; e a realização das residências. O projeto originou um site com registros vivos e emocionante dos “Territórios de Invenção”.

Acesse clicando no site www.residenciasmusicais.com.br.

Encerramento do "Territórios de Invenção" 

Com a proposta de apresentar 16 das 29 novas atividades turísticas do projeto ao trade turístico mineiro, a equipe técnica da  Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais (Setur-MG) foi convidada pela presidência do circuito e pelo Sebrae MG para uma viagem de familiarização – famtour, entre os dias 13 e 15 de dezembro.

Com a ideia de novas rotas turísticas na Serra do Cipó, o projeto amplia a oferta de passeios e  cria novas experiências locais para os visitantes. O Rotas Temáticas faz parte do Programa de Produção Associada ao Turismo que vem sendo desenvolvido pela Associação de Cultura Gerais (ACG) em parceria com o Sebrae MG, atendendo a uma demanda identificada pelo Fórum de Desenvolvimento Regional que propõe o resgate da identidade e da autoestima da população da região, através da valorização de sua cultura, seus saberes e fazeres.

Para englobar a grande diversidade de produtos que a região tem a oferecer e facilitar sua comercialização, foram criadas rotas temáticas divididas por interesse e que propõem
uma série de atividades e serviços àqueles que visitam a região e desejam experimentar e viver a riqueza de sua cultura, de sua história e de sua natureza. A Rota da Produção à
Mesa; Rota Rupestre; Rota do Cerrado e Campos Rupestres; Rota dos Tropeiros; Rota das Artes; Rota das Tradições; Rota dos Sabores; Rota do Bem Estar e Rota da Aventura compõem o novo roteiro.

Na ação os participantes puderam avaliar o potencial do novo roteiro. Para a analista da Setur MG, Renata Toffoli, “as novas atividades desenvolvidas pelo projeto atendem a expectativa do mercado turístico seguindo a tendência do turismo de experiência. O turista da Serra do Cipó conta agora com diversas oportunidades de vivenciar os costumes e a cultura local, conhecer a produção e experimentar a gastronomia, além de fazer parte da criação do rico artesanato da região”.

Para a analista do Sebare MG, Nayara Bernardes, “a região tem potencial para oferecer também atrações relacionadas ao descanso e à contemplação, que não dependem ou se limitam às condições meteorológicas, ou não requerem grande esforço físico”.

De acordo com a Ana Paula Caldeira, gestora do Circuito Turístico Parque Nacional Serra do Cipó, “a proposta é criar mais opções de atividades que atraiam o turista para a região, fazendo assim que os turistas permaneçam mais tempo nos municípios do circuito, aumentando a taxa de ocupação das pousadas locais.

Com gostinho de quero mais, o receptivo da Primotur, Helder Primo, agradeceu o convite e já planeja nova visita. “Agradeço a oportunidade de vivenciar e experienciar o “lado B” da Serra do Cipó com essas novidades que fogem do padrão de atividades do local. Espero que em 2017, possamos colocar em prática tudo que foi conversado e consigamos colocar os produtos à disposição do turista e das agências nacionais”.

No Famtour estiveram presentes oito agências de turismo receptivo de Minas Gerais que comercializarão as atividades em seus roteiros, entre elas, Bambu Aventura- Lapinha da Serra, Beagá For You Turismo, Casarão Turismo, D’Minas Turismo, Kopa Turismo, Loucos por Aventura, Primotur Receptivo, Tauanã Turismo Pedagógico.


Com o objetivo de apresentar Minas Gerais para todos os usuários da companhia, o vídeo mostra os atrativos turísticos, as belezas naturais do Estado, peculiaridades e curiosidades mineiras.


A publicação é um convite para que os turistas venham a Minas Gerais conhecer de perto tudo que o Estado tem a ofertar, passando pelos belos cenários históricos, aos saborosos pratos da gastronomia e pela cultura encontrada em cada município mineiro.


Para ver o vídeo e se encantar com as riquezas, basta acessar a página da Setur no canal do youtube: http://migre.me/vDEpJ

O Conselho Estadual do Patrimônio Cultural de Minas Gerais – Conep aprovou, por unanimidade, nesta terça-feira (20), em reunião realizada na sede do Iepha-MG, o tombamento do Centro Histórico de Grão Mogol. Localizado na região norte do estado, o Centro Histórico se junta a outros bens culturais já protegidos por tombamento e reconhecidos como patrimônio cultural de Minas Gerais. 

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Angelo Oswaldo, secretário de estado de Cultura de Minas Gerais, destaca a importância do tombamento do núcleo histórico para os mineiros. “Grão Mogol é uma significativa cidade histórica, com valores patrimoniais e culturais muito característicos da região mineradora, tornando-se um dos pontos importantes de exploração do diamante. O município desenvolveu um processo sociocultural de grande significado que é reconhecido agora como patrimônio de todos os mineiros”, falou o Secretário. Ele acrescentou que o reconhecimento do Centro Histórico de Grão Mogol como bem cultural de Minas Gerais deve ser recebido com muita alegria por toda comunidade grão-mogolense.

A presidente do Iepha-MG, Michele Arroyo, ressaltou que a atuação do Instituto no Norte de Minas contribuiu para o tombamento do Centro Histórico de Grão Mogol. “Nos últimos anos, o Iepha realizou um trabalho intenso em parceria com as comunidades locais e universidades, com o objetivo de pesquisar e compreender a região do Rio São Francisco como patrimônio cultural de Minas Gerais. O tombamento de Grão Mogol reafirma um momento do Iepha de olhar para a diversidade dos centros históricos que o estado possui”, ressaltou Michele Arroyo, observando ainda que este contexto permite fortalecer o diálogo com o poder público em relação à preservação do patrimônio cultural da cidade.

Membro do Conep, o professor da Universidade de Montes Claros, Denilson Meireles, também falou da relevância dos trabalhos realizados pelo Iepha-MG no Norte de Minas. Para ele, a região recebe merecido reconhecimento do Estado de Minas Gerais. “O inventário Cultural do Rio São Francisco, produzido pela equipe do Iepha, somado ao tombamento do Centro Histórico de Grão Mogol demonstram o quanto o Norte de Minas contribui com a sua diversidade para o fortalecimento da cultura mineira”, relatou o professor.

Em 2016, o Conep realizou cinco reuniões, sendo duas ordinárias e três extraordinárias. Destes encontros, destacam-se as seguintes deliberações: tombamento do edifício sede do antigo Banco Mineiro da Produção, deliberação sobre perímetro para estudo de proteção dos núcleos históricos de Januária, Perdões e Ouro Fino e o tombamento do Centro Histórico de Grão Mogol.

O Conselho volta a se reunir no próximo dia 6 de janeiro (dia de Reis) para a votação do pedido de reconhecimento das Folias de Minas como patrimônio cultural de natureza imaterial de Minas Gerais.

Grão Mogol

O Centro Histórico de Grão Mogol constitui patrimônio material que, no presente, é referência do processo de ocupação do Norte de Minas Gerais e documenta aspectos construtivos da arquitetura vernácula mineira e do modo de ser e de viver de seus habitantes.

Sua formação, na interseção de caminhos de tropas e mercadorias que cruzavam a antiga Serra de Santo Antônio do Itacambiruçu rumo à Bahia, ainda no século 18, tem origem na extração clandestina do diamante nos cursos d’água nas proximidades do Distrito Diamantino. A localização isolada, de difícil acesso, criou um sentido de pertencimento e autonomia que persistem na sua população.

A arquitetura do Centro Histórico  representa a mistura entre o sistema construtivo típico do litoral e a paisagem circundante, caracterizando-se pela extensa utilização da pedra local. A simplicidade formal e o despojamento técnico são característicos do núcleo, periférico em relação aos centros urbanos mais ricos. Tendo passado pelos diferentes ciclos históricos da economia mineira, inclusive da decadência da mineração, Grão Mogol preserva, na sua estrutura, a escala urbana e a modéstia daquele momento de conquista do território.

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A Secretaria de Estado de Cultura divulgou neste sábado (3) a lista dos candidatos habilitados a concorrer na eleição do Conselho Estadual de Política Cultural – biênio 2017/2018. Também constam na relação os nomes das entidades e coletivos inabilitados. Quem quiser entrar com recurso junto à Comissão Eleitoral tem o prazo de 5 dias úteis, contados a partir de 5 de dezembro. A resposta será dada em até 2 dias úteis. A lista final dos candidatos que efetivamente irão concorrer será divulgada até o dia 14 deste mês.

ENTIDADES E COLETIVOS HABILITADOS

NOME DA ENTIDADE

NOME DO CANDIDATO

SEGMENTO

ADEFOSUL - Associação em Defesa do Folclore do Sul e Sudoeste de Minas Gerais

 Alex Sôda Piza

Culturas populares, tradicionais e folclóricas

ADESC Regional - Associação de Desenvolvimento Cultural

 Maurílio Lemos Romão

Teatro

AME-Agencia Mineira de Entretenimento EIRELI - ME

Cacilda Ribeiro

Patrimônio material e imaterial

Associação Cultural Circo Para Todos

 Xisto José Pinto Costa

Circo

Associação Cultural Sétimo Degrau Produções Artísticas

Sérgio Luiz Barreto Campello Cardoso Ayres

Patrimônio material e imaterial

Associação Curta Minas ABD-MG

Marco Aurélio Ribeiro

Audiovisual e novas mídias

Associação do Congado de Nossa Senhora do Rosário de Abaeté

Gaspar José da Cunha

Culturas afro-brasileiras

Associação dos Devotos dos Reis Magos de Belém de Piumhi/MG - ADERMAB

 Tais Teonilia Ferreira

Patrimônio material e imaterial

Associação Move Cultura

Rafael Luiz de Aquino

Culturas afro-brasileiras

Associação Movimento Teatro de Grupo de Minas Gerais

 Emanoel Geraldo da Silva

Teatro

Associação Trupe de Truões Instituto de Educação Pesquisa Arte Cultura e Informação - ATT

Ricardo Augusto Santos de Oliveira

Produção cultural

BRA Logística LTDA

 Elisabeth Lobato Fernandes

Museus e artes visuais

Câmara Mineira do Livro

 Rosana de Mont Alverne Neto

Literatura, livro e leitura

Câmara Mineira do Livro

José de Alencar Mayrink

Literatura, livro e leitura

Cidade do Circo Centro de Referência e Rede de Apoio ao Circo RAC

Sula Kyriacos Mavrudis

Circo

CISUP LTDA

Carlos Maurilio Ribas de Souza

Audiovisual e novas mídias

Fundação Cultural de Guaxupé

Severo Antonio da Silva

Produção cultural

Grupo de Dança 1º Ato

Maria Regina Fagundes Amaral

Dança

Grupo de Teatro de Capelinha Anim Art

Reginaldo Rodrigues Azevedo

Teatro

Instituto Cultural Aníbal Machado – Borrachalioteca

Marcos Túlio Damascena

Literatura, livro e leitura

Instituto Cultural Artigos e Carros de Época

Jeferson Rios Domingues

Museus e artes visuais

Liga Carnavalesca de Muriaé

Sandro Areal Carrizo

Culturas populares, tradicionais e folclóricas

Liga Desportiva Cultural Afrikpoeira - CUFA Araguari

Agnaldo Daniel da Silva

Culturas populares, tradicionais e folclóricas

Ordem dos Advogados do Brasil – 13ª Subseção – Comissão de Cultura

Katia Bizinotto Macedo Soares

Entidades de trabalhadores e entidades empresariais

Ponto e Vírgula iniciativas Culturais LTDA – ME

Ênio Bernardes de Andrade A1:D31

Música

Rodrigo Cezário Marketing, Produções e Eventos Ltda.

 Rodrigo Antônio Cezário

Design e moda

Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de Minas Gerais - SATED

 Maria Magdalena Rodrigues da Silva

Entidades de trabalhadores e entidades empresariais

Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de MG - SINPARC/MG

Orlando Beysota Orube

Teatro

Valemais - Instituto Sociocultural do Jequitinhonha

Guilardo Veloso de Andrade Filho

Patrimônio material e imaterial

ENTIDADES E COLETIVOS INABILITADOS

NOME DA ENTIDADE

NOME DO CANDIDATO

SEGMENTO

OBSERVAÇÕES

Academia de Letras Ciências de Artes de Ponte Nova

Gilsom José de Oliveira

Literatura, livro e leitura

Envio de documentação incompleta.

Casa da Cultura de Muzambinho

Valeria Cristina Vilela

Audiovisual e novas mídias

Não apresentou comprovante de existência e desenvolvimento de atividades culturais do coletivo cultural; apresentou apenas uma declaração de apoio assinada pela própria candidata e não pelo presidente da entidade apoiante.

ELEIÇÕES

Pela primeira vez, o processo eleitoral está sendo totalmente virtual, desde as candidaturas até a votação, o que democratiza ainda mais a participação da sociedade. O número de segmentos representados no Conselho, que agora terá assentos para culturas afro-brasileiras e culturas indígenas, também foi ampliado, passando para 14 cadeiras.

O segmento de dança ganhou uma cadeira específica, enquanto os coletivos culturais também foram contemplados, assim como representantes de grupos ou núcleos sociais comunitários sem constituição jurídica, que desenvolvam e articulem, comprovadamente, atividades culturais em território mineiro.

A votação final acontece nos dias 15, 16 e 17 de dezembro, por meio do endereço eletrônico www.consec.mg.gov.br.

CONSEC-MG

O órgão colegiado de caráter consultivo, propositivo, deliberativo e de assessoramento superior da Secretaria de Estado de Cultura auxilia na criação de condições para que todos mineiros exerçam seus direitos culturais e tenham acesso aos bens culturais. Devido à sua composição paritária, o CONSEC atua como uma instância da sociedade civil junto ao poder público. Compete ao conselho: acompanhar a elaboração e a execução do Plano Estadual de Cultura; manter instâncias de discussão com as associações representativas de artistas e produtores culturais; contribuir para a integração entre os órgãos públicos e entidades do setor cultural; manifestar-se sobre programas regionais de incentivo, gestão de acervos culturais entre outros.

 

Uma eleição marcada pela democratização na participação popular e pelo recorde de votação. Assim foi o processo eleitoral para a composição do Conselho Estadual de Política Cultural (Consec) para o biênio 2017-2018. Sabendo da importância desse espaço de reflexão sobre políticas públicas da cultura, a sociedade correspondeu às expectativas e participou ativamente da eleição. Ao todo, 4269 cidadãos – número recorde desde a criação do Consec – oriundos de 212 municípios mineiros escolheram representantes para os 14 segmentos culturais. A renovação de 64% entre os titulares da sociedade civil e a imensa participação dos cidadãos no segmento de cultura afro-brasileira – a mais expressiva, que contabilizou 911 votos - também foram fatores de destaque da eleição, totalmente feita pela internet. O resultado foi divulgado na 19ª reunião do Conselho, realizada nesta segunda (19), e a publicação no Diário Oficial do Estado acontece nesta quarta (21).  

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DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO À CULTURA

Outro ganho para o próximo biênio foram as novas cadeiras dos segmentos de cultura indígena e cultura afro-brasileira. O setor da dança também passa a ter um assento específico – anteriormente dividia a cadeira com o segmento do circo.

Não foi necessário ter CNPJ para se candidatar à eleição – outra inovação demandada há tempos pela sociedade. Integrantes de coletivos culturais puderam se inscrever, o que ajudou a ampliar a diversidade do colegiado.

Nos próximos cinco dias úteis, contados a partir de amanhã (21), acontece o prazo para envio de recursos referentes à votação.

 

OS ELEITOS:

SEGMENTO TITULAR SUPLENTE
Audiovisual e novas mídias

Marco Aurélio Ribeiro

Carlos Maurilio Ribas de Souza
Circo Xisto José Pinto Costa Sula Kyriacos Mavrudis
Culturas afro-brasileiras Gaspar José da Cunha Rafael Luiz de Aquino
Culturas indígenas não houve candidato não houve candidato
Culturas populares, tradicionais e folclóricas Bruno Dias Bento (*) Sandro Areal Carrizo
Dança Alexandre Molina (*) Maria Regina Fagundes Amaral
Design e moda Rodrigo Antônio Cezário não houve candidato
Entidades de trabalhadores e entidades empresariais Katia Bizinotto Macedo Soares Maria Magdalena Rodrigues da Silva
Literatura, livro e leitura Rosana de Mont Alverne Neto José de Alencar Mayrink
Museus e artes visuais Jeferson Rios Domingues Elisabeth Lobato Fernandes
Música Frederico Furtado (*) Ênio Bernardes de Andrade
Patrimônio material e imaterial Cacilda Ribeiro Guilardo Veloso de Andrade Filho
Produção cultural Paulo Morais (*) Severo Antonio da Silva
Teatro Antonio Carlos Ferreira (*) Maurílio Lemos Romão

(*) candidatos reconduzidos, conforme estabelece a legislação.

VOTAÇÃO POR SEGMENTO:

SEGMENTO NÚMERO DE VOTOS
Audiovisual e novas mídias 81
Circo 192
Culturas afro-brasileiras 911
Culturas indígenas (não houve candidato) 0
Culturas populares, tradicionais e folclóricas 169
Dança 56
Design e moda 41
Entidades de trabalhadores e entidades empresariais 124
Literatura, livro e leitura 356
Museus e artes visuais 120
Música 28
Patrimônio material e imaterial 899
Produção cultural 659
Teatro 633
TOTAL 4269

Saiba mais sobre o CONSEC

O órgão colegiado de caráter consultivo, propositivo, deliberativo e de assessoramento superior da Secretaria de Estado de Cultura, auxilia na criação de condições para que todos mineiros exerçam seus direitos culturais e tenham acesso aos bens culturais. Devido à sua composição paritária, o CONSEC atua como uma instância da sociedade civil junto ao poder público.

Compete ao conselho: acompanhar a elaboração e a execução do Plano Estadual de Cultura; manter instâncias de discussão com as associações representativas de artistas e produtores culturais; contribuir para a integração entre os órgãos públicos e entidades do setor cultural; manifestar-se sobre programas regionais de incentivo, gestão de acervos culturais, entre outros.

Informações complementares no site www.consec.mg.gov.br

A cidade de Passa Quatro, Sul de Minas, torna-se palco das celebrações da Revolução de 1932, quando as tropas de Minas Gerais, comandadas pelo então Presidente do Estado, Olegário Dias Maciel, venceram os combatentes paulistas no famoso episódio do Túnel da Mantiqueira. Considerado “Marco da Renovação da Primeira República do Brasil”, por lei estadual sancionada pelo Governador Fernando Pimentel, o fato é evocado, anualmente, em importante cerimônia promovida em Passa Quatro, pela Prefeitura Municipal, com o apoio de Polícia Militar e de várias instituições.

No último dia 4 de dezembro, realizou-se o ritual, presidido pelo Prefeito Paulo José de Almeida Brito, ao lado do Coronel PM César Brás Ladeira, um dos principais organizadores das homenagens aos heróis de 1932. A Comenda do Mérito Presidente Olegário Maciel foi conferida a vinte personalidades, entre as quais o Secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo de Araújo Santos, orador oficial da solenidade.

 

O texto do discurso do secretário Angelo Oswaldo segue, na íntegra:

Senhoras e Senhores.

A Revolução de 32 inscreve-se no ciclo revolucionário iniciado dez anos antes, na marca do centenário da independência do Brasil. Em 1922, enquanto jovens poetas e artistas lançavam o movimento modernista, a mocidade do Exército brasileiro passou a manifestar, com radicalidade, as frustrações, a insatisfação e os anseios da população com referência aos rumos do País, atrelados aos desacertos da chamada República Velha.

De fato, tornara-se rapidamente senil o regime sobreposto à monarquia anacrônica pela surpreendente ousadia da tropa rebelada em 15 de novembro de 1889. O golpe de Estado praticado pelas armas deixaria a tutela da República nas mãos dos militares. Os acordos políticos acertados entre os senhores do café e do leite, antigos barões de Minas e São Paulo, não lograram promover a ordem e o progresso sonhados na primeira hora pelos positivistas brasileiros. A instabilidade sitiava os governos e os descontentamentos agitavam o País.

Foi assim que, nas eleições de 1930, a quebra do acordo selado em Ouro Fino entre Minas e São Paulo produziu a Revolução de Outubro. Washington Luís havia preterido a proposta mineira para a sua sucessão. Mas o candidato derrotado, Getúlio Vargas, presidente do Rio Grande do Sul, desmascarando a farsa eleitoral, tomou o Palácio do Catete do candidato paulista, Júlio Prestes de Albuquerque, graças ao apoio da Paraíba de João Pessoa e das Minas Gerais de Antônio Carlos Ribeiro de Andrada e Olegário Dias Maciel, formadores da Aliança Liberal.

A revolução de 30 empalmou os ideais tenentistas, o pensamento moderno, a efervescência social, as reivindicações dos trabalhadores urbanos, e desenhou um horizonte semelhante àquele que se alargara em 1889 e se iluminara na chegada do novo século.

Minas Gerais foi o único Estado a empossar o presidente eleito em 1930. Olegário Maciel recebeu o poder das mãos de Antônio Carlos, no Palácio da Liberdade, cabendo-lhe conservar o título presidencial até então vigente nos Estados, enquanto nas demais unidades federativas interventores eram nomeados pelo governo provisório da revolução. Caminhando para os oitenta anos, o novo presidente tinha a aura dos vencedores, e essa era a recompensa que cabia a Minas depois da derrota paulista.  

Um forte sentimento de mineiridade animava os meios políticos da época. “Montani semper liberi” – os montanheses serão sempre livres – proclama, em latim, o monumento a Minas Gerais mandado erigir pelo presidente Antônio Carlos na praça Rui Barbosa, a maior de Belo Horizonte, diante da estação ferroviária. Também por iniciativa do presidente, o mesmo escultor ergueu mais um titã mineiro de bronze diante do Pálace Hotel de Poços de Caldas, cujo conjunto termal foi um dos notáveis empreendimentos do governo. A reforma do ensino, iniciativa que entusiasmou o Brasil, inseriu-se entre as marcas principais do poderoso Andrada, que defendeu a proteção do patrimônio histórico e artístico e estimulou a projeção de Minas no contexto nacional.

Vitoriosa a Revolução de 30, Getúlio Vargas parecia não ter pressa em restabelecer as normas democráticas, pelo que a reação paulista se fez logo sentir. Dois anos após a queda de Washington Luís e Júlio Prestes, o Estado de São Paulo mobilizou-se intensamente em favor de uma assembleia constituinte. A bandeira das treze listras tremulou emocionadamente nas ruas da capital e das principais cidades paulistas, guiando um sentimento fervoroso tanto de apego aos princípios democráticos quanto de defesa da pauliceia alijada do centro das decisões. Como em 1924, São Paulo saiu às ruas, mas, dessa vez, aparatando um aguerrido exército estadual para ir muito além, de modo a enfrentar as tropas federais do Rio de Janeiro e a Polícia Militar de Minas Gerais, sob o comando direto do presidente Olegário Maciel. Na fronteira Sul, São Paulo enfrentaria os gaúchos.

A Mantiqueira foi o teatro da guerra entre paulistas e mineiros. Nestas altas itatiaias do Brasil, demarcando a fronteira dos Estados beligerantes, reuniram-se figuras que, coletivamente vivendo aquele momento histórico, iriam construir o futuro do País, no qual abriram variadas perspectivas que desembocam nos dramas e nas esperanças por nós vividos na atualidade.

Antônio Carlos e Olegário Maciel simbolizavam a República Velha tentando reciclar-se em renovado alento, enquanto Juscelino Kubistchek, Benedito Valadares e Gustavo Capanema, integrantes da tropa, representavam uma geração que emergia para reinventar a política nacional e dominá-la até o advento do golpe de 1964. Secretário do Interior, Capanema seria o sucessor de Olegário, após sua morte, em setembro de 1933, até a escolha de Benedito Valadares, pelo presidente Vargas, em dezembro, com o título singular de governador de Minas Gerais. Em 1934, Gustavo Capanema tornar-se-ia ministro da Educação e Saúde, em verdade o primeiro ministro da Cultura do Brasil.

Nas frentes de batalha, havia jovens heróis que tombaram pela mesma pátria, embora em campos ideológicos diversos. Um deles foi o Tenente Anastácio de Moura, pai da professora Elza de Moura, uma das mais queridas educadoras mineiras, que aqui esteve, no ano passado, pouco depois de completar cem anos de idade, a fim de reverenciar a memória dos bravos combatentes de 32.

Noventa anos antes, em 1842, Santa Luzia do Rio das Velhas havia sido palco de um combate do mesmo modo fratricida. De um lado, os revolucionários liberais de Teófilo Otoni; do outro, os legalistas do barão de Caixas. Ambos serviam a pátria, tal qual fizeram paulistas e mineiros nos combates do Túnel de Passa Quatro. Lá, os liberais encarnavam os ideais da Inconfidência Mineira, projetados na lição libertária e democrática do grande Otoni, ao tempo em que Caxias, no início de sua heroica jornada, testemunhava o compromisso da unidade nacional. Aqui, os paulistas defendiam um nova Constituição, enquanto os mineiros, buscávamos resguardar o ideário renovador do movimento de 30, que havia apeado do poder a oligarquia de São Paulo e fulminado seu ânimo hegemônico, sepultando os restos da primeira República. Queríamos a total renovação do sistema republicano.

De novo estaríamos fraternalmente reunidos em 1946, quando da promulgação da Constituição Federal, que abriu o almejado ciclo democrático no Brasil, preservando as conquistas sociais do regime chefiado por Getúlio Vargas. E é com esse espírito, o espírito da concórdia, da justiça e da paz, que nos reencontramos agora em Passa Quatro, louvando a Constituição de 5 de outubro de 1988 e a união, a unidade, a coesão e a coerência de mineiros e paulistas em torno das responsabilidades e compromissos da República de todos nós.

Olegário Dias Maciel é a personalidade que se faz ícone desta celebração. Nascido em Bom Despacho, em 1855, cursou humanidades no Caraça e engenharia politécnica no Rio de Janeiro. Atuou na política ainda no Império e fixou sua base em Patos de Minas. Morreu em 5 de setembro de 1933, no Palácio da Liberdade, e o mausoléu que guarda seus restos acha-se no Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte, obra da escultora belga Jeanne Louise Milde, que viera para Minas, em 1929, ao lado da professora Helena Antipoff, a fim de contribuir para o êxito da reforma do ensino.

O Velho Olegário, como era referido, conduziu o governo com a mesma determinação exposta na luta armada de 1932. É um exemplo do mineiro apaixonado, pronto a se oferecer pelos ideais dos que habitamos estas alterosas. Queremos sempre paz e justiça, em clima de solidariedade social e em busca de uma vida próspera e feliz, com o sentimento vivo da liberdade iluminando as mentes e os corações dos montanheses.

Desejo agradecer ao estimado Prefeito Paulo José de Almeida Brito pelas honras a mim reservadas, tanto pela concessão da Comenda do Mérito Olegário Maciel quanto pelo convite para falar nesta bela cerimônia. Sua passagem dinâmica e eficiente pela Prefeitura de Passa Quatro lega a Minas Gerais esta expressiva referência cívica e cultural. Dirijo uma saudação cordial ao Coronel PM César Brás Ladeira, com quem tive a satisfação de conviver em Ouro Preto. Ele participa, de modo ardoroso, não só da organização deste tocante ritual de brasilidade, como também do resgate historiográfico do ciclo revolucionário de 1930, da batalha do Túnel de Passa Quatro e do desempenho da gloriosa Polícia Militar de Minas Gerais, a corporação do Alferes Tiradentes.

Cumprimento o Deputado Estadual Dalmo Roberto Ribeiro Silva, que de Ouro Fino abraça todo o Sul de Minas com o entusiasmo de sua atuação parlamentar, por ter sido ele o autor da Lei 22.179, sancionada pelo nosso Governador Fernando Pimentel no último dia 28 de junho. O Estado de Minas Gerais proclamou, dessa forma, o Marco da Renovação da Primeira República Brasileira, a ser comemorado anualmente em Passa Quatro, incluindo este evento no calendário dos seus principais acontecimentos cívicos, culturais e políticos.

Faz poucos dias, ao homenagear a memória de nosso conterrâneo Santos Dumont, nos 110 anos do primeiro voo do 14 Bis, o Governador Fernando Pimentel afirmou: “A hora é do trabalho. É tempo de desanuviar o horizonte e recuperar a esperança. Esta é a tarefa que cabe a cada um e a todos nós. Mais do que nunca, precisamos restabelecer a coesão e a unidade da Nação brasileira. É preciso reatar os laços básicos da convivência democrática e acomodar cada um dos poderes da República no estrito limite de seu papel constitucional. É o respeito às regras constitucionais que faz uma nação forte e coesa. Os direitos civis da cidadania inscritos como cláusulas pétreas na nossa Constituição são os verdadeiros pilares da vida democrática”.

Retemperados pelas históricas lições de Passa Quatro, renovemos a nossa fé e a nossa esperança na liberdade e na democracia. Viva Minas Gerais, viva o Brasil. Muito obrigado.

 

Estão abertas as inscrições para as oficinas gratuitas de cinema da 20ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Até 05 de janeiro, os interessados devem preencher o formulário disponível no site oficial do evento. São 10 modalidades com oferta de 240 vagas, atendendo a públicos de diferentes idades e interesses. As oficinas integram o programa de capacitação que a Universo promove anualmente no âmbito do programa Cinema sem Fronteiras com o propósito de colaborar para o desenvolvimento da indústria cinematográfica contribuindo na formação e capacitação técnica para o mercado de cinema, além de oferecer oportunidades para a nova geração conhecer e aprender o ofício da sétima arte.

O diretor do longa Elon não acredita na morte, Ricardo Alves Jr.,ministra a oficina de “Direção de atuação para o cinema”. Durante o curso, serão apresentados, discutidos e praticados todos os aspectos essenciais do processo de preparação, criação e filmagem de uma cena, com foco na direção de atores e não-atores. Já a “Assistência de Direção” é tema da oficina ministrada pelo cineasta Marcelo Caetano, que pretende por meio de discussões e exercícios práticos, abranger as funções clássicas do assistente de direção sem deixar de lado as mudanças e atualizações da função.

Na oficina “Noções básicas de montagem e edição”, os alunos irão aprender, na teoria e prática, aspectos do processo de montagem para cinema e televisão, com o instrutor Daniel Brandi do Couto; para a oficina “Trilha sonora aplicada”, ministrada por Márcio Brant e Felipe Fantoni, será montado um estúdio móvel de áudio devidamente equipado para facilitar o entendimento do uso da linguagem sonora na produção audiovisual; já a oficina “Gif Lumiére – Mostra Tiradentes 20 anos”, de Henrique Kopke, pretende estimular o uso da linguagem cinematográfica, utilizando técnicas de artes visuais, animação e edição de vídeo, para a criação de ciclos em GIF com imagens de acervo da Mostra Tiradentes.

Uma das oficinas mais concorridas é a tradicional “Realização em Curta Digital” ou Oficina do Bigode (apelido do instrutor, o cineasta Luiz Carlos Lacerda). Neste minicurso de sete dias, o aluno participa da produção e execução de um curta-metragem, aprendendo todas as etapas do processo. Pela Oficina do Bigode já passaram alunos que se tornaram cineastas de destaques, como o carioca Bruno Safadi e o mineiro Gabriel Martins. São 35 vagas para público acima de 18 anos.

Crianças e adolescentes não ficam de fora. Para os interessados em ingressar na produção cinematográfica, a pedida é o curso “Por trás da câmera”, com Anna Rosaura e Bete Bullara, que propõe fazer uma introdução à linguagem audiovisual, passando por várias etapas e funções, como roteiro, direção e câmera. Quem curte a mistura de temas e linguagens artísticas, vai gostar da oficina “Cinema, artes plásticas e meio ambiente”, de Daniella Penna, que tem como objetivo principal trabalhar o processo criativo através de técnicas, materiais reutilizáveis e linguagens plásticas variadas. E os jovens que gostam de colocar a mão na massa vão se divertir e aprender com os cursos “Animadíneos - stop motion”, que vai ensinar a técnica de animação utilizando poucos recursos, e “Pinhole: fotografia sem câmera”, que vai mostrar como é possível fazer uma foto sem usar nenhum tipo de equipamento eletrônico.

Confira abaixo as oficinas que serão ministradas na 20ª Mostra Tiradentes:

Público adulto

ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO

Instrutor: Marcelo Caetano

Data: 21 a 23/01

Horário: 13h30 às 18h30

Carga Horária: 15h

Número de vagas: 20

Faixa Etária: Acima de 18 anos

DIREÇÃO DE ATUAÇÃO PARA CINEMA

Instrutor: Ricardo Alves Jr.

Data: 21 a 24/01

Horário: 13h30 às 18h30

Carga Horária: 20h

Número de vagas: 25

Faixa Etária: Acima de 18 anos

GIF LUMIÉRE – MOSTRA TIRADENTES 20 ANOS

Instrutor: Henrique Kopke

Data: 21 a 24/01

Horário: 09h30 às 13h30

Carga Horária: 16h

Número de vagas: 20

Faixa Etária: Acima de 18 anos

REALIZAÇÃO EM CURTA DIGITAL

Instrutor: Luiz Carlos Lacerda

Data: 21 a 27/01

Horário: 10h às 13h e 15h às 18h

Carga Horária: 42h

Número de vagas: 35

Faixa Etária: Acima de 18 anos

TRILHA SONORA APLICADA

Instrutor: Márcio Brant e Felipe Fantoni

Data: 24 A 26/01

Horário: 14h às 18h

Carga Horária: 20h

Número de vagas: 30

Faixa Etária: Acima de 18 anos

NOÇÕES BÁSICAS DE MONTAGEM E EDIÇÃO

Instrutor: Daniel Brandi do Couto

Data: 25 a 27/01

Horário: 09h30 às 13h30

Carga Horária: 12h

Número de vagas: 25

Faixa Etária: Acima de 18 anos

Público jovem

ANIMADÍNEOS - STOP MOTION

Instrutor: Henrique Kopke

Data: 25 a 27/01

Horário: 14h às 18h

Carga Horária: 12h

Número de vagas: 20

Faixa Etária:  12 a 15 anos

POR TRÁS DA CÂMERA

Instrutora: Anna Rosaura e Bete Bullara

Data: 23 a 27/01

Horário: 13h às 18h

Carga Horária: 25h

Número de vagas: 25

Faixa Etária:  14 a 18 anos

CINEMA, ARTES PLÁSTICAS e MEIO AMBIENTE

Instrutora: Daniella Penna

Data: 23 a 27/01

Horário: 14 às 17h

Carga Horária: 15h

Número de vagas: 20

Faixa Etária:  10 a 14 anos

PINHOLE: FOTOGRAFIA SEM CÂMERA

Instrutora: Bete Bulara

Data: 24 a 27/01

Horário: 9h30 às 11h30

Carga Horária: 8h

Número de vagas: 20

Faixa Etária:  09 a 12 anos

A cidade de Tiradentes, localizada a 180km de BH e com apenas 7 mil habitantes, recebe durante a Mostra Tiradentes toda infra-estrutura necessária para sediar uma programação cultural abrangente e gratuita, que reúne todas as manifestações da arte. São instalados três espaços de exibição: o Cine-Praça, no Largo das Fôrras (espaço para mais de 1.000 espectadores); o Complexo de Tendas, que sedia a instalação do Cine-Tenda (com 600 lugares), e o Cine-Teatro (com platéia de 120 lugares), que funciona no Centro Cultural Yves AlvesSesi Tiradentes, que é instalada na sede do evento.

Toda programação é oferecida gratuitamente ao público.

 


A Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais (Setur-MG) participou do evento realizado pela Frente da Gastronomia Mineira, em parceria com a Minasplan e MW Negócios, que reuniu cerca de três mil pessoas no Hotel Mercure Lourdes.


Durante o encontro, o público amante da gastronomia participou de palestras, degustações, workshops, oficinas, encontro de blogueiros, cozinhas shows, mesas redondas, stands com demonstração de serviços e produtos. Além disso, o congresso contou com a presença de chefs renomados de todo o país e acadêmicos referência no setor.
Considerada cartão postal de Minas Gerais, a gastronomia local é uma grande aliada do turismo. “Nossa oferta gastronômica é enorme, criativa e única. Por meio dela é possível projetar o nosso Estado enquanto destino turístico”, avalia a Coordenadora Especial de Gastronomia da Setur, Nathalia Farah.

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O trabalho da Setur está pautado na promoção da gastronomia mineira enquanto produto turístico, promotor de destino e fator gerador de renda. Dessa forma, a Setur esteve presente com um estande promovendo Minas Gerais e seus produtos. O Mercado Central, o Instituto Estrada Real (IER) e a Belotur também estiveram presentes.
Para o chef Luciano Avellar presente no evento, o congresso surpreendeu pela sua estrutura e pela diversidade de eixos que pode agregar. “É um grande prazer fazer parte de um evento tão rico como esse. De forma inédita reunimos profissionais da gastronomia, representantes de equipamentos, da hotelaria, de blogs ampliando o networking e também fomentando a economia que gira ao redor da culinária”.

 


O estudante de gastronomia, do Senac Minas, Pedro Gabriel, ressalta que eventos dessa estrutura agregam muito para o setor. “Sabemos que a gastronomia está em constante mudança, por isso, é importante para que os ingressantes na área aprendam e que os profissionais possam aprimorar os conhecimentos”.
A troca de experiências entre os participantes também foi levantada como essencial e de extrema importância para a cadeia gastronômica. “Aqui podemos interagir com outras pessoas e nos atualizar sobre as tendências de mercado. Além disso, conhecemos e apresentamos nossos produtos, assim, vamos além do nosso público-alvo”, comemora Jussara Rodarte, da empresa Gran Gourmet Alimentos Finos.

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Já pensando na próxima edição do congresso, o organizador do evento, Marcelo Vanderlei, revela que o evento foi um sucesso. “Reunimos estudantes, professores, empresários do setor e tivemos uma grande surpresa com a quantidade de pessoas que participaram conosco por amor a arte gastronômica. Dessa forma, alcançamos o objetivo de divulgar efetivamente a gastronomia mineira e de apresentá-la como vetor econômico”.


 

No ano em que celebra seus 20 anos de realização, a Mostra de Cinema de Tiradentes, entre os dias 20 e 28 de janeiro de 2017,terá como temática central  “Cinema em Reação, Cinema em Reinvenção”. A proposta, desenvolvida pelo curador Cleber Eduardo, é colocar em debate – através dos filmes selecionados e de mesas de discussão com especialistas e pesquisadores – um cinema que reage a seu espaço e a seu tempo histórico, na maior parte do tempo assumindo pontos de vista através das a rticulações de linguagem.

Crédito: Leo Lara

Helena Ignez

O evento homenageia este ano as atrizes Helena Ignez e Leandra Leal, duas mulheres do cinema brasileiro que se destacam em suas atuações múltiplas de atrizes, produtoras e diretoras nos últimos anos. As homenagens serão prestadas na abertura da Mostra, no dia 20 de janeiro (sexta), no Cine Tenda, com a entrega do Troféu Barroco, oficial do evento. Na sequência, será exibido o documentário Divinas Divas, estréia de Leandra Leal na direção. O tributo se estende no fim de semana, com a exibição dos filmes da Mostra Homenagem: Nome Próprio (2007), de Murillo Salles, com Leandra; A Mulher de Todos (1969), de Rogério Sganzerla, com Helena; e o curta A Miss e o Dinossauro (2007), dirigido por Helena.  Também no fim de semana, ocorre o debate “O percurso de Helena Ignez e Leandra Leal”, que vai reunir as duas no centro de um bate-papo com a plateia.

Crédito: Leo Lara

Leandra Leal


TEMÁTICA – CINEMA EM REAÇÃO

A temática desta edição se pautou pela efervescência social e política ao longo de 2016 e as maneiras como o cinema e a arte se movem neste contexto. “A discussão a se propor é que a reação aos recentes acontecimentos políticos ou sociais, através do cinema, só terá força se o cinema for colocado como carro-chefe, e não como palanque, megafone, hashtag ou militância”, diz o curador. “Se a militância estiver à frente dos filmes, o efeito será limitado. Para um cinema verdadeiramente político, a estética deve estar ao lado ou à frente do político”, ressalta o curador Cleber Eduardo

Uma das questões a serem abordadas pela temática é: como pode o cinema confrontar as questões contemporâneas sem que os filmes se tornem reportagens em tela grande? “A Mostra Tiradentes destacou-se entre os festivais de cinema dos últimos 10 anos por assegurar um espaço para os espíritos e práticas independentes, ou dependentes acima de tudo da paixão em grupo pelo fazer cinematográfico, como reação alternativa aos modos formais e de produção considerados convencionais (editais, leis de incentivo, concursos de roteiro)”, analisa o curador. “Para um festival como este, defendemos acima de tudo a resistência à banalização de certos modos de abordagem ainda primários e precários, justamente com a proposição de filmes que procuram atravessar as pautas políticas imediatas com respostas formais de cinema”.

HOMENAGENS


As homenagens da 20ª edição da Mostra Tiradentes seguem o conceito em torno das reações e reinvenções ao escolher duas atrizes emblemáticas e autorais da produção audiovisual brasileira, frutos de momentos e potências distintas da nossa história. Daí a escolha por Leandra Leal e Helena Ignez. Cada uma vem construindo carreiras sólidas e poderosas na relação com a autoralidade, o corpo, a interpretação, a produção e a direção. Talentos de força maior que, juntas, vão abrilhantar um ano tão especial do evento mineiro que abre o calendário audiovisual brasileiro.

Aos 34 anos, Leandra Leal recebe a homenagem em Tiradentes no exato ano em que também completa duas décadas de cinema. "Se começou na televisão em meados dos anos 1990, primeiro na série Confissões de Adolescente e depois na novela Explode Coração,  foi com A Ostra e o Vento (1997), de Walter Lima Jr, que nasceu a futura atriz de primeira linha", destaca Cléber Eduardo, curador da Mostra. “Aos 13 anos, ela foi aprovada nesse vestibular para adultos, com sua presença suspirante, em trânsito metafísico e metafórico entre o despertar da sensualidade e a sensorialidade do imaginário, tendo a natureza como estímulo”.

Leandra imediatamente chamou atenção por sua presença magnética e pelos prêmios recebidos por A Ostra e o Vento. Desde então, construiu carreira entre a televisão, o teatro, a música e o cinema e atuou para cineastas como Julio Bressane, Paulo César Saraceni, Jorge Furtado, José Eduardo Belmonte, Murilo Salles, Daniela Thomas, Toni Venturi, Bruno Safadi, Sérgio Rezende e Fernando Coimbra. Entre seus trabalhos mais recentes, ela aparece como atriz na pele de uma evangélica no ainda inédito O Rei das Manhãs (2017), de Daniel Rezende, e estreia na direção com o documentário Divinas Divas (2016), centrado nas trans cariocas Rogéria, Valéria, Jane Di Castro,Camille K, Fujica de Holliday, Eloína, Marquesa e Brigitte de Búzio.

De uma geração anterior, Helena Ignez, também homenageada pela Mostra de Cinema de Tiradentes em 2017, impõe-se como memória e como presente. Aos 74 anos, ela é memória desde o fim dos anos 1950, no teatro e no cinema. Primeiro, como atriz, estreando nas telas no curta O Pátio (1959), de Glauber Rocha, explodindo os olhares e as sensibilidades em O Padre e a Moça (1965), de Joaquim Pedro de Andrade, e se firmando como atriz-autora em filmes de Rogério Sganzerla e Julio Bressane. A partir de 2007, iniciou o caminho também de diretora, numa trajetória ainda em construção e cada vez mais ousada e inventiva que já soma seis filmes. Seu corpo circulante de energia mística, mítica e libidinal, não importa com qual idade, sempre em estado de performance, marcou gerações de espectadores, realizadores, atores e atrizes.

Uma novidade do próximo ano é que a Mostra de Tiradentes escolheu Helena Ignez não apenas como uma das homenageadas, mas também para nomear o prêmio a ser entregue, já a partir desta edição, a uma mulher em alguma das funções de criação cinematográfica em longa ou curta-metragem presente nas mostras competitivas do evento – Mostra Aurora e Mostra Foco.

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A cidade de Tiradentes, localizada a 180km de BH e com apenas 7 mil habitantes, recebe durante a Mostra Tiradentes toda infra-estrutura necessária para sediar uma programação cultural abrangente e gratuita, que reúne todas as manifestações da arte. São instalados três espaços de exibição: o Cine-Praça, no Largo das Fôrras (espaço para mais de 1.000 espectadores); o Complexo de Tendas, que sedia a instalação do Cine-Tenda (com 600 lugares), e o Cine-Teatro (com platéia de 120 lugares), que funciona no Centro Cultural Yves Alves Sesi Tiradentes, que é instalada na sede do evento.

Toda programação é oferecida gratuitamente ao público.

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Acompanhe a 20ª Mostra de Cinema de Tiradentes e o programa Cinema Sem Fronteiras 2017.

Participe da Campanha #EufaçoaMostra

Na Web: mostratiradentes.com.br No Twitter: @universoprod

No Facebook: universoproducao / mostratiradentes

No Instagram: @universoproducao     Informações pelo telefone: (31) 3282-2366

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Serviço:

20ª MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES

20 a 28 de janeiro de 2017

Idealização e realização: UNIVERSO PRODUÇÃO

Incentivo: LEI FEDERAL DE INCENTIVO A CULTURA

GOVERNO FEDERAL|ORDEM E PROGRESSO

Anfitriã do encontro, a Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais (Setur-MG) apresentou aos circuitos, receptivos e gestores de unidades de conservação o projeto para fomento ao turismo nos parques estaduais que terá inicio no próximo ano. O projeto consiste em integrar ações entre o IEF e Setur, de maneira a estimular o fluxo turístico nos parques e suas regiões, por meio de melhorias nas estruturas, promoção, comercialização e dos serviços. Inicialmente foram selecionados 11 parques para o início das ações, sendo Ibitipoca, Itacolomi, Lapa Grande, Mata do Limoeiro, Nova Baden, Rio Doce, Rio Preto, Serra do Brigadeiro, Sumidouro, Monumento Natural Gruta Rei do Mato, Monumento Natural Peter Lund. O projeto é uma das ações prioritárias do Governo de Minas e está incluso no Pacto do Cidadão.

 

Com isso, a Setur incluiu em sua programação alguns temas relativos ao uso público em áreas naturais. A direção do grupo Cataratas Iguaçu SA, responsáveis pela concessão de importantes atrativos nacionais, como Cataratas do Iguaçu, Aquário Rio e Fernando de Noronha, acredita que essa ação proposta é de grande valia para o setor. “Muito boa essa iniciativa da Setur, unir essa turma que tem o mesmo interesse é esplêndido. A Cataratas SA veio para contribuir e mostrar nosso exemplo, pois os parques precisam ser abertos à comunidade, há diversas atividades a serem exploradas. Trazer para debate o assunto e deixando-o bastante transparente gera estímulos para unir guerreiros” afirmou o diretor presidente, Bruno Marques.

 

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Para Mário Douglas, coordenador regional do ICMBIO, esse diálogo entre secretarias, ministérios, conservacionistas e turismólogos é essencial. “As UC’s tem no uso público e no turismo os pilares para sustentabilidade no médio e longo prazo e acredito que esse evento é só o começo para Minas Gerais. Ampliar as ações e estar juntos para discutir essa sustentabilidade é muito importante tanto para o turismo quanto para as unidades de conservação” destacou.

 

Os dois dias do evento foram de trocas de experiências. Em diversos momentos, os gestores das unidades de conservação se reuniram com receptivos de sua localidade para discutirem formas viáveis de promoção dos parques. Para os circuitos turísticos essa relação é de extrema importância para afinar os objetivos. “Estar perto deles nos faz compreender e evitar possíveis conflitos entre prefeituras e gestores dos parques. Além de gerar um aumento do fluxo turístico, isso é ótimo para não haver isolamento de ações” explicou Éthany Cunha, do Circuito Turístico dos Diamantes.

 

Os gestores das unidades de conservação também estão bem confiantes com o novo projeto. “Tudo que foi dito aqui está bem convergente com as ações que o IEF tem implementado nas unidades de conservação. Embora tenhamos grandes dificuldades de gestão, é válido que o trade turístico entenda os nossos gargalos e de forma participativa possibilite acabar com grande parte deles, pois a atividade turista é a principal aliada para conservar a biodiversidade existente nas unidades de conservação do Estado de Minas Gerais”, declara Vinicius Moreira, gerente do Parque Estadual do Rio Doce.

 

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Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais

 

Aproveitando a oportunidade de reunir os circuitos turísticos presente no Encontro, a Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais – Fecitur realizou a assembleia da federação e a votação da nova presidência da entidade.

 

A chapa vencedora tem a gestão até 2018. Ela é composta por:

· Marco Andre Malaquias – Presidente

· Eduardo Henrique Oliveira – Vice-Presidente Diretor técnico

· Ramon de Carvalho Reis – Vice-Presidente Diretor Financeiro

· Mário Batista da Silva Filho – Vice-Presidente Diretor de Comunicação

· Erica Natalia de Sousa – Vice-Presidente Diretora Secretária

 

O novo presidente eleito acredita que a lei do turismo, que está na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para votação, será um importante marco para o setor. “Estamos em fase de transição do turismo no Estado. A jornada para esse desenvolvimento é o grande desafio que estou assumindo. Trabalhar em um Estado tão grande é bem complexo e essa nova diretoria fará o possível para avançarmos. Os circuitos são o programa de regionalização do Estado, dessa forma, tenho certeza que o caminho mais curto para o sucesso é nos profissionalizarmos. A Setur pode contar conosco que andaremos juntos”, explica o presidente eleito, Marco André.

 

Para encerrar a programação de 2016, o Cine Humberto Mauro realiza mostra Especial de Natal com a exibição de três filmes, de diferentes gêneros, em um mesmo dia: Duas Semanas de Prazer (1942), O Céu Mandou Alguém (1948) e Natal em Julho (1940).

DUAS SEMANAS DE PRAZER 

Além do pano de fundo natalino, outro ponto em comum entre os filmes é que foram produzidos na década de 40, durante a chamada Era de Ouro Hollywoodiana, quando o cinema servia como escape para a população. O objetivo central nesse período era entreter o público e, para isso, novos recursos técnicos e estéticos possibilitaram o desenvolvimento pleno de todos os gêneros.

 

Duas Semanas de Prazer, de Mark Sandrich, é um musical com Fred Astaire e Bing Crosby no elenco; O Céu Mandou Alguém, dirigido por John Ford, é uma fabulação da história de Jesus Cristo; e Natal em Julho, de Preston Sturges, uma comédia sobre um Natal planejado fora de época.

O Cine Humberto Mauro retoma suas atividades no dia 20 de janeiro.

  

PROGRAMAÇÃO

 

23 SEX

16h Duas Semanas de Prazer, de Mark Sandrich (Holiday Inn, EUA, 1942) | Livre | 100’

Amigos decidem abrir uma pousada que só abre nos feriados. Sucesso inesperado, a dupla começa a ter desavenças quando uma linda mulher surge para confundir o coração de ambos.

 

18h O Céu Mandou Alguém, de John Ford (3 Godfathers, EUA, 1948) | Livre | 89’

Após assaltarem um banco do Arizona, três bandidos fogem, perseguidos pelo xerife Buck Sweet. Ali encontram uma mulher moribunda, prestes a dar a luz numa carroça abandonada. Mesmo correndo o risco de perder a liberdade, o trio honra sua promessa de salvar o bebê decidindo atravessar o deserto até a cidade de Nova Jerusalém.

 O CEU MANDOU ALGUEM

20h Natal em Julho, de Preston Sturges (Christmas in July, EUA, 1940) | Livre | 67’

Um auxiliar de escritório sonha em ganhar um concurso de rádio que premiará com grande soma de dinheiro a melhor idéia para um slogan. Como uma brincadeira, colegas do seu trabalho mandam um falso telegrama anunciando que ele é o vencedor. Ele recebe uma promoção na empresa, compra presentes para toda a sua família e amigos, e propõe casamento a sua namorada. Quando a verdade vem à tona, ele não está preparado para as consequências.

Cine Humberto Mauro / Mostra Especial de Natal 

Período: 23 de dezembro

Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1537 – Centro

Entrada gratuita, com retirada de ingressos 30 minutos antes de cada sessão

Informações para o público: (31) 3236-7400

 

Cine Humberto Mauro / Mostra Especial de Natal

Período:23 de dezembro

Local:Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1537 – Centro

Entrada gratuita, com retirada de ingressos 30 minutos antes de cada sessão

Informações para o público:(31) 3236-7400


A memória documental de Minas Gerais ganhou um dos maiores reconhecimentos existentes em todo o mundo. A UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Ciência, a Educação e a Cultura divulgou que a Coleção de obras raras da Biblioteca do Instituto Cultural Amilcar Martins (ICAM), situada em Belo Horizonte, foi contemplada com o título Memória do Mundo. É o primeiro acervo bibliográfico brasileiro a receber tal honraria.

Preocupada com a promoção da identificação e a preservação do patrimônio cultural de todo o mundo, a UNESCO criou, em 1992, o Programa Memory of the World (Mow), consciente de que grande parte da memória do mundo se encontra nas bibliotecas e nos arquivos espalhados por todo o planeta. O objetivo é identificar, registrar e proteger acervos documentais e bibliográficos considerados importantes para a Memória do Mundo.

O TÍTULO

A concessão do Registro de Memória do Mundo é feita mediante julgamento minucioso de comissões compostas por instituições e especialistas de alto nível. Entre os documentos preservados com o apoio do programa encontram-se, por exemplo, a Bíblia de Gutenberg, a partitura original da 9ª sinfonia de Beethoven, a Carta de Pêro Vaz de Caminha e o Tratado de Tordesilhas.

Além de documentos como esses, fundamentais para a história de toda a humanidade, o programa busca também identificar e preservar documentos e acervos de importância fundamental para a história, a memória e a cultura dos diversos países.

No Brasil já obtiveram o registro como Memória do Mundo, documentos e acervos como a Lei Áurea de 1888 (Arquivo Nacional); a Carta da Abertura dos Portos, de 1808 (Biblioteca Nacional); os documentos originais dos Autos da Devassa da Inconfidência Mineira (Arquivo Nacional); Coleção Francisco Curt Lange de Documentos Musicais (Museu da Inconfidência-Ministério da Cultura); os arquivos pessoais de Rui Barbosa (Fundação Casa de Rui Barbosa); de Getúlio Vargas (CPDOC/FGV); de Guimarães Rosa (IEB/USP); de Machado de Assis (Academia Brasileira de Letras); o Acervo documental da Comissão Construtora da Nova Capital de Minas (Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte); Fundo Câmara Municipal de Ouro Preto – 1711-1889 (Arquivo Público Mineiro), entre outros.

O reconhecimento da Coleção de obras raras da Biblioteca do ICAM como parte da Memória do Mundo aconteceu em outubro de 2016, e somente agora foi divulgado.

A cerimônia de entrega do certificado Memória do Mundo da Unesco será realizada no dia 6 de dezembro de 2016, às 19h, no Palácio do Itamaraty, e será recebido pela presidente do Instituto Cultural Amilcar Martins, Lucia Flecha de Lima.

Prof  Amilcar na sala de obras rarasProf. Amilcar na sala de obras raras

 

As bolsas de estudo de música concedidas pela FEA têm permitido, há décadas, que crianças e jovens obtenham gratuidade em sua formação musical. É crescente  o número de jovens  que, na faixa de idade  correspondente ao Ensino Médio,  descobrem sua vocação para a música. Hoje,  na Região Metropolitana e em toda a periferia  de  Belo Horizonte, as redes sociais divulgam a existência de uma instituição que  mantém um Programa de Bolsas - a Fundação de Educação Artística - e os jovens acorrem, cheios de esperança. Na  imensa maioria dos que a FEA pode absorver, eles  correspondem ao ensino recebido com dedicação e força de vontade. Seguem  em direção a uma profissionalização no campo da música, inúmeras vezes salvando-se das condições perversas de um  meio  contaminado pela droga e a violência. 

Imposto de renda

A FEA quer continuar a prestar esse serviço à comunidade, ampliando o número de bolsas. Mas precisa, para isso,  de apoio constante. A Campanha Transforme seu Imposto de Renda em Música pretende  esclarecer sobre  a possibilidade que tem  cada contribuinte do I.R. - seja  pessoa  física ou jurídica - de direcionar a um projeto aprovado no Ministério da Cultura, como é o projeto da Fundação de Educação Artística,  uma parcela de seu imposto, recebendo devolução ao fazer em abril  sua declaração de ajuste.

E para  quem quer apoiar, mas não é contribuinte,  a FEA  oferece outras formas de participação e ajuda.!

Como calcular o valor da doação

Verifique qual será o provável valor do Imposto de Renda devido, usando como referência o valor apurado na declaração de 2016 (ano calendário 2015). Calcule 6% sobre este valor: esta é a quantia aproximada que você poderá abater na declaração de 2017 (ano calendário 2016), se não houver grande alteração nos seus rendimentos.

Por exemplo: se o valor do Imposto de Renda devido, apurado na declaração de 2016, for R$ 10.000,00 (não importando qual o valor retido na fonte, valor já pago ou valor a restituir), você poderá doar até R$ 600,00 e abater integralmente esse valor. Caso o valor integral do imposto devido já tiver sido pago, através de retenção na fonte ou carnê-leão, e você tiver restituição, esta será acrescida do valor da doação efetivada.

Como doar

Todas as doações são obrigatoriamente depositadas em conta vinculada ao projeto, cuja movimentação é controlada pelo Ministério da Cultura.

Acesse o nosso site www.feabh.org.br e clique em DOAÇÃO. O doador terá acesso às informações, ao simulador de doação e poderá gerar um boleto bancário para o crédito da doação.

Como declarar

Para a pessoa física efetuar o lançamento da doação na declaração de ajuste anual do IR (modelo completo) o valor da doação deve ser inserido na seção "Pagamentos e doações efetuados" sob o código 41, que prevê o incentivo à cultura. Neste campo, deve-se informar o nome do titular do projeto cultural beneficiado, o número de sua inscrição no CNPJ, os dados do projeto aprovado e o valor do apoio.

A Fundação de Educação Artística – FEA

A Fundação de Educação Artística - FEA - é uma entidade sem fins lucrativos, de forte cunho social, com penetração em todas as classes sociais, que tem como objetivo contribuir - ali onde o Estado não atua suficientemente - para a democratização, o aprimoramento e a atualização do ensino das artes e, em particular, da música. Criada, em maio de 1963, por um grupo de artistas e intelectuais mineiros, apresentou-se, desde sempre, como um centro de experimentação, renovação e difusão artística de base cultural ampla.

No âmbito educacional, merece destaque o papel desempenhado pela FEA no processo de atualização do ensino musical, não só em Belo Horizonte, como também em diversos centros de formação do País. Por valorizar o intercâmbio entre as artes, a Fundação de Educação Artística mantém-se sempre aberta a novas ideias, experimentações, pesquisas e é, essencialmente, uma defensora contumaz da música de nosso tempo.

Serviço

Campanha: Transforme seu imposto de renda em música

Fundação de Educação Artística

Até 29 de dezembro

feabh.org.br/doacao

Informações: 3226-6866 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.


Em pauta serão abordados importantes aspectos para o desenvolvimento do turismo da região e sobre o mapa do turismo brasileiro. Durante o evento, haverá também um debate sobre o agrupamento dos circuitos turísticos, formatação dos produtos turísticos, comercialização e receptivos.
Os desafios e as perspectivas para o ano de 2017 em relação aos circuitos também serão temas discutidos. Além disso, o projeto de lei e a política estadual do turismo ganham destaque.

SERVIÇO:

Data: 6 de dezembro
Local: Pousada Vista da Serra – Avenida Casa Branca, 348, Casa Branca – Brumadinho/MG.

A Secretaria de Estado de Cultura publica o resultado do Prêmio do Governo de Minas Gerais de Literatura 2016. Na categoria Ficção (Romance) a obra vencedora foi “Floresta no fim da rua, de Silvio Rogério Silva. As menções honrosas foram para a obra “Começo em mar”, da escritora Vanessa Maranha, e para “Pela primeira vez em muito tempo”, de Vinícius Bopprê Oliveira. Já na categoria Poesia a obra vencedora foi “Um carro capota na lua”, do autor Tadeu de Melo Sarmento. O Jovem Escritor dessa edição é Jonathan Tavares Diniz, que venceu com o projeto “Cólera”.

A mineira Adélia Prado é a vencedora do prêmio na categoria Conjunto de Obra. É a primeira vez que uma mulher ganha a premiação nesta categoria. Adélia foi escolhida, por unanimidade, pelo júri composto pelos professores Guiomar de Grammont (UFOP), Ruth Silviano Brandão (UFMG) e Luis Augusto Fischer (UFRS). A cerimônia de entrega do prêmio irá ocorrer na capital mineira em data a ser marcada.

Adelia prado - 1 - jackson romanelli

Ao todo o Prêmio do Governo de Minas Gerais de Literatura distribui a quantia de R$ 258 mil, sendo R$ 30 mil para a categoria Ficção, R$ 30 mil para Poesia, R$ 48 mil na categoria Jovem Escritor e R$ 150 mil na categoria Conjunto da Obra.

ESCRITAS INOVADORAS

Segundo Ruth Silviano Brandão, a obra de Adélia Prado inaugurou na literatura brasileira uma poesia que se abriu para o feminino, o erotismo e o místico. E com uma dose de humor que aponta para o cotidiano e para a simplicidade, sem nunca cair na facilidade dos estereótipos e que permanece com seu vigor na cena literária. “A obra de Adélia revela um trabalho de escrita inovador, às vezes paradoxal e surpreendente, até o momento atual, pois, como afirma em um de seus poemas, ‘A palavra é disfarce de uma coisa mais grave, surda-muda,/foi inventada para ser calada’”, afirma a professora Ruth.

Guiomar de Grammont não poupa elogios quando o assunto é a poesia de Adélia. "Em sua obra se imbricam o sagrado e o profano, as referências clássicas e cotidianas, em um quadro simbólico de peculiar originalidade, trazendo para a literatura as imagens que caracterizam o imaginário barroco".

Já para o professor gaúcho, Adélia é uma das escassas figuras de indiscutível primeiro plano na literatura brasileira atual. “Ela é autora de obra relevante em todos os sentidos cabíveis: não é desconhecida de nenhum leitor culto, conta com muitos leitores apaixonados, é objeto de importantes estudos acadêmicos e empolga até na forma adaptada para teatro”, afirma Fischer. Ainda segundo o professor, Adélia representa, como todo grande escritor, um ponto singular no panorama geral de seu tempo e de sua língua, com uma dicção e um temário inconfundíveis. “Ela calha de ser uma escritora, uma mulher que escreve e que tematiza sua condição, o que, no contexto da história do prêmio Minas, se reveste de importância específica”, completa.

O secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, destaca o fato de o prêmio, com dimensão nacional, ser atribuído pela primeira vez a uma mulher, sendo ela uma mineira. Para o secretário, no entanto, “é pleonasmo dizer que Adélia é mineira, pois a alma de Minas Gerais está guardada no seu coração de poeta”.

Para Lucas Guimaraens, superintendente de Bibliotecas Públicas e Suplemento Literário, jogar luz sobre novos talentos é outra importante faceta da premiação. “As categorias ficção e poesia enfatizam e dão visibilidade a escritores com uma trajetória literária reconhecida, afetando diretamente toda a cadeia produtiva e criativa do livro. Na categoria Jovem Escritor é talvez aquela de maior impacto direto junto aos criadores que, no caso, são escritores jovens que nunca tiveram livros publicados e que, possivelmente, terão a partir desse agraciamento uma maior visibilidade e possibilidade de desenvolver a sua obra a partir da bolsa recebida pelo contemplado”.

Mineira de Divinópolis, Adélia nasceu em 1935. Formou-se em Magistério e Filosofia. Em 1976, publicou “Bagagem”. Já em 1978 foi a vez de “O coração disparado”, agraciado com o Prêmio Jabuti. Sua estreia em prosa se deu no ano seguinte, com o livro “Solte os cachorros”. Em seguida publica “Cacos para um Vitral”. Em 1981 lança “Terra de Santa Cruz”, e em 1984 “Os componentes da banda”.  Em 1991 é publicada sua “Poesia reunida”. Em 1994, após anos de silêncio poético, ressurge com o livro “O homem da mão seca”. Em 1999 são lançados “Manuscritos de Felipa”, “Oráculos de maio” e sua “Prosa reunida”.

Histórico do Prêmio do Governo de Minas Gerais de Literatura

O Prêmio do Governo de Minas Gerais de Literatura foi lançado em dezembro de 2007 pela Secretaria de Estado de Cultura. Seu objetivo é promover e divulgar a literatura brasileira, reconhecendo grandes nomes nacionais e abrindo espaço para os jovens escritores mineiros. O prêmio é dividido em quatro categorias: I - Conjunto da Obra (homenagem a um escritor brasileiro em atividade), II - Poesia, III - Ficção e IV - Jovem Escritor Mineiro. Entre os escritores que já foram homenageados na categoria Conjunto da Obra, estão Fábio Lucas (2015), Ferreira Gullar (2013), Rui Mourão (2012), Affonso Ávila (2011), Silviano Santiago (2010), Luís Fernando Veríssimo (2009), Sérgio Sant’Anna (2008) e Antonio Candido (2007).

A entrega do Prêmio acontecerá em uma cerimônia, na capital mineira, em data a ser marcada.  


A ausência de espaço para artistas negros apresentarem suas criações levou um grupo de profissionais do setor musical a se reunirem para a criação da IMuNe – Instante da Música Negra, uma plataforma para fomentar o debate político sobre a questão e para dar visibilidade aos trabalhos criados por pessoas negras. O lançamento da plataforma será marcado pela primeira edição da Mostra IMuNe que promove uma série de shows e coloca no mercado novas criações fonográficas. O primeiro disco a ser lançado pela IMuNe será “Fio Desencapado”, do ator, gestor cultural e intérprete Rodrigo Jerônimo. Ele apresenta seu primeiro disco no dia 4 de dezembro, às 20h, no Galpão Cine Horto. O ingresso para o show custa R$ 20 (inteira). Na promoção, ingresso e disco custam R$ 30.

Com arranjos inspirados na sonoridade das cordas elétricas e acústicas, criando ambientes que ora dialogam com o sertão brasileiro, ora com os grandes centros urbanos, “Fio Desencapado” afirma a posição de Rodrigo Jerônimo como um novo intérprete da música produzida em Minas Gerais. O disco foi gravado, mixado e masterizado no Confraria Home Studio e contou com a produção musical de Guilherme De Marco.

Com exceção do carioca Edu Krieger, o álbum traz composições de artistas experientes e jovens compositores da música feita em Minas como Bernardo Leitão, Fabrício Belmiro, Guilherme De Marco, Guilherme Ventura, HG Erik, Makely Ka, Maurício Patitucci, Paulo César Anjinho e Rafael Mourão. “Fio Desencapado” é uma obra artesanal, tecida por várias mãos ao longo de três anos de trabalho. Com a aspereza e acidez nas palavra, o trabalho carrega o modo de olhar para o mundo de Rodrigo e seus desejos de expressão organizados por Guilherme De Marco.

“É um trabalho de muitos detalhes. O disco traz a lembrança de álbuns antigos, feitos sem a formatação das gravadoras e dos estúdios. É uma síntese da ideia inicial do artista. É um trabalho de direção artística, mais do que de direção fonográfica porque o propósito era chegar à ideia original do Rodrigo, daquilo que o movia e o fazia sentir a necessidade de lançar um disco tão trabalhoso”, afirma o diretor.

Apesar de simples, “Fio Desencapado” não se furta à pretensão da singularidade. “É um disco fora do padrão, que quebra com alguns modelos porque ele traz, de certa forma, uma fonografia à moda antiga com tecnologia digital. Faz muito uso da voz como instrumento e tem a percussão e a guitarra como fortes elementos”, completa Guilherme.

O trabalho está impregnado de vivências, sentidos e memórias de Rodrigo expressas em letras de outros autores, mas lidas com os olhos do intérprete que viveu vinte anos em Matozinhos/MG e, aos 22 anos, se mudou para Belo Horizonte, cidade em que vem se estabelecendo como ator. No teatro, desenvolveu uma pesquisa sobre musicais brasileiros no Grupo dos Dez, companhia teatral que fundou e hoje é coordenador. Ao lado de João das Neves, dirigiu “Madame Satã”, espetáculo sobre a figura lendária da Lapa carioca. Do teatro, além da experiência e das pesquisas de linguagens em musicais, ele levou para sua música artistas que, assim como ele, transitam entre as duas artes. Entre eles, a cantora Bia Nogueira, a violinista Nath Rodrigues e o percussionista Daniel Guedes.

“O trabalho é um reflexo desse cara que chegou na cidade grande. Traz um pouco dos sentidos de como é chegar em uma capital. Tem passagens pelo congado, pelo terreiro e um acento de regionalismo assumido, sem medo de ser recebido com preconceito e de ser taxado como folclorizado. Não abro mão do batuque”, afirma Rodrigo.

Algumas músicas, como “Retirante”, de Guilherme de Marco, trazem os cheiros e as vivências daquele que sai de sua terra em busca de outras possibilidades de vida. A religiosidade também se expressa em "Reza", música de Guilherme Ventura, que conta com a participação de Sérgio Pererê. Em "Carrossel e Andor", música de Fabrício Belmiro e Rafael Mourão, o congado se faz presente e ganha os timbres da participação especial de Titane, uma das grandes mestras de Rodrigo e também umas das precursoras da inserção das influências do congado na música mineira.

A música que dá nome ao disco, "Fio Desencapado", é uma composição de Makely Ka e traz um repente moderno, em que o violino, tocado por Nath Rodrigues com uma “pegada” rabequeira dialoga com as distorções das guitarras. "No jornais" é uma composição de Paulo César Anjinho e "Desafio” traz a autoria de Edu Krieger que evidencia as potencialidades percussivas, muito presente em todo disco e elaborada por Daniel Guedes, importante colaborador na concepção do disco. “Rural”, de Bernardo Leitão, é talvez a composição mais biográfica presente no disco, com referências diretas ao interior de Minas Gerais e vivências do povo do interior do estado na capital.

“Esse é um disco que carrega uma autonomia e é muito intuitivo. Não é clássico e nem pop e também não é um registro de uma coisa pronta. É um trabalho que valoriza o intérprete ao mesmo tempo em que respeita cada necessidade da música. Não há um padrão de interpretação e as características do meu jeito de cantar não se sobrepõem ao que a música quer dizer”, explica Rodrigo.

Para o show de lançamento do disco, ele será acompanhado pelos músicos: Alysson Salvador e Juninho Ribeiro nos violões, Bruno De Oliveira no baixo, Débora Costa na percussão, Guilherme De Marco na guitarra elétrica e acústica e Hadassa Amaral na bateria. A apresentação traz ainda as convidada Nath Rodrigues no violino, Irene Bertachini na flauta e vocais e Bia Nogueira nos vocais.

IMuNE – Instante da Música Negra

O projeto IMuNe – Instante da Música Negra é dedicado à música produzida por artistas negros. Com a ideia de reunir nomes da nova geração da música mineira, criou-se o conceito de instante. Um momento que vai além da escuta, um espaço para provocar o questionamento: “Quais são os instantes em que a música produzida por negros ocupa os palcos e meios de comunicação em Minas Gerais?”.

Idealizada como uma plataforma de difusão da música feita por artistas negros, assim também como para promover o debate político sobre a inserção de negros em espaços dedicados à música, a primeira ação do coletivo é a Mostra IMuNe, que reúne músicos e musicistas de variados estilos em espaços diversos.

Depois de Rodrigo Jerônimo, a agenda da mostra lança ainda discos de Maira Baldia no dia 18 de dezembro, às 17h, na Casa do Baile. E em seguida, serão as vezes de Guilherme Ventura, Bia Nogueira, Talita Barreto, Rafael Salles, Marquim D moraes, Azzula, Rodrigo Santos, Rodrigo Jerônimo, Maíra Baldaia, Alysson Salvador.

ImuNe

SERVIÇO:

IMuNe – Instante da Música Negra lança “Fio Desencapado”, de Rodrigo Jerônimo

Quando. 4 de dezembro, às 20h

Onde. Galpão Cine Horto (rua Pitangui, 3.613, Horto)

Quanto. R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

             

Promoção: Você leva o ingresso para o show + o disco por R$ 30, comprando pelo site do Sympla.
 https://www.sympla.com.br/lancamento-do-cd-fio-desencapado-de-rodrigo-jeronimo__99418 

 

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, entregou nesta sexta-feira (16/12) em Araxá, no Território Triângulo Sul, a Medalha Calmon Barreto, destinada a homenagear personalidades e instituições que se destacaram em prol do desenvolvimento das atividades culturais e turísticas de Minas Gerais. O orador oficial da cerimônia foi o deputado estadual Bosco. Neste ano, nove pessoas foram agraciadas, duas delas são destacados atuante da cultura mineira: Lacarmélio Alfêo de Araújo, produtor de revistas em quadrinhos de Belo Horizonte, conhecido como Celton, e Rubem Silveira dos Reis, produtor cultural, renomado diretor de teatro da região, integrante do Grupo Pontapé e vice-presidente do Conselho Estadual de Política Cultural.

Rubem dos Reis se sente comovido e gratificado com a homenagem. " É uma honraria que marca minha vida eternamente, pelo significado que a medalha carrega. Venho há mais de 25 anos realizando projetos transversais nas áreas de turismo e cultura, logo, esse reconhecimento é muito importante para meu trabalho". 

O quadrinista Celton é personagem conhecido das ruas da capital mineira, onde vende suas obras, que contam a história de um super-herói que tem a missão de proteger Belo Horizonte.

Em seu discurso, o governador ressaltou o objetivo do seu governo de administrar “com os olhos no interior e para cada região” e reforçou o sentimento de mineiridade, que é próprio do Estado. “Ainda que os recursos financeiros sejam escassos, vamos tentar atender as demandas que a própria população prioriza, e que suas lideranças políticas podem fazer. Sinto hoje, aqui em Araxá, um sentimento muito forte de mineiridade. A austeridade dos mineiros, austeridade com o recurso público, com os recursos naturais, quando se trata daquilo que é o bem comum e que merece, portanto, todo cuidado e respeito”, afirmou.

Medalha

 A Medalha Calmon Barreto foi instituída em 1999, pela Lei 13.371 e é entregue anualmente. A entrega da comenda coincide com o aniversário da cidade, que na próxima segunda-feira, dia 19, completa 151 anos de emancipação. O nome da Medalha é uma homenagem ao artista plástico nascido em Araxá, Calmon Barreto de Sá Carvalho, que se destacou por suas obras como desenhista, pintor, escultor e escritor.

Agraciados:

Odair José da Cunha, secretário de Estado de Governo

Marco Antônio Castello Branco, presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais

Ricardo Rocha de Faria, deputado estadual

Gustavo Pessoa Arrais, secretário de Estado Adjunto de Turismo

Márcio Oliveira Pereira, promotor titular da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Araxá

Vitor Hugo Heisler, delegado-geral de Polícia Civil

Rochelle Mantovani Santos, diretora-geral da Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais

Lacarmélio Alfêo de Araújo, produtor de revistas em quadrinhos

Rubem Silveira dos Reis, produtor cultural

Crédito: Verônica Manevy / Imprensa MG

Medalha Calmon Barreto

 

 

Por que alguém resolve escrever? A jornalista e cronista Zulmira S. T. Furbino tem uma resposta inusitada para essa pergunta. “Precisei escrever para ser. Caçula, numa família de dezenove irmãos, foi na literatura que encontrei a forma de ir inventando e consolidando minha identidade.  Escrevendo, nasci muitas vezes até desabrochar”, diz a autora do livro Das Minas que será seu lançado no dia 05 de dezembro, segunda-feira, a partir das 19h,  no café do Cine Brasil, na Praça Sete (Rua Carijós 258).

Reinventando-se,  a jornalista com vinte  anos de experiência na área de Economia resolveu fazer uma transição do seu lado repórter - acostumado com  números e estatísticas - para  o de cronista, que gosta de gente e da vida, apesar dos percalços que ambos provocam.

Desse desejo de transformação, nasceu a autora das mais de cento e cinquenta crônicas publicadas no jornal Estado de Minas, durante os três anos em que ela assinou a coluna Simples Assim, do caderno Bem Viver.  Selecionando trinta e seis delas, Zulmira inventa seu livro Das Minas.

Essa autora, que se define como escrevinhadora, sintetiza:  “primeiro, as crônicas precisaram ser escritas; depois de escolhidas e compiladas, precisaram ser publicadas em livro porque é deste mal que padece quem escreve: diluir a  imensidão que invade a alma por enxergar a vida poeticamente”. E cita Drummond, das Minas: "Gastei uma hora pensando um verso que a pena não quer escrever. No entanto ele está cá dentro  inquieto, vivo. Ele está cá dentro e não quer sair. Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira."

Zulmira S. T. Furbino acredita que a escrita é uma tarefa difícil, que aparta o escrevinhador do mundo real, mas que, ao mesmo tempo, devolve a esse mundo um quê das delicadezas perdidas ao longo do caminho. “Escrever é irritante, é triste.” – diz ela. Mas complementa afirmando que, paradoxalmente -  por vício ou ofício -, está sempre correndo atrás das palavras.

O livro tem quarta capa, orelha e prefácio assinados, respectivamente, pelos escritores mineiros  Leila Ferreira, Carlos Herculano Lopes e Cris Guerra.  Leila afirma que Zulmira S. T. Furbino alia, como jornalista,  a capacidade crítica da observadora a um olhar poético que encontra beleza nas coisas miúdas, naquilo que parece trivial.  “Sua simplicidade nos desarma e nos torna cúmplices: embarcamos nas suas histórias, nos aproximamos de seus personagens, nos permitimos sentir a leveza que é sua marca – e seu estilo. Resumindo? Ler Zulmira Furbino faz bem”.

“Em meio a nova geração de cronistas, vinda de uma escola que  em Minas encontrou encontrou sua casa, Zulmira S. T. Furbino divide com o  leitor sentimentos, sutilezas para enxergar o outro, e um olhar atento sobre as coisas simples,  muitas vezes pouco percebidas na pressa comum dos nossos dias”, escreve Carlos Herculano.

Já para Cris Guerra,  Zulmira S. T. Furbino  lê o mundo e comenta sobre ele, ao pé do ouvido do leitor. “Não há detalhe que escape do seu olhar de romance. Como quando ela fala sobre o tempo, ou sobre o seu não entender o tempo, mas faz dele um desenho tão bonito, que a gente quase acredita: é assim o tempo, então, mirando o desenho que ilustra, mas não explica”. E arremata: “Ainda bem que existem Zulmiras pra gente continuar a sonhar”.

 

 

Sobre

Zulmira Furbino é formada em publicidade e jornalismo e estudou Sociologia do Emprego e Desemprego na Universidad de Deusto, em Bilbao, na Espanha, onde foi assistente da Cátedra Unesco de Formação de Recursos Humanos para a América Latina. Atuou como repórter de economia e como correspondente internacional na Espanha.

Foi correspondente, em BH,  do diário carioca Jornal do Commercio.  Por oito anos, atuou como repórter sênior de economia no jornal Estado de Minas. Assinou, ao lado do escritor Affonso Romano de Sant’Anna e do fotógrafo Mário Castello, o livro Riquezas de Minas. Durante  três anos, também assinou a coluna semanal Simples Assim e escreveu reportagens para o caderno de comportamento Bem Viver.

Vencedora do 1º Prêmio de Jornalismo Impresso da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (2012). Ganhadora do Prêmio Sebrae de Jornalismo para a região Sudeste e para o estado de Minas Gerais (2010). Duas vezes finalista do prêmio CNH de jornalismo (2001 e 20101). Segundo lugar no II Prêmio de Jornalismo Econômico do Conselho Regional de Economistas (2010).

O Clube de Leitura de Quadrinhos da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa prossegue sua saga em busca de destrinchar, contextualizar e debater Sandman, obra escrita pelo inglês Neil Gaiman. O segundo encontro sobre este clássico, que marcou uma fase de aventuras autorais no universo dos HQs, será aberto ao público neste sábado (17), na sala de cursos do anexo Professor Francisco Iglésias, espaço integrante do Circuito Liberdade. Para participar das atividades mediadas por Afonso Andrade, gestor cultural, curador e organizador do FIQ – Festival Internacional de Quadrinhos, basta antecipar a leitura dos volumes 10 ao 16.

Apesar de ter sido publicada no Brasil pela primeira vez na década de 1980, recentemente a editora Panini publicou nova edição do livro. Os quatro volumes que reúnem as 75 edições publicadas estão disponíveis para empréstimo na Biblioteca Pública. 

O ENCONTRO

A partir de uma pesquisa sobre as referências da obra em relação a cultura pop a literatura, Afonso Andrade pretende extrair, junto aos participantes, os diferenciais desta história em quadrinhos. Publicada pela DC Comics – mesma criadora de Batman - a obra é ambientada em um surpreendente universo mitológico construído em torno de Sandman.

Afonso Andrade adianta detalhes da ocasião. “Quem participar deste encontro poderá explorar a contextualização histórica desta obra. Além disso, trazemos as referências musicais utilizadas por Sandman, também conhecido como o Mestre dos Sonhos”. Segundo ele, a Mitologia de Sandman conta ainda com elementos de religiões e mitos das culturas grega, nórdica, africana e oriental, além de uma pitada de Shakespeare, um dos personagens da obra.

Em suas reuniões mensais, o Clube de Quadrinhos alimenta uma playlist no Spotify com as músicas citadas nas edições de Sandman. Os interessados podem também solicitar inclusão no grupo no Facebook.

SANDMAN

“Vou revelar-te o que é o medo num punhado de pó”. Foi essa frase de T.S. Eliot que serviu para embalar o lançamento dessa série e também dar asas à imaginação de Neil Gaiman, um britânico destinado a criar uma das sagas mais revolucionárias e inovadoras dos quadrinhos contemporâneos.

Poucas HQs na história do mundo ocidental transcenderam o gênero e romperam barreiras como Sandman conseguiu. Mesclando mitologias modernas e fantasia sombria, além de acrescentar elementos modernos, históricos e míticos, Sandman foi considerada uma das séries mais artisticamente ambiciosas dos quadrinhos. Quando foi concluída, em 1996, já tinha mudado a nona arte para sempre e se tornado um fenômeno de cultura pop, bem como um marco das HQs, tornando difusa a fronteira imaginária entre os quadrinhos de massa e o que consideramos como arte.

A série conta a história de Morfeus, um dos Perpétuos — criaturas análogas aos deuses, mas ainda maiores —, responsável pelo Mundo dos Sonhos. Basicamente ele controla e tem acesso a todos os sonhos da humanidade e de todas as criaturas capazes de sonhar, sendo o senhor do Mundo dos Sonhos, a terra aonde vamos em nossas horas de sono.

 

 

SERVIÇO

Clube de Leitura de Quadrinho -  Sandman – Volumes 10 a 16

Data: 17 de dezembro, sábado.

Horário: 9h

Local: sala de cursos do anexo Professor Francisco Iglésias, da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa - Rua da Bahia, 1889 – Funcionários – BH.

Entrada Gratuita sem inscrição prévia.

 

Iniciativa da Fundação Clóvis Salgado, por meio do Cine Humberto Mauro, o Projeto Traga seu Filme chega à sua oitava edição e exibe o documentário Além dos Sentidos (2016), direção de Shelmer Gvar. Produzido em Belo Horizonte, o documentário tem duração de 47 minutos e une informação, humanização, ciência e arte para esclarecer e conscientizar o público sobre perdas auditivas, uma das deficiências mais comuns entre a população e ainda tão envolta em mitos e preconceitos.

A história é permeada por casos reais de pessoas que perderam a audição em diferentes momentos da vida e as formas de superação encontradas por cada uma delas, além de contar com abordagens de profissionais renomados da área, discutindo o assunto, desde o diagnóstico até o tratamento.

Segundo Gvar, Além dos Sentidos demonstra a importância da empatia, o exercício de se colocar no lugar do outro e respeitar as diferenças. Após a sessão, acontece um bate-papo com o diretor Shelmer Gvar e Camila Rezende, pesquisadora e membro da equipe de produção do documentário.

 

 

Traga Seu filme - O projeto Traga Seu Filme incentiva a produção audiovisual nacional contemplando produções brasileiras de forma a expandir o circuito exibidor dessas obras. As sessões acontecem sempre na última quarta-feira do mês. A entrada é gratuita e o público deve retirar os ingressos meia hora antes do início da exibição.

Os interessados, detentores do direito de exibição da obra, devem enviar o link do filme publicado no Vimeo ou no Youtube, juntamente com a ficha técnica, sinopse, formato de exibição e classificação, para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Serão aceitos filmes nos formatos 35mm, 16mm, DCP, Blu-Ray, MOV, H264, MP4 e DVD. O Cine Humberto Mauro fica isento do pagamento de qualquer montante relativo ao direito de exibição.

 

Traga seu filme – Documentário Além dos Sentidos

Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes- Av. Afonso Pena, 1537

Dia: 30 de novembro (quarta-feira)

Horário: 19h30

Informações para o público: (31) 3236-7400


 

Encerrando o ano, as ações executadas pela Setur foram apresentadas para o público. Além disso, durante o encontro, o plano estratégico elaborado pela Fundação João Pinheiro foi discutido entre os presentes.

 

A eleição das entidades da sociedade civil que irão compor o Conselho Estadual Turismo, durante o mandato 2017-2018, também foram realizadas.  Confira a lista dos eleitos abaixo:

· Associação Brasileira de Agências de Viagens de Minas Gerais – ABAV-MG

· Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais – ABRASEL

· Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis – ABLA

· Associação Brasileira de Indústria de Hotéis de Minas Gerais – ABIH MG

· Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores de Turismo – ABRAJET

· Associação Comercial e Empresarial de Minas Gerais – ACMINAS

· Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais – ACHMG

· Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte – CDL BH

· Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFET

· Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais – FECITUR

· Federação de Convention & Visitors Bureaux do Estado de Minas Gerais – FC&VB

· Federação do Comércio de Bens, Serviço e Turismo do Estado de Minas Gerais – FECOMERCIO

· Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes Bares e Similares (FNHRBS)/FBHA

· Fundação Belo Horizonte Turismo e Eventos BHC&VB

· Instituto Estrada Real – IER

· Nova Central Sindical de Trabalhadores Minas Gerais – NCST MG

· Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais – SEBRAE

· Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC Minas

· Serviço Social do Comércio – SESC MG

· Sindicato das Empresas de Turismo no Estado de Minas Gerais – SINDETUR

· Sindicato de Guias de Turismo de Minas Gerais – SINGTUR/MG


O secretário de Estado Adjunto de Turismo de Minas Gerais, Gustavo Arrais, revela a importância do evento e das novas eleições. “O turismo em Minas Gerais está alcançando reconhecimento nacional e internacional. Dessa forma, estamos trabalhando para que possamos conquistar novas oportunidades para o setor. Esperamos que a nova gestão alcance novas metas e, consequentemnte, bons frutos”. 

 

Os blogueiros vieram, de várias partes do país,  para o Encontro da Rede Brasileira de Blogueiros de Viagem – ERBBV e tiveram a oportunidade de vivenciar um pouco do destino mineiro. Rafael Miranda, do blog Para Viagem, um dos coordenadores do encontro, ficou extasiado com sucesso do evento, pois o número de participantes triplicou em relação às edições anteriores.

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Crédito: Emerson Vasconcelos

 

Iniciando o roteiro, na sexta-feira (25), o grupo visitou o Mercado Central de Belo Horizonte e se enamoraram pelos corredores repletos de muita gastronomia e artesanato. Além, claro, dos bares que foram responsáveis pelos suspiros e vídeos para os canais. Os blogueiros saíram com muitos quitutes mineiros, como queijos, doces, balas e panelas de pedra, levando um pedacinho de Minas Gerais para suas casas.


O conjunto arquitetônico da Pampulha, o Mirante das Mangabeiras e a Praça da Liberdade foram as paisagens visitadas por eles no sábado (26). A paulista Carol Kina, do blog Carta sem Portador, já veio a Minas em outras oportunidades e afirmou que continua se encantando pelo lugar. “Adoro Beagá! Acho uma cidade fantástica, com pessoas maravilhosas e comidas deliciosas. O encontro teve diversas discussões interessantes e estou muito feliz por estar aqui e por conhecer um pouco mais de MG. Recomendo demais este lugar”, declarou.

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Crédito: Emerson Vasconcelos


A blogueira Marcella Pacca, da página Segredos de Viagem, visitou outros lugares além do roteiro proposto. “Tenho o blog há mais ou menos quatro anos e gosto desses encontros para me renovar e aprender outras práticas, além de conhecer pessoas novas. Mas ter Minas Gerais como plano de fundo nesse encontro, foi algo muito nostálgico para mim. Entretanto, não posso deixar de falar sobre o Inhotim. Estive lá e é um espetáculo. Sempre ouvi dizer que não encontra em lugar nenhum do mundo algo assim e realmente é verdade, fiquei muito surpresa. Já quero voltar”.

 

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Crédito: Emerson Vasconcelos


Encerrando a visita em terras mineiras, o grupo visitou as cidades históricas, Ouro Preto e Mariana. O passeio regado à cultura e informações provocou um sentimento de “quero mais” no blogueiro de Jundiaí, Murilo Pagani, do blog Volto Logo. “Lamento não ter tido tempo de visitar todos os lugares previamente planejados. Estou indo embora, com o desejo de voltar para conhecer tantas belezas que ainda não pude visitar. Essa é, sem dúvidas, a primeira de muitas viagens”, promete.



De acordo com secretário de Estado Adjunto de Turismo, Gustavo Arrais, “espera-se que por meio do novo layout, o site possa se tornar mais moderno e proporcionar maior interação com o usuário, aumentando a visibilidade dos dados e seu uso pelo público interessado, dando mais transparência à política de turismo”.

A principal finalidade do site é monitorar o desenvolvimento do turismo no Estado por meio do levantamento de pesquisas e elaboração de indicadores. A ferramenta divulga os números e pesquisas do turismo no Estado, tais como fluxo e receita, número de turistas estrangeiros que visitam Minas Gerais, movimentação dos aeroportos, ocupação da rede hoteleira, dentre outros.

Com a ferramenta é possível visualizar as informações de forma prática, fácil e rápida, auxiliando no planejamento de ações e na tomada de decisões por parte do poder público, iniciativa privada e demais envolvidos na atividade turística de Minas Gerais.

Confira: http://www.minasgerais.com.br/observatorioturismomg/

 

A Academia Mineira de Letras promove nesta quinta-feira (1º), às 19h30, a palestra “Nos 80 anos de ‘Raízes do Brasil’” de Sérgio Buarque de Holanda, com o professor e doutor em história, Caio César Boschi. A conferência faz parte do programa Universidade Livre.

Publicado em 1936, “Raízes do Brasil” apresentou uma visão inovadora, responsável por introduzir os conceitos de patrimonialismo e burocracia. O livro trouxe uma interpretação original da sociedade tradicional brasileira e suas estruturas políticas e econômicas.

O autor, Sérgio Buarque de Holanda, buscou na história colonial as origens dos problemas nacionais, descrevendo o brasileiro como um “homem cordial”, que prefere as relações pessoais ao cumprimento de leis objetivas e imparciais. A obra também desenvolveu conceitos relevantes para o processo de reflexão sobre a formação e a afirmação da identidade nacional.

Sobre o palestrante:

Caio César Boschi é licenciado em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (1969) e doutor em História Social Pela USP (1982). Foi professor titular de História do Brasil pela UFMG. É professor titular do Departamento de História da PUC Minas. Foi professor convidado em História do Brasil pelas Universidades portuguesas do Porto e de Lisboa, da francesa École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris) e pela Universidad de Salamanca.

Possui dezenas de artigos publicados em revistas especializadas nacionais e internacionais e é autor de vários livros, como “Exercícios de pesquisa histórica”, que  mereceu da Academia Brasileira de Letras, em 2012, o Prêmio ABL de História e Ciências Sociais.

 

Caio Boschi - Divulgação

 

SERVIÇO:

Palestra “Nos 80 anos de ‘Raízes do Brasil’” de Sérgio Buarque de Holanda, com Caio Boschi

Data: 1º de dezembro.

Horário: 19h30.

Local: Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1466 - Lourdes - BH/MG).

Entrada gratuita. academiamineiradeletras.org.br

 

Em uma iniciativa inédita em parceria com os municípios, o Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG) irá proporcionar a visitação em diversos presépios em Minas Gerais. Por meio do  “Circuito de Presépios e Lapinhas de Minas”, 250 presépios residenciais e comunitários, montados em 150 cidades diferentes abertos para o público até o dia 6 de janeiro, Dia de Reis. Um guia online com endereços e horários para visitação ficará disponível no site do Iepha-MG (www.iepha.mg.gov.br).

Várzea da Palma, no norte de Minas, tem nove presépios cadastrados no guia online e destaca-se por possuir o maior número de espaços abertos aos visitantes. Em seguida aparecem Carmo do Cajuru (oeste) com oito, Jaboticatubas (metropolitana) e Medina (jequitinhonha), com sete, Oliveira (oeste) com seis e outros três municípios com cinco, Barão de Cocais (metropolitana), Piranguçu (sul) e Jequitinhonha.

Na capital mineira, os espaços que compõe o Circuito Liberdade,o Palácio Cristo Rei e o Servas, igualmente acolhidos na Praça da Liberdade, também recebem presépios que podem ser visitados pelo público durante o Natal. O Centro de Arte Popular Cemig e o MM Gerdau Museu das Minas e do Metal foram além e organizaram exposições de presépios, reunindo peças de diversos autores em seus espaços. Encerrando a programação do Natal 2016, diversos grupos de Folias de Reis farão um cortejo, no dia 6 de janeiro de 2017, na Praça da Liberdade, convidando o público para participar da festa popular.

No dia 6 de janeiro de 2017, uma grande festa vai reunir diversos grupos de Folias de Reis, encerrando a programação do Natal 2016. Será um dia especial, em que as Folias irão visitar os espaços que integram o Circuito de Presépios, passando pela Praça da Liberdade e convidando o público para participar da festa da cultura popular.

O Circuito de Presépios e Lapinhas faz parte de uma ação de salvaguarda das Folias de Reis que serão reconhecidas como patrimônio cultural de natureza imaterial do Estado.

A articulação dessas iniciativas fortalece a política do Governo de Minas Gerais de difusão e promoção do patrimônio protegido pelo Iepha-MG e contará com uma grande celebração no dia 6 de janeiro de 2017, quando se comemora o Dia de Reis. A data marcará também a deliberação do Conselho Estadual de Patrimônio de Minas Gerais (Conep) que reconhecerá as Folias de Reis como patrimônio imaterial do estado.

 

 

Presépios: costume e tradição

O presépio é uma referência ao momento do nascimento de Jesus Cristo, montada com peças que relembram o menino Jesus na manjedoura ao centro, o local de sua vinda ao mundo e os personagens bíblicos que estavam presentes neste importante momento cristão.

A recriação do cenário em que Jesus teria nascido foi uma inspiração de São Francisco de Assis que encontrou uma forma de catequizar a população de Greccio, na Itália. Num bosque do povoado, em 1223, Francisco festejou a noite de Natal com uma missa solene, diante de um estábulo armado, onde não faltaram o boi e o jumento. Desde então, os franciscanos tornaram-se os principais propagadores do costume. Com figuras de animais, pastores, casinhas, pequenas conchas e plantas, o cenário de um presépio varia de acordo com os costumes do lugar.

São comuns em grandes armações de presépios contarem com inúmeras miniaturas de diferentes espécies de animais. Assim, leões, bois, galinhas, vacas, pavões, elefantes, macacos, serpentes e girafas ilustram a profecia e a calma dos animais selvagens quando do nascimento do Salvador.

Em Minas, a tradição dos presépios está presente desde o século 18, com muitos deles montados nos chamados oratórios-lapinhas, encontrados nas regiões de Santa Luzia e Sabará.

Tradicionalmente, o dia de desmontar o presépio, a árvore de Natal e toda a decoração é 6 de janeiro, em que se celebra o Dia de Reis.

 

O autor Afonso Borges é pai de três meninas, Isabella, Mariana e Manuela, que passaram a infância ouvindo histórias na hora de dormir. A maioria, inventadas, no escuro. Agora, ele decidiu dividir com os leitores uma delas, “O menino, o assovio e a encruzilhada” pela Sesi-SP Editora. Essa é a estreia do autor no universo infantil, que já coleciona outros quatro livros publicados, destinados ao público adulto. 

Com delicadeza e simplicidade, o livro conta a história de um menino diante da difícil decisão sobre a escolha do seu caminho. Durante o conto, as opções são apresentadas por meio de metáforas e sinestesias, que permitem as crianças leitoras se colocarem no lugar no menino diante da encruzilhada na tomada de decisão para fazer escolhas – das mais simples às mais decisivas. 

A quarta capa é assinada pela escritora, editora e doutora em literatura, Maria Antonieta Cunha, que define: “Este conto de Afonso Borges lembra-me Carlos Drummond de Andrade quando defende que o simples nada tem de fácil: ao contrário, é difícil, resultado de muitas elaborações, da busca da palavra e da frase justa a determinada história ou poema. O menino, o assovio e a encruzilhada é bastante simples: a narrativa é linear, a personagem é uma só, as palavras, de nosso cotidiano. Para construir a história, há um ritmo bem marcado, quase ralentado, há muitas metáforas e sinestesias sem qualquer rebuscamento – e há as múltiplas interpretações, que se tornam uma encruzilhada também para o leitor. Encruzilhada é a palavra-chave da narrativa, e na verdade não é só da vida do menino: é da história de cada um de nós, chamados o tempo todo a fazer escolhas. E a pergunta fundamental é: numa encruzilhada, como e por que escolhemos certo caminho? Boa questão, que vai por algum tempo ocupar a mente do leitor, encerrada a leitura. E que vai gerar reflexões e discussões interessantes - um bom sinal da qualidade do conto”. 

 

 

Sobre o autor: Afonso Borges é mineiro de Belo Horizonte, nascido em 1962. Escreve em jornais desde os 16 anos e já trabalhou em diversos veículos como  repórter, editor e colaborador. É o criador do “Sempre Um Papo", programa de debates com escritores, que se realiza em BH e em algumas cidades brasileiras desde 1986. Criou também o Fliaraxá, foi curador de diversos festivais, é comentarista da Rádio CBN Bhz, com o programa "Mondolivro", e tem um blog no site do jornal O Globo

Sobre o ilustrador: Alexandre Rampazo nasceu e vive em São Paulo. Formou-se em design pela Faculdade de Belas Artes de SP. Transitou pelos diversos campos das artes visuais, mas foi na literatura, ilustrando e escrevendo, que encontrou motivo maior para se dedicar profissionalmente: criar histórias, narrá-las por meio das imagens, contadas além do texto escrito. Tem aproximadamente 50 livros ilustrados publicados, além de escrever e ilustrar alguns de autoria própria. Alguns de seus trabalhos em coautoria foram selecionados para o catálogo IBBY/FNLIJ’s Selection Bologna Children’s Book Fair e Prêmio Jabuti. Mais do seu trabalho pode ser visto em: alerampazo.com.br

“O Menino, o Assovio e a Encruzilhada

Coleção: Quem lê sabe por quê

Autor: Afonso Borges
Ilustrador: Alexandre Rampazo

ISBN:978-85-8205-966-1
Ano: 2016
Páginas: 28

Capa: Brochura
Formato: 23 cm X 17 cm 
Preço: R$ 24,90

Serviço:

Lançamento “O Menino, o Assovio e a Encruzilhada”, de Afonso Borges

5/12 - segunda-feira, às 18h, na Leitura do Pátio Savassi - Avenida do Contorno, 6061, Savassi/BH 


 

O processo de votação online para a composição do Conselho Estadual de Política Cultural (Consec) no Biênio 2017-2018, entre os 29 candidatos habilitados, pode ser acessado através do site do conselho até neste sábado (17). Diferente das eleições anteriores, não será necessário o cadastro prévio de eleitores. Foi eliminada também a restrição de participação somente de pessoas jurídicas, bastando ao candidato provar sua atuação em algum coletivo de cultura.

Desta vez, a votação está aberta a todo e qualquer cidadão mineiro, com idade mínima de 16 anos, que se interesse pela cultura e deseje ajudar a escolher a representação da sociedade civil no Conselho de Política Cultural. Deverão ser informados dados como CPF, título de eleitor, endereço e e-mail. Cada eleitor pode votar em um único segmento. Na plataforma online você já tem acesso ao perfil e currículo dos candidatos, podendo assim avaliar as opções.

A divulgação do resultado das eleições do Consec Biênio 2017-2018 está prevista para o dia 20 de dezembro.

Saiba mais sobre o CONSEC

O órgão colegiado de caráter consultivo, propositivo, deliberativo e de assessoramento superior da Secretaria de Estado de Cultura, auxilia na criação de condições para que todos mineiros exerçam seus direitos culturais e tenham acesso aos bens culturais. Devido à sua composição paritária, o CONSEC atua como uma instância da sociedade civil junto ao poder público.

Compete ao conselho: acompanhar a elaboração e a execução do Plano Estadual de Cultura; manter instâncias de discussão com as associações representativas de artistas e produtores culturais; contribuir para a integração entre os órgãos públicos e entidades do setor cultural; manifestar-se sobre programas regionais de incentivo, gestão de acervos culturais, entre outros.


 

Começa no próximo dia 1º de dezembro a 7ª edição do Cinefoot. Assim como no ano passado, o evento irá acontecer no Mineirão e vai até o sábado (3). A programação contará com exibições de curtas, média e longas-metragens, ciclos de palestras e uma visita especial aos “bastidores” do Mineirão com o homenageado do festival: o ex-jogador de futebol Vavá – um dos atletas do time do Atlético “Campeão do Gelo”. Toda a programação será realizada no Museu Brasileiro do Futebol (MBF), no Mineirão.

O Cinefoot é o primeiro e único festival de cinema do Brasil e da América Latina dedicado à promoção e exibição de filmes de futebol. A programação inclui mostras internacionais, debates, homenagens, além de uma série de atividades com os participantes. Neste ano, serão exibidos três longas-metragens, sendo duas produções nacionais e uma internacional do Nepal. Haverá também a exibição de oito curtas-metragens originários do Brasil, Itália e França, além de um média-metragem brasileiro, num total de 12 filmes, todos inéditos. O documentário nacional a ser reproduzido no MBF será “O Imortal do Gelo”, que narra os obstáculos e desafios enfrentados pelo Atlético Mineiro na primeira excursão de um clube profissional brasileiro à Europa, em 1950.

De acordo com o coordenador do MBF, Thiago Costa, sediar a 7ª edição do evento é muito importante para o museu, pois esses espaços atualmente se justificam como locais de conhecimento e debate. “O diálogo proposto nos filmes que compõem a programação deste ano colocam o visitante e o espectador frente a temas como memória, resistência, gêneros, diversidade, respeito, infância e outros elementos que tornam o futebol grande catalizador das experiências humanas”, avalia.

 

Cena do documentário

 

HOMENAGENS

Além da exibição de filmes e promoção de debates e outras atividades, o Cinefoot homenageia nomes ligados ao esporte. Esse ano, o quem recebe a honraria é o ex-jogador Walter José Pereira, o Vavá, o único integrante da equipe “Campeã do Gelo” do Atlético. Também haverá homenagem póstuma ao premiado documentarista Marcelo Reis (1982-2016), que produziu diversos documentários, com exibição em 30 diferentes festivais pelo mundo. Ele é um dos produtores do média-metragem “O Imortal do Gelo”.

Vavá também participará da visita aos bastidores do Mineirão, onde conhecerá a nova estrutura do estádio após a revitalização, junto com os outros participantes do evento. Eles passarão pelas salas de aquecimento, vestiários, zona mista, área técnica, cadeiras especiais e camarotes.

A entrada para o 7º Cinefoot é gratuita e toda a programação está disponível no site www.estadiomineirao.com.br

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O Natal, com seus significados e  símbolos, é uma época que traz encantamento às pessoas. Especialmente as crianças se fascinam com a data que vem com o fechamento do ano. Por isso, o setor Infantojuvenil (BIJU) da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa preparou uma programação para celebrar o feriado cristão.

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Até o dia 31 de dezembro está aberta a exposição “Natal de Poesias”, que põe à mostra todos os livros do acervo da BIJU que abarcam o tema. Durante o período o setor está adornado por cartazes com inscrições de dizeres natalinos.

No próximo sábado (17), às 10h, a BIJU promove a Hora do Conto e da Leitura Especial de Natal com Rosilda Figueiredo, Filipe Pinheiro e Yuri Gonçalves, da Trupe Arte com Alegria. O grupo usa o acervo da exposição para partilhar histórias que falam de amor, esperança e nascimento. Imersos em alegria, afeto e serenidade, a turma envolve a meninada com canções, histórias e poesia para celebrar o Natal.

A bibliotecária da BIJU, Andresa Aredes Ferreira, explica que as ativdades aproximam o público-alvo dos livros e do sentido do Natal. “O objetivo é despertar nas crianças e nos jovens o sentimento natalino impulsionado pelo gosto por leitura, além de ampliar o conhecimento sobre o assunto através de novas histórias”.

A programação faz parte do Natal Minas Gerais 2016, realizada pela Circuito Liberdade, Iepha e Cemig, e que conta com diversas atrações até dia 6 de janeiro. A agenda completa das atividades pode ser acessada no site.

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Serviço:

Exposição: Natal das poesias

Data: Até 31 de dezembro de 2016

Horário: 2ª, 3ª, 4ª e 6ª feira de 8h às 18h; 5ª-feira de 8h às 20h

Hora do Conto e da Leitura Especial de Natal com Rosilda Figueiredo, Filipe Pinheiro e Yuri Gonçalves

Data: 17 de dezembro de 2016

Horário: 10h

Local: BIJU – Biblioteca Infantojuvenil - Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa   Praça da Liberdade, 21

Informações: (31) 3269-1220 / 3269-1223

 

 

30.11

Programação 30.11

 

O encontro tem como objetivo promover o intercâmbio de experiências entre circuitos, iniciativa privada, gerentes dos parques, representantes do Conselho Estadual de Turismo  e demais instituições que compõem a cadeia do turismo. Estão previstos cerca de 70 representantes dos circuitos turísticos, sendo 40 circuitos turísticos representados, cerca de 30 agências de turismo receptivo, além de entidades que compõem o Conselho Estadual de Turismo. Nesta edição, o evento conta com a parceria do Instituto Estadual de Florestas (IEF).

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O Encontro de Presidentes e Gestores dos Circuitos Turísticos, que já está na 17° edição, é um importante momento voltado para o alinhamento com os representantes das instâncias de governança regionais de Minas Gerais, denominadas circuitos turísticos. Já o Encontro dos Receptivos de Minas Gerais conta com a participação de agências de turismo receptivo parceiras da Setur no programa Minas Recebe.

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O Hotel Actuall fica localizado à rodovia Fernão Dias, 3443, bairro Jardim Riacho das Pedras, Contagem - MG, 32242-410.


O novo roteiro percorre todos os municípios que compõem o Circuito Turístico Serras de Ibitipoca – Bias Fortes, Bom Jardim de Minas, Ibertioga, Lima Duarte, Olaria, Pedro Teixeira, Rio Preto, Santa Rita de Ibitipoca, Santa Rita de Jacutinga e Santana do Garambéu – e o trajeto prioriza as estradas de terra entre vilarejos, montanhas, vales, entre outros atrativos da região.

De acordo com secretário adjunto de Estado de Turismo, Gustavo Arrais, a nova rota turística dá mais visibilidade ao turismo mineiro. "Por meio do novo roteiro e das novas atividades se espera alavancar o número de visitantes e, consequentemente, possibilitar maior desenvolvimento para o turismo mineiro", enfatiza o secretário adjunto.

O nome Volta das Transições se refere à região onde o roteiro está inserido, que inclui importantes transições de vegetação, relevo, história e cultura.

Cicloturismo em alta


Segundo dados do Ministério do Turismo (MTur), mais de 450 mil estrangeiros visitaram o Brasil motivados pelo cicloturismo no ano de 2014. Outro estudo do MTur também mostra que 14,3% dos brasileiros que pretendem viajar nos próximos seis meses devem optar por meios de transporte alternativos, como bicicletas e motorhome. Em comparação com o índice registrado em 2015, houve um crescimento de 155,3%.
“Estamos atentos às tendências do mercado mundial do turismo. Tal projeto veio para incentivar a diversificação da oferta turística no estado”, destaca o analista da Diretoria de Planejamento das Políticas do Turismo, da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), Márcio Ribeiro.
“Na região já existem diversos outros roteiros operados por agências de turismo, porém não existia ainda um grande roteiro totalmente autoguiado, dinâmico e inclusivo, buscando levar às mais distantes comunidades o turista que frequenta a região e até então não tinha ferramentas e meios de acessar estes recantos”, complementa Ribeiro.

A Setur apoia todos os 46 circuitos turísticos certificados em Minas Gerais.

A secretaria é responsável pela coordenação e orientação da Política de Regionalização em Minas Gerais, oferecendo continuamente apoio institucional e financeiro - para compra de veículos e equipamentos -, espaço em feiras regionais e nacionais para promoção das regiões turísticas, reuniões técnicas, palestras, entre outras ações.

Mais informações sobre a Volta das Transições, como mapas e orientações de navegação, estão disponíveis em www.voltadastransicoes.com.

Parque Estadual do Ibitipoca


O Parque Estadual de Ibitipoca, localizado na Zona da Mata, nos municípios de Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca, ocupa o alto da Serra do Ibitipoca, uma extensão da Serra da Mantiqueira. Com uma área de 1.488 hectares, a unidade de conservação está no local onde se dividem as bacias do Rio Grande e do Rio Paraíba do Sul.

O circuito é privilegiado por belezas naturais que proporcionam paisagens inesquecíveis pelas inúmeras serras, vilas e pequenas cidades. É um lugar perfeito para contemplação, aventura, descanso e belas fotografias. O Parque Estadual de Ibitipoca concentra grande biodiversidade e atrativos naturais únicos. Toda a região que compõe o circuito é repleta de espaços que proporcionam contato com a natureza e a história de Minas Gerais.

 

 

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Três novos títulos da Coleção Pitangui 300 anos serão lançados no próximo domingo, 4, em Belo Horizonte. “Tão longe, tão perto” retrata a vida nos nove povoados de Pitangui; “O palco e a tela” conta a história do teatro e do cinema no município; “De gol em gol” conta a história do futebol em Pitangui, cidade de 27 mil habitantes que possui, em sua área urbana, seis estádios, dos quais cinco equipados com iluminação para jogos noturnos. O lançamento será, a partir do meio-dia, no restaurante Rancho Fundo, no bairro Buritis.

“Tão longe, tão perto” foi escrito pelo jornalista Ricardo Welbert, que visitou todos os povoados e entrevistou perto de cem pessoas. O livro mostra um lado ainda pouco conhecido de Pitangui, a tricentenária cidade que tem suas ladeiras, seus casarões em estilo colonial, suas praças e igrejas como referência. Porém, poucos sabem que os povoados também têm vida própria, com comércio, escolas, atendimento médico, campos de futebol e até sinal de celular e internet.

Ricardo Welbert é pitanguiense. É jornalista formado pela Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg). Em sua cidade natal, iniciou carreira como repórter do jornal “O Independente”. Também passou pelas rádios Onda, Ativa e Amigos FM. Foi assessor de imprensa da prefeitura de Pitangui. Mudou-se para Divinópolis, onde foi repórter do jornal “Agora” e da rádio Sucesso FM. Atualmente, é repórter de web na TV Integração, onde escreve para os site G1 e GloboEsporte.com.

“O palco e a tela” também revela um lado pouco conhecido de Pitangui: o da paixão pelo teatro, que, no final do século 19 e primeira metade do século passado, foi uma importante manifestação cultural na cidade. Pitangui chegou a ter várias companhias, como a Sociedade Theatral, a Sociedade de Amadores Pitanguyenses e o Grupo de Teatro da Companhia de Tecidos Pitanguiense, o Cetepense. Todos tinham seus próprios elencos e excursionavam pelas cidades da região. Mas, a partir dos anos de 1940, o teatro foi cedendo lugar ao cinema.  O Cine Pitangui, na praça Governador Benedito Valadares, era programa obrigatório para quem apreciava a sétima arte ou queria apenas desfrutar de momentos de lazer. Quando fechou suas portas, em 1983, o cinema deixou muitas saudades.

“O palco e a tela” foi escrito pelo historiador Licínio Filho, um belorizontino que desde 1999 mora em Pitangui, onde tornou-se um pesquisador da história do município. Licínio é historiador formado pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Belo Horizonte em 1997, ano em que iniciou sua carreira docente. Tem especialização em História do Brasil Contemporâneo pelo Uni-BH e MBA em Gestão Estratégica (concentração em pessoas) pela Face/UFV. É também um dos coordenadores do blog “Daqui de Pitangui”.

“De gol em gol” foi escrito por Marcos Antônio de Faria, o Barrica, a partir de entrevistas com jogadores, ex-jogadores e dirigentes dos clubes de futebol de Pitangui. O livro descreve, em detalhes, cenas de partidas importantes e casos pitorescos, como o dos times formados apenas por crianças e o do padre que era jogador e ameaçou excomungar um atleta do time adversário se ele continuasse a atuar de forma violenta no jogo.

Marcos Antônio de Faria é também um personagem da história do futebol de Pitangui, onde atuou com goleiro, no Clube Atlético Pitanguiense (CAP), São Francisco e Sacramento. Fora das quatro linhas do gramado, foi secretário e presidente do CAP, um dos fundadores e também presidente do Serrano Esporte Clube e colaborador da Liga Esportiva Pitanguiense (LEP).

Histórias das pessoas comuns

A coleção Pitangui 300 anos é composta por livros de bolso que contam, cada um, uma parte da história de Pitangui. Os livros foram lançados primeiro em Pitangui e municípios da região e somente agora estão tendo lançamento na capital. Essa inversão não aconteceu foi por acaso. Ela tem o sentido simbólico de mostrar que também no interior se produz livros de excelente qualidade.

Os livros da Coleção Pitangui 300 anos não trabalham com os grandes eventos da história do município. Seu foco é a história das pessoas comuns. É a história dos atores de teatro, do dono do cinema, dos jogadores de futebol e dos anônimos moradores dos povoados de Pitangui. Ao dar mais valor às histórias das pessoas, o jornalista Marcelo Freitas, coordenador do projeto, acredita que os livros da Coleção Pitangui 300 anos acabarão extrapolando os limites de Pitangui, atingindo o que ele define como o “sentido universal”. E é o sentido universal que, segundo ele, faz com que os livros possam ser lidos e apreciados por qualquer pessoa que goste de boas histórias.

Autores Colecao Pitangui 300 anos Foto Selma Assis

Autores da Coleção Pitangui 300 anos. Foto: Selma Assis

 

Eternizar suas impressões sobre o mundo, a sociedade e o cotidiano através das crônicas e prosas. Motivado pela sensibilidade do olhar e pelas possibilidades que a escrita descortina é que o escritor Antônio Galvão lança no dia 20 de dezembro seu segundo livro, intitulado “Prosa, Crônica & Afeto”. O lançamento será realizado na Biblioteca Pública Estadual Luiz Bessa, galeria de arte Paulo Campos Guimarães, às 19h. Na ocasião haverá coquetel e sessão de autógrafos.

Para Galvão, que é membro da Academia Luziense de Letras e Artes, diferente do primeiro livro (“Poesia & Afeto”), que retratava de forma lúdica e poética o cotidiano, “Prosa, Crônica e Afeto” aborda o contexto cultural, político e social de forma crítica e bem humorada, sem deixar de lado a sensibilidade ao tratar dos aspetos da alma, do inconsciente e do intangível. “Sentir, ver e ouvir é desenhar palavras que tocam a alma e os sentidos. As crônicas são elementos capturados no cotidiano, nas conversas casuais do dia a dia. Na observação aguda e curiosa sobre os acontecimentos da pólis. São linhas assimétricas de uma narrativa que se une no borbulhar dos sentimentos da alma”, disse.

“Os artigos revelam a crítica social e a descrição de uma realidade permeada de assombro e encantamento. Ninguém fica indiferente ou imune ao término da leitura. Tudo tem lado e visão de mundo. Nada é indiferente ou ausente ao escritor”, concluiu Galvão.

Sobre o autor
Antônio de Pádua Galvão nasceu em Belo Horizonte, filho do ferroviário Plínio Galvão e dona Ophelia, dona de casa, exímia costureira e cozinheira. Casado com a luziense Deborah de Divina, Galvão é apaixonado pela arte e questões públicas, além de militante engajado nas lutas para emancipação do povo. Formado em Economia e Psicanálise, o autor é professor municipal de Economia, analista de Administração e Finanças e assessor de políticas públicas.

Amante da arte, literatura, música, teatro e museus, Galvão atualmente se dedica a escrever poesias, crônicas e artigos que refletem a urbanidade e as delicadezas do cotidiano. Outra grande paixão do poeta é a fotografia. Em suas andanças pelo mundo, cenas do cotidiano já foram eternizadas sob o olhar do autor. Em seu primeiro livro, “Poesia e Afeto”, Galvão se aventurou no garimpo das palavras e transmitiu sentimentos da juventude à maturidade. Em “Prosa, Crônica e Afeto”, ele perpassa sua crítica e reflexão sobre diversos temas, instigando o olhar do leitor sobre a realidade.

 



Serviço:
Lançamento do livro “Prosa, Crônica & Afeto” - Valor: R$ 20,00
Data: 20 de dezembro de 2016, das 19h às 22h
Local: Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, Galeria de Arte Paulo Campos Guimarães. Endereço: Praça da Liberdade, 21, bairro Funcionários, Belo Horizonte/MG. Para mais informações, favor entrar em contato com o escritor e editor da obra, Antônio Galvão, telefone: (31) 9.9956-9161. Email: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..


Em pleno século 21, muitos homens, mulheres e crianças são frutos da violência gerada por diversos motivos. A paz muitas vezes parece não existir e fica distante do ser humano. Foi esse quadro que inspirou a escritora e Artista-Educadora Eni D´Carvalho a atuar, durante 15 anos de sua carreira, com crianças e adolescentes em áreas de risco social. Nesse sentido, realizou um trabalho artístico inspirado na paz em que promoveu atividades culturais inclusivas junto a essas pessoas, permitindo que elas fossem protagonistas de uma cultura de paz no meio em que viviam.

Durante o projeto nos aglomerados, Eni trabalhou todo o conceito da paz. Valores como autonomia, convivência, diálogo, dignidade, igualdade, justiça, respeito, solidariedade, dentre outros foram disseminadas entre os participantes para que fossem difundidos e praticados cotidianamente.

Todo esse projeto resultou no livro de poesias “Poética da Pacificação”, que será lançado no dia 6 de dezembro, às 19h30, na Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1466 – Funcionários) Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Durante o evento, haverá exposição de obras da artista.

 

 

Poética da Pacificação

O livro de 174 páginas , Editor: Romero Carvalho (Coletivo Editorial),  Gráfica: O Lutador e traz 170 poemas em seis capítulos divididos nos seguintes temas: a paz; mística e arte pela paz; a paz na alma e na cultura do Brasil; acordar para a paz com as crianças; a paz é um caminhar e  o ser humano, com a terra e o cosmos. Todas as lustrações foram criadas pela própria artista.

Além do livro, a autora se preocupou em gravar um CD poético que será doado a pessoas com deficiência visual – outro projeto em que atua.

Em sua obra, Eni destaca duas lições importantes: a paz pode ser ensinada e a paz pode ser vivida. “Ninguém pode mudar o mundo, mas podemos mudar uma parcela dele. Esta parcela chamamos de ‘eu’. Não é o mais fácil e nem o mais rápido. Mas é necessário e vale a pena tentar”, salienta.

Algumas de suas poesias

“Fixar a Paz”

Pare, amigo - reflita

A importância da Paz

Descubra novos caminhos,

Carinhos

Para criá-la,

Conquistá-la

Cultivá-la, preservá-la

Implante na sua morada – a paz

Na sua escola – a paz

No seu trabalho – a paz

No seu caminhar – a paz

Vamos criar a maior cultura da paz

De todo o planeta

Seja um escudeiro da paz,

um obreiro da paz,

um poeta da paz,

um profeta em paz.

E verá renascer, multiplicar,

Disseminar, florescer

O amor dentro da Paz

“Conquista”

A humanidade

Perdeu os sentidos

Da união

Da igualdade

Da fraternidade

Da solidariedade

Abandona o irmão

Que vive na solidão.

Ó Criador!

Vivente

Presente

Olha por essa gente

Carente de justiça

Paz e união

“Cantiga”

Paz

São sinais de bondade

Caridade

São sinais do teu amor

A vida canta em nosso coração

canta vida

canta viola

deita e rola

para todo o mundo

ver que existe em mim

a luz do teu amor

canta vida

canta viola

deita e rola

para todo o mundo ver que existe

em mim

sabedoria e amor

 Sobre a autora

De nacionalidade luso-brasileira e mineira de Ubá, Eni D´Carvalho é Artista-Educadora autodidata conhecida mundialmente pelas obras focadas na inclusão social de pessoas com deficiência visual.  Eni é autora do projeto “Tocar e Sentir” em que desenvolve pinturas táteis, reinventando a comunicação e a quebra de paradigmas para esse público. Transforma a linguagem visual em linguagem tátil.

A arte de Eni já foi exposta em 160 lugares no Brasil, Estados Unidos e Europa. Suas exposições foram vistas no salão da  Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, na Universidade de Aveiro, Biblioteca Nacional de Lisboa, Museus da EPAL, dentre outros. No Brasil, exibe suas obras  em espaços de fácil acesso as comunidades menos favorecidas.

Mais informações sobre a artista no canal do Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=3XMq3J9bhN8

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Para encerrar a temporada 2016 dos seus Corpos Artísticos, a Fundação Clóvis Salgado preparou uma atração especial. Trata-se de Messias, coreografia baseada no oratório do compositor alemão Haendel, com libretos de Charles Jennens, que é uma rara oportunidade de assistir à Cia. de Dança Palácio das Artes, à Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais juntos, em uma mesma montagem. Para a criação da coreografia, foram escolhidas as duas primeiras partes da composição – a Anunciação e o Nascimento de Jesus. O espetáculo é também uma comemoração aos 45 anos da Cia. de Dança Palácio das Artes.

Crédito: Netun Lima

Messias

Messias, que tem direção musical e regência de Silvio Viegas, e concepção e direção coreográfica de Rui Moreira, combina a dança contemporânea com a beleza e atemporalidade da música de Haendel. Participam ainda da montagem os solistas convidados Rosana Lamosa (soprano), Carolina Faria (mezzosoprano), Anibal Mancini (tenor) e Lício Bruno (baixo).

A equipe técnica de Messias é composta por artistas que têm forte relação com a arte mineira. É o caso de Pedro Pederneiras, um dos fundadores do Grupo Corpo, responsável pela iluminação do espetáculo; a renomada arquiteta Jô Vasconcellos assina sua primeira cenografia; e Luana Jardim, estreia na composição de figurinos. 

Considerando o final do ano como um período em que a humanidade está envolvida nas celebrações do Natal e do Ano Novo, a diretora de Produção Artística da FCS, Claudia Malta, aponta que a escolha desse oratório, de Haendel, foi natural. “Essa montagem abrange toda a potencialidade da Fundação Clóvis Salgado, evidenciando a expertise de seus Corpos Artísticos. Estamos oferecendo um espetáculo de dança contemporânea, com uma música belíssima, ao vivo, e abordando um tema que sensibiliza a todos”, revela.

Crédito: Netun Lima 

Espetáculo Messias

Messias contemporâneo – No processo de elaboração da coreografia, Rui Moreira buscou inspiração no significado original de Messias. Segundo ele, a palavra tem origem hebraica e quer dizer ‘o ungido – aquele que se tornou sagrado e está mais perto do divino’. “Cristo, palavra de origem grega, tem o mesmo significado”, completa. 

Retornar à origem etimológica de Messias permitiu que Rui se concentrasse em um conceito mais universal da obra, desvinculado de crenças religiosas específicas. O objetivo, segundo ele, é se aproximar mais da sociedade atual, com toda a sua diversidade e multiplicidade. “O termo ungido – aquele que promove a transformação e traz a esperança, pode ser aplicado em vários contextos, até mesmo se referindo ao Exu. Em sua mitologia, ele também é um ungido. Isso quer dizer que as interpretações da Bíblia podem ser encontradas em outros livros sagrados, é uma mensagem filosófica que transcende”, destaca Rui que aposta na pluralidade para compor o espetáculo, diluindo, assim, o aspecto dogmático. 

Ao lado do assistente de direção, Renato Augusto, Rui Moreira roteirizou as 29 músicas. A partir da cronologia e do roteiro presentes no libreto, foram criadas as cenas. Para o diretor, o resultado deste processo é uma coreografia que se baseia em contrastes. “Como resultado, teremos essa música erudita, clássica e europeia e, em cena, vamos identificar algumas relações de gesto que não são tão habituais, que advém desse outro território, que é a dança”, explica. 

Para o diretor coreográfico, a especialização dos bailarinos como interpretes criadores contribuiu muito para o resultado final do trabalho. “Muitas vezes, buscamos adjetivar a dança como clássica, folclórica ou contemporânea, mas ela é muito mais abrangente do que esses adjetivos. Quando falamos de dança contemporânea, falamos dessa possibilidade do EU estar presente, se colocando como protagonista. Então, a especialização que essa Cia de Dança conseguiu ao longo dos anos é algo único. E é muito bom ter profissionais com essa qualidade técnica para desenvolver espetáculos”, ressalta.

Para Cristiano Reis, regente da Cia. de Dança Palácio das Artes, durante todo o processo de construção do espetáculo, Rui Moreira foi muito generoso, abrindo espaço para que os bailarinos continuassem exercendo o papel de interpretes criadores. “Esse espetáculo despertou nos bailarinos a vontade de se reinventarem. Eles terão a oportunidade de provocar o diálogo entre o pensamento contemporâneo e a obra erudita. Isso só reforça a flexibilidade de atuação que é característica desse grupo”, comemora.

Já Rui Moreira aponta que o espetáculo despertou nele a esperança e a necessidade de recuperar a dimensão do humano. “Pensar em esperança renova a esperança”, celebra.  

 

O Renascer de Haendel – Haendel foi um dos principais compositores barrocos da Europa no século XVII. Iniciou sua carreira na Alemanha, mas se mudou para a Inglaterra onde se estabeleceu compondo óperas nos moldes italianos como AlmiraRodrigo e Agrippina

Entretanto, com o passar dos anos, o modelo operístico caiu no ostracismo e Haendel se reinventou passando a compor muitos oratórios, belas peças que poderiam ser interpretadas fora da temporada de óperas com uma logística mais simples, sem figurinos ou cenários. “Messias vem desse momento, em que as óperas de Haendel não faziam tanto sucesso mais. Tanto é que o oratório estreia em um teatro menor, não nos principais de Londres”, explica o maestro Silvio Viegas.

Com o passar dos anos, a força da composição de Haendel tornou Messias uma das obras de maior destaque em todo o mundo, sendo o Hallelujah uma das peças mais famosas. A beleza da composição fez também com que o oratório inspirasse coreografias e balés. “Com esse novo elemento, a obra ganha outro significado, tornando-se mais interessante para o público. Isso faz com que a mensagem de Messias alcance novos lugares”, destaca o maestro. 

Para a montagem da Fundação Clóvis Salgado, Silvio Viegas adaptou as duas primeiras partes da montagem – a Anunciação e o Nascimento de Jesus.  “Fizemos um trabalho de edição, buscando dar mais vivacidade e adequação para a dança”, explica.  

Para o maestro, a união presente na música de Haendel será visível no palco a partir da apresentação conjunta dos corpos artísticos. “Acho que essa apresentação é emblemática e expressa bem essa comunhão. A Orquestra é fundamental para a peça; o Coro é uma das estrelas, assim como os solistas; e a Cia de Dança encantará o público com a coreografia que vai ajudar a contar essa história. Particularmente, fico muito feliz que esse encontro esteja acontecendo desta forma, com os três corpos artísticos tendo a noção que são parte fundamental da estrutura da FCS”, conclui. 

Figurinos e cenário – Para a figurinista Luana Jardim, a principal diretriz de criação das peças foi a concepção da mensagem de Messias. Sendo assim, uma das peculiaridades do figurino são os elementos que refletem a luz e que expressam o translúcido. 

Já o cenário de Jô Vasconcellos é minimalista e possui dois planos, o primeiro em EVA preto será rasgado em formas horizontais irregulares. Já no segundo, será utilizado um plano branco, com rasgos regulares na vertical. A ideia, segundo a cenógrafa, é que esse cenário ilustre o momento de caminhos mais definidos.

O Corpos Artísticos 

A Cia. de Dança Palácio das Artes é reconhecida como importante companhia do Brasil sendo referência para a história da dança em Minas Gerais. Foi institucionalizada pela Fundação Clóvis Salgado, pela fusão dos integrantes do Ballet de Minas Gerais e da Escola de Dança, ambos dirigidos por Carlos Leite. O Grupo desenvolve, atualmente, repertório de dança contemporânea, atuando também nas produções operísticas da Fundação. Tendo a cocriação e a transdisciplinaridade como pilares de sua produção, a Cia desenvolve pesquisas quanto à diversidade do intérprete na cena artística contemporânea, estabelecendo frutífero diálogo entre tradição e inovação. Seu atual regente é Cristiano Reis. Em sua trajetória, já se apresentou em várias cidades de Minas, capitais do Brasil e países como Cuba, França, Itália, Palestina, Jordânia, Líbano e Portugal. 

- Coral Lírico de Minas Gerais

Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais interpreta repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Além das temporadas de ópera da Fundação Clóvis Salgado, participa das Séries Lírico ao Meio-DiaLírico em Concerto e Lírico Sacro. Em sua trajetória, o Coral Lírico de Minas Gerais teve como regentes os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu Miranda Gomes, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda, Márcio Miranda Pontes e Lincoln Andrade.

- Orquestra Sinfônica de Minas Gerais

A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais é uma das mais ativas orquestras do país, tendo sido declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Em constante aprimoramento, cumpre o papel de difusora da música erudita, na diversidade de sua atuação em óperas, concertos e apresentações na capital e interior do Estado. Além dos Concertos no ParqueSinfônica ao Meio-dia e Sinfônica em Concerto, merece destaque o reconhecido programa Sinfônica Pop, que convida artistas da música popular brasileira para se apresentarem com a orquestra. Seu atual regente titular é o maestro Silvio Viegas, que foi antecedido por nomes como os de Wolfgang Groth, Sérgio Magnani, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Aylton Escobar, Emílio de César, David Machado, Afrânio Lacerda, Holger Kolodziej, Charles Roussin, Roberto Tibiriçá e Marcelo Ramos.

Solistas convidados 

Rosana Lamosa (Soprano) - É reconhecida como uma das mais importantes sopranos brasileiras sendo artista frequente nos principais palcos do Brasil como protagonista em famosos títulos e estreias mundiais. São especialmente reconhecidas suas performances como Melisande, Mimi, Violetta, Marie, Gilda, Micaela e Lucy. Interpretou Cecy (Il Guarany) no Teatro São Carlos (Lisboa), Armide (Gluck) no Festival de Buxton e Gilda (Rigoletto) na Michigan Opera House. Apresentou-se também no Carnegie Hall e Concert Hall de Seoul. Recebeu o Prêmio APCA de melhor cantora, o Prêmio Carlos Gomes por sua carreira de destaque e a Ordem do Ipiranga por serviços prestados à arte e à cultura. Gravou "Canções de Amor" de C. Santoro (Quartz/Clássicos), Jupyra de F. Braga com a Osesp (BIS), as Bachianas Brasileiras nº5 (Villa–Lobos) com a Nashville Symphony Orchestra (Naxos), Canções de G. Mendes e a Missa de N. Sra. Conçeição do Pe. J.M. Nunes Garcia com a OSB (Biscoito Fino).

Carolina Faria (Mezzosoprano) - Reconhecida por seu timbre quente e escuro, expressividade e domínio cênico, tem construído uma carreira de serviços à arte e à educação brasileiras nos últimos doze anos. Possui vasto repertório em ópera, oratório, canção sinfônica, música de câmera e vanguarda. Ganham destaque suas interpretações como Herodias em Salomé, de Strauss; Baba the Turk em The Rake’s Progress, de Stravinsky; Hermia em A Midsummer Night’s Dream, de Britten; Gymnasiast em Lulu, de Berg; Corrado em Griselda, de Vivaldi; e Grimgerde em A Valquíria, de Wagner.  É professora de canto e publica o blog Boa Chance, canal de informação e formação de jovens artistas.  Bacharel em Canto pela UFRJ, prossegue em seu aperfeiçoamento sob a orientação do tenor Eduardo Álvares.

Anibal Mancini (Tenor) - É um tenor lírico leggero, conhecido pela agilidade de suas coloraturas, beleza de timbre, rico fraseado e interpretações precisas. Atualmente é membro do elenco estável do Theatro São Pedro de São Paulo. Dentre suas performances recentes destacam-se os concertos de gala no Theatro São Pedro de São Paulo nos quais interpretou "Cessa di più resistere" (conte Almaviva - Il Barbiere di Siviglia), "A te o cara" (Arturo - I Puritani), trechos de Die Zauberflöte, de Mozart (Tamino) e de La Belle Hélène de Offenbach e recital com canções de Puccini e Zandonai. Anibal foi um dos vencedores do 11º Concurso Maria Callas em 2011 e, em 2013, foi nomeado Revelação Lírica pelo Blog Ópera e Ballet. Estudou Canto na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro com Mirna Rubim e Carol McDavit.

Licio Bruno (Baixo/Barítono) – Vencedor do Prêmio Carlos Gomes 2004recebeu a Ordem do Mérito Cultural Carlos Gomes e a Medalha Cinquentenário das Forças Brasileiras Internacionais de Paz da ONU, pelos préstimos à cultura e música brasileiras. Com 10 primeiros prêmios em concursos nacionais e estrangeiros e mais de 70 personagens, é o único brasileiro a ter interpretado o Wotan da tetralogia wagneriana. Cantou na Europa, América Latina e Indonésia. Foi Membro e Artista convidado da Ópera Húngara (2001/2008). Professor e diretor cênico, é Bacharel pelo CBM-RJ (docente entre 2009/2014) com aperfeiçoamento pela Franz Liszt Academy of Music, Budapeste (1995-1998) e Mestre em Performance pela UNIRIO (2016). Em 2015 lançou o CD “Ê vida, ê voz! - Canções de Edmundo Villani-Côrtes” em duo com a pianista Cláudia Marques.

Equipe de criação

Silvio Viegas – Direção Musical e Regência - Silvio Viegas é Mestre em Regência pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais. Esteve à frente das orquestras: Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, por 8 anos; Sinfônica Brasileira; Sinfônica de Minas Gerais; Filarmônica do Amazonas; Orquestra Sinfônica de Roma e Orquestra da Arena de Verona (Itália); Sinfônica do Teatro Argentino de La Plata e Sinfônica do Sodre (Argentina), entre outras. É o regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Professor de Regência na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Rui Moreira – Concepção e Direção Coreográfica - Bailarino, coreógrafo/intérprete criador e investigador de culturas, é original de São Paulo e está radicado em Belo Horizonte. Sua carreira é fortemente marcada pela participação no Grupo Corpo (MG), companhia que integrou durante 14 anos. A formação artística de Rui Moreira mescla a formação em danças acadêmicas (dança clássica e moderna) com o interesse por diversas manifestações populares de diversas culturas. Criou a Cia. SeráQuê? e a Rui Moreira Cia de Danças e desenvolve criações para outros elencos. Assinou coreografias para: Cia SeráQuê?, Cisne Negro Cia. de Dança, Balé Teatro Guaíra, Cia. de Dança do Amazonas, Cie. Azanie (França), São Paulo Cia. de Dança, e também para cinema, televisão e coletivos multi-artísticos.

Jô Vasconcellos – Formada pela Escola de Arquitetura da UFMG, possui curso de Especialização em Restauração e Conservação de Monumentos e Conjuntos Históricos - convênio Seplan-PR/Sphan/Fundep/UFMG. Participou de exposições no Brasil e exterior. Tem vários projetos e obras publicadas em livros e revistas nacionais e internacionais. Foi uma das fundadoras da revista Pampulha-arquitetura, design e meio ambiente e publicou vários livros sobre sua obra. Possui vasto acervo de projetos e obras. Assessora de arquitetura, urbanismo e paisagismo para o Circuito Cultural Praça da Liberdade. Arquiteta autora do projeto Estação da Cultura Presidente Itamar Franco/Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Autora do projeto do Museu da Cachaça, de Salinas, considerado um dos dez melhores museus mundiais pela revista Archdaily -Londres.

Luana Jardim – Formada em Design de Moda, um de seus trabalhos de grande destaque foi a coleção Specular, ainda durante a faculdade, no qual o minério de ferro foi utilizado como matéria-prima. Devido ao destaque dessa coleção, a estilista foi convidada a participar do Fashion Rio e apresentar suas criações, atraindo a atenção do público e da mídia. Buscando mais conhecimento, Luana se radicou em Londres onde fez cursos de figurino, styling e design de calçados. Em 2009, cursou uma pós-graduação em Milão, fortalecendo seu interesse por acessórios de luxo. Desde então, a estilista e empresária se dedica a sua própria marca, e assina projetos especiais de arte e figurino.  

Pedro Pederneiras –Engenheiro civil e um dos fundadores do Grupo Corpo, onde dançou, foi diretor da Escola de Dança e é o diretor técnico desde 1989. Trabalha como iluminador de espetáculos e consultor para construção e reformas de teatros. Dentre os inúmeros trabalhos de iluminação estão: Orlando, direção de Bia Lessa e A Idade da Ameixa, direção de Guilherme Leme (Prêmio Sinparc 2004). Destacam-se também Se Eu Pudesse Entrar na sua Vida e Tudo que se Torna Um, coreografias de Sônia Mota, da Cia de Dança do Palácio das Artes, sendo que esta recebeu o Prêmio Sinparc 2012. Iluminou as óperas A Menina das Nuvens, direção de William Pereira e Prêmio Carlos Gomes 2010; La Bohème, direção de Luiz Aguiar; Madame Butterfly, direção de Henrique Passini; Tosca, direção de Carla Camurati, Um Baile de Máscaras, direção de Fernando Bicudo e Romeu e Julieta, direção de Pablo Maritano.

MESSIAS, de Haendel

Local: Grande Teatro do Palácio das Artes - Av. Afonso Pena, 1537-Centro

Récitas: 16, 17, 20 e 21 de dezembro, às 20h30 e dia 18, Domingo, às 19h

Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$10,00 (meia)

Classificação: 10 anos

Duração: 1h 

Informações para o público: (31) 3236-7400

O Edital está disponível para download no site da instituição (www.codemig.com.br), na aba Licitações ou clicando aqui. Os interessados deverão protocolar na sede da Codemig, até às 10h do dia 22 de dezembro de 2016, os documentos de Habilitação, Proposta Técnica e a Proposta Comercial.

 

A licitação será na modalidade tomada de preços, do tipo técnica e preço. Os pedidos de esclarecimento poderão ser enviados por e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

Na categoria “Ideias Inovadoras Implementáveis” e modalidade “Inovação em Processos Organizacionais”, a equipe da Setur ficou classificada em terceiro lugar com o projeto “Utilização de dados extraídos do site TripAdvisor para elaboração de indicadores do turismo em Minas Gerais”. E não parou por aí. Na categoria “Iniciativas Implementadas de Sucesso” e modalidade “Inovação em Políticas Públicas”, o projeto E-book “Contos de Minas”” foi agraciado com a menção honrosa.

 

Em seu discurso, o governador Fernando Pimentel, destacou a importância do prêmio e enfatizou a necessidade do Estado em reconhecer um projeto já conhecido internacionalmente como o apresentado pela Setur.

 

O prêmio, coordenado pela Superintendência Central de Política de Recursos Humanos (SCPRH), da Subsecretaria de Gestão de Pessoas (Sugesp), tem como objetivo estimular o surgimento de ideias inovadoras e valorizar iniciativas de sucesso no Estado. A iniciativa visa ainda estimular ações que impactem de forma positiva na prestação dos serviços públicos, além de disseminar soluções inéditas que sirvam de inspiração ou referência para outras medidas.

 

Para o diretor de Pesquisa, Informação e Estatísticas da Setur, Rafael Oliveira, essa conquista é de grande importância para a valorização da equipe e, claro, pelo reconhecimento de toda a dedicação depositada no desempenho do trabalho. “O concurso incentiva os servidores a participarem com suas ideias e permite também que as secretarias alcancem maior visibilidade, como aconteceu conosco”, ressalta.

 

 

TripAdvisor

 

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Foto: Manoel Marques

Superintendência Central de Imprensa

 

O projeto “Utilização de dados extraídos do site TripAdvisor para elaboração de indicadores do turismo em Minas Gerais” consiste em avaliar a possibilidade de construir indicadores para monitorar o desempenho do turismo em espaços turísticos de Minas Gerais a partir de dados extraídos da maior plataforma web de avaliação de destinos turísticos mundial denominada TripAdvisor.

 

De acordo com a Diretoria de Pesquisa, Informação e Estatística para alcançar o objetivo, foi utilizada uma ferramenta de extração de dados gratuita para coletar dados do site TripAdvisor, buscando as principais informações dos atrativos turísticos de Minas Gerais e transformando-as em um banco de dados estruturado. “Espera-se que essa iniciativa possa contribuir na criação de indicadores de desempenho do turismo no Estado a partir da opinião dos cidadãos e turistas de Minas Gerais. Esse monitoramento poderá facilitar a realização de políticas de visem melhorias para o aumento do nível de satisfação dos visitantes, além de aumentar as avaliações positivas dos atrativos do estado na plataforma TripAdvisor, e consequentemente, gerando maior número de pessoas interessadas em visitar Minas Gerais a partir dos comentários positivos, movimentando a economia do turismo”, avalia o diretor de Pesquisa, Informação e Estatísticas da Setur, Rafael Oliveira.

 

Dessa forma, a Setur almeja, por meio da ferramenta, ampliar a nota do índice de monitoramento de destinos turísticos mineiros do Ministério do Turismo, auxiliar na elaboração de indicadores que possam ser utilizados no desenvolvimento de políticas de turismo em Minas Gerais a partir da extração de dados em redes sociais e contribuir para melhoria da tomada de decisão dos gestores públicos e dos atrativos pesquisados a partir da utilização de uma ferramenta de extração de dados.

 

 

E-book “Contos de Minas”

 

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Foto: Manoel Marques

Superintendência Central de Imprensa

 

A criação de um E-book (livro em formato digital) aconteceu por meio da campanha "Contos de Minas" que teve como objetivo divulgar os atrativos turísticos de Minas Gerais de forma dinâmica e sem custos, a partir da interação com as redes sociais.

 

Para tanto, foi realizada uma campanha para os seguidores do perfil de divulgação de destinos turísticos do Estado (@visiteminasgerais) na rede social "Instagram" gerenciada pela Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais (Setur-MG), na qual os usuários publicavam uma foto de algum destino turístico mineiro e contavam na mesma publicação, em poucas palavras, a história por trás daquela imagem, mostrando aos demais usuários o que motivou a registrar aquele momento.

 

Na ocasião, a campanha conseguiu a participação de 340 fotografias e histórias de todas das regiões do Estado, sendo que as 12 imagens vencedoras foram cedidas à Setur MG para uso não só no E-Book, mas também em materiais promocionais de divulgação do estado de forma gratuita, ampliando nosso banco de imagens. Além disso, o número de seguidores no perfil oficial da secretaria no Instagram aumentou em 13% nos dois meses de divulgação da campanha, saltando de 18 mil para 21 mil.

 

A Diretoria de Pesquisa, Informação e Estatística avalia a divulgação dos destinos mineiros em redes sociais como estratégia de grande êxito. “Apenas com o trabalho da equipe e sem recursos financeiros na divulgação da rede social, já conseguimos a marcação de 90 mil fotos de usuários compondo um banco de imagens que auxilia na divulgação do Estado dentro da rede social, além de gerar informações ao turista por meio de interações com os usuários e entre os próprios usuários”, afirma o diretor de Pesquisa, Informação e Estatísticas da Setur, Rafael Oliveira.

 

O E-book pode ser visualizado online (https://issuu.com/seturmg/docs/ebook_alta_pdf) ou por download gratuito, servindo como um material de qualidade para a divulgação dos destinos turísticos do Estado.

Uma Via Sacra pintada especialmente pelo artista plástico Mario Mendonça será inaugurada às 11h do dia 3 de dezembro, sábado, no interior da Capela do Bom Jesus da Pobreza. Situado no Largo das Forras, na cidade de Tiradentes, o pequeno templo passa a contar com a série de quadros que narra a Paixão de Jesus Cristo. Mario Mendonça é autor Vias Sacras vistas em diversas igrejas. Colecionador, criou um museu de arte em sua casa, no Largo das Mercês, em Tiradentes, e decidiu oferecer esse presente à cidade que tanto admira. O secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais, Angelo Oswaldo de Araújo Santos, escreveu a apresentação da Via Sacra. Ler em seguida.

Angelo Oswaldo de Araújo Santos

Secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais

O vos omnes qui transitis pelo Largo das Forras, parai e vede a Via Sacra de Mario Mendonça. Artista plástico entregue em plenitude à iconografia cristã, ele compôs os passos da Paixão para as paredes da pequena capela do Senhor Bom Jesus da Pobreza, no coração de Tiradentes, a antiga São José del Rei, pátria do herói maior. O pintor havia depositado ali uma Via Crucis, mas resolveu fazer uma nova versão, sete anos depois, com o mais vivo empenho e comovida atenção. Apaixonou-se pela Paixão e fez de cada imagem o vero ícone dessa entrega. Ele já realizou dez Vias Sacras expostas em igrejas, e cada qual nasceu de renovado entusiasmo, palavra que, etimologicamente, significa “ter Deus na alma”.    

A temática sempre atraiu a imaginação dos artistas. Desde a Idade Média, multiplica-se a reprodução da caminhada de Cristo rumo à montanha do Calvário em itinerários logo tomados por romarias. É o que se vê em vários pontos da Itália, onde nasceu a idéia do sacro monte, com as estações abrigadas em edículas. Na cidade de Braga, Norte de Portugal, magnífico escadório devido ao artista Carlos Amarante ziguezagueia os passos na encosta monumental. De lá veio a inspiração para a acrópole de Congonhas do Campo, patrimônio da humanidade. “Degraus da arte do meu país onde ninguém mais subiu”, escreveu o poeta Oswald de Andrade, no alto do morro do Maranhão, local em que o eremita Feliciano Mendes consagrou o seu voto ao Bom Jesus de Matosinhos. A Jerusalém do Aleijadinho é a obra máxima do escultor mineiro. O historiador da arte Germain Bazin incluiu Antônio Francisco Lisboa entre os gênios do mundo.  

Na pintura, há uma galeria incontável de obras espetaculares, que iluminam especialmente o período medieval, com interpretações virtuosísticas e pungentes do drama do Redentor. O tema foi também tratado por alguns dos mais importantes pintores do modernismo brasileiro. Portinari fez a Via Sacra da Igrejinha da Pampulha, que guarda significativa presença do artista e é agora patrimônio mundial. Di Cavalcanti criou a série que se apresenta na Catedral de Brasília. Guignard pintou sua Via Crucis para uma capela do Rio de Janeiro, hoje em coleções privadas. Nas cercanias de Tiradentes, logo encontraremos a Via Sacra do pintor e restaurador Edson Mota, em Barbacena, onde viveu e morreu Emeric Marcier, que se deixou fascinar pela iconografia cristã. Uma Via Sacra que pintou com emocionado vigor acha-se na coleção Ângela Gutierrez.

Mario Mendonça dá sequência à tradição e celebra o Cristo na pintura. Sua produção inscreve-se em ponto privilegiado da arte sacra brasileira. Pinta também o Quixote e auto-retratos, como se ambos, ele e o cavaleiro da Mancha, se encontrassem num jogo de espelhos. Mas volta ao Cristo com a emoção de quem se transfigura. O leitmotiv conduz o pincel e enreda o clima trágico da história do homem inocente que é preso, julgado e condenado à morte de cruz para cumprir um desígnio divino traçado desde o surgimento do mundo. O pintor é partícipe da cena, que se estende dentro de sua alma para lançar-se sobre o suporte da pintura por meio do gesto criador, também exercício espiritual em que se sublima o artista. Attendite et videte. Pare e veja o espectador si es dolor sic ut dolor meus, parece dizer ele, mostrando sua tela como uma verônica. A dor mística do pintor ilumina o processo criativo, como a dor do transe de Teresa de Ávila e Juan de la Cruz consubstanciou-se no júbilo da poesia.              

Os passos da paixão foram elaborados com absoluta adesão do artista ao fazer. “Eu me senti magnetizado”, revelou. Cumpriu-se uma fase durante a qual nada lhe alterou a concentração, exatamente pelo arrebatamento que o dominou a partir da decisão de recriar a Via Crucis do Bom Jesus da Pobreza, em telas com 80 centímetros de altura e 60 de largura.

As imagens devocionais criadas por artistas e artesãos constituem-se, do ponto de vista religioso, em corpos vivos que representam uma ausência, mas há certos ícones caracterizados pela condição de akheikopoietas, ou seja, “feitos pela mão divina”, de que dão exemplo as imagens de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira do México e das Américas, e Nossa Senhora de Copacabana, venerada na Bolívia. Há um distanciamento transcendente entre a matéria da obra e o seu criador, já que se trata do resultado de uma intervenção superior, um milagre, segundo a crença de seus devotos. Tais imagens se particularizam por emitirem uma própria carga de sacralidade. Situado no campo da criação artística, o desempenho de Mario Mendonça parece querer tangenciar essa dimensão, porque a persegue, ao buscá-la na intensidade do sentimento que dirige o seu ato pictórico.

Tanto assim que a Via Sacra do Bom Jesus da Pobreza não se encerra na crucificação no topo do Gólgota, pois o caminho continua ad coelum, abrindo-se em luz e esperança, conforme palavras do autor, no sentido de levar os espectadores a contemplarem a ressurreição e a ascensão do Senhor. Há o descendimento da cruz e a Pietà, mas logo vêm o sepulcro vazio e a subida aos céus, que representam a vitória de Cristo sobre a morte e a redenção da humanidade. Sem a ressurreição, argumenta, “estaremos pintando um episódio de terror”. Na cena do crucificado, não aparece no alto da cruz o letreiro “INRI” (Jesus Nazareno Rei dos Judeus), ali mandado fixar pelos soldados romanos. Por sugestão de um amigo judeu, o pintor passou a escrever “Para Você”.

Mário Mendonça confere à capela do Largo das Forras um significado novo no itinerário da visita a Tiradentes, ao promover o diálogo de tempos distintos. Nas paredes laterais, tendo ao fundo o belo retábulo policromado do período colonial, o templo narra a paixão segundo o artista que escolheu a cidade para sediar o seu “museu imaginário” e essa série tão amada. No Largo das Mercês, Mendonça transformou sua casa e os jardins em museu no qual reúne obras que busca ou encontra precisamente para o arranjo de uma coleção compartilhada com o público.

A arte se confunde com a vida, e aqui o artista experimenta radicalmente essa fusão. Mergulhado nas tarefas do museu tiradentino, cujas demandas são sempre crescentes, e embalado pela consciência da imagem conquistada na Via Crucis, Mario Mendonça tem a felicidade de ver os frutos de seu talento e de sua generosidade distribuídos como alimento espiritual a todos os que têm fome de transcendência.

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Sendo um centro de promoção de atividades culturais referência na cidade de Ouro Preto e região, o Núcleo de Arte apresenta no dia 15 de dezembro, a partir das 18h30, a exposição dos trabalhos realizados pelos alunos nos cursos de iniciação e aperfeiçoamento artístico, que oferecem novas experiências técnicas e culturais aos participantes dentro da diversidade vivenciada durante o ano.

A expansão dos conhecimentos é incentivada pelos ateliês de pesquisa, criação e produção artística e atividades de extensão voltadas aos alunos. Além dos cursos oferecidos semestralmente e anualmente, toda a comunidade também pode ter acesso gratuito às atividades do programa Sextas Abertas, em que o Núcleo abre suas portas para receber aqueles que se interessam pela programação cultural e diversificada oferecida mensalmente.

Na Mostra Final do segundo semestre de 2016, os trabalhos expostos foram produzidos ao longo dos cursos por crianças, jovens e adultos matriculados nos programas Ciclo Rotativo, Arte Para Jovens e nas grades curriculares que são montadas pelos próprios alunos adultos de acordo com seus interesses e aptidões. Em cada disciplina que integra esses módulos, foram discutidas temáticas contemporâneas e do âmbito da arte que instigam o interesse pelos processos e produções artísticas, incentivando a criatividade e o olhar crítico do sujeito.

Além da Mostra de Artes Plásticas e Visuais que expõe os processos de criação de cursos como xilogravura, pintura, cerâmica, fotografia, monotipia, cinema e desenho, acontece também no dia 15 uma apresentação das crianças do Ciclo Rotativo às 19h e o Recital de Violão às 19h30. Encerrando a programação, haverá show musical com Daniel Araújo às 20h30. Todos os eventos são sediados no próprio espaço do Núcleo de Arte.

A visitação acontece até o dia 23 de dezembro e a entrada é gratuita. O Núcleo de Arte fica localizado na Praça Antônio Dias, 80, bairro Antônio Dias | Ouro Preto, MG. Mais informações pelo telefone (31) 3551-5052 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Entenda os módulos dos cursos do Núcleo de Arte

O Ciclo Rotativo é destinado à crianças de 6 a 10 anos e é subdividido em quatro conteúdos: Contação e Criação de Histórias, Musicalização, Desenho e Pintura, Cinema. Para jovens de 11 a 16 anos, o Núcleo apresenta o Arte para Jovens I – com Cerâmica e Monotipia e Xilogravura; e o Arte para Jovens II – com Teatro e Desenho e Pintura. Além disso, também são oferecidas aulas de violão, divididas em quatro módulos.Nos cursos de arte para jovens a partir de 16 anos e adultos, cada aluno é responsável pela construção da sua própria grade curricular, explorando suas aptidões e interesses nas diversas áreas artísticas.

Foto: Olhar Filmes Rogério Lima

Agora, a cidade entra para o calendário nacional das competições do automobilismo e motovelocidade. O autódromo é um empreendimento de mais de 4 milhões de m², tido como o maior Condomínio Autódromo da América Latina, possui um condomínio fechado, interligado com todas as áreas do empreendimento, chamado de Casa de Pista. Com a maior pista da atualidade, com seus 4.420 metros, teve início de suas obras a cerca de dois anos e já está em alta no conceito dos maiores nomes dos pilotos tanto de carros quanto de motos do Brasil.

Todos foram unânimes em afirmar que ao término das obras, pontos ressaltados principalmente pela organização da Stock Car, como áreas de escape, segurança, áreas de estacionamento entre outras, “este será o melhor autódromo do Brasil, sendo que o traçado da pista já está sendo considerado como o mais técnico e arrojado”.

O autódromo foi construído praticamente dentro da cidade, localizado às margens da rodovia LMG 754 que liga a charmosa e importante cidade de Cordisburgo, casa do não menos importante escritor João Guimarães Rosa, e a cidade de Curvelo. A rodovia está sendo totalmente asfaltada neste trecho, com uma obra do governo do estado e que trará importante resultado para estas duas cidades e também um excelente reflexo para o empreendimento, uma vez que o fluxo de veículos da capital para visitar e participar dos eventos tem sido canalizado para ela.

O evento do final de semana foi a 11ª Etapa do Campeonato Nacional da Stock Car, que contou ainda com a etapa do Nacional da Copa Petrobrás de Marcas e do Nacional de Turismo. Segundo a organização, foram disponibilizados 6 mil ingressos, sendo vendidos mais de 5 mil. Ao todo, estima-se que a cidade e o evento recebeu cerca de 40 mil visitantes ao longo do final de semana.

Os impactos econômicos puderam ser percebidos por toda a cidade e por cidades vizinhas. Hotéis foram reservados em sua totalidade na cidade, além de receber hospedes em Sete Lagoas, Morro da Garça e Corinto. Movimentando ainda várias hospedagens alternativas como, casas, sítios e fazendas por toda a região.

Os restaurantes, bares, lanchonetes, postos de combustível, entre uma dezena de outras atividades foram diretamente envolvidas na economia do turismo movidos pelo evento.

O aeroporto da cidade foi sobrecarregado com várias aeronaves, que desceram até na cidade de Pirapora. Helicópteros desceram e subiram com passageiros por todo o final de semana.

O Circuito Turístico Guimarães Rosa, como Instância de Governança Regional vinculado à Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais (Setur) pelo Programa de Regionalização do Turismo, acompanha o projeto desde seu início e tem sido parceiro importante para a articulação entre os atores envolvidos direta e indiretamente com o desenvolvimento do turismo regional.

O atual presidente, Everaldo Felipe Frangiotti Castro Silva e o turismólogo e gestor do circuito, Marco André Malaquias, foram os representantes indicados para representar a Setur neste importante evento.

Para o próximo ano espera-se um calendário de competições dos mais variados níveis e com grandes impactos positivos para a economia regional.

Fonte: Circuito Turístico Guimarães Rosa

 

 

O Conselho Estadual de Política Cultural (CONSEC) realiza na próxima segunda (19) sua 19ª Reunião Ordinária – a última deste ano. Na pauta consta a finalização do processo eleitoral para a renovação dos integrantes da sociedade civil no biênio 2017/2018, além dos avanços do Plano Estadual de Cultura em tramitação no legislativo mineiro. O encontro acontece na sede da Fundação Clóvis Salgado, entre 9h e 17. A sessão é aberta ao público e para participação basta enviar solicitação de inscrição prévia pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou clique aqui

No encontro, presidido pelo Secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, ainda será demonstrado um balanço da gestão das políticas públicas culturais realizada nos anos de 2015 e 2016.

Processo eleitoral

Após as confirmações das candidaturas, na última semana, o processo de votação online para a escolha, entre os 29 candidatos habilitados, pode ser acessado através do site do conselho entre os dias 15 e 17 de dezembro. Diferente das eleições anteriores, não será necessário o cadastro prévio de eleitores. Foi eliminada também a restrição de participação somente de pessoas jurídicas, bastando ao candidato provar sua atuação em algum coletivo de cultura.

Desta vez, a votação será aberta a todo e qualquer cidadão mineiro, com idade mínima de 16 anos, que se interesse pela cultura e deseje ajudar a escolher a representação da sociedade civil no Conselho de Política Cultural. Deverão ser informados dados como CPF, título de eleitor, endereço e e-mail. Cada eleitor poderá votar em um único segmento. Na plataforma online você já tem acesso ao perfil e currículo dos candidatos, podendo assim avaliar as opções.

A divulgação do resultado das eleições do Consec Biênio 2017-2018 está prevista para o dia 20 de dezembro.

Saiba mais sobre o CONSEC

O órgão colegiado de caráter consultivo, propositivo, deliberativo e de assessoramento superior da Secretaria de Estado de Cultura, auxilia na criação de condições para que todos mineiros exerçam seus direitos culturais e tenham acesso aos bens culturais. Devido à sua composição paritária, o CONSEC atua como uma instância da sociedade civil junto ao poder público.

Compete ao conselho: acompanhar a elaboração e a execução do Plano Estadual de Cultura; manter instâncias de discussão com as associações representativas de artistas e produtores culturais; contribuir para a integração entre os órgãos públicos e entidades do setor cultural; manifestar-se sobre programas regionais de incentivo, gestão de acervos culturais, entre outros.

SERVIÇO

19ª Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Política Cultural

Datas: 19 de dezembro

Horário: 9h às 17h

Local: Sala de reuniões do 3º andar da FCS -  Avenida Afonso Pena 1537 – Centro – Belo Horizonte


O Museu Mineiro, espaço integrante do Circuito Liberdade, recebe a mostra Marina Nazareth – Linguagens em Diálogo: arte visual, música e poesia, que traz uma parte do trabalho da artista desenvolvido de 2002 a 2016. Exposicão fica aberta para visitação até o dia 12 de fevereiro.

A mostra composta por mais de 100 obras promove uma interface entre as diferentes formas de linguagens da arte, resultando no diálogo entre a arte visual, música e poesia. Entre os trabalhos selecionados para esta exposição, destacam-se a série composta por 15 desenhos - leitura dos poemas do livro “O Arvoredo” de Anelito de Oliveira; série “A Partitura” criada a partir de pesquisas dos signos gráficos das notações musicais da década de 1960, e uma leitura pictórica do poema “A montanha pulverizada” de Carlos Drummond de Andrade.

Segundo a filósofa Maria Eugênia DiasMarina Nazareth descreve sua atividade de criação e a sua vida como um processo contínuo em que cada modo expressivo surge da retomada de motivos e tendências presentes a momentos anteriores. A artista parte de Hermes Trimegistos e de sua visão da totalidade: o universo é um grande teatro de espelhos onde cada coisa reflete e significa todas as outras; a inteligibilidade do universo funda-se na intuição mística, na iluminação não racional da visão instantânea e não discursiva.”

Ao contemplar as obras selecionadas para a mostra, Marina Nazareth afirma que: “os desenhos que integram essa exposição apresentam, como elemento principal de sua composição, a Linha. A única exceção é a série: “Vermelho Amargo”, leitura gráfica do livro de Bartolomeu Campos de Queirós. Desde meus primeiros desenhos, em 1965, afirma a artista, convivo com esse fascinante primeiro elemento dentre os cinco que constituem a linguagem visual: a linha, a superfície, o volume, a luz (ou claro/escuro) e a cor”.   

Para a Superintendente de Museus e Artes Visuais, Andréa de Magalhães Matos, “a proposta apresentada por Marina Nazareth é de grande pertinência, pois amplia o universo da arte visual com a interação dessa com a música e a poesia, proporcionando ao visitante desfrutar de uma exposição com possibilidades diversas. A sensibilidade da artista se juntou à sua intensa pesquisa de formas e resultados muitas vezes surpreendentes foram obtidos. Nossa expectativa e de que mostra seja apreciada por uma gama enorme de pessoas de todas as idades e formações”.

A mostra ”Marina Nazareth: Linguagens em Diálogo – arte visual – música - poesia” tem entrada gratuita e fica em cartaz na Galeria de Exposições Temporárias do Museu Mineiro, até o dia 12 de fevereiro de 2017.

SOBRE A ARTISTA

Marina Nazareth iniciou seus estudos artísticos com Álvaro Apocalypse, Yara Tupynambá, Haroldo Mattos e Herculano Campos, completando sua formação teórica e prática sob a orientação de Fayga Ostrower. Desde 1969, realizou 50 exposições individuais e 53 coletivas nos principais museus e galerias do país. A artista tem obras no acervo dos grandes museus brasileiros como o MASP, o MAP, os Museus de Arte Contemporânea do Paraná e de Brasília, além de instituições de grande relevância cultural, como a FCS, UFMG, BDMG, TCMG, SEC-MG. Participou da implantação de diversos programas culturais no âmbito da política pública estadual e atua, ainda, na curadoria de exposições e no grupo de trabalho da Escola Guignard –UEMG para implantação do  Núcleo de Experimentação e Pesquisa no Centro de Arte Chácara Santa Eulália - MemorialAlberto e Priscila Freire.

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SERVIÇO

Abertura Exposição -  ”Marina Nazareth : Linguagens em Diálogo – arte visual – música - poesia ”

Data: 24 de novembro de 2016 às 19 horas

Período Exposição – 25 de novembro de 2016 a 12 de fevereiro de 2017

Horário: Terças, Quartas e Sextas-feiras - das 10h às 19h | Quintas-feiras – das 12h às 21h | Sábados e domingos – das 12h às 19h

Local: Museu Mineiro – Av. João Pinheiro, 342 – Funcionários – BH/MG

Informações: (31) 3269-1103

Entrada Gratuita

 

A Fundação de Arte de Ouro Preto | FAOP abre na quarta-feira, dia 23 de novembro, as inscrições para o Processo Seletivo do Curso Técnico em Conservação e Restauro com ingresso no primeiro semestre de 2017. São oferecidas 36 vagas gratuitas, sendo 18 para o período da manhã e 18 à noite. As aulas têm início no dia 22 de fevereiro e acontecem de segunda a sábado.

Crédito: Caroline Fernandes 

Foto Caroline Fernandes 9

O Curso Técnico em Conservação e Restauração da FAOP é reconhecido pelo Ministério da Educação | MEC e está entre os mais tradicionais do país, sendo referência internacional no campo de restauração de bens culturais móveis em papel, escultura policromada e pintura de cavalete. Os alunos têm a oportunidade de contribuir com a preservação de acervos de comunidades da região.

Composto por cinco módulos semestrais e carga horária total de 1.702, o curso promove a formação de profissionais capacitados para atuação em museus, fundações,bibliotecas, arquivos e demais atividades ligadas à preservação e conservação do patrimônio cultural e artístico.

Para se candidatar, os interessados devem ter concluído ou estar cursando a partir do 2° ano do ensino médio. O processo seletivo é composto por provas de língua portuguesa e química, além de redação e prova de aptidão visual e motora. O edital completo e a ficha de inscrição estão disponíveis no site da FAOP, pelo endereço www.faop.mg.gov.br. As inscrições ficam abertas até o dia 19 de janeiro com taxa no valor de R$ 60,00 (sessenta reais) e as provas acontecem no dia 28 de janeiro de 2017.

Sobre o Curso Técnico em Conservação e Restauro

Teve início com o restaurador Jair Afonso Inácio na década de 1970. Considerado a primeira experiência na formação de profissionais de forma regular no Brasil, é referência internacional no processo de restauração de bens culturais móveis nas áreas de papel, escultura policromada e pintura de cavalete.

O processo ensino-aprendizagem é conduzido de modo a aliar a fundamentação conceitual à vivência prática. Nos dois primeiros módulos, a carga horária teórica é intensa, fornecendo a formação conceitual. O aluno pratica inicialmente simulações do processo de restauro e, posteriormente, atua com acervos reais comunitários; todo o processo é orientado pelos professores de ateliê que contam com a parceria da equipe técnica e pedagógica do Núcleo.

As atividades de restauração dos acervos comunitários integram o estágio curricular que está inserido nas práticas de ateliês: para concluir o curso, o aluno realiza estágio nas três áreas de atuação - papel, escultura policromada e pintura de cavalete – que se encerra mediante relatório final. Essa estratégia de ensino-aprendizagem garante aos alunos uma formação consistente, com segurança para atuação no mercado de trabalho e, às comunidades guardiãs, garante o tratamento necessário e adequado aos seus acervos, propiciando longevidade à preservação dos bens.

Serviço: Inscrições abertas para o Curso Técnico em Conservação e Restauro | 1º semestre de 2017

Inscrições: 23 de novembro de 2016 a 19 de janeiro de 2017

Data do Processo Seletivo: 28 de janeiro de 2017

Informações sobre o Edital e Ficha de Inscrição: www.faop.mg.gov.br

Taxa de Inscrição: R$ 60,00

Informações: (31) 3551-2014 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.


 

A Secretaria de Estado de Cultura divulgou o resultado dos projetos contemplados no edital da Lei Estadual de Incentivo à Cultura 2016. Após um intenso debate com a sociedade organizada e recebimento de sugestões e aperfeiçoamento, o edital contemplou um total de 156 propostas culturais. O destaque vai para o repasse recorde de verba a propostas oriundas de fora da capital mineira – 56% do valor total de R$ 22,5 milhões, maior percentual desde 1998, ano da primeira edição do mecanismo de fomento. A lista completa dos aprovados pode ser consultada aqui. Outros documentos sobre o edital LEIC 2016 você pode consultar aqui

O resultado reitera a premissa de democratização do acesso ao fomento, conforme avalia o secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo. “O balanço mostra a presença importante das regiões mineiras, que sempre tiveram acesso restrito aos benefícios da Lei de Incentivo”.

Aberto em julho, o processo do edital foi marcado pela escuta à população. Foi assim que a exigência da Declaração de Incentivo no ato da inscrição foi revista. A Secretaria de Estado de Cultura também confirmou seu esforço no sentido de garantir a continuidade do edital em 2016 e conseguiu ainda ampliar os recursos, inicialmente previstos em R$ 15 milhões, e expandiu a quantia para R$ 22,5 milhões. “Conseguimos resgatar um valor expressivo para esse Edital e esperamos normalizar o processo a partir de 2017”, informa Angelo Oswaldo.

A qualidade do processo de avaliação das propostas é ressaltada pelo superintendente de Fomento e Incentivo à Cultura, Felipe Amado. “A Comissão Técnica de Análise de Projetos trabalhou exaustivamente na busca de discutir e avaliar os projetos, e chegar ao final com a relação de aprovados, respeitando o limite financeiro imposto pelo edital”.

O aporte destinado às iniciativas culturais serve de alento aos artistas, que comemoraram o resultado. Caso do Museu dos Brinquedos, situado em Belo Horizonte. O local passava por um momento de dificuldades financeiras. “Um edital como esse vem muito a calhar, pois viabiliza a continuidade do museu. Como o ano de 2016 foi muito difícil, essa verba vem como um respiro importante e irá fortalecer a difusão cultural do museu”, reconhece a coordenador de projetos Tatiana de Azevedo.

Atividades culturais no Museu dos Brinquedos. Crédito: Cris Noli.

Igualmente contentes estão os artesãos da região de Itatiaiuçu, que agora terão maior oferta de cursos e oficinas, já que a Associação dos Artesão e Produtores Caseiros de Itatiaiuçu e Região (ACIRPA) também foi contemplada pelo edital. “Isso vai nos ajudar a evoluir. Estávamos sem dinheiro e não tínhamos mais condições de oferecer atividades”, declara Divina Maria, tesoureira da entidade.

Para o caso de projetos aprovados que demandam ajustes no valor da Declaração de Incentivo, os proponentes têm prazo de 30 dias para providenciar a adequação.

A LEI ESTADUAL DE INCENTIVO À CULTURA 2016

É um mecanismo de apoio à produção cultural do Estado para o incentivo à execução de projetos artístico-culturais, por meio de dedução do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a partir do faturamento da empresa patrocinadora.

A Secretaria de Estado de Cultura (SEC) lançou no dia 23 de maio o edital 2016 da Lei Estadual de Incentivo à Cultura - LEIC, inicialmente com R$ 15 milhões em recursos. Depois de um ano sem edital devido ao precoce esgotamento dos recursos recolhidos pela renúncia fiscal no ano de 2015 e ao comprometimento de 81,4 % da verba de 2016, o fluxo de incentivo a projetos culturais foi retomado.

Após solicitações de aprimoramentos no edital enviadas por representantes do segmento artístico, a SEC dialogou com o setor e implementou melhorias. A principal mudança envolveu a Declaração de Incentivo (DI), que não foi exigida no ato de inscrição dos projetos, como previsto anteriormente. A iniciativa visou aprofundar o acesso ao incentivo e possibilitou um prazo mais elástico aos proponentes.

 

Destaques do campo do empreendedorismo, da gestão pública, da política e da cidadania, dezenas de personalidades e instituições foram agraciadas, na noite da última segunda-feira (12/12), com a maior honraria concedida pelo Parlamento Municipal, o Grande Colar do Mérito Legislativo. Em reconhecimento pela contribuição desses atores para o desenvolvimento de Belo Horizonte, centenas de convidados se reuniram no Minascentro, que sediou a 14ª edição do evento. A cerimônia foi realizada na data em que BH comemora 119 anos de fundação e foi acompanhada por autoridades municipais, estaduais e federais, tendo como orador e patrono o jornalista Emanuel Sousa Carneiro. 

O Chefe de Gabinete da Secretaria de Estado de Cultura, Evandro Xavier, recebeu a honraria das mãos do vereador Tarcísio Caixeta.

“Hoje nos reunimos para homenagear pessoas e entidades representativas para nossa cidade. Com a comenda buscamos realçar para a sociedade belo-horizontina bons exemplos e trajetórias meritórias", destacou o vereador Henrique Braga (PSDB), presidente em exercício do Legislativo Municipal (foto abaixo), que abriu a noite de homenagens. 

 

 


Sobre o Grande Colar do Mérito Legislativo

Instituído em substituição à Comenda da Ordem do Mérito Legislativo Municipal, o Grande Colar é uma comenda entregue anualmente àquelas personalidades ou instituições que tenham se destacado na construção de uma cidade, de um estado ou de um país melhor.

Os homenageados são indicados pelos vereadores da Câmara e também pelo Conselho de Agraciamento, composto pelos membros da Mesa Diretora e pelo corregedor da Casa. Ao todo, 50 pessoas/entidades receberam a honraria neste ano, sendo 41 indicados pelos parlamentares e outros nove pelo Conselho de Agraciamento.

Confira aqui a lista completa dos homenageados na cerimônia.

Foto: Eduardo Profeta/Câmara de BH

Patrono
Representando os 50 agraciados, o orador e patrono da edição 2016 do evento, o jornalista Emanuel Sousa Carneiro (foto abaixo), agradeceu pela comenda e se disse honrado pelo reconhecimento do Legislativo Municipal. 

Natural de Belo Horizonte, Carneiro construiu uma trajetória que se confunde com a história recente do rádio em Belo Horizonte. Atualmente no cargo de diretor-presidente da Rádio Itatiaia, ele iniciou sua atuação profissional como office-boy, aos 13 anos, quando passou a atuar na emissora fundada pelo irmão. Ao longo de seus 60 anos de profissão, Carneiro exerceu diversas funções na empresa, tendo trabalhado como operador de som, plantonista esportivo, repórter, redator, programador musical e diretor artístico. Hoje, divide seu tempo entre as funções de gestor e de apresentador de programas como o Turma do Bate-bola e o Grande Resenha Esportiva, tendo se tornado uma referência central do mercado das comunicações em Minas.

"Sou filho de Belo Horizonte. Sempre morei aqui e pude acompanhar de perto fatos bons e ruins que marcaram nossa história", destacou o jornalista em um discurso que tomou como mote o aniversário da cidade, data que convida à celebração, mas também à reflexão sobre os desafios enfrentados pelos munícipes.

Segundo Carneiro, BH convive hoje com desafios diversos, associados ao aumento da pobreza e da insegurança, além da queda nos investimentos, já que nas últimas décadas diversos bancos, empresas e fábricas teriam deixado o município.

No aniversário da Capital, em face desses e de outros desafios, Carneiro deixou, no entanto, uma mensagem de esperança. “Vivemos tempos de renovação na política. Tempos de mudança. Faço votos de que a nova administração [eleita em 2016] faça BH crescer, combatendo os problemas da cidade e dando à população as respostas que ela precisa”.


Há 10 anos o Festival de Literatura de São João del-Rey e Tiradentes - FELIT discute a produção literária brasileira com a presença de renomados escritores, editores, críticos literários, educadores e personalidades da vida cultural do país. Até o dia 26 de novembro, o festival  presta homenagem ao grande escritor Ignácio de Loyola Brandão. O evento é uma realização da Via Comunicação e da Quarteto Filmes, com curadoria do jornalista e escritor José Eduardo Gonçalves.

Este ano, o festival acontece em diversos pontos históricos de ambas as cidades. Para que isso fosse possível, a Comissão Organizadora lançou uma grande campanha de doação, tendo à frente a Associação Palavra Bem Dita, entidade sem fins lucrativos e declarada de “Utilidade Pública” em14 de março de 2012 pela Câmara Municipal de São João del-Rei.

Com a chamada “Ler transforma as pessoas. Plante essa ideia com o FELIT”, a campanha procurou sensibilizar a população e os estabelecimentos comerciais para serem parceiros na realização do festival. O resultado é uma grande programação com mesas-redondas, exposições e muitas intervenções literárias nas ruas.

 

Na ocasião, a Setur irá apresentar as ações executadas pela pasta durante o ano de 2016. O plano estratégico de turismo, elaborado pela Fundação João Pinheiro, será discutido entre os participantes. 

Também será realizada a eleição das entidades da sociedade civil que irão compor o Conselho Estadual Turismo, durante o mandato 2017-2018.

O secretário adjunto de Estado de Turismo de Minas Gerais, Gustavo Arrais, revela a importância do evento e das novas eleições. “O turismo em Minas Gerais está alcançando reconhecimento nacional e internacional. Dessa forma, estamos trabalhando para que possamos conquistar novas oportunidades para o setor”.

 

Concertos da Orquestra Sinfônica e do Coral Lírico de Minas Gerais, apresentações da Cia. de Dança do Palácio das Artes, óperas, shows, exposições de arte e de fotografias, cinema, cursos e seminários estão na extensa lista de atividades gratuitas oferecidas pela Fundação Clóvis Salgado (FCS) à população.

Nos anos de 2015 e 2016, uma programação intensa movimentou o cenário cultural de Belo Horizonte e do interior de Minas Gerais com um público recorde de mais de meio milhão de pessoas.

Segundo o secretário de Estado da Cultura (SEC), Angelo Oswaldo, a política da atual gestão é democratizar o acesso às diversas atividades da Fundação Clóvis Salgado, especialmente, do Palácio das Artes.

“Houve um convite envolvente ao grande público, que respondeu, afirmativamente, lotando os espaços e prestigiando a programação. Além disso, as itinerâncias levaram música e artes visuais a diversos pontos do estado”, ressalta o secretário.

Vocação pública

O sucesso da programação prova que, mesmo em tempos de crise, é possível manter e criar projetos culturais de qualidade.

“Com criatividade e inovação temos conseguido ir muito além das expectativas, cumprindo a vocação pública da instituição”. Augusto Nunes-Filho, presidente da Fundação Clóvis Salgado

De acordo com Nunes-Filho, a organização e o planejamento das atividades têm permitido um aproveitamento melhor do potencial artístico da FCS e sua disponibilização para o grande público.

“Pela primeira vez, em 2016, os Corpos Artísticos tiveram uma agenda anual, lançada no final do ano anterior, com programação cuidadosa e totalmente voltada para a formação de público”, ressalta o presidente da FCS..

 

Artes visuais

Inovações aconteceram também no setor de artes visuais. Os editais de ocupação das galerias do Palácio das Artes passaram a ser anuais, além da abertura de um edital específico para a fotografia, na CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais.

Assim, as exposições de obras em diferentes linguagens atraíram público superior a 240 mil pessoas nos dois últimos anos.

Outra novidade é o Arteminas, programa que convida artistas mineiros a ocuparem as galerias do Palácio das Artes.

Mostras e música vão ao interior

A programação gratuita também atraiu o público das cidades do interior de Minas Gerais. Um projeto pioneiro é a exposição itinerante “Recorte: Acervo Fundação Clovis Salgado”, que ocupou inicialmente o Museu de Congonhas, com público de 35 mil pessoas.

 “O interior tem muita carência desse tipo de interatividade e a gente não pode perder a oportunidade de ter o contato físico com as obras de arte”. Welerson Athaídes, 60 anos, projetistga e fotógrafo, morador de Congonhas

Após o sucesso em Congonhas, a exposição deslocou-se para Museu da Loucura de Barbacena e, em breve, será aberta em Cataguases. Esse Recorte contempla principalmente as obras modernistas das primeiras gerações de alunos do mestre Guignard.

Em 2016 ainda foram mantidas as itinerâncias dos Corpos Artísticos da Fundação Clóvis Salgado. O Coral Lírico de Minas Gerais apresentou-se em Guaranésia, no Território Sul, para um público de mais de 600 pessoas.

Já a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais encantou Diamantina, no Alto e Médio Jequitinhonha, com um concerto que levou mais de 1.500 pessoas à praça do Mercado Velho.

“Nós queremos difundir nosso trabalho fora do Palácio das Artes, mostrar as realizações da FCS no interior, garantindo o acesso de um número maior de pessoas a essas produções”, revela Augusto Nunes-Filho.

Já o presidente da Fundação Municipal de Cultura de Congonhas, Sérgio Rodrigo Reis, ressalta a importância desse intercâmbio. “O sucesso da exposição na nossa cidade reforça que o público do interior de Minas está aberto a esse tipo de produção”, observa.

Cardápio musical gratuito

Em Belo Horizonte, as apresentações gratuitas da Orquestra Sinfônica e do Coral Lírico de Minas Gerais às terças-feiras, ao meio-dia, no Grande Teatro do Palácio das Artes, já se tornaram uma atração aguardada pelo público, principalmente para quem trabalha ou mora no centro da capital.

Antes e durante o concerto, o maestro titular da Orquestra Sinfônica, Silvio Viegas, explica o contexto em que as músicas foram criadas e conta a história dos compositores. Os concertos apresentam obras de grandes nomes da música mundial, como Wolfgang Amadeus Mozart, Pietro Mascagni, Ludwig van Beethoven, Felix Mendelssohn e Johannes Brahms, entre outros.

O Lírico ao Meio-Dia e o Sinfônica ao Meio-Dia foram criados no início do ano passado e já estão consolidadas no roteiro cultural de Belo Horizonte, contabilizando, em 2016, uma média de público de 600 pessoas, por apresentação.

Cinema e tradição

A intensa programação de mostras de cinema e de debates sobre produções cinematográficas atrai os amantes da sétima arte que admiram filmes fora do circuito comercial. Todas as exibições passaram a ser gratuitas a partir de 2015 e levaram ao Cine Humberto Mauro cerca de 135 mil pessoas, sem contabilizar o último trimestre de 2016.

A FCS realiza, em média, 25 mostras de cinema por ano. Em 2016 foram criados dois novos projetos permanentes de fomento à produção cinematográfica, circulação e formação de público. São eles: Traga seu Filme e Cineclube Francófono, em parceria com o Instituto Francês e a Cinemateca Francesa, com debates sobre a produção cinematográfica da França.

Basicamente eu gosto de assistir à Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Também costumo vir sempre no Cine Humberto Mauro e em algumas exposições. Eu acho essencial que aqui tenha esse espaço, com programação diversa, mostrando coisas diferentes. É sempre interessante ver o pessoal mais velho e outros jovens por aqui. Minha filha Sofia, de 11 anos, faz teatro aqui e quer fazer dança também. Eu entendo essas atividades como um complemento da educação formal e, mais que isso, a forma como as pessoas lidam aqui dentro é diferente. Tem realmente um outro tipo de atmosfera, é mais plural.” Rafael Narciso, 30 anos, advogado, morador de Belo Horizonte

Guimarães Rosa

A homenagem da FCS aos 60 anos de lançamento de Grande Sertão: Veredas, obra-prima de João Guimarães Rosa, também marcou as atividades gratuitas da FCS, no início de novembro deste ano.

A principal atração foi a leitura de trechos do livro pela cantora Maria Bethania, que lotou o Grande Teatro no encerramento do evento.  Mais de 3 mil pessoas compareceram ao Palácio das Artes durante os quatro dias de atividades.

Inverno das Artes e Palco de Encontro

O Inverno das Artes é outra programação que movimentou a agenda cultural da capital, no mês de julho. O evento combina shows, debates, oficinas de artes visuais e mostras especiais de cinema.

A primeira edição do Inverno das Artes aconteceu em 2015. A proposta é que o projeto seja uma referência para a cidade ao reunir artistas consagrados e jovens talentos em início de carreira.

O Palco de Encontro é outo destaque.  A primeira edição retratou a trajetória da música mineira, passando pelo Clube da Esquina, músicas que marcaram os anos 80 e 90, além do samba mineiro, rap e do rock das Gerais. 

Na edição de 2016, o Palco de Encontro comemorou os 100 anos do samba, lembrando a história de um dos maiores sambistas de todos os tempos: o cantor e compositor Cartola.

Formação artística de jovens e adultos 

Na lista da programação ainda estão as mais de mil vagas gratuitas oferecidas, todo ano, pelo Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart).  Além dos tradicionais cursos de música, dança e teatro, o Cefart passou a promover aulas de Formação Inicial Continuada (FIC). 

 “A gratuidade dos cursos é essencial para os alunos de baixa renda que querem entrar no mundo artístico. Eu estudo canto e piano há três anos no Cefart. Os profissionais são qualificados e o contato com eles tem me dado base técnica para trabalhar de forma profissional com a música”. Matheus Lanes, 22 anos, aluno do Cefart, em Belo Horizonte

O Núcleo de Tecnologia do Espetáculo, por exemplo, ofereceu gratuitamente cursos de fotografia aplicada às artes cênicas, auxiliar de cenotecnia, iluminador cênico e influência africana na música popular das Américas.

Os cursos do Cefart são dirigidos ao público em geral, a partir dos oito anos de idade. “Os cursos permitem que as pessoas tenham acesso à cultura, à formação artística e ao desenvolvimento do olhar estético”, afirma a diretora do Cefart, Cibele Navarro.

Confira aqui a programação de dezembro.

FOTOS: Paulo Lacerda / FCS 

Fonte: Agência Minas

 

Nos dias 15 e 16 de dezembro, às 20h30, na Sala Minas Gerais, sob a batuta do maestro Fabio Mechetti, a Filarmônica de Minas Gerais apresenta o último concerto da temporada 2016. Para a ocasião, foi escolhida a Sinfonia nº 7 em mi menor, de Mahler, obra que transita entre o romântico e o moderno. Com duração de 77 minutos, os concertos das duas noites não terão intervalo. Ingressos entre R$ 17 (meia) e R$ 98 (inteira).

 

Antes das apresentações, das 19h30 às 20h, o público poderá participar dos Concertos Comentados, palestras que abordam aspectos do repertório. O palestrante será o percussionista da Filarmônica de Minas Gerais e curador dos Concertos Comentados, Werner Silveira. A Sétima Sinfonia de Mahler, também chamada de “Canto da noite”, transita entre o Romantismo e a Modernidade insurgente do início do século XX, como se o compositor buscasse forçar os limites do sistema tonal. Modulações e rompantes de dissonâncias certamente traduzem e expõem uma personalidade complexa – muitas vezes, instável –, mas absolutamente genial, como poucos na história da arte.

Estes concertos são apresentados pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Cemig e contam com o patrocínio do Mercantil do Brasil por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Já as palestras dos Concertos Comentados são apresentadas pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais.

O repertório

Gustav Mahler (Boêmia, atual República Tcheca, 1860 – Áustria, 1911) e a Sinfonia nº 7 em mi menor (1904/1905)

A Sétima Sinfonia foi admirada por diversos compositores já no primeiro contato. Em sua escritura, a Sétima transparece uma característica apontada por Webern, qual seja o passo decisivo de Mahler quanto ao conjunto de ideias musicais que, articuladas ao núcleo principal, criam texturas distintas daquelas de simples melodias acompanhadas. Mesmo nas passagens de grande densidade polifônica, o compositor administra uma rica paleta orquestral: explora o potencial expressivo de cada instrumento, dosa e equilibra dinâmicas, timbres e massas sonoras, além de estabelecer contrastes entre as seções de sua vasta arquitetura formal. Busca, enfim, clareza e ênfase no que tem a dizer. Na Sétima Sinfonia, tal conjunto de procedimentos pode ser constatado logo na seção expositiva e ao longo do primeiro movimento. No tema inicial, o ritmo de marcha tem a participação maciça dos instrumentos de sopro; no segundo tema, destacam-se as cordas; na superposição de materiais temáticos desses dois temas, mergulhados em densa trama contrapontística; nas diferenças marcantes entre andamentos e atmosferas, dentro de um mesmo movimento. A primeira Nachtmusik, após chamamentos de trompas e evocação de cantos de pássaros, apresenta, novamente, a marcha, na evocação de um caminhar pelo mistério da noite. A ambientação noturna reaparece no Scherzo, sob a fantasmagoria da valsa vienense. Antes de atingir o brilho, no último movimento, a obra atravessa a segunda Nachtmusik: ao lirismo, à transparência e à orquestra reduzida acrescentam-se o violão e o bandolim, em uma atmosfera de serenata noturna. No Rondo – Finale, a explosão de luz e a energia do tema inicial têm efeito arrebatador. O diálogo com a tradição aparece no tema de Os Mestres Cantores, de Wagner. Observando a diversidade temática da Sétima Sinfonia e a expressão particular de cada movimento, podemos perceber a riqueza de manifestações da alma humana.

 

O maestro Fabio Mechetti

Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Com seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo Uruguai e Argentina e realizou gravações para o selo Naxos. Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Realizou diversos concertos no México, Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as orquestras sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Regeu também a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia, a Orquestra da Rádio e TV Espanhola em Madrid, a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá. Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Recentemente fez sua estreia na Finlândia, dirigindo a Filarmônica de Tampere, e na Itália, dirigindo a Orquestra Sinfônica de Roma. Em 2016 estreou com a Filarmônica de Odense, na Dinamarca.

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro de Sevilha, La Traviata e Otello. Fabio Mechetti recebeu títulos de mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York.

 

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Belo Horizonte, 21 de fevereiro de 2008. Após meses de intenso trabalho, músicos e público viam um sonho tornar-se realidade com o primeiro concerto da primeira temporada da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Criada pelo Governo do Estado e gerida pela sociedade civil, nasceu com o compromisso de ser uma orquestra de excelência, cujo planejamento envolve concertos de série, programas educacionais, circulação e produção de conteúdos para a disseminação do repertório sinfônico brasileiro e universal.

De lá para cá:

820 mil pessoas ouviram a Filarmônica ao vivo

641 concertos foram realizados

835 obras foram tocadas

242 compositores brasileiros e estrangeiros foram interpretados

52 estreias mundiais e 11 encomendas foram apresentadas

93 concertos foram realizados no interior de Minas Gerais

27 concertos foram realizados em cidades do Norte ao Sul do país

5 concertos aconteceram em cidades da Argentina e Uruguai

6 álbuns musicais foram lançados, sendo 3 deles internacionais

513 notas de programa foram produzidas

115 webvídeos foram disponibilizados

56 mil fotografias registraram esse desenvolver da história

318 concertos foram gravados

4 exposições temáticas sobre música sinfônica foram montadas

3 livros sobre a formação de uma orquestra foram publicados

1 DVD de iniciação à música orquestral foi criado

92 músicos estão trabalhando

18 nacionalidades convivem em harmonia

60 mil oportunidades de trabalho foram abertas

3.320 assinaturas apoiam a programação artística

7 prêmios de cultura e de desenvolvimento foram recebidos

Agora, em 2017, a Filarmônica lança sua décima temporada e continua contando com a participação de grandes músicos para celebrar a Música e o respeito conquistado junto ao público.

SERVIÇO

 

Série Allegro

15 de dezembro – 20h30

Sala Minas Gerais

 

Série Vivace

16 de dezembro – 20h30

Sala Minas Gerais

 

Fabio Mechetti, regente

MAHLER          Sinfonia nº 7 em mi menor

Ingressos: R$ 34,00 (Balcão Palco e Coro), R$ 44,00 (Mezanino), R$ 56,00 (Balcão Lateral), R$78,00 (Plateia Central) e R$98,00 (Balcão Principal).

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Funcionamento da bilheteria:

Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1090 – Bairro Barro Preto

De terça-feira a sexta-feira, das 12h às 21h.

Aos sábados, das 12h às 18h.

Em sábados de concerto, das 12h às 21h.

Em domingos de concerto, das 9h às 13h.

São aceitos cartões com as bandeiras Amex, Aura, Redecard, Diners, Elo, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron.


O evento contou com três turmas, totalizando um público de 113 capacitados. No período da tarde o treinamento foi gravado e será disponibilizado online, em breve, para todas as 15mil agências que a Trend atende.

 

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Encerrando o encontro, a Setur se reuniu com a equipe de operação e com a gerente de Produtos Nacionais, Sílvia Russo e para uma conversa muito produtiva.

 

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No dia 15 de dezembro, às 18h30, o escritor Olavo Romano lança o livro “A cidade submersa e 30 histórias sortidas”, na Academia Mineira de Letras. A obra, publicada pela Editora Ramalhete, reúne, entre outros, contos e textos escritos pelo autor para a revista Mercado Comum. Olavo Romano foi Presidente da AML até março de 2016 e tem quase vinte livros publicados, oito muitos deles amplamente adotados em escolas de Minas e de outros estados.

“Até então eu seguia uma temática praticamente rural, as histórias se passavam em pequenas cidades, envolvendo personagens deste meio. Esta publicação, ao contrário, ganhou ares mais cosmopolitas. Os temas e a linguagem não são tão marcados, são mais abertos”, conta o autor.

O acadêmico Rogério Faria Tavares, no texto de apresentação da obra, escreve que a vivacidade e autenticidade das histórias narradas fazem com que o leitor queira partilha-las com outras pessoas. “A perícia na construção dos diálogos, uma das tarefas mais complexas dos criadores literários, é outra fonte de prazer proporcionada pela experiência de ler Olavo Romano. O humor e a leveza são os ingredientes que dão aos pratos por ele servidos o sabor da verdadeira alta cozinha, refinada na sua simplicidade tocante, que alimenta a alma”, resume.

E completa: “Generoso, Olavo Romano oferece ao leitor mais uma fascinante galeria de personagens, apresentada na melhor prosa. Será difícil esquecer Bastião, Dona Consuelo, Bruce Lee, Isaurinha Tavares, Amália Doida e Tiãozinho. Será impossível não se emocionar, por exemplo, com a linda história de Demosthenes e Waldete, contada em ‘Uma luz que não se apaga’, título sugestivo, que me estimula a dizer que a do autor também permanecerá, para o bem da literatura que se faz em Minas, sobre os mineiros, para todos”.

 

Sobre o autor:

Olavo Romano nasceu em Morro do Ferro (distrito de Oliveira), em 1938. Estudou Direito (PUC-MG), Administração (mestrado na FGV-RJ) Inglês (proficiência pela Universidade de Michigan) e Planejamento Educacional (Banco Mundial). Fez carreira no serviço público, aposentando-se como Procurador do Estado.

A partir de 1979, publicou seus casos mineiros e textos poéticos em jornais como  O Estado de Minas e Jornal de Casa, nas revistas Globo Rural, Palavra, Cícero, IstoÉ, Veja e Mercado Comum.  Em seus livros, focaliza o jeito, a fala, a vida no interior mineiro.

Na Fundação João Pinheiro, editou um jornal, participou da elaboração de um livro e de dez fascículos sobre a História do Comércio em BH. É sócio fundador, com a inscrição de nº 2 do Sindicato de Escritores de Minas Gerais. Escreveu prefácios e apresentações de vários livros.

Suas viagens ao rio São Francisco resultaram em belos textos, publicados na revistas Globo Rural e Palavra. O conto “Como a gente negoceia” gerou o curta-metragem Negócio Fechado, premiado no festival de Gramado de 2001. O grupo “Carbono 14” filmou 30 histórias da obra de Romano para distribuição gratuita em bibliotecas, escolas e centros culturais.

SERVIÇO:

Lançamento do livro “A cidade submersa e 30 histórias sortidas”, de Olavo Romano.

Data: 15 de dezembro.

Horário: 18h30.

Local: Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1466 - Lourdes - BH/MG).

Entrada gratuita.

academiamineiradeletras.org.br


O evento contou com a presença dos municípios mineiros associados ao circuito e demais entidades da região como associação de artesãos, de comerciantes, representantes do sítio paleontológico de Peirópolis, entre outros.

Além de temas sobre a gestão do turismo local e as perspectivas para 2017, uma pauta bastante discutida foi a promoção para a região. Importantes ações ligadas ao turismo náutico, pesca esportiva e turismo religioso foram debatidas a fim de gerar alinhamento entre os atores locais.

Para o turismólogo da Setur, Márcio Ribeiro, que acompanhou a reunião, a região tem bastante potencial turístico e esse alinhamento é primordial para que a promoção seja bem sucedida.


 

Um rico acervo sobre artes visuais mineiras, envolvendo catálogos, livros, publicações diversas, áudios e vídeos, que retratam cerca de 1700 artistas que atuaram do século XIX até os dias atuais é o que compreende o Centro de Estudos e Difusão da Arte Mineira (CEDAM), que a Secretaria de Estado de Cultura inaugura nesta terça (13). O acervo é formado pela coleção particular do renomado crítico de arte e pesquisador Márcio Sampaio, que cedeu todo o material à Superintendência de Museus e Artes Visuais de Minas Gerais. O evento integra a programação do 9º Encontro Estadual de Museus, que acontece nos dias 12 e 13 de dezembro com o tema Pesquisa: no e para museu.

O acervo é fruto de meio século de dedicação do pesquisador e crítico Márcio Sampaio, que recolheu material sobre a arte visual mineira, compondo uma coleção com vasto registro sobre os principais e mais destacados nomes do cenário estadual. Estão incorporados ao CEDAM bibliografias e publicações sobre a arte brasileira e internacional, catálogos de exposições, gravações em vídeos, recortes de jornais e revistas, além de gravações em áudios e transcrições em CD.

Todo esse material reúne informações sobre artistas de várias épocas, especialmente com ênfase na arte moderna e contemporânea. Um dos destaques é o profundo material que detalha as manifestações do Barroco em Minas e no Brasil. Outro ponto alto, conforme alerta o pesquisador, são os catálogos da 1ª exposição Modernista de Belo Horizonte, realizada em 1944. “É um raro e precioso acervo de informações a respeito da história da arte em Minas Gerais e no Brasil”, destaca o secretário Angelo Oswaldo. Para ele, o acesso a essa documentação “confere amplas dimensões às possibilidades de pesquisa em especial sobre a produção artística mineira”.

A Superintendente de Museus e Artes Visuais, Andréa de Magalhães Matos, comemora a chegada do acervo. “Será uma grande oportunidade de tratar de assunto tão relevante para qualquer instituição museológica e ainda de ampliar e estimular pesquisas tanto desenvolvidas pela sua própria equipe, quanto por outros profissionais, ou mesmo em atividades conjuntas”. 

O crítico de arte e pesquisador avalia que a Superintendência de Museus e Artes Visuais é o espaço ideal para a guarda do material. “Todo o acervo que coletei ao longo de tantos anos terá a finalidade com que sempre sonhei. A abertura do CEDAM neste espaço museológico possibilitará que o acervo seja ampliado com a incorporação de outros documentos, em um processo contínuo de construção”.

O Centro de Estudos e Difusão da Arte Mineira – CEDAM irá agregar à Superintendência de Museus e Artes Visuais mais um espaço aberto ao público, para visitação e pesquisa, divulgando e valorizando a diversidade da cultura mineira.

 

 

SERVIÇO

Evento: Inauguração doCentro de Estudos e Difusão da Arte Mineira - CEDAM

Data: 13 de novembro de 2016

Horário: 18h

Local: Museu Mineiro

Av. João Pinheiro, 342 – Funcionários

 

Os deputados da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovaram nesta quarta-feira (23/11/16) o Relatório de Evento Institucional 2, que traz as conclusões do trabalho do Comitê de Representação do Fórum Técnico do Plano Estadual de Cultura. Essa proposição teve como relator o presidente da comissão, deputado Bosco (PTdoB), e dispensa a apreciação do Plenário. No relatório constam dez sugestões de encaminhamento das 280 propostas aprovadas no documento da plenária final do fórum técnico.

O Comitê de Representação foi composto por 20 membros, com 40% de representação do poder público e 60% da sociedade civil, e se reuniu entre julho e setembro, em oito encontros de trabalho. O objetivo foi revisar, sistematizar e, eventualmente aglutinar as propostas advindas do documento final do fórum técnico e, com base nelas, elaborar desdobramentos que, em última instância, vão subsidiar o aprimoramento do Projeto de Lei (PL) 2.805/15, do governador, que contém o Plano Estadual de Cultura.

A proposição já recebeu parecer pela legalidade da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e atualmente aguarda parecer da Comissão de Cultura, que agora deve incorporar as sugestões do Comitê de Representação. O relator do projeto na comissão, deputado Wander Borges (PSB), também participou da reunião que aprovou o Relatório de Evento.

No relatório, constam dez sugestões de encaminhamento das 280 propostas aprovadas no fórum
No relatório, constam dez sugestões de encaminhamento das 280 propostas aprovadas no fórum - Foto: Ricardo Barbosa

Sugestões vão aprimorar Plano de Cultura

Entre as sugestões apresentadas para aprimorar o PL 2.805/15, estão ajustes nos parâmetros de monitoramento e execução do Plano de Cultura, de curto, médio e longo prazo, respectivamente com os prazos de dois, seis e dez anos. Isso será possível com a alteração do artigo 3º da proposição, de forma que essa reavaliação do plano aconteça, preferencialmente, nos mesmos anos em que forem realizadas as Conferências Estaduais de Cultura. Também estão previstos o envio de requerimentos e pedidos de providência, neste último caso a órgãos do Executivo em questões de competência deste poder.

Um desses pedidos de providências, por exemplo, é destinado à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) para que analise a viabilidade de retirada das cidades de Ouro Preto e Mariana (Região Central) do território de desenvolvimento metropolitano, conforme manifestado pelos participantes da etapa regional Ouro Preto/Mariana do Fórum Técnico Plano Estadual de Cultura.

Outros dois requerimentos são destinados aos deputados estaduais e federais mineiros. No primeiro caso, é para sensibilizá-los para a aprovação das Propostas de Emenda à Constituição (PEC) 150/03 e 421/14, que estabelecem vinculações orçamentárias para políticas culturais. E no segundo, para reforçar a importância do repasse de percentual das emendas parlamentares ao Fundo Estadual de Cultura (FEC).

Por fim, há ainda, entre as sugestões, a criação de grupos de trabalho e estudo voltados para preservação e estímulo a práticas, manifestações e patrimônios culturais do Estado.

Fórum técnico percorreu o interior do Estado

O Fórum Técnico Plano Estadual de Cultura foi realizado pela ALMG neste ano para colher sugestões da sociedade e aprimorar o Plano Estadual de Cultura. O plano mineiro se baseia na Lei Federal 12.343, de 2010, que institui o Plano Nacional de Cultura e cria o Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais.

Antes da plenária final do fórum, foram realizados 12 encontros regionais no interior de Minas - que percorreram mais de 8,4 mil quilômetros e somaram um total de 1.328 participantes - e ainda uma consulta pública pela internet. Para a realização do evento, as sugestões contidas no projeto de lei foram reorganizadas pela Assembleia para serem discutidas em três grupos: Garantia dos diretos culturais; Sistema Estadual de Cultura; e Sistema de Financiamento à Cultura.

Consulte o resultado da reunião.

 

FONTE:PORTAL DA ALMG

 

A Associação Curta Minas/ABD-MG, com seus 17 anos de existência, cumpre o seu papel de contribuir efetivamente na construção de políticas públicas, na discussão qualificada e intercâmbio entre as produtoras mineiras.

O evento tem como objetivo abordar as políticas públicas de financiamentos e a comercialização de conteúdo audiovisual no mercado independente. Dentro da programação serão oferecidos quatro masterclass: uma oficina de capacitação para desenvolvimento de projetos de obras seriadas e não seriadas de documentário para cinema e TV; uma oficina da ANCINE com o objetivo de atualizar os agentes do mercado sobre a gestão dos projetos junto a agência, aprofundando o conhecimento sobre financiamento, gestão de direitos e acompanhamento da execução física do projeto até o cumprimento do objeto; além de uma rodada de negócios inédita no estado, que tem por objetivo possibilitar coproduções e aquisição de projetos e produtos entre as produtoras sediadas no estado e até mesmo profissionais autônomos do setor.

Os encontros ocorrerão entre os dias 12 a 18 de dezembro no Espaço Ideia, Rua Bernardo Guimarães 1200, Funcionários, com entrada franca. 

Desta forma, contando com a expertise de diversos profissionais e pesquisadores gabaritados a Curta Minas contribui para que o Seminário possa cumprir um papel para além da comercialização, ao abrir espaço para a reflexão e o debate, e ao cooperar na capacitação e intercambio dos produtores audiovisuais mineiros.

Assim, Associação Curta Minas/ABD-MG encerra o ano de atividades voltadas ao audiovisual realizando um evento que além de proporcionar um consistente aprofundamento na capacitação dos produtores audiovisuais do estado, promove ainda um projeto piloto em que a aproximação dos realizadores e produtoras de Minas Gerais possa ser efetivada. Entendendo que o fortalecimento da cadeia produtiva do audiovisual também passa pelo intercâmbio e pelo diálogo contínuo entre os entes que atuam nesta cadeia, a Rodada de Negócios propõe ir além da co-produção e da comercialização de conteúdos, pois enxergamos neste esforço a possibilidade do estabelecimento de diálogos e parcerias permanentes que podem promover e alavancar o desenvolvimento do audiovisual no estado. 

 

Comemorando cinco anos, o ERBBV reúne cerca de 150 blogueiros de viagem com o objetivo principal de auxiliar na profissionalização dos blogs. Com isso, Beagá e Minas Gerais ganham importante destaque nas redes sociais e páginas voltadas para o turismo.

O encontro é uma grande oportunidade de destacar a diversidade do turismo em blogs de alcance nacional e internacional, mostrando assim a relevância da mídia no novo cenário da imprensa. Trata-se de um evento que gera oportunidades de interação com uma nova realidade para o mercado turístico, no que diz respeito ao marketing e promoção dos destinos, confirmando a pesquisa realizada pela Diretoria de Pesquisa e Informação Turística da Setur, onde 69% das pessoas preferem planejar e executar suas viagens por conta própria. Os blogs de viagem são o canal de informação preferido dos viajantes, pois as pessoas são influenciadas diretamente pela internet e 60% já mudaram o destino de uma viagem após buscar informações na internet.

Os conferencistas, durante esta edição do evento, terão como tema as tendências e o futuro da indústria de viagens. Dentro da política de promoção e divulgação do destino Minas Gerais são desenvolvidas ações que envolvem a participação em feiras internacionais, workshops, FAMTOURS, presstrips (objeto deste plano), dentre outras.

O roteiro criado para receber os blogueiros começa pela visita ao Mercado Central de Belo Horizonte. Ao fim do dia, haverá uma recepção e, então, a abertura oficial do evento, no Restaurante Maria das Tranças.

O grupo visita, no sábado, o Museu de Arte da Pampulha (MAP) e participa da programação de palestras. Após o almoço, eles seguem em um city tour pela capital para conhecer o Complexo da Pampulha, Complexo Praça da Liberdade e o Mirante. No domingo, os blogueiros passam o dia acompanhando as palestras, no Quality Hotel Pampulha, também em Beagá.

Encerrando a visita em terras mineiras, o dia será em Ouro Preto e Mariana. Nas cidades históricas eles conhecerão a Basílica de Nossa Senhora do Pilar, a Casa dos Contos, o Museu da Inconfidência, Igreja São Francisco de Assis, Praça Três Poderes, entre outros pontos, num belo passeio regado a muita cultura e informações diante de um cenário único.

ERBBV
A Rede Brasileira de Blogueiros de Viagem (RBBV), conta atualmente com mais de 900 blogueiros que participam ativamente da comunidade trocando experiências e ideias, desenvolvendo estratégias e criando relacionamentos duradouros com diversos destinos e vários setores da indústria do turismo.
A RBBV não tem fins lucrativos, e seus participantes não pagam para fazer parte da rede e participar das atividades que desenvolvem. Todos os membros são selecionados e aprovados de acordo com critérios objetivos previamente definidos e devem seguir o código de ética da rede.
Dona de um rico histórico na promoção de encontros de seus membros, a rede, em 2012, realizou o primeiro encontro internacional de blogueiros em Foz do Iguaçu, com a participação de 45 blogueiros e a presença de palestrantes internacionais.
O evento teve grande repercussão nas diversas mídias do país, como a presença nos Trending Topics do Twitter, e contou com o reconhecimento e o apoio do Ministério do Turismo. Iniciativas iguais a esta, já reuniram blogueiros de viagem em Curitiba, Brasília, São João Del Rei, Tiradentes, Praia do Rosa, entre outros, promovendo de maneira expressiva o destino.

Confira a programação no site do evento: http://encontro.rbbv.com.br/programa

 

 

Iepha-MG e Circuito Liberdade celebram o fim de ano com uma programação preparada especialmente para este período de festas, trazendo uma novidade: o Circuito de Presépios e Lapinhas de Minas Gerais, que acontece nos espaços do Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, e em diversos municípios mineiros, ampliando a participação de todo o estado na promoção do patrimônio cultural. Sendo tradição na cidade, a Praça da Liberdade ganha, a partir do dia 12 de dezembro, a iluminação de Natal da Cemig e a Casa do Papai Noel, que encanta o público infantil.

Além dos espaços que compõe o Circuito Liberdade, o Palácio Cristo Rei e o Servas, que também fazem parte da Praça da Liberdade, receberam presépios que poderão ser visitados pelo público durante toda a festividade natalina. Em “Presépios de Minas”, o Centro de Arte Popular Cemig e o MM, Museu das Minas e do Metal da Gerdau reuniram, respectivamente, duas e 30 peças cedidas pela Fundação de Arte de Ouro Preto | FAOP, que obteve seu acervo por meio do Concurso Nacional de Presépios ao longo de 44 anos de realização. No CAP, a exposição fica aberta até o dia 15 de janeiro e, no MM, até o dia 8.

Os presépios do acervo da FAOP também estarão expostos até o dia 6 de janeiro no Memorial Minas Gerais Vale, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no BDMG Cultural, no Servas, no Museu Mineiro, na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessae no Arquivo Público Mineiro.

O calendário repleto de atrações reúne apresentações gratuitas de corais e bandas no Coreto da Praça da Liberdade e nas escadarias dos espaços do Circuito, além da programação específica de cada um. São exposições, shows, espetáculos e oficinas para o público; as crianças ainda podem visitar a Casa do Papai Noel, na Praça Carlos Drummond de Andrade, entre o Memorial Minas Gerais Vale e o MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal.

No dia 6 de janeiro de 2017, acontece uma festa reunindo diversos grupos de Folias de Reis, que encerram a programação com seus festejos tradicionais. As Folias visitarão os espaços que integram o Circuito de Presépios, passando pela Praça da Liberdade e convidando o público para participar da festa da cultura popular.

 

 

Serviço: Exposição “FAOP – 44 anos do Concurso Nacional de Presépios”

Data: 6 de dezembro de 2016 a 15 de janeiro de 2017

Público: Crianças, jovens e adultos

Mais informações: https://goo.gl/xHx8xV


 Sabores e tendências da gastronomia brasileira invadem Belo Horizonte com a realização do2º Congresso Mineiro de Gastronomia, que acontecerá nos dias 28, 29 e 30 de novembro, no Hotel Mercure Lourdes (Av. do Contorno, 7315, bairro Lourdes - BH). Promovido pela Frente da Gastronomia Mineira, numa realização da Minasplan e da MW Negócios, o evento promete movimentar a cena gastronômica da capital com cozinhas show, degustações, stands com demonstração de serviços e produtos, palestras, workshops, oficinas, encontro de blogueiros, mesas redondas e a presença de chefs renomados de todo o país, além de acadêmicos que são referência no setor.

Temas como sustentabilidade, tendências mundiais do mercado, turismo e gastronomia, empreendedorismo e inovação farão parte do encontro, que será marcado por muita interatividade.

“Trata-se de uma excelente oportunidade para empresários e profissionais promoverem um intercâmbio de ideias, conquistarem novos mercados e, ainda, realizarem negócios entre si”, afirma Marcelo Wanderley, um dos organizadores do evento.

O evento, que está na sua segunda edição, promete ser referência também para os acadêmicos. “Vamos ter a participação de excelentes palestrantes, todos são referência em suas áreas. Será um momento único para estudantes se atualizarem sobre as tendências do mercado”, afirma Nelson Cunha, organizador.      

Hotelaria e turismo também serão debatidos durante o Congresso. A palestra de abertura será ministrada por José Gândara - professor adjunto do Departamento de Turismo, do Mestrado em Turismo e do Mestrado/Doutorado em Geografia da Universidade Federal do Paraná - Curitiba/PR. Ele é especialista na área de Turismo, com ênfase em Qualidade, Marketing e Sustentabilidade, tratando principalmente de hotelaria e destinos turísticos.

 Lia Quindere

 Empreendedorismo

Para quem tiver planejando abrir um negócio no ramo ou para aqueles que já possuem uma empresa do segmento e têm interesse em se aperfeiçoar, o evento será importante também. Temas como ‘Neuromarketing para  bares e restaurantes’, ‘Como criar cardápios de alto impacto e de grande valor percebido’, ‘Exposição de produtos e mobiliário no espaço interno de um restaurante e ‘Boas práticas para manipuladores de alimentos’, são alguns dos cursos e workshops oferecidos numa parceria com o Sebrae.

Cozinha

Como realizar um evento de gastronomia sem cheiro de comida, ingredientes frescos e chefs renomados? O Espaço Aula Senac irá oferecer importantes aulas para os amantes da culinária.

Chefs de outros estados que desembarcam em BH para participar do evento. São eles: o paraibano Onildo Rocha, Lia Quinderé, de Fortaleza, Manu Buffara, do Paraná, Barbara Verzona e Pablo Pavon, de Vitória-ES.

Onildo Rocha - Com quase dez anos de carreira, tendo estudado em São Paulo e viajado para diferentes destinos no mundo em busca de ampliar seu repertório, o chef paraibano Onildo Rocha não deixou de lado suas raízes ao escolher firmar suas bases em João Pessoa. À frente do Grupo Roccia, que engloba o restaurante Roccia Cozinha Contemporânea, no Hotel Cabo Branco Atlântico, e o bufê Casa Roccia, que assina os principais eventos da cidade, o chef é hoje um dos principais nomes da gastronomia nordestina, sendo o precursor da alta gastronomia paraibana.

Lia Quinderé - Formada pela escola francesa Le CordonBleu, com especialização em cake design pela Wilton School, em Chicago, está a frente da Sucré Patisserie. Com três unidades em Fortaleza, a marca também está presente em mais de 30 pontos de vendas no Brasil. Em seu currículo, traz premiações como melhor Chef de Patisserie, no Melhores do ano da Revista Prazeres da Mesa 2013 e 2015; Melhor Doceria do Brasil 2015, no prêmio Gula e três anos consecutivos na regional Veja Comer&Beber Fortaleza. 

Manu Buffara - A chef paranaense Manu Buffara tem se destacado no cenário nacional entre a nova geração da gastronomia contemporânea. No restaurante Manu, em Curitiba, especializado em menus degustação, os pratos são capazes de surpreender o visitante com matérias-primas bem brasileiras, que encantam pela técnica, mas também pela simplicidade e sensibilidade. Os ingredientes são um capítulo à parte, que vem de uma horta própria, cuidada por equipe treinada em jardinagem e produtores locais garimpados com rigor. Das influências que recolhe ao longo da carreira, como estágios no Noma (Copenhagen), Alinea (Chicago) e alguns estrelados pelo Guia Michelin italiano, o trabalho de Manu tem se traduzido em prêmios como Chef Revelação, Personalidade do Ano e Cozinha Contemporânea desde a inauguração do restaurante, em 2011.

Bárbara Verzola e Pablo Pavon- Proprietários do restaurante Soeta, em Vitória- ES. Bárbara Verzola trabalhou com o Chef Danio Braga na Locanda della Mimosa (3 estrelas 4 Rodas), em Petrópolis, e comandou o Locanda da Voi, no Rio de Janeiro, por 4 anos. Depois, alcançou a Itália no famoso Enoteca Pinchiorri (3 estrelas Michelin) em Firenze por 4 meses, continuou na Sicília por 1 ano no Duomo (2 estrelas Michelin) com o chef Ciccio Sultano e, finalmente, 1 ano com o grande chef Ferran Adriá no El Bulli (3 estrelas Michelin). Atualmente, faz parte do programa Cozinha Caseira da Fox Life.

Pablo Pavon iniciou os seus estudos na prestigiosa escola Cordon Bleu de Paris, depois passando pela Escola Hosteleria Casa de Campo em Madrid. Passou por muitos restaurantes reconhecidos pelo guia Michelin como Terraza Del Casino de Madrid (2 estrelas Michelin) e Sant Pau (3 estrelas Michelin). Sua maturidade profissional chegou em 2006 quando ingressou no já renomado restaurante de Ferran Adriá, o El Bulli, onde permaneceu por quatro anos, até decidir se dedicar ao seu restaurante.

Jantar Beneficente CAPE

Esses chefs também participarão, na noite de abertura do Congresso, a convite do chef mineiro Leo Paixão, do jantar beneficente em prol da CAPE – Casa de Acolhida Padre Eustáquio, entidade que ajuda crianças e adolescentes de MG em tratamento conta o câncer. O jantar acontecerá no Museu Inimá de Paula. Além dos chefs de outros estados citados acima e do idealizar do evento, Léo Paixão, o chef Paulo Vasconcelos, da Bravo Catering, também irá cozinhar no evento.

Os convites para o menu harmonizado já estão à venda na sede da CAPE (Alameda Ipê Branco, 28, São Luiz – Belo Horizonte). Para mais informações, ligue: (31) 3401-8000.

Chefs das Minas Gerais

Seletos chefs que atuam em Minas Gerais também irão participar do Congresso, incluindo Ivo Faria, proprietário do restaurante Vecchio Sogno, Léo Paixão, proprietário do Glouton, Fred Trindade, dono do restaurante Trindade, Caetano Sobrinho, do restaurante A Favorita,  Rodolfo Mayer, chef e proprietário do restaurante Angatu, em Tiradentes, premiado em 2014 com uma estrela no Guia 4 Rodas e, em 2015, classificado como 34º melhor do Brasil pelo mesmo Guia. O time de feras fica ainda mais completo com os Chefs Jaime Solares, da Borracharia Gastrobar, Flávio Trombino, do restaurante Xapuri, Julia Martins, do Espaço Julia Martins, Guilherme Melo, do restaurante Hermengarda, Luca Bahia, do restaurante Chez Dadette, Rodrigo Zarife, do Ro.ZA Bistro, Ronie Peterson  do Hotel Senac Grogotó - Barbacena, Luciano Avellar, do Senac Escola BH e Michael Abras, também do Senac Escola BH.

        

Cursos de cervejas artesanais também serão oferecidos no evento, com a participação de Heitor Silva  (Sommelier de Cervejas) e Marcella Paternostro (Chef de Cozinha).

Capsula dos Sentidos

Na entrada do evento, chamando a atenção de quem passa na rua, será montada uma grande tenda do Senac com a ‘Cápsula dos Sentidos’, que promete explorar os diferentes sentidos dos participantes (tato, olfato, audição, paladar e visão). Eles serão convidados a descobrir, com os olhos vendados, quais alimentos estão degustando.  Nessa viagem sensorial, as pessoas descobrem comidas e bebidas que antes eram consumidos em MG e acabaram se perdendo com o tempo.

Food Trucks, cervejarias e expositores também vão compor a entrada do evento.

Inscrições:

Cozinha Show com os chefs – R$35 cada – até 27/11

Programação Oficial – 1° Lote – R$224,00 (Inteira) – até 15/11

Programação Oficial – ½ - 1° Lote – R$112,00 (Meia) - até 15/11

Os workshops têm preços variados. A consulta pode ser feita pelo site

www.congressodegastronomia.com.br

Os ingressos podem ser adquiridos pela plataforma Sympla.

Informações para imprensa

Assessoria de Imprensa:

Agenda Comunicação Integrada

Jornalista responsável: Maíra Rolim

Contato: (31) 3021-0204|99120-1068 | 98500-1358

Site: www.agendacomunica.com.br

Instagram e Facebook:agendacomunicacao

Agenda WhatsApp: 98500-1358

Confira a seguir a Programação Completa:

Programação Oficial

(Pacote Promoção Oficial não inclui cozinha show, cursos, oficinas e workshops)

28 de novembro - Segunda-feira

10h00:Abertura da Secretaria – Inscrição, credenciamento e retirada de material

11h00: Visita ao salão de negócios

14h00: Solenidade de abertura oficial

- Convidados abertura

15h00: Palestra abertura

- JoséGândara - Universidade Federal do Paraná - Curitiba/PR

16h00:Talk Show –A alta gastronomia genuinamente brasileira

- Presidente mesa:Leonardo Paixão - Restaurante Glouton - B.Horizonte/MG

- Debatedores:Onildo Rocha - Restaurante Roccia (João Pessoa/PB), Manu Buffara - Restaurante Manu (Curitiba/PR),Lia Quinderé  - Restaurante Sucré (Fortaleza/CE),Pablo Pavon – Restaurante Soeta (Vitória/ES),Barbara Verzola - Restaurante Soeta (Vitória/ES)

18h00: Palestra -Primórdios da Cozinha Mineira – Da História à Mesa

- Vani Pedrosa - Especialista Educacional do SENAC/MG (Catas Altas - MG)

19h00: Painel -O papel da academia na formação de gastrólogos.

-Presidente da mesa:Márcia Martini – Secretária Executiva da Frente da Gastronomia Mineira - B.Horizonte/MG

- Debatedores:Felipe Leroy – SENAC - B.Horizonte/MG, Marcus Monteiro – UNA - B.Horizonte/MG, Diogo Isoni  – Promove - B.Horizonte/MG,Renato Lobato – Estácio de Sá - B.Horizonte/MG

29 de novembro - Terça-feira

14h00: Gastronomia no Fomento do Desenvolvimento Regional

- Palestrante: Hans Eberhard Aichinger – Gerência de Produtos da Gerência de Desenvolvimento Educacional do Senac/MG - B.Horizonte/MG

15h00: Tendências para o mercado brasileiro de alimentação fora do lar

- Palestrante: Paulo Solmucci – Presidente Executivo da Abrasel Nacional - Brasília

16h00: Mesa redonda – Como encantar seus hospedes com os sabores da gastronomia brasileira

- Presidente mesa: Rodrigo Mangerotti - Gerente Geral - Hotel Mercure - Lourdes - B. Horizonte/MG

- Debatedores: Carlos Bernardo - Gerente de A&B Rede Accor - São Paulo, Tatiana Camigauchi - Gerente de A&B Ouro Minas - Belo Horizonte

17h30: Palestra - Food Experience

- Mônica Stela de Alencar Castro - SEBRAE - B.Horizonte/MG

18h30: Um sonho: Uma volta ao mundo do vinho em um motorhome.

- Palestrante: Horácio Morais Barros - Presidente da Wine World Adventure - B.Horizonte/MG

30 de novembro - Quarta-feira

14h00: Painel - Os desafios de trabalhar com sustentabilidade na gastronomia

- Presidente da mesa: Mário Werneck - Consultor Ambiental B.Horizonte/MG

- Debatedores: Nadiella Monteiro - SlowFood MDA/SEAD Brasília/DF, Nella Cerino - Universidade de Ciências Gastronômicas de Pollenzo - Itália, Rosilene Campolina - Portal Chef a Chef -B.Horizonte/MG, Bruno Guimarães – Casa Gastronômica Expresso 500 - B.Horizonte/MG

15h30: Talk show - Empreendedorismo nos estabelecimentos. Dilema: Ser chef ou dono?

- Presidente mesa: Gustavo Guimarães -  Diretoria técnica Senac -  B.Horizonte/MG

- Debatedores: Ivo Faria: Chef de cozinha e Proprietário do Vecchio Sogno - B.Horizonte/MG, Caetano Sobrinho – Chef de cozinha Restaurante A Favorita- B.Horizonte/MG 

17h00: A cozinha Mineira Contemporânea

- Debatedores: Rodolfo Mayer – Restaurante Angatu - Tiradentes/MG, Flávio Trombino – Restaurante Xapuri - B.Horizonte/MG, Jaime Solares – Borracharia Gastrobar - B.Horizonte/MG, Fred Trindade – Restaurante Trindade - B.Horizonte/MG

19h00: O papel da mídia no desenvolvimento e consolidação da imagem da gastronomia mineira

- Presidente da mesa: Eduardo Avelar – Pesquisador, colunista e chef de cozinha - B.Horizonte/MG 

20h30: Encerramento Congresso.

Cursos, oficinas e workshops

28 de novembro - Segunda-feira

14h00: Conheça seu cliente para vender mais – Sebrae Minas

- Facilitador: Victor Mota

18h00:Encontro Mineiro de Blogs Gastronômicos.

- Taxa de inscrição – isento (somente mediante convite)

29 de novembro - Terça-feira

10h00: Clinicas Tecnológicas – Sebrae Minas (somente pessoa jurídica).

- Tendências de espaço para bares e restaurantes

- Como criar o site da sua empresa em plataformas gratuitas

15h00: Curso - Boas práticas para manipuladores de alimentos

Instrutora: Adriana Lara – Diretora da Seatech – Segurança Alimentar

18h00: Workhop – Neuromarketing para  bares e restaurantes

Instrutor: Pedro Henrique – Diretor da PH Gestão para Resultados

30 de novembro - Quarta-feira

10h00: Oficina - Como criar cardápios de alto impacto e de grande valor percebido.

Instrutor: Pedro Henrique – Diretor da PH Gestão para Resultados

14h00: Clinica Tecnológica – Sebrae Minas (somente pessoa jurídica).

 -Exposição de produtos e mobiliário no espaço interno de um restaurante

 -Como controlar qualidade dos produtos conforme as normas e reduzir desperdícios

16h30: Clinica Tecnológica – Sebrae Minas (somente pessoa jurídica).

-  Como utilizar as redes sociais para alavancar o seu negócio

- Como valorizar a marca do meu negócio

Cozinha Show

28 de novembro - Segunda-feira

12:00h: Cozinha Contemporânea Brasileira - Pablo Pavon e Barbara Verzola  (Rest. Soeta/Vitória)

14:00h: Cozinha Contemporânea Brasileira - Chef Onildo Rocha (Roccia Restaurante/João Pessoa)

16:00h: Cozinha Contemporânea Mineira  - Chef Rodrigo Zarife (Ro.ZA Bistro/Belo Horizonte)

18:00: Culinária dos Primórdios - Ronie Peterson  (Hotel SENAC Grogotó – Barbacena)   

29 de novembro - Terça-feira

10:30h:  Cozinha Contemporânea Brasileira - Manu Buffara (Restaurante Manu/Curitiba)

12:00h:  Patisserie -  Lia Quinderé  (SucréPatisserie/Fortaleza)        

 

14:30:  Cozinha de fusão – Brasil/França - Chef Luca Bahia (Chez Dadette/Belo Horizonte)

16:00h:  Cervejas e Sabores: Noções Básicas de Harmonização com Cervejas Especiais

- Heitor Silva  (Sommelier de Cervejas) e MarcellaPaternostro (Chef de Cozinha)

18:20h:  Moqueca Terrestre – Chef Luciano Avellar (SENAC Escola BH)

30 de novembro - Quarta-feira


10:30h: Cozinha Brasileira – Chef Jaime Solares  (Borracharia Gastrobar)

12:30h: Produtos Mineiros - Cozinha Mineira -  Chef Flávio Trombino (Restaurante Xapuri) e produtor convidado

14:30h: Cozinha Contemporânea Brasileira - Leonardo Paixão (Restaurante Glouton/BH)

16:30h: Cozinha de Raiz – Chef Julia Martins (Espaço Julia Martins) e  Chef Guilherme Melo (Restaurante Hermengarda)

18:20h: Culinária PANC´s (plantas alimentícias não convencionais) - Chef Michael Abras (SENAC Escola BH

Jantar Beneficente

A CAPE trabalha para que crianças e adolescentes tenham amparo e estrutura durante o tratamento oncológico e hematológico. A Casa acredita que servir ao próximo é se enxergar no outro. Por isso, acolhe cerca de 113 crianças com seus acompanhantes oferecendo todo apoio sócio familiar para a continuidade do tratamento até a cura.

​E é por isso que o 2° Congresso Mineiro de Gastronomia e a CAPE promovem o 2° Chefs Contra o Câncer, uma iniciativa totalmente voluntária que reúne cinco dos mais renomados chefs de cozinha do nosso país, convidados do idealizador do evento, o Chef. Leonardo Paixão, do restaurante Glouton. O glamoroso jantar será realizado no dia 28 de novembro, no Museu Inimá de Paula, às 20h.


 

O roteiro foi idealizado para a prática do cicloturismo, cavalgada, jeep tour, motociclismo e caminhada que percorre todos os municípios que compõem o Circuito Turístico Serras de Ibitipoca. O trajeto prioriza as estradas de terra entre vilarejos, montanhas, vales, entre outros atrativos turísticos da região.

 

De acordo com secretário adjunto de Estado de Turismo, Gustavo Arrais a novidade agrega muito para a região possibilitando maior desenvolvimento para o turismo mineiro.

 

Mais informações: www.voltadastransicoes.com 

O evento, realizado pela Frente da Gastronomia Mineira, em parceria com a Minasplan e MW Negócios, tem como objetivo movimentar o setor na capital mineira com cozinhas show, degustações, stands com demonstração de serviços e produtos, palestras, workshops, oficinas, encontro de blogueiros, mesas redondas e a presença de chefs renomados de todo o país, além de acadêmicos que são referência no setor.

O trabalho da Setur está pautado na promoção da gastronomia mineira enquanto produto turístico, promotor de destino e fator gerador de renda. Dessa forma, a secretaria estará presente com um estande promovendo Minas Gerais e seus produtos. Além disso, haverá participação do Mercado Central com degustação de queijos e doces mineiros - referências do Estado, Instituto Estrada Real e Belotur.
“A oferta gastronômica do Estado de Minas Gerais é enorme, criativa e única, bem trabalhada, pode ser uma aliada para projetar o nosso Estado enquanto destino turístico”, avalia a Coordenadora Especial de Gastronomia da Setur, Nathalia Farah.
Em sua segunda edição, temas como sustentabilidade, tendências mundiais do mercado, turismo e gastronomia, empreendedorismo e inovação farão parte do congresso. Segundo os organizadores do evento, o encontro promete ser referência também para os acadêmicos. “Vamos ter a participação de excelentes palestrantes, todos são referência em suas áreas. Será um momento único para estudantes se atualizarem sobre as tendências do mercado”.

Hotelaria e turismo também serão debatidos durante o encontro. A palestra de abertura será ministrada por José Gândara - professor adjunto do Departamento de Turismo, do Mestrado em Turismo e do Mestrado/Doutorado em Geografia da Universidade Federal do Paraná - Curitiba/PR. Ele é especialista na área de Turismo, com ênfase em Qualidade, Marketing e Sustentabilidade, tratando principalmente de hotelaria e destinos turísticos.

Chefs das Minas Gerais

Seletos chefs que atuam em Minas Gerais também irão participar do Congresso, incluindo Ivo Faria, proprietário do restaurante Vecchio Sogno, Léo Paixão, proprietário do Glouton, Fred Trindade, dono do restaurante Trindade, Caetano Sobrinho, do restaurante A Favorita, Rodolfo Mayer, chef e proprietário do restaurante Angatu, em Tiradentes, premiado em 2014 com uma estrela no Guia 4 Rodas e, em 2015, classificado como 34º melhor do Brasil pelo mesmo Guia. O time de feras fica ainda mais completo com os Chefs Jaime Solares, da Borracharia Gastrobar, Flávio Trombino, do restaurante Xapuri, Julia Martins, do Espaço Julia Martins, Guilherme Melo, do restaurante Hermengarda, Luca Bahia, do restaurante Chez Dadette, Rodrigo Zarife, do Ro.ZA Bistro, Ronie Peterson  do Hotel Senac Grogotó - Barbacena, Luciano Avellar, do Senac Escola BH e Michael Abras, também do Senac Escola BH.

Cursos de cervejas artesanais também serão oferecidos no evento, com a participação de Heitor Silva  (Sommelier de Cervejas) e Marcella Paternostro (Chef de Cozinha).

Inscrições:
Cozinha Show com os chefs – R$35 cada – até 27/11
Programação Oficial – 1° Lote – R$224,00 (Inteira) – até 15/11
Programação Oficial – ½ - 1° Lote – R$112,00 (Meia) - até 15/11
Os workshops têm preços variados.
A consulta pode ser feita pelo site: www.congressodegastronomia.com.br
Os ingressos podem ser adquiridos pela plataforma Sympla.

 

A cidade de Belo Horizonte, que completará 119 anos em 12 de dezembro, ganha neste final de ano um presente literário especial.  A Conceito Editorial e a Livraria Ouvidor se unem para realizar um encontro que celebra uma das iniciativas editoriais mais perenes de Minas e do país. Em 13 anos, a Coleção "BH. A cidade de cada um" já lançou 28 títulos, construindo um patrimônio de memória afetiva marcado pelo respeito à cidade, seus lugares e sua gente.

Em clima de festa, os editores da coleção lançam o título “Livraria Amadeu - Edição Comemorativa do Centenário de Amadeu Rossi Cocco”, de João Antonio de Paula.

Na oportunidade, haverá um debate com o autor sobre a presença das livrarias na história da capital mineira, seguido de confraternização, aberta ao público, com outros autores da Coleção. O evento BH de cada um – A Festa  acontece no sábado, 10 de dezembro, às 11 horas, na Livraria Ouvidor Savassi.

A nova edição de “Livraria Amadeu”, de João Antonio de Pádua, traz uma entrevista inédita com o livreiro feita em 2006, três anos antes de seu falecimento. Em longo depoimento, centrado em sua memória extraordinária, ele conta a história de seus pais italianos, sua formação de livreiro mais conhecido da cidade e casos saborosos de sua longa trajetória no comércio de livros usados, iniciada em 1948. O livro resgata uma história que, naturalmente, confunde-se com a própria história da vida cultural de Belo Horizonte. O título original é de 2006, quando Amadeu completava 90 anos de vida. A nova edição só foi possível com o apoio integral dos familiares de Amadeu Cocco.

No prefácio especialmente redigido para a nova edição, João Antônio de Paula afirma que “Amadeu Rossi Cocco, mais que um comerciante, foi um mestre, um homem que, com sua sensibilidade e memória excepcionais, ensinou e educou com simplicidade afetuosa”.

 

 

O autor

João Antonio de Paula é graduado e mestre em economia, doutor em história e professor titular da UFMG. Tem vários livros e artigos publicados, que têm como característica básica uma perspectiva interdisciplinar. Morador do bairro de Santa Tereza, João Antonio nasceu em Belo Horizonte, em 1951. A cidade é um tema recorrente em seus escritos. Ele prefaciou o primeiro título da coleção – Lagoinha, escrito por Wander Piroli.

A Coleção BH. A cidade de cada um

Idealizada pelos jornalistas José Eduardo Gonçalves e Sílvia Rubião, a série tem como objetivo resgatar a memória afetiva da cidade por meio da crônica literária. Os escritores, tendo como ponto de partida sua própria história de vida, falam sobre lugares, fatos e personagens, sem se prender à história oficial.

Fazem parte da coleção os seguintes títulos: Lagoinha, de Wander Piroli, Mercado Central, de Fernando Brant, Estádio Independência, de Jairo Anatólio Lima, Rua da Bahia, de José Bento Teixeira de Salles, Fafich, de Clara Arreguy, Parque Municipal, de Ronaldo Guimarães, Praça Sete, de Angelo Oswaldo de Araújo Santos, Livraria Amadeu, de João Antonio de Paula, Sagrada Família, de Manoel Lobato, Pampulha, de Flávio Carsalade; Cine Pathé, de Celina Albano; Caiçara, de Jorge Fernando dos Santos; Carmo, de Alberto Villas e Lourdes, de Lucia Helena Monteiro Machado; Colégio Sacré Coeur de Marie, de Marilene Guzella Martins Lemos; Carlos Prates, de Humberto Pereira; Morro do Papagaio, de Márcia Cruz; Maletta, de Paulinho Assunção, Montanhez, de Márcio Rubens Prado; Santa Tereza, de Libério Neves; Serra, de Nereide Beirão; Padre Eustáquio, de Jeferson de Andrade; Centro, de Antonio Barreto; Mineirão, de Tião Martins; Colégio Estadual, de Renato Moraes; Santo Antônio, de Eliane Marta Teixeira Lopes e Viaduto Santa Tereza, de João Perdigão.

SERVIÇO

 

Evento BH DE CADA UM – A Festa, confraternização com autores da Coleção

 

“BH A cidade de cada um” lança o título:

Livraria Amadeu, de João Antonio de Paula - Edição Comemorativa Centenário Amadeu Rossi Cocco

Local: Livraria Ouvidor - rua Fernandes Tourinho, 253 - Savassi

Data: 10 de dezembro de 2016

Horário: de  10h às 14h

Preço do livro: R$20,00

Entrada franca

Assessoria de imprensa e comunicação

Fredy Antoniazzi - (31) 992834872

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Conceito Comunicação Estratégica
Rua Alagoas, 1314 sala 408 - Savassi – BH – (31) 32251888


 

Mais uma importante exposição estreia no salão principal do Museu Inimá de Paula neste ano. Em dezembro, o público poderá conferir 33 pinturas de Alfredo Volpi,uma das figuras mais influentes no cenário artístico brasileiro do século 20, considerado pela críticacomo um dos nomes mais importantes da segunda geração do modernismo. Amostra apresenta um panorama da longa carreira do pintor, com obras das décadas de 1940 a 1980, incluindo a popular série "Bandeirinhas”, marca registrada do artista.

A exposição de Volpi é mais um capítulo da valiosa parceria entre o Museu Inimá de Paula com a Galeria de Arte Almeida e Dale, de São Paulo. O intercâmbio entre as duas instituições foi responsável por trazer a Belo Horizonte, recentemente, peças de Fernando Botero, que levou ao Inimá de Paula um público recorde de mais de 40 mil pessoas.

As peças que chegaram a Belo Horizonte estiveram, de 11 de junho a 29 de agosto deste ano, expostas na renomada galeria Cecilia Brunson Projects, em Londres, na primeira individual de Volpi no Reino Unido. Agora, o Brasil recebe a maior exposição em número de obras do artista.

A mostra será aberta ao público no dia 3 de dezembro e ficará em cartaz até meados do primeiro semestre de 2017.  A entrada é gratuita. As visitas educativas, porém, deverão ser feitas com agendamento prévio, através do telefone (31) 3213-4320.

Alfredo Volpi

Pintor autodidata, de origem humilde, Volpi nasceu em Lucca, na Itália, em 1896, mas emigrou com seus pais em 1898 para o lugar que viria a se tornar sua casa ao longo da vida: São Paulo.

Começou a pintar murais decorativos em 1911. Em seguida, trabalhou com óleo sobre madeira, e consagrou-se como mestre utilizador de têmpera sobre tela.

Em 1933, Volpi passou a integrar o famoso Grupo Santa Helena, que incluiu pintores como Mario Zanini, Manuel Martins, Humberto Rosa e Fulvio Pennacchi. No final dos anos 1930, começou a trabalhar mais a partir da memória do que da observação pura, o que se tornou um processo virtuoso para encontrar a essência de sua obra.

Articulou temas populares com um sofisticado uso de cores e geometria. Suas pinturas são exuberantes no uso da cor e na forma simplificada. O artista comentou: "Eu sempre pintei o que senti, minha pintura foi gradualmente se transformando, começou com a natureza, depois aos poucos vai saindo fora, às vezes continua, eu nunca penso sobre o que eu estou fazendo, só sobre o problema da linha, da forma, da cor. Nada mais.”

Volpi está entre poucos artistas no Brasil que receberam tamanho reconhecimento e consideração, com livros e retrospectivas sobre seu trabalho, além de contar com uma legião de fãs - era admirado pelo movimento concretista e foi elogiado pelos críticos proeminentes da época, incluindo Herbert Read e Mário Pedrosa.

 

 

SERVIÇO:

EXPOSIÇÃO ALFREDO VOLPI

Período: a partir de 3 de dezembro de 2016

Museu Inimá de Paula:Rua da Bahia, 1201 – Centro.

Entrada Gratuita

Horários: terça, quarta, sexta e sábado: 10h às 18h30
              quinta: 12h às 20h30
              domingo: 10h às 16h30

Agendamento de visitas educativas e outras informações: (31)3213-4320

www.museuinimadepaula.org.br

 

Para comemorar os 45 anos da Cia de Dança Palácio das Artes, a Fundação Clóvis Salgado irá marcar a data com uma placa comemorativa, que será descerrada no dia 15 de dezembro, em breve solenidade, antes da pré-estreia de Messias, espetáculo baseado no oratório de Haendel, com participação da Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e solistas convidados.

A placa será instalada no corredor localizado atrás do palco do Grande Teatro do Palácio das Artes, conhecido como ‘corredor da fama’, onde estão homenagens a artistas e grupos com importante trajetória no cenário artístico local e mundial, como Grupo Corpo, Ballet Bolshoi, Comédie-Française e Royal Shakespeare Company, Maestro Carlos Eduardo Prates, entre outros.

Estarão presentes à homenagem o Secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, o presidente da FCS, Augusto Nunes-Filho, a Diretora de Produção Artística da FCS, Cláudia Malta; o regente da Cia. de Dança Palácio das Artes, Cristiano Reis, além de ex-integrantes entre bailarinos, técnicos, equipe direção e coreógrafos.

Uma das companhias mais importantes do país, a Cia de Dança Palácio das Artes foi o primeiro Corpo Artístico da Fundação Clóvis Salgado a ser institucionalizado. Sob direção do Carlos Leite, a Cia surgiu da fusão do Ballet de Minas Gerais e da Escola de Dança.

Iniciou seus trabalhos em 1971, com um repertório clássico. Em 1985 o Grupo buscou se reinventar e se distanciou da linguagem clássica dando início, em 1999, aos trabalhos com o método bailarino-pesquisador-intérprete, que propõe a legitimação do bailarino como sujeito de sua própria dança. A partir desse momento, a Companhia passou a trabalhar com um diretor para coordenar os processos de criação de seus bailarinos e não mais com coreógrafos residentes.

A Cia. de Dança possui um método singular de criação dos espetáculos, que inclui um profundo processo de pesquisa e concepção por parte dos bailarinos. Em muitos casos, o processo de pesquisa abarcou o contato direto com a comunidade, o que amplia a fruição das obras pelo público. Tem em seu repertório espetáculos premiados como Entre o Céu e as Serras; Sonho de uma Noite de Verão (fragmentos amorosos); Coreografia de Cordel e Se eu pudesse entrar na sua vida, entre outros.

 

 

SOLENIDADE DE HOMENAGEM AOS 45 ANOS DA CIA DE DANÇA PALÁCIO DAS ARTES

Data: 15 de dezembro (quinta-feira)

Local: Foyer de Entrada do Palácio das Artes

Horário: 19h45

Entrada restrita a convidados

 

PRÉ- ESTREIA DE MESSIAS

Local: Grande Teatro do Palácio das Artes - Av. Afonso Pena, 1537-Centro

Data: 15 de dezembro

Horário: 20h30

Entrada restrita a convidados

Classificação: Livre

Duração: 1h

Informações para o público: (31) 3236-7400

 

A Academia Mineira de Letras promove nesta quinta-feira (24), às 19h30, a palestra “Nos 80 anos da Rádio Inconfidência”, com o Presidente da emissora, Flávio Henrique, e o Diretor Artístico, Elias Santos. A conferência faz parte do programa Universidade Livre.

A rádio Inconfidência foi fundada em 3 de setembro de 1936 com a função de integrar o estado de Minas Gerais numa época em que a comunicação entre as cidades era muito difícil. Seu primeiro slogan foi “A voz de Minas para toda a América”.

O programa "A Hora do Fazendeiro", voltado para os produtores mineiros, é considerado o mais antigo e tradicional programa de rádio do mundo e ainda é veiculado ao vivo e diariamente.

Em 1938, com grande interesse em manter uma programação variada, a Inconfidência foi a primeira emissora de Minas Gerais – e acredita-se que do Brasil – a transmitir, de outro país, uma Copa do Mundo de Futebol.

A partir da década de 1940, iniciou a transmissão das radionovelas e os programas de auditório ao vivo, com as inesquecíveis orquestras e nomes consagrados do cenário musical brasileiro, como Orlando Silva, Carmem Miranda e Nelson Gonçalves. 

Em 2009, a rádio foi eleita a melhor do Brasil, vencedora do Prêmio Mídia do Ano em Comunicação Empresarial (Categoria Rádio) pela Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial).

Em 2014, foi lançado o livro “O Gigante do Ar – A história da Rádio Inconfidência narrada por Ricardo Parreiras e convidados”.

SERVIÇO:

Palestra “ Nos 80 anos da Rádio Inconfidência”, com Flávio Henrique e Elias Santos

Data: 24 de novembro.

Horário: 19h30.

Local: Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1466 - Lourdes - BH/MG).

Entrada gratuita. academiamineiradeletras.org.br

 

Nos dias 9 (apresentação extra) e 10 dezembro, a série “Fora de série” fecha o ciclo da música e da vida de Mozart, compositor homenageado do ano na série, que se realiza aos sábados. Os concertos serão regidos pelo maestro Fabio Mechetti e terão participação do clarinetista principal da Orquestra, Marcus Julius Lander, da soprano Mariana Ortiz, da mezzo-soprano Luisa Francesconi, do tenor Luciano Botelho, do baixo Saulo Javan e do Coral Concentus Musicum de BeloHorizonte, sob regência de Iara Fricke Matte. No programa, A Clemência de Tito, K. 621: Abertura; Concerto para clarinete em Lá maior, K. 622, e o Requiem, K. 626. Ingressos entre R$ 17 (meia) e R$ 98 (inteira).

Nas duas noites, um grupo de músicos da Orquestra fará uma homenagem aos amigos da Filarmônica, aos assinantes e ao público em geral. A homenagem acontecerá no foyer do primeiro piso, na sexta às 19h30 e no sábado às 17h.

Este concerto é apresentado pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais e conta com o Apoio Cultural do Banco Votorantim, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 

 

O repertório

 

Wolfgang Amadeus Mozart (Salzburgo, 27 de janeiro de 1756 – Viena, 5 de dezembro de 1791) e as obras Requiem, K. 626 (Viena, 1791); A Clemência de Tito, K. 621: Abertura (Viena, 1791); e Concerto para clarinete em Lá maior, K. 622 (Viena, 1791)


Mais famosa missa de Mozart, o Requiem,K. 626,não foi totalmente composto por ele. Em julho de 1791, o compositor recebe a encomenda da obra, que poderia compor como quisesse, mas sem jamais saber o nome do comprador. Tratava-se do Conde de Walsegg sur Stuppach, um falsário, que, secretamente, pagava bom preço por obras e as executava como suas. Mozart trabalhou na obra entre julho e novembro de 1791, mas a deixou incompleta. Dois meses após a morte do artista, Constanze, sua viúva, remete ao emissário do conde de Walsegg a partitura completa. Ela havia pedido ao mestre de capela Joseph Eybler que a completasse, mas ele desiste do desafio, que, então, chega a Franz Xaver Süssmayr, discípulo do compositor. Hoje se sabe que o Requiem e o Kyrie são de Mozart; na Sequentia, o compositor fez as partes vocais do seu início, deixou o baixo cifrado e algumas diretrizes para orquestração, além de completar os últimos trechos, até o oitavo compasso; todo o resto é de Süssmayr. Mozart esboçou o Ofertório, mas a orquestração é de Süssmayr, que também compôs Sanctus, Benedictus e Agnus Dei. Quanto à orquestração, mesmo nos trechos de Mozart, predominam timbres escuros: não há oboés, flautas, trompas, e há um par de cors de basset, instrumento da família dos clarinetes, mas com timbre mais grave. Mesmo com a intervenção de Süssmayr, a obra se estrutura claramente de modo mozartiano.

O ano da morte de Mozart foi um período de árduo trabalho: além do Requiem, são de 1791 A Flauta Mágica e A Clemência de Tito, o Concerto para clarinete, a cantata maçônica O Elogio da Amizade, K. 623, e o moteto Ave Verum Corpus, K. 618. A Clemência de Tito é uma opera seria, com libretto de Catterino Mazzolà (baseado em outro libreto, de Metastasio), que trata da vida de Tito, imperador romano. A obra torna-se bastante popular após a morte de Mozart. Sua abertura segue padrões consagrados pela ópera clássica. Com relação ao Concerto para clarinete em Lá maior, K. 622, já é conhecida a predileção de Mozart pelo referido instrumento, nascido no século XVIII. Para ele, Mozart fez duas obras definitivas: o quinteto, K. 581, e o concerto, K. 622. Deste último, não nos chegou nenhum manuscrito. A única pista de sua origem – além da primeira edição, feita após a morte de Mozart – é um fragmento com a caligrafia do compositor (K. 584b/621b), similar a trecho do concerto para clarinete. Composto para o clarinetista Anton Stadler, a obra é puramente instrumental, e, embora siga a estrutura do concerto clássico, é notável a delicadeza com que o solista dialoga com a orquestra. No lírico segundo movimento, o clarinete canta como nunca antes, e raramente depois.

Os artistas

 

Maestro Fabio Mechetti, regente

Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Com seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo Uruguai e Argentina e realizou gravações para o selo Naxos. Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Realizou diversos concertos no México, Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as orquestras sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Regeu também a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia, a Orquestra da Rádio e TV Espanhola em Madrid, a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá. Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Recentemente fez sua estreia na Finlândia, dirigindo a Filarmônica de Tampere, e na Itália, dirigindo a Orquestra Sinfônica de Roma. Em 2016 fez sua estreia com a Filarmônica de Odense, na Dinamarca.

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro de Sevilha, La Traviata e Otello. Fabio Mechetti recebeu títulos de mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York.

Marcus Julius Lander, clarinete

Bacharel em Clarinete pela Unesp, na classe de Sérgio Burgani, foi aluno de Luis Afonso “Montanha”, na USP, e de Jonathan Cohler, no Conservatório de Boston. Atuou como spalla na Banda Sinfônica Jovem de São Paulo e como chefe de naipe nas orquestras Jovem de Guarulhos, do Instituto Baccarelli e na Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Integrou a Orquestra Acadêmica da Cidade de São Paulo e o Quarteto Paulista de Clarinetas. Na China, foi artista residente no 8º Festival Internacional de Clarinete e Saxofone de Nan Ning e no Festival Internacional de Clarinetes de Pequim, além de professor palestrante nos conservatórios de Shenyang e Tai-Yuan. Artista Gao Royal e D’addario Woodwinds, juntou-se à Filarmônica de Minas Gerais em 2009 e hoje é seu Clarinete Principal.

Mariana Ortiz, soprano

 

Natural da Venezuela, estudou canto no Conservatório de Música de Aragua, além de se dedicar à educação musical na Universidade de Carabobo e de obter Master Degree em Canto no Koninklijk Conservatorium Brussel. Dentre os papéis que interpretou, estão Erste Dame, em Die Zauberflöte (Mozart); Proserpina e Messagera, em L’Orfeo (Monteverdi); Mimi e Musetta, em La Bohème (Puccini); Comtessa, em Bodas de Fígaro (Mozart); Donna Anna, em Don Giovanni (Mozart). Foi Violeta Valery, em La Traviata (Verdi), Salud, de A Vida Breve (Falla), e Frasquita, em Carmen (Bizet), além de ter cantado a 9ª Sinfonia de Beethoven, o Requiem de Mozart, a 2ª e a 4ª sinfonias de Mahler e as Bachianas nº 5 e Floresta do Amazonas, de Villa-Lobos.

Luisa Francesconi, mezzo-soprano

 

Luisa Francesconi tem excepcional capacidade para execução de coloratura, destacando-se no repertório rossiniano e mozartiano, ao interpretar papéis em óperas como Il Barbiere di Siviglia, L’Italiana in Algeri, Così fan tutte e Don Giovanni. A mezzo-soprano canta com frequência nos principais teatros brasileiros e italianos, e tem se apresentado regularmente em Portugal. Seu repertório de concerto é vasto, com atuações marcantes em obras como o Requiem e a Missa da Coroação, de Mozart; o Messias, de Haendel; a Missa em Dó maior e a Fantasia Coral, de Beethoven; as sinfonias números 2, 3 e 8 de Mahler; e Floresta do Amazonas, de Villa-Lobos. Luisa gravou como solista na 9ª Sinfonia de Beethoven e no Réquiem Hebraico, de Erich Zeisl, lançadas em CD pelo selo Biscoito Fino.

Luciano Botelho, tenor

 

Com sólida carreira nacional e internacional, o tenor interpretou Giacomo, em La donna del Lago, de Rossini, no Teatheran der Wien e no Grand Theatre du Geneve. No Royal Opera House de Londres, já foi o Conde Almaviva em O Barbeiro de Sevilha, de Rossini, e, no Caramoor Festival de Nova York, o Conde de Chalais, em Maria di Rohan, de Donizetti. Cantou o papel título em Conde Ory, de Rossini, em Genebra e Nantes, e interpretou Ferrando em Così fan tutte, de Mozart, no Festival de Verbier. No Brasil, apresentou-se nas principais casas de ópera. No Theatro Municipal do Rio de Janeiro, cantou Nadir, em Les Pecheurs des Perles, de Bizet; Nemorino e Tamino, além de Tebaldo, em I Capuleti e I Montecchi. No Theatro Municipal de São Paulo, destacam-se as apresentações no papel título de Orfeo de Monteverdi, Fadinard e Tybalt, em Romeu e Julieta, de Gounod. Além disso, participou de concertos com Osesp, Petrobras Sinfônica e Amazonas Filarmônica, dentre outras. Em 2006, obteve mestrado em Performance e fez Curso de Ópera na Guildhall School of Music and Drama, como bolsista da Fundação Vitae, complementando os estudos na Cardiff International Academy of Voice.

Saulo Javan, baixo

 

Saulo Javan apresentou-se, recentemente, com a Osesp, e com o grupo gravou, sob regência de Isaac Karabtchevsky, a Décima Sinfonia de Villa-Lobos. Interpretou Padre José na ópera Magdalena, de Villa-Lobos, no Theatro Municipal de São Paulo, e integrou o elenco da Cia. Brasileira de Ópera, sob direção de John Neschling, no papel de D. Bartolo, em O Barbeiro de Sevilha, de Rossini, em turnê pelo Brasil. Interpretou, ainda, Trulove, em The Rake s Progress, de Stravinsky, no Theatro Municipal de São Paulo. No Theatro São Pedro, viveu o papel-título da ópera Don Pasquale, de Donizetti. Interpretou Dulcamara, em L´Elisir d´amore, no Theatro da Paz, em Belém, no Theatro São Pedro e no Theatro Carlos Gomes de Vitória. Apresentou-se na estreia nacional da ópera Dulcineia e Trancoso, de Eli-Eri Gomes, no papel de Bozo, no XII Festival Virtuosi de Recife. Cantou na ópera Salomé, de Richard Strauss, com a Osesp, e na Petite Messe Solennelle, de Rossini, sob regência de Naomi Munakata, na Sala São Paulo. Em apresentações anteriores, foi Salieri na ópera Mozart e Salieri, de Rimsky-Korsakov, O Franco-atirador, de Weber, Don Giovanni, de Mozart, e Alcina, de Haendel, em estreia brasileira.

Coral Concentus Musicum de Belo Horizonte

 

O Concentus Musicum de Belo Horizonte é um coral misto, com formação coral e/ou instrumental, idealizado pela maestrina Iara Fricke Matte. Formado por profissionais altamente qualificados, o grupo se uniu com o objetivo de contribuir para a difusão do repertório erudito. O grupo propõe a releitura de obras consagradas, mas, também, a divulgação de repertório inédito e pouco conhecido do público, com especial ênfase em música antiga e contemporânea. Projetos futuros incluem a montagem de várias cantatas de J. S. Bach e do acervo instrumental de compositores do século XVIII.

Iara Frickie Matte, regente do Coral

 

Regente coral e orquestral, Iara tem se dedicado ao estudo e à apresentação de obras dos períodos Barroco, Renascentista e Contemporâneo, com ênfase na performance historicamente embasada. Seu repertório é formado de obras corais a cappella, peças sinfônico-corais e sinfônicas, com destaque para a afinidade com o repertório de J. S. Bach. Doutora e Mestre em Regência Coral pela Universidade de Indiana (EUA) e pela Universidade de Minnesota (EUA), onde se especializou em Música Antiga e História da Música, Iara Frickie Matte estudou com os maestros John Pool, John Harrington, Collin Metters, Kathy Romey, Thomas Lancaster e Henrique Gregori. Atuou como regente convidada junto à Camerata Antiqua de Curitiba e como professora e regente em festivais brasileiros de música antiga. Em 2016, foi convidada, pelo Coro da Osesp, a ser regente preparadora de dois programas da temporada oficial. Desde 2013, é regente titular e diretora artística do Ars Nova – Coral da UFMG. Em 2016, sob sua direção, o grupo ganhou os prêmios Troféu JK de Cultura e Desenvolvimento e o terceiro lugar na competição coro misto do 34º Festival de Música de Cantonigròs (Espanha).

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Belo Horizonte, 21 de fevereiro de 2008. Após meses de intenso trabalho, músicos e público viam um sonho tornar-se realidade com o primeiro concerto da primeira temporada da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Criada pelo Governo do Estado e gerida pela sociedade civil, nasceu com o compromisso de ser uma orquestra de excelência, cujo planejamento envolve concertos de série, programas educacionais, circulação e produção de conteúdos para a disseminação do repertório sinfônico brasileiro e universal.

De lá para cá:

820 mil pessoas ouviram a Filarmônica ao vivo

641 concertos foram realizados

835 obras foram tocadas

242 compositores brasileiros e estrangeiros foram interpretados

52 estreias mundiais e 11 encomendas foram apresentadas

93 concertos foram realizados no interior de Minas Gerais

27 concertos foram realizados em cidades do Norte ao Sul do país

5 concertos aconteceram em cidades da Argentina e Uruguai

6 álbuns musicais foram lançados, sendo 3 deles internacionais

513 notas de programa foram produzidas

115 webvídeos foram disponibilizados

56 mil fotografias registraram esse desenvolver da história

318 concertos foram gravados

4 exposições temáticas sobre música sinfônica foram montadas

3 livros sobre a formação de uma orquestra foram publicados

1 DVD de iniciação à música orquestral foi criado

92 músicos estão trabalhando

18 nacionalidades convivem em harmonia

60 mil oportunidades de trabalho foram abertas

3.320 assinaturas apoiam a programação artística

7 prêmios de cultura e de desenvolvimento foram recebidos

Agora, em 2017, a Filarmônica lança sua décima temporada e continua contando com a participação de grandes músicos para celebrar a Música e o respeito conquistado junto ao público.

SERVIÇO

 

Fora de Série

9 de dezembro – 20h30 (apresentação extra)

10 de dezembro – 18h

Sala Minas Gerais

 

Fabio Mechetti, regente
Marcus Julius Lander, clarinete
Mariana Ortiz, soprano
Luisa Francesconi, mezzo-soprano
Luciano Botelho, tenor
Saulo Javan, baixo
Coral Concentus Musicum de Belo Horizonte
Iara Fricke Matte, regente do coral

 

 

MOZART       A Clemência de Tito, K. 621: Abertura

MOZART       Concerto para clarinete em Lá maior, K. 622

MOZART       Requiem, K. 626.

 

 

Ingressos: R$ 34,00 (Balcão Palco e Coro), R$ 44,00 (Mezanino), R$ 56,00 (Balcão Lateral), R$78,00 (Plateia Central) e R$98,00 (Balcão Principal).

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

 

No próximo dia 26 de novembro (sábado), a Galeria Manoel Macedo inaugura a exposição “Constellação”, individual de Lotus Lobo. A mostra compõe trabalhos das décadas de 1960/70, além da produção recente da artista, que também responde pela curadoria. O crítico de arte Rodrigo Moura assina o texto de apresentação. 

A atemporalidade de Lotus Lobo

Lotus Lobo evidenciou, na pedra litográfica, um campo de memória. Ali, Lotus encontrou as indicações para o seu percurso, decifrando um processo que, além de envolver uma materialidade físico-química, estabelece um jogo onde as imagens se definem com características gráficas próprias: a litografia.

A ampliação e o aprofundamento contidos na reflexão contemporânea apontam para o fato de que a obra de Lotus Lobo não se limita ao que foi mostrado em galerias e museus. Suas coleções, sua maneira de guardar, conviver e registrar, a manutenção de um diálogo permanente com a pedra, cheio de curiosidade – o espaço da vivência pessoal – fazem com que por meio de uma espécie de impregnação sucessiva, haja um efeito de agregação desses procedimentos ao corpo da obra de arte.

Em nossa época marcada pela intensificação e pela divulgação de descobertas técnicas referentes à produção, manipulação, difusão de imagens e informação, a interlocução com a obra de Lotus Lobo continua a nutrir e a instigar. (Liliane Dardot  -  Pintora, desenhista, gravadora, professora).

MACULATURAS, UM DIÁLOGO COM A POP ARTE

A aproximação de Lotus Lobo com obra e o pensamento do artista da Pop arte Rauschenberg, a partir da Bienal de São Paulo em 1967, influenciou o período em que surge a série de Maculaturas. Chapas de folhas de flandres com sobreposição de imagens de rótulos da litografia industrial que a artista se apropria e as expõe sem interferência.  

Para o pesquisador Vitor Gorino, essa apropriação é central no desenvolvimento da obra de Lotus Lobo, não apenas pela decisão da artista de levar essas folhas de metal ao museu, o que “confere a essas peças a dignidade da obra de arte“. Mas também, por reconhecer nelas valores estéticos e se apropriar deles na criação de suas obras, através de sobreposições de fragmentos das marcas industriais. Portanto, promove também o trânsito das imagens de rótulos de produtos ao ambiente das artes, mas não sem antes ser contaminado durante esse trânsito, ou pelas sobreposições ao acaso nas maculaturas ou pelo ato artístico de interferência na impressão das mesmas.

O conteúdo da mostra Constellação

Serão expostos exemplares de Maculaturas (flandres e cartão) da década de 1970, e o fac-simile (versão impressa em fine art) da obra Transformação / Mutação / Transformação/ Mutação, de 1968.

Estarão expostas também, obras da série recente de litografias “da Estamparia Litográfica” (2016) - impressões em caixas de papelão, papel cartão, papéis de embrulho. Nesta série as impressões foram orientadas pelo processo das Maculaturas dos anos 70, mas agora as sobreposições de formas/imagens de embalagens e rótulos da litografia industrial são direcionadas pela artista, mas sempre com intermédio de situações do acaso. São referências da Memória da litografia industrial sedimentadas em camadas sobre suportes diversos por vezes embalagens de produtos atuais. Junto às obras serão exibidos fragmentos de sua vasta coleção da litografia industrial (matrizes de zinco, impressões em papel, etc.).

Outro destaque é a criação de uma bobina com aproximadamente 15 metros de impressões. Confeccionada especialmente para mostra a bobina se compõe por impressões de imagens provenientes de matrizes de zinco com imagens do registro de cores de rótulos da Estamparia Juiz de Fora. Instalada sobre uma mesa a bobina poderá ser manuseada pelo espectador.

Sobre o conceito do título da mostra

Para o crítico Rodrigo Moura, “Constellação” foi o título escolhido por Lotus para esta exposição. Retirada de um dos rótulos de manteiga de sua vasta coleção, a palavra dá conta de uma ideia de conjunção de diversos elementos, pontos luminosos que a artista orquestra cuidadosamente e cuja posição é fundamental nos novos corpos que engendram.

Nenhuma outra obra poderia dar melhor prova desse conceito do que uma enorme gravura de tiragem única que a artista executou especialmente para a mostra. Impressa em papel delgado, de mais de 15 metros de comprimento, enrolada sobre uma mesa, ela se oferece ao espectador para um delicado manuseio, que revela com a ajuda de dois cabos o conteúdo desse papiro contemporâneo.

Atividades paralelas de uma artista inquieta

Após ter dedicado mais de 40 anos à linguagem litográfica, Lotus Lobo trabalha, atualmente, para a criação de um Centro de Memória da Litografia Industrial de Minas Gerais para disponibilizar o acesso a sua coleção particular de matrizes da litografia de rótulos industriais adquiridos em sua trajetória de pesquisa.

 

SERVIÇO -  MOSTRA “CONSTELLAÇÃO” - LOTUS LOBO

LOCAL: Manoel Macedo Arte (Rua Lima Duarte, 158 – Carlos Prates – Tel.: 31 3411 1012)

ABERTURA: 26 de novembro de 2016 (Sábado) - 11 às 16h

PERÍODO: De 27 de novembro de 2016 a 07 de janeiro de 2017

DIAS E HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO DA GALERIA/EXPOSIÇÃO:

Segunda a sexta: 10h as 19h

Sábado: 10h as 14h

ENTRADA FRANCA

CLASSIFICAÇÃO: Livre 

 

Mais dois projetos que contemplam a valorização da culinária de Minas foram aprovados na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nessa terça-feira (6/12). De autoria do deputado Agostinho Patrus Filho (PV), coordenador da Frente da Gastronomia Mineira, os projetos de lei atribuem o título de Patrimônio Histórico e Cultural  do Estado à gastronomia mineira e ao ofício das quitandeiras.

O deputado destaca a importância de buscar o aprimoramento da legislação do setor, que visa, antes de qualquer coisa, a valorização e o reconhecimento da cozinha de Minas. “Estamos atendendo duas reivindicações antigas do setor gastronômico e são projetos originados a partir dos debates propostos pelos integrantes da Frente da Gastronomia Mineira, uma das principais instâncias consultivas do setor hoje existentes em Minas”, ressalta Agostinho Patrus.

O Projeto de Lei que torna a gastronomia mineira Patrimônio Histórico e Cultural do Estado representa a criação de uma salvaguarda para toda a cultura alimentar mineira, tornando-a mais reconhecida e valorizada dentro e fora do Brasil. “É impossível nos habilitar a títulos e homenagens internacionais – da Unesco ou outras importantes instituições, por exemplo –, sem antes obtermos reconhecimento dentro da nossa própria casa”, explica o coordenador da Frente.

Não menos importante que o reconhecimento da gastronomia como um todo, o ofício das quitandeiras também se tornará patrimônio histórico e cultural do nosso Estado. A quitanda ocupa lugar de destaque entre as manifestações gastronômicas associadas à identidade mineira e, por isso, tornar patrimônio o ofício das quitandeiras é uma de forma de valorizá-lo, preservá-lo e difundi-lo em seus múltiplos aspectos, garantindo a transmissão do saber fazer das quitandas e a consequente continuidade do ofício.

Minas Gerais já se destaca como o primeiro Estado brasileiro a ter uma lei que institui uma política própria de desenvolvimento da gastronomia, estabelecendo diretrizes para incentivar toda cadeia gastronômica – de produtores e produtos típicos, passando pelos modos de fazer aqui originados e praticados, profissionais envolvidos, até a promoção de eventos.

Os dois projetos de lei deverão ser sancionados pelo governador do Estado em breve, para que, em formato de lei, passem a vigorar. 


Quarenta alunos da Escola Estadual José Brandão, de Caeté terão a oportunidade de conhecer o Parque Estadual Mata do Limoeiro - importante atrativo turístico natural do Circuito do Ouro,localizado em Ipoema, distrito de Itabira.

Por meio da vivência turística e da sensibilização dos alunos do ensino médio da rede pública, o projeto Enduro Escola objetiva fomentar o turismo como vetor de conscientização da importância da preservação do meio ambiente e do patrimônio histórico e cultural dos municípios.

A ação foi incorporada para atender a uma medida condicionante no âmbito do processo de licenciamento ambiental. Todas as despesas do projeto serão custeadas pela AngloGold Ashanti.

Parque Estadual Mata do Limoeiro
O Parque Estadual Mata do Limoeiro está localizado na Serra do Espinhaço, a cerca de sete quilômetros do Parque Nacional da Serra do Cipó. Sua área, que é de 2.056,7084 hectares, está situada no distrito de Ipoema, no município de Itabira. Nela, podem ser observados fragmentos de Mata Atlântica e Cerrado, já tendo sido identificadas pelo menos três espécies ameaçadas de extinção: o jacarandá-caviúna, a braúna-preta e o samambaiuçu. Em se tratando da fauna, já foram observadas espécies raras como o rato do mato, típico do Cerrado, e o gambá-de-orelha-branca, presente somente em áreas de Mata Atlântica. A unidade de conservação possui diversos atrativos turísticos, com destaque para as cachoeiras Três Quedas, Paredão, Gabriel e Lagoa do Limoeiro, e abriga, ainda, corredeiras, mirantes e grutas.
O parque atua fortemente tanto em educação ambiental, quanto em mobilização social, principalmente por meio dos projetos “Eco Folia”, que prega a conscientização ambiental no período do carnaval; “Festejando o Parque” que desenvolve ações para a comemoração de aniversário do Parque, na segunda quinzena de março e “Natal com as comunidades”; além das ações de relevante destaque na semana de meio ambiente, celebrada em junho e na semana florestal, em comemoração ao dia da árvore, em setembro.

Horário de visitação:
08 às 16h (exceto segundas).

Grupos organizados devem agendar previamente a visita.
Para mais informações: (31) 3799-9292

O fortalecimento das políticas culturais que envolvem a chamada microrregião da baixa Mogiana, formada por municípios do território Sudoeste, foi tema debatido durante encontro que envolveu os prefeitos eleitos da região. Na ocasião, o secretário adjunto de Estado de Cultura, João Miguel, representou o secretário Angelo Oswaldo.

A reunião foi realizada nos dias 23 e 24 de novembro, em Guaxupé, e englobou algumas das quinze cidades que integram a AMOG - Associação dos Municípios da Microrregião Baixa Mogiana, a saber:  Alterosa, Arceburgo, Areado, Bom Jesus da Penha, Botelhos, Cabo Verde, Conceição da Aparecida, Guaranésia, Guaxupé, Jacuí, Juruaia, Monte Belo, Muzambinho, Nova Resende e São Pedro da União.

Durante o encontro, que foi presidindo por Álvaro Júnior, presidente da AMOG e atual prefeito de Juruaia, também foram discutidas formas de aprimoramento das políticas públicas municipais voltadas à cultura. O secretário João Miguel aproveitou para detalhar aos futuros prefeitos quais são os programas, editais e ações promovidas pela Secretaria de Estado de Cultura, bem como as diretrizes de governo, especialmente a que valoriza a regionalização dos territórios de desenvolvimento.

Estiveram presentes os prefeitos e vices eleitos das cidades de Itamogi, Monte Santo, Guaranésia, Guaxupé, Juruaia, Muzambinho, São Pedro da União, Monte Belo, Botelho, Jacuí e Bom Jesus da Penha. Também participaram alguns dos futuros secretários municipais.

 

A face mais dura da sociedade contemporânea estará em evidência em Litoral, montagem de formatura do Curso Técnico em Arte Dramática do Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart, da Fundação Clóvis Salgado. Com direção do Grupo Quatroloscinco - Teatro do Comum, o texto, do escritor libanês Wajdi Mouawad, é inédito no Brasil e foi traduzido por Assis Benevenuto, integrante do Grupo.

Escrito em 1999, o texto mescla tragédia grega clássica a questões contemporâneas urgentes como guerra civil, xenofobia, racismo, identidade cultural, conflitos de gerações, temas recorrentes que apontam semelhanças entre Oriente Médio e Ocidente.

No palco, 14 atores se revezam na apresentação das 47 cenas, construídas a partir do desenrolar do tema central da montagem: um jovem ocidental que parte para um pais distante na tentativa de enterrar o corpo do pai. Ao se deparar com um cenário totalmente desconhecido e hostil, ele precisará desconstruir seus medos, crenças, preconceitos e visão de mundo para descobrir a sua própria história.

Embora o texto de Wajdi Mouawad seja um relato da sociedade do Oriente Médio no fim dos anos 1990, a peça busca traçar um panorama do atual momento do Ocidente ao relatar as histórias das personagens em diferentes situações cotidianas. De acordo com o diretor Marcos Coletta, integrante do Quatroloscinco, a proposta é que as diferentes narrativas provoquem sensações variadas no espectador, desde o espanto até o encantamento. “A peça vem sendo construída para romper fronteiras e mostrar como estamos próximos de lugares, conflitos e contextos que a princípio nos parecem distantes, mesmo não vivenciando a realidade mais explícita daquela região”, explica. 

A montagem tem figurinos, cenário e caracterização de Thálita Mota; Direção musical de Gil Amâncio; Iluminação de Marina Arthuzzi; Preparação vocal de Ana Hadad; e Preparação corporal de Fernando Barcellos.

Ficção e realidade – Para identificar as diferenças culturais e ideológicas que separam as duas regiões, os alunos participaram de um longo processo de pesquisa. Eles buscaram informações sobre conflitos e características culturais da região a partir de reportagens, exposições, filmes, livros e fotografias, entre outros. “Como referência foram utilizados conflitos na Síria, Líbano, Afeganistão e também países africanos”, explica Colleta. 

Após esse exercício, os alunos passaram a relacionar situações, problemas e questões pessoais vividas em nossa sociedade com as situações presentes no texto de Mouawad, em um processo de cruzamento e aproximação de realidades. Temas mais distantes da realidade dos alunos, como a guerra civil, conflito que vem se tornando comum em diversas nações do Oriente Médio, também inspiraram a criação das cenas. Coletta destaca que esse exercício cênico de aproximação foi fundamental para a construção do espetáculo, principalmente por se tratar de uma montagem baseada em material inédito. 

A junção entre realidade e ficção transcorreu de maneira mais incisiva graças à característica da obra de Mouawad, que é capaz de se adaptar às várias mudanças sociais. “É um texto muito universal que trata de assuntos comuns a distintas regiões. De certa forma, extrapolamos a geografia do texto e passamos a pensar no que poderia acontecer em nossa realidade”, destaca.

Troca de experiências – Esta é a primeira vez que os integrantes do Quatroloscinco assinam a direção de um outro coletivo. Os atores Assis BenevenutoItalo LaureanoMarcos Coletta e Rejane Faria buscaram nessa montagem enfatizar o trabalho do ator com o texto teatral, o manejo e a habitação da palavra, a presença e a performatividade. 

O convite ao Grupo foi uma iniciativa dos próprios formandos do Cefart, que buscavam o encontro e a troca de experiências com um coletivo profissional e o desejo de trabalhar com um texto denso, que valorizasse o trabalho do ator. “Sugerimos o texto de Mouawad, que foi prontamente aceito pelos formandos. Na relação entre os artistas criadores, buscamos a diluição das hierarquias e o diálogo horizontal entre todos os participantes”, pontua.

Para Coletta, a oportunidade de dirigir um grupo de atores pela primeira vez é uma experiência que motiva o Quatroloscinco a pensar e repensar o seu próprio trabalho. “Esse processo é uma renovação para nós e um momento de diálogo muito aberto com os alunos. Nós, que já estamos há alguns anos na estrada, voltamos o olhar para essa vontade de querer atuar, de estar no mercado de trabalho e de querer se formar como artistas profissionais com uma consciência mais aprofundada do que é o ofício do ator”, finaliza Coletta. 

Sobre o Grupo Quatroloscinco – O Quatroloscinco - Teatro do Comum mantém trabalho continuado de pesquisa e prática teatral desde 2007, baseado principalmente na criação coletiva e autoral sob uma estética contemporânea. O Grupo busca uma cena centrada no jogo entre os atores e em seu encontro com o espectador. Formado por ex-alunos de Teatro da UFMG, o Quatroloscinco se profissionalizou e se tornou um dos mais destacados, produtivos e elogiados grupos do teatro mineiro contemporâneo, conquistando prêmios, críticas, e apresentações em mais de 50 cidades de 15 estados do país, além de Cuba, Uruguai e Argentina, em festivais de cunho nacional e internacional. O Grupo tem em seu repertório os espetáculos FaunaIgnorânciaÉ só uma formalidadeOutro LadoGet Out! e Humor, além de quatro livros lançados com a dramaturgia de seus espetáculos. 

Wajdi Mouawad – Nascido no Líbano em 16 de outubro de 1968, Wajdi Mouawad é forçado a abandonar a sua terra natal aos oito anos, devido à guerra civil. Começa um período de exílio ao lado da família, em Paris. Em 1983, o Estado francês recusou-lhe os documentos necessários para a manutenção de sua condição de imigrante no país. Da Europa, Mouawad se muda para Québec, no Canadá. Lá, estudou e obteve em 1991 o grau de interpretação Escola de Teatro Nacional do Canadá, em Montreal. Funda, ao lado da atriz Isabelle Leblanc, sua primeira empresa, Théâtre Ô Speaker. Em 2000, é convidado a assumir a direção artística do Quat Sous Theatre, em Montreal. Cinco anos mais tarde, cria as empresas Abé Carré Cé Carré, em Québec. Desde setembro de 2007, é o diretor artístico do Ottawa National Arts. Em 2009, o artista apresentou Littoral durante o Festival de Avignon. 

CEFART – O Centro de Formação Artística e Tecnológica, referência na formação artística em uma instituição pública, promove certificação e diplomação de competências profissionais nas áreas de teatro, dança, música, artes visuais e tecnologia do espetáculo em cursos de Formação Inicial e Continuada, Livres, Técnicos, e atividades de extensão destinadas a formação de público e aperfeiçoamento profissional. Integra a política do Governo de Minas de fomento à formação em arte. 

 

O Projeto de Lei (PL) 2.805/15, do governador, que institui o Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais para os próximos dez anos, recebeu parecer favorável nesta terça-feira (6/12/16) da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O relator, deputado Wander Borges (PSB), opinou pela aprovação da matéria em 1º turno na forma do substitutivo nº 1, que apresentou, contemplando sugestões aprovadas no Fórum Técnico sobre o tema, realizado pela ALMG.

O plano busca garantir o exercício dos direitos culturais pela população, em atendimento a dispositivos constitucionais e a tratados e convenções internacionais dos quais o Brasil é signatário. Ele traz uma parte introdutória e dois anexos, um com as ações propriamente ditas e outro com uma tabela de monitoramento de sua implantação.

O artigo 4º traz os princípios do plano, entre os quais a promoção da diversidade cultural; a descentralização e a regionalização das políticas públicas de cultura; a concepção de cultura como lugar de reafirmação e diálogo das diferentes identidades culturais e como fator de desenvolvimento humano, econômico e social; e a valorização das atividades artísticas profissionais e amadoras e da cultura popular, afro-brasileira, indígena e circense.

No parecer, Wander Borges ressalta importância da cultura para o desenvolvimento sustentável e salienta que “é necessário e estratégico para Minas Gerais instituir políticas públicas permanentes, de longo prazo e com o devido incremento orçamentário para a cultura”.

Tramitação – Com a aprovação do parecer, ficaram prejudicados o texto original do PL 2.805/15 e a emenda nº 1 apresentada anteriormente pela Comissão de Constituição e Justiça. A proposição segue, agora, para a análise da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária.

Ações ampliam a garantia dos direitos culturais

O parecer acata o conjunto de proposições sugeridas pelo Comitê de Representação do Fórum Técnico para o Anexo I do Plano, que traz as ações para a cultura entre 2017 e 2026. Porém, foram feitas adequações do texto à técnica legislativa, com supressão de textos meramente explicativos, por exemplo.

As ações estão divididas em dois eixos. O primeiro deles, “garantia de direitos culturais” trata do direito à identidade, ao patrimônio e à diversidade cultural; à livre participação na vida cultural; e ao intercâmbio e à cooperação cultural. Entre as várias ações propostas, algumas contemplam os grupos artísticos culturais itinerantes, como os artistas circenses, que enfrentam dificuldades de atendimentos nos serviços públicos, por falta de endereço fixo.

É o caso da ação 7, que prevê a realização de campanhas de sensibilização de prefeituras e agentes públicos municipais para que os municípios acolham, apoiem e incentivem os artistas e grupos artísticos locais e itinerantes, disponibilizando infraestrutura, inclusive de tecnologia digital, locais para a montagem de circos, parques e eventos, adequados para a realização de suas atividades, e transporte.

Novas fontes de financiamento são propostas

Já o eixo II, “Sistema Estadual de Cultura”, reúne ações relativas a órgãos gestores; conselhos de política cultural; planos regionais e municipais de cultura; sistema de informações e indicadores culturais; formação na área da cultura; sistemas setoriais de cultura; e sistemas de financiamento. O financiamento havia sido discutido em um eixo à parte no fórum técnico, mas acabou aglutinado ao eixo II.

As ações propostas para o financiamento incluem tanto o aumento de recursos no Orçamento do Estado, quanto a ampliação das fontes de financiamento. A ação 88, por exemplo, prevê a aplicação anual de pelo menos 1,5% da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, no Sistema Estadual de Cultura e na implementação de políticas públicas de cultura

Entre as opções de novas fontes, estão parcelas do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e de outros impostos estaduais, da Loteria Mineira e da contribuição de pessoas físicas. Outra possibilidade é uma parcela dos royalties recebidos pelo Estado, que seria aplicada no município onde se deu o fato gerador.

Monitoramento – O monitoramento da implementação das ações do plano, previsto no projeto, será feito no segundo, no sexto e no último ano de vigência da futura lei, pela Secretaria de Estado de Cultura, com possibilidade de ocorrer no âmbito das Conferências Estaduais de Cultura.

Fórum Técnico gerou novas propostas

Entre fevereiro e maio de 2016, o Fórum Técnico Plano Estadual de Cultura percorreu Minas Gerais em 12 encontros regionais que reuniram 1.328 pessoas. Os participantes propuseram modificações em 152 das 157 propostas originais do PL 2.805/15. Outras 216 propostas novas surgiram desses encontros, além de 80 que foram recebidas por meio de consulta pública.

Em junho, ocorreu a etapa final do Fórum, em Belo Horizonte, quando as propostas foram votadas. O passo seguinte foi a constituição do Comitê de Representação do Fórum Técnico, responsável por analisar o documento aprovado, corrigir eventuais inconsistências e sugerir encaminhamentos. O relatório do comitê consolidou as sugestões em 115 propostas e subsidiou o parecer da Comissão de Cultura.

 

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, autorizou nesta segunda-feira (21/11), durante ato no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, a construção da Vila do Artesanato na cidade de Araxá, no Território Triângulo Sul. O objetivo do espaço é fomentar e fortalecer a produção e comercialização do artesanato regional, visando alavancar o seu reconhecimento e participação no turismo e na economia regional.

O empreendimento será realizado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e irá contribuir para a valorização e preservação das diversas manifestações culturais locais, oferecendo ao artesão de Araxá e região um local de promoção de seu ofício. O local irá reunir artesãos de diversas especialidades regionais, como tecelagem, escultura, bordados e alimentos, facilitando o escoamento da produção local.

Durante o ato, o governador ressaltou que a construção da Vila do Artesanato vem ao encontro ao que tem sido feito em Minas Gerais: iniciativas e empreendimentos que foram solicitados pela própria população, principalmente durante os fóruns regionais de governo. Segundo ele, a Vila é um sonho antigo da cidade de Araxá, que agora vai se tornar real.

“Cada região do Estado tem coisas simbólicas importantes. O artesanato é uma riqueza do nosso Estado - e em Araxá, especialmente. Valorizar isso é fundamental. São demandas que, às vezes, estão paradas há muito tempo na região, mas que o governo não dava importância. Estamos fazendo o contrário de governos anteriores, se destacaram por grandes obras que, infelizmente, beneficiaram poucas pessoas, sem dar tratamento regionalizado como estamos fazendo agora”, afirmou Pimentel.

“O futuro não pode repetir esse tipo de erro, pois não temos mais a pujança daquele período. Estamos nos esforçando para, com pouco dinheiro, fazer muito. Ir para cada região, ouvir as pessoas e trazer para dentro do governo demandas que, mesmo pequenas, são muito importantes para aquela população”, completou o governador.

O presidente da Codemig, Marco Antônio Castello Branco, ressaltou que a construção da Vila do Artesanato é uma demanda muito antiga no município.

“O objetivo é revigorar o artesanato na região, dando uma atração adicional ao Parque do Barreiro, que recebe turistas de diversas regiões. Por meio do artesanato, o turista terá contato com o micro e pequeno empresário. É uma iniciativa que reflete a decisão da Codemig, que veio do governador Fernando Pimentel, de valorizar todos os territórios mineiros”, disse.

Artesanato

Em Minas Gerais, existem cerca de 300 mil artesãos. A cadeia produtiva da atividade movimenta anualmente cerca de R$ 2,2 bilhões para a economia do Estado.

O artesanato mineiro é importante patrimônio do Estado, ocupando papel central para a formação da identidade e diversidade cultural de Minas Gerais e gerando renda e desenvolvimento socioeconômico para os mineiros.

Também participaram da cerimônia o secretário de Estado de Governo, Odair Cunha, o deputado estadual Bosco, o prefeito de Araxá, Aracely de Paula, além de secretários municipais, vereadores e lideranças da cidade. 

 

Oportunidade imperdível para artistas exporem seus trabalhos em plena região central da capital mineira, com visitação anual de cerca de 15 mil pessoas. Trata-se do edital de ocupação das galerias Paulo Campos Guimarães e Passarela Cultural, espaços que integram a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, situada no Circuito Liberdade. Os interessados devem se inscrever até o próximo sábado (10). Artistas de qualquer lugar do país podem se candidatar. As inscrições são feitas pessoalmente ou via Correios. Informações adicionais encontram-se no site www.bibliotecapublica.mg.gov.br

 

Ao todo, seis propostas serão selecionadas para darem origem ao calendário de exposições do ano de 2017 da galeria Paulo Campos Guimarães, no Prédio Sede, e da Passarela Cultural, situada no anexo da Biblioteca. As propostas devem conter trabalhos de temática ligada às artes visuais, como desenho, escultura, fotografia, gravura, instalação, objeto, pintura e novas mídias. A ação é da Superintendência de Bibliotecas e Suplemento Literário.

 

A iniciativa visa democratizar o acesso às galerias ao público produtor de artes visuais, numa área considerada nobre da capital, conforme explica Gildete Veloso, diretora de Extensão e Ação Regionalizada. “Enxergamos no edital uma possibilidade de receber artistas que nunca expuseram ou encontram pouca abertura para apresentar seus trabalhos ao público. Além disso, podemos ajudar a projetar esses artistas que serão contemplados no presente edital”.

 

O edital está disponível aqui:EDITAL 

 

As propostas deverão ser entregues pessoalmente ou enviados por SEDEX para:

 

SUPERINTENDÊNCIA DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS E SUPLEMENTO LITERÁRIO DE MINAS GERAIS

DIRETORIA DE EXTENSÃO E AÇÃO REGIONALIZADA

RECURSOS - EDITAL PARA OCUPAÇÃO DAS GALERIAS DE ARTES VISUAIS DA SUPERINTENDÊNCIA

DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS E SUPLEMENTO LITERÁRIO/BIBLIOTECA PÚBLICA

ESTADUAL LUIZ DE BESSA – EDIÇÃO 2016

A/C: RICARDO GIRUNDI

PRAÇA DA LIBERDADE 21 – FUNCIONÁRIOS

CEP: 30140-010

BELO HORIZONTE – MG

 

 

Em pauta serão abordados importantes aspectos para o desenvolvimento do turismo da região e sobre o mapa do turismo brasileiro. Durante o evento, haverá também um debate sobre o agrupamento dos circuitos turísticos, posicionamento de mercado, projeto de lei e a política estadual de turismo.
Os desafios e as perspectivas para o ano de 2017 em relação aos circuitos também serão temas discutidos. Além disso, temas como turismo nos parques e turismo sustentável serão debatidos com o objetivo de contribuir para a divulgação da região. 

SERVIÇO:
Data: 24 de novembro
Local: Sala de convenções SICOOB - Rua XV de novembro, 15 – Centro - São Roque de Minas/MG.

 

O tradicional artesanato mineiro será o grande destaque na 27ª Feira Nacional de Artesanato, que será aberta nesta terça-feira (6/12), no Expominas, em Belo Horizonte. Cerca de 400 artesãos dos 17 territórios de desenvolvimento confirmaram presença no evento, onde terão oportunidade de mostrar e comercializar aproximadamente 25 mil peças e alcançar um faturamento de R$ 500 mil até o dia 11 de dezembro, data do encerramento da feira. Essa mobilização é resultado do trabalho do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais (Seedif) e Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene/Sedinor), com a participação do Sebrae Minas.  

Na 27ª Feira Nacional de Artesanato, o espaço destinado aos mineiros ultrapassa 600 metros quadrados, divididos em locais diversos dentro do Expominas. Assim, os artesãos de todas as regiões do estado estarão integrados aos estandes do Idene, Sebrae Minas e do Programa de Artesanato Brasileiro (PAB) da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República.

Minas Gerais vai poder mostrar a qualidade do seu artesanato por meio das fibras do Sul do estado, da cerâmica do Norte e do Vale do Jequitinhonha, da madeira e do ferro do Campo das Vertentes e do artesanato reciclável da região metropolitana da capital. Haverá ainda uma variedade de vestuários e acessórios de moda originários das diferentes regiões.

O governo estadual tem ampliado seu trabalho de apoio e articulação para que os artesãos tenham mais espaços para comercializar as suas peças em diferentes feiras no próprio estado e nas demais regiões do país. A comercialização continua sendo o grande desafio do artesanato de Minas, reconhecido como um dos mais expressivos do Brasil. Por isso, a Seedif e o Idene mantêm uma parceria constante nesse sentido, por acreditar que o artesanato tem importância social, cultural e econômica, envolvendo direta e indiretamente cerca de 300 mil pessoas no estado.

De acordo com o Núcleo de Artesanato da Seedif, a expectativa para a Feira Nacional do Artesanato é extremamente positiva, uma vez que a qualidade dos trabalhos faz com que os visitantes se sintam atraídos pela beleza e originalidade das peças.   

 



Números nacionais do evento

A 27ª Feira Nacional de Artesanato é considerado o maior evento do gênero na América Latina, com 7 mil expositores em 1.200 estandes de todos os estados brasileiros e alguns de outros países, como Turquia, Paquistão, Índia, África do Sul, Quênia, Japão, Senegal e Bolívia. Há uma expectativa de receber 180 mil visitantes nos seis dias da feira. O evento é uma realização do Sistema Fiemg, por meio do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Instituto Centro de Capacitação e Apoio ao Empreendedor (Centro CAPE). A Feira do evento tem o apoio do Ministério da Cultura por meio da Lei Rouanet e patrocínio do Governo de Minas Gerais, Banco do Brasil e Cemig.

A feira será aberta amanhã, somente para lojistas, das 12h às 20h. Nos dias 7, 8 e 9 de dezembro, das 14h às 22h. No dia 10, das 10h às 22h – e, no dia 11, das 10h às 21h. Os ingressos custam R$ 10. Crianças de até 12 anos e pessoas acima de 60 anos têm entrada franca. O Expominas está localizado na avenida Amazonas, 6.030, bairro Gameleira.

Até o dia 8 de janeiro de 2017 a Galeria de Arte do Centro Cultural Minas Tênis Clube será a casa das obras do mineiro Paulo Laender. Na exposição “Paulo Laender – Uma Trajetória”, o espaço receberá obras que datam de 1980 até hoje. Madeira, telas, ferro, cores e modernidade poderão ser contemplados com clareza e beleza.

A história artística de Paulo Laender nasceu no Minas, já que a sua primeira exposição foi no ano de 1963, produzida pelo diretor de Cultura da Instituição na época, Palhano Jr.. A mostra foi realizada na Sede Social da Rua da Bahia e também apresentou obras de Antônio Eugênio Sales Coelho, Luiz Antônio Lanza e Eunice Klein Dutra. Laender é arquiteto, desenhista, escultor, designer e foi atleta do Minas, tendo jogado vôlei na Instituição.

Paulo Laender colocará na Galeria de Arte cerca de 70 obras entre esculturas e telas. O que se pode observar é que há uma assinatura unitária mantendo uma identidade que surgiu com a sua geração de artistas, na década de 1960.  Pode-se dizer que Laender é um dos primeiros mineiros que trabalha de forma diferente da escola Guignard, ele salta do expressionismo e chega ao modernismo com os pés bem fincados, devido ao seu conhecimento na área de arquitetura e design. Laender bebe da fonte do modernismo e do cubismo passando pelo art-dèco, não traçando uma identidade que tem as características da arte feita em Minas como, por exemplo a barroca.

Pode-se dizer que o trabalho apresentado na exposição “Paulo Laender – Uma Trajetória” tem uma aura atemporal pois o artista cria no tempo da arte. A coleção que estará na Galeria de Arte do Centro Cultural Minas Tênis Clube inclui esculturas, relevos, pinturas, gravuras e objetos. A maior parte do acervo que vem para o Minas são recentes e são conjuntos com peças de outras épocas do trabalho de Laender. Sendo assim, a exposição “Paulo Laender – Uma Trajetória” não é uma retrospectiva, mas sim uma leitura das obras dos artistas no decorres dos anos, observando as suas diversas nuances na busca de um melhor e mais belo resultado.

 

Confira texto do Secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, sobre a trajetória de Paulo Laender

"Ao apresentar a exposição de Paulo Laender, em curso na galeria do Minas Tênis Clube, Olívio Tavares de Araújo trata da arte mineira e de algumas especificidades e características que a particularizam no contexto nacional. Lembra tanto artistas que as evidenciam em seu trabalho, como Marcos Benjamim e Fernando Lucchesi, quanto aqueles que, sem alusões mais explícitas, se inserem na Weltanschauung da mineiridade,segundo o conceito alemão citado pelo crítico, ao se referir a Amílcar de Castro e Celso Renato, tocados pelo sentimento que plasma a cosmovisão da “formosa província”. E o faz exatamente para reconhecer um certo isolamento de Laender com relação a essas sugestões e estilemas que envolvem a produção mineira contemporânea.

O pintor, gravador, desenhista, designer e arquiteto levado à importante galeria distancia-se dos veios abertos da terra. Olívio Tavares de Araújo esclarece que os substratos locais não desvitalizam, muito pelo contrário, uma linguagem universal construída pelos artistas lembrados, mas quer enfatizar a excepcionalidade de Paulo Laender. Fala sobre “a maneira oblíqua e sutil” pela qual Minas Gerais “começa a se incluir no seu universo”. Essa maneira, a meu ver, advém do modernismo e do amebóibe biomorfomizado nas diferentes manifestações do estilo.

Ao visitar a exposição, uma das mais notáveis no ano que se encerra, ocorreu-me um depoimento do artista plástico José Alberto Nemer, contemporâneo de Laender, a respeito do impacto que lhe causou, na infância ouro-pretana, o lago amebóide riscado por Oscar Niemeyer entre os pilotis do Grande Hotel da cidade barroca. Na sua formação, e cabe aqui plenamente esta palavra, Laender – nascido em Teófilo Otoni e criado em Belo Horizonte – terá sido igualmente sensibilizado pela forma que comparece às imensas superfícies das mais recentes aquarelas de Nemer. As formas amebóides surgem como um leitmotiv na pintura e na escultura ora selecionadas como marcas expressivas de sua trajetória.

O contorno amebóide da lagoa da Pampulha acolheu à volta formas semelhantes desenhadas na pintura de Portinari, nos jardins de Burle Marx, nas pastilhas de Paulo Werneck e em volumes arquitetônicos de Oscar Niemeyer, na Casa do Baile e no Cassino. O edifício sede do Ministério da Educação e Saúde (1936), hoje Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, consagrou essa forma, evidente, inclusive, num dos grandes painéis de azulejos de Portinari. Emblema do modernismo, o amebóide está para a produção de vanguarda dos anos de 1940 e 50 como a rocalha para a arte mineira da segunda metade do século XVIII, período em que o barroco joanino cedeu espaço aos avanços do rococó. A concha se abre, se expande e se multiplica para irromper na obra de todos os artistas da fase, como Aleijadinho e Ataíde.

Lá pelo ano de 1925, Miró viu uma tela de Picasso e lhe disse: “Curioso, estou fazendo algo com esse mesmo espírito”. “Então, ele me respondeu exatamente assim: “Sim, porque vivemos no mesmo bairro”. No mesmo bairro intelectual, que coisa bonita! – exclamou Miró na entrevista ao historiador da arte Georges Raillard. Pode-se afirmar de Paulo Lander que o seu bairro, além de coisa mental, é também real e acaba de ser inscrito no patrimônio cultural da humanidade.

Laender nasceu esteticamente sob o signo da Pampulha. Cursou a Escola de Arquitetura da UFMG marcada pelas lições de Sylvio de Vasconcellos, sentindo intensamente o “curioso e nítido perfume do modernismo” – a produção internacional dos anos de 1920 a 1950 – identificado por Olívio Tavares de Araújo em sua obra, como haverá de sê-lo na Belo Horizonte da juventude do artista. “Há no todo um remoto pano de fundo cubista e um diálogo entre ângulos e curvas que remete ao art déco”, acrescenta o crítico, o que coloca o espectador diante o opulento acervo déco da Belo Horizonte na qual se inventou a Pampulha como uma grande ruptura.

É sobre essas reminiscências que terá o escultor e pintor buscado construir obras que expõe como representativas da caminhada até agora cumprida. No contexto em que a forma amebóide agiliza seus deslizantes volteios, referências variadas se incorporam à ocupação do espaço e à construção tridimensional. O sabor geométrico do modernismo é sorvido nas superfícies pintadas. Paul Klee e Joan Miró, homenageados no título de telas, atravessam também outros trabalhos compartilhando a riqueza e a diversidade da herança legada. Grafites rupestres são fonte abundante de referências. De igual modo, árvores e fósseis vegetais e animais, corpos humanos e signos africanos instigam a criatividade de Laender e acendem o encantamento da morfologia.

A técnica de carenagem, utilizada na construção de barcos, permite ao escultor a obtenção de efeitos admiráveis na conquista da originalidade dos volumes escultóricos de madeira e de metal, enquanto o ferro lhe assegura o êxito de uma linguagem particular na manipulação de formas e linhas, conquanto próxima de artistas como Miró e Picasso. Não faltará um acento barroco, sublinhado pelo crítico no texto de apresentação. Justifica a tese de Sylvio de Vasconcellos de que o chão mineiro está impermeabilizado pelo barroquismo que emerge nas raízes nele deitadas.

Artista comprometido com o perfeccionismo, o que exige sempre a agudeza da qualidade, Paulo Laender realiza um poliedro, em que se iluminam a gravura em metal ditada por desenho mágico e sedutor, a pintura, a escultura em madeira e em metal, o design e a arquitetura, hoje mais escassa na lista de atividades do criador. Instalada de modo preciso e com atraente visibilidade pelo artista plástico Mário Zavagli, a exposição está à altura do percurso do autor e conduz os espectadores a uma visão larga e sem sombras da trajetória de um mineiro que se faz universal pela energia de sua arte."

Angelo Oswaldo de Araújo Santos

Serviço

Exposição Paulo Laender- Uma Trajetória
Data:
1º de novembro de 2016 a 8 de janeiro de 2017
Horário: de terça a sábado: 10h às 20h. Domingos e feriados: 11h às 19h.
Entrada franca

 

O Museu Inimá de Paula, com o apoio da Fundação Municipal de Cultura, recebe a partir desta sexta-feira, 11 de novembro, a exposição “Das Tripas Coração”, do mineiro Ataíde Miranda. A mostra é composta por 27 telas com ilustrações feitas com as técnicas nanquim sobre papel e acrílica sobre telas.

Transmitindo emoção e expressão em cada peça, Ataíde destaca que “Das Tripas Coração” retrata sua própria carreira.“Procuro nãoter nada em mente ao iniciar minhas pinturas. Sem nenhum esboço e por meio de linhas soltas deixo ser levado pelo momento, resultando assim em obras únicas e viscerais”, complementa.

Nascido em Belo Horizonte, Ataíde Miranda é um ilustradorautodidata que se inspira em temas lúdicos, mitológicos e teatrais.Em 2010 ingressou na  faculdade para cursar Design Gráfico e foi nas aulas de História da Arte que uma professora percebeu seu dom para as artes plásticas. Além de nanquim e acrílica, o grafite é outra técnica que ele já experimentou como forma de exprimir sua arte.

 

 

SERVIÇO

EXPOSIÇÃO “DAS TRIPAS CORAÇÃO”

De 11 de novembro de 2016 a janeiro de 2017
Museu Inimá de Paula (Rua da Bahia, 1201 – Centro).
Horários: terça, quarta, sexta e sábado: 10h às 18h30
              quinta: 12h às 20h30
              domingo: 10h às 16h30
Mais Informações: (31)3213-4320

 

A cidade de São Paulo vai se consolidando como um dos mais importantes destinos para o artesanato tradicional mineiro. Na próxima terça-feira (22), às 18 horas, A Casa- Museu do Objeto Brasileiro abre as portas para a exposição “Sobre flores e bonecas: a cerâmica do Jequitinhonha”. São aproximadamente 2.000 peças de cerca de 30 artesãos de Santana do Araçuaí, no município de Ponto dos Volantes, no Vale do Jequitinhonha. É uma iniciativa socioeconômica e cultural do governo de Minas Gerais, A Casa – Museu do Objeto Brasileiro e  Sebrae Minas. 

Na abertura oficial, o curador da exposição -- professor Ricardo Gomes Lima -- vai mediar uma “rodada de conversa” com a participação de quatro artesãos. Os produtos estarão à venda até o dia 23 de dezembro, ou seja, os interessados na arte popular terão um mês para conhecer e, possivelmente, adquirir uma peça da autêntica arte popular.

A mostra na capital paulista é mais uma forma de valorização do artesanato da comunidade dos artesãos de Santa do Araçuaí, trabalho inspirado na obra criativa de “dona Izabel Mendes da Cunha” (1924 – 2014). A mestra, como também ficou conhecida ao longo de sua trajetória, foi reconhecida nacional e internacionalmente por diversos organismos, entre eles a Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

Ao mesmo tempo em que desenvolvia o seu trabalho, a mestra Izabel conseguiu ensinar a arte das bonecas a parentes e à comunidade deixando muitos discípulos e o legado de uma das mais expressivas formas de arte popular. Para essa exposição, a parceria envolveu as secretarias de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais (Seedif), Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Sedinor/Idene), Sebrae Minas e A Casa – Museu do Objeto Brasileiro, um dos espaços mais valorizados de São Paulo, que gentilmente recebe o trabalho dos mineiros do Vale do Jequitinhonha.

De acordo com os parceiros no evento, o artesanato é de fundamental importância na vida de muitas comunidades mineiras, razão pela qual merece todo o apoio possível para a inserção em novos mercados, por meio de mostras especiais ou feiras. São Paulo acolhe e valoriza o artesanato tradicional, facilitando a vida dos artesãos gerando emprego e renda.

Serviço: Sobre flores e bonecas: a cerâmica do Jequitinhonha(Mostra de Cerâmica de Santana do Araçuaí)

Local: A Casa – Museu do Objeto Brasileiro (Av. Pedroso de Morais, 1234 - Pinheiros, São Paulo, Telefone: (11) 3814-9711).

Abertura oficial: 22 de novembro, às 18 horas.

Período de exposição/vendas: 23 de novembro a 23 de dezembro, das 10 às 18h. 

O 9º Encontro Estadual de Museus, com o tema Pesquisa: no e para museu, será realizado nos dias 12 e 13 de dezembro pela Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, por meio da Superintendência de Museus e Artes Visuais e Sistema Estadual de Museus de Minas Gerais.

O evento é aberto a estudantes, professores, profissionais da área museológica e demais interessados no tema e acontece em Belo Horizonte, no Museu Mineiro, equipamento cultural integrante do Circuito Liberdade.  As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo link https://goo.gl/EgQ5tj até o dia 9 de dezembro.

No dia 12 o encontro será dividido em dois módulos. O primeiro módulo, cujo eixo temático é O Museu e a contemporaneidade: Pensar os Públicos, terá a participação de Diogo de Moraes (Sesc-SP) e Marcela França (IEPHA – MG / Circuito Liberdade).

Objeto, Memória, Museu: uma Construção Contínua de Significados será o tema do segundo módulo e contará com a participação de Thiago Costa (Museu Brasileiro do Futebol – Mineirão); Pablo Luiz de Oliveira Lima (Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG / Faculdade de Educação – FAE); Letícia Dias Schirm (Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte / Museu Histórico Abílio Barreto – MHAB) e Vinicius Duarte (SUMAV / Diretoria de Gestão de Acervos Museológicos – DGAM).

No dia 13, de 9h às 16h, será realizada a Clínica de Museus - Construindo soluções para realizar pesquisas para museu, atividade que propõe pensar coletivamente alternativas para superar obstáculos que restringem a pesquisa no museu e para o museu. A realização dessa atividade prática contará com o suporte dos profissionais Inês Cândido (IEPHA-MG); Vinícius Duarte (SUMAV /DGAM); Ana Carolina Montalvão (SUMAV /DGAM); Ana Werneck (SUMAV / Diretoria de Desenvolvimento e Ações Museológicas - DDAM); Pompea Tavares (SUMAV / Diretoria de Desenvolvimento de Linguagens Museológicas – DDLM). Na Clínica de Museus os participantes são convidados a trazer questões práticas relacionadas ao tema proposto, aprofundando seu entendimento e a construção de soluções coletivas.

Na sequência será apresentado o projeto Museomix, com a participação da produtora brasileira Laura Marnigoni. O Museomix é uma comunidade aberta e múltipla de apaixonados pela cultura, pela tecnologia, pela inovação e que compartilham o desejo de um museu aberto, conectado e participativo. A proposta está implantada em alguns museus europeus e canadenses e a ideia é trazer a atividade para o Brasil em 2017.

No final da tarde do dia 13 haverá o lançamento do livro Conceitos-chave de museologia, uma publicação do Conselho Internacional de Museus – ICOM, com a participação do representante da instituição, Bruno Brulon Soares.

No encerramento do 9º Encontro Estadual de Museus, será inaugurado o Centro de Estudos e Difusão da Arte Mineira (acervo Márcio Sampaio) – CEDAM, com a presença do Secretário de Estado de Cultura, Angelo Osvaldo e do próprio artista plástico e pesquisador responsável pela doação da sua coleção à Superintendência de Museus e Artes Visuais.

Há mais de 50 anos Márcio Sampaio coleta material sobre a arte visual mineira, compondo uma coleção com vasto registro sobre os principais e mais destacados nomes do cenário estadual. Estão incorporados ao CEDAM bibliografias e publicações sobre a arte brasileira e internacional; catálogos de exposições; gravações em vídeos; recortes de jornais e revistas; e edições de gravações em áudios e transcrições em CD.

O acervo contém informações sobre cerca de 1700 artistas, cuja atuação data desde o século XIX até os dias atuais, com ênfase para a arte moderna e contemporânea. Há ainda diverso e profundo material sobre as manifestações do Barroco em Minas e no Brasil.

Também crítico de arte, Márcio Sampaio reconhece o espaço como ideal para guarda de sua coleção, formada com tanto esmero. “Todo o acervo que coletei ao longo de tantos anos, ao ser incorporado ao Museu Mineiro, terá a finalidade com que sempre sonhei. A abertura do CEDAM neste espaço museológico, possibilitará que o acervo seja ampliado com a incorporação de outros documentos, em um processo contínuo de construção”.

Para Andréa de Magalhães Matos, Superintendente de Museus e Artes Visuais, o tema do 9º Encontro de Museus não poderia ser outro senão a pesquisa, já que nesta ocasião será disponibilizada ao público um novo espaço na entidade – o CEDAM - com foco no atendimento ao pesquisador. “Será uma grande oportunidade de tratar de assunto tão relevante para qualquer instituição museológica e ainda de ampliar e estimular processos no âmbito da Superintendência de Museus e Artes Visuais, tanto com pesquisas desenvolvidas pela sua própria equipe, quanto por outros profissionais, ou mesmo em atividades conjuntas”. 

O Centro de Estudos e Difusão da Arte Mineira – CEDAM irá agregar à Superintendência de Museus e Artes Visuais e ao Museu Mineiro mais um espaço aberto ao público, para visitação e pesquisa, divulgando e valorizando a diversidade da cultura mineira.

Sobre o Encontro Estadual de Museus de Minas Gerais

Minas Gerais conta hoje com mais de 408 museus e, a exemplo de outros estados brasileiros, vem trabalhando sistematicamente pela consolidação do seu Sistema Estadual de Museus. A principal iniciativa nesse intuito é a realização dos Encontros de Museus de Minas Gerais, evento que teve início em 2005.

Nos últimos anos, especialmente a partir de 2004, com a criação do Sistema Brasileiro de Museus (SMB), nota-se uma crescente articulação pela organização, desenvolvimento e valorização das instituições museológicas nacionais. Duas ações políticas do governo federal no campo museológico vieram confirmar e fortalecer a importância cultural da grande e diversificada rede de museus espalhada por todo o território nacional: a criação do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) e a instituição da lei que define o Estatuto de Museus.

 

 

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PROGRAMAÇÃO

9º Encontro Estadual de Museus | 2016

Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais – SEC-MG

Superintendência de Museus e Artes Visuais – SUMAV

Sistema Estadual de Museus de Minas Gerais - SEMMG

Tema: Pesquisa no e para Museu

Data: 12 e 13 de dezembro de 2016

Local: Museu MineiroAvenida João Pinheiro, 342 – Funcionários - Belo Horizonte MG

Informações: (31) 3269 1133 / 3269 1101 / 3269 1109

12 de dezembro (segunda-feira)

1º módulo: “O Museu e a Contemporaneidade: Pensar os Públicos”

09:00 às 09:30                       Credenciamento

09:30 às 10:10                       “Pesquisa sobre Contemporaneidade”

Diogo de Moraes (Sesc-SP) 

10:10 às 10:50                       “Pesquisa de Público em Espaços Culturais”

Marcela França (IEPHA- MG / Circuito Liberdade)

10:50 às 12:00                       Debate

2º módulo: “Objeto, Memória, Museu: uma Construção Contínua de Significados”

14:00 às 14:40            “A Exposição do Museu Brasileiro do Futebol: Escrita da História e Memória do Esporte”

Thiago Costa (Museu Brasileiro do Futebol – Mineirão)

14:40 às 15:20                       Museus, Cultura Material e o Ensino de História”

Pablo Luiz de Oliveira Lima (Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG / Faculdade de Educação - FaE)

15:20 às 16:00            A Pesquisa Histórica para Concepção das Exposições: a Experiência do MHAB”

Letícia Dias Schirm (Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte / Museu Histórico Abílio Barreto – MHAB)

16:00 às 16:20                       Café

16:20 às 17:00           “Recebendo Pesquisadores no Museu”

Vinícius Duarte (SUMAV / Diretoria de Gestão de Acervos Museológicos - DGAM)

17:00 às 18:00                       Debate

13 de dezembro (terça-feira)

Clínica de Museus - Consultores: Maria Inez Cândido (IEPHA-MG) | Vinícius Duarte (SUMAV /DGAM) | Ana Carolina Montalvão (SUMAV /DGAM) |Ana Werneck (SUMAV / Diretoria de Desenvolvimento e Ações Museológicas - DDAM) | Pompea Tavares (SUMAV / Diretoria de Desenvolvimento de Linguagens Museológicas – DDLM)

08:30 às 09:00            Credenciamento

09:00 às 12:00            Clínica 01 – “Construindo soluções para realizar pesquisas no museu”

14:00 às 16:00            Clínica 02 – “Construindo soluções para realizar pesquisas para museu”

Apresentações e Inaugurações

16:00 às 17:00                       Apresentação do projeto MuseoMix

Laura Maringoni (representante no Brasil)

17:00 às 17:30                       Café / APéROMIX (aperitivo do MuseoMix no Museu Mineiro)

17:30 às 18:00            Apresentação e Lançamento da Publicação Conceitos-chave de museologia do Conselho Internacional de Museus – ICOM (Edição de Minas Gerais)

Bruno Brulon Soares (ICOM-BR)

18:00 às 18:30            Apresentação e Inauguração do Centro de Estudos e Difusão da Arte Mineira – (acervo Márcio Sampaio) - CEDAM

Márcio Sampaio (artista plástico e pesquisador) e Angelo Oswaldo (Secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais)

     

SERVIÇO

Evento:9º Encontro Estadual de Museus de Minas Gerais

Data: 12 e 13 de novembro de 2017

Inscrições gratuitas

Horário: 9h às 18h

Local: Museu Mineiro

Av. João Pinheiro, 342 – Funcionários

 

“Quem visita nossa terra, ou vai mergulhar em água fria ou se tingir de minério, de poeira vermelha”. A frase do multiartista Eder Santos é um convite à mineiridade que ele bem sabe traduzir em arte-tecnologia, sem deixar de lado o tom crítico ou a poesia. Estado de Sítio é mais do que um chamado à reflexão sobre o estado de exceção sugerido pelo nome. As seis obras (quatro inéditas) passeiam – com suporte tecnológico utilizado como pincel – pelo barroco, a religiosidade, o desejo e a culpa, pelo corpo-produto-sexualizado do homem contemporâneo, pelas tensões sociopolíticas da atualidade, sem, claro, deixar de lado o cinema e o vídeo, que acompanham o artista desde a infância.

Abre a mostra a instalação Cascade. Em cena, uma cascata de televisões jorra imagens criadas por Eder em parceria com o também videoartista Leandro Aragão. “Alguns ícones imagéticos aos poucos vão desaparecendo, mas ainda são comuns à nossa Minas Gerais cheia de montanhas e cachoeiras. É do Quadrilátero Ferrífero onde está nossa Belo Horizonte que a paisagem jorra água-minério-cascalho-cascata-cascade”, poetiza Eder Santos.

Para o mineiro de 56 anos que ganhou o mundo a partir dos anos 1980 com vídeos que se aproveitavam dos ruídos e imperfeições inerentes ao formato, inaugurando texturas e técnicas que hoje podem ser obtidas com uma tecla do computador, “o cinema perdeu a película, cinema digital não é a mesma coisa, é uma imagem complementar”. Mas a mudança da película para o digital não representa necessariamente uma perda na opinião do artista: “Hoje, a imagem digital é um ruído em tudo, na nossa vida, na política. Mais do que nunca, a imagem está aí, a toda hora, o tempo todo, mais presente do que nunca. Devemos muito de nossa conjuntura atual à imagem digital, à televisão, à internet”, afirma.

Crítica à atualidade, que Eder Santos classifica como momento caótico, em que as garantias individuais e constitucionais vêm sendo sutilmente confiscadas, Estado de Sítio se atém também a questões humanas, de uma sociedade prisioneira da tecnologia que se apresenta como libertadora.

A instalação que batiza a exposição, Estado de Sítio mostra o banho de um homem a partir de imagens projetadas em um monólito de vidro. Em cena, o ser exibido, narciso, que assiste ao seu reflexo estremecer no espelho d’água, no monólito que continuamente recebe e repele o reflexo nu. “Mesmo despido, o sujeito esconde-se dentro do próprio corpo”, avisa Eder, para quem o corpo busca no reflexo da vitrine uma compensação para qualquer deficiência moral.

Santos homens - Todos os Santos é uma série na qual o artista cria, à sua maneira, representações de santos e santas com o compromisso de atravessar as fronteiras das religiões em um gesto genuinamente popular. Eder avança por sobre o sincretismo religioso mineiro para fazer provocações e homenagens. São Sebastião (encenado por Daniel Viana), por exemplo, está amarrado em um tronco e tem o sexo ora coberto, ora descoberto em meio a efeitos visuais. A obra é, segundo Eder, homenagem aos homossexuais “que, muitas vezes, por esconder sua opção sexual, padecem também como santos”. As imagens estão abrigadas dentro de redomas de vidro onde são projetadas as imagens criadas pelo artista.

A religião está presente ainda em A Casa dos Sinais Flutuantes, espécie de visão pós-moderna do conceito das casas de Ex-Votos, espaços das igrejas onde os devotos pagam promessas e/ou agradecem as graças alcançadas. Normalmente, esse agradecimento é acompanhado de uma réplica da parte do corpo beneficiada, como a escultura de uma perna ou até mesmo raios-x. Eder Santos utiliza os negatoscópios, equipamentos que permitem médicos lerem os raios-x do corpo humano, para sobrepor aos raios-x de imagens que revelam o sentimento religioso, a culpa e o desejo. Religiosidade é, na visão do artista, potente instrumento para refletir sobre a humanidade. “A questão religiosa, nesse lugar em que vivemos, é fortíssima. Minas é um estado muito religioso, muito barroco, e crescemos no meio de disso. É um sentimento muito forte, vem desde a infância e muitas vezes nem o percebemos”.

Integram a exposição litogravuras, inéditas, do artista e ainda a videoinstalação (não inédita) Distorções Contidas, que faz alusão a uma das principais obras de Marcel Duchamp, O Grande Vidro. Eder Santos projeta, em duas janelas feitas com lâminas de vidro, imagens fragmentadas de uma mulher e de um homem nus descendo uma escada.

Tela grande – As transformações da linguagem cinematográfica são questionadas por Eder Santos na obra Cinema, grande projeção que imita uma sala de cinema. Durante a mostra, uma tela no final da Grande Galeria exibirá continuamente dois filmes: Cinema (2009) e Pilgimage (2010). Em Cinema, o diretor apresenta cenas triviais de uma cidade pequena do interior de Minas através de seu olhar poético sobre o mundo. Interferências sutis, imagens que saem de foco e diferentes velocidades de transição remetem ao tempo que passa. O curta participou em 2010 do International Short Film Festival Oberhausen, na Alemanha, e do International Film Festival Rotterdam, na Holanda.

Pilgrimage traz um olhar poético e rigoroso sobre o percurso do minério de ferro, da extração da matéria-prima nas minas ao deslocamento do ferro até o mar, de onde segue de navio para o exterior. A palavra “peregrinação” designa jornadas de depuração espiritual. No vídeo, é o minério de ferro que realiza uma jornada de transformação física e depuração de propriedades químicas. A partir desse processo, o trabalho convida a refletir sobre a relação entre natureza e cultura, bem como entre trabalho, indústria e mercado.

Em sua própria peregrinação pelo mundo das artes, Eder Santos mantém firme a proposta de envolver as pessoas em um mundo de ideias e reflexões, sempre questionando o momento em que vivemos. Além de colocar a tecnologia a serviço da arte, o artista não abre mão da delicadeza, mesmo na abordagem de temas impactantes. O peso de imagens que provocam é contrabalançado por fina e irônica poesia.

 

Evento: Estado de Sítio – Eder Santos

Local: Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, Avenida Afonso Pena, 1537 – Centro – Palácio das Artes

Período: 23 de novembro a 22 de janeiro

Horário:  De terça a sábado, das 9h30 às 21h; Domingo, das 16h às 21h.

Entrada Franca

 

O Iepha-MG e Circuito Liberdade dão início às celebrações de fim de ano, a partir desta terça-feira, 6 de dezembro, e desta vez, inspiradas nas Folias de Reis mineiras. Uma extensa programação, preparada especialmente para este período de festas, traz uma novidade: o Circuito de Presépios e Lapinhas de Minas Gerais, que acontece nos espaços do Circuito Liberdade e em diversos municípios mineiros, com o objetivo de ampliar a participação de todo o estado na promoção do patrimônio cultural. E como já é a tradição, a Praça da Liberdade vai ganhar, a partir do dia 12 de dezembro, a iluminação de Natal da Cemig, e claro, com a Casa do Papai Noel, que encanta a criançada.

Além dos espaços que compõe o Circuito Liberdade, o Palácio Cristo Rei e o Servas, que também fazem parte da Praça da Liberdade, receberam presépios que poderão ser visitados pelo público durante toda a festividade natalina. O Centro de Arte Popular Cemig e o MM Gerdau Museu das Minas e do Metal foram além e organizaram exposições de presépios. Em “Presépios de Minas”, o CAP reuniu peças de artistas diversos e a Fundação de Arte de Ouro Preto – FAOP disponibilizou para o Museu das Minas e do Metal sua coleção obtida por meio do concurso nacional de presépios, realizado há 44 anos, reunindo peças de vários autores brasileiros.

O calendário com cerca de uma centena de atrações reúne apresentações gratuitas de corais e bandas no Coreto da Praça da Liberdade e nas escadarias dos espaços do Circuito Liberdade, além da programação de cada equipamento. São exposições, shows, espetáculos, oficinas para receber o público e a criançada também vai poder se divertir na Casa do Papai Noel, na Praça Carlos Drummond de Andrade, entre o Memorial Minas Gerais Vale e o MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal.

No dia 6 de janeiro de 2017, uma grande festa vai reunir diversos grupos de Folias de Reis, encerrando a programação com seus festejos tradicionais. Será um dia especial, em que as Folias irão visitar os espaços que integram o Circuito de Presépios, passando pela Praça da Liberdade e convidando o público para participar da festa da cultura popular.

Circuito de Presépios de Lapinhas no interior

Em uma iniciativa inédita em parceria com os municípios, o Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG) proporciona a visitação em diversos presépios em Minas Gerais. Por meio do  “Circuito de Presépios e Lapinhas de Minas”, 250 presépios residenciais e comunitários, montados em 150 cidades diferentes ficam abertos para o público até o dia 6 de janeiro, Dia de Reis. Um guia online com endereços e horários para visitação ficará disponível no site do Iepha-MG.  Em Minas, a tradição dos presépios está presente desde o século 18, com muitos deles montados nos chamados oratórios-lapinhas, encontrados nas regiões de Santa Luzia e Sabará.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais - IEPHA-MG, desde a promulgação do decreto 42.505/2002 que institui o instrumento de registro do Patrimônio Imaterial, atua na identificação do reconhecimento das manifestações culturais de Minas Gerais.

“O inventário cultural do Rio São Francisco, que é uma das primeiras ações participativas de identificação, trouxe à tona as manifestações de folias, ternos e charolas que fazem parte do cotidiano das comunidades da região Norte de Minas Gerais”, explica a presidente do Iepha-MG, Michele Arroyo.

Durante o ano de 2016, o estudo das Folias de Minas foi ampliado a outras regiões do Estado, com mais de 1.500 grupos identificados. O Circuito de Presépios e Lapinhas constitui-se em uma importante iniciativa em rede de salvaguarda das Folias de Reis como forma de promover a celebração na noite do dia 5 para o dia 6 de janeiro e comemorar o reconhecimento das Folias de Minas como patrimônio cultural imaterial do Estado.

 

 


Em pauta serão abordados importantes aspectos para o desenvolvimento do turismo da região e sobre o mapa do turismo brasileiro. Durante o evento, haverá também um debate sobre o agrupamento dos circuitos turísticos, formatação dos produtos turísticos, comercialização e receptivos.
Os desafios e as perspectivas para o ano de 2017 em relação aos circuitos também serão temas discutidos. Além disso, o projeto de lei e  a política estadual do turismo ganham destaque.

SERVIÇO:
Data: 22 de novembro
Local: CITUR - Sindicato Rural de Uberaba - MG - Rua Manoel Brandão, 160 - Mercês, Uberaba – MG. Telefone: (34) 3334-6500


 

Em meados da década de 1970, Caetano Veloso declarou que a melhor música brasileira era feita em Minas Gerais. Ele se referia à qualidade das composições de Milton Nascimento e seus parceiros do Clube da Esquina. Na mesma época, um grupo dedicado à MPB despontava na cena belo-horizontina. No livro “Grupo Mambembe – pequena história que virou canção”, o compositor Toninho Camargos resgata esse importante capítulo da nossa história musical. Uma noite de autógrafos acontece na próxima quarta-feira (07/12), às 19h, no Café com Letras, onde estão disponibilizados exemplares para compra.

Viabilizado pelo sistema de financiamento coletivo por meio do site Catarse.me, o projeto inclui um CD que reproduz boa parte do repertório do LP lançado pelo Mambembe, em 1981. A publicação é uma parceria das editoras Recanto das Letras e Mundo Produções e recebe o apoio da Secretaria de Estado de Cultura. Na última segunda (5), Toninho Camargos e o editor Jorge Marques da Silva apresentaram o trabalho para o secretário Angelo Oswaldo que elogiou a iniciativa.

 

Entre sambas, choros e maxixes, destacou-se no repertório do Mambembe a canção “Rio Araguaia”, de Cadinho Faria e Toninho Camargos. De maneira lírica e metafórica, a música que já mereceu várias gravações referia-se à guerrilha do Araguaia em tempos ainda vigiados pela censura do governo militar. Além dos dois compositores, o grupo lançou a cantora Titane, o flautista Miguel Queiroz e colocou nos palcos pela primeira vez o baterista Lincoln Cheib.

Como o próprio Toninho recorda, fizeram partedo grupoos músicosAldo Fer­nandes, Alysson Lima, Antônio Martins, Cláudia Sampaio Costa, Eduardo Amaral, Edson Aquino, Hermínio de Almeida Filho, Lina Amaral, Luiz Henrique de Faria, Marcílio Diniz, Murilo Albernaz, Pau­linho Mattar e Rogério Leonel. A produção era feita por José Maria Caiafa.

Quando o LP do grupo foi lançado, o compositor Fernando Brant declarou: “a gente tem mais é que olhar com carinho para esta rapaziada do Mambembe, gente jovem que enfrenta com coragem as barras da vida. Seja na diária luta cultural e política, na compreensão dos problemas que acorrentam nosso povo, seja no gesto alegre de cantar suas coisas, a sua verdade”.

Décadas depois, o produtor e agitador cultural Afonso Borges aponta o pioneirismo do grupo, que “foi fundador de uma política de atuação cultural formadora de uma geração em Belo Horizonte, entre 1972 e 1985. Seus integrantes (...) souberam construir, com uma música de altíssima qualidade, uma aliança entre música e política que foi repetida por muitos”.

 

Confira entrevista com Toninho Camargos:

Qual o seu objetivo com esse livro e esse CD?

- De forma geral, o projeto procura resgatar a trajetória, o caminho e a linha de trabalho do Grupo Mambembe de música popular, que atuou a partir de Minas, nas décadas 1970/1980, alcançando um destaque importante. Ao mesmo tempo, o livro procura levantar aspectos conjunturais da música daquele período, de modo que pode tornar-se um instrumento de reflexão sobre o desenvolvimento da prática musical em Minas Gerais.

Como você avalia a trajetória do Mambembe tantos anos depois?

- A elaboração do texto exigiu trabalho de pesquisa, que muito me surpreendeu, porque eu já não me lembrava de muita coisa daquela época. Como toda formação jovem da música, o Mambembe surgiu atuando em busca da profissionalização, mas com uma linha de ação definida. O grupo tinha o que falar com sua canção e procurava conhecer sobre o que estava falando. Atuamos numa época da ditadura e procuramos contribuir com o amplo movimento pelas liberdades democráticas e pela volta da democracia. Pelo reconhecimento de público (regional) que alcançamos, podemos dizer que fomos bem sucedidos.

Entre todas aquelas músicas cantadas ou gravadas pelo grupo, quais você acha que ficaram ou que ficarão como testemunho de uma época?

- A maior parte do repertório do Mambembe, músicas de alguns de seus integrantes como Cadinho Faria, Murilo Albernaz, Edson Aquino, Antônio Martins, dentre outros nos quais me incluo, continua inédita. Gravar disco naquela época era missão quase impossível, exclusividade das grandes gravadoras. Assim mesmo o Mambembe fez o seu disco independente. No CD que lançamos paralelamente ao livro, reunimos parte do trabalho realizado em estúdio para integrar, na época, algum disco de vinil. E também gravações de shows realizadas sem qualquer pretensão profissional. Com a restauração sonora de alta qualidade, puderam ser incluídas no trabalho. Nossa música mais conhecida, sem dúvida, é “Rio Araguaia”, que assino com o Cadinho Faria, nosso compositor de maior destaque.

Se estivesse surgindo hoje, o Mambembe teria espaço de atuação na cena musical brasileira e por consequência na mídia?

- Hoje a realidade é outra. Para se ter ideia, quando o Mambembe começou, e em 1974, havia quase seis anos que nada acontecia. Vivíamos um marasmo cultural tremendo por causa do AI-5. E o grupo surgiu junto com um movimento musical mineiro – despontaram dezenas de bandas mais ou menos no mesmo tempo, que buscavam viver de música sem ter que sair de BH ou Minas. Foi uma batalha coletiva bonita e emocionante, mas que também iniciava o processo de shows intimistas, apresentações em teatro, que não eram usuais antes. O Movimento Estudantil e o Circuito Universitário foram fundamentais para a promoção cultural e artística na época. Foi um processo de construção. Apesar das dificuldades encontradas pelos músicos de hoje, é tudo mais fácil, tudo mais viável.

Como você avalia a produção musical contemporânea?

- Estamos num processo evolutivo, cíclico, que acompanha o processo político e econômico. Pode haver retrocessos temporários, mas de modo geral tudo evoluiu e muito. A música popular em Minas hoje é formada por músicos de alto gabarito, músicos que tiveram a oportunidade de estudar formalmente a matéria – muitos deles completaram o ensino superior musical. São instrumentistas de gabarito. Também despontam grandes compositores do que a gente chamava MPB, ótimos melodistas, ótimos letristas e excelentes trabalhos vocais.

Qual a receita para a cultura nacional voltar a ter espaço na escola e na mídia?

- Esse é o maior problema de todos, em todos os tempos. Quanto mais a mídia se profissionalizou, mais ela reduziu o espaço da arte, especialmente da música. À mídia, hoje, não interessa apresentar a diversidade da música brasileira. Esta diversidade está disponível sim, na Internet, de forma dispersa, mas está lá. Hoje o número de lançamentos de CD independentes ou de pequenas produtoras supera em muito o de lançamentos das poucas grandes gravadoras. Superam em números absolutos, em qualidade artística e em diversidade cultural. Só não superam em número de vendas. A mídia e a indústria fonográfica detêm esse controle. 

SERVIÇO

Noite de autógrafos do livro e CD “Grupo Mambembe – Pequena história que virou canção”

Data: 07/12, quarta-feira

Horário: 19h

Local: Café com Letras - R. Antônio de Albuquerque, 781 - Savassi, Belo Horizonte

Para fins de apresentação da documentação necessária para renovação da certificação dos circuitos turísticos para o ano de 2017, foi realizada, no Diário Oficial de Minas Gerais, a publicação da RESOLUÇÃO SETUR Nº36, DE 08 DE NOVEMBRO DE 2016 que Altera a Resolução SETES nº 045/2014.

O Prazo para entrega dos documentos é até o dia 31/12/16.

 

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Com stand personalizado, a Setur irá focar a promoção turística dos principais destinos mineiros agregado ao artesanato, à gastronomia e às experiências dos turistas, quando visitam Minas Gerais. Durante a feira, haverá também uma grande Mostra do Artesanato de diversas regiões do Estado.
O artesanato, produto associado ao turismo, é composto por atributos naturais e ou culturais de uma determina localidade ou região e agrega muito valor ao produto turístico. Neste sentido, é possível identificar esses artesanatos e seus processos produtivos são componentes marcantes da atratividade de um destino, qualificando diversificando a oferta. 

De acordo com o secretário adjunto de Estado de Turismo, Gustavo Arrais, a feira contribui para o fortalecimento do setor. “Os eventos regionais são de grande importância, no intuito de reforçar a divulgação de Minas Gerais, despertando o interesse dos visitantes em conhecer novos atrativos e, consequentemente, estimulando o fluxo turístico interno. Além disso, o encontro é uma ótima oportunidade de estreitar relações com os artesãos locais e o público final”.

A feira oferece ainda a oportunidade de estimular as regiões turísticas na percepção da relevância dos produtos associados na formatação dos roteiros turísticos, além da promoção e divulgação dos destinos, roteiros e ou produtos, agregados a atividades turísticas envolvendo vivências, junto aos artesãos das regiões.

“Nossa participação pode ser considerada um convite à descoberta de Minas em todos os seus aspectos, remetendo a uma vitrine que oferecerá por si a beleza e atratividade dos destinos e produtos turísticos, agregado a singularidade do artesanato mineiro, que tem o poder de atrair o olhar, de chamar a atenção, e de despertar o desejo do visitante em conhecer Minas Gerais”, reforça Arrais.
Artesanato mineiro
Em Minas Gerais, estima-se que haja 500 mil artesãos, segundo dados do IBGE de 1999. O Estado é responsável por 60% das exportações nacionais, conforme informações da APEX Brasil/2006, sendo que, 10% dos 30 bilhões comercializados no país é referente à venda do artesanato mineiro (MDIC/2006).

Esses números mostram a importância do setor em relação à economia do Estado. O artesanato é um gerador de renda, que além do fator econômico contribuí para o desenvolvimento social, turístico, e para a melhoria na qualidade de vida dos envolvidos no ramo.

O artesanato em cerâmica, de origem indígena, é desenvolvido especialmente nos vales do Jequitinhonha e São Francisco, um dos mais difundidos da produção mineira. Os ceramistas, geralmente, produzem objetos utilitários ou representativos, como potes, panelas, vasos, cachimbos e imagens.

O turista que busca uma experiência diferente e transformadora não poderá deixar de visitar o Vale do Jequitinhonha, onde eles farão uma verdadeira imersão cultural, vivenciando a rotina dos mestres ceramistas, hospedando-se em receptivos familiares, além de conhecerem e experimentarem a culinária típica da região.

O trabalho em pedra-sabão que é predominante em Ouro Preto, Congonhas, Mariana e Serro e também se concentra em objetos utilitários ou figurativos. Minas reúne o mais importante acervo arquitetônico e artístico do período colonial brasileiro, preservado em cidades de fama internacional como Ouro Preto, Diamantina, Congonhas do Campo e Mariana, ricas pela profusão de obras-primas do estilo Barroco, nas quais se destacam os trabalhos de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e Mestre Athaíde. As cidades centenárias narram a grandiosidade da história do Brasil. Minas também é um imenso palco de manifestações artísticas, exportadas nacional e internacionalmente.

O artesanato em madeira que é produzido em regiões diversas do Estado, sendo as peças mais comuns às imagens de santos ou personagens históricas serão apresentados, assim como, os bordados, os trançados em talas, bambu e fibras têxteis, os crochês e o tricô.

A rica gastronomia mineira, que se destaca pela diversidade regional e fomenta o turismo, ganha destaque com o famoso doce de leite de Viçosa e o tradicional Queijo do Serro, registrado como Patrimônio Imaterial de Minas Gerais e do Brasil, atraindo turistas do mundo inteiro.


 

O Circuito Liberdade realiza a segunda edição do concurso no Instagram. Este ano, o tema é "Presépios de Minas Gerais" e os interessados em participar devem postar suas fotos no período de 12 de novembro a 12 de dezembro, com a hashtag #PresépiosdeMinas. O objetivo do concurso é estimular a interatividade com os seguidores das redes sociais do Circuito Liberdade e divulgar a cultura mineira. Podem ser fotografados presépios em todo o estado de Minas Gerais e os registros devem ser inéditos. O participante também deve seguir o Circuito Liberdade no Instagram, no endereço @circuitoliberdade.

Os candidatos selecionados terão suas fotos expostas na Fachada Digital do Espaço do Conhecimento UFMG, durante as celebrações do Natal que acontecem na Praça da Liberdade.  A data da exposição "Presépios de Minas Gerais" será divulgada em diversos meios de comunicação do Governo, nas redes sociais e na imprensa em geral. Além de integrar a mostra, os três primeiros selecionados também receberão kits, contendo publicações ligadas às artes, dentre outros.

Uma comissão avaliadora, composta por membros do Circuito Liberdade, irá fazer a seleção das fotos. A escolha das imagens será feita por critérios de criatividade, estética, adequação para o suporte final (Fachada Digital) e relação com o tema do concurso.

O regulamento completo está disponível abaixo:

Concurso de fotos do Instagram PRESÉPIOS DE MINAS GERAIS

 Regras de seleção

 Este documento estabelece as regras de seleção do concurso cultural de fotos de Instagram, com o tema PRESÉPIOS DE MINAS GERAIS, a ser realizado pelo Circuito Liberdade/IEPHA-MG. O objetivo é tornar público os critérios de avaliação, a premiação e o posterior uso das imagens selecionadas.

A participação neste concurso sujeita todos os participantes às regras e condições estabelecidas neste Regulamento, não sendo necessária a aquisição de qualquer produto, bem, direito ou serviço, nem condicionada ao pagamento de qualquer quantia e/ou valor, pelos participantes.

Dessa forma, o participante, no ato da sua participação, adere a todas as disposições, declarando que LEU, COMPREENDEU E TEM TOTAL CIÊNCIA de todo o teor deste Regulamento.

 

Sobre o concurso:

•    O tema desta edição é PRESÉPIOS DE MINAS GERAIS;

•    Poderão ser fotografados presépios em todo o estado de Minas Gerais;

•    As fotos devem ser inéditas.

•    As fotos devem ser marcadas com a hashtag #PresépiosnoCircuito. Apenas esta hashtag vai oficializar a foto no concurso.

•    Serão aceitas somente fotos de cidades e localidades mineiras, devidamente sinalizadas na legenda da foto juntamente com a hashtag #PresépiosnoCircuito.

•    As imagens devem ser fotografadas e postadas a partir das 9 horas do dia 12 de novembro até meia-noite do dia 12 de dezembro de 2016.

•    As fotos postadas fora do período estipulado serão automaticamente desconsideradas.

•    As fotos podem ser produzidas com qualquer tipo de equipamento fotográfico, entretanto, devem ser postadas via Instagram. A conta na qual a foto for publicada servirá para identificação do autor da foto na Fachada Digital do Espaço do Conhecimento UFMG.

•    O usuário deverá seguir o Circuito Liberdade no Instagram: @circuitoliberdade.

•    A conta do usuário no Instagram não pode ser privada (bloqueada).

•    O conteúdo das fotos é de responsabilidade do fotógrafo.

Informações gerais e exigências:

• Ao utilizar a hashtag #PresépiosnoCircuito, o participante concorda com o uso da foto para fins de projeção na Fachada Digital do Espaço do Conhecimento UFMG - em data a ser divulgada por meio do site www.circuitoculturalliberdade.com.br e pelas redes sociais do Circuito Liberdade (Facebook, Instagram e Twitter). As fotos também poderão ser usadas em veiculação por meio das redes sociais do Circuito Liberdade e dos equipamentos que compõem o Circuito Liberdade.

• Ao utilizar a hashtag #PresépiosnoCircuito, o participante cede o direito de uso da imagem fotográfica, bem como o direito de autor, em caráter gratuito e temporário, nos termos dos artigos 49 e seguintes da Lei 9.610/98.

 

Art. 49 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610/98

LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998

Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.

Art. 49. Os direitos de autor poderão ser total ou parcialmente transferidos a terceiros, por ele ou por seus sucessores, a título universal ou singular, pessoalmente ou por meio de representantes com poderes especiais, por meio de licenciamento, concessão, cessão ou por outros meios admitidos em Direito, obedecidas as seguintes limitações:

I - a transmissão total compreende todos os direitos de autor, salvo os de natureza moral e os expressamente excluídos por lei;

II - somente se admitirá transmissão total e definitiva dos direitos mediante estipulação contratual escrita;

III - na hipótese de não haver estipulação contratual escrita, o prazo máximo será de cinco anos;

IV - a cessão será válida unicamente para o país em que se firmou o contrato, salvo estipulação em contrário;

V - a cessão só se operará para modalidades de utilização já existentes à data do contrato;

VI - não havendo especificações quanto à modalidade de utilização, o contrato será interpretado restritivamente, entendendo-se como limitada apenas a uma que seja aquela indispensável ao cumprimento da finalidade do contrato.

•     Cada participante pode marcar mais de uma foto com a hashtag #PresépionoCircuito (hashtag oficial), podendo utilizar ainda as hashtags #PresépiosdeMinas #CircuitoLiberdade apenas para categorizar as fotos, que poderão ser pesquisadas posteriormente.

•     Todas as fotos selecionadas poderão entrar na programação da Fachada Digital, desde que o participante respeite os critérios de validação mencionados neste regulamento.

•     Uma comissão avaliadora irá fazer a seleção das fotos. A comissão é composta por:

--   Sandra Nascimento (coordenadora interina de Comunicação do Circuito Liberdade e analista de redes sociais do Circuito Liberdade/ Iepha/MG)

-     Gelton Filho (coordenador de Educação do Circuito Liberdade)

-     Izabel Chumbinho (fotógrafa do Iepha-MG)

• Não serão aceitas fotos que contenham cunho ofensivo, imoral, discriminatório, com teor ilícito ou imagens que sugiram ou estimulem atos que possam colocar em risco a saúde, segurança e a vida.

• Todos que colocarem a hashtag #PresépiosnoCircuito em suas fotos estão, automaticamente, expressando a participação voluntária na campanha.

Dos critérios de avaliação, classificação e resultado:

• As fotos serão selecionadas pela comissão avaliadora do projeto, seguindo critérios de criatividade, estética e adequação para o suporte final (Fachada Digital do Espaço do Conhecimento UFMG).

• Somente serão consideradas válidas as participações que preencherem todas as condições necessárias, realizadas dentro do prazo e por meio dos procedimentos previstos neste regulamento.

• Os selecionados serão informados via Instagram e facebook - por meio da página do Circuito Liberdade - sobre o período em que suas fotos serão veiculadas na Fachada Digital do Espaço do Conhecimento UFMG.

• Serão selecionadas 03 fotos ganhadoras e mais 12 fotos para compor o painel de exposição da Fachada Digital.

• Os três ganhadores terão as fotos veiculadas na Fachada Digital do Espaço do Conhecimento UFMG do Circuito Liberdade e nas demais mídias citadas neste edital.

 

Disposições finais:

• Esta ação não é patrocinada, apoiada, administrada ou possui qualquer associação com o Instagram, Facebook e/ou empresas coligadas.

• Esta ação não possui fins lucrativos ou comerciais.

• A participação nesta ação não gerará ao participante nenhum outro direito ou vantagem que não esteja expressamente previsto neste regulamento.

• A participação nesta ação implica a aceitação total e irrestrita de todos os itens deste regulamento.

Uma das mais destacadas e premiadas dançarinas e coreógrafas da capital mineira e com projeção nacional, Dudude apresenta sua nova criação no Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte – CCBB BH: SUBLIME TRAVESSIA. A temporada de estreia acontece no Teatro 2 nos dias 2,3,4,5; e 9, 10, 11 e 12 de dezembro, de sexta a segunda-feira, sempre às 19h. 

Dudude vem, desde 2011, apresentando o trabalho A Projetista, no qual a artista se coloca no lugar de projetar seus desejos de realização lançados sempre adiante e compartilhando com o publico em geral a condição de existir no mundo atual, “A Projetista” vem se apresentando por todo o território nacional. Agora, estreia sua mais nova criação, que ficou em processo de gestação por um largo tempo: “Sublime Travessia”.

Em Sublime Travessia a artista leva à cena uma travessia por estas terras brasileiras, tendo como fonte de inspiração o Hino Nacional, sua experiência enquanto ser nascido aqui mesmo, seus alarmes frente à destruição de sítios naturais como nossos rios, montanhas, florestas, gentes. O espetáculo propõe uma travessia pelo Brasil, de norte a sul, de leste a oeste, tendo na subjetividade seu lugar de expressão. O corpo atravessa sublimemente cada som, permeável de urbanidades, estilizado, técnico, treinado nas habilidades do movimento que o estudo da arte pode potencializar a imaginação do público em se reconhecer junto.

Dudude convidou Natalia Malo, que também é responsável pela trilha sonora de “A Projetista”, para estar junto nesta nova empreitada compondo a trilha sonora, propositalmente uma composição remendada, rica, diversa de sons originários de uma cultura popular que ultrapassa nossos tempos, dando a sustentação necessária e assim ativando o imaginário do trabalho e fazendo com que o espectador atravesse junto e seja cumplice desta travessia.

Sublime Travessia, onde o rio faz a curva, convida a uma reflexão amorosa sobre o cultivo do pertencimento, a valorização das origens, a prática da ética e a uma redescoberta deste lugar que habitamos nos tempos de agora.

Sinopse 

A necessidade de travessia de um corpo artístico estilizado, potente de intuição e instinto, aguçado de perceptividades eletivas que repousam no campo das afetividades e estão disponíveis para os estímulos brasis. A travessia se faz imbuída de capturas sensíveis, midiáticas, publicando no espaço da expressão o tão sublime que possa ser “pátria nossa idolatrada salve, salve”!

A montagem

Em Setembro de 2016, como parte do processo de criação, foi realizado no  atelier da artista em Casa Branca o encontro Conversas Brasis ou procura-se cOração Brasil envolvendo artistas, filósofos e publico em geral com o intuito de nutrição para a “Sublime Travessia” e  para produzir pensamentos e ações sobre ecologia, cidadania, arte etc.

Sobre Dudude

Dudude Herrmann (BH), bailarina, improvisadora, coreógrafa, consultora, curadora, diretora de espetáculos e professora de dança, performer.

Vive e trabalha entre Casa Branca/ Brumadinho e Belo Horizonte.

Inicia seus estudos nos anos 70 como parte da geração do Grupo Trans-Forma BH/MG.  Dirigiu seu estúdio EDH, de 1994 a 2008. Fundou a Benvinda Cia de Dança de 1992 a 2007, onde exerceu diversas funções entre diretora, coreográfa, bailarina etc.  Ministra oficinas, workshops, aulas em vários espaços e lugares do Brasil.  Trabalha em seu Atelier de artista, localizado em Casa branca,  desenvolve  e promove ações focadas na arte extemporânea através da realização de eventos com artistas nacionais e internacionais. Segue trabalhando interessada e curiosa em assuntos de arte/vida.

Blog da artista: http://coisasdedudude.blogspot.com.br/

Dudude Sublime Travessia cred. Adriana Moura 6

SERVIÇO

SUBLIME TRAVESSIA - DUDUDE

Dias 2,3,4 e 5; e 9, 10, 11 e 12 de dezembro

Local: Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte – CCBB BH

Teatro II
Praça da Liberdade, 450, Funcionários – BH
Data: de 21 de outubro a 14 de novembro de 2016

Ingressos: R$ 10,00 (meia) R$ 20,00 (inteira)

 

Amanhã (19 de novembro), às 14h30, o Museu de Congonhas recebe Paulo Henrique para lançar seu livro "Venenos adocicados - A trajetória do poeta e jornalista Djalma Andrade".  

A obra conta com prefácio escrito pelo secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo.

No livro, Paulo Henrique quer resgatar a lembrança de figuras ilustres que fizeram conhecida a cidade mineira de Congonhas, celebrada  pelo culto ao Aleijadinho e a seus Profetas.

O belo e barroco cenário também produziu bons frutos, que manejaram a palavra plena, dom de vida e se notabilizaram com escrita de valores.

Djalma Andrade, singular figura no arranjo das palavras, não foi apenas o jornalista satírico que na História Alegre de Belo Horizonte, fazia cada manhã  brotar sorrisos nos leitores do Estado de Minas.

O autor celebra a obra: "estou muito feliz, pois este livro é resultado de muita pesquisa. Não retrato somente a vida e obra de Djalma, um dos maiores jornalistas de Minas Gerais, mas também apresento diversas histórias políticas, sociais e culturais de nosso estado e do Brasil, na maioria, fatos desconhecidos. É muito bom contribuir no resgate de nossa história. Minas Gerais e Congonhas merecem".

Angelo Oswaldo congratula Paulo Henrique e elogia o livro carregado de boas memórias. "Paulo Henrique de Lima, estimulado por Avelina Noronha, notável estudiosa da história queluzense, realiza um trabalho repleto de significados culturais, ao lançar “Venenos Adocicados”. Conheci Djalma Andrade e seu irmão, o escritor Moacyr Andrade, próximos de meu avô José Oswaldo de Araújo, evocado no livro, e fui amigo de Odin de Andrade, autor do admirado “Juventude, Juventude”, memórias de um belo-horizontino também singular. Valho-me dessas referências para atestar a qualidade da biografia que revela ao leitor não só o poeta, mas toda uma época, por meio de um retrato que flagra, à sua volta, uma legião de personagens da história de Minas Gerais e do Brasil.

"

 

A participação da Setur no encontro tinha o propósito de adquirir mais informações sobre o assunto já que a partir do próximo ano iniciará o projeto de fomento ao turismo nos parques estaduais de Minas Gerais, que consiste em integrar ações com o Instituto Estadual de Floresta (IEF), de maneira a estimular o fluxo turístico nos parques e suas regiões, por meio de melhorias nas estruturas, promoção, comercialização e dos serviços.

No evento foram apresentados alguns casos em que a parceria público-privada (PPP) obteve grande êxito. A superintendente de Estruturas do Turismo, Cláudia Bolognani, que acompanhou o encontro, percebeu como uma PPP pode auxiliar na gestão de alguns locais públicos. “As concessões quando são bem desenhadas produzem ganhos que vão além da prestação de serviços de qualidade à população, mas também um aumento significativo da proteção ambiental, do fluxo turístico e, acima de tudo, do desenvolvimento socioeconômico da comunidade local, ampliando a geração de empregos e renda”.
O encontro contou com a participação de autoridades públicas e especialistas de renome internacional.

Com o tema central “Novos caminhos na valorização da peregrinação e do turismo religioso: cooperação, gestão e inovação”, o evento proporcionou um extenso intercâmbio de informações entre os 16 países participantes. Para o secretário de Estado de Turismo de Minas Gerais, Ricardo Faria, presente no encontro, esta ação é uma importante ferramenta para movimentar o setor. “Por meio deste congresso, Minas Gerais foi mais uma vez apresentada no exterior, agora divulgando o Estado como destino turístico religioso”, revela. 

Minas Gerais investe progressivamente no aumento do fluxo turístico religioso. Para isso, são necessárias novas formas de gestão, de cooperação e de constante procura dos modos mais criativos para manter e incrementar as atividades econômicas ligadas a este segmento. “Estamos em constante aprendizado em relação ao desenvolvimento do turismo religioso no mundo. Além da busca espiritual e da prática religiosa, fica notório a grande possibilidade de gerar emprego e renda e, consequentemente, contribuir positivamente com a qualidade de vida de todos os envolvidos”, enfatiza Faria.

CRER – Participando do princípio que 8,1 milhões das viagens domésticas no Brasil são motivadas pela fé, pode-se considerar que o turismo religioso é o que mais cresce no país. Sendo Portugal o terceiro maior emissor de turistas para Minas Gerais e um dos mercados prioritários em atração de turistas internacionais. Dessa forma, é auspiciosa a informação de que o projeto Caminho Religioso Estrada Real – CRER terá como novo parceiro o governo português. “Portugal demonstrou grande interesse em contribuir e investir na proposta que pretende integrar o Santuário de Fátima, em Ourém, ao CRER que já abraça 33 municípios mineiros e seis do estado paulista”, destaca o secretário. 

Recentemente, um acordo de cooperação técnica foi assinado entre a Setur-MG, o Centro Nacional de Cultura e a Câmara Municipal de Ourém dando início à elaboração de um plano de execução para interligar os polos religiosos. O projeto conta também com a participação e parceria da Arquidiocese de Belo Horizonte, que foi representada pelo padre Fernando César.

O projeto ainda está em fase de formatação e terá como elemento promocional um passaporte que será carimbado em cada uma das etapas, com destaque para Fátima, para o santuário de Nossa Senhora da Piedade (MG) e de Nossa Senhora da Aparecida (SP). “Assim nós fortalecemos o turismo religioso em nosso Estado. Divulgar Minas Gerais é a melhor forma de convidá-los a conhecer de perto o que temos de melhor”, finaliza Ricardo Faria. 

 

O Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), abriu edital para arrendamento de imóvel, implantação, gestão e operação da Casa da Gastronomia Mineira. Interessados têm até 12 de janeiro de 2017 para apresentarem suas propostas. O projeto, desenvolvido em conjunto pela Codemig e pela Secretaria de Estado de Turismo (Setur), busca estabelecer um espaço que promova a cultura gastronômica e a culinária mineira em toda a sua diversidade.

“A Casa da Gastronomia vai capitalizar o potencial do setor como indutor de desenvolvimento econômico e de diferencial turístico para o Estado. Serão desenvolvidas atividades que valorizam toda a cadeia produtiva da gastronomia e também relacionadas à preservação de tradições culturais”, explica o presidente da Codemig, Marco Antônio Castello Branco. Ele aponta que o equipamento terá enfoque nos segmentos de café, queijo, aguardente de cana, doces e bebidas artesanais.

O novo espaço receberá atividades de promoção, divulgação e capacitação em gastronomia e culinária mineira, além de eventos, oficinas, cursos, exposições e demonstrações. Também será palco para apresentação de chefs e produtos e para debates, relacionamento e interação entre os profissionais da cadeia produtiva e consumidores, por exemplo. A Casa contará ainda com um espaço expositivo da gastronomia mineira, servindo como ponto de divulgação e difusão da culinária de diversas regiões de Minas Gerais. O projeto vencedor envolverá, em caráter permanente, a coordenadoria de Gastronomia da Secretaria de Estado de Turismo e será desenvolvido em consonância com iniciativa privada.

A Casa da Gastronomia será instalada na antiga Casa de Correção, no Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte. O imóvel, que integra o Centro de Cultura Presidente Itamar Franco, foi completamente restaurado pela Codemig. O complexo também abriga a sede da Orquestra Filarmônica, a Sala de Concertos Minas Gerais e, em breve, as sedes da Rádio Inconfidência e da Rede Minas de Televisão.

 

O edital

 

A licitação será na modalidade “Concorrência” (melhor técnica). Poderão participar pessoas físicas e jurídicas consorciadas ou não, com ou sem fins lucrativos, desde que tenham em seus objetos sociais característica cultural e atuação na área de Gastronomia. Os interessados devem apresentar, conforme diretrizes do edital, proposta técnica (contendo plano de comunicação e marketing, plano de concepção de programação e curadoria e plano de negócios) e proposta comercial.

O edital está disponível para download no site www.codemig.com.br, na aba Licitações, ou clicando aqui. A licitação está agendada para 12 de janeiro de 2017, às 14h. Os pedidos de esclarecimento poderão ser enviados por e-mail para o endereço Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

Minas de Todas as Artes

 

O fomento da Codemig à gastronomia integra o Minas de Todas as Artes – Programa Codemig de Incentivo à Indústria Criativa, lançado em agosto de 2015. A iniciativa inédita e estratégica busca fomentar o desenvolvimento de novos negócios que gerem empregos, renda e riquezas para o Estado. Até o fim de 2018, serão investidos mais de R$ 20 milhões em editais de fomento e fortalecimento, com iniciativas de valorização de setores como gastronomia, audiovisual, design, moda, música e novas mídias.

A Indústria Criativa constitui a cadeia produtiva composta pelos ciclos de criação, produção e distribuição de bens e serviços que usam criatividade e capital intelectual como insumos primários. Estima-se que haja mais de 250 mil empresas no Brasil na área da Indústria Criativa. Acompanhe as iniciativas do programa Minas de Todas as Artes no Facebook (www.facebook.com.br/minasdetodasasartes), no Instagram (@minasdetodasasartes) e no site www.codemig.com.br.

Quando se fala em Minas Gerais, em qualquer fórum cultural no país e no mundo, logo se pensa no patrimônio histórico e artístico, quase um codinome do Estado. Desde seu surgimento, seu patrimônio se configura como espaço de vivências das manifestações de raiz mineira e é hoje um dos principais setores estratégicos da cultura e do desenvolvimento de Minas.

OFS 9020 encontro prefeitos cidades historicas  Foto Omar Freire Imprensa MG

Como forma de alinhar e mobilizar as iniciativas de gestão, proteção, salvaguarda e promoção do patrimônio no Estado, que detém pelo menos 40% dos bens inscritos na lista do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, além de quatro títulos de Patrimônio da Humanidade pela Unesco, a Secretaria de Estado de Cultura promoveu, na última quinta-feira (17), um encontro com os prefeitos eleitos, neste ano, para conduzir de 2017 a 2020 o executivo dos municípios inscritos na Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais - ACHMG.

Acompanhado de gestores das diversas entidades e superintendências do Sistema Estadual de Cultura, o secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, aproveitou o evento para mostrar as possibilidades de fomento e incentivo, os serviços prestados pelo governo estadual nesta área e as parcerias possíveis.

Estiveram presentes no MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal o Promotor de Justiça e Coordenador da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico, Dr. Marcos Paulo de Souza Miranda, e a Superintendente do Iphan-MG, Célia Maria Corsino. Entre os prefeitos eleitos estavam, Leris Felisberto Braga - Santa Bárbara; Júlio Pimenta - Ouro Preto; Zé Fernando - Conceição do Mato Dentro; Marcilio Valadares – Pitangui; além de representantes de Mariana, Brumadinho, Itabirito, Caeté, Januária e Congonhas.

A efetividade de um trabalho em rede, a articulação de projetos estruturais comuns às cidades históricas e um parecer da atual situação de obras, inventários e licenciamentos do órgão federal no Estado foram os pontos altos da pauta.

 OFS 9039 encontro prefeitos cidades historicas  Foto Omar Freire Imprensa MG MP

O encontro

Minas Gerais possui, a nível municipal, 4.118 bens protegidos, desde obras baseadas em pedra e cal, a maioria localizada nas igrejas e monumentos barrocos, até registros de patrimônios imateriais como modo de fazer o queijo e o toque dos sinos, não podendo se esquecer do imenso patrimônio ferroviário e dos dois terços do patrimônio arqueológico nacional que aqui estão. Fatos esses escancaram para o secretário a importância da iniciativa.

“Não existe cidade “ahistórica”, mas podemos dizer que das 5600 cidades brasileiras temos no mínimo 700 que mostram zelo ao patrimônio com os seus conselhos municipais. Agradeço o apoio da ACHMG, entidade que já tive a honra e a satisfação de presidir quando prefeito de Ouro Preto. É importante que tenhamos as políticas patrimoniais como algo estratégico, gerador de recursos para nossas municipalidades. É algo extremamente rentável. Quando estamos aqui investindo neste setor, estamos também colaborando para a expansão da economia”, afirma o Angelo Oswaldo.

 

DOIS GRANDES ALIADOS: MP E IPHAN

O Promotor de Justiça, Dr. Marcos Paulo de Souza Miranda, foi taxativo: “se quisermos alcançar êxito na defesa do patrimônio o trabalho em rede é fundamental. Precisamos deixar o amadorismo de lado para trabalhar esta questão seriamente”. Para ele, nesse ponto, a Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais pode ajudar com apoio técnico e projetos estruturadores que possam valer por todas essas localidades. Miranda contou experiências de parcerias realizadas em Santa Bárbara, Congonhas e Lafaiete que são frutos de aplicação de verba a título de medidas compensatórias.

A Superintendente do Iphan, Célia Maria Corsino, que trabalha pela entidade que completa 80 anos em 2017, afirmou que as 93 ações do PAC das Cidades Históricas em oito cidades mineiras serão finalizadas até julho de 2017.  Sobre a gestão municipal, ela considerou que estamos passando por um momento de inflação patrimonial, onde acontece uma verdadeira corrida para inscrição de bens, o que para ela não é o melhor caminho. “Mais do que ter títulos, temos que nos aplicar em integrar as ações patrimoniais às demais políticas públicas, ampliando a sua abrangência”, disse.

Corsino contou ainda que, além dos 230 processos de licenciamento para intervenção do Iphan em Minas Gerais, está em andamento uma grande mobilização para o registro das Congadas e das Quitandas de Minas como patrimônio imaterial.

A reestruturação do ICMS do Patrimônio Cultural

A presidente do Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico – IEPHA/MG, Michele Arroyo, falou sobre um dos principais trabalhos da atual gestão: a reestruturação do ICMS do Patrimônio Cultural.

O programa contribui efetivamente para o criação e fortalecimento de políticas de proteção ao patrimônio cultural nos municípios mineiros, já que para receber os recursos, o município deve construir e colocar em prática, com a participação da comunidade, sua política municipal específica para a área.

Ao fazer um balanço das Rodadas do ICMS Cultural, que mobilizaram a sociedade civil nos diversos territórios de desenvolvimento do Estado, Arroyo disse que no próximo ano terá início a implementação do sistema de documentação e informação do ICMS. Artifício pensado para diminuir a burocracia dos processos.

O Iepha trabalha ainda no Plano Estadual de Proteção do Patrimônio Cultural sobre quatro linhas: gestão, proteção, salvaguarda e promoção. A presidente indicou aos prefeitos eleitos que se esforcem para, além de conservar e restaurar os bens patrimoniais, provocar a ressignificação destes espaços, com a efetiva utilização e usufruto por parte da sociedade.

Na mesma ocasião, foi reforçado o convite para participação no Circuito de Presépios e Lapinhas de Minas Gerais. Até o dia 25 de novembro, municípios interessados podem cadastrar presépios no site do Iepha, podendo assim aumentar a sua pontuação no ICMS Cultural. A meta é estimular os municípios a compartilharem seus presépios residenciais e comunitários, montados em suas localidades, criando um roteiro de visitação em todo o território do Estado de Minas Gerais.

Novos Planos

Com a renovação dos corpos administrativos, o encontro possibilitou aos prefeitos, principalmente aos que vão realizar o seu primeiro mandato a partir de 2017, uma visão geral dos serviços público sobre a questão patrimonial, inspirando os seus planos.

Wirley Rodrigues, 33 anos, eleito como prefeito de Itapecerica, saiu com motivação renovada. “É o meu primeiro mandato e o meu desejo é fazer da minha cidade o polo cultural do centro oeste mineiro. O que precisamos é impulsionar a vocação cultural que o nosso município já tem”, afirma.

Já para o prefeito eleito de Diamantina, Juscelino Brasiliano Roque, a grande questão é aumentar cada vez mais a pontuação do ICMS Cultural. “Precisamos cuidar bem desta joia que é Diamantina. Como bons mineiros, temos os nossos bens culturais como grande orgulho. Este encontro veio a reafirmar nossa intenção, que não é reinventar a roda, mas atuar em vias de dar atenção a todas expressões e manifestações da nossa região e não apenas do próprio município”, disse.

Sobre os serviços do Sistema Estadual de Cultura falaram o superintendente de fomento e incentivo à cultura, Felipe Amado; Andrea Matos, Superintendente de Museus e Artes Visuais; Thiago Veloso, Superintendente do Arquivo Público Mineiro; Lucas Guimaraens, Superintendente de Bibliotecas Públicas e Suplemento Literário; e a Superintendente de Interiorização e Ação Cultural, Manuella Machado.


Dessa forma, a organizadora de eventos de Porto Alegre, Adriane Ferrari, foi recebida pela Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais (Setur-MG), juntamente com o BH Convention & Visitors Bureau, a Belotur e o receptivo Trilhas de Minas.


Em sua primeira visita a Belo Horizonte, que iniciou no dia 30 de novembro até o dia 3 de dezembro, foi proposto um tour por espaços de eventos variados como o Expominas, Minascentro; hotéis como Ouro Minas, Mercure Lourdes, Actuall Hotel e Dayrell, além de espaços em equipamentos culturais no Circuito Cultural Praça da Liberdade, o Memorial Minas Gerais, Museu Minas e Metais e ao Centro Cultural Banco do Brasil. No entorno da capital mineira, Adriane Ferrari também visitou a estrutura de eventos e os atrativos do Instituto Inhotim.


O roteiro inclui ainda visitas a outros importantes atrativos turísticos mineiros, como o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, o Mirante do Mangabeiras e ao Mercado Central. Adriane Ferrari fez questão de apontar que “a vista da cidade realmente é muito linda, ali eu pude entender que Belo Horizonte é realmente uma cidade fantástica”. Ela declarou ainda que a recepção foi exemplar.


Entusiasmada com a visita a Minas Gerais, Adriana destacou a possibilidade de realização de eventos coorporativos em equipamentos inusitados como os museus e os centros culturais visitados. “Todos os espaços visitados são perfeitamente adaptáveis. Então a gente pode criar boas ideias, como pequenas palestras, coquetéis, encontros de grupos ou até mesmo atividades culturais.”


Diante do roteiro já visitado, o destaque ficou por conta da sala do Memorial Minas Gerais, que é uma réplica da Casa da Ópera de Ouro Preto. “É um espaço fantástico. Apesar de comportar poucas pessoas, é muito bem elaborado. O Inhotim como um todo é muito espetacular, com locais de eventos muito bons e que permitem realizar ótimas adaptações”, concluiu.

 

Na foto: Hernani de Castro Junior (BH C&VB), Júnia Cândido (Setur-MG), AdrianeFerrari (Revista Eventos), Neuma Horta (Belotur) e Anderson Rocha (BH C&VB).

 

 

 

 


 

O evento contou com a presença de técnicos da Setur, presidentes e gestores dos circuitos, além do gerente do Parque Estadual.

 

Durante a reunião foi realizado um levantamento de ações para o trabalho em conjunto entre os circuitos representados e o parque estadual, formatando assim uma agenda.  Foi proposta também uma rede empresarial para fortalecimento do turismo, conseguindo assim potencializar a oferta turística da região. Os projetos terão o acompanhamento da Setur.

De acordo com o secretário de Estado de Turismo, Ricardo Faria, a ação em parceria é fundamental para que os envolvidos dialoguem e alcancem resultados positivos.

 
 
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