O Museu Mineiro inaugura na próxima sexta-feira, 05 de novembro, às 19 horas, a exposição temporária coletiva “Poder sair, poder chegar, poder viver”, que reúne obras de 14 artistas em diferentes linguagens, como pintura, escultura, fotografia e audiovisual.
Inspirada na canção “Terra Prometida”, do cantor e compositor brasileiro Vinicius de Moraes, a mostra tem por intuito falar do direito mais primordial dos seres: ir e vir, sair e chegar.
“A reabertura dos museus e espaços culturais é o sintoma mais cândido de melhora das condições massacrantes impostas pela pandemia do Sars-Covid-2”, comenta Rafael Perpétuo, coordenador do Museu Mineiro e curador da exposição. “O que buscamos é uma prometida terra, sem doenças, misérias, corrupção. É o que o povo merece depois de mais de ano sofrendo as consequências de um mundo desequilibrado”, complementa.
Para a exposição foram convidados artistas contemporâneos e selecionadas obras do acervo do próprio Museu Mineiro que, juntas, conversam entre si, em narrativas que abordam caminhadas, chegadas e partidas, novos começos e perspectivas de futuro.
Obras de Paulo Nazareth a Tarsila do Amaral
Dentre os trabalhos expostos destaca-se a série de vídeos do consagrado artista Paulo Nazareth. Produzidos entre os anos de 2012 e 2013, “Cine África”, “Árvore do Esquecimento”, “Ipê Amarelo” e “Cine Brazil” falam sobre o tempo e têm como pano de fundo locais muito reconhecíveis da cidade de Belo Horizonte. Outro destaque é a série de gravuras da artista Tarsila do Amaral, o conjunto, que pertence ao acervo do Museu Mineiro, rememora a pureza do contato humano com a natureza, espaço no qual, por um período, tivemos de ficar afastados durante a pandemia, assim como dos museus.
Para Rafael Perpétuo, “a arte tem dessas coisas, de mostrar novos caminhos, novas possibilidades, instigar as reflexões. Esta exposição tem a intenção de renovar esperanças e ampliar o olhar do público, especialmente porque apresentamos diálogos entre artistas jovens e obras de nosso acervo, demonstrando os aspectos atemporais da arte”. E completa: “os museus, de longe, são os espaços culturais mais seguros, antes mesmo da pandemia, já tínhamos protocolos bastante rígidos: limite de público, acessibilidade, cuidados com o espaço e obras. Logo, é importante entender como um sinal de que há uma vida por se renovar nesse momento”.
A exposição ficará em cartaz até 28 de novembro de 2021, e a entrada é gratuita.
Relação de artistas e obras:
Bárbara Schall: “Platea” – video, 2021
Bruno Rios: “Monuments of Paquetá” – fotografia, texto e matérias de jornal, 2017
Clarice Steinmüller: "Faço Carreto" – vídeo, 2016
Irma Renault: “O ano todo acontecem concursos, festivais” – desenho, 1985
João Castilho - Paisagem Submersa – fotografia, 2006
José Alberto Bahia: “A Dança do Tempo” – texto autoral, 2021
Lucas Dupin: Sem título (pedagogia) – vídeo, 2018
Noemi Assumpção: “Condição Atual” – vídeo, 2020/2021
Paulo Amaral: “Colégio Marista” – pintura, 1980
Paulo Nazareth: “Cine África”, “Árvore do Esquecimento”, “Ipê Amarelo”, “Cine Brazil” – vídeo, 2012/2013
Renato de Lima: “Flagrante”; “Vista do Interior" – pintura, séc. XX e 1932
Shima: "Agora" – vídeo, 2020
Simone Pazzini: "Utopia Scoth Bar" – video e escultura, 2020
Tarsila do Amaral: Série “Natureza” – gravura, séc. XX
Serviço:
Exposição temporária “Poder sair, poder chegar, poder viver”
Período: 06 a 28 de novembro de 2021
Horário: terça a sexta das 12h às 19h, sábado e domingo das 11h às 17h
Local: Museu Mineiro
Av. João Pinheiro, 342 – Centro – BH/MG
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Imagem: João Castilho