Nos dias 9 e 10 de junho, às 20h30, na Sala Minas Gerais, a Filarmônica de Minas Gerais recebe o regente convidado Conrad van Alphen e o violinista Philippe Quint. No repertório, o rigor clássico da música de Schubert serve de contraste à fluidez criativa de Korngold em seu Concerto para violino, a ser interpretado por Quint. Completa o programa a romântica Primeira Sinfonia do compositor finlandês Jean Sibelius. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais. A capacidade da Sala é de 1.493 lugares.
De acordo com as orientações da Prefeitura de Belo Horizonte para a prevenção da covid-19 em ambientes fechados (Portaria nº 350/2022, publicada no dia 3 de junho de 2022), o uso de máscara é recomendado, porém, opcional, na Sala Minas Gerais. Veja mais orientações no “Guia de Acesso à Sala”, no site da Orquestra: fil.mg/acessoasala.
Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais, Gerdau e Itaú, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
Conrad van Alphen, regente convidado
O maestro Conrad van Alphen é conhecido pela combinação de excepcional sensibilidade, visão e frescor. Como artista membro da Sociedade Filarmônica de Moscou, colaborou estreitamente com a Orquestra Nacional Russa, bem como outras orquestras do país. Na virada do milênio, van Alphen fundou a Sinfonia Rotterdam, da qual continua exercendo o papel de Regente Titular e Diretor Artístico. Sob a batuta do maestro, a orquestra atingiu reconhecimento internacional, sendo aclamada em palcos na Rússia, Chile, México, Brasil, Colômbia e China. Já colaborou com as sinfônicas de Montreal, Berlim, Bochum, Budapeste, Jerusalém, do Gran Teatro del Liceu, de Barcelona e as filarmônicas de Stuttgart, Bruxelas e Bogotá. Nasceu em 1963, em Pretoria, capital da África do Sul, e concentrou os estudos em sua cidade natal. Aos 26, se mudou para os Países Baixos, onde se uniu ao naipe de contrabaixos da Orquestra Filarmônica da Rádio de Hilversum e da Beethoven Academie, na Antuérpia. Conrad van Alphen estudou regência com Eri Klas e Roberto Benzi.
Philippe Quint, violino
O violinista Philippe Quint traça um caminho raro, ao reinventar trabalhos tradicionais, redescobrir repertórios esquecidos e comissionar obras de compositores contemporâneos. Quint recebeu várias indicações ao Grammy por seus dois álbuns com os concertos de Korngold e William Schuman. Requisitado em todo o mundo, ele toca regularmente com orquestras como a Filarmônica de Londres e a Sinfônica de Chicago, e se apresenta nas principais salas, do Gewandhaus de Leipzig ao Carnegie Hall de Nova York. Quint é convidado frequente de prestigiados festivais, como o Verbier, de Aspen, Colmar, Hollywood Bowl e Dresden Festspiele. Sua premiada discografia inclui 17 lançamentos aclamados pela crítica em gravadoras como Warner Classics, Naxos e Avanti Classics. Já se apresentou com as sinfônicas de Seattle, Detroit, Indianapolis, New Jersey, Bournemouth, da China, as filarmônicas de Los Angeles, Royal Liverpool, Minas Gerais, e a Weimar Staatskapelle.
Repertório
Franz Schubert (Viena, Áustria, 1797 – 1828) e a obra Abertura em mi menor, D. 648 (1819)
Schubert escreveu a Abertura em mi menor, D. 648 em fevereiro de 1819 e a obra teve sua primeira apresentação em novembro de 1821, em Viena. Orquestrada para quatro trompas, dois trompetes, três trombones, tímpanos e cordas, é um importante marco na escrita de Schubert para orquestra, em relação ao tratamento dramático dado aos instrumentos. Imponente e sem uma lenta introdução — contrariando as Aberturas anteriores —, logo desapareceu, até a publicação das obras compiladas de Schubert em 1886. Alguns estudiosos a consideram uma obra de poder incomum, quebrando a sequência observada em suas duas últimas sinfonias. A tensão crescente e o clímax explosivo mostram a influência de Beethoven sobre o jovem Schubert.
Erich Korngold (Brno, República Tcheca, 1897 – Hollywood, Estados Unidos, 1957) e a obra Concerto para violino em Ré maior, op. 35 (1937/1939, revisão 1945)
Quando Max Reinhardt – o grande diretor e produtor teatral que revolucionou a cenografia e exerceu forte influência na cinematografia europeia – necessita adaptar Mendelssohn para o filme Sonho de uma noite de verão, chama Erich Korngold para Hollywood. O convite muda a direção da vida do compositor. Ele passa a desenvolver um gênero próprio – a composição sinfônica cinematográfica – que o tornaria reconhecido como um dos fundadores da música para cinema. Concebe cada filme como uma “ópera sem canto”, desejando que a música possa ser executada em salas de concerto, sem o filme. Após a anexação da Áustria pela Alemanha, Korngold exila-se nos Estados Unidos, tornando-se cidadão norte-americano em 1943. Retorna à Áustria ao fim da guerra com a intenção de retomar a música de concerto e afastar-se do cinema. A criação do Concerto para violino marca esse retorno, mas toma de empréstimo música composta para Hollywood. Iniciado em 1937 por incentivo do amigo Bronislaw Huberman (ilustre violinista também emigrado) e dedicado a Alma Mahler, o Concerto para violino em Ré maior foi revisado em 1945. Jascha Heifetz estreou-o com a Saint Louis Symphony Orchestra, sob a batuta de Vladimir Golschmann, em 1947. Composto "mais para um Caruso que para um Paganini" e impregnado de melodias de cinema, o Concerto para violino em Ré maior tipifica a ópera sem canto de Erich Korngold.
Jean Sibelius (Hämeenlinna, Finlândia, 1865 – Järvenpää, Finlândia, 1957) e a obra Sinfonia nº 1 em mi menor, op. 39 (1899, revisão 1900)
A Primeira Sinfonia de Jean Sibelius começou a ser composta em abril de 1898. Em janeiro do ano seguinte, Sibelius mudou-se de Helsinque, capital da Finlândia, para a pequena cidade de Kerava, a fim de ter mais tempo para compor. Enquanto trabalhava na sua Sinfonia, o czar Nicolau II expediu o “Manifesto de fevereiro de 1899”, restringindo a autonomia de todas as nações do Império Russo, incluindo a Finlândia. Indignado com a nova situação de seu país, Sibelius compôs uma canção de protesto, intitulada Canção dos Atenienses. A Sinfonia nº 1 e a Canção dos Atenienses foram estreadas no mesmo concerto, em Helsinque, no dia 26 de abril de 1899, pela Sociedade Filarmônica de Helsinque, sob a regência do compositor. O concerto teve grande sucesso e Sibelius foi alçado à condição de uma das principais figuras da resistência finlandesa. Nascia um herói nacional. Sibelius revisou a Sinfonia no ano seguinte. A versão que hoje conhecemos é de 1900 e foi estreada em Estocolmo no dia 4 de julho do mesmo ano, também pela Sociedade Filarmônica de Helsinque, sob a regência de Robert Kajanus, amigo do compositor. Em turnê pelas principais capitais europeias, Kajanus foi responsável pelo sucesso da Sinfonia fora da Finlândia e pelo consequente reconhecimento internacional do compositor. Na Sinfonia nº 1 já podemos vislumbrar aquelas que se tornariam as marcas registradas de Sibelius: as atmosferas misteriosas que nos remetem às terras geladas da Finlândia, os contrastes súbitos, onde seções calmas são inesperadamente seguidas por momentos de extremo vigor, e uma paleta orquestral extremamente pessoal.
Programa
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Série Presto
9 de junho– 20h30
Sala Minas Gerais
Série Veloce
10 de junho – 20h30
Sala Minas Gerais
Conrad van Alphen, regente convidado
Philippe Quint, violino
SCHUBERT Abertura em mi menor, D. 648
KORNGOLD Concerto para violino em Ré maior, op. 35
SIBELIUS Sinfonia nº 1 em mi menor, op. 39
INGRESSOS:
R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 65 (Balcão Palco), R$ 86 (Balcão Lateral), R$ 113 (Plateia Central), R$ 146 (Balcão Principal) e R$ 167 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br
Bilheteria da Sala Minas Gerais
Horário de funcionamento
Dias sem concerto:
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h
Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:
— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado
— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo
Cartões e vale aceitos:
Cartões das bandeiras American Express, Elo, Hipercard, Mastercard e Visa.
Vale-cultura das bandeiras Ticket e Sodexo.