Minas Gerais é o primeiro estado brasileiro a desenvolver o tema como política pública
A revisão do Plano Estadual de Gastronomia Mineira (PEGM) está em sua fase final de elaboração: nesta quinta-feira (17/9), o grupo gestor do PEGM se reuniu, por videoconferência, para as tratativas finais da entrega da versão final do documento, que detalha as propostas e diretrizes do plano. Assim que finalizado, o plano passará, ainda, por uma rodada de apresentações junto a diversos parceiros e entidades. Está em planejamento, também, uma consulta pública para receber contribuições da sociedade civil.
A expectativa é de que, ainda esse ano, seja lançado o plano que prevê iniciativas para o período de 2021 a 202 e que confirma a gastronomia como um importante vetor de desenvolvimento socioeconômico de Minas Gerais. Coordenado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), o comitê gestor do PEGM é dividido em cinco grupos de trabalhos: Plano Estadual de Desenvolvimento da Gastronomia Mineira; Fortalecimento Institucional da Cadeia Produtiva; Inovação e Pesquisa; Gastronomia e Cultura Alimentar e Promoção, Divulgação e Internacionalização da Gastronomia Mineira.
Durante a reunião virtual foram apresentadas as atividades de cada grupo desde o último encontro, em agosto deste ano, os ajustes necessários de cada um deles para a elaboração da primeira versão do documento e a discussão de prazo para entregas. A subsecretária de Turismo da Secult, Marina Simião, falou sobre o desenvolvimento do trabalho para elaboração do plano até então e sobre a importância do monitoramento constante para atualizações e adaptações ao cenário da gastronomia no estado como um todo.
“Nós somos o primeiro estado a trabalhar a gastronomia como política pública e isso é uma imensa satisfação. A construção que tivemos e estamos tendo é totalmente coletiva, fundamentada naquilo que entendemos que é necessário para a gastronomia de Minas Gerais e toda sua cadeia produtiva. Por isso, tornar tangível todo esse desenvolvimento e interlocução, ainda mais em um ano tão incomum e desafiador como 2020 deve ser motivo de muita satisfação para todos. Sabemos que a gastronomia foi um setor muito afetado pela pandemia, seja por bares e restaurantes, seja por pequenos produtores, e por isso entendo que finalizar esse plano também é uma entrega para a sociedade. É preciso muita clareza para sabermos que a gastronomia está em constante processo de transformação e, por isso, o monitoramento é uma das principais condições para aprimorar o plano à medida em que ele for colocado em prática.”, finalizou a subsecretária.
Trabalho em conjunto
Uma das gestoras e integrantes do grupo “Fortalecimento Institucional da Cadeia Produtiva” e representante do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial em Minas Gerais (Senac-MG), Vani Fonseca Pedrosa, apresentou propostas de ampliação da cadeia produtiva da gastronomia e também elogiou o processo de condução da construção do Plano Estadual da Gastronomia Mineira. “Avançamos muito desde quando surgiu a ideia de criar o plano e vejo que, mais do que entregar um registro do que foi elaborado durante todo esse tempo, vamos mostrar que é possível trabalhar em interlocução com diversas entidades, de diferentes segmentos da economia mineira, em prol de uma causa: o desenvolvimento da gastronomia de Minas Gerais como uma política pública. Se não fosse a visão conjunta, o diálogo entre vários parceiros e a construção coletiva, estaríamos muito longe do que conseguimos até agora”, afirmou Vani.
Grupo gestor do Plano Estadual da Gastronomia Mineira
Participam do grupo a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult); Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (SEDE); Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa); Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha); Fundação João Pinheiro (FJP); Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig); Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG); Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge); IMA; Epamig; Emater; Serviço Social Autônomo (Servas); Frente da Gastronomia Mineira (FGM); Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG); Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial em Minas Gerais (Senac-MG) e Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Micro Empresas em Minas Gerais (Sebrae-MG).
Plano Estadual da Gastronomia Mineira
O Plano Estadual da Gastronomia Mineira foi criado em 2018 e prevê atividades em diversas frentes como o desenvolvimento de políticas públicas, a revisão das estratégias já traçadas e o acompanhamento das ações previstas. Todo o trabalho é conduzido de forma multidimensional e interdisciplinar, com observação e incentivos a todos os elos da cadeia produtiva e de forma a levar em conta características sociais, culturais e turísticas relacionadas à dinâmica da produção, ao consumo, aos saberes e modos de fazer, e ao caminho que o alimento percorre da origem à mesa.
São realizadas reuniões regulares entre os membros para revisão e adaptação do PEGM, de acordo com o atual cenário, e a próxima está prevista para o mês de outubro.
Foto: Franciele Xavier (Acervo Secult)