Emissora pública mineira foi selecionada para exibir filmes produzidos em Minas Gerais e outros quatro estados por meio do projeto Conexão Juventudes, do Instituto Unibanco
Como vivem os jovens no Brasil e quais os desafios que enfrentam além dos muros das escolas? Questões importantes que ficam de fora da grade escolar são apresentadas em documentários. Os filmes, inéditos na TV, expõem a dura realidade que permeia o universo juvenil. Seis obras de diferentes estados brasileiros são exibidas na Rede Minas, por meio do “Conexão Juventudes”, a partir de sábado (04/06), às 11h30. A iniciativa é do Instituto Unibanco em parceria com o Instituto de Políticas Relacionais (IPR) e a Brasil Audiovisual Independente (Bravi).
Questões como preconceito, violência, evasão escolar, acesso à tecnologia, imigração e culturas afro-brasileiras e indígenas são abordados nos enredos. Foram 54 produtoras que se inscreveram no edital. Seis obras de Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Piauí e Rio Grande do Norte foram selecionadas e ganharam um aporte de R$ 130 mil. Os documentários foram selecionados por uma comissão composta pelos cineastas João Jardim, João Moreira Salles e Val Gomes, além de Tiago Borba, gerente de Planejamento e Articulação Institucional do Instituto Unibanco; Mauro Garcia, presidente da Brasil Audiovisual Independente (Bravi); e Eliane Costa, coordenadora do MBA Bens Culturais: cultura, economia e gestão, da Fundação Getúlio Vargas.
A produção começou em março de 2021 e contou com a mentoria de João Jardim, que assinou filmes e minisséries de sucesso, e a diretora e editora Márcia Medeiros, que atuou em programas e séries de televisão, além de documentários e videoclipes. Como parte do prêmio, os realizadores vão ter seus filmes exibidos na Rede Minas e em outras cinco emissoras educativas. A TV mineira mostra os títulos na grade de programação durante seis sábados, a partir de junho, antes das obras passarem por festivais ou salas de cinema.
Quem abre a cortina da sessão especial “Conexão Juventudes” é “Onde aprendo a falar com o vento”, de André Anastácio Gomes e Victor Dias dos Santos, neste sábado (04), às 11h30. Nas semanas seguintes são exibidos o goiano “Contraturno”, de Larissa Fernanda Santos e Deivid Rodrigues; “DesConectados”, do piauiense Márcio Bigly; “Antes do livro didático, o cocar”, de Rodrigo César Cortez de Sena, do Rio Grande do Norte; e o capixaba “Adolescer”, de Gustavo Pimenta Moraes. Para encerrar o especial, Minas Gerais volta com “Terremoto”, de Gabriel Martins Alves, da Filmes de Plástico.
Estreia com "Onde aprendo a falar com o vento"
A manifestação religiosa afro-brasileira “Reinado” ainda sobrevive no Brasil. Em Oliveira, na região centro-oeste de Minas Gerais, os jovens assumem a responsabilidade de manter a tradição com o “Reinadinho”. Uma cultura forte que nasceu do povo que veio escravizado para o Brasil e que passa, muitas vezes, despercebida pelas escolas. Os cineastas André Anastácio de Oliveira Gomes e Victor Dias dos Santos fizeram um convite para os estudantes pensarem tanto a escola, como o Reinado, como espaços de educação. O resultado rendeu o documentário “Onde aprendo a falar com o vento”. A obra mostra a cultura afro-brasileira que ficou de fora da sala de aula e lançou questionamentos sobre o que a história registrou. Tudo isso embalado pelo entusiasmo juvenil que almeja a inclusão de um passado ignorado pelos livros e a manutenção de saberes e tradições em extinção. O filme mostra o racismo a que estão expostos e coloca em discussão a herança dos colonizadores europeus na educação, que excluiu saberes e conhecimentos dos povos que viveram também história.
A produção do documentário envolveu os jovens do Reinadinho , de Oliveira, e a mestra dos saberes Capitã Pedrina de Lourdes. Além das gravações, foram realizados encontros e oficinas para amplificar as vozes e apresentar, da maneira mais genuína o pensamento, sentimentos e relação dos protagonistas com os saberes, filosofia, ciência e história de seus antepassados. A proposta foi traçar paralelos entre a relevância de saberes ancestrais e a ausência desses conhecimentos em espaços formais de educação, expondo a falta de representatividade negra nas escolas. A direção é de Victor Dias, que já tem no currículo outros quatro títulos, e o artista plástico André Anastácio. O documentário é realizado pela Apiário Estúdio Criativo, de Belo Horizonte (MG). A produtora já lançou filmes premiados exibidos em mais de 40 festivais nacionais e internacionais .
O documentário “Onde aprendo a falar com o vento” vai ao ar neste sábado (04), às 11h30, pela Rede Minas e no site da emissora: redeminas.tv.
Serviço:
Conexão Juventudes – aos sábados, às 11h30 (entre os dias 04/06 e 09/07) Estreia: Onde aprendo a falar com o vento (MG), de André Anastácio e Victor Dias Dia: sábado (04/06) Rede Minas e site redeminas.tv Próximos filmes – aos sábados, às 11h30, pela Rede Minas: 11/06 - "Contraturno" (GO), de Larissa Fernandes e Deivid Rodrigues 18/06 - "desConectados" (PI), de Márcio Bigly 25/06 - "Antes do livro didático, o cocar” (RN), de Rodrigo Sena 02/07 "Adolescer" (ES), de Gustavo Moraes 09/07 - "Terremoto" (MG), de Gabriel Martins
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