O Movimento Negro de Pompéu, na região central mineira, promove a entrega da Medalha Escrava Anastácia, em homenagem a essa personalidade a quem se atribui conquistas, milagres e uma das fortes marcas culturais da região. Diante da impossibilidade de comparecer à festa de entrega, realizada na Semana da Consciência Negra de 2015, o Secretário Adjunto de Estado de Cultura, João Miguel, foi agraciado com a medalha, nesta quarta-feira (13/04), na Cidade Administrativa.
Foi o primeiro ano de realização da entrega da medalha, honraria a qual o secretário adjunto João Miguel agradeceu durante a cerimônia. “O meu orgulho por essa iniciativa é enorme. Não apenas pela honra em ter sido agraciado, mas pela própria existência deste título. Precisamos valorizar a história que ainda não foi escrita, mantendo o contraditório que enriquece a nossa cultura. Tanto a festa quanto essa condecoração exaltando a valiosa história da Escrava Anastácia era um sonho das minorias de Pompéu e hoje se torna uma realidade dos mineiros”, disse.
Também participaram da reunião de entrega os representantes do movimento negro de Poméu: Eliane Caetano, Marluce Patrocínio, Flaviane Souza, Jeferson Campos e Gaspar Cunha.
Sobre a Escrava Anastácia
A Escrava Anastácia (Pompéu, 12 de maio de 1740 — data e local de morte incertos) é uma personalidade religiosa de devoção popular brasileira, cultuada pela realização de supostos milagres.
No imaginário popular, a Escrava Anastácia possuía rara beleza e chamava atenção de qualquer homem. Era curandeira e ajudava os doentes. Com suas mãos fazia verdadeiros milagres. Por se negar a manter relações sexuais com seu senhor e se manter virgem, foi sentenciada a usar uma máscara de ferro por toda a vida, só tirada durante as refeições, o que lhe ocasionou verdadeiros martírios.