Encontros online abordaram os produtos de Minas Gerais e como estes podem contribuir na valorização da gastronomia mineira e no desenvolvimento do turismo gastronômico.
Queijo Minas (Acervo Secult)
Queijo Canastra, Cachaça de Salinas e Café da Mantiqueira. Nomes e “sobrenomes” destes e outros produtos mineiros e a importância de seu reconhecimento e dos territórios de origem para o fortalecimento da identidade do estado foram o tema da live promovida pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), em comemoração ao mês da gastronomia mineira. O bate-papo virtual sobre “Gastronomia e Território” aconteceu nesta quinta-feira (23/7) e foi transmitida pelo canal da pasta no Youtube.
O encontro on-line faz parte da série de lives #SecultAoVivo e, desta vez, contou com a mediação do chef e autor do projeto “Territórios Gastronômicos”, Eduardo Avelar, para conduzir a conversa entre a presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), Michelle Arroyo; o superintendente de Abastecimento e Cooperativismo da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Gilson Sales; e o presidente da Associação de Produtores de Queijo Canastra (Aprocan), João Carlos Leite.
Reconhecimento
O evento discutiu como os produtos de Minas Gerais podem ser reconhecidos e como as diversas propostas existentes neste segmento podem contribuir para a valorização, promoção e divulgação da gastronomia mineira enquanto diferencial do potencial do estado.
Michelle Arroyo explicou como o Iepha-MG conduz os processos de registro de patrimônio imaterial, como no caso dos queijos do Serro, da Canastra e da Serra do Salitre. Já Gilson Sales falou sobre os conceitos de Indicação Geográfica e como é feito o trabalho da Seapa em relação a isso. As conquistas e os desafios dos produtores de queijo Canastra foram comentados por João Carlos Leite. Eduardo Avelar, por sua vez, intermediou a conversa com seu conhecimento acerca dos territórios gastronômicos de Minas Gerais.
A subsecretária de Turismo da Secult,Marina Simião, explica que o diálogo entre território e gastronomia fornece elementos significativos para trabalhar a promoção turística e a valorização de Minas Gerais como destino. “Essa interação permite elencar os produtos específicos de cada região, as certificações que os envolvem, seus modos de fazer e o reconhecimento como patrimônio imaterial. A partir do diálogo sobre essas possibilidades existentes no estado, seja de produtos com denominação de origem, marcas coletivas, indicação geográfica, falamos sobre as estratégias de promover não só o produto e o território mineiros, mas também como valorizar os cidadãos e os produtores para que eles se entendam e se sintam como agentes de mudança na melhora e reconhecimento da imagem de Minas Gerais”, afirmou Marina. Na oportunidade, a subsecretária explicou as ações que vêm sendo desenvolvidas pela Secult para trabalhar o desenvolvimento da gastronomia por meio dos territórios mineiros em parceria com outras pastas e entidades do setor.
A live completa “Gastronomia e Território” está disponível AQUI.
Turismo Gastronômico
Nesta terça-feira (21/7), a série #SecultAoVivo produziu a live “Turismo Gastronômico”. A subsecretária de Turismo da Secult, Marina Simião, mediou o bate-papo entre a portuguesa e fundadora do Lisboa Taste Food Tours, Filipa Valente, a austríaca e consultora de turismo, mídia social e blogueira Elena Paschinger e a espanhola e diretora da Creative Tourism Network, Caroline Couret.
As convidadas falaram sobre suas experiências gastronômicas mundo afora e debateram os conceitos de turismos gastronômico e criativo, além de tendências mundiais dos viajantes a partir de agora. “Fiz uma viagem grande pelo mundo e busquei vivências gastronômicas para entender o modo de se fazer a comida, de onde vêm os ingredientes e o que se pode aprender com a comunidade envolvida nos processos da colheita, produção e transformação dos ingredientes. O turismo gastronômico vai além de ir a um bom restaurante. Ele aproxima pessoas e permite a transformação do conhecimento do viajante”, afirmou Elena Paschinger.
Já Filipa Valente, que é anfitriã de turistas em Lisboa para experiências gastronômicas, afirma que experimentar a comida representa 30% do turismo gastronômico. “Esse tipo de turismo é cultural, social, é conhecer como os pratos são feitos, é ir até onde vem a farinha que faz o pão, é coração e braços abertos para outros pensamentos acerca da comida. Assim como no Brasil, em Portugal a comida está na forma de socialização e, também por isso, o turismo gastronômico é uma forma de unir pessoas”, pontuou.
A especialista Caroline Couret apresentou os conceitos e tendências de mercado para os turismo criativo e gastronômico e afirmou que este é um novo tempo para apostar nestes modelos. “O foco das agências de viagens e operadores de turismo deve ser em experiências autênticas, que trazem vantagens para todos os envolvidos. O que tenho visto é que o turista opta por viajar em baixa temporada, passar mais tempo no destino e evita áreas turísticas. Ele prefere as experiências em comunidades locais e gasta parte substancial do seu orçamento naquele lugar, agregando valor e afeto àquele destino. Minas Gerais corresponde muito a esse perfil porque tem identidade forte, população aberta e participativa, possui a presença de vários segmentos do turismo criativo, como gastronomia, artesanato, cultura e patrimônio, e tem uma visão criativa das atividades turísticas. É hora de investir nisso”, indicou Caroline.
A live "Turismo Gastronômico" está disponível AQUI.