Orquestra também interpreta Schumann e Mendelssohn. A regência é de José Soares
Ronaldo Rolim, pianista de destaque na nova geração de instrumentistas brasileiros, faz uma releitura do Concerto em Sol maior de Maurice Ravel, nos dias 17 e 18 de março, às 20h30, na Sala Minas Gerais. A Orquestra, sob a batuta de José Soares, Regente Associado da Filarmônica de Minas Gerais, explora a dramaticidade e lirismo da Quarta Sinfonia de Schumann e dá continuidade às homenagens pelo aniversário de morte de Felix Mendelssohn, com a Abertura “A bela Melusina”. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais. A capacidade da Sala é de 1.493 lugares.
Em decorrência da portaria da Prefeitura de Belo Horizonte, publicada no dia 9 de fevereiro de 2022, com orientações sobre a prevenção da covid-19 em casas de espetáculo, torna-se obrigatória, para todas as idades, a apresentação do comprovante de vacinação com duas doses da vacina contra a covid-19 ou o teste negativo para covid-19. Serão aceitas versões em papel ou digitais dos documentos (a versão digital do comprovante de vacinação pode ser obtida na plataforma Conecte SUS). O uso permanente de máscara segue obrigatório, e o Café da Sala estará aberto. Veja mais orientações no “Guia de acesso à Sala”, no site da Orquestra: fil.mg/acessoasala.
Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Gerdau, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
José Soares, regente associado da Filarmônica de Minas Gerais
Natural de São Paulo, José Soares é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, tendo sido seu Regente Assistente desde as duas temporadas anteriores. Venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio, edição 2021 (Tokyo International Music Competition for Conducting). José Soares recebeu também o prêmio do público na mesma competição. Iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou Regência Orquestral com o maestro Cláudio Cruz, em um programa regular de masterclasses em parceria com a Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Participou como bolsista nas edições de 2016 e 2017 do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, sendo orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich. Recebeu, nesta última, o Prêmio de Regência, tendo sido convidado a atuar como regente assistente da Osesp em parte da temporada 2018, participando de um Concerto Matinal a convite de Marin Alsop. Foi aluno do Laboratório de Regência da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Em julho desse mesmo ano, teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin, como parte do programa de Regência do Festival de Música de Parnü, Estônia. Atualmente, cursa o bacharelado em Composição pela Universidade de São Paulo.
Ronaldo Rolim, piano
Ronaldo Rolim vem se estabelecendo como um dos principais nomes da nova geração de pianistas brasileiros. Como solista convidado, apresentou-se frente a diversas orquestras brasileiras e internacionais, como as sinfônicas da Capela de São Petersburgo, de Phoenix e a Brasileira, a Tonhalle, a Musikkollegium Winterthur e as filarmônicas de Liverpool, Lviv e Minas Gerais. Um ávido camerista, Rolim é membro fundador do Trio Appassionata, ao lado da violinista Lydia Chernicoff e da violoncelista Andrea Casarrubios. Entre os mais recentes projetos do grupo, destacam-se uma turnê pela China e o lançamento do CD Gone into the night are all the eyes dedicado a obras norte-americanas para trio. Aos 18 anos, após vencer os concursos Nelson Freire e Magda Tagliaferro, mudou-se para os EUA, onde concluiu seus estudos. Em 2016, Rolim defendeu sua tese de doutorado na Universidade de Yale, baseada nas obras programáticas do compositor polonês Karol Szymanowski escritas durante a I Guerra Mundial.
Repertório
Felix Mendelssohn (Hamburgo, Alemanha, 1809 – Leipzig, Alemanha, 1847) e a obra Abertura "A bela Melusina", op. 32 (1833)
Uma das mais românticas obras do repertório de Mendelssohn — e, certamente, de todo o Romantismo alemão —, a Abertura "A bela Melusina" não figura entre suas peças mais conhecidas e executadas. No entanto, é uma das obras mais queridas do próprio compositor. A meia-sereia Melusina, filha de um homem e de uma ninfa, se apaixona por um mortal e aceita se casar com ele. A única condição é de que ele nunca lhe pergunte onde ela vai aos sábados. Neste dia da semana, graças a uma maldição, ela se transforma em sereia. Embora felizes e mesmo tendo feito a promessa de honrar o pedido de Melusina, a curiosidade do Conde de Lusignan acaba por vencê-lo. Com o segredo revelado, Melusina é banida. Em vingança, ela assombrou o castelo de Lusignan até mesmo depois de sua morte. Durante o tempo em que compôs A bela Melusina, Mendelssohn estudou pintura. Seu olhar para sutilezas coloridas é nítido nesta mágica partitura. Um primeiro tema em Allegro con moto introduzido pelos clarinetes, flexível e ondulante, se alterna com um segundo motivo marcial, audacioso, em referência ao cavaleiro Lusignan. Os dois temas se repetem em ordem inversa e a conclusão retoma a frase inicial dos clarinetes.
Maurice Ravel (Ciboure, França, 1875 – Paris, França, 1937) e a obra Concerto para piano em Sol maior (1929/1931)
Os dois concertos para piano de Ravel foram escritos simultaneamente. O compositor, que se divertia e motivava-se com os desafios artísticos, explorou um terreno no qual nunca se arriscara antes, e o fez com muito sucesso. O Concerto em Sol foi iniciado antes, mas o Concerto para a Mão Esquerda foi estreado primeiro. Há uma grande diversidade de forma e conteúdo entre eles, o que os faz, sob alguns aspectos, complementares. Por outro lado, além dos elementos bascos e espanhóis característicos de Ravel, ambos refletem a influência do jazz, como consequência da viagem de cinco meses que o compositor realizara, em 1928, aos EUA. No Concerto em Sol maior (1931), Ravel, segundo suas próprias declarações, referencia dois modelos: Mozart, quanto ao plano formal; e Saint-Saëns, pela valorização do efeito sonoro. De fato, o brilhantismo da orquestra, principalmente do naipe dos sopros, aqui se equipara ao virtuosismo do instrumento solista.
Robert Schumann (Zwickau, Alemanha, 1810 – Bonn, Alemanha, 1856) e a obra Sinfonia nº 4 em ré menor, op. 120 (1841, revisão 1851)
Em suas quatro sinfonias, Schumann revela todas as contradições típicas do Romantismo que ele vivenciou de maneira radical, até o fascínio e os terrores da loucura. O compositor converteu em estímulos musicais várias aspirações do movimento – a ironia permeada de angústia metafísica e de emoções intensas; o mistério da noite; a infância; a floresta encantada; as terras distantes; a Primavera; o rio Reno... A primeira versão da Sinfonia nº 4, sob o título original de Fantasia sinfônica, foi composta logo após a primeira sinfonia, em 1841. Lentamente amadurecida, só adquiriu sua forma definitiva dez anos depois, quando já haviam sido estreadas a segunda e a terceira sinfonias. A Quarta foi ouvida pela primeira vez em 15 de maio de 1853 em Düsseldorf, cidade alemã onde atuava como diretor artístico, e está entre os últimos triunfos musicais de Schumann.
Programa
Série Presto
17 de março – 20h30
Sala Minas Gerais
Série Veloce
18 de março – 20h30
Sala Minas Gerais
José Soares, regente
Ronaldo Rolim, piano
MENDELSSOHN Abertura “A bela Melusina”, op. 32
RAVEL Concerto para piano em Sol maior
SCHUMANN Sinfonia nº 4 em ré menor, op. 120
Ingressos:
R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 65 (Balcão Palco), R$ 86 (Balcão Lateral), R$ 113 (Plateia Central), R$ 146 (Balcão Principal) e R$ 167 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br
Bilheteria da Sala Minas Gerais
Horário de funcionamento
Dias sem concerto:
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h
Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:
— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado
— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo
Cartões e vale aceitos:
Cartões das bandeiras American Express, Elo, Hipercard, Mastercard e Visa
Vale-cultura das bandeiras Ticket e Sodexo
Imagem: Ryan Brandenberg