Com regência do maestro Fabio Mechetti, Orquestra também apresenta a última sinfonia de Brahms
Nos dias 28 e 29 de outubro, às 20h30, na Sala Minas Gerais, a Filarmônica de Minas Gerais recebe o aclamado violoncelista Antonio Meneses, que apresentará obras de Tchaikovsky, Andante Cantabile e Noturno, e o admirado Primeiro Concerto de Saint-Saëns. Exemplo máximo da obra de Brahms, a Orquestra revisita a última sinfonia do grande compositor alemão, a Sinfonia nº 4. A regência é do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais.
O concerto terá presença de público, e a venda de ingressos está disponível no site www.filarmonica.art.br ou na bilheteria da Sala Minas Gerais. A apresentação de quinta-feira também terá transmissão ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube.
Em consonância com as normas da Prefeitura de Belo Horizonte publicadas em setembro/2021, sobre a prevenção da covid-19 em casas de espetáculo, a Sala Minas Gerais trabalha com ocupação de 50% da sua capacidade, podendo receber até 749 pessoas em suas apresentações. A capacidade total da Sala é de 1.493 lugares. O acesso à sala de concertos será encerrado cinco minutos antes do horário da apresentação; assim, as portas serão fechadas às 20h25.
Durante o intervalo das apresentações serão realizados os Concertos Comentados, palestras em que especialistas comentam o repertório da noite. A curadoria do projeto é do percussionista da Filarmônica, Werner Silveira, e o convidado é o violoncelista da Orquestra, Eduardo Swerts.
Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais, CBMM, Itaú e Cemig, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
Maestro Fabio Mechetti, diretor artístico e regente titular
Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008, Fabio Mechetti posicionou a orquestra mineira no cenário mundial da música erudita. Além dos prêmios conquistados, levou a Filarmônica a quinze capitais brasileiras, a uma turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de oito álbuns, sendo três para o selo internacional Naxos. Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.
Nos Estados Unidos, Mechetti esteve quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville e, atualmente, é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular das sinfônicas de Syracuse e de Spokane, da qual hoje é seu Regente Emérito. Regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio. Da Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Sinfônica de Nova Jersey. Continua dirigindo inúmeras orquestras norte-americanas e é convidado frequente dos festivais de verão norte-americanos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.
Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro de Sevilha, La Traviata e Otello. Suas apresentações se estendem ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca, Escócia, Espanha, Finlândia, Itália, Japão, México, Nova Zelândia, Suécia e Venezuela. No Brasil, regeu todas as importantes orquestras brasileiras.
Natural de São Paulo, Fabio Mechetti é Mestre em Regência e em Composição pela Juilliard School de Nova York e vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, da Dinamarca.
Antonio Meneses, violoncelo
Antonio Meneses nasceu em 1957 em Recife, no seio de uma família de músicos. Começou a estudar violoncelo aos dez anos. Aos dezesseis, passou a estudar com o violoncelista Antonio Janigro em Düsseldorf e, mais tarde, em Stuttgart. Em 1977, ganhou o ARD Concurso Internacional de Munique e, em 1982, o 1º Prêmio e Medalha de Ouro no Concurso Tchaikovsky, em Moscou. Apresenta-se regularmente com as mais importantes orquestras do mundo, como as filarmônicas de Berlim, Moscou, Israel, Nova York, as sinfônicas de Viena e Londres, a Orquestra do Concertgebouw, a Orquestra da Rádio da Baviera, National Symphony Orchestra e a Sinfônica NHK de Tóquio. O artista colaborou com os maestros Herbert von Karajan, Riccardo Muti, Mariss Jansons, Claudio Abbado, Semion Bychkov, Neeme Järvi, Mstislav Rostropovich, Riccardo Chailly, entre outros. Dentre as suas diversas gravações, estão dois álbuns com Karajan e a Filarmônica de Berlim pela Deutsche Grammophon – Don Quixote de R. Strauss e o Concerto Duplo de Brahms, com a violinista Anne-Sophie Mutter. O artista toca um violoncelo de Alessandro Gagliano feito em Nápoles, 1730.
Repertório
Piotr Ilitch Tchaikovsky (Votkinsk, Rússia, 1840 – São Petersburgo, Rússia, 1893) e a obra Andante Cantabile (1871, revisão 1888)
Em 1871, prestes a completar trinta e um anos, Tchaikovsky ficou lisonjeado com o convite de Anton Rubinstein para preparar um programa de concerto com novas obras suas. Mas, como o orçamento não comportaria uma orquestra completa, Tchaikovsky preferiu voltar-se para o quarteto de cordas. Nascia, assim, seu Quarteto de cordas no 1, cujo segundo movimento (Andante cantabile), de tão belo, levaria Leon Tolstoi às lágrimas. Em 1888, já famoso mundo afora, quando da ocasião de um concerto privado em Paris, Tchaikovsky arranjou o Andante cantábile para violoncelo e orquestra de cordas, conservando a essência da versão original.
Piotr Ilitch Tchaikovsky (Votkinsk, Rússia, 1840 – São Petersburgo, Rússia, 1893) e a obra Noturno em ré menor (1888)
Em 1873, Tchaikovsky completou uma série de obras intitulada Seis peças para piano, op. 19. Quinze anos depois, em 1888, para atender uma encomenda do violoncelista russo Anatol Brandukow, o compositor recuperou seu mágico Noturno em dó sustenido menor, a quarta das Seis peças, e o transformou em seu Noturno em ré menor, aqui arranjado para violoncelo e orquestra. A versão só foi publicada em 1956.
Camille Saint-Saëns (Paris, França, 1835 – Algiers, França, 1921) e a obra Concerto para violoncelo nº 1 em lá menor, op. 33 (1872)
Saint-Saëns começou a estudar piano aos três anos e, aos onze, apresentou-se na Sala Pleyel, em Paris. Em sua longa carreira (tinha 81 anos quando realizou sua última turnê aos Estados Unidos) conheceu os principais compositores franceses, de Berlioz a Debussy. Foi aluno de Gounod e professor de Fauré. Inquestionável é seu papel histórico na renascença da música instrumental francesa. Entre os concertos, o primeiro dedicado ao violoncelo, op. 33, impõe-se pelo equilíbrio formal e o uso idiomático do instrumento solista. O violoncelo é explorado em todo seu potencial, com maestria e propriedade, sobretudo pela valorização da riqueza de seu registro grave médio. Quanto à forma, a grande particularidade da obra consiste no encadeamento de seus três movimentos em um só, para, juntos, se estruturarem como um allegro de sonata: o Allegro non troppo (correspondente à exposição e ao desenvolvimento) apresenta dois temas que se desenvolvem de maneira bastante expressiva. O Allegretto con moto (formalmente, um intermezzo) adota o ritmo de minueto e tem um caráter introspectivo, muito apropriado ao instrumento solista. O Molto allegro (reexposição/recapitulação) acrescenta novo material temático e conclui a obra com elegância e beleza.
Johannes Brahms (Hamburgo, Alemanha, 1833 – Viena, Áustria, 1897) e a obra Sinfonia nº 4 em mi menor, op. 98 (1884/1885)
A última sinfonia de Brahms vem de sua maturidade. O compositor tinha 53 anos quando conduziu a estreia, em outubro de 1885, junto à Orquestra da Corte de Meiningen. Já a definiram como a “sinfonia de outono” – de fato, ela olha para o passado com a serenidade dos gênios. Usa, por exemplo, não só a forma barroca da chacona no Allegro energico e passionato, como também parte de um coral da Cantata nº 150 de Bach. Constrói sobre ela um ciclo de 35 variações. Ideia nascida em conversa com o regente Siegfried Ochs em 1880, quando Brahms, grande colecionador de manuscritos e originais, mostrou-lhe o coro final daquela cantata, que possuía em manuscrito inédito de copista. Robert Schumann, em seu artigo Neue Bahnen, sugeriu que o destino de Johannes Brahms era criar para a orquestra. Profecia realizada, pois ele colocou verdadeiras joias sinfônicas no mundo, e o opus 98 representa o ápice de sua escrita sinfônica soberba.
PROGRAMA
ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
Série Presto
28 de outubro – 20h30
Sala Minas Gerais
Série Veloce
29 de outubro – 20h30
Sala Minas Gerais
Fabio Mechetti, regente
Antonio Meneses, violoncelo
TCHAIKOVSKY Andante Cantabile
TCHAIKOVSKY Noturno em ré menor
SAINT-SAËNS Concerto para violoncelo nº 1 em lá menor, op. 33
BRAHMS Sinfonia nº 4 em mi menor, op. 98
Ingressos:
R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 60 (Balcão Palco), R$ 80 (Balcão Lateral), R$ 105 (Plateia Central), R$ 135 (Balcão Principal) e R$ 155 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br
Funcionamento da bilheteria:
A bilheteria funcionará em horário reduzido.
— De terça-feira a sábado – 13h a 19h
— Terça, quinta e sexta-feira com concerto – 15h a 21h
Cartões e vale aceitos:
Cartões das bandeiras American Express, Elo, Hipercard, Mastercard e Visa.
Vale-cultura das bandeiras Ticket e Sodexo.
Imagem: Rafael Motta