Secretaria de Estado da Fazenda guarda cerca de 4 mil plantas arquitetônicas de prédios públicos mineiros e bairros de Belo Horizonte
Lançado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) em março de 2021, o Plano de Diretrizes para a Salvaguarda dos Arquivos da Arquitetura e do Urbanismo compreende um conjunto de quinze ações voltadas à proteção dos conjuntos documentais que contam histórias das paisagens mineiras. As ações são coordenadas pelo Arquivo Público Mineiro (APM), e dentre elas está o diagnóstico dos acervos produzidos por órgãos públicos da administração estadual.
Pensando nisso, a equipe do APM realizou na última terça-feira, 09/11, uma visita técnica à Divisão de Gestão da Informação da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF), em Belo Horizonte. O objetivo da visita foi avaliar um conjunto de aproximadamente quatro mil plantas arquitetônicas e urbanísticas guardadas pelo órgão, oriundas da extinta Caixa Econômica do Estado de Minas Gerais (MinasCaixa).
O acervo é composto por plantas e projetos referentes à construção e à urbanização de importantes regiões da capital, como o bairro Dom Cabral, na região Noroeste; além de projetos de reforma de edifícios simbólicos para a cultura mineira, como o da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais e do atual Memorial Minas Gerais Vale, ambos no Circuito Liberdade.
Para a Diretora do Arquivo Público Mineiro, Luciane Andrade, o Plano de Salvaguarda motiva contato com acervos como aquele custodiado pela SEF, os quais são essenciais não apenas para a preservação da memória das cidades, mas também para servir de referência para o poder público quanto às intervenções que por ventura se façam necessárias nas edificações.
A iniciativa encontra ainda os esforços da Secretaria de Fazenda em promover a gestão dos documentos produzidos e acumulados pelo órgão. Por meio da gestão arquivística de documentos, cuja coordenação é feita pelo Arquivo Público Mineiro, os órgãos são capazes de tornar eficiente a recuperação da informação pública contida nos documentos, preservando aquilo que é essencial e relevante para a administração pública e para a sociedade.
Segundo informa a gerente da Divisão de Gestão da Informação (DGI/SEF), Luemara Machado de Piazza, a gestão de documentos na Secretaria de Estado de Fazenda está sendo retomada após longo período adormecida. Há um trabalho gradativo de conscientização e capacitação dos servidores do órgão sobre a importância do assunto, a fim de alcançar a eficiência administrativa, economizar recursos e diminuir a perda de tempo na recuperação da informação.
“Estamos otimistas de que, com esse projeto, haja uma diminuição considerável do volume de documentos acumulados nas repartições, gerando economia de recursos financeiros, humanos e logísticos, além de celeridade nos processos e procedimentos. A parceria com o APM é fundamental, uma vez que são autoridade legal acerca do assunto e estamos mantendo um alinhamento fino e constante com aquela equipe a fim de que possamos alcançar nossos objetivos”, diz a Gerente da DGI/SEF.