Em BH, as feiras fazem parte da nossa rotina e dos nossos hábitos culturais. Parece que todo mundo tem uma feirinha predileta que frequenta e indica: aquela perto de casa, aquela para encontrar com os amigos, aquela para experimentar novos sabores, aquela do achado incrível... bom, seja por qual for o motivo, o fato é que a gente adora uma feira.
A sensação de que os belo-horizontinos têm as feiras no coração não é apenas uma intuição: de acordo com pesquisa sobre os “hábitos culturais” realizada pela JLeiva/Datafolha em 2014, visitar feiras foi a segunda atividade cultural fora de casa mais citada entre os entrevistados de BH, ficando à frente de atividades como shows, festas populares, teatro, dentre outras.
Visando evidenciar esse aspecto peculiar do nosso modo de viver e a importância das feiras na dinâmica da cidade, nasceu o projeto “Dia de Feira”. Apresentado pelo Instituto Unimed BH e realizado pela Altiplano, “o projeto busca valorizar as feiras não só como espaços de trocas comerciais, importantes para geração de renda e sustentabilidade de milhares de famílias, mas também como espaços de trocas simbólicas e culturais, de encontro, de convivência e de urbanidade em seu sentido pleno”, explica Alysson Brener, idealizador do projeto.
No dia 11 de abril, as ações do projeto “Dia de Feira” começam com o lançamento de um edital público para seleção de 26 artistas que se apresentarão em palcos montados pelo projeto nas Feiras Silva Lobo e Tom Jobim. As inscrições poderão ser feitas por meio do portal Prosas (www.prosas.com.br) e as apresentações selecionadas ocorrerão aos sábados, a partir do dia 21 de maio na Feira Silva Lobo e 20 de agosto na feira Tom Jobim.
Concomitantemente ao edital, o projeto lança também o seu site e redes sociais, que funcionarão como canais permanentes de difusão de conteúdos sobre a temática das feiras em BH e região.
Nesse primeiro ano, o projeto realizará ações, como o oferecimento de programações artísticas e de melhorias estruturais, em duas feiras de BH: a Feira Tom Jobim (também conhecida como Feirinha do Arnaldo), famosa pelas comidas e bebidas típicas e por agregar também uma Feira de Antiguidades; e a Feira da Silva Lobo, que reúne centenas de barracas de arte e artesanato na região oeste da cidade. Segundo a PBH, cada feira atrai cerca 4 mil pessoas semanalmente.
Além das atividades nas duas feiras, o projeto também realiza ações de comunicação e memória muito mais abrangentes. “Nas redes sociais e site oficial, queremos mapear todas as feiras da cidade, além de produzir conteúdos sobre as histórias das feiras, dos feirantes, dos frequentadores e muito mais! A temática é riquíssima e dialoga com a memória e o patrimônio da nossa cidade”, conta Isadora Moema, da agência Ananás, responsável pela comunicação do projeto.