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O 1º Festival Nacional de Arte, Cinema e Cozinha Mineira, que termina neste domingo (24/4), inseriu a cidade de Nepomuceno no circuito mineiro de festivais culturais e gastronômicos. O café, principal atividade agrícola da região, é a grande atração da feira. Prova disso é que o município quer entrar para o livro mundial dos recordes - Guinness Book - com a maior degustação de café do mundo.

A feira também conta com shows, exibição de filmes e oficinas, além de um lugar de destaque para a comida mineira. O governador Romeu Zema e o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, participaram do evento e puderam acompanhar uma ação que reuniu cerca de duas mil pessoas que tomaram shots de café ao mesmo tempo. A expectativa é a de que a cidade supere o título que atualmente pertence a Moscou, na Rússia.

“Esse festival tem tudo a ver com o que Minas Gerais tem de melhor: uma gastronomia diferenciada e apreciada em todo mundo; o café, que tem uma enorme força econômica. Se Minas fosse um país, seria o maior produtor do grão no mundo. Temos cafés da maior qualidade”, disse o governador.   

A feira conta com o Selo Evento Seguro, que atesta que os protocolos de saúde e segurança definidos pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) são cumpridos. A festa conta também com o Selo Cozinha Mineira. 

 “Um dos primeiros projetos que apresentei ao governador foi a ideia de fazer da cozinha mineira um patrimônio histórico de Minas Gerais e do Brasil. Temos a mania histórica de valorizar o que vem de fora e precisamos mudar isso. E a comida mineira é importante também, pois é um segmento e atrativo importante do turismo no estado”, destacou o secretário Leônidas Oliveira.

 

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Uma das maiores do Estado, a rampa é um local privilegiado para o turismo de aventura

Com o objetivo de fortalecer o turismo na cidade, foi inaugurada na manhã de sábado (23/4), na cidade de Pequi, a Rampa de Voo Livre João Batista Torres. O nome é homenagem a um morador que chegou na cidade em 1934 e se apaixonou pelo Ponto Chic. Ele tinha um carinho especial pelo local, além de cuidar e preservá-lo por toda a sua vida, deixando como legado todo o seu amor pelo ponto turístico.

A rampa é ponto de encontro de pessoas de várias idades que vem ao local para praticar atividades como caminhada, trilha de bicicleta ou mesmo para curtir as belezas naturais e a paisagem exuberante. É uma das maiores do Estado, o que possibilita aos pilotos de parapente e parâmetro voarem em altitudes maiores.  

“Estamos celebrando o ano da mineiridade, que é justamente esse acolhimento do nosso Estado. Além disso, nossa cozinha mineira está se tornando patrimônio imaterial. A gente tem muito a comemorar e percebo que essa região tem muito disso. É muito importante que a gente esteja aqui todos juntos celebrando”, destacou a secretária adjunta de Estado de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa. “O turismo de aventura, o ecoturismo, o cicloturismo são fortíssimos em Minas Gerais. E isso é importante para gente pensar em cada vez mais fortalecer esse setor que é desenvolvimento social, territorial, econômico”, completou.  

Logo pela manhã alguns voos foram realizados na rampa. Após a solenidade, a placa foi descerrada e a rampa oficialmente inaugurada.  Durante o evento, a secretária adjunta aproveitou para conhecer os artesãos locais e conversar com prefeitos e secretários de cultura e turismo da região. 

O presidente da instância de governança regional da trilha dos bandeirantes, Wanildo Silva agradeceu ao apoio do prefeito e contou sobre as dificuldades que encontrou no início de seu trabalho. “Nós estamos trazendo desenvolvimento para sociedade porque o turismo gera emprego e precisamos fazer a nossa cidade crescer cada dia mais. A gente sabe o tanto que foi árduo e difícil. Recebemos críticas, mas hoje podemos ver aqui mais de cem pessoas voando e oferecemos uma boa estrutura para que isso aconteça", observa o prefeito de Pequi, André Melgaço.

Também participaram do evento autoridades do poder legislativo e executivo da região e também a gestora da Instância de Governança Regional da Trilha dos Bandeirantes, Cecília Galvão.

 

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No dia 2 de abril, às 18h, na Sala Minas Gerais, o jovem pianista brasileiro Lucas Thomazinho executa as famosas Variações Sinfônicas e o quase poema sinfônico Les Djinns do belga César Frank, na celebração de 200 anos de nascimento do compositor. A peça de Debussy que, historicamente, dá início ao século XX serve de contraste ao charme das Valsas de Dvorák e às danças populares do Sul da Alemanha, vistas pelo prisma do britânico Elgar. A regência é do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais. Neste ano, inspirada nas letras do alfabeto, a Filarmônica de Minas Gerais explora o repertório sinfônico trazendo as imensas possibilidades existentes de A a Z, na série “Fora de Série”, realizada aos sábados. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais. A capacidade da Sala é de 1.493 lugares.

De acordo com Nota Técnica do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da Prefeitura de Belo Horizonte, publicada no site da PBH em 16/3/22, não é mais necessária a apresentação do comprovante de vacinação e de teste negativo para covid-19 para acesso à Sala Minas Gerais. O uso permanente de máscara segue obrigatório, e o Café da Sala estará aberto. Veja mais orientações no “Guia de Acesso à Sala”, no site da Orquestra: fil.mg/acessoasala.

Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo e Governo de Minas Gerais, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Patrocinadores: Supermix e ArcelorMittal. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

Lucas Thomazinho, piano
Finalist Prize no XIX Santander International Piano Competition (Espanha), Lucas Thomazinho já recebeu mais de uma dezena de prêmios no Brasil, Portugal, Estados Unidos e Alemanha. Nascido em 1995, ganhou seu primeiro concurso aos nove anos de idade. Desde o início de seus estudos, Lucas Thomazinho foi bolsista na Fundação Magda Tagliaferro, sendo aluno dos professores Zilda Candida dos Santos, Armando Fava Filho e Flavio Varani. Em 2019, concluiu o bacharelado em Música na Universidade de São Paulo (USP), onde foi orientado pelo pianista Eduardo Monteiro. Em 2021, tornou-se Mestre no New England Conservatory, na classe dos professores Wha Kyung Byun e Alessio Bax, com bolsa oferecida pela Sociedade de Cultura Artística. Thomazinho já atuou como solista com diversas orquestras, como a espanhola Sinfônica da RTVE, a portuguesa Filarmonia das Beiras, as sinfônicas do Estado de São Paulo, de Campinas, de Porto Alegre, a Experimental de Repertório e a Filarmônica de Minas Gerais. Como recitalista, já se apresentou na Sala São Paulo, Casa da Música (Portugal), Masp, Sala Cecília Meireles e outros. Em 2017, lançou seu primeiro álbum pelo selo KNS Classical.

Repertório 

Claude Debussy (Saint-Germain-en-Laye, França, 1862 – Paris, França, 1918) e a obra Prelúdio para "A tarde de um fauno" (1891/1894)
Se revoluções podem chegar suaves como o sopro de uma flauta, o Prelúdio para “A Tarde de um fauno” de Claude Debussy é a prova cabal disto. A partitura imaginada por ele é moderna, ligeiramente nebulosa, sedutora, de harmonia indescritível e tonalidades ambíguas. Trata-se de um verdadeiro banquete sonoro transcendental. Sobre ela, Debussy escreveu: “A música deste Prelúdio é uma ilustração muito livre do belo poema de Stéphane Mallarmé. Ela não reivindica ser uma síntese dos versos, mas sim uma sucessão de cenas pelas quais os desejos e sonhos do fauno avançam no calor de uma tarde. Então, exausto de perseguir o caminho por medo das ninfas e náiades, ele abandona a si mesmo em um sono inebriante, cheio de sonhos, e finalmente percebeu-se em plena posse no meio da natureza universal”. A estreia deixou a todos deslumbrados, tanto que os parisienses que estavam na Société Nationale de Musique naquele dia 22 de dezembro de 1894 insistiram para que a obra fosse imediatamente repetida.

Antonín Dvorák (Nelahozeves, República Tcheca, 1841 – Praga, República Tcheca, 1904) e a obra Valsas de Praga (1879)
Durante sua vida criativa, Antonín Dvorák transitou em todos os formatos possíveis. A saúde emocional, aliada a uma simplicidade interiorana, fizeram dele um compositor completo e prolífico. Seu talento ganhou a atenção do alemão Brahms, que o elogiou em carta para seu editor em Berlim, Fritz Simrock: “como um editor, você ficará muito satisfeito com a sua picância. Dvorák escreveu todos os tipos de coisas: óperas, sinfonias, quartetos, peças para piano. Decididamente, um rapaz muito talentoso. Além disso, pobre. Por favor, leve isso em consideração”. Tal carta estabelecera mudança definitiva na carreira do jovem de Nelahozeves, bem como indicava os laços já existentes de uma forte amizade. Desde então, uma série de trabalhos foram comissionados e recebidos com entusiasmo. Entre os trabalhos encomendados estão as Valsas de Praga, para o baile anual de Národní Beseda, em 28 de dezembro de 1879, em Praga. Finalizada em 12 de dezembro, a obra pertence ao vasto grupo de trabalhos de Dvorák que ainda merece investigação.

César Franck (Liège, Bélgica, 1822 – Paris, França, 1890) e a obra Les Djinns (1884)
Na história da música, diferentes padrões são percebidos no desenvolvimento de compositores. Figuras como Mozart, Schubert e Mendelssohn viveram de forma precoce seu momento mais importante. Beethoven e Brahms tornaram-se mais introspectivos com o passar da idade. Ives e Sibelius, por exemplo, perderam a chama criativa após anos de intensa produção. César Franck exemplifica um desenvolvimento totalmente diferente. Todos os trabalhos que fazem dele um grande compositor foram produzidos nos últimos doze anos de sua vida. Ao contrário do que se poderia inferir, esta coleção de trabalhos é carregada de alegre vitalidade, inventividade e jovialidade. Criado de uma só vez no verão de 1884, o poema sinfônico Les Djinns é baseado em um poema de Victor Hugo. Os djinns são pequenas criaturas aladas existentes no mundo dos contos de fadas árabes e que emergem das catacumbas e preenchem o ar com seus gritos aterrorizantes. O ponto alto dos treze minutos de Les Djinns é a escrita pianística. Como comentou Alfred Cortot: “Sem tentar prender a atenção, sem tornar pesada a marcha do discurso musical (...), acrescentando simplesmente à orquestra o recurso de um elemento sonoro e poético, a riqueza de um timbre suplementar, o piano se mistura com a ação musical, participando com infinita leveza das suas modulações de sentimento (...)”.

César Franck (Liège, Bélgica, 1822 – Paris, França, 1890) e a obra Variações Sinfônicas (1885)
Ao lado da Sinfonia em ré menor, as Variações Sinfônicas é a obra de César Franck mais frequentemente executada em concertos. A partitura apresenta aspectos bastante inovadores. A relação piano/orquestra é um verdadeiro trabalho em conjunto, distribuído entre partes iguais. O efetivo orquestral é surpreendentemente leve, com uma participação bastante orgânica do piano, embora desempenhando papel privilegiado. A estreia aconteceu em maio de 1886, em Paris, na Sociedade Nacional de Música, sob a regência do compositor e tendo como solista o pianista Louis Diémer, a quem foi dedicada.

Edward Elgar (Broadheath, Inglaterra, 1857 – Worcester, Inglaterra, 1934) e a obra Três danças bávaras (1895, revisão 1896)
Durante a década de 1890, a Baviera foi o destino de várias férias da família Elgar. Edward Elgar, particularmente, adorava a atmosfera relaxada do campo, o catolicismo, a dança local Schuhplattler. Em 1895, inspirado pela região, ele escreveu uma suíte de seis canções corais intitulada Scenes from the Bavarian Highlands, op. 27. O trabalho foi orquestrado posteriormente, e Elgar arranjou três das canções em uma nova suíte orquestral, Três danças bávaras. Nela, seu amor pela Baviera fica explícito pela exuberância das peças. A primeira parte, intitulada A dança, revive locais visitados, como uma hospedaria em Sonnenbichl. A segunda dança chama-se Canção de ninar e introduz a vila montanhosa de Hammersbach. A terceira dança, chamada Os atiradores, faz menção à cidade de Murnau am Staffelsee.

Programa 

Fora de Série – de Debussy a Franck

2 de abril – 18h

Sala Minas Gerais

 Fabio Mechetti, regente

Lucas Thomazinho, piano

 

Mais informações em www.filarmonica.art.br

 

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Imagem: Heloísa Bortz

Além de pontuar as relações afetivas e identitárias dos mineiros com os trens, serão apresentados destaques do acervo do Museu Ferroviário de Juiz de Fora

Do transporte de cargas ao de passageiros, os trens fazem parte da história de Minas Gerais. Em 30 de abril, celebra-se o Dia do Ferroviário – uma homenagem à inauguração da primeira linha de ferro do Brasil, a Estrada de Ferro Mauá. Para marcar a data, a Casa Fiat de Cultura realiza o Encontros com o Patrimônio “Pelos trens de Minas: um passeio pela história ferroviária”, que abordará a história das ferrovias e seus aspectos patrimoniais, bem como a relação dos mineiros com os trens. O convidado será o supervisor do Museu Ferroviário de Juiz de Fora, Marco Aurélio de Assis, que participará de um bate-papo ao vivo com a historiadora e educadora do Programa Educativo da Casa Fiat de Cultura, Ana Carolina Ministério. O evento será realizado no domingo, dia 24 de abril, das 11h às 12h30, com participação gratuita e inscrições pela Sympla.

O bate-papo terá início com breve contextualização sobre as ferrovias pelo mundo. A evolução técnica e tecnológica na Inglaterra entre o fim do século 18 e o início do século 19, influenciada, sobretudo, pela Revolução Industrial, culminou na criação da primeira locomotiva a vapor, em 1814, pelo inglês George Stephenson. “Foi a partir de então que os trens começaram a conquistar o mundo”, aponta Ana Carolina Ministério. Ela relembra que 40 anos mais tarde, em 30 de abril de 1854, foi construída, no Brasil, a primeira ferrovia, obra de Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá. “A história das ferrovias demonstra como o Brasil se inseriu na Revolução Industrial. Elas são símbolos de modernização e desenvolvimento, e marcaram a história política e econômica do país”, ressalta a historiadora.

Durante o evento, também será abordado como as locomotivas povoam o imaginário dos mineiros e estão presentes na memória afetiva dos moradores mais antigos do estado, já que muitas cidades foram desenvolvidas em torno da rede ferroviária. “Há cidades que surgiram, se expandiram, ou até mesmo deixaram de existir pelas ferrovias. Além de transportar cargas e fazer circular riqueza, os trens aproximaram as pessoas. É a história da mobilidade humana”, evidencia Ana Carolina Ministério. A historiadora ainda irá falar dos aspectos patrimoniais, sobre como esse patrimônio está sendo cuidado, além de revelar algumas curiosidades, como o porquê do “trem” fazer parte do linguajar dos mineiros.

Marco Aurélio de Assis, que integra a equipe do Museu Ferroviário de Juiz de Fora desde sua fundação, apresentará os destaques do acervo da instituição. Inaugurado em 2003, o museu possui um acervo de mais de 300 peças sobre a história da ferrovia no município e no Brasil. Neto e filho de ferroviário, ele também recordará a história dos trens em Juiz de Fora e reforçará a importância das ações de educação patrimonial.

O Encontros com o Patrimônio “Pelos trens de Minas: um passeio pela história ferroviária” é uma realização da Casa Fiat de Cultura e do Ministério do Turismo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Fiat, do Banco Safra e da Usiminas, e co-patrocínio do Grupo Colorado. O evento tem apoio institucional do Circuito Liberdade, do Governo de Minas e do Governo Federal, além do apoio cultural do Programa Amigos da Casa, da Brose do Brasil e do Instituto Usiminas.

Marco Aurélio de Assis
Fotógrafo, técnico audiovisual, e funcionário público da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lages (Funalfa), onde trabalha há 38 anos. Exerceu trabalhos na produção de vídeos institucionais e programação de filmes em projetos de exibição, como o Cinema Volante e o Cinema nos Bairros, e na criação de Cineclubes, com destaques o “Cinema Paraíso” e “Cine Maria Fumaça” da extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA).

Neto e filho de ferroviário, em 2003 passou a integrar a equipe do Museu Ferroviário de Juiz de Fora com o objetivo de realizar projetos cinematográficos, como o “Cinema na Estação”, que possibilitou outras propostas como o lançamento do “Primeiro Livro de Memória Oral da Ferrovia”, que colheu depoimentos de antigos ferroviários, e o “Cineclubinho”, com oficinas de produção audiovisual para crianças. Apaixonado pelo universo museológico, tendo como destaque a higienização do acervo, que lhe rendeu uma homenagem junto ao aniversário de 17 anos do Museu Ferroviário de Juiz de Fora, com a exposição intitulada "Atento".

 

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Imagem: Carlos Mendonça

Produção estreia nesta quinta-feira (31/03), contando histórias impactantes dos artistas da OSMG vividas na pandemia

Foram 20 meses sem a experiência visceral do encontro presencial entre os músicos da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) e o público, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Consequência da pandemia, esse hiato de tempo nunca havia acontecido nos 45 anos de história do corpo artístico gerido pela Fundação Clóvis Salgado (FCS). Durante esse período de distanciamento, a solução encontrada para continuar levando arte e emocionando o público foi a produção de vídeos inéditos gravados nas casas dos próprios músicos que, por meio do programa #PalácioEmSuaCompanhia, transformaram as redes sociais em palco. Paralelamente a isso, esses 20 meses também foram marcados por trajetórias de integrantes da Orquestra Sinfônica, repletas de emoção, saudade, superação e transformações profundas.

Para revelar todo o processo e os bastidores do aguardado reencontro da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais com o palco e o público, a Fundação Clóvis Salgado estreia o documentário “Sinfonia da Presença”, no dia 31 de março de 2022, às 10h, em seu canal do YouTube. Para quem não puder acompanhar o lançamento, a obra seguirá disponível na plataforma.

Com concepção de Luciana Salles, diretora artística da Fundação Clóvis Salgado, o filme é composto por depoimentos de diversos profissionais da Sinfônica, da presidente da Fundação Clóvis Salgado, Eliane Parreiras, além de conteúdos sobre música e imagens inéditas dos bastidores da retomada presencial da OSMG ocorrida em 15 de novembro de 2021, com a apresentação do concerto “Sinfônica Ao Vivo”, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes.

Na ocasião, para preservar a segurança e a saúde de todos, foram adotados protocolos sanitários, como a obrigatoriedade de os artistas usarem máscaras no palco e a utilização de chapas de acrílico entre os músicos dos instrumentos de sopro.

O Programa do Concerto, por sua vez, contou com a interpretação de uma obra inédita do maestro, compositor mineiro e integrante da OSMG Rogério Vieira, intitulada Sinfonieta Solene (para metais & percussão). Também fizeram parte do repertório as obras “Fanfare”, de Paul Dukas; “Fanfare for the Common Man”, de Aaron Copland; “Strophe”, de Johan Bartholdy; e a famosa “Sinfonia Inacabada”, de Franz Schubert.  

Para a presidente da Fundação Clóvis Salgado, Eliane Parreiras, o reencontro da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais com o público presencial foi um momento de grande emoção. “A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais é um patrimônio do Brasil, legitimado pela sociedade, pois nasceu de maneira orgânica. A sociedade reconheceu o papel e a importância da Orquestra e o Estado abraçou a ideia da criação deste corpo artístico. Por isso, foi muito especial assistir novamente a OSMG se apresentando no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, com a presença da plateia”, celebra Eliane Parreiras.

Segundo Silvio Viegas, regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, o desejo de produzir o documentário surgiu da diretoria artística da FCS e é uma oportunidade histórica de registar um período singular da humanidade. “O filme cumpre a função de preservação da memória da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, um corpo artístico democrático e plural. A OSMG não possui um perfil único de pessoas, uma vez que é formada por integrantes com conhecimentos, histórias e visões de mundo distintas. E essa diversidade é o que torna a Orquestra extremamente rica”, explica Silvio Viegas.   

Luta e superação
Durante o processo de criação de ‘Sinfonia da Presença’, definiu-se que o documentário seria construído a partir de uma perspectiva humana, dando voz aos artistas e relatando fatos vividos na pandemia por eles, que nem sempre são conhecidos do grande público.

O filme retrata, por exemplo, a história de Isadora Sodré, fagotista da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, a única mulher trans integrante de uma orquestra brasileira. Ela ingressou na OSMG durante a pandemia, período em que também se assumiu como Isadora.

“Eu sempre fui a Isadora. Mas agora estou mostrando a Isadora para o mundo. Mostrando também a Isadora dentro da Orquestra e sendo abraçada por todos. Inclusive, estou muito feliz e espero que a Sinfônica alcance mais pessoas. Não apenas um tipo de pessoa de uma classe social, etnia, gênero ou de uma sexualidade determinada. E, sim, todas as pessoas, pois a música é para todo mundo”, revela a artista no documentário.

O vírus que nos últimos dois anos impactou de maneira avassaladora a história da humanidade, também afetou os integrantes da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, mesmo com os artistas trabalhando de suas respectivas casas e sendo cumpridos todos os protocolos sanitários. Alexandre Kanji, spalla da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, vivenciou o luto da perda de seus pais durante a pandemia, vítimas da Covid-19.

Willian Barros, violinista da OSMG, também foi marcado pela Covid-19. No dia 3 de março de 2021, o músico chegou a ter 70% do pulmão comprometido e precisou ser entubado assim que chegou ao hospital, onde ficou internado por cerca de 90 dias. Apesar de todo o drama, Willian Barros venceu o vírus e, como declarou no documentário, ainda vive um processo de recuperação.

“Quando saí do hospital, eu não conseguia andar, pois fiquei muito tempo deitado. Cheguei até a comentar com a minha esposa que eu não conseguiria voltar a tocar. Realmente, foi uma sensação muito estranha. Estou na Orquestra Sinfônica há quase 30 anos e, de repente, o violino parecia apenas um pedaço de pau ou um objeto estranho que eu nunca tinha segurado antes. Por isso, tive que reaprender, por exemplo, as distâncias entre os meus dedos. Graças à Deus estou tendo uma evolução enorme”, comenta Willian Barros, que foi aplaudido de pé pela plateia do teatro durante sua participação no concerto de retomada da Orquestra.

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais
Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais em 2013. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, a partir da realização dos projetos Concertos no Parque, Concertos Comentados, Sinfônica ao Meio-dia, Sinfônica em Concerto, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Seu atual regente titular é Silvio Viegas.

Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam o documentário “Sinfonia da Presença”, que tem correalização da APPA – Arte e Cultura, patrocínio master da Cemig, ArcellorMittal, Instituto Unimed-BH, AngloGold Ashanti e Usiminas, por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura, além do apoio cultural do Instituto Hermes Pardini.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

 

 

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Imagem: Hanna Mussi

Feriado de Tiradentes deve atrair mais de 278 mil pessoas; Estado também se destaca como destino nas buscas em plataformas digitais

Resultado das ações do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) para a recuperação do setor de turismo no estado, a expectativa de movimentação no período do feriado de Tiradentes tem apresentado números positivos. De acordo com levantamento realizado pelo Observatório do Turismo de Minas Gerais (OTMG), são esperadas mais de 127 mil pessoas na rodoviária de Belo Horizonte.

 volume representa 182% de crescimento na quantidade de passageiros verificada no mesmo feriado em 2021 (cerca de 45 mil pessoas), período em que as medidas de proteção à pandemia limitavam as viagens e deslocamentos. A expectativa para 2022 é de que haja 2.538 partidas (cerca de 62% a mais que em 2021) e 2.590 chegadas de ônibus (em torno de 64% a mais que em 2021).

No Aeroporto Internacional de Confins, a projeção é de que em torno de 151 mil pessoas devem passar pelo terminal de Belo Horizonte entre os dias 20 e 25 de abril, registrando um total de 1.261 voos, entre embarques e desembarques. O número é superior ao feriado da Semana Santa (14 a 18 de abril), quando houve expectativa de 130 mil passageiros e 1.095 voos, entre chegadas e partidas.

De acordo com o secretário de estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, a expectativa para o feriado de Tiradentes é um indício de que Minas Gerais tem se tornado uma tendência no turismo nacional. Para o titular da pasta, as diversas ações que vêm sendo realizadas no âmbito da recuperação turística asseguram ao estado uma posição de destaque entre os destinos brasileiros.

“Minas tem sido buscada por diversos turistas no país inteiro, justamente por essa transversalidade entre cultura e turismo. As atrações culturais e as opções turísticas por aqui fazem de nosso estado um lugar de interesse e descobertas. Os números positivos indicados para o feriado de Tiradentes refletem muito isso, que tem a ver com uma busca pela tradição, pela hospitalidade, e claro, toda a mineiridade que tem nos definido”, destaca.

Durante o feriado da Semana Santa, os números já consolidados pelo Observatório do Turismo de Minas Gerais (OTMG) também indicaram uma recuperação plena do setor. Na capital, por exemplo, a taxa de ocupação hoteleira foi de 47,61%, entre os dias 10 a 16 de abril. Nesse período, o segmento registrou faturamento total de R$ 5,5 milhões.

Em formatos digitais
Minas Gerais também se consolida como um destino frequente nas buscas por internautas. Diversas cidades mineiras se mantiveram em evidência na plataforma Google durante os dias 11 e 17 de abril. Belo Horizonte, São João del-Rei, Tiradentes, Ouro Preto, Poços de Caldas, Monte Verde e Monte Sião dividiram a atenção das pessoas em pesquisas sobre “lugares para viajar em Minas Gerais”, de acordo com dados da agência de viagens CVC. Ouro Preto registrou aumento de 900% nas buscas nos dias que antecederam a Semana Santa.

E, no portal Minas Gerais, veículo da Secult para a divulgação das atividades turísticas e culturais no estado, o registro de buscas sobre destinos mineiros teve amplo acesso. Na guia “eventos” da página, foram contabilizadas 147.191 buscas por cidades mineiras no período de 10 a 18 de abril. Entre os 30 municípios mais visitados, estão as cidades de Montezuma, Serro, Catas Altas, Santana dos Montes, Capitólio, Santo Antônio do Leite, Belo Vale e Muriaé.

 

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Imagem: Pedro Vilela

Parceria visa fomentar a prática e a reflexão cultural

O secretário de Estado de Cultura e Turismo do Estado de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, o Adido Cultural do Serviço de Cooperação e de Ação Cultural da Embaixada da França para o Estado De Minas Gerais, Vincent Nédélec e o diretor regional do Sesc em Minas, Luciano Fagundes assinaram, na terça-feira (29/3) um protocolo de intenções que vai estimular a troca de experiências e as reflexões culturais entre Brasil e França. A solenidade de assinatura foi realizada no Sesc Palladium, em Belo Horioznte.

A iniciativa visa empenhar esforços institucionais para a cooperação internacional de políticas culturais entre as partes, considerando o objetivo maior de desenvolvimento Cultural, Científico e Educacional do Estado de Minas Gerais, em âmbitos regional, nacional e internacional, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), da Embaixada da França no Brasil e do Sesc em Minas.  Visa também a cooperação institucional entre as partes para desenvolvimento de projetos e ações nas áreas de pesquisa, difusão, formação e intercâmbio cultural, com o objetivo de estabelecer conexões culturais, trocas de competências, conhecimentos e dados transversais de práticas e saberes artísticos culturais, entre outros

O secretário Leônidas Oliveira parabenizou a iniciativa. “Agora parceiro com a França e com o Governo de Minas, o Sesc faz muito bem para o Brasil e para Minas Gerais. Muitos turistas franceses vêm a Minas Gerais, muito em função do turismo cultural. Celebramos, sobretudo, uma parceria entre essas duas nações, a França e o Brasil. é muito importante este momento e é algo acertadíssimo. Esses laços criados contribuirão, e muito, com a cultura e a economia criativa, segmentos fundamentais para o nosso desenvolvimento”, disse.

O diretor regional do Sesc em Minas, Luciano Fagundes, explica que em 2017 foi assinado um convênio entre a Embaixada da França e o Governo de MG, e, desde então, estão sendo desenvolvidas ações culturais em conjunto com o objetivo de disseminar a cultura francesa no Estado e levar a cultura mineira para a Europa. “A assinatura de um novo protocolo de intenções é de extrema importância pois é a continuidade daquilo que já está dando certo. Nossa intenção é cada vez mais expandir a cultura, pois ela muda a vida das pessoas e de uma sociedade”, conta o diretor.

O Adido Cultural do Serviço de Cooperação e de Ação Cultural da Embaixada da França para o Estado de MG, Vincent Nédélec, explica que esta parceria vai oferecer novas possibilidades. “Com a pandemia, aprendemos que é possível levar cultura de forma remota, como foi feito no Fórum de Políticas Culturais. Além de capilarizar os projetos em todo o Estado, também pretendemos trazer artistas franceses e levar artistas mineiros para a Europa; e o Sesc será de extrema importância na seleção destes profissionais”, revela Nédélec.

Revista CulturaS
A Revista CulturaS, uma das iniciativas desta parceria, é produto da cooperação internacional com a Embaixada da França no Brasil e o Governo do Estado de Minas Gerais. O objetivo é estimular ações de fomento à prática e reflexão cultural e, ao ancorar reflexões que envolvem o intercâmbio de conhecimento e práticas na área de política cultural em uma interface de conteúdo acessível e democrática, a revista busca ser uma ferramenta para somar esforços e alimentar o pensamento sobre as múltiplas possibilidades de intervenções por meio da cultura.

Em sua terceira edição, lançada hoje (29/03) no site www.sescmg.com.br, a publicação aborda o tema “A reinvenção da cultura no Pós-Pandemia”, no qual artistas e produtores opinam sobre a cultura como negócio nos novos tempos. Mergulhada nesta preocupação e amparada pelos debates promovidos pelo 5º Fórum de Políticas Culturais, esta edição da Revista CulturaS reúne reflexões sobre os riscos e oportunidades deste negócio e oferece relatos de diferentes protagonistas.

 

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Imagem: Giselle Fonseca 

Feriado nacional faz referência ao dia da morte de Tiradentes
 
Para comemorar o feriado do Dia de Inconfidência, também chamado por Dia de Tiradentes, o Brasil das Gerais desta quinta-feira (21), traz os fatos e as contradições nos relatos sobre sobre Joaquim José da Silva Xavier, popularmente conhecido como Tiradentes.
 
No programa, o historiador Fernando Figueiredo e o professor de história da Unesp, André Figueiredo Rodrigues, contextualizam os acontecimentos que cercaram a vida de uma das grandes figuras da história do Brasil.
 
Tiradentes foi um dos participantes ativos da conspiração chamada Inconfidência Mineira, um dos principais movimentos que ocorreu na então capitania de Minas Gerais contra o domínio português. Foi condenado à forca por traição à Coroa Portuguesa, sendo executado em 21 de abril de 1792.
 
Por sua conspiração, Tiradentes se tornou um herói da nação na visão dos republicanos. A data de sua execução foi instituída feriado nacional no Brasil em 1965, pelo marechal Castelo Branco, então presidente da República. O feriado ganhou o título Dia da Inconfidência, popularmente conhecido como Dia de Tiradentes. 
 
Apresentado por Patrícia Pinho, o Brasil das Gerais vai ao ar nesta quinta (21), às 13h, pela Rede Minas e no site da emissora: redeminas.tv.
 
Como sintonizar:
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A Rede Minas está no ar no canal 9 (VHF); Net 20 e Net HD 520; Vivo 9; e através do satélite Brasilsat C2 para a América Latina. Acesse as redes sociais:
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Iniciativa é baseada em diferentes eixos temáticos que buscam reforçar a identidade negra no estado e elevá-las a patrimônios culturais

A Cultura Negra como patrimônio do estado. É esse o objetivo do Afromineiridades – Programa de Proteção da Cultura Afro em Minas Gerais, iniciativa do Governo de Minas por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha). O programa foi apresentado na terça-feira (29/3), em solenidade presencial realizada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.

Parte fundamental da identidade cultural de Minas Gerais, o povo negro será celebrado com o “Afromineiridades”. O programa é uma importante iniciativa para compreender e reconhecer a complexidade das contribuições dos grupos de matriz africana que formam as culturas mineiras. Com esse programa, a Secult e o Iepha propõem uma série de ações, envolvendo lideranças, intelectuais negros, comunidades quilombolas e povos de terreiro para criar caminhos para melhor entendimento dos conhecimentos afromineiros.

A abertura do evento contou com uma recepção aos convidados feita por grupos musicais das comunidades de matriz africana, com o Pai Ricardo de Moura e a cantora Aline Calixto representando os povos tradicionais, acompanhados dos tambores sagrados e entoação de cantos para marcar o início dos trabalhos. A solenidade de lançamento foi transmitida ao vivo pelo Canal de YouTube da Secult. Assista à íntegra AQUI.

Também participaram da solenidade de lançamento do Programa Afromineiridades, o secretário de estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, o presidente do Iepha, Felipe Pires, o Promotor de Justiça e coordenador da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, Marcelo Mafra, o Conselheiro Adriano Maxmiliano, titular da cadeira de Culturas Afro-brasileiras do Consec.

Ainda, no evento, a coordenadora-geral do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (Cenarab), Makota Célia Gonçalves Souza, a Diretora de Políticas de Reparação e Promoção de Igualdade Racial, da Secretária Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, da Prefeitura de Belo Horizonte, Makota Kizandembu e Mírian Aprígio Luizes, do Quilombo dos Luizes.

De acordo com o secretário de estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, o Afromineiridades – Programa de Proteção da Cultura Afro em Minas Gerais é um primeiro passo para o registro da cultura negra como patrimônio do estado. Para o titular da Secult, a iniciativa foi pensada para proteger a história do povo negro em Minas, bem como dar mais relevância às inúmeras contribuições para a formação da identidade cultural em Minas Gerais.

“Fazer o inventário dos nossos povos tradicionais é um é um passo importantíssimo para a cultura afro de Minas Gerais, que ainda está muito arraigada no erudito. Proteger essa bela história, repleta de simbolismos, ancestralidade e todas as demais características e elementos que fazem parte da cultura negra em Minas é uma diretriz da Secult e uma política pública importantíssima, garantindo que todas as manifestações culturais oriundas das raízes negras possam, também, ser contempladas em mecanismos de incentivo”, disse.

A Diretora de Políticas de Reparação e Promoção de Igualdade Racial, da PBH, Makota Kizandembu, destacou que o início do programa de proteção à cultura negra é um campo importante para entender os profundos, e antigos, laços de Minas Gerais com os povos africanos que chegaram na região ainda no período da colônia. “Nós temos a presença de três povos que construíram essa nação e esse estado. Foram eles que deram origem a diversas manifestações e mantiveram o contínuo com África”, pontuou.

O promotor de Justiça e coordenador da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, Marcelo Mafra, pontuou que a iniciativa da Secult e do Iepha, para além de proteger a memória das raízes africanas do estado, cumpre importante papel no combate ao racismo. “O racismo religioso é uma faceta do racismo estrutural que permeia a sociedade. Esse projeto vai dar visibilidade à construção histórica do povo preto em Minas Gerais, e que sofreu um apagamento histórico”, declarou.

Proteção à memória e à história
Segundo o presidente do Iepha, Felipe Pires, o lançamento do programa Afromineiridades é o início de um processo de estudos e entendimentos sobre a contribuição da cultura negra para o patrimônio cultural do estado, em que as diversas manifestações serão discutidas e apresentadas, para, num momento futuro, se tornarem elementos protegidos. “É o momento de escuta, tanto do Iepha quanto da Secult, que, a partir dessas discussões, dessas conversas, vão começar a levantar as informações para, de fato, dar às afromineiridades um conceito de patrimônio cultural de Minas Gerais”, afirmou o presidente.

Tendo como tema central a Proteção da Cultura Afro em Minas Gerais, o Programa se divide nos eixos temáticos: o inventário dos povos de terreiro de Minas Gerais e o reconhecimento dos congados e dos quilombos em contexto urbano como Patrimônio Cultural do Estado. As discussões e reflexões se desdobrarão em quatro ações que ocorrerão entre os meses de março e junho deste ano. Trata-se de um momento singular para escuta e diálogo com mestres e mestras das culturas provenientes da ancestralidade africana de modo a balizar e criar novos caminhos para as ações de reconhecimento e salvaguarda do patrimônio cultural de Minas Gerais.

Uma extensa programação vai aprofundar a reflexão sobre a contribuição dos grupos negros na formação sociocultural em Minas. As ações que envolvem o Afromineiridades estão divididas em: Lançamento do Programa de Proteção da Cultura Afro em Minas Gerais – Afromineiridades;  Seminário sobre a proposta de Registro dos Congados e Reinados de Minas Gerais como Patrimônio Cultural Imaterial;  Seminário sobre a proposta de Registro das Comunidades Quilombolas em contexto urbano de Minas Gerais como Patrimônio Cultural Imaterial; e Seminário sobre a proposta de Mapeamento dos Povos e Comunidades de Terreiro de Minas Gerais.

Cada uma dessas ações contará com eventos específicos, organizados no modelo de “Fórum de escuta”, metodologia que permite a identificação das principais demandas e necessidades dos representantes de cada segmento identitário. Além do Fórum, uma mesa de debate permitirá uma escuta e reflexão qualificada com a proposta de aprofundar a discussão sobre o conceito que atravessa a proposta como um todo: as afromineiridades.

Ciclo de debates
A programação do Afromineiridades ainda contempla outras ações. Na quarta-feria (30/3), será realizado o Fórum de Discussão “As afromineiridades: extensões e limites de uma categoria em construção”. Será um espaço no qual integrantes dos segmentos identitários de todo o estado poderão contribuir com a reflexão e entendimento do que vem a ser “as afromineiridades” a partir de uma perspectiva mais aprofundada a respeito da diversidade na comunidade negra do estado. Os interessados em participar do fórum devem realizar inscrição prévia neste link.

 

 

29 3 2022 miniafromineiridades

Sob a batuta do regente convidado e contrabaixista da Orquestra, Rossini Parucci, concerto terá presença de público e será transmitido ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube

No dia 24 de abril, às 11h, na Sala Minas Gerais, a Filarmônica de Minas Gerais faz a segunda apresentação do ano da série “Concertos para a Juventude”, dedicada às famílias e à formação de novos públicos. Ao longo de seis concertos gratuitos, sempre aos domingos, a série irá destacar, em 2022, a música de diferentes regiões do mundo. O programa deste concerto traz a música da Inglaterra e Países Nórdicos com obras de Clarke, Sibelius, Holst, Elgar e Grieg. A condução é do regente convidado e contrabaixista da Orquestra, Rossini Parucci. O concerto é gratuito, com presença de público e transmissão ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube.

A distribuição de ingressos será feita a partir da quarta-feira, dia 20 de abril, após o meio-dia, pela internet, no site da Filarmônica (www.filarmonica.art.br), limitada a 4 ingressos por pessoa. Não haverá distribuição de ingressos no momento do concerto.

Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais, Cemig e Instituto Unimed-BH através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal. A programação educacional é apoiada pelo programa Amigos da Filarmônica.

Rossini Parucci, regente convidado
Natural de Londrina, Rossini Parucci é graduado em Música pela Arizona State University, Estados Unidos, e integra o naipe de Contrabaixos da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2016. Estudou composição e regência, técnica vocal e contrabaixo. Como regente, participou do Laboratório de Regência promovido pela Filarmônica, edição 2018, e já esteve à frente do Madrigal de Londrina, coral Viva Voz, All Saints Chamber Choir, Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Orquestra Sinfônica da Universidade Mayor, Orquestra Sesiminas Musicoop, Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina e Orquestra de Câmara Solistas de Londrina. 

Concertos para a Juventude – Inglaterra e Países Nórdicos
24 de abril – 11h
Sala Minas Gerais
Gratuito

 

CLARKE/Westermann          A marcha do príncipe da Dinamarca, “Trompete Voluntário”

SIBELIUS                                 Finlândia, op. 26

HOLST                                    Suíte Saint Paul, op. 29, nº 2

ELGAR                                    Pompa e Circunstância, op. 39: Marchas Militares nº 1 em Ré maior e nº 4 em Sol maior

GRIEG                                     Peer Gynt: Suíte nº 1, op. 46

 

A distribuição de ingressos será feita a partir da quarta-feira, dia 20 de abril, após o meio-dia, pela internet, no site da Filarmônica (www.filarmonica.art.br), limitada a 2 ingressos por pessoa. Não haverá distribuição de ingressos no momento do concerto.

 

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br
Bilheteria da Sala Minas Gerais
Horário de funcionamento

Dias sem concerto:
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h 

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:
— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana 
— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado 
— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo

 

 

 

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Imagem: Rafael Motta

 

Está aberta a visitações, no Museu Mineiro, a exposição temporária “Quando”. A mostra tem entrada gratuita e fica em cartaz até 1º de maior e apresenta obras produzidas pelo coletivo, composto por artistas e mulheres cis e transgênero que transitam pelo abrigo Maria Maria, casa de acolhimento à população de rua em sistema de moradia temporária subsidiada pela Prefeitura de Belo Horizonte.

Os trabalhos da exposição são frutos de laboratórios de arte realizados pelo coletivo desde 2018 e incluem diário de bordo, derivas pela cidade, arte têxtil, práticas de colagem, desenho, pintura, vídeo, dentre outras ações multidisciplinares que servem como suportes para o compartilhamento de memórias, narrativas, sonhos.

A exposição busca refletir sobre os espaços identitários, tanto individuais quanto coletivos, a relação com o território, a ideia que se tem de lar quando não se tem um, memórias afetivas da cidade em que se habita, estados de ser e perceber o mundo e o "quando" enquanto questão em seu sentido de circunstância, situação, tempo, uma ocasião temporal que não se sabe ao certo definir, nem se é do campo do desejo, da vontade, do sonho, ou se é da ação, do chamado: "quando vamos ter vez?", "quando vamos ter casa?" "quando vamos ter emprego", "quando vão nos escutar, "quando vão nos perceber?"

Coexistir através de práticas que não exigem aptidões prévias faz parte da filosofia do coletivo “Quando”, criado pelos artistas Matheus Couto, Dulce Couto e Chris Tigra. “Atuamos com o imprevisível, nosso grupo se forma quando acontece o encontro com as mulheres do abrigo e nunca sabemos como vai ser, quem vai estar, quem vai querer participar, é tudo na base da situação do momento, como é o próprio fluxo da vida de quem transita por instituições de acolhimento à população de rua” explica Matheus. “No meio disso, convidamos outros artistas e agentes culturais pra chegar junto, atuar com essas práticas coletivas que tem o espírito mais livre, baseado na troca entre todo mundo”, completa.

Integra ainda a programação da exposição duas oficinas com foco no público com trajetória de vida nas ruas da cidade:

Oficina Maquiagem para Pele Negra | com Indianara Araújo 01/04/2022 | 14-17hrs

Oficina Do Lixo ao Luxo - Upcycling | com Dyony Moura 08/04/2022 | 14-17hrs

Coletivo Quando
“Quando” é um coletivo que promove o encontro entre diferentes artistas e mulheres com trajetória de vida nas ruas que transitam pelo abrigo Maria Maria, situado no bairro da Lagoinha, em Belo Horizonte.

Desde 2018 o coletivo desenvolve de forma independente atividades que já resultaram em obras exibidas em festivais de cinema e exposições de arte, fruto das atividades que colocam os processos criativos em evidência, a arte como suporte para o compartilhamento de narrativas reais. Costura, colagem, fotografia, vídeo, desenho, pintura, cartografias afetivas, os suportes utilizados são plurais, a ideia do coletivo é trabalhar sem contornos definidos.

Atualmente, o coletivo “Quando” é conduzido pelos artistas Matheus Couto, Chris Tigra, Dulce Couto, Rafaela Ianni e Carla Onodera.

Abrigo Maria Maria
O Maria Maria é uma unidade de acolhimento em espaço de moradia temporária para mulheres maiores de 18 anos em estado de abandono, situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social, com vínculos familiares rompidos ou fragilizados e sem condições de moradia e autossustentação. Acolhe em espaço de moradia temporária, mulheres em situação de vida nas ruas, possibilitando a reorganização e o planejamento de vida, visando a saída definitiva das ruas.

Serviço:
Exposição Quando
Período expositivo: até 1º de maio
Endereço: Av. João Pinheiro, 342 – Centro – BH/MG
Horário de Funcionamento: Terça a Sexta, das 12h às 19h | Sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h

 

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Material ficará exposto no Palácio da Liberdade a partir de 26 de abril

No ano do Bicentenário da Independência do Brasil, Minas recebe os manuscritos dos quatro mais importantes hinos brasileiros: da Independência, Nacional, da Bandeira e da Proclamação da República.  Todo esse acervo ficará em exposição inédita, a partir de terça-feira (26/4) no Palácio da Liberdade. Também integram exposição “Já Raiou a Liberdade: Hinos do Brasil” composições históricas, como o Hino da Feliz Aclamação de D. João VI e a Estrela do Brasil.

“Se nós imaginarmos que estamos diante dos originais do hino nacional que a letra mudou, mas a música permanece a mesma. E a música primeira é esse manuscrito que está conosco aqui hoje, sobretudo nessa semana da inconfidência mineira, há dois dias do dia de Tiradentes, realmente é uma emoção”, disse o secretário de estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira. “Isso só reforça o papel, o protagonismo de Minas Gerais na história do país”, completou.

Arquivados na Biblioteca da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na capital fluminense, os manuscritos originais deixaram pela primeira vez o edifício centenário da Rua do Passeio, na manhã de terça-feira (19/4), e foram escoltados pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), até o Arquivo Público Mineiro (APM). Em seguida, serão encaminhados ao Palácio da Liberdade, onde ficarão expostos até 7 de setembro. Em seguida, os documentos serão restaurados e encaminhados para Brasília.

A tenente da Polícia Militar Jeanina participou da equipe que buscou as partituras no Rio de Janeiro.  “Foi uma experiência maravilhosa e tenho um carinho especial em fazer esse trabalho porque sou musicista. Estou me sentindo muito honrada e gratificada por estar aqui e participar desse trabalho, dessa missão importante de buscar um símbolo para nossa nação”, falou a tenente.

O cantor Rogério Flausino também esteve no Arquivo Público Mineiro na tarde de hoje e se disse honrado em participar de um momento tão importante. “Estou muito feliz de estar aqui hoje participando desse momento da chegada desses documentos tão raros. Isso representa muito da nossa história”, concluiu.

A iniciativa que abre as comemorações do Bicentenário da Independência é organizada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) em parceria com o programa Arte de Toda Gente, da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com curadoria de sua Escola de Música. Os hinos foram recebidos ao som do Conjunto de Sopros da Polícia Militar de Minas Gerais.

 

 

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Imagem: Dirceu Aurélio 

Ação conjunta com o Iepha vai proteger a cultura afro no estado e evidenciar a importância do povo negro para a formação cultural de Minas Gerais

Parte fundamental da identidade cultural de Minas Gerais, o povo negro será celebrado durante o “Afromineiridades – Programa de Proteção da Cultura Afro em Minas Gerais”. Iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), o programa será apresentado ao público na terça-feira (29/3), às 9h, no Palácio da Liberdade, e vai contar com a presença de representantes das comunidades quilombolas, guardas de congado e povos de terreiro de Minas. O evento será transmitido ao vivo pelo Canal de YouTube da Secult.

A solenidade de lançamento do “Afromineiridades – Programa de Proteção da Cultura Afro em Minas Gerais” vai contar com a presença do secretário de estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, do presidente do Iepha, Felipe Pires, além de outros convidados, como Pedrina Santos (Capitã de Massambike de Oliveira - MG), Nila Rodrigues (historiadora e mestre em Estudos Étnicos e Africanos) e Rubens Silva (antropólogo e professor da UFMG). A solenidade de lançamento será transmitida ao vivo pelo canal de YouTube da Secult.

Para o secretário Leônidas Oliveira, o lançamento do “Afromineiridades – Programa de Proteção da Cultura Afro em Minas Gerais” representa uma das diretrizes da Secult, que consiste em assegurar maior democratização das políticas públicas da cultura, celebrando, assim, a rica diversidade no estado. Segundo o titular da pasta, a iniciativa evidencia toda a importância das tradições e dos costumes dos povos negros ao manter viva a memória dessa comunidade.

“Os povos negros têm uma importância gigantesca na formação da identidade cultural do Brasil e, em Minas Gerais, cuja população é, em sua maioria, de pessoas negras, essa assinatura é ainda mais evidente. Nosso objetivo é proteger as raízes afro do estado, garantindo visibilidade para a cultura negra em suas inúmeras formas de expressão. Tanto no olhar para o passado, celebrando as festas populares e a ancestralidade, quanto no presente, com ações concretas que promovam a democratização e a diversidade artística, a proposta da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo é consolidar esse programa como um mecanismo de proteção à memória das tradições negras em nosso estado”, destaca.

Para o presidente do Iepha, Felipe Pires, “mesmo invisibilizadas ao longo dos tempos, a contribuição das diversas culturas africanas para a formação da identidade da população mineira é inquestionável. Pela impressionante capacidade de resistência e de adaptação, a cultura vinda com a população africana se transmutou e se recriou com elementos das Minas Gerais. O Iepha, em sua trajetória, já reconheceu algumas delas. Em 2022, a Instituição soma esforços na criação e execução de um programa capaz de ampliar e evidenciar o reconhecimento, dando a importância que essas tradições merecem”, pontua.

Visibilidade e reconhecimento
O Afromineiridades é uma importante iniciativa para compreender e reconhecer a complexidade das contribuições dos grupos de matriz africana que formam as culturas mineiras. A partir do Programa de Proteção da Cultura Afro em Minas Gerais, a Secult e o Iepha propõem uma série de eventos, debates e interações com lideranças políticas, intelectuais negros, comunidades quilombolas e povos de terreiro visando criar caminhos para melhor entendimento dos conhecimentos afromineiros que trazem especificidades em relação aos saberes especializados, manifestações culturais, cosmovisões e modos de vida específicos.

Tendo como tema central a Proteção da Cultura Afro em Minas Gerais, o Programa se divide nos eixos temáticos: o inventário dos povos de terreiro de Minas Gerais e o reconhecimento dos congados e dos quilombos em contexto urbano como Patrimônio Cultural do Estado. As discussões e reflexões se desdobrarão em quatro ações que ocorrerão entre os meses de março e junho deste ano. Trata-se de um momento singular para escuta e diálogo com mestres e mestras das culturas provenientes da ancestralidade africana de modo a balizar e criar novos caminhos para as ações de reconhecimento e salvaguarda do patrimônio cultural de Minas Gerais.

Uma extensa programação vai aprofundar a reflexão sobre a contribuição dos grupos negros na formação sociocultural em Minas. As ações que envolvem o Afromineiridades estão divididas em: Lançamento do Programa de Proteção da Cultura Afro em Minas Gerais – Afromineiridades;  Seminário sobre a proposta de Registro dos Congados e Reinados de Minas Gerais como Patrimônio Cultural Imaterial;  Seminário sobre a proposta de Registro das Comunidades Quilombolas em contexto urbano de Minas Gerais como Patrimônio Cultural Imaterial; e Seminário sobre a proposta de Mapeamento dos Povos e Comunidades de Terreiro de Minas Gerais.

Cada uma dessas ações contará com eventos específicos, organizados no modelo de “Fórum de escuta”, metodologia que permite a identificação das principais demandas e necessidades dos representantes de cada segmento identitário. Além do Fórum, uma mesa de debate permitirá uma escuta e reflexão qualificada com a proposta de aprofundar a discussão sobre o conceito que atravessa a proposta como um todo: as afromineiridades.

A fim de contribuir com o debate, o tema a ser abordado durante a abertura do evento, no dia 29/3, às 10h30, vai tratar das contribuições do pensamento e práticas tradicionais negras na formação da cultura mineira. Participam da mesa temática, Pedrina Santos (Capitã de Massambike de Oliveira - MG), Nila Rodrigues (historiadora e mestre em Estudos Étnicos e Africanos) e Rubens Silva (antropólogo e professor da UFMG).

Já no dia 30/3, entre 14h e 16h30, acontece o Fórum de Discussão “As afromineiridades: extensões e limites de uma categoria em construção”. Será um espaço no qual integrantes dos segmentos identitários de todo o estado poderão contribuir com a reflexão e entendimento do que vem a ser “as afromineiridades” a partir de uma perspectiva mais aprofundada a respeito da diversidade na comunidade negra do estado. Os interessados em participar do fórum devem realizar inscrição prévia neste link.

Afromineiridades – Programa de Proteção da Cultura Afro em Minas Gerais Programação

Data: 29 e 30 de março

Local:  YouTube Secult

29 de março

9h às 13h - Lançamento do Programa de Proteção da Cultura Afro em Minas Gerais – Afromineiridades

9h - Recepção dos convidados e café

9h15 - Cerimônia de abertura com Pai Ricardo de Moura e Aline Calixto

9h30 - Mesa institucional

10h15 - Apresentação da proposta do Programa de Proteção da Cultura Afro em Minas Gerais pela equipe do IEPHA-MG

10h30 – Mesa temática “Contribuições do pensamento e das práticas tradicionais negras na formação da cultura mineira”

Convidados:

-Pedrina Santos (capitã de Massambike de Oliveira - MG)

-Nila Rodrigues (historiadora e mestre em Estudos Étnicos e Africanos)

-Rubens Alves da Silva (antropólogo e professor - UFMG)

30 de março

9h às 11h - Reunião interna do GT do Programa de Proteção da Cultura Afro em Minas Gerais

Local: plataforma virtual

14h às 16h30 - Fórum de discussão “Afromineiridades: extensões e limites de uma categoria em construção”

Local: atividade virtual - canal do Iepha no YouTube: inscrições até o dia 29/03 pelo link https://linktr.ee/appaarteecultura.

 

 

28 3 2022 miniafromineiridades

 

Uma família se reúne para uma festa de aniversário em sua casa e, no decorrer do dia, segredos são revelados, memórias retomadas e relações familiares expostas. É a partir daí que se desenvolve todo o drama dos vários personagens que fazem parte do espetáculo “Enquanto houver Vida”, apresentação de formatura dos estudantes do Curso Técnico de Teatro do Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart, da Fundação Clóvis Salgado.

Dirigida pelas artistas convidadas Cláudia Assunção e Mariana Ruggiero, e escrita pela dramaturga Cris Moreira, a peça marca a retomada dos espetáculos de formatura dos estudantes da Escola de Teatro na Sala João Ceschiatti, com a presença de público. As apresentações acontecerão entre os dias 22 de abril e 08 de maio, de quinta a sábado, às 20h, e no domingo, às 19h. A entrada é gratuita e os ingressos serão distribuídos na bilheteria do Palácio das Artes somente uma hora antes de cada apresentação. Cada pessoa poderá pegar um par de convites.

“Enquanto houver Vida” propõe à plateia uma experiência singular, a partir de um cenário realista e complexo, que remete a um espaço físico de uma casa, e uma abordagem que traz o olhar cinematográfico para o processo de construção da dramaturgia. A montagem gira em torno de uma festa onde os personagens, que precisam lidar com os reflexos da pandemia e conflitos entre gerações e ideologias, redescobrem lugares de afeto e encaram a saudade como forma de celebração.

Dentro deste contexto, o espectador poderá se identificar com a família de Rosa, a matriarca e organizadora da celebração. Além dela, há várias outras mulheres na peça. Desta forma, a presença feminina é muito forte e fundamental para o desenvolvimento da trama. E esta força não vem apenas da existência ou da quantidade, mas da própria personalidade das personagens.

Mariana Ruggiero, uma das diretoras do espetáculo e que no início de sua carreira se formou como atriz no Cefart, comenta que “a história trabalha relações familiares a partir das quais muitos segredos vão sendo desvendados. A peça conta com a estrutura de uma família em que as pessoas têm uma ligação de muita intimidade, e inclusive discutem isso. O motivo da comemoração é o que mais incomoda os personagens. É o primeiro encontro familiar pós-pandemia, e eles ainda estão entendendo como se abraçar, como se relacionar. O público vai se identificar”.

Construção de personagens
A montagem proporciona inúmeros momentos para que os formandos exercitem suas habilidades de interpretação e trabalhem a formação das personas que encarnarão no palco. Desta forma, as diretoras trouxeram as bases para que cada aluno construísse seu personagem.

Cláudia Assunção conta que ela e Mariana Ruggiero foram convocadas para assumir a condução da peça justamente em função da experiência que ambas construíram como atrizes tanto no teatro quanto no campo audiovisual: “Os alunos nos procuraram, movidos pelo desejo de querer trabalhar construção de personagem e texto, por essa nossa trajetória”. Mariana vai na mesma linha, e exalta a importância do texto e da preparação para o aprendizado dos atores: “Foi imprescindível que os atores pudessem aproveitar o que cabe dentro das artes cênicas. Nós [eu e a Cláudia] pedimos a um preparador para criar uma coreografia. Alguns atores dançam no palco. Outros cantam. Há também muito texto falado, uma vez que a presença da palavra para a formação do ator é fundamental e buscamos trabalhar isso”, defende.

Dio, atriz que interpreta Rosa, personagem central do enredo, revela como tem sido a experiência de trabalhar com as duas diretoras: “A Mariana tem uma potência muito grande na direção de cena, ela sabe trabalhar muito bem os corpos e as emoções. Já a Cláudia tem uma força transformadora, uma visão da experiência, da verdade no fazer teatral. O trabalho das duas é muito complementar. Essas características em conjunto potencializam o nosso desenvolvimento enquanto artistas”, opina.

Muito do que vai poder ser visto ao vivo na sala João Ceschiatti partiu também dos próprios atores em formação. A dramaturga Cris Moreira (egressa do Cefart) foi quem concebeu o esqueleto do texto. No entanto, durante o processo de criação da dramaturgia foi feito um trabalho de escuta e coleta de depoimentos e memórias dos atores. “O espetáculo não é um roteiro coletivo, mas muito do que está lá veio dos próprios atores. A visão dos alunos para o texto foi muito potente”, detalha Cláudia Assunção.

Carol Gomes, que dá vida a Dora, irmã da matriarca Rosa, caracteriza sua personagem como uma mulher muito determinada e que sabe o que quer. “Tem um pouco de mim na Dora. Por exemplo, a personagem possui a característica de ser alto astral assim como eu. Sobre o processo de composição, posso dizer que é desafiador, e que exige muita atenção e estudo”.

Já Pablo Xavier, ator que interpreta Carlos, namorado de Dora, acrescenta que, durante o processo de construção dos personagens, as diretoras falavam com muita frequência uma frase nos ensaios: “Elas diziam que o personagem é 50 por cento o ator e 50 por cento o próprio personagem. No caso do Carlos, é uma pessoa muito diferente de mim, e de todos ali naquela festa, que é o primeiro encontro dele com a família da namorada. Eu tentei achar coisas em comum, mas eu não concordava com ele em momento nenhum. O que me salvou foi pensar o objetivo dele na festa, que é o amor. Foi muito difícil”.

A Força do Cenário
O público que for à Sala João Ceschiatti, ao entrar no espaço e ver o cenário do espetáculo, que foi criado pela cenógrafa Carolina Gomes, terá a sensação de estar adentrando literalmente em uma casa. A sala, local do encontro familiar, fica no palco. Na plateia do lado direito localiza-se a varanda. Do lado esquerdo há uma rampa que leva para a cozinha. Os quartos, que normalmente são os cômodos mais íntimos de uma casa, ficam na parte de trás do teatro, onde o público só vai conseguir visualizar por meio dos vídeos que serão projetados durante a peça.

Mariana Ruggiero chama a atenção para a tentativa de aproximar a situação da família com a vida do público: “Nessa casa construída lá na Ceschiatti nós vamos trabalhar com cores muito quentes nos móveis, nos objetos. É uma família com a qual a gente facilmente se reconhece. É como se você fosse na casa da sua mãe, da sua tia. Ou seja, um lugar tipicamente mineiro. Os quartos têm um papel de parede de verdade. Acaba que essa parte de dentro é como se fosse uma locação de cinema bem realista”, adianta.

Olhar cinematográfico
Além do enredo repleto de surpresas, “Enquanto houver Vida” apresenta um diálogo forte entre o teatro e cinema. “A maioria dos espetáculos teatrais dimensiona o que já pode ser visto no palco. A proposta é criar uma comunicação diferente, um uso diferente da câmera. As janelas da casa que formam o cenário vão funcionar como se fossem telas, e as memórias gravadas externamente e projetadas durante o espetáculo vão trazer a família existindo para fora dali, não apenas no espeço do palco. Foi uma ideia na qual os alunos embarcaram”, comenta Cláudia.  

A incorporação da linguagem cinematográfica não ficou só na montagem do espetáculo, mas também no processo de trabalho dos atores. Tanto que o elenco experienciou uma gravação, com direção de Sílvia Godinho (diretora de cinema convidada para conduzir essa parte audiovisual), num set de filmagem, em área externa, para construir cenas que vão compor a trama. Este material gravado será projetado também durante a peça, reproduzindo memórias dos integrantes da família.

Escola de Teatro do Cefart – Voltado para a formação de atores e atrizes, o Curso Técnico em Teatro do Cefart celebra 36 anos em 2022. Criado formalmente em 1986, o curso é validado pela Secretaria de Estado de Educação e tem reconhecimento nacional comprovado pela constante atuação dos alunos do Cefart em festivais nacionais e internacionais de teatro, nas programações de TV, no cinema (curtas e longas-metragens) e na formação de novos grupos. Sob a coordenação de Paulo Maffei e Rogério Araújo, o curso de teatro, que tem duração de três anos, também oferece aos alunos atividades extracurriculares de treinamento e pesquisa em técnicas específicas – alguns também abertos a coletivos e ex-alunos ligados ao Cefart, nas áreas de Trilha Sonora, Projetos Culturais, Teatro Físico e Performance, Máscaras, Técnica Vocal e Leitura Dramática, ministrados por corpo docente capacitado.

Cláudia Assunção
Nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais. É atriz  formada em TEATRO pela UFMG. Atuou como bailarina profissional por vinte anos, com experiência em espetáculos musicais, como atriz e diretora. Sua estreia no cinema, como protagonista, aconteceu em 2009, no longa “O sol do meio dia”, de Eliane Caffe. Por esse trabalho, recebeu indicação para o prêmio de Melhor Atriz, no Festival de Cinema do Rio. Em seguida, atuou também nos longas “Hoje”, de Tata Amaral, “Não devore meu coração”, de Felipe Bragança, “Como nossos pais”, de Laís Bodanzky, e nos curtas “Marina não vai à praia”, de Cássio Pereira dos Santos, “O encontro”, de Marco Lafer, e “Assunto de família”, de Caru Alves de Souza. Com o curta “Tiros”, de Gabriel Izaguirre, recebeu o prêmio de Melhor Atriz, do Festival Curtas Santos. Seu último trabalho no cinema foi no longa “Macabro”, de Marcos Prado. Atualmente, aguarda a estréia do longa pernambucano “Paterno”, de Marcelo Lordello. Na TV trabalhou em diversas produções, entre elas estão FORÇA TAREFA, AVENIDA BRASIL, BOGGIE OGGIE, A DONA DO PEDAÇO e ÓRFÃOS DA TERRA, na TV Globo; e JESUS, na TV Record. Há mais de 15 anos se dedica ao audiovisual e pesquisa sobre o trabalho do ator no cinema. É preparadora de atores e idealizadora do projeto ATOR EM AÇÃO, ao lado da atriz Mariana Ruggiero, onde desenvolvem um trabalho de pesquisa com atores de todo o Brasil, desde 2017. Após a estréia do espetáculo ENQUANTO HOUVER VIDA, Claudia iniciará as gravações da próxima novela da RECORD, REIS. 

Mariana Ruggiero
É atriz, mineira, formada em TEATRO pelo CEFART, em Belo Horizonte, MG. Sua estréia no cinema é no longa-metragem PIEDADE (2021), do cineasta pernambucano, Claudio Assis, trabalho que já lhe rendeu o prêmio de MELHOR ATRIZ COADJUVANTE na 13a edição do Los Angeles Brazilian Film Festival, 2020. Ganhou também o prêmio de MELHOR ATRIZ no 3o Festival Manuel Padeiro (Pelotas, RS) com o curta-metragem SOBRE O RESTO DOS DIAS, exibido pelo Canal Brasil, em 2011. Na TV, está na 2a Temporada da série Carcereiros (Globoplay) onde trabalhou com diretores José Eduardo Belmonte e Aly Muritiba. Viveu também a personagem SOLIDÃO na série MEUS DIAS DE ROCK (Globoplay). Faz parte do elenco da série OLHAR INDISCRETO, que estará disponível pelo NETFLIX em 2022. Nos últimos dez anos se dedica ao audiovisual e pesquisa sobre o trabalho do ator no cinema. É preparadora de atores e idealizadora do projeto ATOR EM AÇÃO, ao lado da atriz Claudia Assunção, onde desenvolve um trabalho de pesquisa com atores de todo o Brasil, desde 2017. Atualmente, além de dirigir a montagem ENQUANTO HOUVE VIDA, está gravando a série NO MUNDO DA LUNA, que estreia ainda este ano na HBOMAX.

Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam o espetáculo “Enquanto Houver Vida”, que tem correalização da APPA – Arte e Cultura, patrocínio master da Cemig, ArcellorMittal, Instituto Unimed-BH, AngloGold Ashanti e Usiminas por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura, além do apoio cultural do Instituto Hermes Pardini.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

 

 

19 4 2022 minifcs

Imagem: Guto Muniz

 

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) lamenta o falecimento de Octávio Elísio Alves de Brito nesta segunda-feira (28/3), aos 82 anos. Natural de Ouro Preto, vindo de uma família de professores e diretores da Escola de Minas, onde se formou engenheiro de Minas, Octávio Elísio foi Presidente do Conselho Empresarial de Turismo, da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), e teve papel importante na valorização do turismo no estado, articulando iniciativas fundamentais para a constante profissionalização do setor.

Além de professor da Escola de Minas, Octávio Elísio exerceu o mandato de deputado federal constituinte em 1988 e de deputado federal em 1997/1998. Em vários anos de atuação junto ao Setor Público, contribuiu para o fortalecimento econômico, com proposições sustentáveis para a gestão empresarial no país. Profundo conhecedor da História de Minas, também foi membro do instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais e grande defensor das causas mineiras.

Neste momento tão difícil, a Secult presta solidariedade aos familiares e amigos de Octávio Elísio.

 

 

28 3 2022 notadepesar

Imagem: Divulgação /ACMinas 

“Quadrinistas Mineiros no Brasil e no Mundo” pode ser visitada até 31 de maio, na Biblioteca Estadual

Com a proposta de resgatar a vasta história de Minas Gerais no universo da produção de Quadrinhos, a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, em parceria com a Casa dos Quadrinhos e a Feira Mineira de Quadrinhos realiza a exposição “Quadrinistas Mineiros no Brasil e no Mundo”. A mostra gratuita conta com artes originais, impressões inéditas, material histórico, entre outros exemplares, e pode ser visitada de 18 de abril a 31 de maio, na Galeria de Arte Paulo Campos Guimarães.

Minas Gerais possui uma longa história de artista de quadrinhos e figuras que incentivaram o gênero. O estado é um dos maiores produtores de Histórias em Quadrinhos Independentes, também sendo reconhecido por exportar vários artistas de renome para os mercados internacionais, como Europa, Estados Unidos. Até mesmo no Japão é possível encontrar quadrinistas mineiros compartilhando sua arte com o mundo. 

Parte da curadoria da exposição Quadrinistas Mineiros no Brasil e no Mundo conta com o apoio da equipe da Casa dos Quadrinhos.  No recorte da mostra, o percurso começa por artistas que ainda nos anos 1950 e 90 traziam o olhar mineiro para as publicações de âmbito nacional, como é o caso do bem-humorado e sarcástico Henfil.

A trajetória continua com os artistas que mantiveram acesa a chama dos quadrinhos autorais nos idos dos anos 1980, 1990 e 2000, como Wellington Srbek, o pessoal da Graffiti e os primórdios do Big Jack Studios. Nos anos 2010, tanto o quadrinho independente mineiro se consolida quanto nossos artistas se tornam referência no mercado nacional e internacional em uma longa lista de grandes talentos.

A exposição Quadrinistas Mineiros no Brasil e no Mundo está aberta a visitações de segunda-feira a sexta-feira, das 10h às 18h. Aos sábados, a mostra fica aberta das 8h às 12h. Não é necessário agendamento prévio, mas os protocolos de saúde devem ser respeitados. O uso de máscara de proteção, cobrindo nariz e boca, é obrigatório durante toda a permanência no local.

 

18 4 2022 miniexpo

A cantora e compositora chilena Claudia Manzo fecha o mês da mulher, em grande estilo, no Alto-Falante, da Rede Minas. O programa traz entrevista com a artista, que agora vive em Belo Horizonte. Na atração, Manzo fala sobre o seu mais recente trabalho, o disco “Re-voltar”. Ela conta sobre a sua trajetória na música, as parcerias no Brasil e as inspirações de compositores e intérpretes da América Latina.

A guerra envolvendo a Rússia e a Ucrânia mobilizou artistas de todo o mundo. O Alto-Falante destaca o ativismo de artistas que têm se manifestado contra o confronto. Destaque para o Queen, que disponibilizou o show especial que fizeram na Ucrânia, em 2008. O programa fala sobre essas iniciativas e ainda mostra a banda de punk rock ucraniana Beton, que lançou uma versão de um clássico do The Clash.

Apresentado por Terence Machado, Sabrina Damasceno e Adriano Falabella, o programa Alto-Falante vai ao ar neste sábado (26), às 14h. O público confere a atração pela Rede Minas ou no site da emissora: redeminas.tv.

Como sintonizar:
redeminas.tv/comosintonizar

A Rede Minas está no ar no canal 9 (VHF); Net 20 e Net HD 520; Vivo 9; e através do satélite Brasilsat C2 para a América Latina.

Acesse as Redes Sociais: 
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25 3 2022 miniredeminas

Imagem: Luciana Diniz

Artistas, comerciantes, donas de casa, profissionais liberais, crianças… Aos poucos, à noite, as ruas ouro-pretanas são ocupadas por pessoas de todos os estilos e com um propósito: dar continuidade a uma expressão artística que vem desde o século 18, em Minas Gerais, a confecção de tapetes de serragem. Neste sábado (16/04), véspera da Páscoa, a partir das 20h, o trânsito será fechado em algumas ruas da antiga Vila Rica, para dar lugar a uma verdadeira festa de cores, fé e arte. E em mais um ano, a Fundação de Arte de Ouro Preto | FAOP irá contribuir e apoiar a tradição.

A Fundação idealizou tapetes que serão montados em frente às suas sedes nos bairros Rosário e Antônio Dias. No primeiro, na rua Getúlio Vargas, os desenhos foram inspirados no tema da Campanha da Fraternidade 2022: “Fraternidade e Educação”, e na Sociedade Musical Bom Jesus de Matozinhos, que este ano completa 90 anos de história. “Foi muito desafiador criar o desenho, uma vez que é importante entender de qual perspectiva ele será visto”, diz Gustavo Bastos, estagiário do Laboratório de Conservação e Restauro Jair Afonso Inácio (Labcor). Foi ele quem assumiu a tarefa de criar os elementos da Pomba, que representa o símbolo laico da paz e o “Divino Espírito Santo”, na perspectiva Cristã. Além disso, haverá o “livro” em homenagem à Campanha da Fraternidade e, por fim, as notas musicais, uma referência à tradicional banda de música ouro-pretana.

Por conta da homenagem ao grupo, o público que participar da montagem dos tapetes da rua Getúlio Vargas, altura do número 185, terão como trilha sonora o repertório da banda, cujos integrantes serão distribuídos entre as sacadas do prédio da Fundação.

O grupo promete um repertório ousado e alegre, que encantará a comunidade e visitantes que passarem por ali, marcando a retomada de suas apresentações presenciais.

A fundação resgata a tradição dos tapetes, junto à comunidade, desde o final da década de 60, período de sua inauguração. Por conta da pandemia, a festividade não aconteceu de forma aberta ao público nos dois últimos anos.

O presidente da Fundação, Jefferson da Fonseca, celebra o retorno dos tapetes pelas ruas da cidade. "A Faop, desde o seu surgimento, sempre contribuiu com essa importante manifestação artística e de fé. Estamos muito felizes com essa retomada. Seguimos juntos aos ouro-pretanos e visitantes em mais esse grande encontro". 

Conheça a tradição
Durante a Semana Santa, os tapetes multicoloridos chegam a ocupar até 4 quilômetros das ruas da cidade barroca. Mariana e Diamantina também mantêm a tradição, assim como outros lugares espalhados pelo Brasil.

A tradição de enfeitar as ruas para passagem de cortejos ou procissões se perde em uma linha do tempo. Não há origem determinada, mas pode ser relacionada, segundo pesquisadores, à entrada de Cristo em Jerusalém, quando a população cobriu as ruas com ramos para a sua passagem. 

Em Ouro Preto, a confecção de tapetes devocionais remete à reinauguração da matriz do Pilar, no ano de 1733. A festividade, que ficou conhecida como “Triunfo Eucarístico”, foi  incorporada e aplicada durante as liturgias das Semanas Santas e de outros eventos religiosos com o passar dos anos, como o Corpus Christi. 

Atualmente, no “Sábado de Aleluia”, dia que antecede a Páscoa, a vizinhança se reúne nas ruas, unindo força e criatividade, para criar os desenhos no chão. Durante o processo, visitantes que chegam às casas das famílias para passar o feriado também são muito bem-vindos para contribuírem com a montagem. 

Os desenhos, geralmente, podem ser feitos diretamente no chão, deixando a imaginação guiar, ou serem desenvolvidos anteriormente. Neste caso, os elementos gráficos são produzidos no papel. Em seguida, a ideia é transmitida para o chão muitas vezes com o auxílio de grandes formas de madeira, ferro, ou mesmo papelão. 

No domingo de Páscoa, logo pela manhã, uma multidão de fiéis atravessa as ruas adornadas, em um momento conhecido como “Procissão da Ressureição”. A partir dos olhares e da atenção de quem passa por ali, os desenhos e a representação vão ganhando novos sentidos e se integrando à festividade.

Antônio de Araújo, coordenador da Assessoria Técnica de Promoção e Extensão da FAOP, ressalta a importância da expressão cultural para a cidade e o papel da Fundação de não só confeccionar seus tapetes, mas de apoiar toda a comunidade e os visitantes em uma grande força tarefa. “Neste ano, por exemplo, além de contribuir com os tapetes desenvolvidos pela nossa equipe, apoiaremos outros grupos que queiram desenvolver os seus tapetes, conta.  

Em 2020, por conta da pandemia, a FAOP celebrou a tradição nas redes sociais, convidando os seguidores a compartilharem suas fotos e lembranças de anos anteriores por meio da hashtag “#MemóriaTapetesDevocionais”. 

Já em 2021, a Fundação participou da criação e montagem de tapetes na Casa de Tomás Antônio Gonzaga, e do tapete exposto no alteamento da Praça Tiradentes, desenhado por Ana Célia Teixeira e montado por membros da Pastoral da Acolhida.

Ana Célia Teixeira, artista plástica e professora da Fundação, já foi a responsável pela criação de inúmeros desenhos que foram “injetados” nos tapetes de serragem ao longo dos anos. Inclusive, o do tapete produzido pela Fundação para integrar o estande da Secult-MG no WTM Latin America 2022, uma das principais feiras de turismo do mundo. “Estamos todos nos mobilizando e reunindo esforços que envolvem a comunidade, a prefeitura, as paróquias e os turistas. E isso traz uma alegria muito grande para a gente”, diz.

A Fundação disponibilizará serragem e outros materiais necessários, mas os moradores e visitantes também podem levar seus utensílios. A prefeitura de Ouro Preto geralmente distribui a serragem em alguns pontos das ruas que integram o percurso.

Tapetes de serragem da FAOP
A arte de fazer tapetes é uma expressão coletiva em que as serragens dão formas aos desenhos que expressam a fé, a esperança e a criatividade. A FAOP é uma incentivadora da tradição de ornamentação das ruas com os tapetes devocionais, promovendo ações para a preservação da tradição há décadas. 

Para isso, ela oferece palestras, cursos e oficinas abertas a toda a comunidade ouro-pretana ou de outros municípios.  Além disso, o programa Tapete+Arte promove a tradição nos mais diversos espaços, como galerias, museus, espaços urbanos e outras cidades do país e do mundo, como aconteceu na França em 2012.

Na ocasião, Gabriela Rangel e César Teixeira representaram a Fundação no Mine d’Art en Sentier 2012. O evento foi uma residência artística promovida na região francesa de Nord-Pas de Calais. Os artistas ouro-pretanos foram convidados pela organização do evento para montarem os tapetes devocionais no Parque Natural Regional Scarpe-Escaut. 

Homenagem à Banda
A Banda do Rosário está completando 90 anos em atividades ininterruptas, e ao longo das décadas esteve presente em muitas celebrações religiosas ou cívicas da cidade, sendo conhecida também como “Furiosa”. “Sempre foi uma banda que saiu pelas ruas de Ouro Preto com uma potência sonora muito grande”, explica o saxofonista Christian Guimarães sobre o apelido.

Christian já faz parte da banda há 14 anos, e garante que por lá, todos tocam por amor, já que se reúnem voluntariamente para ensaios e apresentações. Ele afirma ainda que a banda é aberta a todos e todas, dos 9 aos “80 e poucos” anos.

Sobre a homenagem à banda, ele se diz empolgado. “Eu já vi proposta da arte e adorei, estamos todos ansiosos para ver isso em cores. Será um tapete especial, tenho certeza que vai chamar muita atenção”

 

 

14 4 2022 minifaop

Imagem: Douglas Aparecido

Atividade on-line é gratuita e acontece de forma virtual, na quarta-feira, 30 de março

A Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais promove uma atividade paralela à exposição “Parece que algo acontece”. Na quarta-feira (30/3) será realizado um Ateliê On-line, com participação da quadrinista Rebecca Rosen. A atividade é gratuita e acontece a partir das 16h. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas neste link
 
A proposta da oficina é ir além da caricatura e expressar um complexo estado de espírito no desenho, através de simples exercícios de escrita e desenho, para abrir as portas da percepção dos artistas presentes, usando suas experiências como base. A convidada é uma das expoentes dos quadrinhos na Bélgica. O encontro com o público terá tradução simultânea. 
 
O ateliê com a artista é realizado em parceria com a Casa dos Quadrinhos, a Aliança Francesa de Belo Horizonte, Relações acadêmicas e culturais Valônia-Bruxelas Internacional.
 
Sobre a autora
Rebecca Rosen é um grande destaque na nova geração de artistas belgas, de Bruxelas. Ela desenha e imprime no L´APPÂT, o estúdio de impressão que dirige com seu parceiro Quentin Pillot. Seu quadrinho de estreia, FLEM/Morveuse, foi publicado em inglês pela Conundrum Press em 2018. 
 
Parece que algo acontece 
A exposição “Parece que algo acontece” apresenta uma seleção de obras de autores de Valônia e Bruxelas (Bélgica francófona) publicada por editores alternativos. O público pode conferir a mostra até 1º de abril na Galeria de Arte Paulo Campos Guimarães, da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais. A entrada é gratuita.
 
 
25 3 2022 minioficina

No Ano da Mineiridade, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo promove programação especial com série de ações que evidenciam a Moda como expressão cultural do estado

Entre os dias 18 e 22 de abril, semana em que acontece em Belo Horizonte o Minas Trend, importante evento do calendário de Moda, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) por meio do Circuito Liberdade, promove uma programação especial dedicada à Moda Mineira. As atividades serão realizadas em diferentes equipamentos que integram o Circuito Liberdade, com debates, exposições, e lançamentos de livros em torno da temática Moda e Mineiridade.

Durante toda a semana, o Museu dos Brinquedos, em parceria com a Frau Bondan e o CCBB-BH, realiza uma exposição de bonecas Barbie raras e customizadas pelo estilista e colecionador Marcelu Ferraz. A exposição “Barbie e a Moda”, acontece no espaço Frau Bondan, com abertura no dia 18, às 11h.

No Museu Mineiro, a Exposição “Quando” do Coletivo Maria Maria segue em cartaz e traz diferentes trabalhos artísticos em que o têxtil e a moda são plataformas de expressão. E acontecerá também a pré-estreia da exposição do estilista e artista Vicente Fernandez, que faz obras de arte a partir de pedacinho de jeans.

O Memorial Minas Gerais Vale realiza nos dias 19 e 20, das 19h30 e 21h, o painel “Criadores Mineiros - Moda e Mineiridade”. A jornalista de moda Heloisa Aline recebe grandes nomes da Moda Mineira como Tereza Santos, Luiz Cláudio, Renato Loureiro, Mary Arantes, Liliane Rebehy, Graça Ottoni, Virginia Barros e Victor Dzenk. Haverá também uma mini exposição com looks dos criadores retratando a força da mineiridade em sua linguagem criativa.

Um paralelo das Minas e do Metal com a criação de joias e bijuterias. Esse será o tema de uma live que acontece no dia o dia 19, às 15h, no Youtube do Museu das Minas e dos Metais (MM Gerdau).  A atividade será mediada por Manuel Bernardes e tem como convidados Paulo Armando, Sandra Motta.

O Museu dos Militares Mineiros também promove uma live com a consultora de moda, Silvia Fernandes, para falar do Militarismo na Moda: armadura de vestir como expressão. A atividade acontece no dia 20, a partir das 15h.

No dia 20, no SESI Museu de Artes e Ofícios, os alunos do SENAI Modatec participam de uma visita mediada com o tema “Fios e tecidos: ofícios que contam histórias", além de uma Oficina de Mandala (manual com linhas de algodão). Também no SESI Museu de Artes e Ofício, no sábado (23/4), entre 10h e 13h, acontece a exposição "Além do que Brilha" da artista Ana Clara Ligeiro. Durante a atividade, as crianças poderão participar de uma oficina de desenho ao ar livre. 

A Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais também participa da programação. Com o tema Moda & Literatura, Literatura & Moda: Processos criativos, na quarta-feira (20/4), às 10h, será realizada uma palestra com a professora Geanneti Tavares Salomon no Teatro da Biblioteca.

No Centro de Arte Popular será realizada uma Roda de Conversa com o tema Afromineiridade na Moda, coordenada com o consultor e ativista Aldo Clésius. A ação acontece na quarta-feira (20/4), às 16h e será presencial. Todas as regras determinas pelas autoridades de saúde para o combate à Covid-19 serão cumpridas.

Também dentro do tema Moda e Mineiridade, o BDMG Cultural convida a todos a revisitar a edição Nº 5 da Revista BDMG Cultural, que traz o tema Costurando Mundos. Em diferentes abordagens, na tentativa de contemplar algumas dimensões de uma prática cultural tão cheia de tradição e tão presente em nossos cotidianos, a publicação fala de costura – costura de tecidos, de linhas e também de saberes.

A programação completa pode ser conferida no site do Circuito Liberdade: www.circuitoliberdade.mg.gov.br e pelo Instagram @circuitoliberdade

Circuito Liberdade
O Circuito Liberdade foi criado em 2010, após a inauguração da Cidade Administrativa e a transferência oficial da sede do governo da Praça da Liberdade para a região Norte de Belo Horizonte. A sua criação visava transformar os prédios históricos esvaziados em espaços com vocação para a arte, a cultura e a preservação do patrimônio, reunidos como complexo cultural referência para moradores da capital mineira e visitantes. Hoje o Circuito Liberdade é composto por 33 instituições, que permeiam por diferentes aspectos do universo cultural e artístico.

 

 

14 4 2022 minimoda

Gestores, agentes públicos,  agentes culturais e artistas participam do Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo

Na terça-feira (22/3) e quarta-feira (23/3), o Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1537, Centro – BH) é palco do 2º Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo, evento realizado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult). Além de  fortalecer as políticas públicas dos setores e ainda aproximar os profissionais,  também é objetivo do evento celebrar o lançamento do Ano da Mineiridade, uma iniciativa para enaltecer Minas Gerais e as características únicas pelas quais o povo mineiro é reconhecido. 

Com intensa e diversificada programação, o evento propõe maior transversalidade entre Cultura e Turismo, além de atividades formativas e reflexivas voltadas à qualificação dos profissionais que atuam nas cadeias produtivas dos setores. A expectativa é reunir mais de 600 pessoas entre gestores de municípios mineiros, agentes públicos, agentes culturais, pesquisadores e membros da sociedade interessados na temática. 

Mineiridade: diversidade, diálogo e parcerias
No primeiro dia de evento, no período da manhã, ocorreu a cerimônia de abertura, presidida pelo Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, com participação de diversas autoridades das áreas do turismo e da cultura. No início da tarde ocorreu a aula magna, intitulada “Mineiridade com Cultura e Turismo”, ministrada pela diretora adjunta do Espaço do Conhecimento UFMG, professora Sibelle Diniz,  que apresentou ao público a exposição “Sertão Mundo”. Em um panorama geral, ela falou sobre sua concepção, equipe de curadores, parcerias firmadas, ações educativas e números do público em 6 meses de exposição virtual. 

Sibelle Diniz explicou como a exposição, inspirada na literatura de Guimarães Rosa, leva o sertão para o mundo e como o sertão, Minas e a mineiridade estão conectados ao mundo. “A exposição Sertão Mundo apresenta múltiplas reverberações originadas pelo universo rosiano, partindo de uma cartografia de geografias físicas e imaginárias, influenciadas pelas histórias de Rosa e mostra a riqueza da obra de Guimarães Rosa, que há 75 anos inspira gerações de leitores ao tratar dos dilemas humanos. Em especial, a exposição se inspira no sertão, buscando valorizar e estimular a preservação da história, dos locais e do patrimônio material e imaterial que envolve o universo criado pelo autor”, destacou. 

A palestrante destacou ainda a importância da rede de colaboradores e instituições formada em torno da exposição. Esse foi um trabalho coletivo. “Essa exposição contou com a construção de uma rede de contatos de pessoas e instituições ligadas ao escritor, consolidando assim uma equipe de colaboradores que foi fundamental para a realização da exposição. Além disso, vemos a exposição como um “chamariz” do que é produzido no Estado, de modo a atrair turistas para conhecer os vários sertões das Minas”, comentou.

Encerrando sua participação, a diretora adjunta chamou a atenção para a importância da aproximação entre as universidades públicas e os municípios para fomentar a cultura e o turismo em MG. “Na UFMG nós temos uma experiência de cultura e extensão que se apoia em todas as expressões da mineiridade: literatura, artes visuais, música... As Universidades devem cada vez mais assumir seu lugar diante da comunidade não acadêmica e os gestores municipais podem cobrar essa parceria, pois se aproximarmos as instituições teremos muito a contribuir, não só com o turismo e a cultura, mas em todas as áreas”. 

Ao final, foi apresentado um vídeo tutorial explicativo sobre como navegar pela Sertão Mundo (disponível aqui) e distribuídos catálogos da exposição para o público presente. 

Comentaram a aula magna Alexandre Milagres, Diretor de Museus da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) de MG e José Oliveira Junior, Diretor de Economia Criativa da Secult. A programação do evento prossegue nesta quarta-feira (23) e  amplia o diálogo entre as Instâncias de Governança Regionais (IGR’s), com encontros de gestores que serão realizados tanto no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes quanto no Cine Humberto Mauro. As reflexões vão abordar temáticas distintas, como os mecanismos de fomento e estímulo à cultura e ao turismo, a transversalidade entre esses dois segmentos e as ferramentas do marketing aliadas à mineiridade.Toda a programação é gratuita e está disponível neste link.

Números da Sertão Mundo 

41 instalações

5 eixos expositivos: infância, linguagem, natureza, reverberações e sertão mundo

Múltiplas linguagens: fotografia, vídeo, áudio, ilustrações e jogos digitais 

Público entre  1 de setembro (2021)  e 16 de março (2022): mais de 8 mil usuários, sendo a maioria de regiões distintas do Brasil (Minas Gerais lidera, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Distrito Federal. Bahia e Pernambuco)

A exposição  também foi visitada por internautas  dos Estados Unidos, Portugal, Irlanda, França, Suíça e Alemanha. 

3 projetos relacionados: Espaço Literário, Sertãozinho e Educação na Praça: formação de educadores 

 

25 3 2022 miniespaco

Na terça-feira (5/4), o Arquivo Público Mineiro (APM), equipamento administrado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), recebeu a visita de uma comitiva da Prefeitura Municipal de Sete Lagoas. As representantes do município da região Central de Minas Gerais vieram em busca de fundamentação de seu projeto voltado para a Via Liberdade, e oportunamente conheceram a estrutura e o funcionamento do APM, bem como a natureza da documentação que está sob sua guarda. Participaram da visita a Gerente de Turismo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Turismo e Presidente do COMTUR, Claudia Elane de Souza Soares, e Shirley Francisca Silva Fonseca, Historiadora da Secretaria Municipal de Educação, Esportes e Cultura, responsável pelo Departamento de Museus e Patrimônio Histórico. 

O Arquivo Público Mineiro tem fortalecido suas ações junto aos municípios de Minas Gerais, por meio de assessorias e visitas técnicas que têm como objetivo orientar a criação e o aperfeiçoamento dos arquivos públicos mineiros e desde o início das ações de apoio aos municípios, em 2021, foram prestadas aproximadamente 150 assessorias a municípios. Além das assessorias, o APM oferece capacitações às equipes envolvidas nas atividades de conservação e preservação dos acervos. “Muito importante para Sete Lagoas essa visita, que abre a interlocução entre o município com o Estado, por meio da SECULT MG e o Arquivo Público Mineiro. Ampliamos as perspectivas de acesso às informações e orientações ao corpo técnico do município”, pontuou Claudia e, para Shirley: “Viemos em busca de conhecimento para fundamentação da Rota Via Liberdade, contextualizando Sete Lagoas e encontramos um campo amplo para outras diversas ações futuras, pautadas nas políticas públicas estaduais de Cultura e Turismo.”  

 

14 4 2022 minivisitaapm

Com regência de Silvio Viegas, repertório conta com obras de Villa-Lobos, Liszt e Mozart

Para fechar a edição de março das séries Sinfônica ao Meio-Dia e Sinfônica em Concerto, a Fundação Clóvis Salgado, por meio da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), apresenta nos dias 29 (terça-feira), ao meio-dia, e 30 (quarta-feira), às 20h30, um concerto inédito com composições de diversos períodos relevantes da história da música. O repertório conta com as obras Sexteto Místico, de Heitor Villa-Lobos, Les Préludes, de Franz Liszt, e Concerto n°23, de Mozart, com solo realizado pelo pianista francês convidado Théo Fouchenneret. A regência do espetáculo é do maestro titular da OSMG, Sílvio Viegas, e o concerto abre a temporada 2022 do projeto Ciclo Piano - Nova Geração Francesa, que integra a Festa da Francofonia – realizada em Belo Horizonte pela Aliança Francesa.

Ambas as apresentações serão realizadas no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, com a presença do público. Trechos das composições serão executados na terça-feira, ao meio-dia, com entrada gratuita. Os ingressos poderão ser retirados no site da Eventim ou na bilheteria do Palácio das Artes, e será permitida a retirada de, no máximo, um par de ingressos por CPF. Já a versão integral das obras será apresentada no concerto de gala, na quarta-feira, com ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada). O uso de máscaras durante todo o concerto é obrigatório.

Composições notórias e emblemáticas –  O repertório do concerto abrange composições de várias épocas e fases, contendo obras extremamente imprescindíveis da história da música. Para o maestro titular da OSMG, Sílvio Viegas, as peças apresentadas neste concerto, de alguma forma, conectam-se entre elas, apesar de possuírem características distintas em suas essências. “Penso que é sempre interessante passear por diversas vertentes da música, assim como estamos fazendo neste concerto. Temos obras do período clássico, romântico e do modernismo. É extremamente interessante ver que, apesar de linguagens e abordagens diferentes, elas comunicam-se perfeitamente entre si”, cita o maestro.

Cada obra apresentada compõe-se de características distintas, possuindo individualmente a sua relevância para o cenário musical ao longo do tempo. Composições de Villa-Lobos, Mozart e Liszt integram o repertório, cada qual contendo a sua própria originalidade. “Estamos no ano em que se celebra o centenário da Semana de Arte Moderna e a música brasileira estará sempre em evidência em nossos concertos. Por isso, abriremos o espetáculo com a obra do grande Villa-Lobos, o ‘Sexteto Místico’, que será uma formação pouco usual, utilizando harpa, celesta, flauta, oboé, sax e violão. Esta obra mostrará a qualidade e a genialidade do nosso principal compositor, mas também, toda a qualidade individual dos músicos da Orquestra Sinfônica. Executaremos depois o concerto para Piano e Orquestra, ‘Concerto n°23’, de Mozart, com a participação do premiado pianista francês Théo Fouchenneret. Finalizaremos o concerto com a composição ‘Les Préludes’, de Liszt, obra vibrante que mostrará todo o brilho sonoro da orquestra”, relata Sílvio.

Convidado ilustre
No mês em que se celebra a Festa da Francofonia no Brasil, o concerto terá a presença do aclamado pianista francês Théo Fouchenneret. O convidado conquistou diversos prêmios durante sua trajetória internacional, com destaque para o Concurso Internacional de Genebra, em 2018. Para o maestro, a presença do artista no concerto promete um espetáculo promissor. “Théo é um dos grandes pianistas franceses de sua geração. Ganhou prêmios importantes em toda a Europa e foi nomeado ‘Revelação Solista Instrumental’ na cerimônia francesa ‘Vitórias da Música Clássica’. Ele possui uma visão moderna sobre a música de concerto e é sempre importante ter um solista de qualidade internacional ao nosso lado. Tenho certeza que será um trabalho extremamente agradável e gratificante, que resultará em um excelente concerto”, conclui Sílvio.

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais
Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais em 2013. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, a partir da realização dos projetos Concertos no Parque, Concertos Comentados, Sinfônica ao Meio-dia, Sinfônica em Concerto, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Seu atual regente titular é Silvio Viegas.

Sílvio Viegas
Regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, é professor de Regência na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi Diretor Artístico da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes, em Belo Horizonte, de 2003 a 2005; maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro de 2008 a 2015 e diretor artístico interino do mesmo teatro de 2011 a 2012. Desde o início de sua carreira tem se destacado pela atuação no meio operístico, regendo títulos como O Navio Fantasma, L’Italiana in Algeri, O Barbeiro de Sevilha, Don Pasquale, Così fan Tutte, Le Nozze di Figaro, A Flauta Mágica, Carmen, Cavalleria Rusticana, Romeu e Julieta, Lucia di Lammermoor, Il Trovatore, Nabucco, Otello, Falstaff, Salome, La Bohème, La Traviata e Tosca. Como convidado, esteve à frente da Orquestra da Arena de Verona, Sinfônica de Roma, Sinfônica de Burgas (Bulgária), Sinfônica do Festival de Szeged (Hungria), Orquestra do Algarve (Portugal), Sinfônica Brasileira (OSB), Teatro Argentino de La Plata (Argentina), Filarmônica de Montevidéu e Sinfônica do Sodre (Uruguai), Amazonas Filarmônica, Petrobras Sinfônica, Sinfônica do Paraná, Sinfônica do Theatro São Pedro-SP, Orquestra do Teatro da Paz, Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, entre outras.

Théo Fouchenneret
Conquistou seu primeiro prêmio no Concurso Internacional de Genebra em novembro de 2018, antes de ser nomeado “revelação solista instrumental” na cerimônia francesa das Vitórias da Música Clássica. No mesmo ano, recebeu cinco recompensas especiais no Concurso Internacional de Música de Câmara de Lyon, com o Trio Messiaen. Aplaudido nas grandes salas e nos maiores festivais do mundo, Fouchenneret também se apresenta com músicos de renome internacional, como Victor Julien-Laferrière, François Salque, Lise Berthaud, Svetlin Roussev e Roland Pidoux, entre outros.

Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a Sinfônica ao Meio dia e Sinfônica em Concerto, que tem correalização da APPA – Arte e Cultura, patrocínio master da Cemig, ArcellorMittal, Instituto Unimed-BH, AngloGold Ashanti e Usiminas, por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura, além do apoio cultural do Instituto Hermes Pardini. O concerto possui parceria da Embaixada da França no Brasil, Instituto Francês e da Aliança Francesa.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

 

Programa:

Sexteto Místico

Heitor Villa-Lobos

Concerto Nº 23 para Piano e Orquestra

Wolfgang Amadeus Mozart

Solista: Théo Fouchenneret (Piano)

Os Prelúdios

Franz Liszt

 

 

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Imagem: Lyodoh Kaneko

Mostra gratuita reúne acervo da Hemeroteca Histórica que narra os desdobramentos do Modernismo a partir de jornais e revistas

Em 2022, é comemorado o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, evento que ressignificou a arte brasileira. Com desdobramentos em diversas linguagens, o movimento modernista também teve várias influências na literatura, propondo novos olhares para a produção literária no país. É com essa premissa que a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), por meio da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, promove a exposição gratuita “Moderna – Revistas Re-Vistas”. A abertura acontece na segunda-feira (18/4), a partir das 19h, e integra a programação da II Semana Estadual de Incentivo à Literatura de Minas Gerais.

A mostra reúne jornais e revistas do acervo da Hemeroteca Histórica e que retrataram, à época, as repercussões do movimento modernista, pelo olhar da imprensa brasileira, com reportagens, críticas e outros conteúdos publicados à época. Há, também, revistas modernistas originais e fac-similares, com ênfase ao modernismo mineiro impresso em A Revista, Leite Criolo e Verde. Os periódicos em exibição fizeram parte do cotidiano por registrarem os acontecimentos da sociedade durante o século XX.

Deglutindo conceitos, apropriando-se de ideias e criando novas possibilidades interpretativas, as publicações modernistas tiveram grande importância para o desenvolvimento dos ideais do movimento. Os emblemáticos manifestos Pau Brasil e Antropófago, por exemplo, são publicados em 1924 e 1928, respectivamente, e caracterizam-se como uma perpetuação das reflexões propostas na Semana de 22.

Para o diretor do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, Lucas Amorim, a exposição propõe uma visita interpretativa e reflexiva sobre o momento em que a arte brasileira se encontrava. Segundo Amorim, o público terá a oportunidade de entender o Movimento Modernista a partir de outras produções, em especial, como a mídia formou a opinião de leitores a respeito da nova fase artística do país.

“Eram veículos confiáveis de informação que conferiam amplitude e credibilidade aos textos publicados, além de um espaço de privilégio e disputa, pois construíam consensos, sentidos e verdades. No entanto, cem anos depois, o modernismo não pode ser compreendido meramente como um evento único, centrado em um período específico ou por um único porta voz. É necessário considerar os seus desdobramentos e não apenas sua singularidade”, destaca Lucas Amorim.

As revistas modernistas proporcionaram o intercâmbio de ideias entre diversos artistas, romperam barreiras culturais e geográficas, alcançaram leitores variados e abriram caminho para a formação de um modernismo plural. Os modernismos foram, portanto, formados por várias vozes que ganharam ecos nas páginas de jornais e revistas, chegando, também, à exposição.

Modernismo e Literatura
Além da exposição do acervo da Hemeroteca História, o público pode conferir os desdobramentos do Movimento Modernista nas páginas da literatura brasileira. Está em exibição no hall de entrada do Setor de Coleções Especiais, a exposição “Moderna - Liberdade que os revela”. A mostra destaca a transversalidade entre a Literatura e as demais linguagens artísticas, bem como as reflexões do Movimento Modernistas em um contexto nacional.

A Biblioteca Estadual também está preparando leituras de poemas e textos emblemáticos que farão parte de uma playlist a ser disponibilizada nas plataformas digitais e de streaming em breve. As leituras poderão ser acessadas por meio de QR codes disponíveis nos espaços expositivos. 

A exposição “Moderna – Revistas Re-Vistas tem entrada gratuita e pode ser visitada de 19/4 a 4/6, de segunda-feira a sexta-feira, das 10h às 18h. Aos sábados, a mostra fica aberta das 8h às 12h. Não há necessidade de agendamento prévio, mas os protocolos de segurança devem ser respeitados. O uso de máscara de proteção, cobrindo nariz e boca, é obrigatório durante toda a permanência do público no local.

 

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Durante o evento serão evidenciados temas que envolveram exposições e encontros, além de aspectos ligados à urbanização e arquitetura

A compreensão de como o espírito moderno se projetou em produções de intelectuais e artistas de Belo Horizonte e do interior de Minas Gerais será abordada pela Casa Fiat de Cultura no Encontros com o Patrimônio “Modernismos à mineira: influência e reverberações da arte moderna em Minas Gerais”. A convidada para esta edição é Marília Andrés Ribeiro, historiadora, crítica de arte, curadora, professora e pesquisadora da arte moderna e contemporânea, que participa de um bate-papo virtual com a historiadora e educadora do Programa Educativo da Casa Fiat de Cultura, Ana Carolina Ministério. O evento será realizado em transmissão ao vivo no dia 27 de março, das 11h às 12h30, com inscrição gratuita pela Sympla.

Durante o bate-papo, Ana Carolina Ministério vai explorar como os debates desencadeados pela Semana de Arte Moderna de 1922 também estiveram presentes em manifestações culturais em Minas Gerais. “A Exposição de Arte Moderna de 1944, realizada em BH, foi um marco para o estado e para o Brasil. Mas, ela foi o resultado de um processo que já vinha acontecendo desde a década de 1920, e nos mostra como o modernismo foi se consolidando aos poucos. Nem todos sabem o que acontecia na capital mineira antes da chegada de Guignard”, antecipa.

A historiadora destaca a exposição realizada pela pintora Zina Aita, em 1920, considerada como a primeira manifestação de arte moderna em Minas. “Na década de 1920, percebemos algumas manifestações isoladas do modernismo, mas já em 1930 elas foram se encorpando. Havia uma efervescência na cidade, por exemplo, com a construção do Viaduto Santa Tereza e da fundação da Escola de Arquitetura, e, principalmente, após o “Salão de 36”, exposição coletiva de arte moderna realizada em um bar, no subsolo do Cine Brasil”, comenta Ana Carolina Ministério, que concluirá falando sobre o paradoxo entre tradição e modernidade ao trazer detalhes sobre a Exposição de Arte Moderna de 1944.

A pesquisadora da arte moderna e contemporânea, Marília Andrés Ribeiro, abordará a política de modernização da prefeitura de Juscelino Kubitschek, focalizando a Escola Guignard e os alunos e alunas que seguiram a vertente construtiva da arte brasileira. Para ela, o impacto de Guignard na formação de uma geração de artistas modernos em Belo Horizonte foi enorme. “Guignard introduziu um novo ensino de arte pautado pela liberdade e disciplina, incentivou os alunos a participar de exposições, abriu o espaço da Escola para a visita de intelectuais e artistas modernos”. Marília ainda relembra que, junto com Franz Weissmann e Edith Bhering, Guignard dinamizou o Instituto de Belas Artes nos anos 1940, que, mais tarde, foi transformado na Escola Guignard. “Todos participaram de um movimento de arte moderna que se expandia nas artes, na arquitetura e na cultura brasileira, incentivado pela política de modernização do prefeito JK em Belo Horizonte”, conclui.

O Encontros com o Patrimônio “Modernismos à mineira: influência e reverberações da arte moderna em Minas Gerais” é uma realização da Casa Fiat de Cultura e do Ministério do Turismo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Fiat, do Banco Safra e da Usiminas, e co-patrocínio do Grupo Colorado. O evento tem apoio institucional do Circuito Liberdade, do Governo de Minas e do Governo Federal, além do apoio cultural do Programa Amigos da Casa, da Brose do Brasil e do Instituto Usiminas.

Marília Andrés Ribeiro
Historiadora, crítica de arte, curadora, professora e pesquisadora da arte moderna e contemporânea. Licenciada em Filosofia pela FAFICH/UFMG (1972); Mestre em Artes Liberais pela State University of New York at Stony Brook, EUA (1975); Doutora em Artes, pela ECA/USP, São Paulo (1995); Pós-doutora, com supervisão do Prof. Dr. Francisco Jarauta, da Universidade de Murcia/Espanha (2014). Foi professora de História da Arte da UFMG (1976-2000), Presidente do Comitê Brasileiro de História da Arte (2004-2007) e diretora da Editora C/Arte (1996-2015). Atualmente é presidente do Instituto Maria Helena Andrés (IMHA).

Publicou os livros: Neovanguardas: Belo Horizonte, anos 60. (Editora C/Arte, 1997) e Introdução às Artes Visuais em Minas Gerais (Editora C/Arte, 2013), e também organizou diversos livros, entre eles: Um Século de História das Artes Plásticas em Belo Horizonte (Editora C/Arte, 1997); e Coleção Circuito Atelier e Coleção Historiando a Arte Brasileira (Editora C/Arte, 1998-2015). Realizou várias curadorias, entre elas: Fotografia e Natureza, na Lemos de Sá Galeria de Arte, em Nova Lima/MG; Arte e Política, no Acervo do MAP, SESC Palladium, 2016; e Teresinha Soares, no Palácio das Artes, em 2018.

Serivço:
Encontros com Patrimônio online
Modernismos à mineira: influência e reverberações da arte moderna em Minas Gerais
Convidada: Marília Andrés Ribeiro
27 de março, das 11h às 12h30 - Bate-papo virtual
Evento gratuito, com inscrição pela Sympla:https://bit.ly/ModernismosAMineira

Casa Fiat de CulturaCircuito LiberdadePraça da Liberdade, 10 – Funcionários – BH/MG

Informações(31) 3289-8900www.casafiatdecultura.com.brEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.facebook.com.br/casafiatdeculturaInstagram: @casafiatdeculturaTwitter: @casafiatwww.circuitoliberdade.mg.gov.br

 

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No dia 19 de abril, às 20h30, na Sala Minas Gerais, será realizada a primeira apresentação da série “Filarmônica em Câmara” de 2022. O programa da noite começa com a obra Figuras numa paisagem, para flauta e marimba, de Peter Klatzow, na interpretação da flautista Cássia Lima e do percussionista Rafael Alberto. O violinista Rodrigo de Oliveira, o violista João Carlos Ferreira e o violoncelista Robson Fonseca interpretam o Trio de cordas nº 2, de Paul Hindemith.  Philip Hansen (violoncelo) e Neto Bellotto (contrabaixo) interpretam o Dueto para violoncelo e contrabaixo em Ré maior, de Gioachino Rossini. E, fechando o concerto, a violinista Laura von Atzingen e o violinista Arthur Vieira Terto, junto ao violista Nathan Medina e ao violoncelista William Neres executam o Quarteto de cordas nº 1, de Villa-Lobos. Ingressos a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

De acordo com Nota Técnica do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da Prefeitura de Belo Horizonte, publicada no site da PBH em 16/3/22, não é mais necessária a apresentação do comprovante de vacinação e de teste negativo para covid-19 para acesso à Sala Minas Gerais. O uso permanente de máscara segue obrigatório, e o Café da Sala estará aberto. Veja mais orientações no “Guia de acesso à Sala”, no site da Orquestra: fil.mg/acessoasala.

Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Usiminas, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

Programa
Filarmônica em Câmara
19 de abril – 20h30
Sala Minas Gerais

Peter Klatzow      Figuras numa paisagem, para flauta e marimba
Cássia Lima, flauta
Rafael Alberto, marimba
Paul Hindemith    Trio de cordas nº 2
Rodrigo de Oliveira, violino
João Carlos Ferreira, viola
Robson Fonseca, violoncelo

 

Gioachino Rossini, Dueto para violoncelo e contrabaixo em Ré maior

Philip Hansen, violoncelo

Neto Bellotto, contrabaixo

 Heitor Villa-Lobos     Quarteto de cordas nº 1

Laura von Atzingen, violino

Arthur Vieira Terto, violino

Nathan Medina, viola

William Neres, violoncelo

 

Ingressos a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

 

 

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Imagem: Eugênio Sávio

Órgão colegiado se reuniu em Casa Branca e deliberou sobre as políticas culturais da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo

O Conselho Estadual de Política Cultural de Minas Gerais (Consec) realizou sua 41ª Reunião Ordinária para debater as políticas públicas da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) para o fomento do setor da cultura. O encontro, realizado de forma presencial, aconteceu na quinta-feira (25/3), no Campus III da Faculdade Dom Helder Câmara, em Casa Branca, distrito de Brumadinho.

O encontro contou com a presença do secretário de estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, do subsecretário de Cultura, Igor Arci, da subsecretária de Turismo, Milena Pedrosa, do presidente da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), Jefferson da Fonseca, do presidente da Empresa Mineira de Comunicação (EMC), Sérgio Rodrigo Reis, da presidente da Fundação Clóvis Salgado (FCS), Eliane Parreiras entre outros gestores e conselheiros.

Em sua fala de abertura da reunião, o secretário Leônidas Oliveira, que também preside o Consec, lembrou aos conselheiros da importância da transversalidade da cultura com o turismo. Para o titular da Secult, a aproximação estratégica desses dois setores é um importante mecanismo para impulsionar a economia e garantir que mais emprego e renda sejam gerados.

“Agora é um momento oportuno para que possamos pensar, nós gestores culturais, em políticas públicas, ações e outras atividades que tenham o turismo como parceiro. A gente precisa pensar em como trazer o turismo para mais perto. Em sete meses, o turismo colocou R$ 8.5 bilhões na economia mineira. Se pensarmos que 70% do nosso turismo é cultural, aí está uma grande oportunidade para nossa economia criativa”, disse.

Leônidas Oliveira também apontou que o conselho tem um grande trabalho na articulação de políticas públicas culturais para consolidar de importantes indicadores econômicos. “O grande desafio é como fazer da cultura um fator transversal com o turismo. Alinhando esses dois setores, nós oferecemos destinos culturais e turísticos, trazendo as pessoas para nosso estado, que vão contribuir para o estímulo da economia local”, finalizou.

Minas nas telas
Uma das ações da Secult apresentada aos conselheiros foi o projeto de expansão da Rede Minas para todo o estado, por meio das assinaturas de contrato do Digitaliza Brasil. Ao todo, mais de 470 municípios já estão aptos a receber o sinal da TV digital para retransmitir a programação da emissora pública. Para o presidente da EMC, Sérgio Rodrigo Reis, essa será uma grande oportunidade de garantir mais visibilidade às cidades.

“A contratualização do Digitaliza Brasil é algo muito positivo para a programação da Rede Minas e, claro, de todo o estado” O que a EMC, por meio da Rede Minas tem feito é colocar o nosso estado na tela. Os veículos de comunicação que fazem parte da empresa devem ser ocupados pelos municípios, oferecendo programação diversa e de qualidade, e isso é uma oportunidade de colocarmos o estado na tela de todos os mineiros.

A vice-presidente do Consec, Aryanne Ribeiro, que também é titular do segmento titular do Audiovisual e Novas Mídias reforçou a iniciativa da Secult e da EMC. Para a conselheira, as perspectivas de trabalho conjunto com a empresa têm mudado, o que possibilita um diálogo mais amplo, assim como uma abertura maior para a divulgação dos municípios e de seus atrativos culturais por meio da Rede Minas.

“Essa capilaridade nas mãos que a gente pode usar vai ser muito valiosa para todos nós. A aproximação da sociedade civil, por meio da Secult e da EMC, nos coloca frente a uma perspectiva mais sólida e usar a cultura e o turismo como ferramentas poderosas para divulgar o que temos de melhor. Estamos num momento de entender como fazer isso acontecer, como criar essas diretrizes que todos possam aproveitar”, destacou Aryanne Ribeiro.

Pautas culturais
Durante o encontro, os conselheiros também deliberaram sobre outros projetos e programas da Secult, como o Plano Descentra Cultura, proposta elaborada em 2021 pela pasta e que propõe a descentralização e municipalização dos recursos culturais. Com base nas diretrizes estabelecidas no Plano Estadual de Cultura visa garantir mais valorização a artistas, trabalhadores e trabalhadoras do setor, além de estimular a geração de emprego e renda, com atenção especial à cultura popular e tradicional de Minas Gerais.

Na pauta da Reunião Ordinária, o Consec também debateu outras ações para a valorização da cultura mineira, como o Ano da Mineiridade, lançado em 23 de março durante a segunda edição do Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo, em Belo Horizonte. A iniciativa será marcada por inúmeras iniciativas que celebram a diversidade da produção artística no estado, aproximando municípios e promovendo uma maior transversalidade entre os setores da cultura e do turismo e todos os profissionais envolvidos nesses segmentos.

Os conselheiros também deliberaram sobre o Fundo Estadual de Cultura (FEC); relatórios dos Grupos de Trabalho (GT’s) das áreas que compõem o conselho; a execução orçamentária de 2021 e orçamento para o ano vigente, bem como o regimento interno do Consec.

Sobre o Consec
O Conselho Estadual de Política Cultural de Minas Gerais é um órgão de caráter consultivo, propositivo, deliberativo e de assessoramento superior da Secult com a finalidade de acompanhar a política cultural do Estado e a sua implantação, nos termos da Lei nº 23.304, de 30 de maio de 2019. O Consec é composto por 34 membros titulares e seus respectivos suplentes, sendo 17 representantes do poder público e 17 representantes da sociedade civil. Os representantes do poder público são indicados pelas próprias entidades, órgãos e instituições.

 

 

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A convite da Casa Fiat de Cultura, psicanalista e crítica de arte Bianca Coutinho Dias vai destacar como a psicanálise, as teorias de Freud e o modernismo se relacionaram no início do século 20

No centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, a Casa Fiat de Cultura tem abordado as reverberações desse movimento nas expressões artísticas e culturais do país. No dia 19 de abril, às 19h, será a vez de entender a relação entre o modernismo e a chegada da psicanálise no Brasil, na palestra virtual “Arte e inconsciente: influências do pensamento freudiano no movimento modernista”. A psicanalista, ensaísta, escritora e crítica de arte Bianca Coutinho Dias vai mostrar como o movimento, que revelou novas maneiras de pensar o mundo e propôs inovações em linguagens estéticas, foi influenciado pelas teorias de Freud. O evento é online e gratuito, com retirada de ingressos pela Sympla.

A palestra vai abordar a relação entre as teorias de Freud e as transformações artísticas dessa época, bem como a contribuição do modernismo para a ampla aceitação da psicanálise freudiana em terras brasileiras. Na virada do século 19 para o 20, o Brasil vivia um momento de intensas transformações, com uma mudança da economia rural para a industrialização, além de revoluções no campo do pensamento. Um novo projeto de nação ecoava em todo o país, e artistas e intelectuais ajudavam a buscar o que seria uma nova identidade brasileira. Nesse contexto, a psicanálise passa a ser vista como uma forma de compreender e discutir questões nacionais. “Para a psicanálise, a questão da identidade dialoga muito com o espírito moderno e com o descentramento do eu. Em psicanálise, não se fala em unificação, mas em como podemos pensar num solo comum, onde todas essas questões se encontram”, analisa a psicanalista Bianca Coutinho Dias.

O Brasil foi o primeiro país da América Latina a adotar o freudismo. A teoria começou a ser discutida no continente simultaneamente às principais cidades europeias. Desde muito cedo, o próprio Sigmund Freud estabeleceu contato com médicos e intelectuais latino-americanos, em especial brasileiros, argentinos, chilenos e peruanos.  E se, em 1899, Juliano Moreira, professor catedrático na Faculdade de Medicina de Salvador, era o primeiro brasileiro a citar artigos científicos de Freud, pouco tempo depois, Oswald de Andrade foi o primeiro modernista a conhecer as ideias de Freud, em uma viagem à Europa, em 1910. “Ao repensar a questão da dependência cultural do país, no Manifesto Antropófogo, ele cria um texto com claras influências do pensamento freudiano”, explica Bianca. “A forma como Oswald realçava a contradição da formação cultural brasileira era uma maneira de abrigar no seio do manifesto o conflito próprio do moderno que Freud sustentava também em sua obra”, completa.

Mário de Andrade foi outro modernista que se debruçou sobre os textos do psicanalista alemão. A questão do sujeito pode ser vista em seus trabalhos, em especial na coleção de poemas “Paulicéia Desvairada”, que chega a citar a expressão meu inconsciente – uma das teorias freudianas.  Além dos escritores, Bianca Coutinho vai falar sobre as obras de Ismael Nery e Flávio de Carvalho. “A crítica de arte vem estudando a psicanálise não como uma de aplicação à arte, mas como algo que pode ser lido com essas manifestações artísticas. Não se trata portanto de uma interpretação literal ou de colocar os artistas no divã. A descoberta do inconsciente é anterior, mas podemos dizer que a psicanálise é fruto de um processo moderno mundial: ela está ligada ao espírito desse tempo e surge dessas inquietações”, reflete. “A Semana de 22 e o modernismo foram um ponto dentro da ideia de modernidade”, finaliza.

A palestra “Arte e inconsciente: influências do pensamento freudiano no movimento modernista” é uma realização da Casa Fiat de Cultura e do Ministério do Turismo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Fiat, do Banco Safra e da Usiminas, e co-patrocínio do Grupo Colorado. O evento tem apoio institucional do Circuito Liberdade, do Governo de Minas e do Governo Federal, além do apoio cultural do Programa Amigos da Casa, da Brose do Brasil e do Instituto Usiminas.

Sobre a palestrante
Bianca Coutinho Dias é psicanalista, escritora, ensaísta e crítica de arte, atua no território multidisciplinar da psicanálise, literatura, filosofia, teoria e prática artística. Mestre em Estudos Contemporâneos das Artes pela Universidade Federal Fluminense (UFF). É especialista em história da arte pela Faculdade Armando Álvares Penteado (FAAP) e tem graduação em Psicologia pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES).

Palestra virtual “Arte e inconsciente: influências do pensamento freudiano no movimento modernista”
Transmissão on-line
19 de abril, às 19h
Inscrição gratuita pela Sympla:  https://bit.ly/ArteInconsciente

 

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Iniciativa foi anunciada nesta quarta-feira, durante lançamento do Ano da Mineiridade, em Belo Horizonte

O fomento cultural ganha um novo reforço. Em parceira com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, a Cemig lançou na quarta-feira (23/3), o Edital Cemig 70 Anos. Além de celebrar as sete décadas da empresa de energia, a publicação vai destinar R$ 10 milhões em recursos a projetos aprovados na Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais (Leic).

O edital foi divulgado durante a solenidade de apresentação do Ano da Mineiridade, evento que integra a programação do Segundo Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo, iniciativa da Secult, realizada no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, e que reuniu mais de 700 profissionais dos setores, debatendo as ações e as políticas públicas que visam à transversalidade das áreas.

De acordo com o secretário Leônidas Oliveira, a parceria com a Cemig é fundamental para fortalecer a cultura em Minas Gerais, principalmente no momento em que é celebrado o Ano da Mineiridade. De acordo com o titular da Secult, o patrocínio da Companhia dedicado aos projetos culturais já aprovados na Lei de Incentivo vai possibilitar que mais emprego e renda sejam gerados a partir da cadeia produtiva da cultura em Minas Gerais.

“Celebrar o Ano da Mineiridade e contar com o importante apoio da Cemig patrocinando projetos culturais é uma excelente oportunidade para todos os envolvidos no setor cultural. Além de evidenciar a diversidade artístico-cultural de nosso estado, essa iniciativa conjunta vai auxiliar a gerar mais emprego e rende para o setor, que já foi tão prejudicado durante a pandemia. Nesse cenário de retomada, o Edital Cemig 70 Anos vem em um momento muito oportuno”, destaca.

Para o diretor de Comunicação Empresarial e Sustentabilidade da Cemig, Cláudio Bianchini, o edital simboliza o compromisso que a empresa tem com o reconhecimento da cultura mineira. A Cemig é hoje a maior incentivadora de cultura em Minas Gerais. Sabemos da importância de promover e apoiar as diferentes iniciativas culturais desenvolvidos nas diversas áreas, além de contribuir para a preservação do patrimônio cultural permanente no estado. Impulsionar a cultura em Minas Gerais é um dos valores primordiais da Cemig”, ressaltou.  

Podem ser inscritas iniciativas que envolvam teatro, dança, música, literatura, artes plásticas, artesanato, fotografia e preservação do patrimônio imaterial, entre outras atividades. As propostas escolhidas deverão ser executadas nos 774 municípios mineiros da área de concessão da Cemig. Os projetos escolhidos serão realizados no conjunto de atividades dos 70 anos da Companhia.

As inscrições são gratuitas até as 18 horas do dia 30 de junho, e os interessados devem submeter os projetos por meio da Plataforma Digital Fomento e Incentivo à Cultura. Poderão ser proponentes empreendedores pessoa física e/ou jurídica, com ou sem fins lucrativos, que já tenham projetos aprovados na Leic. No momento da realização do cadastro do projeto, o proponente deverá indicar as cidades sede das atividades pretendidas.

A seleção de projetos acontecerá ao longo dos meses de março, abril, maio, junho e julho. A divulgação dos aprovados será feita no dia 10 de cada mês, a partir de abril, no site da Cemig. No entanto, é importante destacar que, se antes mesmo do término do período previsto de realização do chamamento público a Cemig selecionar projetos que atinjam o limite de R$ 10 milhões, a Companhia poderá encerrar o edital.

O Edital e os demais documentos podem ser acessados AQUI.

Energia da Cultura
Como a maior incentivadora de cultura em Minas Gerais, a Cemig patrocina projetos desenvolvidos em diferentes áreas e colabora com a preservação do patrimônio permanente. Atualmente, a Companhia patrocina mais de 50 equipamentos históricos em todo o estado, por meio das leis de dedução fiscal estadual e federal de incentivo à cultura.

Esse protagonismo reflete o posicionamento da empresa ao garantir um maior alcance e assertividade nos incentivos, além de apoio às demandas estratégicas, promovendo a democratização do acesso às práticas culturais, fomentando a economia criativa mineira e possibilitando o desenvolvimento econômico e social de Minas Gerais.

Ano da Mineiridade
O Ano da Mineiridade é uma iniciativa do Governo de Minas e da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo para exaltar Minas Gerais e as características únicas pelas quais o povo mineiro é reconhecido. Apresentado durante a segunda edição do Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo, o Ano da Mineiridade vai exaltar a diversidade artístico-cultural e as potencialidades turísticas de Minas com uma série de ações realizadas ao longo de 2022.

 

 

24 3 2022 minieditalcemig

Imagem: Paulo Lacerda /FCS

Inaugurado em 13 de abril, espaço reúne acervo da Coleção Boulieu

Localizado no principal acesso ao centro da cidade mineira, ocupando as instalações do antigo Asilo São Vicente de Paulo, o novo Museu Boulieu acolhe a coleção do casal que dá nome à instituição. Com patrocínio integral do Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e projeto de restauração e expografia assinados pelo Instituto Pedra, o novo espaço contribui para reafirmar Ouro Preto como o epicentro da arte barroca brasileira, sugerindo novas perspectivas e novos contextos ao movimento artístico. 

A edificação conta com uma área de quase 400m² para exposição no pavimento superior (6 salas) e, no térreo, com saguão de entrada, bilheteria, café/loja, sala multiuso, sala do Educativo, espaços administrativos e reserva técnica.

O museu assume a função pública de preservar, investigar e expor a coleção doada pelo casal Jacques e Maria Helena Boulieu, que reúne principalmente obras de origem asiática e latino-americana, principalmente do período barroco. “O Museu Boulieu se pauta pelos encontros, desde o do casal, até aqueles acarretados pelas grandes navegações europeias. Daí, a propagação da fé e dos impérios. O sincretismo religioso e as diversas culturas nos apontam outros caminhos e olhares”, destaca Luiz Fernando de Almeida, diretor-presidente do Instituto Pedra.

Com curadoria de Angelo Oswaldo, atual Prefeito de Ouro Preto, estarão em exibição 1.050 peças das 2.500 da Coleção Boulieu, entre esculturas, pinturas, objetos e mobiliário, além de duas obras cedidas temporariamente pela Coleção Ivani e Jorge Yunes, inaugurando o Programa “Acervos em Diálogo”. Ao percorrer as salas, é possível conhecer alguns dos desdobramentos do Barroco pelo trajeto histórico-poético proposto pelo curador: A fé e o império conquistam o mar; O mundo encantado das Índias; Americanos de Norte a Sul sob o sinal da cruz; O brilho dos metais e a luz da religião; A América hispânica e o esplendor do culto; Os engenhos da arte no Brasil açucareiro; A palma barroca na mão do povo; O eldorado no coração da grande floresta; Esfera da opulência e teatro da religião.

No saguão, o visitante poderá conhecer um pouco da história do casal Boulieu e a origem da coleção. No piso superior, na entrada do percurso expositivo, o visitante será recebido pela voz de Maria Bethânia, embalando poemas de Fernando Pessoa e Camões, e imagens que introduzem o novo caminho para as Índias, onde com novos materiais e nova iconografia, o mundo ocidental se encontra e dialoga culturalmente com as tradições milenares locais.

Completa a programação de abertura do novo espaço, a mostra temporária Aleijadinho - fotografias de Horacio Coppola, realizada em parceria com o Instituto Moreira Salles. O conjunto de fotografias retrata as obras do celebrado escultor brasileiro, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, a partir da viagem feita por Coppola a Minas Gerais em 1945.

“O Museu Boulieu já nasce como um patrimônio cultural e turístico único de Ouro Preto, do estado de Minas e do Brasil. Esse acervo reverencia nossa história e revela muitas outras, frutos dos muitos encontros que permitiram a sua criação. Um deles com o Instituto Cultural Vale, que tem a honra de ser parte dessa história e de contribuir para que a coleção, compartilhada com tanta generosidade pelo casal franco-brasileiro Maria Helena e Jacques Boulieu, gere novas histórias a partir dos encontros com os públicos que visitarão o Museu”, afirma Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale.

Histórico do Museu Boulieu
O Museu Boulieu é um museu privado localizado à rua Padre Rolim, 412, no centro da cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, situado no edifício em que funcionou o antigo Asilo São Vicente de Paulo e em uma edificação anexa em que funcionou a antiga “casa do capelão”.

A origem do conjunto de edifícios remonta ao final do século XVIII, mas o imóvel que hoje é o museu foi construído em 1932 pelos vicentinos, para ser usado como asilo, função que cumpriu até a transferência do complexo hospitalar para o bairro da Bauxita, no final dos anos 2000.

Para efetivar a criação do museu, em 2008 o Instituto Cultural Brasileiro do Divino Espírito Santo (ICBDES), atual Instituto Boulieu, foi criado como personalidade jurídica responsável pelo Museu Boulieu. Em 2012, foi então estabelecido um comodato em que o edifício teve o uso cedido pela Prefeitura Municipal de Ouro Preto para a criação do museu, cuja justificativa é “promover a cultura e o turismo no Município de Ouro Preto/MG, gerando riqueza e renda para toda a população ouropretana”. O Museu Boulieu foi oficialmente criado através da Lei Municipal n°820 de 21 de dezembro de 2012 e sua viabilização só foi possível com o patrocínio integral do Instituto Cultural Vale através de projeto cultural na Lei de Incentivo à Cultura (também conhecida como Lei Rouanet).

Coleção Boulieu 
Ao longo de mais de 50 anos, o casal de colecionadores Jacques e Maria Helena Boulieu acumulou cerca de 2.500 peças, sendo a maior parte de arte sacra. Parte da coleção foi doada, em 2011, à Arquidiocese de Mariana, atual donatária-proprietária do acervo. Segundo a Escritura Pública de Doação trata-se de “transferência de propriedade e posse, os bens doados são bens fora de comércio, e que devem ser permanentemente expostos no Museu Boulieu”. 

Em 2021, o casal doou mais um lote de peças ao museu. Nesse novo lote foram doadas além de esculturas e pinturas de temática religiosa, peças utilitárias, como mobiliário, utensílios domésticos de prataria inglesa e latino-americana, vasos de cerâmica, tecidos andinos, gravuras, fragmentos de entalhes, e há também um pequeno conjunto de peças arqueológicas pré-colombianas. No caso dos Boulieu a coleção é fruto, sobretudo, de um gosto do casal pela prataria e arte sacra barroca, devido à sua religiosidade.

Tendo vivido boa parte de suas vidas entre o Brasil e a França, o casal decidiu doar sua coleção para a criação de um museu em Ouro Preto, devido a seu apreço pela cidade, bem como sua intenção em deixar esse legado como parte do patrimônio local, que com este acervo ganhará uma visão internacional do Barroco.

Instituto Pedra
O Instituto Pedra é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que desenvolve ações no campo do patrimônio cultural. Possui projetos nos estados de Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo como, por exemplo, o projeto de restauração de fachadas do Edifício Copan e a restauração, com criação de centro cultural, na Vila Itororó em São Paulo; recuperação do complexo arquitetônico e acervo histórico do Palácio Itamaraty no Rio de Janeiro; inventário do acervo de Frans Krajcberg e restauração do Parque do Queimado na Bahia; idealização da Escola de Ofícios Tradicionais de Mariana e a restauração da Igreja de São Francisco de Assis e da Casa do Conde de Assumar, em Mariana, entre outros.

Instituto Cultural Vale
O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. São mais de 200 projetos criados, apoiados ou patrocinados em 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org

 

Museu Boulieu
Abertura ao público: dia 14 de abril às 10h
Endereço: Rua Padre Rolim, 412, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil
Como chegar: https://goo.gl/maps/mkqNLCxWcy4GWTpQ8
Horário de funcionamento:
Segunda-feira, quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo: das 10h às 18h.(Entrada inteira: R$10 / meia entrada: R$5)
Quarta-feira: das 13h às 22h (Entrada gratuita)
Terça-feira: fechado
Agendamento de visitas monitoradas: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. 

Site: https://museuboulieu.org.br/
Instagram: @museuboulieu
Facebook: @museuboulieu

 

14 4 2022 minimuseu

Iniciativa celebra toda a diversidade do povo mineiro; Entre as ações está um edital da Cemig de R$ 10 milhões para patrocinar projetos culturais

Um sotaque único, uma cozinha apreciada e a já reconhecida hospitalidade de um povo. Essas são apenas algumas das características que fazem de Minas Gerais um território singular no país. E é para celebrar todos os elementos que compõem essa assinatura mineira que o Governo de Minas e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) lançaram na quarta-feira (23/3), o Ano da Mineiridade.

Iniciativa da Secult para evidenciar as tradições, os costumes e as histórias das muitas Minas Gerais, o Ano da Mineiridade será marcado por inúmeras iniciativas que celebram a diversidade da produção artística no estado, aproximando municípios e promovendo uma maior transversalidade entre os setores da cultura e do turismo e todos os profissionais envolvidos nesses segmentos.

O evento de lançamento do Ano da Mineiridade foi realizado no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, durante a segunda edição do Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo. Durante dois dias, mais de 700 gestores de diversos municípios mineiros estiveram na capital para debater, conhecer e refletir sobre as ações de fomento promovidas pela Secult para o fortalecimento dos setores no estado.

Para o governador Romeu Zema, a iniciativa de lançar um ano dedicado à mineiridade é uma grande oportunidade para resgatar o orgulho do povo mineiro e fomentar, de maneira mais concreta, as ações turísticas e culturais que possibilitem o fortalecimento da economia mineira. O turismo e a cultura fazem parte dessa nova trilha de desenvolvimento e nós temos um potencial gigantesco de tornar Minas Gerais um estado ainda mais singular do que já é”, disse.

Romeu Zema também destacou a força dos dois setores e o trabalho em conjunto com municípios que vem sendo realizado pela Secult. Segundo o governador, essas ações potencializam o sentimento de pertencimento ao estado. “Somos um povo diferenciado, e temos orgulhos disso. Somos acolhedores, nossas cidades históricas e os outros atrativos são uma força enorme para atrair mais turistas e valorizar ainda mais nossas riquezas”, destacou o governador.

Estiveram presentes na solenidade o governador Romeu Zema, o secretário de estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, a subsecretária de Turismo, Milena Pedrosa, o subsecretário de Cultura, Igor Arci, o presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, Felipe Pires, a presidente da Fundação Clóvis Salgado, Eliane Parreiras, entre outras autoridades.

O evento foi transmitido ao vivo pelo Canal de YouTube da Secult. Assista à integra AQUI.

A mineiridade como conceito
Além de celebrar as raízes do povo mineiro, o Ano da Mineiridade será trabalhado como um produto do estado. Para evidenciar o sentimento de ser mineiro, um logotipo foi apresentado ao público presente na solenidade. A marca da Mineiridade reúne elementos como força e leveza, símbolos que remetem ao artesanato, uma das linguagens artísticas mais características do estado e elementos que simbolizam uma cultura de paz.

Segundo o secretário Leônidas Oliveira, o lançamento dessa iniciativa tem por objetivo despertar o sentimento de orgulho do povo mineiro. Para o titular da Secult, o Ano da Mineiridade é uma ação que celebra todas as características de Minas Gerais e condensa em uma série de atividades, todos os elementos que compõem a rica diversidade artística, cultural e turística do estado.

“O Ano da Mineiridade será um ano de celebramos quem somos, celebramos nossas cidades, nossos distritos, subdistritos, a nossa intensa e rica cultura alimentar, clássica e contemporânea, que este ano, inclusive, a cozinha mineira é candidata a patrimônio histórico de Minas Gerais. Celebrar a mineiridade significa, então, celebrar a nossa cultura e fomentar o turismo, visto que o maior atrativo que temos é o afeto, já que todos nós, mineiros, recebemos tão bem as pessoas, seja em nossa casa, em nossas cozinhas ou em nossas cidades”, destacou o secretário.

Edital para fomentar a cultura mineira
Entre as ações que vão celebrar o Ano da Mineiridade em 2022, está o lançamento do Edital Cemig 70 Anos. A publicação, anunciada em parceria com a Secult, vai destinar R$ 10 milhões em recursos a projetos aprovados na Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais (Leic). As inscrições são gratuitas até as 18 horas do dia 30 de junho, e os interessados devem submeter os projetos por meio da Plataforma Digital Fomento e Incentivo à Cultura.

De acordo com o diretor de Comunicação Empresarial e Sustentabilidade da Cemig, Cláudio Bianchini, o edital foi elaborado para valorizar os aspectos culturais do estado. “Essa riqueza que a gente quer incentivar, patrocinar e promover. A gente quer levar esses recursos a diversos municípios de Minas, valorizando a diversidade da cultura e democratizando o acesso aos bens culturais por meio do nosso patrocínio”, pontuou.

Podem ser inscritas iniciativas que envolvam teatro, dança, música, literatura, artes plásticas, artesanato, fotografia e preservação do patrimônio imaterial, entre outras atividades. As propostas escolhidas deverão ser executadas nos 774 municípios mineiros da área de concessão da Cemig. Os projetos escolhidos serão realizados no conjunto de atividades dos 70 anos da Companhia.

Acesse o Manual de Identidade Visual do Ano da Mineiridade AQUI.

 

 

24 3 2022 minimineiridade

Imagem: Paulo Lacerda /FCS

 

O Edital e os demais documentos podem ser acessados AQUI.

Exposições, eventos virtuais e atividades reflexivas fazem parte das ações do evento que acontece de 18 a 23 de abril

Com a proposta de difundir as ações do Ano da Mineiridade, a Biblioteca Estadual propõe uma programação diversificada para a II Semana Estadual de Incentivo à Literatura de Minas Gerais. Iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), por meio do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de Minas Gerais (SEBP-MG), o evento é uma ação articulada em todo o estado, contando com a participação de mais de 70 equipamentos vinculados ao SEBP-MG. Ao todo, cerca de 100 atividades presenciais serão realizadas de 18 a 23 de abril.

Para o diretor do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, da Secult, Lucas Amorim, a segunda edição do evento reforça o importante trabalho de descentralização das ações da pasta para o fomento da cultura no estado. De acordo com Lucas, a grande participação das bibliotecas reflete a municipalização das políticas públicas no segmento da literatura, além de evidenciar a vasta produção mineira.

“A II Semana Estadual de Incentivo à Literatura nos convida a repensar o estado a partir de um olhar nosso. Para além de evidenciar o jeito mineiro, o evento reúne as bibliotecas vinculadas ao Sistema Estadual em ações presenciais que têm sido fundamentais para difundir o interesse pela literatura, bem como o fomento da cultura no estado. Na Biblioteca Estadual, por exemplo, nossas ações propõem reflexões e descobertas que ampliam a percepção sobre os livros e propõem novos olhares para além das páginas”, destaca Lucas Amorim.

Diversidade de ações
A programação da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais aborda diferentes conteúdos ao longo da Semana Estadual de Incentivo à Leitura. Na segunda-feira (18/4), tem início a exposição “Moderna – Revistas re-vistas”, na Galeria de Arte Paulo Campos Guimarães. A mostra celebra o centenário da Semana de Arte Moderna e propõe novas leituras a partir do acervo histórico do setor de Coleções Especiais, destacando a transversalidade que existe entre a literatura e as demais linguagens artísticas.

Também em 18 de abril será inaugurada a exposição “Quadrinistas mineiros no Brasil e no mundo”, no Setor Infantojuvenil – BIJU. Realizada em parceria com a Escola Técnica de Artes Visuais Casa dos Quadrinhos, a exposição conta com trabalhos de quadrinistas mineiros profissionais, estudantes e amadores. São originais e reproduções de páginas, ilustrações e pinturas que mostram um pouco do trabalho de artistas mineiros no Brasil e no mundo.

A BIJU ainda será palco de uma ação especial para as crianças. Na terça-feira (19/4), a partir das 14h, a escritora Ana Raquel é a convidada do projeto “Hora do conto e da leitura”. Ela vai apresentar ao público o espetáculo “Breu”, inspirado em contos de assombração. O espetáculo é uma celebração à tradição oral, exaltando a cultura, os costumes e características do povo mineiro.

No mesmo dia, será lançada, a partir das 19h, será lançado o 3º volume da Revista Libertas Coletivo de Artes, um veículo de comunicação que compila e divulga o acervo de cerca de 250 artistas que fazem parte do coletivo. O evento será realizado no hall da Biblioteca, com entrada gratuita.

Atividades virtuais
A programação da Biblioteca na II Semana Estadual de Incentivo à Leitura também propõe uma série de atividades que serão realizadas nas plataformas digitais do equipamento cultural. De 18 a 23 de abril, no Instagram @biblitoecaestadualmg, o público irá conferir uma edição especial do projeto Curtinhas da BIJU, quando serão publicados vídeos curtos com trechos de livros infantis em homenagem aos escritores mineiros.

Já a Hemeroteca Histórica propõe um diálogo sobre as diferentes produções literárias. Na segunda-feira (18/4), o setor promove edição virtual do Hemeroteca em debate. O pesquisador Luiz Morando irá participar de um bate-papo com o público sobre o livro "Enverga, mas não quebra: Cintura Fina em Belo Horizonte", publicado a partir de pesquisas realizadas no acervo do setor. O evento será transmitido ao vivo pelo Instagram da Biblioteca, a partir das 14h.

O Setor Braille vai promover o projeto Tempo para ler, abordando a produção literária de Minas Gerais. O encontro será realizado por meio de plataforma de videoconferência, na terça-feira (19/4), a partir das 14h. As inscrições podem ser feitas até 15/4 pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O Tempo para ler tem como objetivo proporcionar uma oportunidade de vivenciar textos literários variados, a fim de incentivar o hábito e o gosto de ler, entre as pessoas com deficiência visual e demais participantes.

O projeto Talentos Literários contará com duas edições durante o evento. Na quarta-feira (20/4), às 15h, o escritor Wagner Vieira é o convidado da vez para um bate-papo sobre sua trajetória na literatura. E, na sexta-feira (22/4) também às 15h, quem participa do encontro virtual com o público é a autora Maria Aparecida Vasconcelos Lavigne, que também fará um panorama sobre sua carreira no universo da literatura. Os eventos serão transmitidos ao vivo pelo Instagram @bibliotecaestadualmg.

A programação completa da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais para a II Semana Estadual de Incentivo à Literatura de Minas Gerais pode ser consultada AQUI. As atividades dos demais equipamentos que participam da segunda edição do evento neste ano estão disponíveis neste link.

 

 

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Programa de valorização e incentivo à pesquisa de processos artísticos e culturais está com inscrições abertas para projetos de diversas áreas das atividades artísticas em Minas Gerais

Entre 22 de março e 24 de abril, o BDMG Cultural recebe inscrições para a terceira edição do programa LAB Cultural. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas exclusivamente pelo site bdmgcultural.mg.gov.br. Em 2022, o edital contempla diversas áreas das atividades artísticas - artes visuais, música, experimentação sonora, escrita, artes cênicas, dança, expressões corporais, dentre outras.

O LAB Cultural é um programa de residência artística online, para valorização e incentivo à pesquisa de processos artísticos e culturais. Seu ponto de partida é em 2020, em meio a pandemia, criando um espaço para trocas e atravessamentos de práticas artísticas, produzindo conhecimento de forma colaborativa e horizontal entre artistas e profissionais de diversas áreas do saber.

Bolsas de pesquisas
Serão selecionados 20 (vinte) projetos artísticos de artistas residentes em Minas Gerais a no mínimo 1 (hum) ano que se manifestem por meio das artes visuais, cênicas, escrita, música, dança, expressões corporais, dentre outras. Os projetos serão desenvolvidos em 4 (quatro) meses de pesquisa, mediante o recebimento de bolsa total de R$ 6.000 (seis mil reais) a ser dividida nos 4 (quatro) meses de desenvolvimento do programa.

Nesta edição, os(as) artistas selecionados(as) terão a oportunidade de desenvolver suas pesquisas com o acompanhamento de profissionais experientes e atuantes no desenvolvimento de projetos artísticos: a diretora teatral Fernanda Júlia Onisajé; a educadora, pesquisadora e curadora Luciara Ribeiro; o artista sonoro, improvisador e compositor Marco Scarassatti; e o artista da dança Rui Moreira.

Sobre os provocadores
Fernanda Júlia Onisajé é diretora teatral, graduada no Bacharelado em Direção Teatral da Escola de Teatro da UFBA, doutora em Artes Cênicas pelo Programa de Pós graduação em Artes Cênicas – PPGAC/UFBA, com a tese: Teatro Preto de Candomblé: uma construção ético-política de encenação e atuação negras. Diretora fundadora do Núcleo Afro brasileiro de Teatro de Alagoinhas – NATA. Dramaturga, preparadora de atuantes, educadora e pesquisadora da cultura africana no Brasil. Escreveu e dirigiu espetáculos próprios, tendo ainda dirigido as montagens Traga-me a cabeça de Lima Barreto, Oyaci – A filha de Oyá, Kanzuá – Nossa casa, Oxum, Pele Negra, máscaras brancas. Ministra o Laboratório de preparação de Atuantes – Ojuinan, o Laboratório Dramaturgia afrodiaspórica: um foco na construção de narrativas negras, o Café Dramático – Laboratório de leitura e estudo de textos teatrais negros e o Em direção a elas: Elas na direção – Laboratório de formação para diretoras teatrais negras.

Luciara Ribeiro é educadora, pesquisadora e curadora. Tem mestrado em História da Arte pela Universidade de Salamanca (USAL, Espanha, 2018) e pelo Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP, 2019). Tem graduação em História da Arte pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP, 2014). É técnica em Museologia pela Escola Técnica Estadual de São Paulo (ETEC, 2015). Atualmente é docente no Departamento de Artes da Faculdade Santa Marcelina.

Marco Scarassatti é artista sonoro, improvisador e compositor. Desenvolve pesquisa e construção de esculturas e instalações sonoras, além de gravações de campo; professor e pesquisador da Faculdade de Educação da UFMG e autor do livro Walter Smetak, o alquimista dos sons (editora Perspectiva / SESC, 2008). Tocou ao lado de Mbé na 34°Bienal de São Paulo 2021, na obra "deposição", de Daniel de Paula, Marissa Lee Benedict e David Rueter. Possui 19 álbuns lançados em diversos países. Idealizou e co-dirigiu, o Filme-Partitura Anestesia (2021), inspirado na composição gráfica homônima de Walter Smetak, com estreia marcada para 05/08/2021, no festival Memórias na Música, da Akademie Der Kunst, em Berlim. 

Rui Moreira é artista da dança e ativista pelo direito de fruição e amplitude social das artes. Natural de São Paulo, morou em Belo Horizonte, Lyon (França) e desde 2016 reside em Porto Alegre. Desenvolve investigação gestual focada nas culturas negras africanas e afro-diaspóricas, com base conceitual nas expressões tradicionais patrimoniais, populares e contemporâneas. Fundou a Cia. SeráQuê?, a Associação SeráQuê Cultural e a Rui Moreira Cia de Danças. Foi curador e diretor artístico do FAN - Festival Internacional de Arte Negra e promotor da Rede Terreiro Contemporâneo de Danças.

Para a educadora e pesquisa Luciara Ribeiro, "projetos como o LAB Cultural funcionam como processos relacionados, que correlacionam a formação, criação e apresentação, entendendo que são partes da prática artística, sem a discriminação de valores. Além disso, e diante da realidade social das artes no país, essa é uma possibilidade de auxiliar financeiramente no desenvolvimento de práticas artísticas".

O programa LAB Cultural consolidou um formato em constante elaboração, em que, cada edição ganha novos contornos de acordo com as devolutivas dos/das participantes de anos anteriores. Reconhece a potência da comunicação online, ampliada em virtude da pandemia, e que efetivamente, nos possibilita interações com conhecimentos mais plurais, criando pontes e estreitamento de laços, talvez antes inviáveis pelo distanciamento territorial e aproximando regiões de um Estado tão amplo quanto diverso. 

"Ser atravessado pelas provocações e saberes de outras e outros artistas durante o processo de mergulho, dá a dimensão do que é essa encruzilhada cosmoperceptiva e amplia a capacidade do artista de pensar e vivenciar esse processo", ressalta o artista sonoro Marco Scarassatti.

O artista da dança Rui Moreira ressalta que a diversidade de áreas é outra grande riqueza desse programa. "Esse programa acontece no Brasil, ele está em um estado onde as manifestações africanas, de diversas nações africanas, se faz e se mantém presente e onde a capital é a segunda cidade, em densidade populacional, negra no Brasil. Então, nós vamos ver que essa cultura africana e essa cultura indígenas, também, é muito potente aqui”, avalia.

“Eu sou uma entusiasta de programas, projetos e instituições, sejam elas de foro privado ou de foro público que pensam, que conseguem alcançar, conseguem compreender a importância e a relevância do processo de pesquisa da investigação artística para além do produto, para além da obra, quando você não está preocupado com o resultado e sim com o processo, com o caminho”, relata a diretora teatral Fernanda Júlia Onisajé.

Como nas edições anteriores, o programa LAB Cultural promoverá o compartilhamento de conhecimento e dos processos artísticos que serão desenvolvidos e apresentados na plataforma www.bdmgcultural.mg.gov.br/lab para ampliar as possibilidades de reflexão e diálogo dos artistas selecionados com a sociedade.

Serviço
Inscrições para o programa LAB Cultural 2022
Período: 22 de março a 24 de abril
Onde: bdmgcultural.mg.gov.br

 

23 3 2022 minibdmg

 

Inscrições são gratuitas e podem ser feitas de 18 de abril a 2 de maio

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) divulga novo processo de contratação temporária de profissionais para atuar em ações coordenadas, pelo Comitê Gestor Pró-Brumadinho, nos municípios diretamente impactados pelo rompimento da Barragem B1, da Mina do Córrego do Feijão, ocorrido em janeiro de 2019.

Em edital publicado na edição de terça-feira (12/4), do Diário Oficial do Estado, estão abertas as inscrições para três vagas de nível superior para as funções correlatas de Analista de Gestão e Políticas Públicas em Desenvolvimento, no âmbito da Secult. Interessados podem se inscrever, de forma gratuita, de 18 de abril a 2 de maio, neste link. O edital pode ser consultado AQUI.

A ação é fruto de acordo judicial firmado entre o Governo de Minas e a mineradora Vale S.A., responsável pelo reservatório. Os profissionais passarão por processo seletivo realizado pelo Estado, e todos os custos da contratação e pagamento de salários serão ressarcidos pela empresa.

O processo seletivo simplificado terá três etapas, sendo a primeira de candidatura e habilitação; a segunda fase de análise de currículo e títulos; e a terceira fase de entrevistas. A atuação será em Belo horizonte, no cargo de Analista de Gestão de Políticas Públicas em Desenvolvimento. Poderão ser contratados profissionais das áreas de Administração e/ou Administração Pública e/ou Gestão Pública e/ou Turismo e/ou Ciências Econômicas, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC).

O contrato terá prazo de seis meses, a partir da sua assinatura, podendo ser prorrogado pelo prazo necessário à superação da situação de emergência que ocasionou a contratação e de acordo com limites expressos no Edital. Dúvidas sobre o processo seletivo e sobre o Edital podem ser enviadas para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Ligia Taka e Guilherme Melich vão ocupar duas salas da Galeria de Arte Nello Nuno até 24/04

Na próxima sexta-feira (25/03), a Fundação de Arte de Ouro Preto|FAOP inaugura a exposição “Metamorfose Taka”, de Ligia Taka, e “Rastros de mim mesmo”, de Guilherme Melich, na Galeria de Arte Nello Nuno. A abertura será às 17h, com entrada gratuita, seguindo as atuais orientações contra a Covid-19. A exposição fica em cartaz até 24/04. 

Apesar de serem exposições distintas, Ligia e Guilherme quiseram expressar algo em comum: contar um pouco sobre as suas respectivas histórias por meio de suas obras. São trabalhos subjetivos que expressam sentimentos, memórias, saudades e desejos.

“É interessante como as exposições se relacionam. As duas mostras têm esse fator em comum, que é também uma tendência contemporânea, de discutir o indivíduo e o todo que ele representa na sociedade, trazendo inquietações internas”, destaca Antônio de Araújo, coordenador de Promoção e Extensão Cultural na FAOP.

“Metamorfose Taka”
Em “Metamorfose Taka”, de curadoria de Breno Barbosa, Ligia Taka Imanishi reúne obras com técnicas de pintura em acrílico, pintura em vinílica e de fotografias digitalizadas em acrílico.

Filha de pais japoneses e nascida no Rio de Janeiro (RJ), Lígia explica que a exposição reúne trabalhos que representam sua essência e de alguma forma mostram um pouco do processo de busca de si mesma e da transformação enquanto artista. “Esta etapa final é a de libertação. Saí da metamorfose de Ligia Taka!”, afirma.

A artista, com formação na Escola de Guignard nos anos 1980, passou boa parte da vida gerenciando negócios de família. Somente há alguns anos retornou à paixão pelas artes. A escolha do título da exposição diz muito sobre esse processo, e reafirma sua identidade por meio da presença do seu sobrenome.

Breno Barbosa, amigo e curador da exposição, explica: “Mil histórias viveu Lígia Imanishi'', nome que era a sua marca até 2017, quando retomou a pintura. Desde então, Lígia é Taka, acolhe seu 'incômodo-calado' e ‘a-taca’ suas dores, suas forças e fragilidades, para revelar em forma de arte suas partes e sua forma de ver e sentir o mundo.”

Sobre a expectativa para a mostra, Lígia diz: “Estou muito feliz e emocionada com a minha primeira exposição individual, ainda mais em Ouro Preto, cidade acolhedora e internacionalmente reconhecida”. 

“Rastros de mim mesmo”
Com objetivo semelhante, Guilherme Melich, busca expressar parte de seu “eu” em “Rastros de mim mesmo”. Nascido no Rio de Janeiro (RJ), Guilherme formou-se em Artes e Design pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Na cidade mineira, mantém seu pequeno ateliê, onde dá vida às suas obras e ainda leciona cursos de desenho livre.

Durante a criação das pinturas que fazem parte da exposição, o artista voltou o olhar para seu entorno, ao mesmo tempo em que observou registros feitos por outras pessoas. A maioria das obras, produzidas entre 2016 e 2022, período em que Guilherme passou a ocupar seu atual ateliê, foram criadas a partir de fotografias, e outras foram pintadas ao vivo ou a partir de seus desenhos. 

“As pinturas selecionadas são retratos de meus familiares e amigos próximos. Retratos que estavam jogados no fundo de alguma gaveta ou esquecidos em uma caixa de sapatos qualquer, passaram a encher os olhos tamanho a atração que serviam como convite às pinturas”, revela Guilherme.

Mesmo apresentando um pouco de sua história e de suas perspectivas ao mundo, o artista deseja que as pessoas se identifiquem de alguma forma com suas pinturas: “Espero que o público encontre algo de universal nessa apresentação do que, para mim, é tão pessoal. As pinturas são registros de minha intimidade e vivências, mas não se resumem a isso. Existe ali um pensamento aliado à evolução da pintura e de sua persistência em um cenário contemporâneo”, afirma.

Biografia dos artistas
Ligia Taka nasceu no Rio de Janeiro, em 1963, e estudou na Escola Guignard nos anos 1980. Gerenciou por anos os negócios da família. Há cinco, retomou a carreira artística como principal atividade, por meio da pintura, objetos e experimentações. Nesse curto período realizou várias coletivas e recebeu Menção Honrosa no 6º Salão de Artes de Mogi das Cruzes, em 2019. Foi ainda selecionada no IX Salão de Artes de Itabirito, em 2020, e no Edital da FAOP, no mesmo ano, para ocupar a Galeria de Arte Nello Nuno.

Guilherme Melich nasceu em 1985 no Rio de Janeiro. Hoje, vive e trabalha em Juiz de Fora, Minas Gerais. Formado em Artes e Design pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em 2008, mantém sua produção e leciona cursos de desenho livre em seu ateliê.

Sua prática transita entre o pictórico e o gráfico de forma complementar. Em seus dez anos de produção, a intuição e o acaso guiam sua abordagem poética e suas escolhas temáticas, estabelecendo um trânsito entre um olhar para o mundo e outro para si mesmo.

Abertura e visitação
A abertura das exposições acontecerá na próxima sexta-feira ( 25/03), na Galeria de Arte Nello Nuno, às 17h. A visitação é de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e 13h às 17h. Aos sábados e domingos das 14 às 18h. A entrada é gratuita e a Galeria segue os protocolos contra a Covid-19.

Serviço:

Exposições: “Metamorfose Taka”, de Ligia Taka. / “Rastros de mim mesmo”, de Guilherme Melich
Abertura: Sexta-feira, 25/03, às 17h
Visitação: De terça-feira a sexta-feira, de 9h às 12h e de 13h às 17h | Sábado e domingo, de 14h às 18h
Local: Galeria de Arte Nello Nuno (Rua Getúlio Vargas, 185, Bairro Rosário, Ouro Preto)
Entrada: Gratuita
Classificação: Livre

 

 

23 3 2022 minifaop

O Harmonia, da Rede Minas, traz um dos últimos episódios do Festival Villa-Lobos. Na edição deste sábado (16), destaque para a música de câmara do maestro. Esse tipo de composição, destinada a pequenas salas com execução de poucos musicistas, também caiu no gosto de Villa-Lobos, que compôs diversas obras. Entre elas, “As bachianas brasileiras nº1”, que é apresentada no programa com execução de nove violoncelistas. A atração ainda mostra "A lenda do caboclo", com a flautista Renata Xavier ao lado de Willian, Eliseu e Lucas, musicistas conhecidos da ‘Família Barros’. O grupo ainda interpreta "Quinteto Instrumental", com participação de Clèmense Boinot, na harpa. 

Com apresentação de Luciano Correia, o programa Harmonia vai ao ar neste sábado (16), às  18h, pela Rede Minas e no site da emissora: redeminas.tv.

COMO SINTONIZAR:redeminas.tv/comosintonizar

A Rede Minas está no ar no canal 9 (VHF); Net 20 e Net HD 520; Vivo 9; e através do satélite Brasilsat C2 para a América Latina.ACESSE AS REDES SOCIAIS:www.redeminas.tvfacebook.com/redeminastvinstagram.com/redeminastvtwitter.com/redeminasyoutube.com/redeminas

 

13 4 2022 miniharmonia

Imagem: Karmim Promoções

O Palácio oferece ainda a mediação cultural nos Jardins. Espaço que tem um importante acervo artístico e botânico a ser contemplado

O Palácio da Liberdade vai oferecer uma visitação extra durante esta semana: nos dias 23 e 24 de março - quarta e quinta-feira. As visitas são destinadas a pequenos grupos, respeitando todas as normas de segurança sanitária. Usualmente, as visitações acontecem aos sábados e domingos, por meio de parceria entre o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG) e a APPA - Arte e Cultura. A entrada é gratuita, aberta a todos e ocorre em duas modalidades: visitação interna (que também inclui o acesso aos jardins) e visitação externa, que permite acesso apenas aos jardins.

O Palácio da Liberdade é a sede histórica do Governo do Estado de Minas Gerais. Inaugurado em 1898 e denominado originalmente como Palácio Presidencial, o edifício é o principal elemento articulador do Conjunto Arquitetônico da Praça da Liberdade e um grande atrativo do Circuito Liberdade. Em 2018, suas portas foram reabertas para que o público tenha a oportunidade de conhecer essa importante referência cultural, política e arquitetônica do Estado.

Visitas mediadas aos Jardins do Palácio da Liberdade
Para que serve um jardim histórico? A visita mediada aos jardins do Palácio da Liberdade também faz parte da programação e pretende convidar o visitante para um encontro, uma conversa, um momento de contemplação do espaço. 

Com elementos que remetem à época da construção da cidade de Belo Horizonte, conhecer os Jardins do Palácio é também uma possibilidade de vivenciar as múltiplas temporalidades que o integram, além da fruição e entendimento dos bens que o compõem, sejam eles em seus aspectos históricos, decorativos e/ou simbólicos. 

A diversidade das espécies botânicas também faz deste espaço um patrimônio vivo, a ser significado pelos visitantes.

Visitação na quarta e na quinta-feira, com entrada limitada

*MEDIAÇÃO CULTURAL (Jardins)

Manhã: 9h15, 10h15, 11h15, 12h15, com entrada de grupos limitados

O que ver: Somente Jardins

Duração: aproximadamente 50 min

Data: 23 e 24 de março de 2022

 

*VISITAÇÃO EXTERNA (Jardins)

Tarde: 13h10, 14h10, 15h10, 16h10 com entrada de grupos limitados

O que ver: Somente Jardins

Duração: aproximadamente 50 min

Data: 23 e 24 de março de 2022

 

*VISITAÇÃO INTERNA (Palácio + jardins)

Horários: 13h, 14h, 15h, com entrada de grupos limitados

O que ver: Palácio da Liberdade e Jardins

Duração: aproximadamente 50 min

Data: 23 e 24 de março de 2022

Os ingressos serão disponibilizados em www.sympla.com.br/appa 

É necessário apresentar-se à recepção com 15 minutos de antecedência ao horário agendado.

Atenção:

Clique aqui para checar as regras de visitação. O não atendimento a elas pode inviabilizar sua visita.

A retirada de ingressos é obrigatória para crianças a partir de dois anos de idade.

A entrada para o público é realizada pelo portão da Avenida Cristóvão Colombo.

Só retire seu ingresso se tiver certeza que poderá comparecer no dia e horário selecionados. Lembre-se de que as vagas são limitadas e outras pessoas também podem estar interessadas em realizar a visita.

 

24 2 2022 minipalacio

Durante o feriado da Semana Santa os equipamentos culturais da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) terão horários de funcionamento diferenciado. Em Belo Horizonte, no Circuito Liberdade, o Centro de Arte Popular estará fechado na sexta-feira (15/4) e funciona normalmente no fim de semana. O Museu Mineiro estará aberto na quinta-feira (14/4) e no sábado (16/4); o espaço fica fechado na sexta-feira (15/4) e no domingo (17/4). O complexo cultural do Palácio das Artes funciona normalmente. O Museu dos Militares Mineiros, a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais e o Arquivo Público Mineiro estarão fechados entre os dias 14 e 17 de abril.

A programação dos demais equipamentos do Circuito Liberdade administrados por parceiros está disponível em www.circuitoliberdade.mg.gov.br.

No interior do estado, alguns dos equipamentos culturais da Secult funcionarão normalmente durante o feriado da Semana Santa. Em Ouro Preto, o Museu Casa Guignard e a Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop) estarão abertos de acordo com as respectivas programações. Em Mariana, o Museu Alphonsus de Guimaraens também estará aberto entre os dias 14 e 17 de abril. Já o Museu do Crédito Real, em Juiz de Fora, estará fechado de quinta-feira a domingo.

 

mini circuitoliberdade

Iniciativa da Secult acontece nos dias 22 e 23 de março, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte

Com o objetivo de promover a aproximação do governo do estado com profissionais da cultura e do turismo, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), promove, nos dias 22 e 23 de março, a segunda edição do Encontro Estadual de Gestores de Cultura e Turismo de Minas Gerais. A solenidade de abertura foi realizada na terça-feira (23/3), no Grande Teatro Cemig do Palácio das Artes, e contou com a participação de mais de 700 pessoas.

Em 2022, o encontro celebra o Ano da Mineiridade, uma iniciativa para exaltar Minas Gerais e as características únicas pelas quais o povo mineiro é reconhecido. Ao longo de dois dias, além de debater as políticas públicas da Secult e aproximar as ações da pasta dos municípios, as atividades do Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo evidencia as tradições, as histórias e os costumes que sintetizam a mineiridade.

Para o secretário de estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, a realização de mais um encontro integra as diretrizes da Secult para democratização e municipalização das políticas públicas da pasta. Com esse evento, explica o secretário, os gestores têm a oportunidade de conhecer as ações e iniciativas da secretaria, bem como ampliar o diálogo e promover uma maior transversalidade entre os segmentos.

“Ter municípios de Minas Gerais nesse lugar (Palácio das Artes) é muito simbólico e muito importante. Significa que os municípios estão agora também na capital, ocupando um lugar que é de todos nós. Eu espero que esses dois dias possam ser muito proveitosos e que todos os gestores presentes aqui possam ter uma ideia ampla das nossas ações. São esses encontros que nos permitem ter uma amplitude da nossa mineiridade”, disse.

O titular da Secult também pontou que o contexto de retomada das atividades culturais e turísticas nas cidades pode auxiliar os gestores na elaboração de projetos, programas e ações que façam com que as pessoas ocupem as cidades e possam ter acesso a uma diversidade de iniciativas ligadas ao turismo e à cultura.

 “Eu já tenho visto experiências em alguns municípios que podem ser muito proveitosas. O momento agora é de convidar as pessoas a voltarem a ocupar as ruas, usufruir dos atrativos culturais e turísticos e fomentar a economia desses setores. Ter a arte, a cultura e o turismo como mecanismos de fomento é um passo muito importante para seguirmos na geração de emprego, renda e uma cultura da paz”, finalizou.

Para a deputada federal Greyce Elias, as iniciativas fomentadas pela Secult durante o Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo são vitrines para destacar a importância dos setores na esfera federal. ”O apoio é muito importante esses segmentos. O momento, agora, é de somar forças e reconhecer o trabalho da Secult e de todos os municípios envolvidos nessas discussões. Que possamos escrever uma nova história, com solo fértil, para setores tão importantes e significativos da nossa economia”, pontuou a parlamentar.

Já o presidente da Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e secretário Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de São José da Lapa, Sérgio de Paula, a segunda edição do encontro é uma oportunidade para fortalecer os vínculos entre municípios e proporcionar um momento de reflexão sobre as políticas públicas que têm impacto direto para os profissionais que atuam em ambas as áreas.

“O encontro nos gera isso, oportunidade. Temos a chance de estarmos mais próximos uns dos outros, trabalharmos mais próximos uns dos outros, conseguir ver o problema lá na ponta. Só assim vamos conseguir transformar o turismo e a cultura e fazer desses dois setores a grande diferença em nossas gestões. A questão da descentralização, que temos debatido desde o ano passado, deve ser uma regra para todos nós”, afirmou o gestor.

Participaram do evento, a subsecretária de estado de Turismo, Milena Pedrosa, o subsecretário de estado de Cultura, Igor Arci, o presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), Felipe Pires, o presidente da Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (Fecitur), Marcus Vinicius da Costa Januário, o vice-presidente do Conselho Estadual de Turismo, Filipe Condé, a presidente da Fundação Clóvis Salgado, Eliane Parreiras, entre outras autoridades.

Reflexões sobre a cultura e o turismo
Após a grande adesão de municípios em 2021, quando ocorreu a primeira edição do encontro de gestores, neste ano, a programação do evento foi ampliada, garantindo maior diversidade. O primeiro dia do evento (22/3) contou com Aula Magnade de Sibelle Diniz, Professora da Faculdade de Ciências Econômicas (Face) da UFMG e diretora científico-cultural adjunta do Espaço do Conhecimento UFMG, abordando a Mineiridade, a Cultura e o Turismo.

Também foi ministrada uma palestra sobre os impactos positivos do Plano Descentra Cultura para o fomento cultural em Minas. Uma série de estudos de caso abordando diferentes temas, como Marketing das Águas em Minas, Cicloturismo cultural e as vantagens da urbanidade para a cultura e o turismo também fizeram parte da agenda.

O segundo dia, que acontece na quarta-feira (23/3), será realizado em diversos espaços do Palácio das Artes, e vai contar com uma extensa lista de atividades, ampliando o diálogo entre as Instâncias de Governança Regionais (IGR’s), com encontros de gestores que serão realizados tanto no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes quanto no Cine Humberto Mauro. As reflexões vão abordar temáticas distintas, como os mecanismos de fomento e estímulo à cultura e ao turismo, a transversalidade entre esses dois segmentos, bem como as ferramentas do marketing aliadas à mineiridade.

Edital para fomentar a cultura mineira
O Ano da Mineiridade também será marcado por inúmeras iniciativas que celebram a diversidade da produção artística e cultural em Minas. Uma dessas ações é o Edital 70 Anos Cemig que vai disponibilizar R$ 10 milhões a projetos aprovados via Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LEIC) e que promovam os aspectos da cultura mineira. Por meio desse edital, serão contempladas propostas de diferentes linguagens da cultura e das artes cênicas, visuais, musicais e literárias, além da preservação do patrimônio imaterial entre outras. A iniciativa será apresentada na quarta-feira (23/3), a partir das 14h, no Grande Teatro do Palácio das Artes.

Poderão ser proponentes empreendedores pessoa física e/ou jurídica, com ou sem fins lucrativos, que já tenham projetos aprovados na LEIC. O período de inscrições vai até 30 de junho de 2022, e os interessados devem submeter os projetos por meio da Plataforma Digital Fomento e Incentivo à Cultura. No momento da realização do cadastro do projeto, o proponente deverá indicar, no formulário de inscrição, qual ou quais serão as cidades sede das atividades pretendidas.

 

22 3 2022 miniencontrodegestores

Recursos serão destinados a ações de infraestrutura e suporte a municípios afetados pelos fortes temporais que atingiram o estado; Prazo vai até 27 de abril

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) prorrogou as inscrições para o Edital Calhas e Telhados – Programa Restaura Minas. Interessados em participar da iniciativa têm até 27 de abril (quarta-feira) para inscrever projetos voltados a reformas emergenciais de calhas e telhados de edifícios municipais tombados. As inscrições podem ser feitas na Plataforma Digital de Fomento e Incentivo à Cultura da Secult.

O Edital “Calhas e Telhados – Programa Restaura Minas” é voltado a prefeituras e instituições públicas (pessoas jurídicas sem fins lucrativos) de natureza cultural vinculadas às administrações municipais. Os recursos serão destinados a ações de infraestrutura e suporte a cidades afetadas pelos fortes temporais que atingiram diversas cidades do estado no início deste ano.

Os recursos são oriundos do Fundo Estadual de Cultura (FEC), e serão premiadas até 25 propostas com R$ 200 mil (brutos) para obras em prédios e edifícios tombados em nível municipal, estadual ou federal. A iniciativa prevê restaurações, recuperação e melhorias em casarões, capelas, igrejas e outros imóveis públicos, em todo o território mineiro. O edital está disponível para consulta AQUI.

O Programa Restaura Minas foi lançado em janeiro pelo Governo de Minas, por meio da Secult, na cidade de Ouro Preto. Serão destinados R$ 118 milhões para a recuperação e proteção do Patrimônio Histórico em todo o Estado.

 

12 4 2022 minicalhas

Eventos contaram com a participação da equipe de gestores da Secult

Gestores da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) estiveram em Santana do Montes no sábado (19/3), para cumprir importantes agendas do projeto Secult no Município. A iniciativa tem a proposta de aproximar a Secult das demais cidades mineiras e fomentar as políticas públicas da pasta, promovendo um maior intercâmbio entre ações culturais e turísticas.

O evento contou com a participação do secretário Leônidas Oliveira, o subsecretário de Cultura, Igor Arci, o presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, Felipe Pires, e o presidente da Empresa Mineira de Comunicação, Sérgio Reis. Uma das atividades foi a apresentação da marca do destino Santana dos Montes – Cidade Natureza, ação que vai fortalecer a imagem, os atrativos e as potencialidades da região.

Para Leônidas Oliveira, a apresentação de uma marca de destino fortalece a imagem do município e possibilita que ações de promoção sejam mais sólidas. “Ao lançar essa marca, esse posicionamento do destino, acreditamos que um novo momento está por vir, através da economia criativa, que é muito similar ao turismo. É preciso agora utilizar a marca e promovê-la, para que desta forma o posicionamento do destino seja visto, gerando desenvolvimento, emprego e renda para a região”, disse.

O titular da Secult também pontuou que a iniciativa potencializa as atrações culturais e turísticas da região, possibilitando que os visitantes possam desfrutar ao máximo da cidade. “Nós temos um produto múltiplo aqui em Santana do Montes, uma natureza exuberante, tendência desse momento, um patrimônio histórico rico, costumes e tradições. A marca hoje lançada sintetiza a essência do município e coloca a cidade envolta às montanhas, que é a cara da mineiridade”, finalizou o secretário.

Além de contar com a presença da equipe da Secult, o evento teve participação de do prefeito do município, Avanilson Alves de Oliveira, o vice-prefeito, Aluísio Vianna, a secretária de Desenvolvimento, Turismo, Esporte e Lazer de Santana dos Montes, Adriana Couto, a presidente do Circuito Turístico Villas e Fazendas, Tatiane Rezende, o deputado estadual Mauro Tramonte entre outros gestores e autoridades.

Cozinha mineira como atrativo
Ainda em Santana dos Montes, a equipe da Secult participou do lançamento do Festival Sabor e Afeto, projeto do Circuito Villas e Fazendas e viabilizado com recursos do Edital Reviva Turismo, da Secult. o Sabor e Afeto vai revelar a culinária afetiva das cidades de Caranaíba, Casa Grande, Catas Altas da Noruega, Conselheiro Lafaiete, Cristiano Otoni, Itaverava, Senhora de Oliveira e Queluzito, na região Central do estado, e Lamim, Piranga, Rio Espera e Senhora de Oliveira, na Zona da Mata.

O objetivo é, além de trazer receitas de família, histórias e achados da cozinha mineira, incentivar o turismo local e a vivência de experiências na região. Para o secretário Leônidas Oliveira, o festival sintetiza diversas atividades que traduzem o que é ser mineiro. “Quando o Circuito de Villas e Fazendas se reinventa através da nossa cozinha, clássica e contemporânea, fico extremamente feliz, pois ela representa a síntese da mineiridade”, destacou.

Entre os achados da culinária afetiva do Estado que serão apresentados pelo Sabor e Afeto estão as tradicionais cozinheiras que servem verdadeiros banquetes nas celebrações de casamento das suas cidades; quitandeiras que carregam nas mãos o segredo de doces, bolos e biscoitos passados de geração a geração; petiscos de botecos simples e que agradam os mais exigentes paladares e processos de produção completos de cervejas, azeites, melados e cachaças.

O Sabor e Afeto contempla também atrações como o crochê feito a partir dos fios que amarram sacos de milho, a arte produzida com material de demolição, produção de móveis e arte em madeira, locais de pesca & pague e visita à maior fábrica de alambique de cobre da América Latina. As atrações da região também incluem visitas a casarões históricos, igrejas, cachoeiras, trilhas de mountain bikes, trekking, cavalgadas, festivais gastronômicos e a vivência de manifestações da fé e culturais como congado, folia de reis e moda de viola.

 

21 3 2022 minisantanadosmontes

Espetáculo reúne vídeos, instalação visual e performances no Espaço Multiuso Mari’Stella Tristão, do Palácio das Artes

A Fundação Clóvis Salgado, por meio do Centro de Formação Artística e Tecnológica - Cefart, estreia “A MARCHA - uma instalação coreográfica”, que marca a formatura dos alunos do Curso Técnico em Dança, no espaço multiuso Mari’Stella Tristão, no Palácio das Artes. Com concepção, direção e coordenação da artista convidada Dudude Herrmann, a obra é fruto de um processo de criação vivenciado por uma equipe alinhada no entendimento da ecologia humana, que tem como objeto de estudo a relação do ser humano com o seu ambiente natural.

Composta pelo entrecruzamento de linguagens, “A MARCHA - uma instalação coreográfica” é um encontro de expressões, onde o vídeo, as artes visuais, o desenho de luz, a música e os movimentos constroem o corpo da obra. Desta forma, serão exibidos três vídeos inéditos que foram gravados com todos os artistas formandos e equipe, na região de Casa Branca, em Brumadinho. Esses vídeos contam com direção e edição de Thaís Mol, e imagens capturadas por Samuel Macedo, Frederico Amorelli e Walfried Weissmann.  Compõe também o trabalho uma instalação visual, assinada por Tana Guimarães e Joanna Sanglard, construída com material de resíduos, que a partir da reciclagem adquirem outros ressignificados.

Já a movimentação da performance, que será apresentada presencialmente pelos formandos ao público, obedece a um mapa coreográfico que está a serviço da composição no espaço, onde cada dançarino escolhe e desenha a sua dança, desenvolvendo a improvisação. “Cada intérprete teve o seu propósito de mergulho, de desenhos no espaço e de estados de dança”, explica a diretora, que também conta sobre o que moveu os artistas a criarem “A MARCHA - uma instalação coreográfica”: “Esse trabalho foi pensado a partir do desejo e da necessidade de reconexão com a terra, a Gaia (que, na mitologia grega, é a Mãe-Terra, como elemento primordial e latente de uma potencialidade geradora imensa), reconhecendo que todos nós viemos da mesma origem e que já estamos atrasados para alterarmos o nosso modo de viver neste planeta lindo e, ao mesmo tempo, extremamente maltratado”.

Toda a programação acontecerá na Mari’Stella Tristão, no Palácio das Artes, durante os períodos de 15 a 17 de abril (sexta a domingo) e 21 a 23 de abril (quinta a domingo), com entrada gratuita. Nos dias 19 e 20 de abril, no horário das 17h às 21h, o público terá a oportunidade de somente assistir aos vídeos e visitar a instalação. Já a performance será apresentada nos dias 15 a 17 (sexta a domingo) e 21 a 23 de abril (quinta a sábado), sempre às 20h, sendo que nos dias 17, 22 e 23 de abril haverá apresentação também às 18h. Durante as sessões, a capacidade de público permitida no espaço será de 20 pessoas.

Identificação artística entre elenco e diretora
 “O meu desejo é de apropriação. É de propriedade de si e de autonomia. Primeiro faça por você e, assim, estará fazendo para todos nós”. Este foi um dos caminhos que a diretora seguiu durante o processo de criação com os bailarinos, trabalhando a ideia de autonomia dos jovens artistas. Para o bailarino Rafael Neves, a identidade artística da turma que está se formando vai ao encontro do pensamento artístico da diretora.

“A nossa turma é ímpar, pois, na linguagem popular, não somos um grupo onde todos são bailarinos clássicos, com as pernas altas. Somos uma turma de artistas, com características polifônicas. E achamos que a Dudude Herrmann, que trabalha muito a improvisação, seria o melhor nome para nos representar pelo fato de ela ser uma multiartista que vai além da dança”, revela Rafael Neves.

O artista ressalta que “A MARCHA - uma instalação coreográfica” simboliza uma caminhada da humanidade, com seus seres, que ora são mais urbanos, ora estão mais voltados para a conexão com a natureza.

“A MARCHA - uma instalação coreográfica é uma obra para se questionar, ainda mais neste momento complexo, no qual as discussões climáticas estão em voga. Tanto é que os nossos materiais são muito simples. O que nós utilizamos são adereços coletados da própria natureza ou materiais recicláveis. Por exemplo, não usamos maquiagens, mas há pinturas que remetem a algo mais ritualístico e natural”, pontua Rafael.

A bailarina formanda Carol Santiago destaca a novidade que é realizar a formatura do Curso Técnico em Dança em uma Galeria de Arte e não no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, como é usual. “Nós queríamos quebrar o padrão”, afirma Carol, que forma o elenco de bailarinos ao lado de Rafael Neves, Ygor Gohan, Stephany Viana, Jéssica Castelo, Jhenifer Gonçalves, Letícia Stella, Lílian Santiago e Matheus Mattos.

Laysla Araujo e Maria Mariano, alunas da Escola de Tecnologia da Cena, do Cefart, também integram a equipe na criação do espetáculo, sendo responsáveis pelo desenho de luz, sob a orientação de Geraldo Otaviano, coordenador da Escola de Tecnologia da Cena. A convite de Dudude, quem assina a trilha sonora de “A MARCHA - uma instalação coreográfica” é o paulista Celso Nascimento.

Curso Técnico em Dança, do Cefart
Com o objetivo de formar bailarinos com conhecimento artístico e técnico, o Curso Profissionalizante de Dança oferecido pelo Cefart conta com duração de três anos e é destinado a jovens que estejam cursando ou já concluíram o ensino médio.

No curso são oferecidas disciplinas práticas de técnicas de dança clássica e dança contemporânea, teorias de apreciação musical, anatomia e noções de fisioterapia aplicadas à dança, dança folclórica, caracterização cênica, história da dança e metodologia de ensino, dentre outras.

Durante o curso, os alunos têm a oportunidade de se apresentarem em remontagens com repertório clássico ou em coreografias inéditas, criadas por professores da Escola de Dança do Cefart, ou por coreógrafos convidados. Os alunos também vivem as experiências de encenarem trabalhos autorais nas Mostras de Estudos Coreográficos e Mostras de Composição em Arte, além de participarem de diversos concursos e festivais de dança.

Dudude Herrmann
Artista de dança, é reconhecida não somente pelo seu trabalho na dança, mas pelas criações em que faz a interseção com diversas outras linguagens artísticas como o teatro, a performance, a música. É uma das artistas pioneiras no Brasil a utilizar linguagem da improvisação em dança. A artista desenvolveu uma maneira singular de aplicar, ensinar e entender a linguagem da dança contemporânea. Construiu uma pedagogia própria, a qual tem no corpo orgânico sua base de entendimento, com o suporte da educação somática direcionada para a linguagem da improvisação em dança. Desde sempre, ministra workshops voltados para a linguagem da improvisação por todo o país Brasil. Apresentou em diversas cidades brasileiras e em países como Portugal, Alemanha e França. Coordena seu Atelier de criação, com uma década de funcionamento, localizado em Casa Branca, onde realiza ações para a comunidade artística e interessados, com ações focadas na arte contemporânea, envolvendo profissionais da cena viva do Brasil e do mundo.

Governo de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam “A MARCHA - uma instalação coreográfica”, que tem correalização da APPA – Arte e Cultura, patrocínio master da Cemig, ArcellorMittal, Instituto Unimed-BH e AngloGold Ashanti, por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura, além do apoio cultural do Instituto Hermes Pardini.
A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

 

 

12 4 2022 miniescoladedanca

Imagem: Samuel Macedo

Mais uma nova turma do Encontro com Educadores, em formato virtual, marcou a história do Programa Receptivo e Educativo do Palácio da Liberdade, nesta segunda quinzena de março. Ocorrida toda ela no formato virtual, a primeira etapa do Encontro aconteceu na manhã da última terça-feira, dia 15 de março, registrando a participação de educadores de todos os cantos de Minas Gerais.

A última etapa do Encontro desta rodada ocorreu na manhã desta sexta-feira, dia 18, pela plataforma google meet, e mais uma vez contou com a presença e participação de educadores de todo o Estado. Nas palavras do professor de História da Rede Estadual de Ensino, Octávio Ribeiro, “fica para nós, educadores, essa troca de experiência que nos leva a ter no Palácio da Liberdade uma referência e um local de aprendizado de nossa história recente de Minas Gerais e do País. Saber que temos um local para viver isso é uma grande referência para todos nós”. Para a educadora Conceição Goulart, da Rede Estadual de Ensino da cidade de Moeda, “o Encontro é sobretudo um resgate da nossa história, em que temos o suporte de pessoas preparadas, que nos orienta no sentido de ter uma experiência maior para compartilhamos conhecimento com  nossos alunos”. 

O Encontro, além de trocar experiências no âmbito da educação patrimonial, é uma grande oportunidade de pensar uma forma mais efetiva e direta para trabalhar a ideia de pertencimento com nossos alunos. As próximas turmas do Programa estão agendadas para os dias 22 e 25 de março, terça e sexta-feira, e será realizada também no formato virtual. 

O Projeto Encontro com Educadores tem como objetivo a troca de saberes, o compartilhamento de repertórios culturais e a experiência de visitação educativa e escolar no Palácio da Liberdade. O Projeto visa também sensibilizar professores e educadores para as temáticas relativas à educação para o patrimônio cultural, buscando refletir sobre as formas de ser e de estar no mundo e aprofundando os debates relativos à memória, identidade, cidade, território e bens culturais.

 O intuito central do Encontro é trabalhar o Palácio da Liberdade e sua relação, como equipamento cultural, com a cidade e seu entorno, valorizando o espaço como um lugar de trocas e experiências culturais e coletivas, em que conteúdos transversais podem ser descobertos ou redescobertos durante a visitação, seja ela no modo virtual ou presencial. Atualmente, o Encontro está sendo oferecido no formato virtual.

Nesse formato, a expectativa é que não só os conteúdos ligados ao patrimônio cultural sejam multiplicados pelos educadores, mas também novas metodologias de ensino-aprendizagem, em que o uso de ferramentas digitais gratuitas possa ser adotado como estratégia de trabalho colaborativo, e de interação conjunta, permitindo a valorização da autonomia dos estudantes.

Com inscrições gratuitas, até o momento, desde o início da pandemia, cerca de 250 educadores participaram do Encontro.

 

21 3 2022 miniencontroeducadores

Finalíssima da reconhecida premiação ocorre entre os dias 27 e 29 de maio, no Teatro Sesiminas, com pocket show do Jamba Trio que conquista a edição do Prêmio Marco Antônio Araújo 2022, com álbum homônimo, lançado ano passado

Nesta segunda-feira (11/4), o BDMG Cultural divulgou o resultado dos instrumentistas classificados para a etapa final do 21º Prêmio BDMG Instrumental. A finalíssima ocorre nos dias 27, 28 e 29 de maio no Teatro Sesiminas, em Belo Horizonte. 

Os 12 artistas finalistas são Daniel Souza (guitarra), Duo Rodrigo Mendonça e Flávio Danza (flauta transversal e violão 7 cordas), Ezequiel Piaz (violão), Jaiminho Silva (piano), Lucas Ladeia (cavaquinho), Makely Ka (violão), Nara Pinheiro (flauta transversal), Samy Erick (guitarra e violão), Silas Prado (saxofone e flauta), Ulisses Luciano (trompete), Wallace Gomes (violão) e Wellington Gama (bandolim). Cada instrumentista vai defender duas composições autorais e um arranjo, como de praxe na história da premiação, nas três noites da finalíssima.

“O Prêmio BDMG Instrumental completa, neste ano, seus 21 anos de maioridade, desde sua primeira edição e tem se consolidado a cada ano, como um dos principais prêmios e incentivos à música instrumental brasileira. Voltado para artistas que moram no Estado de Minas Gerais, revelou, nesses anos de existência, instrumentistas, conjuntos, compositores e compositoras de destaque nacional e internacional, assim como tem apresentado nas suas edições, as inovações  em termos de arranjo e composição, que renovam a linguagem da música instrumental  brasileira”, destaca a comissão de seleção do 21º Prêmio BDMG Instrumental, formada pela violonista Cláudia Garcia, pelo artista sonoro Marco Scarassatti e pelo músico Thiago Delegado.

O 21º Prêmio BDMG Instrumental vai contemplar quatro vencedores, que serão escolhidos por uma nova comissão julgadora, com o valor de R$ 12 mil e a realização de shows em Belo Horizonte e São Paulo, no projeto Instrumental Sesc Brasil. Também serão escolhidos, como nas edições anteriores da premiação, os dois melhores instrumentistas, dentre todos os músicos participantes. 

Vencedor do Prêmio Marco Antônio Araújo com o álbum homônimo, o grupo Jamba Trio fará um pocket show no dia 29 de maio, na finalíssima do 21º Prêmio BDMG Instrumental, no Teatro Sesiminas.

Lançado em março de 2021, o álbum “Jamba Trio” é composto por composições originais que representam o diálogo entre a música instrumental mineira, o jazz e a música erudita. Na estrada há 22 anos, o Jamba Trio é formado originalmente por Írio Junior, Enéias Xavier e Esdra Neném Ferreira. Atualmente, o grupo conta com o baterista Lincoln Cheib. O trabalho homenageia o baterista Esdra Neném Ferreira.

"A homenagem ao Neném, em primeiríssimo lugar, é colocá-lo na posição que ele mais gosta de tocar, livre, solista, não coadjuvante, enfim, integrante número 1 do trio. É importante salientar que o Neném, para muitos dos grandes músicos e artistas de Minas Gerais, é o mais incrível. Tocar com o Neném e ver o tamanho da musicalidade e inteligência em prol da música, é um presente!", celebra o compositor e multi-instrumentista Enéias Xavier.

O 21º Prêmio BDMG Instrumental e o Prêmio Marco Antônio Araújo são realizados pelo BDMG Cultural, com apoio do Ministério do Turismo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do BDMG - Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais.

 

 

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Imagem: Silas Prado / Crédito: Julia Lanari

 

Anúncio de Edital de R$ 10 milhões da Cemig integra a programação do evento, que será realizado nos dias 22 e 23 de março, no Palácio das Artes

As tradições, os costumes e as histórias das muitas Minas Gerais vão ditar o ritmo da segunda edição do Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo, projeto da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), para fortalecer as políticas públicas dos setores. Além de aproximar os profissionais, o evento celebra o estado com o lançamento do Ano da Mineiridade, uma iniciativa para exaltar Minas Gerais e as características únicas pelas quais o povo mineiro é reconhecido.

Segundo o secretário de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, a realização de mais um encontro com gestores é uma grande oportunidade para celebrar a diversidade e fortalecer as políticas públicas da Secult. “Minas só se faz a partir de sua gente. Essa aproximação é fundamental para entendermos as várias realidades do estado e como podemos somar esforços a partir daí. Além disso, são esses encontros que nos permitem entender a amplitude de nossa mineiridade, que são muitas”, destaca.

Em sua segunda edição, o evento será realizado na terça-feira (22/3) e na quarta-feira (23/3), reunindo mais de 700 gestores de municípios mineiros, no complexo cultural do Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Com uma programação extensa, o evento reúne diversas ações que propõem maior transversalidade entre a Cultura e o Turismo, além de atividades formativas e reflexivas voltadas à qualificação dos profissionais que atuam nas cadeias produtivas dos setores. O evento tem início às 10h, do dia 22, com participação do secretário Leônidas Oliveira e outras autoridades.

Diversidade, diálogo e reflexões
O primeiro dia de evento (22/3) reúne diversas atividades. Na programação, uma Aula Magna que vai aprofundar os pensamentos acerca das relações entre a Mineiridade, a Cultura e o Turismo. Haverá, também, uma palestra sobre os impactos positivos do Plano Descentra Cultura para o fomento cultural em Minas, e uma série de estudos de caso abordando diferentes temas, como Marketing das Águas em Minas, Cicloturismo cultural e as vantagens da urbanidade para a cultura e o turismo.

Já no segundo dia do encontro (23/3), a programação amplia o diálogo entre as Instâncias de Governança Regionais (IGR’s), com encontros de gestores que serão realizados tanto no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes quanto no Cine Humberto Mauro. As reflexões vão abordar temáticas distintas, como os mecanismos de fomento e estímulo à cultura e ao turismo, a transversalidade entre esses dois segmentos, bem como as ferramentas do marketing aliadas à mineiridade.

Toda a programação é gratuita, e as inscrições podem ser feitas AQUI.

Edital para fomentar a cultura mineira
O Ano da Mineiridade também será marcado por inúmeras iniciativas que celebram a diversidade da produção artística e cultural em Minas. Uma dessas ações é o Edital 70 Anos Cemig que vai disponibilizar R$ 10 milhões a projetos aprovados via Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LEIC) e que promovam os aspectos da cultura mineira. Por meio desse edital, serão contempladas propostas de diferentes linguagens da cultura e das artes cênicas, visuais, musicais e literárias, além da preservação do patrimônio imaterial entre outras. A iniciativa será apresentada na quarta-feira (23/3), a partir das 14h, no Grande Teatro do Palácio das Artes.

Poderão ser proponentes empreendedores pessoa física e/ou jurídica, com ou sem fins lucrativos, que já tenham projetos aprovados na LEIC. O período de inscrições vai até 30 de junho de 2022, e os interessados devem submeter os projetos por meio da Plataforma Digital Fomento e Incentivo à Cultura. No momento da realização do cadastro do projeto, o proponente deverá indicar, no formulário de inscrição, qual ou quais serão as cidades sede das atividades pretendidas.

 

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Iniciativa propõe estreitar laços com cônsules e promover o turismo mineiro na rota de destinos internacionais

A retomada das atividades turísticas em Minas Gerais tem sido realizada de forma sólida com as ações do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) para a recuperação do setor. Um desses exemplos é o projeto Minas para o Mundo, iniciativa que faz parte do programa Reviva Turismo, com o objetivo de apresentar o destino mineiro a outros países, e que cumpriu mais uma etapa na segunda-feira (11/4), quando ocorreu o 1º Encontro Consular de Minas Gerais.

O Minas para o Mundo foi apresentado em 2021, em Lisboa (Portugal), durante a Convenção dos Municípios Brasileiros. O projeto tem como objetivo estimular a recuperação do setor no estado. À época, a comitiva da pasta no país deu um panorama da retomada plena das atividades turísticas em Minas Gerais, que cresceu o dobro da média nacional, superando destinos tradicionais brasileiros, como as regiões litorâneas.

Realizado no MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, no Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, o evento contou com a presença do secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, da secretária adjunta, Milena Pedrosa, dos subsecretários de Cultura, Igor Arci, e de Turismo, Ane de Souza Silva, e dos presidentes da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), Jefferson da Fonseca, e da Empresa Mineira de Comunicação (EMC), Sérgio Rodrigo Reis.

Também participaram da solenidade, o presidente do Corpo Consular de Minas Gerais, Francisco Pontello, o cônsul do Reino Unido em Belo Horizonte, Lucas Brown, o cônsul do Canadá em Minas Gerais, Peter Eriksson, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marcelo Souza e Silva, o diretor executivo da Gerdau, Wendell Gomes da Silva, o deputado estadual Mauro Tramonte entre outros convidados, gestores e artistas.

Para a secretária de estado adjunta de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa, esse primeiro encontro é uma grande oportunidade de Minas Gerais se mostrar para o mundo como um roteiro de viagens com diferentes opções para os turistas. De acordo com ela, os programas e ações da Secult estão fomentando o turismo mineiro em diferentes segmentos, e essa diversidade é um atrativo a mais para o estado.

“Minas é um lugar diverso, com ótimas atrações para todos e todas. Aqui temos nossa Cozinha Mineira, a Mineiridade e tantas outras atrações que fazem desse estado um dos destinos mais procurados no Brasil. Estamos fortalecendo nossas políticas públicas e desenvolvendo outros projetos que, certamente, serão um atrativo a mais para que os visitantes do mundo inteiro se encantem com nosso território”, disse.

O presidente do Corpo Consular de Minas Gerais, Francisco Pontello destacou que, por meio desse primeiro encontro, a missão da entidade será a de cooperação entre o poder público e a iniciativa privada para consolidar a rota internacional. “É um projeto que nos dá uma dimensão enorme de trabalho e vamos garantir todos os esforços para fazer de Minas um destino buscado por cada vez mais turistas do mundo todo”, pontuou.

Ações de retomada
No âmbito do Programa Reviva Turismo, o Governo de Minas e a Secult têm desenvolvido ações baseadas em três pilares, que são os projetos “Minas para Minas”, “Minas para o Brasil” e “Minas para o Mundo”. De forma estratégica, essas ações foram estruturadas para potencializar a promoção do destino Minas Gerais e garantir a retomada segura das atividades turísticas no estado nos diferentes cenários diante da pandemia de Covid-19.

O Minas para Minas, que teve início há cerca de um ano, relaciona-se ao turismo de proximidade e, ofereceu o destino Minas Gerais para os próprios mineiros. O Minas para o Brasil destacou ações de promoção e comercialização nos modelos B2B e B2C, como, parcerias com operadoras e agências para oferecimento de pacotes para todo o Brasil, ações de audiovisual e turismo autoguiado.

Após as primeiras duas fases da campanha, o estado tem se mobilizado para alcançar o destaque internacional, fazendo contatos com players europeus, companhias aéreas, o trade em geral, operadoras, entre outros, para se posicionar no mercado e estar na vanguarda. É nessa terceira etapa que as ações de promoção do Destino Minas Gerais se concentram em evidenciar o diferencial turístico do estado em relação aos demais destinos tradicionais do Brasil.

Arte e Cultura mineiras
Durante a solenidade de abertura do 1º Encontro do Corpo Consular de Minas Gerais, o público presente pode apreciar uma apresentação especial do conjunto de cordas da Orquestra Ouro Preto, com repertório variado. Além disso, os convidados conferiram uma exposição do artista Marcus Paschoalim, que em breve inaugura galeria de arte no Mercado Novo, ponto turístico e gastronômico em Belo Horizonte.

 

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No bate-papo, os arquitetos Alexandre Salles e Nara Grossi abordam as múltiplas possibilidades do design para repensar os espaços urbanos com foco em um futuro mais sustentável

Em comemoração ao Italian Design Day (IDD), a Casa Fiat de Cultura, em parceria com o Consulado da Itália em Belo Horizonte e o Istituto Europeo di Design (IED), promove, no dia 23 de março, às 19h, um bate-papo online entre os arquitetos Alexandre Salles e Nara Grossi, com o tema “Regeneração dos espaços urbanos: a memória dos lugares e os lugares da memória”. Eles vão destacar a importância do resgate histórico e cultural dos espaços urbanos, em um cenário de grandes e complexas transformações. O evento será realizado em transmissão ao vivo, com participação gratuita e inscrições pela Sympla: https://bit.ly/RegeneracaoEspacosUrbanos.

 A sexta edição do IDD será comemorada no Brasil em 23 de março, com o tema “Re-Generação. Design e novas tecnologias para um futuro sustentável”. A iniciativa do Ministério das Relações Exteriores e da Cooperação Internacional da Itália discute o papel do design na antecipação de mudanças globais, além de ser uma ponte entre as grandes revoluções tecnológicas e o estilo de vida das pessoas, com mais bem-estar e sustentabilidade.

 Ao mergulhar na história dos espaços urbanos e compreender sua origem e evolução, identifica-se suas particularidades, simbolismos e até características que ajudam a moldar a nossa identidade social e cultural. Os arquitetos vão apresentar exemplos brasileiros e italianos para abordar as possibilidades interdisciplinares do Design, que pode ser trabalhado em conjunto à Arquitetura e ao Urbanismo e se tornar uma ferramenta estratégica para recuperar espaços contemporâneos, com alto potencial de sucesso, em comparação a outros modelos globais.

 “Temos uma grande complexidade de questões e transformações de toda ordem e escala, que têm delineado, de forma veloz, a nossa vivência urbana. Compreender melhor a história dos lugares, nos ajuda a entender seu simbolismo, as características que nos fazem sentir pertencentes a esses espaços e como eles nos conectam a nós mesmos”, reflete Alexandre Salles.

A palestra “Regeneração dos espaços urbanos:  a memória dos lugares e os lugares da memória” é uma realização da Casa Fiat de Cultura, do Consulado da Itália em Belo Horizonte do Istituto Europeo di Design (IED) e do Ministério do Turismo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Fiat, do Banco Safra e da Usiminas, e co-patrocínio do Grupo Colorado. O evento tem apoio institucional do Circuito Liberdade, do Governo de Minas e do Governo Federal, além do apoio cultural do Programa Amigos da Casa, da Brose do Brasil e do Instituto Usiminas.

Sobre o Italian Design Day
O Italian Design Day (IDD) foi criado em 2017 em uma iniciativa do Ministério das Relações Exteriores e da Cooperação Internacional da Itália, com o apoio do Ministério da Cultura da Itália. Conta com uma programação rica e diversificada, por meio das Embaixadas, Consulados e Institutos Italianos de Cultura e tem se consolidado como ferramenta de promoção ao design italiano, além de dar destaque às empresas líderes de diferentes setores industriais e torná-las protagonistas em suas áreas de atuação. Em 2022, chega à sexta edição, com o tema “Re-Generação. Design e novas tecnologias para um futuro sustentável”, promovendo reflexões e provocações sobre a evolução do design em um mundo cada vez mais dinâmico, globalizado e com a necessidade de se tornar sustentável.

Os palestrantes

Alexandre Salles
Alexandre Salles é arquiteto e mestre em Semiótica Urbana formado pela FAU-USP. Coordena o curso de pós-graduação em Design de Interiores Contemporâneo do IED São Paulo, possui vasta experiência em grandes escritórios de arquitetura em São Paulo, além de colaborações em projetos e concursos nacionais e internacionais de arquitetura. Fundou, em 2011, o Estúdio Tarimba, escritório multidisciplinar com foco no desenvolvimento de projetos corporativos, comerciais, residenciais, consultoria e pesquisa em design.

Nara Grossi
Graduada pela Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (EAUFMG) e Mestre pela FAU-USP com pesquisa na área de História da Arquitetura e Análise Crítica de Projeto. Pesquisadora e pensadora criativa, é sócia fundadora da Gema Arquitetura. Portfólio sólido e diversificado que vai desde a elaboração de projetos residenciais, corporativos e comerciais até a atuação na área de patrimônio cultural, intervenções urbanas e design de objetos. Recebeu o prêmio IAB-MG em 2012, 2015 e 2021. Em 2017 lançou, pela editora Monolito, um livro sobre a obra do arquiteto mineiro Humberto Serpa.

Casa Fiat de Cultura
A Casa Fiat de Cultura cumpre importante papel na transformação do cenário cultural brasileiro, ao realizar prestigiadas exposições. A programação estimula a reflexão e interação do público com várias linguagens e movimentos artísticos, desde a arte clássica até a arte digital e contemporânea. Por meio do Programa Educativo, a instituição articula ações para ampliar a acessibilidade às exposições, desenvolvendo réplicas de obras de arte em 3D, materiais em braille e atendimento em libras. Mais de 60 mostras, de consagrados artistas brasileiros e internacionais, já foram expostas na Casa Fiat de Cultura, entre os quais Caravaggio, Rodin, Chagall, Tarsila, Portinari entre outros. Há 16 anos, o espaço apresenta uma programação diversificada, com música, palestras, residência artística, além do Ateliê Aberto – espaço de experimentação artística – e de programas de visitas com abordagem voltada para a valorização do patrimônio cultural e artístico. A Casa Fiat de Cultura é situada no histórico edifício do Palácio dos Despachos e apresenta, em caráter permanente, o painel de Portinari, Civilização Mineira, de 1959. O espaço integra um dos mais expressivos corredores culturais do país, o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte. Mais de 3,5 milhões de pessoas já visitaram suas exposições e 600 mil participaram de suas atividades educativas. 

IED
O Istituto Europeo di Design é uma rede internacional de alta formação em design, moda, comunicação visual e gestão de disciplinas criativas. Desde sua inauguração, em 1966, antes mesmo que universidades de design surgissem na Itália, o IED se apresentou como um centro de propostas fortemente inovadoras, com um modelo educacional pragmático e culturalmente rico. Reunindo as melhores características das escolas profissionalizantes e da Academia, o Istituto é a realização de uma instituição modelo, apoiada na síntese do pensamento do seu fundador e atual presidente, Francesco Morelli. “Saber e saber fazer” é a linha condutora do projeto didático do IED. Atualmente o Istituto é um network de nível universitário internacional. Possui sedes na Itália, Espanha e no Brasil e, começando pela China, ampliará a sua presença internacional com atenção especial aos países protagonistas da nova economia, continuando a ser um projeto cultural e empreendedor em constante evolução. Meio ambiente, sustentabilidade, arte, excelência do made in Italy e mídias digitais são alguns dos cenários profissionais aos quais se endereçam os novos percursos formativos propostos pelo IED.

Consulado da Itália em Belo Horizonte
O Consulado italiano oferece serviços e assistência aos cidadãos italianos que estão em Minas Gerais. Ele é sede da representação da Itália com função administrativa, mas também de promoção econômica e cultural. Em Belo Horizonte, desde sua criação em 1902, o Consulado da Itália vem apoiando as relações culturais e econômicas entre Itália e Minas Gerais, através diversas iniciativas, que criam uma ponte sólida entre italianos e brasileiros, entre elas o Italian Design Day (Dia do Design Italiano), a Semana da Língua Italiana, a Semana da Gastronomia italiana e muito mais.

Serviço:
Palestra virtual “Regeneração dos espaços urbanos:  a memória dos lugares e os lugares da memória”

Transmissão online23 de março, às 19hInscrição gratuita pela Sympla: https://bit.ly/RegeneracaoEspacosUrbanos.

Casa Fiat de Cultura
Circuito Liberdade

Praça da Liberdade, 10 – Funcionários – BH/MGHorário de Funcionamento

Terça a sexta-feira, das 10h às 19h

Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h

 

Informações
(31) 3289-8900
www.casafiatdecultura.com.br
Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
facebook.com.br/casafiatdecultura
Instagram: @casafiatdecultura
Twitter: @casafiat
YouTube: Casa Fiat de Cultura
http://www.circuitoliberdade.mg.gov.br/

 

 

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Sucesso de público, o projeto “Aleijadinho, arte revelada: o legado de um restauro”, um presente dado aos brasileiros pela Casa Fiat de Cultura em celebração aos seus 15 anos, ganha um minidocumentário. A produção registra os cinco meses do minucioso trabalho de restauro de obras de Aleijadinho do séc. XVIII: Sant’Ana Mestra, da Capela de Sant’Ana, em Chapada de Ouro Preto/MG; São Joaquim, da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Raposos/MG; e São Manuel, da Paróquia de Nossa Senhora do Bonsucesso, em Caeté/MG. A iniciativa evidencia a importância da salvaguarda do patrimônio cultural para a arte, a história e o conhecimento das raízes da nossa identidade.

Desde a chegada das esculturas à Casa Fiat de Cultura, em outubro de 2021, foram dedicadas mais de 500 horas à restauração das obras, que pôde ser acompanhada por 170 mil pessoas, seja por meio de visitas presenciais ou pela programação virtual.  Cada etapa do projeto foi documentada e agora é compartilhada com o público em imagens inéditas. “Ao promovermos um processo de restauro fora   dos bastidores, demos a oportunidade de o público conhecer de perto e em tempo real como a recuperação e conservação de uma obra de arte acontece. Despertamos nas pessoas um olhar para o passado, mas apontando como o patrimônio cultural e artístico se conecta com o presente e o futuro”, revela Ana Vilela, gestora Cultural da Casa Fiat de Cultura.

O minidocumentário aborda os aspectos culturais, estéticos e históricos do processo de restauração das obras de Aleijadinho, destaca as descobertas com o uso de raio X e luz ultravioleta – como a franja sob a testa de Sant’Ana Mestra –, e relembra a emocionante devolução das peças às suas comunidades de origem. “Estou muito satisfeita com o resultado do trabalho que realizamos. Devolvemos às comunidades obras bem cuidadas, íntegras e mantendo as características de época. Deu certo e foi lindo”, completa a restauradora Rosangela Reis Costa, coordenadora do projeto de restauro na Casa Fiat de Cultura.

O minidocumentário “Aleijadinho, arte revelada: o legado de um restauro” pode ser visto no canal da Casa Fiat de Cultura no YouTube.

 

 

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Imagem: Studio Cerri 

A Fundação Clóvis Salgado e a Associação Pro-Cultura e Promoção das Artes (APPA), por meio do Cine Humberto Mauro, abrem inscrições para o 24º FestCurtasBH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, um dos eventos mais importantes de difusão e promoção da produção mundial de curtas-metragens no Brasil. Realizadores com curtas-metragens finalizados em 2021 ou 2022 têm do dia 18 de março (sexta-feira) até 1º de maio de 2022 (domingo) para se inscrever. O edital do Festival estará disponível no site da Fundação Clóvis Salgado, no site do FestCurtasBH e no site da APPA.

As inscrições são gratuitas e deverão ser efetuadas exclusivamente através da plataforma on-line Shortfilmdepot ou pelo site do Festival FESTCURTASBH. Serão aceitos filmes com até 45 minutos de duração, de todos os gêneros – exceto filmes publicitários e institucionais – finalizados em formatos analógicos (35mm e 16mm) e/ou digitais (DCP 2K e 4K, DCP 3D, entre outros). O resultado da seleção será divulgado no dia 16 setembro de 2022, e a realização do Festival segue programada para o período de 14 de outubro até 23 de outubro de 2022, no Cine Humberto Mauro.

Diversidade de temas e linguagens
Além das tradicionais Mostras Competitivas – Minas, Brasil e Internacional, o Festival conta com as Mostras Paralelas e Especiais, com diferentes propostas temáticas e estéticas. A programação também contará com sessões com recurso de acessibilidade, debates com realizadoras e realizadores, seminários, além da já tradicional oficina Corpo Crítico, que busca a formação de novos pensamentos críticos cinematográficos em diálogo direto com as obras exibidas no festival.

A seleção dos curtas-metragens será realizada por uma comissão especializada, com comprovada atuação na área cinematográfica, indicada pela Comissão Organizadora do festival, que fará a curadoria das mostras competitivas e paralelas. Os nomes escolhidos para integrar a Comissão de Seleção serão divulgados no site da Fundação Clóvis Salgado e do FestCurtasBH.

O julgamento terá como critérios de avaliação as propostas estéticas e conceituais que se utilizem criativamente dos meios expressivos do audiovisual; a relevância conceitual e temática dos curtas; a inovação; o impacto social e cultural; a contribuição para o aprimoramento da linguagem audiovisual, e a qualidade da narrativa e abordagem cinematográfica.

Os filmes selecionados para as Mostras Competitivas serão avaliados por um Júri Oficial convidado pelo festival, a ser divulgado posteriormente, e concorrerão ao Troféu Capivara de Melhor Filme em cada categoria (Minas, Brasil e Internacional), além de Prêmio no valor bruto de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Além dos prêmios oficiais do Júri, todos os filmes selecionados que participam de mostras competitivas e paralelas concorrem ao prêmio do Júri Popular, que será definido a partir de votação do público durante a mostra, e receberá, além do troféu, o valor bruto de R$3.000,00 (três mil reais). Para maiores esclarecimentos e dúvidas sobre o edital, comunicar pelo e-mail contatoEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., pelo telefone +55 31 3236-7367, ou pelo site do Festival.

FestCurtasBH
Em edição totalmente on-line e gratuita, o 23º FestCurtasBH, realizado em 2021, foi grande destaque na programação da Fundação Clóvis Salgado. A última edição aconteceu pela plataforma CineHumbertoMauroMais, site exclusivo criado para abrigar as ações virtuais do Cine Humberto Mauro. Na ocasião, o Festival recebeu 2.795 inscrições de produções de 26 estados brasileiros e de 112 países. O evento exibiu uma centena de filmes, entre Mostras Competitivas, Paralelas e Especial, distribuídas ao longo de 28 programas. Contou também com performances, masterclass e debates, além da oficina de crítica Corpo Crítico, que chegou a sua 4ª edição consecutiva.

Neste ano o FestCurtasBH - Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte chega à 24ª edição, consolidando-se como uma das iniciativas mais importantes de estímulo à produção e difusão audiovisual em Minas Gerais. Fruto de uma intensa política pública do Governo de Minas e da Fundação Clóvis Salgado, que celebram a linguagem do curta-metragem em seus diversos desdobramentos, o festival tem sido, ao longo dos anos, terreno fértil para debater as múltiplas vertentes criativas do cinema.

Ano após ano, o festival se reinventa e abre espaço para novas discussões, tendo o próprio fazer cinematográfico como ponto de partida e convergência. Com a realização de mais um FestCurtasBH, a FCS mantém efetiva a inserção do Cine Humberto Mauro no cenário internacional do cinema, na cadeia produtiva, criativa, de diálogo e de acesso ao curta-metragem, linguagem esta que, a cada dia, se reafirma como uma verdadeira vitrine para novos cineastas, novas linguagens e discussões.

Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, abrem as inscrições para o 24º FestCurtasBH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, que tem correalização da APPA – Arte e Cultura, patrocínio máster da Cemig, ArcellorMittal, Instituto Unimed-BH, AngloGold Ashanti e Usiminas, por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura. Também tem patrocínio da MGS, viabilizada por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Possui apoio cultural do Instituto Hermes Pardini.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura. 

 

 

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Imagem: Paulo Lacerda /FCS

Batizado de Parque do Palácio, espaço promoverá experiências artísticas, culturais e gastronômicas a mineiros e turistas

O Palácio das Mangabeiras, que foi residência oficial dos governadores de Minas Gerais desde a década de 1950 até o início da gestão do governador Romeu Zema, abre suas portas ao público – mais uma vez – como o Parque do Palácio. Os visitantes terão oportunidade de usufruir de uma grande área de lazer e fazer uma imersão em experiências artísticas, culturais e gastronômicas em meio aos jardins projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx e pela sede atribuída ao arquiteto Oscar Niemeyer. Zema visitou o local na tarde deste domingo (10/4) para o evento de inauguração do Parque do Palácio. A abertura para visitação será a partir do dia 20/4 com ingressos a preços populares. 

O governador destacou o trabalho de sua gestão para devolver à população os melhores espaços e serviços públicos, empenhando os recursos naquilo que realmente é necessário. 

“Estamos mostrando que o Estado não precisa fornecer privilégio, a vida quase de monarquia para alguns poucos, principalmente em um estado onde as contas são as piores possíveis, que estava inadimplente com os servidores, com as prefeituras e prestadores de serviço. A política no Brasil precisa se aperfeiçoar muito e, principalmente, ter responsabilidade com aquilo que a grande maioria paga com sacrifício gigantesco, e estamos mostrando que é possível fazer. Fico muito satisfeito de Minas Gerais mostrar que existe uma maneira diferente de fazer política, mais responsável e que dá mais dignidade às pessoas. Parabéns aos organizadores e desejo um ótimo evento. É uma alegria muito grande presenciar mais uma vez este prédio aberto ao público”, afirmou o governador. 

Também participaram do evento os secretários de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira; de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo; a ouvidora-geral do Estado, Simone Deoud; o presidente da Codemge, Thiago Toscano; e demais autoridades e parceiros do evento. 

Exposição
O espaço será aberto com uma exposição de obras de Amilcar de Castro, um dos maiores artistas mineiros de todos os tempos e um dos mais significativos da arte brasileira do século XX. “Vamos inaugurar essa exposição para estar à altura da história e de tudo o que o Palácio das Mangabeiras representa. O centenário de Amilcar de Castro foi em 2020, mas não recebeu o destaque merecido em função da pandemia, período em que tudo estava muito restrito. Amilcar foi um artista completo, que produziu desenhos, pinturas, esculturas e poesias. Esta exposição dará a cidade a oportunidade de apreciar seu trabalho como escultor”, destaca um dos idealizadores do Parque do Palácio, João Grillo.

A exposição “Esculturas no Parque”, aprovada pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, conta com o patrocínio da Gerdau e reúne 20 esculturas de grande porte – entre quatro e sete toneladas – distribuídas em uma área de quatro mil metros quadrados nos jardins do Palácio. São obras de corte e dobra feitas em aço e esculturas de corte também em aço, cedidas em sua maioria pelo acervo do Instituto Amilcar de Castro, além de outras menores, divididas em três pavilhões, com a curadoria de João Grillo.

Parque do Palácio
Trazendo a proposta de unir arte, natureza, boa mesa a um patrimônio histórico, arquitetônico e paisagístico singular de Belo Horizonte, o Parque do Palácio promete uma entrega transformadora ao público. “Queremos que o visitante saia de lá enriquecido de alguma maneira, por isso vamos oferecer programações de qualidade.  A ideia é que ele seja parte dos roteiros turísticos, uma das cinco principais atrações da cidade, e que as pessoas o tenham como local seguro para desfrutar, contemplar e recarregar as energias”, ressalta Grillo. 

Situado ao pé da Serra do Curral, no bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, o Palácio das Mangabeiras tem, além dos jardins, uma ampla estrutura com salões, quartos e cinema, distribuídos em 42 mil m² de área. Em 2021, sediou a CASACOR Minas Gerais, reconhecida por contribuir com o resgate à cultura através da recuperação e restauração de diversos patrimônios históricos e por gerar visibilidade e acessibilidade a empreendimentos tombados. O evento já é atração confirmada para 2022 no Parque do Palácio, e ocupará uma nova área ainda não conhecida do público do evento, de maneira a não interromper o funcionamento do parque. 

O novo centro cultural contará, também, com um espaço dedicado aos cônsules de Minas Gerais, proposta que irá fomentar as relações internacionais na cidade, promovendo intercâmbio de conhecimentos e negócios, além de alternativa para receber eventos de outros países. A gastronomia, que é um dos traços mais marcantes da identidade cultural de Minas Gerais, estará presente por meio de eventos e um restaurante que vai apresentar culinária com ingredientes regionais frescos e típicos, um café e um bar.

A sustentabilidade também será foco. “Vamos aproveitar a quantidade de folhas que caem diariamente e transformar em adubo para a futura horta que vai atender ao restaurante e à comunidade vizinha. Temos em mente a ideia de oferecer mudas aos visitantes e um trabalho de educação ambiental envolvendo especialistas do setor. São muitos os planos para a nova ocupação desse emblemático ícone de Belo Horizonte, beneficiando mineiros e turistas de todo o Brasil”, conclui João Grillo. 

Gestão
A gestão do Parque do Palácio ficará a cargo da empresa MultiCult Promoções, por meio de acordo de parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e Malab Produções.

Desde 2019, o Palácio das Mangabeiras está cedido por convênio à Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge). A determinação partiu do governador Romeu Zema, que, com o objetivo de implementar ações que agregassem eficiência à administração do espaço, melhor aproveitamento do imóvel e boa gestão dos recursos públicos, abriu mão de residir no local e arca com as próprias despesas de moradia na capital mineira. A Multicult é a atual gestora do espaço e responde pelos gastos com manutenção, entre outros.
 
Serviço
Exposição Amilcar de Castro
Data: a partir de 20/4/2022
Funcionamento: De quarta-feira a domingo, das 8h às 18h 
Ingressos: R$10 (inteira) e R$5 (meia entrada). Entrada franca às quartas-feiras mediante retirada de ingresso no Sympla

 

 

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Imagem: Marcos Evangelista /Imprensa-MG

Assim como várias outras espécies, nós, seres humanos, somos seres sociais. Em outras palavras, desde o surgimento da nossa espécie, formamos grupos para sobreviver. Mas o que isso tem haver com o nosso cérebro?

Você já se perguntou se existem características no funcionamento do nosso cérebro que favorecem um comportamento social em detrimento de outro? Durante a pandemia da covid-19, por exemplo, uma restrição de convívio social nos foi  imposta. Esse fator é capaz de afetar o nosso cérebro e o nosso comportamento social?

O Espaço do Conhecimento UFMG convida a todos para a oficina interativa “Conhecendo o Cérebro Social", oferecida pelo Núcleo de Neurociências da UFMG. Durante a atividade, serão compartilhadas experiências e evidências científicas que nos ajudam a compreender como a biologia do nosso cérebro molda nossas relações sociais. 

No dia 19 de março (sábado), os visitantes poderão participar da oficina que acontecerá em três horários: 13h, 14h30 e 16h. Cada sessão da atividade terá duração de 1 (uma) hora com até 15 participantes. As senhas serão distribuídas por ordem de chegada na recepção.

Por meio de atividades instigantes e interativas, a Semana do Cérebro torna mais fácil o entendimento deste órgão para todas as idades. O projeto é uma iniciativa da Dana Foundation, entidade filantrópica norte-americana que patrocina pesquisas sobre o tema. A UFMG promove o evento por meio do Núcleo de Neurociências (NCC), numa ação conjunta com a Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC). 

Serviço: 
Semana do Cérebro - Atividade ‘Conhecendo o Cérebro Social’
Quando: 19 de março, às 13h, 14h30 e 16h
Onde: Espaço do Conhecimento UFMG - Praça da Liberdade, 700 - Funcionários
Público: Indicação livre
Atividade gratuita

 

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Iniciativa reúne mais de 100 atividades e será realizada de 18 a 23 de abril, em várias bibliotecas de Minas

O jeito único do povo mineiro é o tema da segunda edição da Semana Estadual de Incentivo à Literatura de Minas Gerais. Iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), por meio do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de Minas Gerais (SEBPMG), o evento vai abordar o Ano da Mineiridade com mais de 100 atividades que serão realizadas, de 18 a 23, de abril pelas bibliotecas que integram o SEBPMG.

Com a maioria da programação presencial, e cumprindo todos os protocolos de saúde ainda vigentes no estado, a II Semana Estadual de Incentivo à Literatura vai reunir cerca de 70 bibliotecas vinculadas ao Sistema. O evento propõe uma série de ações reflexivas, atividades formativas e programação artístico-cultural que evidencia a grande diversidade de Minas Gerais.

Para o diretor do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, da Secult, Lucas Amorim, a segunda edição do evento reforça o importante trabalho de descentralização das ações da pasta para o fomento da cultura no estado. De acordo com Lucas, a grande participação das bibliotecas reflete a municipalização das políticas públicas no segmento da literatura, além de evidenciar a vasta produção mineira.

“A II Semana Estadual de Incentivo à Literatura nos convida a repensar o estado a partir de um olhar nosso. Para além de evidenciar o jeito mineiro, o evento reúne as bibliotecas vinculadas ao Sistema Estadual em ações presenciais que têm sido fundamentais para difundir o interesse pela literatura, bem como o fomento da cultura no estado”, destaca Lucas Amorim

Programação diversificada
Em um contexto de reabertura das atividades culturais em diversas cidades do estado, as bibliotecas participantes da II Semana Estadual de Incentivo à Literatura propõem diferentes experiências para o público. De acordo com a coordenadora do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de Minas Gerais, Cleide Fernandes, o momento é oportuno para a articulação de ações integradas entre os equipamentos.

“É importante unir as bibliotecas públicas e comunitárias em torno de um tema e, por isso, o SEBPMG vem trabalhando para promover a articulação entre elas. A II Semana Estadual de Incentivo à Literatura vem para reunir e divulgar as atividades propostas pelas bibliotecas dos territórios mineiros com o objetivo de incentivar a leitura e a valorização do patrimônio literário do nosso Estado”, aponta.

Em Patos de Minas, por exemplo, a Biblioteca Pública Municipal João XXIII vai promover um café literário com exposição de obras de autores mineiros. O objetivo é refletir sobre como os costumes de Minas têm influência na vasta produção do estado. Além disso, a programação da biblioteca concentra atividades sobre o dialeto falado em nossa região, conhecido popularmente como “mineirês”, e atividades ligadas ao movimento modernista em Minas.

Em Paraopeba, um dos destaques na programação da Biblioteca Pública Municipal Agnaldo Edmundo Silva fica por conta de um varal poético reunindo obras de autores mineiros, em especial, paraopebenses, que será compartilhado com o público. O espaço também vai abordar o sotaque característico do estado e como as diferentes expressões linguísticas de Minas têm influenciado as plataformas digitais.

Já em Belo Horizonte, a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais destaca a inauguração de uma mostra artística ligada ao movimento modernista de 1922. Em comemoração ao Centenário da Semana de Arte Moderna, o equipamento administrado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, exibe a exposição Moderna, com obras do acervo de Coleções Especiais, destacando a transversalidade entre a Literatura e as demais linguagens.

Em Cambuquira, o público irá conferir, na Biblioteca Pública Municipal Martha Antiero, uma palestra sobre o que é a Mineiridade e como esse conceito define a identidade cultural do povo mineiro. E, na cidade de Itaguara, a Biblioteca Pública Municipal Guimarães Rosa também propõe reflexões sobre o conceito da Mineiridade, mas tendo a produção literária do estado como ponto de partida para as conversas.

A programação completa da II Semana Estadual de Incentivo à Literatura de Minas Gerais pode ser consultada AQUI.

 

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Ao todo, 470 cidades do estado terão acesso à programação da Rede Minas por meio do sinal digital

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), e o Ministério das Comunicações formalizaram nesta quarta-feira (16/3) o “Digitaliza Brasil”, projeto que tem a proposta de levar o sinal da TV digital para diversos municípios no país. Minas Gerais é pioneiro na operacionalização desse projeto, garantindo a chegada da programação da Rede Minas a 470 municípios com até 50 mil habitantes. Com isso, 4,7 milhões de mineiros vão ter acesso ao conteúdo da emissora pública mineira.

A assinatura simbólica dos contratos entre governo e prefeituras foi realizada durante cerimônia na Sala Minas Gerais, sede da Orquestra Filarmônica. O evento contou com a participação do secretário de estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, do presidente da Empresa Mineira de Comunicação (EMC), Sérgio Rodrigo Reis, do secretário de Radiodifusão do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão, do presidente da Empresa Brasil de Comunicações, Glen Valente, entre outras autoridades e gestores municipais. 

De acordo com secretário Leônidas Oliveira, esse é um momento de celebração para toda a população mineira, que passará a ter a Rede Minas mais próxima e mais presente em seus lares. Segundo o titular da Secult, com a consolidação desse projeto, a cultura e o turismo, bem como a mineiridade, serão elementos cada vez mais significativos para as pessoas, que poderão ter acesso à grade de programação da emissora pública e conhecer, cada vez mais, o próprio estado.

“O Digitaliza Brasil é um programa que vai garantir o acesso à TV Digital. A participação de Minas Gerais foi uma conquista do governo estadual, por meio da Empresa Mineira de Comunicação. Esse projeto vai revolucionar a mineiridade, diante da qualidade com que os programas da Rede Minas são produzidos. Junto com a EBC, nossa grande parceira nesse momento, levamos notícias, arte, cultura e formação de qualidade. E é só pela comunicação e pela formação de qualidade, e a TV pública tem esse papel, que nós vamos mudar o Brasil”, disse o secretário.

O presidente da EMC, Sérgio Rodrigo Reis, explicou que, por meio dessa iniciativa, a Rede Minas vai estabelecer um vínculo ainda mais forte com a população do estado. “Há um grande desafio de produzir e levar conteúdo qualificado para os lares dos mineiros e nós já estamos avançando muito. Com o projeto ‘Gerais+Minas’, temos contado nossas histórias e mostrado o nosso território. O Digitaliza Brasil vai nos auxiliar a difundir ainda mais esse sentimento de ser mineiro”, destacou.

A cerimônia de assinatura dos contratos do Digitaliza Brasil foi transmitida ao vivo pelo canal de YouTube da Secult. Confira a íntegra da solenidade AQUI.

Acesso ao sinal digital
O Digitaliza Brasil é uma iniciativa do Ministério das Comunicações para garantir o acesso dos brasileiros à TV digital. O protocolo de intenções entre A EMC e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) foi assinado em outubro de 2021. Desde então, diversos municípios mineiros já aderiam ao projeto, e Minas Gerais está na lista dos estados que vão ser contemplados na primeira fase do projeto”, abrangendo 28,7% do total de municípios que serão atendidos no país, o que corresponde a um montante de cerca de R$ 200 milhões.

De acordo com o secretário de Radiodifusão do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão, a tv é um bem de consumo presente em mais de 90% dos lares brasileiros e, foi a partir dessa perspectiva que o ministério optou por desligar, até 2023, o sinal analógico em todo o país. Cerca de 1.638 municípios estão aptos a integrar o Digitaliza Brasil, e, em Minas, já são 470 cidades contratualizadas. Para Martinhão, a forte adesão de Minas ao projeto vai projetar o estado em diversas telas do território nacional.

“É um programa focado em levar qualidade de imagem som e interação com a internet, vai para os pequenos municípios do brasil. Aqui em Minas são em torno de 5 milhões de pessoas beneficiadas com esse projeto e o impacto nacional dessa iniciativa vai ser vista por outros milhões de brasileiros. Os conteúdos produzidos aqui, em especial pela Rede Minas, são de altíssima qualidade, é e exatamente esse o nosso interesse em fomentar o sinal digital. Por meio da TV Brasil e da Rede Minas, esse estado vai ser visto e admirado”, afirmou.

De Minas para Minas
Com o Digitaliza Brasil, o sinal digital vai chegar às cidades mineiras que, até então, contavam apenas com transmissão analógica. A adesão vai permitir a difusão, de qualidade, da TV aberta. Dessa forma, o sinal da Rede Minas para o estado é ampliado, possibilitando aos mineiros acompanhar a programação educativa, cultural, de informação e entretenimento da emissora pública. Atualmente, a Rede Minas também atende aos estudantes com teleaulas, em um compromisso com a educação.

O presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Glen Valente, destacou que a grande adesão dos municípios mineiros ao Digitaliza Brasil sinaliza para o sucesso do projeto. Minas Gerais agiu muito rápido e, até o fim, de 2022 vai estar em um momento diferente em relação aos demais estados. Isso quer dizer que essa mineiridade, que vocês têm tanto orgulho, será exibida em todo o Brasil. A relação celebrada aqui hoje é uma relação de ‘ganha-ganha’, com um importante legado que vamos deixar para o futuro”, pontou.

Prazos
As obras para instalação dos transmissores começam ainda em 2022, com equipamentos que levarão o sinal digital de TV para os municípios contemplados no programa, que também vai oferecer conversores de televisão com interatividade e desempenho otimizado para as famílias integrantes do Cadastro Único (CadÚnico), Beneficiários do programa Bolsa Família, que atendem aos critérios estabelecidos Decreto nº 6.135, de 2007, também serão contemplados pela iniciativa.

A Rede Minas oferece programação própria focada em educação, cultura, informação e entretenimento e coloca, na tela, os municípios mineiros e suas pluralidades. A emissora também se destacou como pioneira na exibição de conteúdos escolares para estudantes. Mais informações sobre a emissora estão disponíveis em www.redeminas.tv.

 

 

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Imagem: Paulo Lacerda

Equipe técnica da pasta abordou questões ligadas ao fomento cultural no estado

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) marcou presença no 1º Seminário Trilhas – Desenvolvimento, Turismo e Liderança, uai!, realizado em Três Pontas entre 4 e 7 de abril.

A ação, que integra a programação do projeto Secult no Município abordou temas como a Mineiridade, o Turismo como fator de desenvolvimento socioeconômico, as Leis de Fomento e Incentivo para o desenvolvimento da cadeia Cultural no estado entre outras ações de fomento.

Participaram do seminário, o subsecretário de Cultura, Igor Arci e a superintendente de Fomento Cultural, Economia Criativa e Gastronomia da Secult, Janaína Amaral, e o presidente da Fundação de Arte de Ouro Preto, Jefferson da Fonseca.

 Os gestores também explicaram aos participantes o plano Descentra Cultura, uma iniciativa da Secult que propõe alterações nos mecanismos de fomento do estado, como a Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Leic) e o Fundo Estadual de Cultura (FEC).

Na pauta do encontro com os gestores municipais, a equipe da Secult também debateu questões ligadas às leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, além de participarem de um bate-papo com profissionais da área e membros da Rede de Cultura do município.

 

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Manual com o passo a passo para cadastro de informações pode ser acessado no site da Secult

A Secretaria de Cultura e Turismo do Estado de Minas Gerais (Secult) prorrogou, até 21 de março de 2022, o prazo final para envio da documentação comprobatória relativa ao ICMS Turismo, para fins de distribuição das respectivas parcelas no ano de 2023, tendo como referência, o ano de 2021. A Resolução SECULT n.º 06/20211, que estabelece a prorrogação do prazo, foi publicada na edição de 9 de fevereiro do Diário Oficial do Estado.

Os gestores municipais cadastrados no Sistema do ICMS Turismo terão até 21 de março de 2022 para inserir as informações referentes ao ano de 2021. O manual com o passo a passo para preenchimento dos dados no Sistema ICMS Turismo está disponível para consulta AQUI.

Caso o município ainda não tenha atualizado o cadastro do gestor municipal junto à Secult, é necessário entrar em contato com o Núcleo de ICMS Turismo, da Superintendência de Políticas do Turismo, pelos e-mails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Acesse a Resolução SECULT n.º 06/20211 AQUI.

Inscrições foram feitas por jovens regentes de várias partes do Brasil e do mundo

Entre os dias 11 e 13 de abril, a Filarmônica de Minas Gerais realizará o 13º Laboratório de Regência, atividade pioneira no Brasil, que possibilita a jovens regentes ter, sob sua batuta, uma orquestra profissional e aprender, na prática, os desafios da regência. André Bachur (São Paulo-SP), Daniel Lima (Belém-Pará), Fernando Mathias (Santo André-SP) e Marcelo Falcão (Berlim-Alemanha), regentes desta edição, participarão de ensaios e aulas técnicas ministradas pelo Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra, maestro Fabio Mechetti, junto a outros 12 ouvintes de várias partes do Brasil. Ao todo, foram 40 inscritos, de 26 cidades brasileiras e países como Alemanha e Estados Unidos. O Laboratório de Regência será encerrado com um concerto gratuito aberto ao público, no dia 13 de abril, às 20h30, na Sala Minas Gerais.  A apresentação também terá transmissão ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube.

Para o maestro Fabio Mechetti, “praticamente não existe experiência semelhante no Brasil, e em poucos lugares do mundo, em que regentes com uma experiência ainda pequena têm a oportunidade de aprender diante de uma orquestra profissional do nível da Filarmônica. Apenas este motivo seria o suficiente para justificar o enorme interesse que recebemos desses jovens que buscam alternativas para suas ambições de formação. Mas, além disso, oferecemos a chance de se apresentarem em concerto, algo ainda mais inusitado e extremamente motivador para aqueles que participam. Embora concentrado em poucos dias de trabalho, o Laboratório de Regência confere a seus participantes uma experiência única, intensa, prática, eficiente, que faz com que dezenas de jovens regentes nos procurem ano após ano”, destaca.

A distribuição de ingressos será feita exclusivamente pela internet, pelo link fil.mg/laboratorio2022, limitada a 2 ingressos por pessoa.

De acordo com Nota Técnica do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da Prefeitura de Belo Horizonte, publicada no site da PBH em 16/3/22, não é mais necessária a apresentação do comprovante de vacinação e de teste negativo para covid-19 para acesso à Sala Minas Gerais. O uso permanente de máscara segue obrigatório. Veja mais orientações no “Guia de Acesso à Sala”, no site da Orquestra: fil.mg/acessoasala.

Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Cemig, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal. A programação educacional tem o apoio do programa Amigos da Filarmônica.

Aulas práticas e teóricas
O Laboratório de Regência consiste em aulas teóricas e práticas. Os regentes recebem orientações teóricas e técnicas do maestro Fabio Mechetti e as praticam em ensaios com a Orquestra. 

O Laboratório de Regência da Filarmônica de Minas Gerais é uma iniciativa pioneira no Brasil. Nas 12 edições já realizadas, 156 jovens regentes de todo o país viveram essa experiência com a Filarmônica de Minas Gerais. Alguns deles participaram da iniciativa mais de uma vez.

Os regentes

André Bachur
Nascido em São Paulo em 1986, André Bachur começou seus estudos no violino e depois dedicou-se ao piano, bandolim, violão tenor e guitarra baiana. É graduado em Regência pela Escola de Comunicações e Artes da USP, onde atualmente cursa o mestrado. Em 2018, foi aluno da classe de regência da Academia de Música da Osesp, orientado por Marin Alsop. Entre 2011 e 2014, foi Regente Assistente da Orquestra de Câmara da ECA-USP e, desde 2020, é Regente Adjunto da mesma instituição. Já atuou em diversos grupos paulistas, como a Sinfônica da USP, Orquestra do Theatro São Pedro, Orquestra Moderna e a EOS Música Antiga USP. 

Daniel Lima
Natural de Belém, Daniel Lima é Mestre em Regência Orquestral pela Johns Hopkins University, na classe de Marin Alsop, que também o orientou na classe de Regência da Academia de Música da Osesp. Participou de cursos como a Oficina Internacional de Regência Orquestral da Sinfônica de Santo André, do Festival de Campos do Jordão de masterclass com a National Symphony Orchestra, no Kennedy Center, em Washington (EUA). Regeu orquestras como a Baltimore Symphony Orchestra, Orquestra Sinfônica da USP, Orquestra Jovem do Estado de São Paulo e a Orquestra Sinfônica de Santo André.

Fernando Mathias
Natural de Santo André (SP), Fernando Mathias iniciou seus estudos de violino aos 12 anos. Dois anos depois, começou a estudar trompa com Nikolay Genov e Mário Rocha. Em 2015, após orientações do maestro Giancarlo Guerrero, inicia seu percurso na regência recebendo incentivos de maestros como Roberto Tibiriçá, Marcos Arakaki e Jetro Meira. Foi orientado por Wagner Polistchuk e Marin Alsop na classe de Regência da Academia de Música da Osesp. Atualmente, aos 32 anos, é regente da Orquestra Contemporânea Innovare, que prepara apresentação na Sala São Paulo em 2022. 

Marcelo Falcão
Nascido em Nova Iguaçu (RJ), Marcelo Falcão é Mestre em Regência Orquestral pela Royal Welsh College of Music and Drama (País de Gales), onde concluiu seus estudos com mérito. Especializou-se em regência de música moderna e contemporânea na Suíça. Foi bolsista do Festival de Campos de Jordão e regente no Ateliê Contemporâneo, em São Paulo. Em Berlim, foi Diretor Artístico e Regente Principal da Babylon Orchester Berlin, a orquestra residente no lendário cinema Babylon, onde conduziu apresentações ao vivo de filmes como Metropolis, Nosferatu e Encouraçado Potemkin.

Serviço:
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
13º Laboratório de Regência
Para jovens regentes brasileiros
Com o maestro Fabio Mechetti
Concerto de encerramento
13 de abril – 20h30
Sala Minas Gerais
Gratuito

 

 

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Imagem: Heloísa Bortz

Orquestra também interpreta Schumann e Mendelssohn. A regência é de José Soares

Ronaldo Rolim, pianista de destaque na nova geração de instrumentistas brasileiros, faz uma releitura do Concerto em Sol maior de Maurice Ravel, nos dias 17 e 18 de março, às 20h30, na Sala Minas Gerais. A Orquestra, sob a batuta de José Soares, Regente Associado da Filarmônica de Minas Gerais, explora a dramaticidade e lirismo da Quarta Sinfonia de Schumann e dá continuidade às homenagens pelo aniversário de morte de Felix Mendelssohn, com a Abertura “A bela Melusina”. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais. A capacidade da Sala é de 1.493 lugares.

Em decorrência da portaria da Prefeitura de Belo Horizonte, publicada no dia 9 de fevereiro de 2022, com orientações sobre a prevenção da covid-19 em casas de espetáculo, torna-se obrigatória, para todas as idades, a apresentação do comprovante de vacinação com duas doses da vacina contra a covid-19 ou o teste negativo para covid-19. Serão aceitas versões em papel ou digitais dos documentos (a versão digital do comprovante de vacinação pode ser obtida na plataforma Conecte SUS). O uso permanente de máscara segue obrigatório, e o Café da Sala estará aberto. Veja mais orientações no “Guia de acesso à Sala”, no site da Orquestra: fil.mg/acessoasala.

Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Gerdau, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

José Soares, regente associado da Filarmônica de Minas Gerais
Natural de São Paulo, José Soares é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, tendo sido seu Regente Assistente desde as duas temporadas anteriores. Venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio, edição 2021 (Tokyo International Music Competition for Conducting). José Soares recebeu também o prêmio do público na mesma competição. Iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou Regência Orquestral com o maestro Cláudio Cruz, em um programa regular de masterclasses em parceria com a Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Participou como bolsista nas edições de 2016 e 2017 do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, sendo orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich. Recebeu, nesta última, o Prêmio de Regência, tendo sido convidado a atuar como regente assistente da Osesp em parte da temporada 2018, participando de um Concerto Matinal a convite de Marin Alsop. Foi aluno do Laboratório de Regência da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Em julho desse mesmo ano, teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin, como parte do programa de Regência do Festival de Música de Parnü, Estônia. Atualmente, cursa o bacharelado em Composição pela Universidade de São Paulo.

Ronaldo Rolim, piano
Ronaldo Rolim vem se estabelecendo como um dos principais nomes da nova geração de pianistas brasileiros. Como solista convidado, apresentou-se frente a diversas orquestras brasileiras e internacionais, como as sinfônicas da Capela de São Petersburgo, de Phoenix e a Brasileira, a Tonhalle, a Musikkollegium Winterthur e as filarmônicas de Liverpool, Lviv e Minas Gerais. Um ávido camerista, Rolim é membro fundador do Trio Appassionata, ao lado da violinista Lydia Chernicoff e da violoncelista Andrea Casarrubios. Entre os mais recentes projetos do grupo, destacam-se uma turnê pela China e o lançamento do CD Gone into the night are all the eyes dedicado a obras norte-americanas para trio. Aos 18 anos, após vencer os concursos Nelson Freire e Magda Tagliaferro, mudou-se para os EUA, onde concluiu seus estudos. Em 2016, Rolim defendeu sua tese de doutorado na Universidade de Yale, baseada nas obras programáticas do compositor polonês Karol Szymanowski escritas durante a I Guerra Mundial.

Repertório

Felix Mendelssohn (Hamburgo, Alemanha, 1809 – Leipzig, Alemanha, 1847) e a obra Abertura "A bela Melusina", op. 32 (1833)
Uma das mais românticas obras do repertório de Mendelssohn — e, certamente, de todo o Romantismo alemão —, a Abertura "A bela Melusina" não figura entre suas peças mais conhecidas e executadas. No entanto, é uma das obras mais queridas do próprio compositor. A meia-sereia Melusina, filha de um homem e de uma ninfa, se apaixona por um mortal e aceita se casar com ele. A única condição é de que ele nunca lhe pergunte onde ela vai aos sábados. Neste dia da semana, graças a uma maldição, ela se transforma em sereia. Embora felizes e mesmo tendo feito a promessa de honrar o pedido de Melusina, a curiosidade do Conde de Lusignan acaba por vencê-lo. Com o segredo revelado, Melusina é banida. Em vingança, ela assombrou o castelo de Lusignan até mesmo depois de sua morte. Durante o tempo em que compôs A bela Melusina, Mendelssohn estudou pintura. Seu olhar para sutilezas coloridas é nítido nesta mágica partitura. Um primeiro tema em Allegro con moto introduzido pelos clarinetes, flexível e ondulante, se alterna com um segundo motivo marcial, audacioso, em referência ao cavaleiro Lusignan. Os dois temas se repetem em ordem inversa e a conclusão retoma a frase inicial dos clarinetes.

Maurice Ravel (Ciboure, França, 1875 – Paris, França, 1937) e a obra Concerto para piano em Sol maior (1929/1931)
Os dois concertos para piano de Ravel foram escritos simultaneamente. O compositor, que se divertia e motivava-se com os desafios artísticos, explorou um terreno no qual nunca se arriscara antes, e o fez com muito sucesso. O Concerto em Sol foi iniciado antes, mas o Concerto para a Mão Esquerda foi estreado primeiro. Há uma grande diversidade de forma e conteúdo entre eles, o que os faz, sob alguns aspectos, complementares. Por outro lado, além dos elementos bascos e espanhóis característicos de Ravel, ambos refletem a influência do jazz, como consequência da viagem de cinco meses que o compositor realizara, em 1928, aos EUA. No Concerto em Sol maior (1931), Ravel, segundo suas próprias declarações, referencia dois modelos: Mozart, quanto ao plano formal; e Saint-Saëns, pela valorização do efeito sonoro. De fato, o brilhantismo da orquestra, principalmente do naipe dos sopros, aqui se equipara ao virtuosismo do instrumento solista.

Robert Schumann (Zwickau, Alemanha, 1810 – Bonn, Alemanha, 1856) e a obra Sinfonia nº 4 em ré menor, op. 120 (1841, revisão 1851)
Em suas quatro sinfonias, Schumann revela todas as contradições típicas do Romantismo que ele vivenciou de maneira radical, até o fascínio e os terrores da loucura. O compositor converteu em estímulos musicais várias aspirações do movimento – a ironia permeada de angústia metafísica e de emoções intensas; o mistério da noite; a infância; a floresta encantada; as terras distantes; a Primavera; o rio Reno... A primeira versão da Sinfonia nº 4, sob o título original de Fantasia sinfônica, foi composta logo após a primeira sinfonia, em 1841. Lentamente amadurecida, só adquiriu sua forma definitiva dez anos depois, quando já haviam sido estreadas a segunda e a terceira sinfonias. A Quarta foi ouvida pela primeira vez em 15 de maio de 1853 em Düsseldorf, cidade alemã onde atuava como diretor artístico, e está entre os últimos triunfos musicais de Schumann. 

Programa 

Série Presto

17 de março – 20h30

Sala Minas Gerais

Série Veloce

18 de março – 20h30

Sala Minas Gerais 

José Soares, regente

Ronaldo Rolim, piano

 

MENDELSSOHN                 Abertura “A bela Melusina”, op. 32

RAVEL                                 Concerto para piano em Sol maior

SCHUMANN                      Sinfonia nº 4 em ré menor, op. 120

 

Ingressos:

R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 65 (Balcão Palco), R$ 86 (Balcão Lateral), R$ 113 (Plateia Central), R$ 146 (Balcão Principal) e R$ 167 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Bilheteria da Sala Minas Gerais
Horário de funcionamento
Dias sem concerto:
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h 

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:
— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana 
— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado 
— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo 

Cartões e vale aceitos:
Cartões das bandeiras American Express, Elo, Hipercard, Mastercard e Visa
Vale-cultura das bandeiras Ticket e Sodexo

 

 

17 3 2022 minifilarmonica

Imagem: Ryan Brandenberg

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), por meio da Superintendência de Fomento Cultural, Economia Criativa e Gastronomia, e da Diretoria de Monitoramento e Prestação de Contas, vem prestar esclarecimentos sobre o art. 54 da IN 03/2012, que versa sobre a obrigatoriedade de apresentação de contratos com firma reconhecida, na Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Leic).

Art. 54. Para efeito de comprovação das despesas, o Empreendedor deverá apresentar os seguintes documentos originais:

  1. I. Notas fiscais (de todas as séries e avulsas, dentro do prazo de validade das mesmas)

(...)

F.Para o caso de contratação de empresas para prestação de serviços de agenciamento de grupos artísticos e/ou musicais, construção, reformas/restauração em edificações e prestação de serviço administrativo e/ou de execução do projeto deverá ser encaminhado, junto à nota fiscal, cópia do contrato celebrado entre as partes, com reconhecimento de firma em cartório, constando todos os dados do contratante e do contratado, detalhamento do serviço(s) e/ou grupo(s) contratado(s), prazo de validade do contrato, valor do serviço e forma de pagamento.

Com base na Lei Federal Nº 13.726, de 8 de outubro de 2018, que trata da simplificação de processos e outras providências, a Secult esclarece que os projetos executados, ou que tenha contratos firmados após a data de sanção desta referida Lei, 08/10/2018, estão dispensados os reconhecimentos de firma dos contratos a serem apresentados na prestação de contas, devendo apresentar a cópia do contrato e cópia do documento de identidade válida (CNH, RG, RNE, Carteira de Trabalho, Passaporte, dentre outros) das partes para que seja possível verificar a semelhança das assinaturas.

Quanto aos projetos executados ou que tenham contratos firmados anteriores a data de vigência da referida Lei, como a sanção não prevê a adoção retroativa de suas determinações, devem ser apresentados os contratos devidamente autenticados para fins de comprovação.

 

8 4 2022 miniminicomunicado

Projeto “Sabor e Afeto nas Villas e Fazendas” reúne histórias e experiências sobre a relação dos mineiros com a comida

O Circuito Villas e Fazendas de Minas lança, no sábado (19/3) o projeto Sabor e Afeto nas Villas e Fazendas. O evento será realizado no Hotel Solar dos Montes, em Santana dos Montes, a partir das 18h, e vai contar com a com presença do Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, prefeitos e gestores municipais.

Viabilizado por meio do Edital Reviva Turismo, da Secult, o Sabor e Afeto vai revelar a culinária afetiva nas 12 cidades que integram o Circuito Villas e Fazendas de Minas: Caranaíba, Casa Grande, Catas Altas da Noruega, Conselheiro Lafaiete, Cristiano Otoni, Itaverava, Lamim, Piranga, Rio Espera, Santana dos Montes, Senhora de Oliveira e Queluzito.

O objetivo é, além de trazer receitas de família, histórias e achados da cozinha mineira, incentivar o turismo local e a vivência de experiências na região. O material será disponibilizado nas redes sociais do projeto a partir de 21 de março.

Circuito Villas e Fazendas
O Circuito Villas e Fazendas busca fomentar e incentivar o turismo sustentável, com ações coordenadas de valorização da economia local e vivência de experiências. Criado há 20 anos, ele abrange 12 municípios de Minas Gerais. Além do Sabor e Afeto, o Circuito está à frente de projetos como o Rotas Villas e Fazendas, voltado para criação de roteiros integrados aos seus 12 municípios; Sala do Café Villas e Fazendas, um espaço de trocas sobre assuntos ligados ao Turismo Municipal; Festival Gastronômico Sabores das Villas, que busca promover e fortalecer a cozinha da região; Via Gastronômica 482, com restaurantes, cachaçaria, fazenda-escola de cachaça e fábrica de alambique entre Conselheiro Lafaiete e Itaverava; e Caminhos de São Tiago, que passa por 11 cidades entre Santa Rita de Ouro Preto e São Tiago.

Serviço
Lançamento do projeto Sabor e Afeto - Circuito Villas e Fazendas
Data: 19/3 (sábado)
Horário: 18h
Local: Hotel Solar dos Montes
Endereço: Praça Aristides de Araújo Teixeira, 189, Centro | Santana dos Montes (MG)

 

 

17 3 2022 minisaboreafeto

Imagem: Guto Aeraphe 

Documentação necessária deverá ser apresentada até 23 de maio de 2022

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), por meio da Superintendência de Fomento Cultural, Gastronomia e Economia Criativa, prorrogou o prazo para habilitação de proponentes nos editais FEC 06/2021 - Requalifica Minas - Equipamentos Culturais e FEC 07/2021 - Sistemas Municipais de Cultura. Toda a documentação necessária deverá ser apresentada no Sistema de Gestão de Convênios, Portarias e Contratos do Estado de Minas Gerais – Sigcon-MG – Módulo Saída, impreterivelmente, até 23 de maio de 2022.

Dessa forma, o prazo para habilitação nos referidos editais se estende por mais 45 dias. Importante ressaltar que a Secult, em função das vedações eleitorais CONFORME Resolução Conjunta SEGOV/SEC-GERAL/AGE nº 1, de 5 de janeiro de 2022, considerando ainda a prorrogação concedida, não garante o pagamento antes do período de vedação eleitoral, tendo em vista todos os trâmites necessários após o recebimento das documentações via Sigcon.

Abaixo, segue a relação dos Municípios que declararam ciência da prorrogação e que estão de acordo com a possibilidade de se receber o recurso somente após o prazo que se encerram as vedações eleitorais:

1- São Geraldo - Vagner Pereira

2- Urucânia - Emerson Vitor Roberto

3- Presidente Bernardes - Dante Assis

4- Rio Manso - Aline Cardoso Arantes GATO

5- berizal - Eliane Márcia Souto Mendes

6- Pedra Azul - Rosineide Lemos Moreira

7- João Monlevade Maria do Sagrado Coração Rodrigues Santos

8 - Cedro do Abaeté - Ivone Maria de Andrade

9- Itamonte - Lino Rosa

10- Arceburgo - Felipe Borges. Bibliotecária Margarida Heluany Coste

11- Capelinha - Lourival Martins de Brito Filho

12- Bom Despacho- Rosimaire Cássia dos Santos

13- Porteirinha -Secretaria de Cultura Maria Aparecida Martins e Bibliotecária Angelica Aparecida Rocha Faria

14- Poços de Caldas Luiz Gustavo dos Santos Dutra

15 Três Pontas - Alex Tisso

16 Guaranésia - Cacilda Maria Ribeiro

17 Senador Modestino Gonçalves - Miguel Pereira dos Santos

19 Nova Serrana - Neusa Lago

20 - Planura - Cremilda Lopes

21 - Santo Antônio do Monte

22 - Andrelândia - Guilherme Rezende Landim

23- Itaguara-Georgiane Christian Silveira

24-Itinga marisangela murta chaves

25 - Minduri

26 - Campos Gerais - Rafael Vilela Pereira

27 - Nova Era - Sandra Maura Coelho

28- Gouveia - Sueli

29 - Passa Quatro - Érica Ferreira Rodrigues

30- Paula Cândido- Douglas José Paiva de Queiro

“Yãmĩyhex: as mulheres-espírito”, de Sueli Maxakali e Isael Maxakali, é a atração da Rede Minas nesta sexta-feira (18/3)

A Faixa de Cinema, da Rede Minas, apresenta o olhar indígena, registrado por indígenas, com o filme “Yãmĩyhex: as mulheres-espírito”. A obra mostra o ritual das yãmĩyhex (mulheres-espírito) que, após passarem alguns meses na aldeia, se preparam para partir com uma grande festa de despedida. Durante os dias de festividade, uma multidão de espíritos atravessa a aldeia. A exibição do longa resgata a história e os rituais dos Maxakali, grupo indígena que habita três porções de terras descontínuas, no Vale do Mucuri.As gravações foram realizadas na Aldeia Verde, em Minas Gerais. O filme rodou por festivais e foi vencedor do prêmio Carlos Reichenbach, na Mostra de Cinema de Tiradentes, em 2020. A direção é dos cineastas indígenas Sueli Maxakali e Isael Maxakali. O casal tem se dedicado às produções audiovisuais que retratam a história e os rituais de seu povo. Juntos, codirigiram outros filmes como "Quando os Yãmîy vêm dançar conosco" e "Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: essa terra é nossa!".A Faixa de Cinema com “Yãmĩyhex: as mulheres-espírito” vai ao ar nesta sexta (18), às 23h, pela Rede Minas. A atração também pode ser vista, nesse mesmo horário, no site da emissora: redeminas.tv.Serviço:Faixa de Cinema - “Yãmĩyhex: as mulheres-espírito”, de Sueli Maxakali e Isael Maxakali
18/3, às 23h, pela Rede Minas e no site da emissora: redeminas.tv

Como sintonizar:
redeminas.tv/comosintonizarA Rede Minas está no ar no canal 9; Net 20 e Net HD 520; Vivo 9; e através do satélite Brasilsat C2 para a América Latina.Acesse as redes sociais:
www.redeminas.tvfacebook.com/redeminastvinstagram.com/redeminastvtwitter.com/redeminasyoutube.com/redeminas

 

 

17 3 2022 miniredeminmas

Imagem: Sueli Maxakali e Isael Maxakali

Ao todo, 70 empresas passam a integrar o programa neste ano

Entre 1º de fevereiro e 10 de março de 2022, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) abriu o processo de habilitação do programa Minas Recebe 2022, destinado às empresas de receptivo turístico com sediadas no estado. O processo de habilitação foi concluído na sexta-feira (8/4) e está disponível para consulta no site da Secult. Ao todo, foram 71 empresas aprovadas após análise criteriosa sobre o cumprimento dos requisitos básicos para habilitação no programa.

Confira AQUI a relação completa de empresas habilitadas no Minas Recebe

Entre os critérios para integrar o Minas Recebe, estão: possuir inscrição municipal e ter autorização do órgão municipal competente para emissão de nota fiscal ou documento equivalente; operar e comercializar produtos turísticos de Minas Gerais e possuir site, blog ou rede social que divulgue informações atualizadas sobre os produtos turísticos mineiros comercializados.

Vantagens

A habilitação, que acontece anualmente, permite que as empresas participantes tenham diversos benefícios, como reuniões técnicas para fortalecimento do setor e debate de questões estratégicas pertinentes ao desenvolvimento da atividade turística; Ações de relacionamento com operadoras e agências de viagens nacionais e internacionais e demais prestadores de serviços da cadeia produtiva do turismo; Divulgação de seus contatos e produtos turísticos no portal Minas Gerais e em conteúdos promocionais elaborados pela Secult; Apresentação e aproximação de atrativos, produtos e destinos aptos à comercialização.

Saiba mais sobre o Minas recebe AQUI.

 

8 4 2022 miniminasrecebe

Atividades têm participação do Coral Lírico de Minas Gerais, da Cia de Dança Palácio das Artes e de professores, alunos e coletivos do Cefart

O projeto Percurso Modernista, que proporciona ao visitante da Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard um mergulho na trajetória do movimento modernista em Minas Gerais, conta com uma variada programação artística. Intervenções em dança, teatro, música e tecnologias da cena acontecem entre os dias 16 de março e 8 de abril de 2022, ocupando o ambiente da Grande Galeria e refletindo a pluralidade das atividades culturais da Fundação Clóvis Salgado ofertadas de forma gratuita.

Inaugurando a programação, no dia 16 de março, alunos do Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart transmitirão, por meio de intervenção sonora, uma radionovela, adaptada da obra “Ópio de Cor”, escrita por Pagu (Patrícia Galvão), feminista ícone do Modernismo Brasileiro. A ocupação do Cefart também contará com apresentação dos alunos da Turma de Percussão da Escola de Música, com a roda de conversa “A Semana de Arte Moderna (1922) e outros modernismos na música” e com a palestra “Viagem e Modernismo”, uma abordagem sobre as viagens de Mário de Andrade, promovida pela Escola de Artes Visuais.

A programação conta ainda com o Sarau Lírico em homenagem à Heitor Villa-Lobos, apresentado pelo Coral Lírico de Minas Gerais, e com a intervenção de dança “Hoje 730”, da Cia de Dança Palácio das Artes. O visitante também terá a acesso a uma sala especial onde ocorrerá a exibição de vídeos do Festival Villa-Lobos, iniciativa da produtora cultural Carminha Guerra, que reuniu representantes da música instrumental mineira como Gilvan de Oliveira, Família Barros, Patrícia Valadão, Celso Faria e Mauro Rodrigues, dentre outros, para homenagear o compositor, principal nome do modernismo brasileiro na música.

De acordo com Luciana Salles, diretora cultural da Fundação Clóvis Salgado, as atividades educativas e artísticas são essenciais para ampliar a potencialidade do projeto. “É muito importante para nós ocupar a Grande Galeria para além de sua utilização primeira. Principalmente, pela possibilidade de oferecer atividades para diferentes públicos, como o Sarau Lírico, a ocupação da Cia de Dança Palácio das Artes e as atividades do Cefart. Também é providencial o encontro de instrumentistas mineiros para homenagear o mestre Villa-Lobos, pois evidencia a importância do barroco mineiro no modernismo e na formação da identidade cultural brasileira. Villa-Lobos foi influenciado pela mineiridade, assim como influenciou a música brasileira”.

Percurso Modernista, projeto que integra o programa O Modernismo em Minas Gerais, tem curadoria do pesquisador Epaminondas Bittencourt, celebra o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, em uma parceria entre Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, Fundação Clóvis Salgado, Ministério Público de Minas Gerais e APPA Arte e Cultura.

Confira a programação completa AQUI

 

 

16 3 2022 minipercurso

Imagem: Paulo Lacerda /FCS.

Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard recebe obras em grandes dimensões que revelam o brilhantismo e domínio do artista na técnica da aquarela

Após ocupar o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e a Fundação Iberê, em Porto Alegre, a exposição Nemer – aquarelas recentes chega ao Palácio das Artes. A partir do dia 19 de abril até 5 de junho de 2022, a Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard recebe as formas orgânicas e geométricas do artista mineiro José Alberto Nemer, expressadas por meio de uma coleção de telas criadas durante dois anos de trabalho, a maior parte durante o período de isolamento social. Com curadoria de Agnaldo Farias, a mostra itinerante reúne trabalhos inéditos – 30 obras em dimensões médias e grandes, e uma série de 23 conjuntos, intitulada Geometria Residual, que reúne aquarelas pequenas e fotografias.

Pertencente à geração dos chamados Desenhistas Mineiros, que se afirmou no cenário da arte brasileira, a partir da década de 1970, Nemer ocupa mais uma vez a Grande Galeria com uma individual. Além de apresentar um trabalho virtuoso, a exposição reafirma a importância de uma mostra que dá vazão exclusiva à expressão artística da aquarela, a qual Nemer mostra brilhante domínio.

Para Agnaldo Farias, os trabalhos de Nemer propiciam um intermitente confronto entre uma orientação construtiva e um impulso orgânico. Diluídos na água, seus pigmentos correm pela folha, adivinhando suas minúsculas fissuras e revelando o acidentado da topografia do papel. Produzidas sobre papel francês, as aquarelas revelam quadrados, retângulos, grelhas, hachuras, círculos, trapézios, elipses, cruzes e arcos, que se entrelaçam em diferentes formatos e configurações. Nemer – aquarelas recentes consolida a bem-sucedida iniciativa de estimular e divulgar as artes visuais mineiras, campo no qual Minas Gerais alcança destaque histórico no país.

Aceitar o imprevisível
Da ideia até a concepção, a exposição a ser apresentada na Grande Galeria é resultado de uma curadoria atenta, feita por Agnaldo Farias, também responsável por organizar a última exposição de Nemer, em 2019. “A exposição reúne dois anos de trabalho, a maior parte produzida durante a pandemia. Foi um momento solitário e altamente reflexivo”, conta o artista. “A mostra atual reúne trabalhos inéditos, cerca de 30 obras em dimensões médias, de 100 por 100 centímetros, e grandes, de 150 por 200 centímetros. Inclui ainda a série Geometria Residual, 23 conjuntos com um diálogo entre aquarelas pequenas, de 10 por 7 centímetros, e fotos”, explica o artista.

Ao contar sobre seu processo de criação, Nemer destaca a importância da aquarela em sua trajetória pessoal e profissional. “Não exagero quando digo que a aquarela me ensina a viver. Me ensina a aceitar o imponderável. A aquarela obedece ao controle da criação até certo ponto. A partir daí ela se torna indomável. O pigmento com água numa superfície grande e branca do papel tem um comportamento imprevisível. O desafio está justamente em incorporar o aleatório, transformar a surpresa em linguagem”.

O trabalho de Nemer é construído a partir de um olhar gestual, que une a geometria às manchas, o previsível ao imprevisível. “Às vezes eu começo construindo uma geometria, que na metade acaba se desconstruindo; é quando você reconhece que a aquarela é indomável, escorre até onde ela quer escorrer e o pigmento se concentra onde sequer imaginávamos. Todos os deslizes, todos os ‘erros’ são incorporados e fazem parte do processo não só da aquarela, mas da arte como um todo”, diz Nemer.

Arte e psicanálise
Nas telas de Nemer, o preto chama a atenção, uma cor pouco usada na técnica e terminantemente proibida na época em que estudou na Escola de Belas Artes: “Durante o curso, senti uma atração muito grande pela aquarela como técnica. Cada vez que eu começava a pintar, os professores vinham e diziam: ‘a aquarela tem que ser mais transparente, e você está pesando muito. Isso aí está mais para guache do que para aquarela’. Outras vezes colocava um preto, e eles voltavam e falavam: ‘atenção, nunca se usa o preto na aquarela’. Foi aí que guardei a aquarela e me dediquei ao desenho. Os anos passaram e, em um processo terapêutico, resolvi fazer algumas reflexões desenhadas e com aquarela. E, sintomaticamente, comecei pelo preto e nunca mais parei”, conta.

Foi por meio da psicanálise que a aquarela entrou na vida do artista. “Perguntei à analista se podia fazer um relatório usando aquarelas, e a técnica se adequou à minha introspecção e silêncio, ao meu temperamento. Domou a vontade de controle sobre tudo”, conta. A partir daí veio a primeira série, intitulada “Ilusões Cotidianas”, exposta, nos anos 1980, em São Paulo e na Bienal de Cuba.

Atmosfera intimista – Segundo o artista, o público será apresentado a uma exposição que se desvela em seus mistérios e sutilezas. A expografia da Grande Galeria foi pensada com o intuito de cumprir esse papel. “A exposição tem uma atmosfera intimista, de câmera, e não de orquestra grandiloquente. A produção do espaço, com pessoas sensíveis, tem sido muito atenta a esse detalhe. Experiências anteriores me mostraram o quanto os visitantes se sensibilizam quando veem algo em surdina. Elas até falam baixo, se envolvem com aquilo que está sendo mostrado. Esta é uma recompensa para o artista, o fato de mostrar a obra e sentir que ela é vista como se deve”, conta Nemer.

Por fim, como artista visual mineiro, Nemer destaca a importância da gestão cultural pública, essencial na consolidação do percurso profissional dos artistas. “O panorama da cultura brasileira é muito rico, mas as políticas públicas, no geral, têm dificuldade de acompanhar. Esse é um desafio constante que todo artista brasileiro tem”, conta o artista. Dentre os caminhos que percorreu, a mostra Nemer - aquarelas recentes contribui de forma significativa em sua trajetória. “A exposição que chega agora ao Palácio das Artes, depois de passar pelo Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e pela Fundação Iberê, em Porto Alegre, é um exemplo positivo de acolhida por parte das instituições. Todos os três espaços fazem um trabalho sério e dinâmico e que devem servir de parâmetro quando se fala em gestão cultural”, comenta.

Nemer
José Alberto Nemer é artista plástico e doutor em Artes Plásticas pela Université de Paris VIII. Lecionou em universidades brasileiras e estrangeiras, como a UFMG (1974 a 1998) e a Université de Paris III-Sorbonne (1974 a 1979). Pertencente a geração dos chamados desenhistas mineiros, que se afirmou no cenário da arte brasileira a partir da década de 1970, Nemer participa de salões e bienais no Brasil e no exterior. Sua obra obteve, entre outros, o Prêmio Museu de Arte Contemporânea da USP (1969), Prêmios Museu de Arte de Belo Horizonte (1970 e 1982), Prêmios Museu de Arte Contemporânea do Paraná na Mostra do Desenho Brasileiro, (1974 e 1982), Grande Prêmio de Viagem à Europa no Salão Global (1973), Prêmio Museu de Arte Moderna de São Paulo no Panorama da Arte Brasileira (1980), entre outros.

Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a exposição Nemer – aquarelas recentes, que tem correalização da APPA - Arte e Cultura, patrocínio máster da Cemig, ArcellorMittal, Instituto Unimed-BH, AngloGold Ashanti e Usiminas,  e patrocínio prata da Vivo, por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura. Tem apoio cultural do Instituto Hermes Pardini.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

 

 

8 4 2022 miniexposicao

Imagem: Rafael Motta

Aryanne Ribeiro ocupará a presidência da entidade durante a gestão 2022/2023; Encontro realizado em janeiro também elegeu a nova mesa diretora do ConECta

O Fórum Nacional de Conselhos Estaduais de Cultura (ConECta) elegeu, em 20 de janeiro deste ano, sua nova mesa diretora, durante encontro virtual realizado por meio de plataforma de videoconferência. Aryanne Ribeiro, vice-presidente do Conselho Estadual de Política Cultural de Minas Gerais (Consec), assume a titularidade do ConEcta para a gestão 2022/2023.

A chapa conta, ainda, com Jocimar Gonçalves (PE), vice-presidente; Edson Schubert (SC), coordenador da Região Sul; Sebastião “Sabá” Moura (RO), coordenador da Região Norte; Poliana Sepúlveda (PI), coordenadora da Região Nordeste; e Flávia Burlamaqui, presidente do Conselho Estadual de Cultura do Acre e secretária executiva do ConEcta. Márcio Caires Chaves, assessor político e representante da Bahia, permanecerá no cargo ocupado na gestão anterior.

Também participaram da reunião, Elaine Dutra, presidente do Conselho Estadual de Cultura do Maranhão; Jocimar Gonçalves da Silva, presidente do Conselho Estadual de Política Cultural de Pernambuco; Maria das Graças Castro e Silva, vice-presidente e representante das Ong’s do Conselho Estadual de Política Cultural do Ceará; e Poliana Sepúlveda Cavalcanti, representante do Conselho Estadual de Cultura do Piauí.; Sebastião “Sabá” Moura, presidente do Conselho Estadual de Cultura de Roraima.

Também estiveram presentes no encontro virtual, Edson Gellert Schubert, vice-presidente e representante do Setorial Cultura Popular e Diversidade do Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina, Valdete Souza, presidente do Conselho Estadual de Política Cultural de Rondônia, e Silvio Roberto Silva Portugal, presidente do Conselho Estadual de Cultura da Bahia.

O Fórum Nacional de Conselhos Estaduais de Cultura (ConECta) foi criado em agosto de 1998. A entidade tem como principal missão promover a articulação e a cooperação entre os conselhos estaduais de cultura.

 

16 3 2022 miniconecta

Um álbum de música de câmara contemporânea feito e interpretado por mulheres

De que modo as mulheres compositoras expressam suas ideias no mundo de hoje? Que temas têm provocado suas composições? E na passagem do século XIX ao XX? Como os processos culturais de diferentes épocas influenciam sonoridades, estéticas musicais e ganham forma no conjunto de instrumentos violino, viola, violoncelo e piano? Hoje, 100 anos após a Semana de Arte Moderna e sua manifestação em oposição à cultura e à arte de teor conservador, qual a participação de mulheres compositoras no universo da música erudita? Atentas às brumas do futuro, às fúrias da banalização da vida neste século XXI e à busca por respostas a essas perguntas, as musicistas do Quarteto Boulanger – Jovana Trifunovic (violino/Sérvia), Flávia Motta (viola/Brasil), Lina Radovanovic (violoncelo/Sérvia) e Ayumi Shigeta (piano/Japão – lançam, neste mês de abril, o CD Entre brumas e fúrias, álbum de música de câmara contemporânea, feito e interpretado por mulheres. O lançamento do disco será no dia 9 de abril, às 18h, na Fundação de Educação Artística – FEA, em Belo Horizonte (MG), com ingressos a R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), e, nos dias 19 e 21 de abril, na Praça das Artes – Sala do Conservatório, no complexo do Theatro Municipal de São Paulo, com ingressos a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

O Quarteto Boulanger é formado pelas musicistas Jovana Trifunovic (violino/Sérvia), Flávia Motta (viola/Brasil), Lina Radovanovic (violoncelo/Sérvia) e Ayumi Shigeta (piano/Japão). Todas com vasta experiência internacional, as quatro acabaram se encontrando no Brasil por meio da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. A convivência de quase uma década e a vontade de criar sons na intimidade da música de câmara motivaram, em 2016, a formação do Quarteto e, já em 2017, a gravação do álbum Folhagens, com obras do compositor contemporâneo Harry Crowl.

O nome do grupo é uma expressa homenagem a uma das maiores mulheres da História da Música, a compositora, regente e professora Nadia Boulanger (França, 1887-1979). Cada vez mais inspiradas em Boulanger, as quatro componentes do grupo têm buscado, com suas visões e ideias sobre o trabalho musical em nível de excelência, incrementar a pesquisa e a divulgação do campo composicional feminino para sua formação musical.

“Todas nós levamos cerca de 20 anos tocando música erudita de diferentes gêneros e estilos, tanto no Brasil quanto no exterior. São programas sempre muito variados, com compositores famosos e, também, compositores pouco conhecidos. Mas a verdade é que, poucas vezes, compositoras, mulheres, fizeram parte do enorme repertório que já ensaiamos e tocamos”, relata a violista do Quarteto, Flávia Motta.

Tornou-se um desafio mundial conquistar a escuta de múltiplas vozes nas sociedades modernas e isso se reflete na música de concerto. Em recente pesquisa da Fundação Donne (donne-uk.org), com sede em Londres, dentre 100 orquestras de 27 países analisados na temporada 2020-2021, apenas 5% das 14.747 obras apresentadas foram compostas por mulheres. Mais ainda: apenas 1,11% das peças foram compostas por mulheres negras e asiáticas. Outro dado alarmante é que, de todo o repertório, somente 2,43% corresponde a obras compostas por homens negros e asiáticos. “A história — diz o chefe executivo da Royal Philharmonic Society, James Murphy — fez o brilhante trabalho de nos fazer pensar que a música clássica é branca e masculina. Não é”.

É nesse contexto que o próprio álbum Entre brumas e fúrias foi ganhando forma e estimulando as musicistas do Quarteto Boulanger a gravar/encomendar cinco peças a cinco compositoras brasileiras, com idades entre 37 e 88 anos. “Cada uma tem seu próprio estilo, sua própria linguagem. E cada uma também nos ofereceu um tema diferente, sem que a gente tivesse pedido que fosse assim, seja nas duas obras que já estavam prontas — mas ainda inéditas —, seja nas obras encomendadas especialmente para esse trabalho”, comenta Flávia Motta. Ao final, diz a pianista Ayumi Shigeta, “juntas, compositoras e intérpretes tornamos visíveis e audíveis nossas visões musicais e percepções sobre a época em que vivemos. Creio que, dessa forma, podemos contribuir para a descoberta de outras nuances e formas de interpretação da vida e da arte”.

Gravado com recursos do Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte, o CD estará disponível, nas principais plataformas de streaming, a partir de 9 de abril, data do lançamento. No Brasil, o álbum será distribuído pela Tratore, que disponibiliza a venda pelo site www.tratore.com.br, no valor de R$ 20, assim como nas lojas digitais (amazon.com.bramericanas.com e submarino.com, dentre outras) e nas lojas especializadas, como Acústica CD (rua Fernandes Tourinho, 300, Savassi) e Discoplay (rua Tupis, 70, Centro), em Belo Horizonte (MG).

O Quarteto Boulanger
Formado pelas musicistas Jovana Trifunovic (violino/Sérvia), Flávia Motta (viola/Brasil), Lina Radovanovic (violoncelo/Sérvia) e Ayumi Shigeta (piano/Japão), todas com vasta experiência internacional. As quatro acabaram se encontrando, no Brasil, por meio da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. A convivência de quase uma década e a vontade de criar sons na intimidade da música de câmara motivaram, em 2016, a formação do Quarteto e, já em 2017, a gravação do álbum Folhagens, com obras do compositor contemporâneo Harry Crowl.

Entre brumas e fúrias é o segundo álbum do Quarteto, e foi gravado em setembro de 2021, em Belo Horizonte, no estúdio New Doors Vintage Keys, sob a direção artística e de gravação de Dirceu Saggin. Além do álbum e do concerto de lançamento, realizados com recursos do Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte (Lmic-PBH/2020), o projeto desenvolveu uma série com três episódios sobre música “tradicional” e “não convencional”. Os vídeos estão disponíveis no canal YouTube do Quarteto e trazem os temas “música contemporânea”, “mulheres e música de câmara” e “vida & arte”.

 

Serviço:
Lançamento CD “Entre brumas e fúrias” – Quarteto Boulanger
Belo Horizonte (MG) – 9 de abril, às 18hLocal: Fundação de Educação Artística – FEA - Sala Sérgio Magnani
Dia 9 de abril, às 18h – Evento presencial
Ingressos RS 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Vendas na bilheteria da FEA 1h antes do evento (Rua Gonçalves Dias,320 – Funcionários – Belo Horizonte/MG)
Classificação livre

 

 

8 4 2022 miniquarteto

Imagem: Alexandre Rezende

Durante encontro, conselheiros deliberam sobre as ações realizadas pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo para a recuperação das atividades

Com a proposta de avaliar as iniciativas da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) para o estímulo às atividades turísticas, o Conselho Estadual de Turismo (CET) realizou a 52ª Reunião Ordinária – e primeira do ano – na quarta-feira (16/3). O encontro virtual contou com a presença do governador Romeu Zema, do secretário de estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, da subsecretária de Turismo, Milena Pedrosa, além de conselheiros do órgão colegiado e outros representantes do setor.

Minas em destaque
Durante sua participação, o governador Romeu Zema destacou a força do setor turístico em Minas Gerais. “Somos um estado com grande potencial. Estamos próximos das grandes metrópoles do Brasil e temos características únicas, como as cidades históricas, a gastronomia. Basta divulgarmos ainda mais que tudo isso existe aqui em Minas Gerais que os brasileiros vão vir pra cá. Nós também somos um povo reconhecidamente hospitaleiro e que carrega essa mineiridade, nosso grande diferencial”, destacou o governador.

Romeu Zema também pontuou sobre a posição que Minas tem ocupado no cenário turístico do Brasil. O estado foi considerado o mais seguro no país, segundo levantamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). “Assumimos a posição de estado mais seguro do Brasil, algo que qualquer turista valoriza. Nesse ponto, minas está bem à frente dos demais estados. Isso nos orgulha e isso com certeza faz a diferença para quem quer viajar quer viajar, e Minas pode se tornar um destino turístico ainda mais forte”, disse.

O governador ressaltou, ainda, outros atrativos turísticos que podem ser potencializados em Minas Gerais. Um dos exemplos é o turismo de negócios, reconhecida vocação de algumas cidades do estado. “Nós temos atraído novos negócios para o estado num volume sem comparação, rompendo, inclusive, a barreira dos R$ 210 bilhões. Queremos que o turismo participe ativamente desse momento. É um grande gerador de empregos, atrai divisas e terá total apoio do meu governo”, finalizou Romeu Zema.

Ações integradas
Com a retomada gradual das atividades no contexto de reabertura de diversos setores no estado, o turismo em Minas Gerais tem mostrado sólida recuperação. É com essa perspectiva que a Secult tem promovido diversas ações para fortalecer o setor no estado, bem como ampliar a geração de emprego e renda. Segundo o secretário Leônidas Oliveira, uma das principais iniciativas da pasta é promover a constante transversalidade entre o turismo e a cultura, proporcionando novas experiências à cadeia produtiva do segmento.

“A transversalidade com o turismo está acontecendo de uma forma muito interessante. Hoje, 72% do turismo em Minas Gerais é um turismo cultural, e essas duas áreas devem ter uma aproximação cada vez mais sólida. Estamos desenvolvendo ações que têm esse objetivo claro, que é o de promover uma integralidade entre esses dois setores tão importantes e que contribuem constantemente para a geração de emprego e renda. Nesse contexto de reabertura, essas ações serão ainda mais importantes”, pontou Leônidas Oliveira.

Durante a Reunião Ordinária, os conselheiros também deliberaram sobre os projetos e programas da Secult para o fomento turístico. Uma dessas iniciativas é o Via Liberdade, Projeto realizado pelos governos de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de Goiás e do Distrito Federal e que propõe estruturar uma nova rota turística e cultural, interligando as belezas históricas, culturais e artísticas entre os quatro estados. O projeto busca as oportunidades turísticas contidas no percurso de 1.179 quilômetros da BR-040 por meio de ações e programas estratégicos.

A pauta do CET também contemplou o Ano da Mineiridade, iniciativa do Governo de Minas para homenagear a população e suas características, valorizando a cozinha mineira e a cultura local, com a marca do acolhimento. Estão previstas, para 2022, exposições que falam da mineiridade, um inventário da cozinha mineira, uma ópera sobre Aleijadinho e outras atrações culturais realizadas junto com a estruturação de políticas públicas que vão evidenciar a unicidade de Minas Gerais, atraindo mais turistas.

A próxima reunião extraordinária do conselho está marcada para abril.

O Conselho Estadual de Turismo (CET) foi instituído pela Lei nº 8.502, de 19 de dezembro de 1983. O CET é um colegiado de caráter consultivo, propositivo e deliberativo e órgão superior de assessoramento e integração da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), que tem por finalidade propor ações e oferecer subsídios para a formulação da Política Estadual de Turismo e apoiar sua execução, com vistas a sua consolidação e continuidade.

O conselho é composto pelas principais entidades representativas do turismo em Minas Gerais, contemplando setores de transportes, agências de viagens, alimentação, hospedagem e guias de turismo. Atualmente, o CET possui 21 entidades da sociedade civil e 13 do setor público totalizando 68 membros (titulares e suplentes).

 

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Sessão presencial do tradicional Cinema e Psicanálise, no dia 6 de maio (segunda-feira), às 19h, no Cine Humberto Mauro, exibe o clássico Laranja Mecânica (1971), de Stanley Kubrick, com debate e comentários após a sessão com a presença de Antônio Teixeira

Entre os dias 15 de abril e 8 de maio, a Fundação Clóvis Salgado, por meio do Cine Humberto Mauro, exibe uma mostra inédita em homenagem ao icônico cineasta norte-americano Peter Bogdanovich. A programação percorre por diversos filmes relevantes da carreira do diretor e, consequentemente, da história do cinema.

Falecido em janeiro de 2022, Peter Bogdanovich marcou a história do cinema como um dos grandes autores e historiadores da sétima arte. O norte-americano é também reconhecido como um dos maiores nomes na busca pela preservação da história do cinema, realizando grandiosos trabalhos de repertório de crítica e resgate cinematográficos ao longo de sua trajetória. A mostra homenageia a célebre carreira do diretor, exibindo os seus filmes de maior destaque em conjunto com obras clássicas dos gêneros Screwball Comedy, melodrama e faroeste.

O público também terá a oportunidade de conferir as tradicionais sessões Cinema e Psicanálise e História Permanente do Cinema, seguidas de debates presenciais e on-line no canal do Youtube da Fundação Clóvis Salgado. Com entrada gratuita, os ingressos serão distribuídos durante o horário de funcionamento da bilheteria, no dia de cada sessão, com lotação máxima do cinema de 133 lugares, além de quatro espaços reservados para cadeirantes.

Nova Hollywood
Bogdanovich fez parte de uma geração de realizadores que também eram estudiosos e pensadores da sétima arte, abordando em seus filmes homenagens à história do cinema, além de inovações e aprimoramentos no objeto da linguagem. “A relevância de Bogdanovich para a história do cinema é muito ligada à geração da Nova Hollywood. Ele fazia parte do conjunto de cineastas que ajudou a mudar a cara dos filmes que estavam sendo feitos em Hollywood, que vinha de uma grande crise nos anos 1960. A partir daí, existiram diversas vanguardas cinematográficas que mudaram a perspectiva do Cinema Clássico. Essa geração tem a característica de ser cinéfila, de refletir e escrever sobre cinema e depois realizar seus próprios filmes, sempre em um tom de homenagem ao cinema e de atualização dos novos tempos, que decorriam de diversas mudanças sociais. Dentro dessa linhagem, o Bogdanovich é um dos mais lembrados. Muito por seu trabalho de resgate cinematográfico, de organização de retrospectivas, além de entrevistas com cineastas que não eram tão reconhecidos, colocando-os no patamar de autores. Ele possuía essa visão do diretor de cinema como autor, algo que surgiu muito nos anos 1960”, explica Vítor Miranda, da Gerência do Cine Humberto Mauro.

Relevância contemporânea
O diretor coleciona uma série de admiradores emblemáticos do cinema contemporâneo. Nomes como Wes Anderson e Quentin Tarantino são fãs confessos e desfrutam dos ensinamentos deixados pelo cineasta na produção de seus próprios filmes. Para Vítor Miranda, a geração de Bogdanovich é a conexão entre o Cinema Clássico e o cinema contemporâneo. “Os diretores contemporâneos que são influenciados por essa geração, especificamente, pelo Bogdanovich, como Wes Anderson, Quentin Tarantino e Noah Baumbach, são diretores extremamente inspirados por essa ponte entre o Cinema Clássico e o cinema contemporâneo. Neste ano de seu falecimento, muitos diretores manifestaram-se a respeito, dizendo o quanto a carreira do cineasta foi importante para os seus próprios filmes. Ele continua extremamente relevante para quem gosta de cinema, muito porque pertenceu a Nova Hollywood, uma geração que até hoje é imensamente celebrada”, cita Vítor.

Filmes que contam a história do cinema
A programação da mostra percorre filmes extremamente relevantes e imprescindíveis para a história do cinema. Buscando não apenas homenagear os feitos de Bogdanovich como diretor, mas também como um grande pesquisador e crítico que se empenhava na preservação e restauração da arte. “Além de exibir os seus principais filmes, também vamos fazer uma homenagem ao seu trabalho como historiador, crítico e cinéfilo. Vamos fazer algumas sessões combinadas com seus filmes e como eles dialogam com o Cinema Clássico e com filmes que ele era muito fã, além de filmes que o inspirou a fazer os seus próprios. Bogdanovich também possui filmes de terror, além de partir para uma linha da Screwball Comedy e do melodrama, sempre com tom nostálgico, de referências a outras épocas cinematográficas e a diretores que ele admirava. A mostra também possui um documentário que ele realizou sobre John Ford, além de filmes dele que foram pouco vistos e comentados. Também vamos exibir os grandes destaques da sua carreira, como ‘A Última Sessão de Cinema’, ‘Lua de Papel’ e ‘Essa Pequena é uma Parada’. Também há filmes que ele realizou que não necessariamente foram sucesso de público, mas que estão sendo redescobertos hoje em dia. Depois que Bogdanovich faleceu, existe esse movimento de retornar e pensar a obra dele com o mundo de hoje e com outro viés”, finaliza Vítor Miranda.

Debates e sessões comentadas
As tradicionais sessões dos encontros Cinema e Psicanálise e História Permanente do Cinema também estão presentes na mostra. As sessões comentadas iniciam-se no dia 25 de abril (segunda-feira), às 19h, com um encontro on-line abordando o longa Duas Vidas (1939), de Leo McCarey, através do canal do YouTube da FCS, com a presença de Vítor Miranda.

No dia 28 de abril (quinta-feira), às 17h, a mostra conta com um debate presencial, no Cine Humberto Mauro, do filme Rio Vermelho (1948), de Howard Hawks. Já no dia 2 de maio (segunda-feira), os encontros do HPC encerram-se com a sessão comentada d’A Face Oculta (1961), de Marlon Brando, através do canal do YouTube da FCS, com a presença de Wallace Andrioli. A mostra também conta com uma sessão presencial do tradicional Cinema e Psicanálise, no dia 6 de maio (segunda-feira), às 19h, no Cine Humberto Mauro, com debate e comentários após a sessão do clássico Laranja Mecânica (1971), de Stanley Kubrick, com a presença de Antônio Teixeira.

Confira a programação completa da mostra AQUI.

Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a mostra Homenagem a Peter Bogdanovich que tem correalização da APPA – Arte e Cultura, patrocínio master da Cemig, ArcellorMittal, Instituto Unimed-BH, AngloGold Ashanti e Usiminas, por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura, além do apoio cultural do Instituto Hermes Pardini. 

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

 

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Espaço traz a história do desenvolvimento do comércio na capital e conta com instalações interativas e tecnológicas

O Circuito Liberdade ganhou nesta terça-feira (15/3), mais um equipamento: o Ponto Cultural CDL.  Localizado na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), na Avenida João Pinheiro – 495, distante 1,2 km da Praça da Liberdade e com entrada gratuita, o espaço expositivo trata da relação entre Belo Horizonte e o setor do comércio sob várias perspectivas. Nas instalações do Ponto Cultural é apresentada a história da capital mineira, desde sua fundação até os dias atuais, as experiências e a sinergia entre comércio e o turismo, suas relações construídas ao longo do tempo e os aspectos culturais da cidade.

Segundo o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, Belo Horizonte é uma cidade que vive essencialmente do comércio. “Nascemos, crescemos e nos desenvolvemos a partir da ação de comerciantes. A CDL/BH tem um papel importantíssimo na estruturação do comércio da capital. Ao integrar o Ponto Cultural CDL ao Circuito Liberdade, um espaço que conta de forma detalhada o desenvolvimento desse setor, desde a inauguração da cidade até a contemporaneidade, conseguimos contar a vida cotidiana de Belo Horizonte e também as mineiridades”, disse.

O o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, celebrou a chegada desse novo espaço ao Circuito Liberdade. “Ter o Ponto Cultural CDL integrado ao Circuito Liberdade é uma grande conquista, não só para a CDL/BH, mas principalmente para a cidade. O comércio é parte fundamental de nossa história, por muitas vezes ele foi e é mecanismo de luta e transformação de nossa sociedade. Fazer parte do circuito é conceder ao setor sua importância histórica e cultural”, destacou. 

Sobre o Ponto Cultural
Ao chegar ao Ponto Cultural CDL, o visitante percorre a “Galeria Rampa”, um espaço destinado à intervenção de artistas regionais com ocupação dinâmica e temáticas ligadas direta ou indiretamente ao universo do comércio.

Após a rampa, o visitante é recepcionado pelo “Infovídeo”, que utiliza um mapa gráfico de Belo Horizonte como fio condutor para mostrar a força e a importância dos comerciantes para o desenvolvimento da capital. O vídeo combina informações práticas, históricas e simbólicas ao ritmo de uma trilha sonora ágil e contemporânea.

Em seguida, a “Linha do Tempo”, que é dividida em três eixos (Brasil/Mundo, Comércio e Belo Horizonte), destaca fatos históricos relevantes entre as décadas de 1890 e 2010 e apresenta informações como população, PIB, greves, revoltas, planos econômicos e mudanças de moeda. São distribuídos, ao longo deste módulo, três monitores que apontam relatos sobre as consequências da Segunda Guerra Mundial no comércio de Belo Horizonte, os primeiros anos da CDL/BH e o Monitor de Continuidade, que possibilita a atualização dos fatos no decorrer do tempo. Sobre a bancada são expostas moedas e diversas máquinas adotadas ao longo das décadas.

Os “Vídeos Poéticos”, acima da linha do tempo, relacionam o ritmo da cidade ao comércio, a visualidades arquitetônica do passado e do presente, e a pujança do comércio nas regiões descentralizadas.

Ao centro do espaço expositivo, está a “Mesa CDL” dedicada à exposição de conteúdo histórico, produções gráficas e principais ações e projetos da CDL/BH. Já o módulo “Comércio e a Cidade” fala sobre as relações construídas entre o comércio e a sociedade de Belo Horizonte, exibindo em 12 caixas cenográficas uma interpretação artística da relação entre as pessoas e os lugares, o homem e os objetos.

Ao fim da visitação, o visitante é surpreendido pelo “Monitor Inovação” que traz, com olhar conceitual e aspectos inovadores aplicados ao varejo, e constrói uma transição entre o Ponto Cultural CDL e o Varejo Inteligente, um espaço de coworking onde estão abrigadas as startups voltadas ao varejo, e também o espaço de convivência do associado da entidade.

“O Ponto Cultural CDL configura um espaço identitário, não só para a atividade comercial em si, mas para a sociedade como um todo, já que o comércio está intrinsecamente relacionado à cidade”, finaliza o presidente da CDL/BH.

Sobre o Circuito Liberdade
O Circuito Liberdade foi criado em 2010, após a inauguração da Cidade Administrativa e a transferência oficial da sede do governo da Praça da Liberdade para a região Norte de Belo Horizonte. A sua criação visava transformar os prédios históricos esvaziados em espaços com vocação para a arte, a cultura e a preservação do patrimônio, reunidos como complexo cultural referência para moradores da capital mineira e visitantes.

Hoje o Circuito Liberdade é composto por 34 instituições, que permeiam por diferentes aspectos do universo cultural e artístico. Dentre os equipamentos culturais em funcionamento, 13 são geridos diretamente pelo Governo do Estado e os outros funcionam por meio de parcerias público-privadas ou parcerias com instituições públicas federais. Mais informações sobre o circuito estão disponíveis em www.circuitoliberdade.mg.gov.br

Ponto Cultural CDL – Circuito Liberdade
Local: Sede CDL/BH – Avenida João Pinheiro, 495 - Bairro Boa Viagem
Entrada gratuita

Funcionamento:

  • Visitas livres: terça a sexta-feira, de 10h às 15h
  • Visitas mediadas às quartas, nos horários: 9h30 ás 10h30; 11h às 12h; 14h ás 15h e 15h30 às 17h
  • As visitas mediadas devem ser agendadas

 

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Imagem: Alessandro Carvalho /CDL-BH

Atração estreia com cozinha mineira e tradições culturais em programa que é exibido em duas partes, nos dias 08 e 15 de abri

O “Ano da Mineiridade” começa no Brasil das Gerais, da Rede Minas. A temática é apresentada no programa em uma edição especial por mês. Com foco em regionalidade, comportamento e tradição, a atração vai destacar o patrimônio de Minas Gerais e os mineiros. Para estrear o especial, o Brasil das Gerais traz a cozinha mineira e as tradições regionais para o debate. Dividido em duas partes que serão exibidas nos dias 8 e 15 de abril, o programa recebe as chefs Rosilene Campolina e Márcia Nunes, além de outros convidados. Em um bate-papo com a jornalista Patrícia Pinho, elas confirmam os versos de José Duduca de Moraes e provam que quem conhece Minas Gerais “não esquece jamais”.

Pode-se dizer que o mineiro “prende pela boca”. A expressão confirma aquilo que moradores e turistas conhecem: o sabor da cozinha mineira. A valorização entrou na pauta do governo, que deu início ao processo de reconhecimento da culinária como patrimônio. A riqueza dos ingredientes e pratos estão na edição de estreia do “Ano da Mineiridade”, do Brasil das Gerais, desta sexta (08). Além de Rosilene Campolina e Márcia Nunes, o programa ainda conta com a participação de produtores do sul de Minas. A atração traz os depoimentos de Gláucio Peron, produtor de doces de Poços de Caldas que fez uma iguaria de abóbora de 633 quilos e entrou no livro dos recordes, e Osvaldinho Filho, de Alagoa, premiado na França com o queijo artesanal.

A riqueza cultural é tema da segunda parte do especial deste mês, “Ano da Mineiridade”, no dia 15/04. As tradições mineiras ganham espaço no programa. Márcia Nunes, que também é historiadora, tempera o assunto com o seu livro “Festa do Rosário do Serro”. A atração traz, também, depoimentos de Fabiano Rabelo, caboclo da Festa do Rosário do Serro, e a varginhense Angelina Almeida, que herdou do pai a tradição da cabaça, do plantio à produção de peças artesanais.

Ano da Mineiridade
Lançado em março, o Ano da Mineiridade é uma iniciativa do Governo de Minas Gerais e da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) para exaltar Minas Gerais e as características únicas pelas quais o povo mineiro é reconhecido.

Sob o comando de Patrícia Pinho, o especial “Ano da Mineiridade” no programa Brasil das Gerais, será exibido mensalmente. A edição de estreia, dividida em duas partes, vai ao ar às sextas, dias 08 e 15 de abril, às 13h, pela Rede Minas e no site da emissora: redeminas.tv. Após a exibição, o público pode conferir a atração pelo YouTube: youtube.com/brasildasgerais.Serviço:Brasil das Gerais: Ano da Mineiridade (edições mensais)Cozinha mineira e tradições culturais – às sextas, dias 8 e 15 de abril, às 13h, pela Rede Minas e redeminas.tv

COMO SINTONIZAR:redeminas.tv/comosintonizarA Rede Minas está no ar no canal 9 (VHF); Net 20 e Net HD 520; Vivo 9; e através do satélite Brasilsat C2 para a América Latina.ACESSE AS REDES SOCIAIS:www.redeminas.tvfacebook.com/redeminastvinstagram.com/redeminastvtwitter.com/redeminasyoutube.com/redeminas

 

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Equipamento da Secult prestou assessoria técnica à Prefeitura de Ipatinga

Na terça-feira (8/3), o Arquivo Público Mineiro (APM), equipamento administrado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), recebeu a visita de uma comitiva da Prefeitura Municipal de Ipatinga. O município do Vale do Aço realizou a visita dentro do objetivo de instituir seu arquivo público municipal. Dessa forma, a comitiva conheceu a estrutura e o funcionamento do APM, bem como funcionamento da gestão documental do Poder Executivo estadual. 

Participaram da visita o Secretário Municipal Adjunto de Planejamento, Paulo Henrique; a Consultora da Secretaria de Planejamento; e o Diretor do Departamento de Modernização e Estatística, Wilkerson Sarom Rodrigues.

O Arquivo Público Mineiro tem fortalecido suas ações junto aos municípios de Minas Gerais, por meio de assessorias e visitas técnicas que tem como objetivo orientar a criação e o aperfeiçoamento dos arquivos públicos mineiros. “A gestão e a preservação dos documentos públicos é uma obrigação imposta à administração pública pela Constituição Federal e, com essas ações, o APM contribui para consolidar as políticas públicas arquivísticas no interior do Estado”, afirma a Diretora do Arquivo Público Mineiro, Luciane Andrade Resende.

Desde o início das ações de apoio aos municípios, em 2021, foram prestadas aproximadamente 150 assessorias a municípios. Além das assessorias, o APM também oferece capacitações às equipes envolvidas nas atividades de conservação e preservação dos acervos. 

Neste mês de março e no mês de abril, o Arquivo Público Mineiro capacitará as equipes de Barbacena e Itaguara, além de também receber visita do município de Sete Lagoas. 

 

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 2 dia WTM


Equipe compartilhou com agentes e operadores turísticos as iniciativas da pasta no contexto de pós-pandemia

O segundo dia da WTM Latin America 2022 foi marcado por uma série de ações formativas e capacitações realizadas pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult). Na quarta-feira (6/4) a equipe da pasta apresentou aos participantes as iniciativas para a promoção do Destino Minas Gerias. Entre os assuntos abordados durante as palestras, detalhes sobre a Via Liberdade, Destinos Impactados e a Mineiridade. Voltadas a agentes de turismo e operadores do trade no país, as ações evidenciaram, principalmente, o reposicionamento de Minas Gerais como principal destino de visitas no contexto de retomada das atividades turísticas pós-pandemia. Um dos exemplos é a Via Liberdade, maior eixo cultural e turístico do Brasil, ligando os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e o Distrito Federal, em mais de 1.179 quilômetros na BR-040. A rota, que será apresenta ao público na segunda quinzena de abril, integra as comemorações do bicentenário da Independência do Brasil, além de promover destinos estratégicos das quatro regiões que estão ligadas pela via. A proposta também contempla o redescobrimento de destinos brasileiros por meio das belezas naturais ao longo do percurso e as atrações culturais que envolvem o patrimônio brasileiro. Para a secretária de estado adjunta de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa, a participação na WTM é uma ação fundamental para o reposicionamento de Minas. “O estado tem se recuperado de forma sólida no setor turístico, e isso é muito positivo, já que o turismo foi um dos segmentos mais afetados pela pandemia. Estamos aqui na WTM para compartilhar nossa expertise no sentido de recuperação e, ao mesmo tempo, ofertar ao trade o que temos de melhor como povo e como destino”, destacou. As capacitações realizadas também contemplaram a Mineiridade como produto turístico. Durante a palestra “A Mineiridade embalada para o turismo”, os técnicos da superintendência de marketing turístico (SMT), da Secult, destacaram a assinatura mineira como principal atrativo do estado. Em 2022, Minas Gerais celebra o Ano da Mineiridade com uma programação especial, reunindo diversas ações turísticas e culturais. Leia Mais: Mineiridade é o diferencial turístico de Minas Gerais na WTM Latin America 2022Ainda, na programação do segundo dia da WTM, os destinos mineiros impactados por tragédias foram destaque. Na palestra “Redescubra Minas Gerais”, a capacitação evidenciou projetos e programas de retomada turística em destinos como Mariana, Capitólio e Brumadinho. Após diversas ações para a recuperação, os municípios voltaram a figurar na rota de destinos mais procurados pelos turistas. 
Para a agente de viagens Edna Veloso, que participou das três capacitações do dia, a iniciativa da Secult foi fundamental para entender a diversidade que Minas Gerais oferece como destino turístico. “Eu já sabia que Minas tinha se recuperado muito bem nesse cenário de retomada e as pessoas andam curiosas. Mas conhecer mais do estado, principalmente a Via Liberdade, é um diferencial que eu posso oferecer aos meus clientes”, disse. 
Cultura popular no roteiro O segundo dia de WTM foi marcado, novamente, por manifestações culturais que fazem parte da tradição de Minas. O Grupo de Violeiros de Santana dos Montes fez uma apresentação especial para o público. No repertório, diversas composições do cancioneiro popular que encantaram os participantes da feira. No dia anterior, uma grande apresentação de Congado celebrou as influências negras na história de Minas Gerais.

Mostra gratuita reúne obras raras do acervo do museu e aborda os diferentes tipos de trabalho

Em 19 de março, é comemorado o Dia do Artesão. A data também marca os dez anos de atividade do Centro de Arte Popular, equipamento cultural administrado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) e que está localizado no Circuito Liberdade, em Belo Horizonte. Para celebrar esses dois momentos importantes, o espaço inaugura, no sábado (19/3), a exposição Labuta, que reúne um importante acervo do museu, com algumas obras nunca expostas antes, e que abordam os diferentes fazeres.

De acordo com o secretário de estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, a celebração dos dez anos do CAP é motivo de orgulho. “Em uma década, o Centro de Arte Popular tem fomentado a cultura e o turismo em Belo Horizonte ao transformar em arte as múltiplas formas de ofício. Seja no artesanato, um de nossos fazeres característicos, ou em outras linguagens, esse espaço é um importante local do saber, da arte e da cultura”, destaca o titular da Secult.

Percepções sobre a labuta
Entre as várias temáticas que percorrem o acervo do CAP, é inevitável perceber que o “trabalho” e o “fazer” são assuntos que o perpassam como um todo, foi a partir dessa constatação que o grupo de educadores definiu o tema desta exposição. “Trabalho” pode ser entendido como uma atividade que requer disposição de tempo, de força e de certa destreza daquele que o desempenha. Pensando nisso, é possível dizer que o fazer artístico não se diferencia dos trabalhos “tradicionais” como atividade funcional, mas é o único ofício que pode refletir sobre si mesmo e sobre os demais. A arte, assim, equipara-se a uma lente que redireciona o olhar para a sociedade trazendo à luz novas perspectivas a respeito do trabalho.

A mostra faz um recorte da lida e dos labores presentes nas obras do acervo da Reserva Técnica do Centro de Arte Popular. É o resultado do processo de pesquisa e das experiências de Clara Assumpção, estudante de Arte Visuais, Mateus Rodrigues, estudante de História e Raphaela Damato, estudante de Museologia. A exposição exibirá ao público 50 peças do acervo do CAP, dentre esculturas e objetos utilitários produzidos por artistas consagrados da arte popular, dentre eles: Noemisa Batista, Margarida Mendes, Alice Ribeiro, José Maria, Alex Batista, Ulisses Mendes e João Alves.

“Labuta” poderá ser visitada na Sala de Exposições Temporárias da instituição até 1º de maio.  A exposição é o resultado do contato dos educadores do Centro de Arte Popular com o acervo e o universo em que o museu está inserido. Nesse sentido, a mostra é uma experimentação expográfica a partir do rico acervo do CAP, sendo fruto de uma oportunidade de aprendizado e experiência oferecida aos estudantes que atuaram no museu durante o ano de 2021.

A exposição “Labuta” marca o início de uma série de atividades previstas para celebrar o aniversário do CAP e reforça o compromisso da instituição com a educação a partir do momento em que se transforma em laboratório, possibilitando a esses futuros profissionais aplicar seus conhecimentos teóricos, através da experimentação e vivência de todas as etapas de um processo expositivo, desde a concepção até sua concretização.

No ano em que o Centro de Arte Popular completa dez anos, celebra-se também o centenário da Semana de Arte Moderna e o bicentenário da Independência do Brasil, datas que marcaram e mudaram a história do país.  Celebra-se, ainda, o ano da Mineiridade, tão presente na língua, na culinária, na arte popular e nas tradições de cada região do Estado de Minas Gerais.

Angelina Gonçalves, coordenadora do Centro de Arte Popular lembra que, nesses dez anos, a instituição sempre assumiu o papel de centro de irradiação de cultura e manifestações artísticas diversificadas, não somente se concentrando na difusão de suas coleções, mas também disponibilizando ao público visitante uma gama diversificada de atividades culturais, como exposições, oficinas de arte, palestras, apresentações de música, teatro e dança.

A exposição conta com apoio da CEMIG e do Ministério Público do Trabalho.

Acessibilidade
Um destaque importante da exposição “Labuta” é a proposta de acessibilidade para o público surdo: todo o conteúdo da mostra terá vídeos explicativos em Libras, a Linguagem Brasileira de Sinais. Os vídeos poderão ser acessados via celular através de QR Codes que estarão espalhados pelo ambiente da exposição. A iniciativa é fruto de uma parceria com da Secult com a SignumWeb, startup responsável pela criação do projeto de acessibilidade em Libras do Centro de Arte Popular.

Centro de Arte Popular
Localizado nas adjacências da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, o Centro de Arte Popular foi inaugurado em 19 de março de 2012 e exibe ao público a riqueza da cultura produzida pelos artistas populares de Minas Gerais. A instituição tem por objetivo divulgar a pluralidade e a diversidade cultural mineira, dinamizando a produção, o consumo e a fruição artística, além de atuar como poderoso agente de inclusão social.

O acervo do CAP é composto por objetos confeccionados em madeira, cerâmica, tecido, fibras naturais, pedras, além de outros suportes e linguagens. A originalidade e a criatividade do artista popular mineiro estão ao alcance dos olhos dos visitantes, assim como o domínio do fazer artístico sobre as matérias-primas proporcionadas pela natureza.

Produzida de forma espontânea, sem determinação direta dos circuitos acadêmicos de transmissão de saberes e geralmente oriunda dos estratos populares da sociedade, a arte popular revela autonomia e capacidade de subversão em relação aos cânones ditados pelo saber erudito, a despeito do constante fluxo e das trocas que permeiam essas instâncias.

A instituição conta com um programa de ação educativa permanente e produz exposições temporárias, oficinas e eventos diversos relacionados às diversas expressões da arte criadas pelo homem ao longo dos tempos no território que corresponde ao Estado de Minas Gerais.

O Centro de Arte Popular é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

 

Serviço:
Exposição Temporária “Labuta”
Abertura: 19/3 (sábado)
Período de Visitação: de 19/3 a 1º/5
Local: Sala de Exposições Temporárias do Centro de Arte Popular
Endereço: Rua Gonçalves Dias, 1608 - Lourdes - BH/MG
Horário de Funcionamento: Terça a Sexta-Feira, das 12h às 19h, Sábados, Domingos e Feriados, das 11h às 17h

Facebook: https://www.facebook.com/centrodeartepopular.mg/
Instagram: https://www.instagram.com/centrodeartepopular/
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCFQdK9LRHApuhDfTYtENLwg

 

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WTM 22 mini 3

Secretaria de Estado de Cultura e Turismo promove série de ações formativas e promocionais; Evento realizado em São Paulo reúne expositores do mundo todo

Para valorizar a história, as tradições e os costumes do povo mineiro, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) lançou, em 2022, o Ano da Mineiridade, iniciativa que evidencia o sentimento de orgulho dos mineiros. E é com essa perspectiva que a pasta apresenta, na WTM Latin America seu principal produto turístico para promover o Destino Minas Gerais. O evento, que é realizado no Expo Center Norte, em São Paulo (SP), reúne mais de 500 expositores de 33 países e acontece entre os dias 5 e 7 de abril.

Na abertura do evento, na terça-feira (5/4), a equipe técnica da Superintendência de Marketing Turístico (SPT), da Secult, realizou uma série de capacitações com agentes e operadores do trade turístico. As ações foram baseadas em características típicas do turismo em Minas, que é voltado, principalmente, para atividades culturais. Entre os temas abordados durante os encontros, a Via Liberdade, os Destinos Impactados e a Mineiridade.

Segundo o superintendente de Marketing Turístico da Secult, Antonio Franciso, a presença da secretaria em um evento desse porte é fundamental para reforçar a imagem de Minas Gerais como destino. “Nosso maior diferencial é a Mineiridade, uma iniciativa que celebra Minas Gerais em sua essência. Ofertar esse jeito mineiro de ser é uma forma de dizer que essa é a assinatura de Minas e é por causa dela que os turistas querem nos conhecer”, disse. 

Do turismo de experiência às belezas naturais do estado, a Mineiridade tem sido o principal produto ofertado ao trade presente na WTM. O jeito único pelo qual o povo mineiro é reconhecido em todo o país ganhou ainda mais destaque com as ações da Secult para promover o estado na rota de destinos turísticos. O estande da Secult conta com produtos típicos da cozinha mineira, como os queijos e os cafés do Sul de Minas, além das premiadas cachaças produzidas no estado.

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Para os agentes de viagem e operadores de empreendimentos turísticos, a iniciativa de colocar o jeito mineiro como produto principal da feira é uma ação diferenciada. Para a proprietária de uma agência e turismo, Herika Ribeiro, a hospitalidade de Minas Gerais sempre foi reconhecida e buscada por outros viajantes. “Achei interessante usar a Mineiridade como uma atração turística. O estado de vocês é reconhecido por ser hospitaleiro, e ofertar algo assim é muito diferenciado. O “mineirês”, por exemplo, sempre chama a atenção de quem busca Minas como destino de viagem”, disse.

A transversalidade entre a cultura e o turismo mineiros também ganhou destaque na programação do primeiro dia da WTM, com uma apresentação que revela a força das tradições em Minas. A Associação dos Ternos de Congos e Caiapós de São Benedito de Poços de Caldas levou a tradicional celebração de Congado para o Center Norte e encantou os visitantes da feira.

Com a apresentação do grupo, a Secult promoveu, também, outra importante iniciativa para ofertar o Destino Minas Gerais: as Afromineiridades. O objetivo é assegurar maior democratização das políticas públicas da cultura, celebrando, assim, a rica diversidade no estado. Ao longo do ano, serão realizadas uma série de ações para evidenciar a importância do povo negro na formação da identidade mineira.

Outro destaque na WTM é um tapete devocional produzido pela Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP) e que reúne, imagens feitas em serragem da histórica cidade mineira. Os tapetes decoram as ruas de diversas cidades durante o período da Semana Santa e conduzem o público pelo trajeto da Procissão da Ressurreição. O costume faz parte da história de Minas e é um forte atrativo do turismo religioso.

Sobre a WTM Latin America 2022

A WTM é um evento business-to-business (B2B) que traz o mundo para a América Latina e promove a América Latina para o mundo. É o evento no qual a indústria de viagens se reúne para negociar e fechar contratos que contribuem com o posicionamento da região como uma das áreas mais importantes da indústria mundial de viagens e turismo. A feira acontece em São Paulo, onde 15 mil profissionais de viagens e turismo e 500 empresas expositoras se encontram para fazer networking, negociar e descobrir as últimas novidades do setor. 

Por meio de conexões na indústria e o incomparável alcance mundial, a feira cria oportunidades pessoais e comerciais, oferecendo aos clientes, contatos, e conteúdo de qualidade. Os visitantes também têm a oportunidade de descobrir o mundo em um único lugar e expandir o conhecimento por meio de palestras com grandes nomes da indústria.

Iniciativa inédita conta com recursos do Ministério Público de Minas Gerais e terá extensa programação no Palácio das Artes

O governador Romeu Zema participou, nesta segunda-feira (14/3), da solenidade de lançamento do programa” O Modernismo em Minas Gerais”, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. O programa é uma parceria inédita entre a Fundação Clóvis Salgado (FCS), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), e a Appa Arte e Cultura para celebrar o centenário do modernismo brasileiro, representado pela Semana de Arte Moderna de 1922, com destaque para o núcleo modernista de Minas Gerais.

A iniciativa é viabilizada com recursos do Fundo Especial do Ministério Público (Funemp), totalizando R$ 2,4 milhões. A Fundação Clóvis Salgado preparou uma programação para todo ano de 2022 e que vai destacar a participação de Minas Gerais no modernismo, os principais nomes do estado, contribuições em nível nacional e consequências do movimento na cultura.

Entre os destaques da programação estão: Ciclo de debates, Saraus modernistas, Espetáculos musicais, Mostra de Cinema, lançamento de longa-metragem documental, Espetáculo de dança, Concertos Sinfônicos, Mostra Fotográfica, Espetáculo Teatral e Publicações. As atividades acontecerão no Palácio das Artes e de forma virtual.

O evento foi transmitido ao vivo pelo canal de YouTube da Secult, e a íntegra da solenidade de lançamento do programa “O Modernismo em Minas Gerais” pode ser conferida AQUI.

Romper paradigmas
Durante pronunciamento, o governador Romeu Zema afirmou que o Modernismo nos ensinou que, em alguns momentos, é preciso romper com as tradições, porém sem esquecer as nossas origens. “É isso que estamos fazendo na nossa gestão à frente do Governo do Estado. Proporcionando uma maneira diferente de enxergar o poder público e fazer políticas públicas, mas sem desrespeitar os processos que foram duramente desenvolvidos ao longo de décadas. Assim como os Modernistas, estamos quebrando paradigmas para avançarmos”, explicou.

De acordo com Zema, o estado que preserva a sua história e sua cultura é um estado que consegue enxergar melhor as oportunidades. “Não só no sentido de entender as tradições, mas principalmente como forma de avaliar se o que funcionou no passado ainda funciona no presente”, disse.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, a Semana de Arte Moderna teve forte influência em diversos segmentos artísticos e movimentos posteriores a ela. “Foi o nacionalismo antropofágico que levou os modernistas a uma aproximação de uma ideia de brasilidade. A modernidade brasileira propôs e realizou um novo pensamento estético, cultural, artístico, revolucionário e de vanguarda, voltado para si mesmo, na busca de sua essência cultural, histórica e social.

O titular da Secult também destacou a importância dessa iniciativa inédita entre o Ministério Público e a Fundação Clóvis Salgado. Para Oliveira, esse programa trará inúmeros benefícios para toda a cadeia produtiva da cultura no estado. “Essa parceria do Sistema Estadual de Cultura com o Ministério Público de Minas Gerais merece ser celebrada e traz bons frutos, valorizando e difundindo ainda mais a cultura e a arte no estado”, afirmou o secretário.

Barroco mineiro
A Semana de Arte Moderna de 1922 foi a primeira manifestação coletiva pública na história cultural brasileira a favor de um espírito novo e moderno em oposição à cultura e à arte de teor conservador, predominantes no país desde o século XIX. Em visita a Ouro Preto, em 1919, Mario de Andrade se encantou com o Barroco Mineiro, por ser uma arte genuinamente brasileira. Nasceu daí a base conceitual do modernismo brasileiro e a Semana da Arte Moderna.

A pintora Zina Aita e o poeta Agenor Barbosa foram os únicos artistas mineiros a participar da Semana da Arte Moderna de São Paulo. Ambos se destacavam por apresentar uma nova forma de ver o mundo.

Fonte inesgotável
Para a presidente da FCS, Eliane Parreiras, a celebração do centenário da Semana de Arte Moderna é uma rara oportunidade de se lançar um olhar sobre as influências, potências e o desdobramento do Movimento Modernista a partir de uma perspectiva contemporânea. “O Modernismo, como trajetória histórica e cultural, é fonte rica e inesgotável. Ele deve ser vivenciado, revistado, apreciado e preservado. A influência de Minas Gerais nesse movimento apresenta traços únicos da nossa realidade e provocou inúmeros desdobramentos”, afirmou.

Segundo o procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais, Jarbas Soares Junior, a parceria junto à FCS demonstra que o MPMG é um autêntico agente de transformação social preocupado com valores sociais e culturais, atuando junto à sociedade civil para promoção da cultura mineira. Jarbas Soares Junior afirmou ainda que o Funemp está aberto a outras iniciativas culturais.

Legado
Em 1924, os principais expoentes do modernismo nacional desembarcaram em Belo Horizonte, e encontraram uma jovem capital que vivia uma efervescência cultural proporcionada por uma geração diferenciada e incomodada com as grandes transformações sociais e urbanas.

Nas décadas seguintes, as grandes transformações de Belo Horizonte seriam estendidas para todo o Brasil, influenciando a cultura brasileira, culminando na construção da política educacional, cultural, do reconhecimento e preservação do patrimônio histórico e artístico nacional. Outro legado foi a revolução no urbanismo e na arquitetura sintetizadas no Conjunto Moderno da Pampulha, na década de 1940, e na construção de Brasília, na década de 1960.

 

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Imagem: Cristiano Machado /Imprensa-MG

Obras foram produzidas com recursos da Lei Aldir Blanc em Minas Gerais; Evento será realizado no sábado, 9 de abril

Evento criado para divulgar o trabalho de quadrinistas e ilustradores mineiros independentes, a Feira Mineira de Quadrinhos será realizada no sábado (9/4), na Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, data que marca as comemorações do Dia Nacional da Biblioteca. Participam da Feira os artistas que foram selecionados no Edital N°21/2020 "Seleção de Propostas de Publicação de Obras de Histórias em Quadrinhos" da Lei Aldir Blanc, operacionalizada em Minas Gerais pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult).

Após a divulgação do resultado do Edital, um grupo de 29 artistas de projetos aprovados no Edital se juntaram a um coletivo de quadrinistas mineiros. A união ocorreu com o intuito de se ajudarem mutuamente sobre os procedimentos de execução e prestação de contas do edital. De acordo com Fabrício Martins, roteirista de Oblivion, “o grupo se formou para tirar dúvidas sobre questões burocráticas sobre documentos exigidos no edital, mas logo passou a ser um suporte de questões inerentes a quadrinistas independentes, como produção gráfica, dicas de divulgação em redes sociais e outras questões”.

Ao longo de toda a produção das obras de quadrinhos aprovadas na Aldir Blanc, os artistas ficaram em isolamento social. Dessa forma, não participaram de Feiras e Encontros de Histórias em Quadrinhos, principais instrumentos de divulgação e lançamento de obras para artistas independentes. De acordo com Regis Luiz, quadrinista e gestor do dia Nacional do Quadrinho de BH, “os eventos presenciais são importantes para que os autores e artistas possam interagir diretamente com o público, facilitando a apresentação e venda de suas obras para novos leitores, além de criar um ambiente favorável para a formação de uma rede de contato entre profissionais, artistas iniciantes e entusiastas”. Agora, em 2022, o coletivo propõe a organização da Feira Mineira de Quadrinhos para celebrar o lançamento de suas HQ’s e promover o primeiro encontro do grupo, “fortalecendo o cenário para um futuro mercado estabelecido” de acordo de Regis.

O coletivo conta com quadrinistas veteranos, como Renatta Barbosa (roteirista da Turma da Mónica) e Cristiano Seixas (diretor da Casa de Quadrinhos), e novatos, como Ana Paula Côrtes (autora de O Planeta). Ao todo, serão lançadas 21 obras na Feira. A programação, inteiramente gratuita, inclui a feira, onde o público poderá interagir com os artistas, uma exposição sobre quadrinhos e processo de criação e diversas palestras e rodas de conversa com convidados especiais, atuantes nos mercados de quadrinhos e ilustrações mineiras e nacionais.

Programação e Dia Nacional da Biblioteca
Além do Lançamento das Obras viabilizadas pela Lei Aldir Blanc, a Feira Mineira de Quadrinhos conta com uma Exposição com o objetivo de apresentar originais, processos criativos, experimentações e ilustrações dos artistas e Palestras e encontros com temas: Humor e Narrativa Visual; Ativismo racial e quadrinhos; Produção em quadrinhos e Rodas de conversa sobre mercado de quadrinhos.

A data escolhida para a Feira é uma homenagem ao Dia da Biblioteca no Brasil. As histórias em quadrinhos são uma importante forma de incentivar a leitura como ferramenta base para a educação e formação dos indivíduos. E a biblioteca é um espaço essencial para a aquisição de conhecimentos e procurado por pessoas que desejam explorar a literatura, estudar ou trabalhar. A Feira também é o primeiro evento a compor o acervo do Espaço Geek, que será inaugurado com o fim das reformas do Anexo da Biblioteca Pública Estadual.

Palestras e encontros

11h - Ativismo racial e quadrinhos, com Acir Piragibe (autor de D'artagnan) e La Cruz (autor de Legacy). Mediação: Régis Luiz.

13h30 - Humor e Narrativa Visual, com Gustavo Legusta (autor de Coletânea  Legustirinas) e Sunça (autor de Genô e Gertrú Abalando as Estruturas). Mediação: Fabrício Martins.

15h - Produção em quadrinhos – do edital à divulgação da obra, com Line Lemos (autora de Fessora), Carol Rossetti (autora de Vento Norte) e Ronaldo Braga (Gráfica Formato). Mediação: Fabrício Martins.

17h - Rodas de conversa sobre mercado de quadrinhos, com Cristiano Seixas (Autor de Contos do Calango), Mariana Viana (Fora do Plástico). Mediação: Régis Luiz.

 

Serviço
Feira Mineira de Quadrinhos
Data: 9 de abril (sábado) Horário: 10hs às 18hs
Local: Teatro de Arena da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais

Exposição Mineira de Quadrinhos
Data: 18 de abril a 15 de maio
Horário: segunda a sextas às 8:00-18:00, sábados de 08h às 12h.
Local: anexo da Galeria de Arte Paulo Campos Guimarães da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais
Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais - Praça da Liberdade, 21 - Savassi, Belo Horizonte - MG

 

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Gestores da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e outros representantes do setor cultural defenderam aprovação do PL 2.976/21, que trata do assunto

Gestores e agentes culturais abordaram, na segunda-feira (14/3), a necessidade de descentralizar os recursos da área cultural de modo a beneficiar as cidades do interior do Estado. Para isso, defenderam a aprovação do Projeto de Lei (PL) 2.976/21, que tramita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), durante o Debate Público Novos caminhos para a descentralização das políticas culturais em Minas Gerais.

O referido projeto, do governador Romeu Zema, altera a Lei 22.944, de 2018, que instituiu o Sistema Estadual de Cultura, o Sistema de Financiamento à Cultura e a Política Estadual de Cultura Viva, passando a designar esse sistema de “Descentra Cultura Minas Gerais”. A proposição aguarda parecer da Comissão de Constituição e Justiça.

Uma das propostas para que os recursos cheguem aos municípios do interior é implantar uma diminuição gradual da contrapartida que as empresas patrocinadoras devem pagar ao Fundo Estadual de Cultura (FEC) para garantir os benefícios tributários. Atualmente, essa contrapartida é de 35% do valor do incentivo, mas quando direcionada a municípios do interior poderá chegar a 10%.

De acordo com o secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, um dos resultados esperados é que pequenos e médios empresários dos municípios do interior do Estado possam se reunir em associações e serem eles os patrocinadores dos grupos e projetos locais. Assim, as iniciativas culturais poderiam reduzir sua dependência das grandes empresas patrocinadoras da cultura no Estado.

“90% da população mineira nunca foi ao teatro e precisamos mudar isso. Precisamos fortalecer grupos de teatro e dança no interior e, ainda, levar os da Capital para o interior”, disse o secretário. Ele citou a Lei Federal 14.017, de 2020, que trouxe ações emergenciais destinadas ao setor cultural na pandemia e ficou conhecida como Lei Aldir Blanc, como um exemplo de como uma política pública pode ajudar a descentralizar os recursos da cultura. Segundo o secretário, 75% dos projetos beneficiados pela lei federal em Minas Gerais foram em municípios que nunca antes receberam verbas com esse fim.

Em coro com o secretário estadual, o secretário municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de São José da Lapa (Região Metropolitana de Belo Horizonte) e presidente da Rede Estadual de Gestores de Cultura e Turismo, Sérgio de Paula e Silva Júnior, disse que a aprovação do PL 2.976/21 é uma demanda dos municípios. “Várias vezes, procuramos os deputados para demonstrar essa importância porque o projeto vai incentivar que o recurso chegue de fato aos pequenos municípios mineiros”, defendeu.

Ele também enfatizou que a Lei Aldir Blanc disponibilizou recursos para cidades menores pela primeira vez. “A lei trouxe essa luz. Executamos 99,9% dos recursos disponibilizados. Os municípios já tiveram esse contato, mas continuam com dificuldades de fomentar a cultura local”, explicou, reforçando a necessidade de mudar a lei.

Subsecretário explica proposta
O subsecretário de Cultura da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), Igor Arci Gomes, enfatizou a importância da aprovação do projeto para democratizar os recursos para incentivo à cultura em Minas.

De acordo com ele, a partir das modificações, ainda mais recursos serão aglutinados pelo FEC porque mais empresas vão patrocinar projetos. Ele explicou que, na Capital, o percentual será mantido, mas, no interior, a contrapartida das empresas será diminuída. “Isso vai fazer com que as empresas potencializem recursos no interior, o que é de extrema importância para municipalizar o recurso, para que ele chegue onde ainda não chegou”, afirmou.

Além disso, disse que a Secult atua também com outra frente, a de conscientizar empresas que trabalham com ICMS para que patrocinem mais projetos culturais. Ele destacou ainda que, no ano passado, foram executados R$ 16 milhões pelo FEC e, neste ano, já foram R$ 7 milhões.

O secretário Leônidas Oliveira disse que essa execução é baixa: no ano passado, segundo o convidado, R$ 80 milhões de recursos disponíveis no Fundo Estadual de Cultura deixaram de ser distribuídos pelo território. Ele explicou que a aprovação do Descentra Cultura Minas Gerais deve mudar esse quadro.

O deputado Bosco, presidente da Comissão de Cultura, elogiou a iniciativa do governo estadual de enviar a proposta para a ALMG e lembrou que esse era um requisito imposto pela Lei 22.944, de 2018, que determina a reavaliação da norma depois de dois anos da sua vigência. Ele falou, ainda, da importância de se discutir o texto de forma rápida, dadas as perdas do setor cultural durante a pandemia.

O deputado Professor Wendel Mesquita (Solidariedade) também defendeu a celeridade na apreciação do PL e falou que a retirada do pedido de urgência do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), feito pelo governador Romeu Zema (Novo), deve possibilitar a apreciação do texto nas próximas semanas. Também o deputado Mauro Tramonte (Republicanos) apoiou a análise da matéria e ressaltou a importância da descentralização dos recursos da cultura.

Representante do Consec defende diálogo
A vice-presidente do Conselho Estadual de Política Cultural (Consec), Aryanne Ribeiro, também defendeu a aprovação do projeto de lei. “É importante termos uma lei específica para a área cultural que traga à tona pontos fundamentais que a lei atual não nos permite avançar, como a tão almejada descentralização dos recursos da área”, disse.

Aryanne Ribeiro enfatizou ainda que esse processo deve se dar com diálogo entre os setores culturais e a sociedade civil. Ela destacou como outros pontos a serem revistos na nova legislação as funcionalidades do Consec e a democratização do acesso à cultura pelos povos e comunidades tradicionais.

Também o produtor cultura Xisto Siman, coordenador do Circovolante, defendeu a importância da união da sociedade civil, que, organizada, consegue se articular com o poder público para ter suas demandas atendidas. Ele defendeu, ainda, que o Fundo Estadual de Cultura seja alimentado também por aportes diretos do governo estadual. Sobre a demanda, o secretário Leônidas Oliveira disse que não há instrumento jurídico em Minas Gerais atualmente para realizar essa transferência de recurso.

Assista à integra da reunião AQUI.

 

 

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Imagem: Clarissa Barçante /ALMG

Evento virtual acontece em 28 de abril com mediação de Gabrielle Francinne Tanus, da UFRN

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), por meio do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas (SEBP-MG), promove a 6ª edição do Grupo de Estudos Alexandria. Em abril, a atividade vai abordar o tema "Relações entre bibliotecas, arquivos e museus" e será realizada por meio de plataforma de videoconferência na quinta-feira (28/4), a partir das 14h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas AQUI.

O encontro terá como referencial teórico o texto "Arquivos, bibliotecas e museus: relações entre documento e informação", de Isabel Cristina Ayres da Silva Maringelli e José Fernando Modesto da Silva, disponível para leitura neste link. Nessa edição, as discussões se baseiam nas relações entre arquivos, bibliotecas, museus e instituições afins a partir da noção de documento existente em cada área. O debate será mediado por Gabrielle Francinne Tanus, doutora em Ciência da Informação pela UFMG e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

O Grupo de Estudos Alexandria é realizado bimestralmente pelo Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas. Antes de cada encontro, a equipe do SEBP-MG disponibiliza o texto que será tema da reunião seguinte. A proposta do Grupo é oferecer um momento de compartilhamento de ideias entre os participantes, gestores e comunidade, visando promover a atualização de conhecimentos sobre os temas discutidos e, principalmente, a formação continuada.

O link para participação da 6ª edição do Grupo de Estudos Alexandria será enviado automaticamente ao endereço de e-mail informado no momento da inscrição. Caso a pessoa não receba o link deve solicitar ajuda à equipe do SEBP-MG pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O link de acesso é individual e intransferível.  Os certificados são gerados a partir das informações registradas na inscrição, por isso é necessário ter atenção ao formulário.

Sobre a convidada
Gabrielle Francinne de S. C. Tanus é professora adjunta do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Doutora e mestra em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pesquisadora vinculada ao grupo "Informação na Sociedade Contemporânea", cadastrado no CNPq. Trabalhou como bibliotecária no Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

 

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Com avanço da vacinação e melhora nos indicadores, Governo muda estratégia de combate à pandemia no estado

O plano Minas Consciente, elaborado para o acompanhamento da pandemia da covid-19 e a criação de protocolos para a retomada gradual e segura das atividades econômicas, será finalizado no próximo sábado (12/3). A decisão se deu a partir do avanço da vacinação e a queda no número de casos e taxa de óbitos pela covid-19 no estado. Somente na última semana, a incidência caiu 50%. Considerando os últimos 14 dias, a queda chega a 60%. Há seis meses, Minas Gerais está com todas as macrorregiões na onda verde do plano.

“Estamos encerrando um ciclo após dois anos de pandemia. Podemos dizer que o plano cumpriu a sua função. Temos a menor mortalidade dos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Lamentamos muito as mais de 60 mil vidas perdidas, mas esse número poderia ter sido maior, não fosse a condução adequada feita por todos nós. Temos consciência de que fizemos tudo aquilo que estava ao nosso alcance. Agradeço o empenho e dedicação de todos neste período e tenho a certeza que conseguimos salvar muitas vidas ao longo da pandemia”, afirmou o governador Romeu Zema, durante a última reunião do Comitê Extraordinário Covid-19, realizada nesta quinta-feira (10/3).

Além do governador e de secretários de Estado, também participavam do comitê representantes do Ministério Público do Trabalho, do Ministério Público de Minas Gerais, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, da Defensoria Pública de Minas Gerais, do Tribunal de Contas do Estado, entre outros órgãos estratégicos.

Monitoramento
A partir de agora, as deliberações serão realizadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), por meio do Comitê de Monitoramento de Eventos (CME). Ele será responsável por manter a regularidade das discussões técnicas e das tomadas de decisão frente às emergências em saúde pública, congregando informações atualizadas, apoiando os municípios e delegando atribuições aos gestores e às unidades técnicas.

O secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, explicou como será feito o monitoramento da pandemia no estado.

“Hoje é um dia muito importante em Minas. A partir de sábado (12/3), o Minas Consciente passa a não existir mais, ou seja, as ondas não existirão mais no estado. Isso só aconteceu graças à melhoria dos nossos dados e com a queda acentuada da incidência de casos. Além disso, a vacinação está em um bom ritmo com mais de 80% de pessoas com as duas doses, mais de 45% com a vacina de reforço e um número acima de um milhão de crianças vacinadas. A partir de agora, o acompanhamento passa a ser feito pela Secretaria estadual de Saúde, que vai avaliar dados como incidência de casos, pacientes aguardando leitos e o número de pessoas internadas nos CTIs do Estado, que passa a ter 26% a mais de leitos como um legado”, explicou o secretário, durante coletiva de imprensa.

Baccheretti ainda falou sobre a importância do plano para garantir a efetividade das ações realizadas pelo governo durante a pandemia. “O Minas Consciente foi inovador no país, o primeiro plano a estabelecer regras entre dados de incidência, internação e ondas, dando transparência às decisões do Estado. Foram cerca de dois anos de discussões que viabilizaram e ajudaram a tomar decisões fundamentais para alcançarmos uma taxa de mortalidade 20% menor que a do Brasil”, finalizou o secretário.

Legado e cirurgias eletivas
O sistema público de saúde de Minas Gerais ganhou o reforço de 550 novos leitos de UTI adulto e 40 pediátricos. Eles foram criados durante a pandemia e, agora, foram incorporados aos hospitais. Com isso, o estado passou de 2.072 unidades de terapia intensiva para 2.622 em fevereiro deste ano, representando crescimento de 26%. Já os pediátricos saltaram de 194 para 234, no mesmo período. O aumento do número de leitos, aliado aos investimentos para compra e distribuição de equipamentos em várias unidades de saúde, é o maior legado deixado pela pandemia aos mineiros.

Outro importante investimento está relacionado às cirurgias eletivas. O Opera Mais, Minas Gerais foi lançado em dezembro do ano passado e vai destinar R$ 206,4 milhões em recursos estaduais para 261 municípios que possuem hospitais que realizam cirurgias eletivas em todo o estado. O objetivo da ação do programa é diminuir a demanda represada por causa da pandemia da covid-19 e reduzir o tempo de espera para a realização dos procedimentos cirúrgicos. 

 

 

 

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Imagem: Marcos Evangelista /Imprensa-MG

A ArcelorMittal, líder de aço no Brasil e no mundo, e a Fundação Clóvis Salgado (FCS), instituição vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), assinaram na segunda-feira (4/4) Termo de Parceria em evento realizado no Foyer do Palácio das Artes. Estiveram presentes o vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant; o subsecretário de Cultura do Estado de Minas Gerais, Igor Arci; a diretora do Futuro e presidente da Fundação ArcelorMittal, Paula Harraca; a presidente da Fundação Clóvis Salgado, Eliane Parreiras; além de artistas, produtores culturais, representantes da ArcelorMittal, da Fundação ArcelorMittal, da Fundação Clóvis Salgado, e da APPA – Arte e Cultura. O evento contou também com a apresentação artística da Big Band Cefart.

A partir dessa iniciativa, por meio do patrocínio master do Palácio das Artes, no valor de R$4 milhões, as ações da FCS serão fortalecidas e os processos de democratização do acesso à produção cultural em Minas serão ampliados. Os recursos irão se somar aos investimentos orçamentários do Governo do Estado e de outros importantes parceiros privados. 

Paulo Brant, vice-governador de Minas Gerais, ressaltou a importância do modelo das parcerias público-privadas, que são realizadas por meio das leis de incentivo. “É inquestionável que os governos precisam apoiar a cultura, pois é um bem público. Cultura está no cerne do desenvolvimento da sociedade e não pode ser tratada como um adereço. E esse modelo de financiamento da cultura - que envolve o setor privado e a sociedade - é o ideal. Desta forma, o Estado faz a sua parte - renunciando uma parcela dos recursos que iria arrecadar - e entrega para a sociedade a tarefa de exercer a curadoria cultural, que fomenta o nosso desenvolvimento”, disse o vice-governador.

“Investir em cultura gera o maior retorno que uma empresa como a ArcelorMittal deseja ter: formar cidadãos integrais para o amanhã. Acreditamos que as artes compõem um dos pilares fundamentais para a construção do patrimônio cultural de um país. Estamos orgulhosos desta parceria com a Fundação Clóvis Salgado (FCS), que nos permite apoiar o Palácio das Artes, o maior centro de produção, formação e difusão cultural de Minas Gerais e um dos maiores da América Latina", destacou Paula Harraca, diretora do Futuro e presidente da Fundação ArcelorMittal.

Segundo Eliane Parreiras, presidente da Fundação Clóvis Salgado, a Cultura é fator estratégico para o desenvolvimento humano, social e econômico na sociedade contemporânea. “É a arte que fixa a civilização na história e desempenha um papel central na construção de nossa identidade e no pensamento. É geradora de renda e atividades econômicas e fonte de inovação. A parceria construtiva com a iniciativa privada, como da ArcelorMittal, é imprescindível para a efetividade da política pública de cultura e o pleno desenvolvimento do setor e da diversidade cultural”.

Igor Arci, subsecretário de Cultura do Estado de Minas Gerais, destacou o papel da ArcelorMittal no fomento da cultura em Minas Gerais. “Essa parceria vai além do patrocínio de projetos, uma vez que a ArcelorMittal constrói junto conosco as políticas públicas. Por isso, eu tenho a certeza que esse acordo firmado entre ArcelorMittal e a Fundação Clóvis Salgado será um sucesso”. 

Maior incentivadora da cultura em Minas Gerais
A ArcelorMittal, que tem sede administrativa em Belo Horizonte e atua no Brasil há mais de 100 anos, se consolida, assim, como a maior incentivadora da cultura em Minas Gerais, por meio da lei estadual de incentivo. Somente na área de cultura, dos R$63,4 milhões que foram destinados a iniciativas em todo o país pela empresa, R$20 milhões foram investidos em Minas Gerais, por meio de leis federal, estadual e municipal de incentivo.

Outros destaques das parcerias culturais da produtora de aço são a renovação das parcerias com o Grupo Corpo, com patrocínio master da Temporada 2022, no valor de R$2,5 milhões; e a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, aporte de R$400 mil nos concertos da Temporada “Fora de série”. Ao todo, serão nove concertos, a serem realizados de março até dezembro de 2022 (12 de março, 2 de abril, 7 de maio, 4 de junho, 2 de julho, 13 de agosto, 22 de outubro, 5 de novembro e 3 de dezembro), sempre aos sábados. "Esses patrocínios ocorrem em linha com nossa história centenária de valorização do patrimônio histórico e cultural brasileiro e com nossos recursos investidos em ações sociais que contribuem para a formação de uma sociedade mais preparada para o futuro", completa Paula.

Palco do Diversão em Cena em BH agora é o Palácio das Artes
O incentivo da ArcelorMittal, que se dá via Fundação ArcelorMittal há 33 anos, é fruto de um trabalho sólido da companhia em prol do desenvolvimento social, com ações práticas de estímulo em três eixos prioritários - cultura, educação e esportes - e outras iniciativas que contribuem com a sociedade.

No caso do Palácio das Artes, o patrocínio também prevê que o espaço seja o novo palco do Diversão em Cena, em 2022. O objetivo do tradicional programa da Fundação ArcelorMittal é valorizar a arte, levando programação cultural infantil a diversas cidades de atuação da produtora de aço pelo Brasil. A estreia do Diversão em Cena, no Palácio das Artes, será no dia 10 de abril, com apresentação do projeto Música de Brinquedo, da banda Pato Fu. No site da Fundação confira a programação completa.

Em pouco mais de uma década, o programa já ofereceu, gratuitamente ou a preços populares, mais de 1,3 mil espetáculos para cerca de 777 mil pessoas em teatros, escolas e praças públicas de 39 comunidades Durante o período de maior isolamento da pandemia, os espetáculos foram realizados em formato virtual durante a pandemia.

Apresentação gratuita para os mineiros
Como parte das comemorações dos 100 anos da ArcelorMittal no Brasil, está prevista para o dia 31 de maio (terça-feira) uma apresentação gratuita do Grupo Corpo, também no Palácio das Artes, como um presente para a cidade de Belo Horizonte, reforçando os laços com a cidade e o compromisso com a cultura. Informações sobre a retirada dos ingressos ainda serão divulgadas. 

Sobre a ArcelorMittal
Líder no mercado global de aço, o Grupo ArcelorMittal está presente em cerca de 60 países e tem como propósito criar aços inteligentes para um mundo melhor. No Brasil, a empresa tem unidades industriais em seis estados (ES, MG, MS, RJ, SC e SP), além de escritórios de representação e comercialização distribuídos em todo o país, compondo uma força de trabalho de cerca de 16 mil empregados. As plantas têm capacidade de produção anual de 12,5 milhões de toneladas de aço bruto e de 7 milhões de toneladas de minério de ferro. A empresa atua, ainda, em áreas diversificadas como geração de energia para consumo próprio, produção de biorredutor renovável (carvão vegetal a partir de florestas de eucalipto) e tecnologia da informação.

Sobre a Fundação Clóvis Salgado
Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem o campo onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.  

Sobre a Fundação ArcelorMittal
Criada em 1988, a Fundação ArcelorMittal atua com o propósito de transformar a vida das pessoas de forma coletiva e participativa, compartilhando conhecimento e inovação, contribuindo para a inclusão e a formação de cidadãos. A Fundação atua em três eixos prioritários: Educação, Cultura e Esporte. Na área de Cultura, a Fundação atua principalmente no campo da formação e de democratização do acesso às artes. Realiza o Diversão em Cena, maior programa de formação de público para teatro infantil do Brasil, que leva uma programação regular de espetáculos de forma gratuita ou a preços populares para várias cidades do país. Já por meio do programa ArcelorMittal Forma e Transforma, a instituição promove iniciativas com foco na formação de artistas, empreendedores e gestores culturais, além de promover a valorização e desenvolvimento da cultura das localidades, a partir da realização de editais. Em 33 anos de atuação, mais de 10 milhões de pessoas foram atendidas pelas iniciativas promovidas pela Fundação ArcelorMittal.

Saiba mais em: www.famb.org.br

 

 

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Imagem: Paulo Lacerda /FCS

Iniciativa da CDL-BH, espaço contará a história do comércio em Belo Horizonte

O Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, ganha mais um equipamento em março. Trata-se do Ponto Cultural CDL, iniciativa da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH) que tem a proposta de contar a história do comércio na capital de uma forma totalmente inovadora. O espaço será inaugurado na terça-feira (15/3), às 9h, durante solenidade presencial na sede da CDL, que vai contar com a presença do secretário de estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, do presidente da entidade, Marcelo de Souza e Silva, entre outras autoridades.

O Ponto Cultural CDL é um espaço de exposição que trata do comércio e de sua relação com a cidade de Belo Horizonte. O novo centro cultural traz a história da capital mineira a partir do desenvolvimento do comércio na cidade, passando desde sua fundação até os dias atuais, de uma forma original, interativa e inovadora. Dos séculos XIX a XXI, os visitantes serão convidados a conhecer, de formas múltiplas, as origens e os desdobramentos deste importante setor da economia.

A estrutura do novo espaço reúne diferentes propostas expositivas. Na Galeria Rampa, por exemplo, serão expostos trabalhos de média duração, com temáticas direta ou indiretamente ligadas ao universo do comércio. O Vídeo Abertura mostra a força do comércio de forma numérica e dinâmica ao longo das décadas em BH. A Linha do Tempo apresenta fatos marcantes de 1890 a 2010, com três eixos principais: o Brasil, o mundo, e o comércio e a cidade de Belo Horizonte.

Há, também, a Mesa CDL, onde está concentrado o acervo da entidade que reúne objetos e documentos de grande significado. Na Parede do Comércio e a Cidade são exibidas as relações construídas entre o comércio e a sociedade da capital. E o Monitor da Inovação apresenta conceitos, mitos e verdades sobre inovação e algumas curiosidades. É possível conhecer, também, soluções propostas pelas startups aceleradas pela CDL/BH e uma agenda de eventos relacionada ao segmento.

Mais informações sobre o Ponto Cultural CDL podem ser acessadas neste link.

Sobre o Circuito Liberdade
O Circuito Liberdade foi criado em 2010, após a inauguração da Cidade Administrativa e a transferência oficial da sede do governo da Praça da Liberdade para a região Norte de Belo Horizonte. A sua criação visava transformar os prédios históricos esvaziados em espaços com vocação para a arte, a cultura e a preservação do patrimônio, reunidos como complexo cultural referência para moradores da capital mineira e visitantes.

Hoje o Circuito Liberdade é composto por 33 instituições, que permeiam por diferentes aspectos do universo cultural e artístico. Dentre os equipamentos culturais em funcionamento, 13 são geridos diretamente pelo Governo do Estado e os outros funcionam por meio de parcerias público-privadas ou parcerias com instituições públicas federais. Mais informações sobre o circuito estão disponíveis em www.circuitoliberdade.mg.gov.br.

 

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Feira de turismo retorna de forma presencial em momento de aumento nas viagens nacionais e internacionais

O Estado de Minas Gerais vai marcar presença em um dos maiores eventos mundiais de turismo, a WTM Latin America 2022. A equipe da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) vai apresentar os potenciais turísticos dos inúmeros destinos mineiros, entre 5 e 7 de abril, no Expo Center Norte, em São Paulo. Nesta edição, Minas ocupa um estande de 75m² na área premium do Pavilhão Azul, além de ter à disposição uma sala para treinamento de agentes e operadores com 20 lugares.

Otimismo e esperança estão em alta em um dos setores que mais sofreu nos últimos dois anos. Cerca de 500 empresas de 33 países já confirmaram participação e o número de inscritos supera a última edição presencial, realizada em 2019.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leonidas Oliveira, esta edição da WTM é o retrato da retomada do setor. “O Turismo está em livre recuperação e eventos como este geram oportunidades de negócios e revelam tendências do setor. Minas é o estado que mais cresce no Turismo e não poderia ficar de fora. A participação na WTM será uma grande oportunidade para mostrarmos porque a nossa Mineiridade tem sido o diferencial do estado”, resume o secretário.

A Secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa, ressalta, a importância de divulgar, em um evento internacional, as principais características do turismo em Minas Gerais. “Temos como pontos fortes o turismo de aventura e de natureza, com inúmeras paisagens, trilhas, cachoeiras, complexos de águas e estâncias hidrominerais; o turismo rural e de experiências, com maior interação dos turistas com as comunidades locais, principalmente no interior do estado; o turismo cultural, já que Minas Gerais abriga quatro Patrimônios Culturais da Humanidade e os mais diferentes estilos de arquitetura, além das experiências possibilitadas pela cozinha mineira, que é a imagem mais marcante do estado para 30% dos turistas que visitam Minas Gerais”, concluiu.

Destino Minas Gerais
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Minas tem crescido o dobro da média nacional. Pesquisa do Instituto Datafolha também apontou Minas Gerais como melhor destino histórico no Brasil e melhor destino de natureza em 2019. No mesmo ano, Belo Horizonte ganhou o título de Cidade Criativa da Gastronomia pela Unesco, inserindo o estado nesse seleto grupo internacional composto por 250 cidades espalhadas por todos os continentes.

O fluxo turístico em Minas também teve expressivos números em 2021, como a movimentação de mais de 6 milhões de pessoas, garantindo números maiores inclusive que o período anterior à pandemia.

A tradição, a cultura, a cozinha e o jeito único de seu povo fazem de Minas um dos dez destinos mais acolhedores do mundo, segundo o ranking global da premiação Travellers Review Awards 2021, da plataforma de reservas on-line Booking.com. É a primeira vez que uma localidade brasileira está presente na lista das Regiões Mais Acolhedoras no Mundo.

De acordo com a mesma premiação da Booking.com, Minas Gerais também abriga três das 10 regiões mais acolhedoras do Brasil. Pela lista divulgada neste ano pela plataforma, Monte Verde, no Sul de Minas, aparece em segundo lugar. Já Lavras Novas, distrito de Ouro Preto, na região central, está na sétima posição. Quem fecha o rol dos locais mais acolhedores do país, no 10º lugar, é a Serra do Cipó, compreendida pelo município de Santana do Riacho, também na região central de Minas Gerais.

Leonidas Oliveira ressalta que todos esses resultados vêm de muito esforço e trabalho, realizado em parceria do estado e municípios. “Lançamos no ano passado o programa Reviva Turismo, uma iniciativa que elenca uma série de ações baseadas na recuperação gradual do setor. Todos os resultados positivos que temos obtido nos últimos meses são reflexos desse programa, que estruturou as políticas públicas e ações feitas nos municípios que têm gerado emprego, renda e desenvolvimento para as nossas comunidades”, afirma.

Em 2022 a Secult lançou, durante um encontro com mais de 600 gestores municipais, o Ano da Mineiridade. Com o intuito de criar um sentimento de pertencimento ao território, exaltar a conjunção de características comuns, como a cozinha mineira, os dialetos, a cultura e forma de receber o turista, que é o que Minas tem de melhor.

O termo mineiridade, segundo o Leônidas Oliveira, também une, de forma transversal, a cultura e a forma de vida. "Fazer disso um sinal de autoestima e atrativo para o turismo, visando principalmente o desenvolvimento econômico e social, é o objetivo de instituir o ano da mineiridade", salienta.

Outro grande projeto da Secult para 2022 é a Rota Via Liberdade, em comemoração ao bicentenário da Independência do Brasil. Essa será a maior nova rota turística do país. São cerca de 1.179 km atravessando os Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Goiás, além do Distrito Federal, e reunindo 24 parques, nove patrimônios da humanidade, centenas de cachoeiras e mais de cem cidades tombadas. O lançamento oficial será no dia 12 de abril, durante evento com governadores e secretários dos três estados e do DF, além de outras autoridades.

 

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Imagem: Xará

Com obras de Villa-Lobos, Claude Debussy e Eric Satie, apresentação reúne a Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes 

Integrando a série de concertos Sinfônica e Lírico ao Meio-Dia e Sinfônica e Lírico em Concerto, a Fundação Clóvis Salgado, por meio da Orquestra Sinfônica e do Coral Lírico de Minas Gerais, apresenta de forma gratuita um concerto inédito em homenagem ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. Nos dias 15 de março (terça-feira), ao meio-dia, e 16 de março (quarta-feira), às 20h30, os dois Corpos Artísticos se reúnem no palco do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, com participação especial do pianista Pablo Rossi e da soprano Rosana Lamosa. A regência será do Maestro Titular da OSMG Silvio Viegas e da Maestrina Lara Tanaka. Os ingressos serão disponibilizados gratuitamente para o público, e poderão ser retirados no site da Eventim ou na bilheteria do Palácio das Artes. Será permitida a retirada de, no máximo, um par de ingressos por CPF. A entrada será permitida mediante apresentação do comprovante de vacinação com, no mínimo, duas doses da vacina, ou teste negativo para COVID-19 até 72 horas antes do evento.

Assim como ocorreu no Theatro Municipal de São Paulo em fevereiro de 1922, serão executadas obras de Heitor Villa Lobos, Claude Debussy e Eric Satie. O programa conta com os clássicos Gymnopedie, de Eric Satie, Clair de Lune, Trois Chansons e L´après midi d´un faune, de Claude Debussy, Duas Lendas Ameríndias: O Iurupari e o Menino / O Iurupari e o Caçador, Pater Noster, Duas canções da Floresta do Amazonas: Canção do amor e Melodia Sentimental e Momoprecoce, de Heitor Villa-Lobos.

Outro destaque é a interpretação que o Coral Lírico fará da canção ‘Duas lendas Ameríndias’, em sua língua original NHEENGATU, celebrando não só a Semana de Arte Moderna, mas o Dia Nacional das Línguas Indígenas, comemorado em 21 de fevereiro.

Noite memorável
Segundo Silvio Viegas, o concerto será totalmente dedicado à Semana de Arte Moderna de 1922. “Naquela semana, apenas três compositores foram tocados: Satie, Debussy e Villa-Lobos. Faremos o mesmo nesta apresentação, mas será mais que um concerto: será uma viagem àquele momento histórico, onde não somente a música será protagonista”, explica o maestro. A apresentação terá início com Pablo Rossi, pianista convidado que abrirá o concerto em um solo de Gymnopedie, de Eric Satie, e Clair de Lune, de Debussy. O Coral Lírico continuará essa conexão fazendo uma das Trois Chansons de Debussy.

“Posteriormente, ouviremos nosso primeiro Villa-Lobos da noite, com as Duas Lendas Ameríndias: O Iurupari e o Menino / O Iurupari e o Caçador, seguido do genial Pater Noster. Dando continuidade ao concerto, a Orquestra Sinfônica interpreta duas canções da Floresta do Amazonas: Canção de Amor e Melodia Sentimental”, conta Viegas. “A apresentação segue com o intimismo de Viola Quebrada, composta por Villa-Lobos com letra de Mário de Andrade, um dos ícones da Semana de 22. Finalizando o concerto, a Orquestra fará sua homenagem a Debussy com o Prélude à L’aprés-midi di d’um faune, e terminará com o vibrante e desafiador Momoprecoce, de Villa-Lobos, uma das mais importantes obras do repertório para Piano e Orquestra. Tenho certeza que será uma noite que ficará na memória de todos!”, celebra Viegas.

Brasilidade musical
Para Pablo Rossi, pianista convidado, é um prazer e privilégio voltar a subir ao palco do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, local de muita história. “Nesse ano, estamos comemorando duas datas muito importantes para o país, que são os 200 anos da Independência do Brasil e, ao mesmo tempo, os 100 anos da Semana de Arte Moderna, que mudou o curso da história da música brasileira. De certa maneira, a semana também projetou o grande revolucionário modernista que foi Villa-Lobos”, conta Rossi.

“É muito simbólico estar em um dos palcos mais relevantes do Brasil, em uma grande capital como Belo Horizonte, tocando nesse ano que comemoramos a brasilidade através da arte moderna”, celebra o pianista. Segundo Rossi, as obras de Villa-Lobos apresentadas no concerto são, sem dúvida, obras primas. “São peças que já tenho há alguns anos em meu repertório, mas é sempre uma experiência nova, pois o nosso processo de trabalho é infindável. Sempre procuramos aprofundar mais e encontrar novas texturas, novas sonoridades, tentando buscar o verdadeiro espírito da obra”, explica.

Segundo Rossi, a obra Momoprecoce, de Villa-Lobos, tem muito a oferecer para o solista em termos de variação musical. “É uma obra festiva, diversificada em estilo, acoplada a uma visão de mundo que envolve o universo mágico e infantil”, conta o pianista. “No que se refere à conexão das obras escolhidas para o concerto, que orbitam em volta da estética modernista da Semana de 22, há também uma conexão pessoal: a Fantasia Momoprecoce revela esse mundo fantástico infantil, e Gymnopedie foi uma das primeiras obras que toquei no palco, ou seja, tem uma ligação muito forte com minha infância”, finaliza o pianista.

Canto coral em Nheengatu – “Villa-Lobos foi um dos maiores representantes da Semana de 22 e um dos maiores representantes da música modernista no Brasil”, ressalta Lara Tanaka. “As obras dele têm muitas nuances da cultura regional brasileira, muito das canções populares e folclóricas. Ele pesquisou sobre o canto indígena, coletando informações de tribos amazônicas e trazendo para o conhecimento o canto em Tupi”, explica a maestrina. “A obra Duas Lendas Ameríndias: O Iurupari e o Menino / O Iurupari e o Caçador, que trata da figura mitológica de Iurupari, foi escrita por Villa-Lobos em Nheengatu, uma língua derivada do Tupi. Nossa interpretação é uma forma de homenagear todas as tribos que existem e resistem”.

O Coral Lírico interpretará a canção em sua língua original, celebrando não só a Semana de Arte Moderna, mas o Dia Nacional das Línguas Indígenas, comemorado em 21 de fevereiro.

Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a Mostra Clássicas, que tem correalização da APPA – Arte e Cultura, patrocínio máster da Cemig, ArcellorMittal, Instituto Unimed-BH, AngloGold Ashanti e Usiminas, por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura. Tem apoio cultural do Instituto Hermes Pardini, Embaixada da França no Brasil, SCAC BH, Aliança Francesa e Instituto Goethe, além do patrocínio Ouro da Codemge – Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

 

 

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Imagem: Paulo Lacerda /FCS

No domingo (3/4) será realizada mais uma Troca da Guarda Governamental do Palácio da Liberdade. O evento, que é realizado pelo Governo de Minas, por meio da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), ocorre às 10h e é aberto ao público de todas as idades. 

A cerimônia é composta por um conjunto de ritos militares que se destacam pela beleza e precisão de movimentos de ordem unida. A Troca da Guarda está inserida em um contexto de atividades culturais no Palácio da Liberdade, ícone arquitetônico e uma das edificações mais representativas de Minas Gerais, inaugurado em 1898 para ser a sede do governo. 

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Atração ainda traz entrevista com o maestro e diretores da Vortz Orquestra

O Harmonia, da Rede Minas, faz um tributo às mulheres. A atração segue com o “Festival Villa-lobos”, que mostra o protagonismo da mulher na música de concerto. Na programação, a apresentação das solistas Renata Xavier e Patrícia Valadão. Tem também uma homenagem à pianista Tânia Cançado interpretando obras de Villa-Lobos.Tânia Cançado faleceu em 2016, mas seu trabalho continua vivo. Em 1996, ela gravou o CD “Conexão”, no Rio de Janeiro. Nas faixas, “Impressões Seresteiras” e “Alma brasileira - Choros nº 5”, de Villa-Lobos. O festival resgata o momento com dois vídeos feitos a partir de gravações com a pianista mineira que é apresentado no Harmonia. O programa traz mais Villa-Lobos com a flautista Renata Xavier, ao lado do violoncelista William Neres, executando "Assovio a Jato" e a pianista Patrícia Valadão e o violoncelo de Lucas Barros com "O canto do cisne negro". O Festival Villa-Lobos é uma realização do Selo Karmim e exibido, com exclusividade, na atração da Rede Minas.O Harmonia ainda traz entrevista com os fundadores da Vortz Orquestra. Direto da Sala Minas Gerais, o diretor artístico Emmanuelle Baldini, spalla Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), e o empresário Rudolf Tschoepe contam como surgiu a orquestra e a associação cultural que promete levar musicalização a crianças carentes. A reportagem também traz o regente e compositor brasileiro João Guilherme Ripper, que comenta a iniciativa e fala da obra composta para o concerto de estreia, realizado na última semana.Sob o comando do jornalista Luciano Correia, o programa Harmonia vai ao ar domingo (13), às 22h, pela Rede Minas e no site da emissora: redeminas.tv.COMO SINTONIZAR:redeminas.tv/comosintonizarA Rede Minas está no ar no canal 9 (VHF) ou 17 (UHF); Net 20 e Net HD 520; Vivo 9; One Seg (para celulares e portáteis) 9.3; e através do satélite Brasilsat C2 para a América Latina.ACESSE AS REDES SOCIAIS:www.redeminas.tvfacebook.com/redeminastvinstagram.com/redeminastvtwitter.com/redeminasyoutube.com/redeminas

 

 

 

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Imagem: Karmim Promoções

O Museu Casa Guimarães Rosa inaugura, na quarta-feira (6/4)  a exposição temporária “Das Vertentes aos Campos Gerais”. A proposta da exposição, cujo título é uma referência ao universo de Guimarães Rosa, é lançar um olhar sobre o sertão a partir das artes plásticas. A mostra conta com curadoria de Fátima Aquino e obras de seis artistas: Adriana Santos, Cleiton Cruz, Márcia Valadares, Maria Inez, Marina Alves e Sônia Furtado.

O tema da mostra está ambientado em cenários que sugerem, em sua maioria, a pintura realista e acadêmica. Merece destaque a técnica de produção das obras expostas. Utilizando-se de variadas linguagens artísticas, as obras são produzidas em tinta acrílica, óleo sobre tela e aquarela.

A riqueza multicultural sertaneja encantadora e singular é apreendida pela mente criadora de cada artista participante da mostra. As vertentes, as montanhas desenhadas pela natureza, as cachoeiras de águas cristalinas, grutas e cavernas marcadas pela civilização ancestral, os saberes culturais, os costumes de um período sertanejo que só é possível conhecer através da literatura – porque o progresso espantou-os para bem longe – servem de inspiração para os artistas participantes da exposição. Assim, a arte lança seu olhar sobre todo o universo mágico de um sertão de alegria, simplicidade, riqueza e grandeza, que encantou e inspirou tantos poetas, romancistas sertanistas e historiadores – como Euclides da Cunha, Graciliano Ramos, Darcy Ribeiro e Guimarães Rosa, a quem a exposição faz referência e presta homenagem.

Museu Casa Guimarães Rosa
Inaugurado em 1974, o Museu Casa Guimarães Rosa está localizado na cidade de Cordisburgo/ MG, sendo uma instituição dedicada à preservação da memória biográfica e literária de um dos maiores escritores da literatura nacional. Os documentos, fotografias e objetos do acervo do Museu refletem aspectos da vida pessoal de Guimarães Rosa, além de sua atuação profissional como médico, escritor e funcionário do Ministério das Relações Exteriores.

O Museu Casa Guimarães Rosa está instalado na casa onde Guimarães Rosa nasceu e viveu os primeiros anos de sua infância (1908 – 1917). O edifício é composto pela residência onde a família Guimarães Rosa habitava e pela venda mantida pelo pai do escritor, “seu” Florduardo, ou simplesmente “seu Fulô”.

No Museu, o visitante tem a oportunidade de conhecer o universo mágico do sertão mineiro, onde Guimarães Rosa nasceu e se formou. Da infância na “Venda do Seu Fulô”, onde ouvia as histórias fantásticas dos vaqueiros e fregueses de seu pai, à atuação como Cônsul no Rio de Janeiro, Hamburgo, Bogotá e Paris, a vida do escritor está retratada no acervo, nas exposições e nas ações que o Museu desenvolve.

Atualmente, o Museu Casa Guimarães Rosa exibe a exposição de longa duração Rosa dos Tempos, Rosa dos Ventos, que proporciona uma imersão nos espaços residenciais da Família Guimarães Rosa e na literatura de seu membro mais ilustre. O universo rosiano e sertanejo se mesclam oferecendo ao público uma mostra da genialidade de Guimarães Rosa como escritor, médico, cônsul, pai, filho, marido e membro da Academia Brasileira de Letras.

 

Serviço
Exposição Das Vertentes aos Campos Gerais
Local: Sala de Exposições Temporárias do Museu Casa Guimarães Rosa
Período de Realização: de 6 a 30 de abril de 2022
Museu Casa Guimarães Rosa
Endereço: Rua Padre João, 744 – Cordisburgo/MG
Horário de funcionamento: Terça a domingo, das 9h30 às 17h (fechado no último domingo do mês)
Contato: (31) 99618-3291 - E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. 

Facebook: https://www.facebook.com/museucasaguimaraesrosa.mg/
Instagram: https://www.instagram.com/museuguimaraesrosa/?hl=pt-br
Youtube: https://www.youtube.com/c/MuseuCasaGuimar%C3%A3esRosa

 

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Programação comemora o Dia Internacional da Mulher com filmes dirigidos em diversas épocas e vertentes cinematográficas

A Fundação Clóvis Salgado, por meio do Cine Humberto Mauro, apresenta a segunda parte da Mostra Clássicas, até 14 de abril, um recorte de filmes dirigidos por relevantes e influentes mulheres da história do cinema que ocupará as telas do CHM, homenageando o Dia Internacional da Mulher. O público também terá a oportunidade de conferir as tradicionais sessões Cinema e Psicanálise e História Permanente do Cinema, seguidas de debates presenciais e com transmissão ao vivo on-line. Com entrada gratuita, os ingressos serão distribuídos durante o horário de funcionamento da bilheteria, no dia de cada sessão, com lotação máxima do cinema de 133 lugares, além de quatro espaços reservados para cadeirantes.

Continuação da mostra homônima que ocorreu em fevereiro de 2020, a programação desta edição percorre diversas fases, estilos e linguagens da história da sétima arte, contemplando filmes realizados por diretoras icônicas e, muitas vezes, revolucionárias e progressistas, abordando temas à frente de seus tempos. A curadoria também optou por selecionar obras de diretoras contemporâneas que já se classificam em uma alta prateleira do cinema mundial. Longas e curtas-metragens realizados por nomes como Margarethe von Trotta, Agnès Varda, Ana Carolina, Tereza Trautman, Dorothy Arzner, Lucrecia Martel e Julie Dash marcam a composição da mostra trazendo uma grande variedade temática e conceitual em filmes de terror, comédia, biografias, documentários, ficções científicas e dramas históricos.

Representatividade apesar dos obstáculos - No começo dos anos 1920, os principais cargos ocupados nas produções audiovisuais (roteirista, diretor(a), diretor(a) de fotografia, etc) eram também realizados por mulheres. Desde então, não é segredo que o cinema mainstream, assim como várias outras áreas da sociedade, é predominantemente dominado por homens. Com a falta de apoio, orçamento e representatividade nas grandes produções, as diretoras buscaram produzir obras inovadoras e que gerassem uma certa forma de impacto social. “Temos muitos filmes considerados à frente de seu tempo em seus temas e na sua forma cinematográfica. Eu penso que as mulheres sempre foram boicotadas no cinema e tiveram dificuldades em realizar os seus próprios filmes. Quando elas conseguiam produzir, realmente abordavam questões importantes”, relata Vítor Miranda, da Gerência do Cine Humberto Mauro.

“Muitos filmes dessa mostra possuem um caráter de cinema independente, onde se consegue tocar em assuntos que o cinema comercial não estava interessado e que não geravam lucro. Temos diretoras, por exemplo, como a Ida Lupino, que no filme ‘O Mundo Odeia-me’, de 1953, trata sobre relações homoeróticas, questionando a masculinidade imposta e fazendo uma reflexão sobre os Estados Unidos da época”, conta Miranda.

Diversidade ilimitada - Equivalente à primeira parte da mostra Clássicas, a edição deste ano percorre uma vasta diversidade na programação, trazendo filmes realizados em diferentes épocas, gêneros, países e vertentes cinematográficas. “Assim como a primeira parte da mostra, temos a intenção de trazer um grande panorama da história do cinema e chamar a atenção de filmes dirigidos por mulheres que sempre encontraram extremas dificuldades nessa indústria. A mostra vem para mostrar toda a diversidade do cinema feito por elas, trazendo filmes de 5 continentes. É uma mostra extremamente diversa”, explica Miranda.

Com filmes historicamente significativos para o cenário audiovisual brasileiro, o cinema nacional também está presente na mostra, evidenciando a grandiosidade do trabalho das realizadoras cinematográficas do país. “Temos diretoras brasileiras muito relevantes nessa mostra. Além de Ana Carolina, que dirigiu ‘Mar de Rosas’, um filme clássico com estéticas do Cinema Novo, temos ‘Os Homens Que Eu Tive’, dirigido por Tereza Trautman, que fez parte do recorte do cinema brasileiro da pornochanchada. Também vamos apresentar ‘Mutum’ de Sandra Kogut, um filme mineiro, que é uma adaptação de Guimarães Rosa, além de exibir ‘Carlota Joaquina’, de Carla Camurati, o filme que marcou a retomada do cinema brasileiro nos anos 1990”, conta Miranda.

Obras icônicas e vanguardistas - Entre os destaques da programação, estão filmes que marcaram época e foram progressistas e transformadores em seus lançamentos, permanecendo influentes até os dias atuais. O longa ‘Filhas do Pó’, dirigido pela norte-americana Julie Dash, foi o primeiro filme de uma cineasta negra a ser lançado comercialmente nos Estados Unidos, em 1991. Dois curtas-metragens raros e pouco exibidos da icônica diretora belga Agnés Varda também compõem a programação. “O Pântano”, premiado filme argentino de Lucrecia Martel, representa a magnitude do cinema latino-americano.

Também faz parte da programação o reverenciado longa “Os Anos de Chumbo”, da alemã Margarethe von Trotta, que retrata a vida de duas irmãs, filhas de um pastor, que se afastam da religiosidade para lutar pelos direitos feministas. Enquanto uma se torna uma jornalista engajada, a outra integra-se em uma organização terrorista. “É uma sessão bem especial da mostra que iremos exibir em parceria com o Instituto Goethe, uma instituição cultural sem fins lucrativos com o papel de divulgar a cultura alemã no Brasil e em outros países. Margarethe von Trotta é uma cineasta extremamente relevante. Foi uma das líderes do Novo Cinema Alemão, movimento bastante inspirado pela Nouvelle Vague e pelo Neorrealismo italiano, que chegou para mudar os moldes do cinema feito na Alemanha, já que nos anos 1950 possuía um teor extremamente comercial e de pouco conteúdo”, relata Miranda.

Debates e comentários – A mostra também irá contar com duas sessões presenciais do tradicional encontro Cinema e Psicanálise. As psicanalistas Monica Campos e Graciela Bessa comentam os filmes “Inverno da Alma” e “Certas Mulheres”, respectivamente. As sessões acontecem nos dias 11 de março e 8 de abril, presencialmente no Cine Humberto Mauro.

A História Permanente do Cinema vai reunir pesquisadoras convidadas para as duas sessões presenciais, no CHM – “O Pântano” será comentado por Alessandra Brito no dia 1º de abril, e “Os Anos de Chumbo” tem sessão comentada no dia 6 de abril. Os debates também contam com três sessões on-line, transmitidas ao vivo através do Canal da FCS no YouTube, após a exibição do filme no cinema: “Mar de Rosas”, comentado por Carol Almeida no dia 21 de março, “Os Homens Que Eu Tive”, comentado por Rita Vênus no dia 28 de março, e “Filhas do Pó”, com comentários de Lorenna Rocha no dia 4 de abril.

O público também terá a oportunidade de assistir todos os filmes comentados através da plataforma CineHumbertoMauroMAIS, e conferir na sessão Nota Cinematográfica críticas e ensaios sobre cada um dos longas comentados. “Os debates serão de extrema importância nesta mostra. O Cine Humberto Mauro preza sempre pela formação do público. Não é apenas assistir ao filme, é assisti-lo e refletir sobre ele”, finaliza Miranda. Para acessar a programação completa dos debates e seus horários de transmissão, acesse aqui.

Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a Mostra Clássicas, que tem correalização da APPA – Arte e Cultura, patrocínio máster da Cemig, ArcellorMittal, Instituto Unimed-BH, AngloGold Ashanti e Usiminas, por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura. Tem apoio cultural do Instituto Hermes Pardini, Embaixada da França no Brasil, SCAC BH, Aliança Francesa e Instituto Goethe, além do patrocínio Ouro da Codemge – Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

 

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Com participação dos músicos Gilvan de Oliveira, Celso Faria, Fernando Araújo, Patrícia Valadão, iniciativa revisita a obra do nome mais importante da música modernista no Brasil e faz parte do programa O Modernismo em Minas Gerais

“Ele passa o dia inteiro ouvindo Villa-Lobos”. A frase foi confidenciada por Helena Jobim à produtora cultural Carminha Guerra. A afirmação da irmã de Tom Jobim, um dos mais importantes compositores da MPB, demonstra a influência exercida pelo mestre do modernismo brasileiro na música. Para evidenciar ainda mais o legado, revisitar a obra e a importância de Heitor Villa-Lobos na contemporaneidade, em especial na música mineira, o programa O Modernismo em Minas Gerais promove nos dias 5, 6 e 7 de abril, às 19h, o Festival Villa-Lobos. A programação acontece dentro da mostra Percurso Modernista, na Galeria Alberto da Veiga Guignard, no Palácio das Artes. O evento é gratuito.

O Festival Villa-Lobos conta com a exibição de vídeos em que músicos mineiros interpretam obras do compositor modernista, bem como de nomes da música contemporânea brasileira influenciados pelo artista. Gilvan de Oliveira, Fernando Araújo, Mauro Rodrigues, Patrícia Valadão e Lucas Barros estão entre os instrumentistas que participam do evento. Além disso, a programação traz um bate-papo com o violonista Celso Faria, que vai tratar do período em que Villa-Lobos morou em Minas Gerais, apontando as influências do artista na música mineira.

Com traços marcantes da cultura brasileira, o compositor carioca trouxe novas concepções estéticas para tradicionais peças musicais. Carminha Guerra, curadora e produtora do Festival Villa-Lobos acredita que a música pode ser dividida em antes e depois do artista. “Ele foi um expoente do modernismo e se tornou uma referência mundial. Villa-Lobos traz o Brasil para a música, interpreta nossa brasilidade com quartetos, quintetos e obras para o violão”, pontua Carminha.

Na vanguarda da experimentação, Villa-Lobos incorporou o violão em suas composições numa época em que o instrumento era tido como algo menor dentro da música, inclusive associado à marginalidade. “Eleleva o violão, como raiz do povo brasileiro, para as grandes orquestras. A obra musical composta em cordas é uma referência no mundo inteiro, principalmente os Prelúdios”, aponta Guerra. O Festival Villa-Lobos vai exibir a versatilidade do compositor carioca no violão com a interpretação de O Trenzinho do Caipira pelo músico mineiro Gilvan de Oliveira. O evento também traz os Prelúdios de Villa-Lobos interpretados por Fernando Araújo.

A palestra Modernidade, ministrada pela filósofa Maria de Lourdes Gouveia, fecha a programação do Festival Villa-Lobos no dia 7 de abril. A conversa vai apontar aspectosmais importantes do Modernismo brasileiro e focar na arte modernista mineira e no momento político e social vivido pelo Brasil nos idos de 1920.

A programação completa pode ser acessada no site da Fundação Clóvis Salgado: www.fcs.mg.gov.br

O Modernismo em Minas Gerais
Segundo Eliane Parreiras, presidente da Fundaçã
o Clóvis Salgado, o Programa O Modernismo em Minas Gerais vai presentear os cidadãos mineiros com um recorte inédito sobre o Modernismo, levando ao público uma oportunidade rara de conhecimento e reflexão. “Com uma curadoria atenta e repleta de contribuições para a análise do modernismo brasileiro, revisitamos importantes registros do movimento em Minas Gerais. E, ainda, estabelecemos um caminho cheio de oportunidades para reflexão de nossas identidades e do modernismo na contemporaneidade. O programa é composto de um amplo panorama cultural, com um calendário intenso de ações ao longo do ano no Palácio das Artes. Estamos imensamente felizes com essa parceria com o Ministério Público de Minas e com a possibilidade de aprofundar a reflexão e difundir a significativa participação de Minas Gerais nesse importante movimento cultural”.

O programa O Modernismo em Minas Gerais é uma parceria entreo Governo de Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, a Fundação Clóvis Salgado, A APPA Arte e Cultura e o Ministério Público de Minas Gerais. O projeto é financiado com recursos do Fundo Especial do Ministério Público de Minas Gerais (FUNEMP) e executado por meio do Contrato de Gestão com a APPA Arte e Cultura. O FUNEMP busca, além de aperfeiçoar as funções institucionais do Ministério Público, caso da modernização e obtenção dos meios necessários para o combate ao crime organizado, a reconstituição de bens lesados e a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos, dar suporte financeiro a programas, projetos e ações de relevante interesse social. O valor de R$ 2,470 milhões investidos no programa O Modernismo em Minas Gerais se soma aos investimentos orçamentários do Governo do Estado e de outros importantes parceiros privados da Fundação Clóvis Salgado.

 

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A porto-alegrense Mariana Passos é a mais nova moradora de Ouro Preto. Ela se mudou da capital gaúcha para fazer o curso Técnico em Conservação e Restauro da Fundação de Arte de Ouro Preto|FAOP. É uma das estudantes animadas com o retorno presencial. “Minha turma está há dois anos fazendo curso online e a vontade de colocar a mão na massa é grande”, diz Mariana, que soube do curso da FAOP durante estágio no Museu de Arte Sacra na Universidade da Bahia. Rosilene Salomé também era pura animação. “Fazer esse curso para que o patrimônio histórico prevaleça é uma responsabilidade muito grande. É um compromisso que eu tenho para as próximas gerações”, diz ela que mora em Ouro Preto, mas nasceu no município de Teixeiras, na Zona da Mata do estado.  

 O presidente da FAOP, Jefferson da Fonseca, destaca a importância do retorno. “É com grande satisfação que retomamos as atividades presenciais do Curso Técnico de Conservação e Restauro da FAOP, o primeiro curso formal desse ofício reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). O ensino dessa atividade acontece de forma prática. Portanto, ao receber os alunos e alunas de volta à nossa instituição, estamos também dando um importante passo para a preservação de nosso patrimônio cultural e artístico”, afirma.

Duas aulas inaugurais (turno manhã e noite) foram ministradas no auditório Vinicius de Moraes, na última segunda-feira (07/03). Pela manhã, a pesquisadora Williene Nascimento compartilhou suas experiências na restauração de papéis. “É uma grande vitória, depois de tudo que passamos nesse período de distanciamento, poder voltar, estar presente em sala de aula e nos laboratórios”, diz Williene que já foi aluna e professora da instituição.

Já no turno da noite, a coordenadora do Laboratória de Conservação e Restauração Jair Afonso Inácio|Labcor, Bianca Monticelli, apresentou parte de sua rotina de trabalho e de sua equipe de estagiários, que são alunos do curso técnico. Os estudantes visitaram as dependências da Casa Bernardo Guimarães, que abriga os ateliês de pintura, escultura e papel.

Elisangela Figueiredo, professora no Ateliê de Escultura, diz que agora, de fato, os alunos saberão como é todo o trabalho que envolve a restauração. “Foi feito um esforço nas aulas online onde tentamos repassar o conhecimento para os alunos, mas trata-se de um trabalho que é muito prático. Algumas lacunas ficaram abertas no ensino remoto”, diz. 

Obras voltam a ser restauradas 
O curso mantém uma tradicional parceria com as comunidades ouro-pretanas, seus distritos, além de outros municípios do estado. Pelas mãos dos alunos e alunas, orientados pelos professores e apoiados pela equipe técnica, são restauradas, a custo mínimo, esculturas de madeira, pinturas de cavalete e papéis. Com isso, o curso ganha qualidade de formação, podendo oferecer aos estudantes a experiência de vivenciar os reais desafios da profissão. 

Com a suspensão das aulas presenciais devido à pandemia da Covid-19, os processos de restauro de aproximadamente 180 obras também ficaram parados. Agora, o tão esperado retorno vai possibilitar também que as turmas voltem a trabalhar com o acervo, composto por peças que vêm de paróquias e instituições de lugares como Congonhas, Senador Firmino, Guaraciaba, Carandaí, Belmiro Braga, e distritos ouro-pretanos, com destaque para Cachoeira do Campo e Rodrigo Silva.

Roberta Silva, coordenadora do Núcleo de Conservação e Restauro, afirma que a expectativa é de que as obras comecem a ser entregues já neste semestre. ​“Vamos fazer o possível para começar a devolver as obras nos próximos meses, o que irá nos possibilitar receber novas peças, afinal, as comunidades continuam nos procurando” revela Roberta.

Recebendo novos alunos
Além das aulas presenciais, o Núcleo de Conservação e Restauração se prepara também para uma outra novidade: a chegada de novos alunos. O Curso Técnico em Conservação e Restauro participou, no ano passado, do programa Trilhas de Futuro da Secretaria do Estado de Educação de Minas Gerais, o que possibilitou que 50 alunos se matriculassem com direito a bolsa integral de estudos e ajuda de custo para alimentação e transporte. Além disso, o processo seletivo regular também foi realizado, resultando em outros 15 estudantes matriculados. Agora, os novos alunos e alunas se juntarão a aproximadamente 40 veteranos.

A diretora da Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade, Gabriela Rangel, responsável pelos núcleos de ensino da FAOP, reconhece que toda a equipe de professores e corpo técnico está muito entusiasmada com essa fase. "Enfrentamos  grandes desafios com o isolamento social. É de fundamental importância para a formação do profissional restaurador as atividades práticas. Vamos reconstruir o ritmo, a movimentação e a dinâmica do Curso Técnico em Conservação e Restauro,  regressando aos espaços com os estudos, os trabalhos, os acervos e as comunidades envolvidas”, afirma. 

Para o retorno, a FAOP seguirá todas as recomendações sanitárias contra a Covid-19, como o uso correto de máscaras cobrindo boca e nariz, higienização das mãos, com a disponibilização de álcool em gel, limpeza e manutenção frequente das instalações. 

20 anos de reconhecimento 
O Curso Técnico em Conservação e Restauro foi reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) em 2002. De lá para cá, já formou 373 restauradores, especializados nas áreas de papel, escultura policromada e pintura de cavalete. Além disso, a Fundação já restaurou mais de 2 mil obras ao longo dos anos, que retornaram para suas comunidades. O curso é considerado a primeira experiência formal em formação de restauradores no país, e algumas décadas depois foi reconhecido pelo MEC. 

 

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“Um olhar sobre o seu lugar” surgiu de um projeto com estudantes do ensino fundamental do município

Nesta sexta-feira (1/4), a Fundação de Arte de Ouro Preto|FAOP e a Secretaria de Cultura e Turismo de Paracatu inauguram a exposição “Um olhar sobre o seu lugar”. A mostra de fotografias e de textos acontece na sede da FAOP no município localizado na região Noroeste do estado. A abertura será às 19h, com entrada gratuita.

A exposição surgiu a partir do projeto “Um Olhar sobre Paracatu”, idealizado pela professora de história Maria do Carmo Ramos, na Escola Municipal Ada Santana Ribeiro, que fica na comunidade de São Sebastião. A empreitada levou estudantes do sexto ao nono ano do Ensino Fundamental às ruas da cidade. O fotógrafo José Luiz Ruas Neiva acompanhou os estudantes, registrou as cenas indicadas por eles, e o resultado poderá ser conferido na mostra.

De acordo com a professora Maria do Carmo, o objetivo do projeto é revelar as diferentes perspectivas que os alunos e alunas têm sobre o território onde vivem. “Quero explorar o olhar que eles têm sobre a cidade, sobre os lugares e não só sobre grandes monumentos ou construções, mas as coisas que agradam o olhar deles”, explica.

A professora reconhece que sua iniciativa foi muito bem aceita. “Quero que eles sejam protagonistas da história, dos trabalhos e das vivências, e se sintam incluídos”, diz.

A meta agora da professora Maria do Carmo e do fotógrafo José Luiz é levar os estudantes a explorarem a própria comunidade da qual fazem parte, a São Sebastião. Dessa vez, serão os próprios alunos que irão registrar as cenas.

Interatividade
As perspectivas que os moradores podem ter sobre um lugar são variadas, por isso, haverá um momento durante a exposição em que os visitantes também poderão escrever sobre “o que veem nas fotografias”.

Nesse sentido, a dinâmica da exposição pretende trazer a compreensão do espaço físico e afetivo por meio de imagens e registros em múltiplas linguagens. Além da exposição de textos e fotografias, o evento de abertura também contará com uma Roda de Conversa com os responsáveis pela exposição.

Serviço:
Exposição “Um olhar sobre o seu lugar”
Abertura: Sexta-feira, 1 de abril de 2022, às 19h
Visitação: De segunda a sexta, de 8h às 11h e de 13h às 18h
Local: Rua Temístocles Rocha, 125 – Centro (Paracatu/MG)
Entrada: Gratuita
Classificação: Livre Agendamento de Ações Educativas: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

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O primeiro concerto da série destaca obras de Abel, Berlioz, Bernstein, Cherubini e Copland com participações especiais de músicos da Orquestra e da mezzo-soprano Luisa Francesconi

Neste ano, inspirada nas letras do alfabeto, a Filarmônica de Minas Gerais explora o repertório sinfônico trazendo as imensas possibilidades existentes de A a Z, na série “Fora de Série”, realizada aos sábados. O primeiro programa desta série, a ser realizado no dia 12 de março, às 18h, na Sala Minas Gerais, inclui a música pré-clássica de Abel e Cherubini, o romantismo das Noites de Verão de Berlioz, com a mezzo-soprano Luisa Francesconi, e chega à forte influência do jazz na música norte-americana de Bernstein e Copland, com os músicos da Orquestra Israel Muniz, no corne inglês, e Marlon Humphreys-Lima, no trompete. A regência é de José Soares, Regente Associado da Orquestra. Este primeiro concerto também marca a renovação da parceria entre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e a ArcelorMittal, líder em aço no Brasil e no mundo, por meio de sua Fundação, que atua há mais de 33 anos em três eixos prioritários: Educação, Cultura e Esporte. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais. A capacidade da Sala é de 1.493 lugares.

Em decorrência da portaria da Prefeitura de Belo Horizonte, publicada no dia 9 de fevereiro de 2022, com orientações sobre a prevenção da covid-19 em casas de espetáculo, torna-se obrigatória, para todas as idades, a apresentação do comprovante de vacinação com duas doses da vacina contra a covid-19 ou o teste negativo para covid-19. Serão aceitas versões em papel ou digitais dos documentos (a versão digital do comprovante de vacinação pode ser obtida na plataforma Conecte SUS). O uso permanente de máscara segue obrigatório, e o Café da Sala estará aberto. Veja mais orientações no “Guia de acesso à Sala”, no site da Orquestra: fil.mg/acessoasala.

Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo e Governo de Minas Gerais, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Patrocinadores: Supermix e ArcelorMittal. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

José Soares, regente associado da Filarmônica de Minas Gerais
Natural de São Paulo, José Soares é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, tendo sido seu Regente Assistente desde as duas temporadas anteriores. Venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio, edição 2021 (Tokyo International Music Competition for Conducting). José Soares recebeu também o prêmio do público na mesma competição. Iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou Regência Orquestral com o maestro Cláudio Cruz, em um programa regular de masterclasses em parceria com a Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Participou como bolsista nas edições de 2016 e 2017 do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, sendo orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich. Recebeu, nesta última, o Prêmio de Regência, tendo sido convidado a atuar como regente assistente da Osesp em parte da temporada 2018, participando de um Concerto Matinal a convite de Marin Alsop. Foi aluno do Laboratório de Regência da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Em julho desse mesmo ano, teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin, como parte do programa de Regência do Festival de Música de Parnü, Estônia. Atualmente, cursa o bacharelado em Composição pela Universidade de São Paulo.

Luisa Francesconi, mezzo-soprano
Luisa Francesconi tem excepcional capacidade para a execução de coloratura, destacando-se no repertório rossiniano e mozartiano ao interpretar papéis em óperas como O barbeiro de Sevilha, L’Italiana in Algeri, Così fan tutte e Don Giovanni. Ela canta com frequência nos principais teatros brasileiros e italianos e tem se apresentado regularmente também em Portugal. Seu repertório de concerto é vasto, com atuações marcantes em obras como a Rapsódia para contralto e a Missa em si Menor de Bach; o Requiem e a Missa da Coroação de Mozart; o Messias de Haendel; a Missa em Dó maior e a Fantasia Coral de Beethoven; as sinfonias números 2, 3 e 8 de Mahler; a Pequena Missa Solene de Rossini; e a Floresta do Amazonas de Villa-Lobos. Luisa gravou como solista a Nona de Beethoven e o Requiem Hebraico de Erich Zeisl, lançados em CD pelo selo Biscoito Fino.

Israel Muniz, corne inglês
O paulista Israel Silas Muniz começou a estudar música aos seis anos de idade com a flauta doce. Posteriormente, passou a dedicar-se ao oboé, sendo orientado por Benito Saches e Éser Menezes. Deu continuidade aos estudos na cidade alemã de Colônia, onde obteve seu Diplom Musiker orientado pelos professores Christian Wetzel, Washington Barella, Ikuko Homma e Michael Sieg. Israel participou de festivais, eventos camerísticos e masterclasses com Hansjörg Schellenberger, Andreas Wittmann, Washington Barella, François Leleux, Alex Klein, Ingo Goritzki, Florian Hasel e Dominik Wollemweber. Venceu concursos para Jovens Solistas da Escola Municipal de Música de São Paulo, da Orquestra Experimental de Repertório e da Orquestra Petrobras Pró-Música, tendo ainda participado do Concurso de Genebra. Na Alemanha, trabalhou nas orquestras Bamberger Symphoniker, SWR Baden Baden und Freiburg, Staatstheater Braunschweig, Deutsche Kammerphilharmonie Bremen. No Brasil, atuou na Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), na Sinfônica da USP (Universidade de São Paulo), na Orquestra Experimental de Repertório, entre outras. Integra o naipe de Oboés da Filarmônica como corne inglês solo.

Marlon Humphreys-Lima, trompete
Natural de São Paulo, Marlon Humphreys-Lima teve sólida formação musical com Gilberto Siqueira e foi vencedor do Prêmio Weril (2000). Com bolsa de estudos da Vitae, aperfeiçoou-se em Chicago com Mark Ridenour e Aldoph Herseth. Foi solista na Civic Orchestra of Chicago e trabalhou com a Chicago Symphony, Grand Park Symphony, Rochester Philharmonic e Oak Park Symphony. No Japão, foi membro fundador e solista da Hyogo Performing Arts Center Orchestra e participou do Pacific Music Festival. Trabalhou com os maiores regentes da atualidade, destacando-se Valery Gergiev, Daniel Barenboim e Pierre Boulez. A convite de Valery Gergiev, participa da World Orchestra for Peace.

Repertório 

Karl Friedrich Abel (Cöthen, Alemanha, 1723 – Londres, Inglaterra, 1787) e a obra Sinfonia em Mi bemol maior, op. 7, nº 6 (1767)
Ao longo de sua vida, Karl Friedrich Abel publicou seis conjuntos de sinfonias, cada um deles contendo seis sinfonias. Surgido em 1764, o opus 7 é o terceiro ciclo de peças, publicado e escrito depois dos opus 1 e 4. Em suas edições impressas, lançadas em Londres e Amsterdam, as sinfonias de Abel ainda são chamadas de aberturas, retomando assim o termo “sinfonia” em referência às aberturas em três movimentos, oriundas da ópera italiana. Em um momento em que a sinfonia ainda não havia ascendido como um dos mais prestigiosos gêneros musicais, o que distingue estes trabalhos de Abel de seus contemporâneos é o segundo movimento. Geralmente assinalados como Andante e mantidos em sempre piano, são onde Abel apresenta uma linguagem musical individual e nova. Exemplo mais impressionante e maduro desta distinção está em sua Sinfonia op. 7 nº 6, que durante muito tempo foi creditada a Mozart. 

Hector Berlioz (La Côte-Saint-André, França, 1803 – Paris, França, 1869) e a obra Noites de verão, op. 7 (1840/1841)
Hector Berlioz contribuiu para o repertório de canções francesas com cerca de quarenta trabalhos. Com exceção do ciclo de seis canções Noites de verão, op. 7, as peças são pouco conhecidas e raramente executadas. Compostas em 1841 para piano acompanhado de mezzo-soprano ou tenor, as seis canções foram depois arranjadas para outras tipologias vocais, até chegarem à sua versão final para orquestra, publicada em 1856. Ainda que não tenha sido idealizado como um ciclo, o conjunto de canções, escrito a partir de poemas de Théophile Gautier, vê certa unidade em torno da temática do amor e de alguns temas musicais recorrentes. 

Luigi Cherubini (Florença, Itália, 1760 – Paris, França, 1842) e a obra Medeia: Abertura (1797)
"De todos os compositores de ópera vivos, Cherubini é quem eu mais respeito", declarou Beethoven após assistir em Viena à montagem de Medeia. Apresentada pela primeira vez em 13 de março de 1797 no Teatro Feydeau em Paris, a estreia não gerou o sucesso de público esperado e só voltou à cidade um século e meio depois. A montagem chegou a Berlim em 1800 e a Viena em 1802, locais onde foi mais bem recebida. A Itália, terra natal de Luigi Cherubini, só conheceria a sua obra-prima em 1909. A Medeia de Cherubini tem sido mais aclamada do que apresentada, muito em razão da dificuldade exigida da personagem principal: a obra demanda uma voz forte e resistente e uma atuação intensa. Em essência, a trama alterna ternura e ira, o amor pela prole e a vingança da personagem principal direcionada a seu infiel marido, por ter sido responsável pela morte de seus filhos. A extraordinária Abertura pode ser compreendida como a própria descrição da personagem. O clima tempestuoso e intenso dialoga com passagens líricas, associadas ao lado terno de Medeia, ligado ao amor pelos filhos.

Aaron Copland (Nova York, Estados Unidos, 1900 – 1990) e a obra Quiet City (1939)
No universo sinfônico, diversos compositores foram mestres na capacidade de fazer emergir de suas partituras a síntese do que podemos chamar de “um som essencialmente norte-americano”. De William Billings, na segunda metade do século 18, a Leonard Bernstein, já no século 20 – passando por tantos outros –, todos tocam peças insubstituíveis para a constituição desse sentimento. Ainda assim, se tivéssemos de escolher apenas um, provavelmente, o somatório essencial estaria nas melodias de Aaron Copland. Tal identificação se deve provavelmente à conexão das partituras a espaços tão específicos e vitais ao vocabulário cultural dos Estados Unidos, como é o caso da paisagem urbana retratada em Quiet City, produzida inicialmente para servir de música incidental de uma peça teatral de Irvin Shaw com estreia prevista em 1939. Após o fracasso da empreitada, Copland recuperou a partitura inicial e transformou-a numa peça orquestral sugestiva e evocativa para trompete, corne inglês e cordas. Depois da estreia da versão orquestral, em 1941, Ross Parmenter afirmou no jornal The New York Times que “a peça continha em suas ruas silenciosas a marcha lenta de um homem sem posses, e um pouco da mistura de beleza e tristeza que vem da solidão” – em suma, Quiet City desenvolve um senso de solidão avassaladora que funciona como uma ode à cidade de Nova York. 

Leonard Bernstein (Lawrence, Estados Unidos, 1918 – Nova York, Estados Unidos, 1990) e a obra On the town: Três episódios de dança (1945)
Chamado de “garoto-maravilha do mundo musical” pela revista Times, Leonard Bernstein estreou aos 27 anos uma temporada exitosa em Nova York, mantendo seu musical On The Town em cartaz na Broadway com lotações esgotadas. Àquele tempo, Bernstein, o mais novo herói musical, nervoso, apaixonado, veemente, ainda não se decidira pela composição ou a batuta, pela música erudita ou pelo jazz… O balé Fancy Free e o musical On The Town, que se seguiu, foram compostos e estreados no ano de 1944 e têm como personagens principais três marinheiros brincalhões em Nova York. Bernstein transformou as danças centrais de On the Town num conjunto de três episódios para orquestra: The Great Lover, Lonely Town: Pas de Deux e Times Square: 1944. A versão foi estreada em 1946 tendo Bernstein à frente da Orquestra Sinfônica de San Francisco. Em 1949, a MGM transformou o musical em filme, estrelado por Gene Kelly e Frank Sinatra, porém só usou parte da música de Bernstein. On the Town ficou em cartaz na Broadway por mais de um ano e teve nada menos que 483 apresentações. 

Programa 

Fora de Série – de Abel a Copland

12 de março – 18h

Sala Minas Gerais

 

José Soares, regente

Luisa Francesconi, mezzo-soprano

Israel Muniz, corne inglês

Marlon Humphreys-Lima, trompete

 

ABEL                           Sinfonia em Mi bemol maior, op. 7, nº 6

BERLIOZ                     Noites de verão, op. 7

CHERUBINI                Medeia: Abertura

COPLAND                  Quiet City

BERNSTEIN               On the town: Três episódios de dança

 

INGRESSOS:

R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 65 (Balcão Palco), R$ 86 (Balcão Lateral), R$ 113 (Plateia Central), R$ 146 (Balcão Principal) e R$ 167 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto:

3ª a 6ª — 12h a 20h

Sábado — 12h a 18h 

 

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:

— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana 

— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado 

— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo

 

Cartões e vale aceitos:

Cartões das bandeiras American Express, Elo, Hipercard, Mastercard e Visa.

Vale-cultura das bandeiras Ticket e Sodexo.

 

 

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Imagem: Rafael Motta

Evento virtual acontece em 7 de abril, com participação de Fabíola Farias

O Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de Minas Gerais (SEBP-MG) recebe, no mês da literatura infantojuvenil, a mestra e doutora em Ciência da Informação, Fabíola Farias, para a palestra “Pequena história os livros e da literatura para as crianças no Brasil”. Com mediação de Cleide Fernandes, o encontro será realizado na quinta-feira (7/4), às 14h, em plataforma de videoconferência. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas AQUI.

Durante a palestra, Fabíola Farias vai abordar a importância do fomento à leitura e à literatura para o público infantojuvenil, uma vez que obras literárias para crianças fazem parte da história cultural e educacional do Brasil. Conhecer um pouco dessa história, que inclui as condições sociais, econômicas e culturais para a criação, a produção, a circulação e a leitura de livros junto à infância, é parte importante da formação de bibliotecárias, professoras, agentes culturais e demais profissionais que se dedicam ao tema.

O link para acesso à sala virtual é enviado para o e-mail da pessoa inscrita imediatamente após o preenchimento do formulário. Caso não receba o link, é necessário entrar em contato pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. As vagas são limitadas, e haverá emissão de certificado para as pessoas participantes. O certificado é enviado de acordo com as informações registradas no formulário de inscrição, então é necessário ter atenção no processo.

Sobre a convidada
Fabíola Farias é graduada em Letras, mestre e doutora em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Minas Gerais, com estágio pós-doutoral em Educação pela Universidade Federal do Oeste do Pará. É leitora-votante da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

 

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Não é de hoje que o universo de Guimarães Rosa inspira pessoas e conexões em vários cantos do mundo. Seja em exposições, contação de histórias, no teatro, na música, na culinária, etc. Rosa nunca deixará de ser um clássico, pois suas obras tratam de temas universais, compondo uma literatura que não se esgota e atrai cada vez mais leitores. 

Foi exatamente participando de uma roda de conversa sobre leitura, nos encontros virtuais do Espaço Literário do Espaço do Conhecimento UFMG, que o ator carioca, Gilson de Barros, teve a ideia de montar a peça “Riobaldo”.  Trata-se de uma adaptação teatral da obra Grande Sertão: Veredas, com direção de Amir Haddad, concebida antes da pandemia. O espetáculo é uma adaptação do livro de João Guimarães Rosa e reflete sobre o papel dos amores na vida desse sertanejo e sobre a travessia do homem. A montagem, que estreou com plateia lotada, em março de 2020, no Espaço Cultural Sérgio Porto (RJ,) foi interrompida  uma semana depois,  por conta da pandemia. 

“Há alguns anos venho estudando a obra de Guimarães Rosa, com ênfase no livro Grande Sertão: Veredas. Interpretar Riobaldo tem sido meu trabalho e minha dedicação.  A cada releitura do livro, a cada temporada da peça, a cada curso que participo, vou aumentando a compreensão da obra”, comenta. 

O ator explica que a pandemia acabou sendo a virada de chave para passar a fazer cursos gratuitos e de qualidade sobre a obra e literatura de Guimarães Rosa. “Comecei participando dos Encontros Literários do Espaço, com a professora Cláudia Campos Soares, da Faculdade de Letras da UFMG e especialista em Literatura Brasileira. Também acompanhava online a Oficina de Leitura Guimarães Rosa, ligada ao Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP, além de grupos ligados a Guimarães Rosa da Universidade de Brasília (UnB). Essas conexões virtuais me ajudaram a condensar mais o espetáculo ao abordar as diversas questões universais trazidas pelo autor em suas histórias”, pontuou.

Motivado pelos encontros virtuais do Espaço Literário, Gilson deu um salto para o presencial. Recentemente ele passou por Belo Horizonte, e ao visitar o Espaço do Conhecimento UFMG,  gravou  trechos de Grande Sertão: Veredas. Também passou por Cordisburgo para  visitar o Museu Casa Guimarães Rosa e conhecer os narradores de histórias do grupo Miguilim. 

Na montagem da peça “Riobaldo”, o personagem central do romance, o ex-jagunço Riobaldo, relembra sua vida e seus três grandes amores: Diadorim, Nhorinhá e Otacília. Reflete sobre o amor por Diadorim, o amigo que lhe apresentou a vida de jagunço e lhe abriu as portas do conhecimento da natureza e do humano. O personagem enfrenta questões que transcendem ao lugar sertão. Deus e o diabo, a sexualidade, a masculinidade, e, principalmente, o amor, em suas mais diversas formas. 

A peça manteve sua interlocução com o público através de lives e apresentações virtuais. Voltou ao contato com o público, em 2021,  com temporadas na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca e no Teatro Gláucio Gil, em Copacabana. A montagem retoma o presencial em São Paulo, em 11 de março, na Sala Paschoal Carlos Magno do Teatro Sérgio Cardoso, com temporadas em Brasília, BH  e Salvador. A agenda internacional já está negociada, sendo no primeiro semestre de 2023 em Havana (Cuba), em Lion (França) e em Porto (Portugal).

 

11 3 2022 miniespaco

Atualização do documento reúne 44 Instâncias de Governança Regional e 567 cidades mineiras

O Ministério do Turismo (MTur) divulgou na segunda-feira (28/3), a nova versão do Mapa do Turismo Brasileiro, um instrumento do Programa Nacional de Regionalização do Turismo que reúne os municípios que desenvolvem o turismo como política pública para o desenvolvimento local.  Minas Gerais é o estado com mais regiões turísticas formalizadas e municípios presentes no Mapa, totalizando 44 instâncias de governança regionais (IGR’s) e 567 municípios.

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Para fazer parte do Mapa, os municípios precisam atender aos critérios definidos na Portaria ministerial 41/2021, como possuir um órgão responsável pelo turismo e orçamento definido para investimentos, comprovar a existência de um Conselho Municipal de Turismo ativo e uma instância de governança regional, além de empresa registrada no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur).

Os municípios e as IGR’s mineiras tiveram o período de 2 de fevereiro a 6 de março para inserir as comprovações para conferência e homologação dos dados por parte da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult).  Ao todo, 2.542 cidades brasileiras, distribuídas em 322 regiões do país turísticas foram incluídas no Mapa do Turismo 2022.

O Mapa do Turismo reúne municípios com real vocação turística ou impactados pelo setor de viagem. O objetivo é nortear a definição de políticas públicas, incluindo a destinação de recursos do Ministério do Turismo para obras de infraestrutura e oferta de cursos de qualificação profissional, por exemplo.

Os municípios são classificados de A a E no Mapa do Turismo. Esta categorização leva em conta o desempenho da economia no turismo, a partir de algumas variáveis. Entre elas estão a quantidade de estabelecimentos de hospedagens e de empregos, a estimativa de visitantes domésticos e internacionais e a arrecadação de impostos federais nos meios de hospedagens.

A versão interativa do Mapa do Turismo 2022 pode ser acessada AQUI.

 

31 3 2022 minimapaturismo

O Centro de Arte Popular recebe no dia 12 de março, sábado, a 1ª Edição da Mostrô Pocket. Com entrada gratuita, o evento será realizado ao ar livre, no espaço de convivência do Museu, das 11h às 17h.

Em formato reduzido e cumprindo os protocolos de distanciamento social, a primeira edição da Mostrô Pocket – que é realizada pela "Da Terra Gestão Cultural" e tem o apoio institucional do Centro de Arte Popular e do Circuito Liberdade, vai reunir 15 expositores, "fazedores" de arte, cultura e gastronomia.

A “Mostrô – Mostra de Arte e Cultura Urbana de Gente que Ama o que Faz” foi idealizada para promover a diversidade cultural do Estado de Minas Gerais e, nos próximos meses, irá evidenciar diferentes linguagens artísticas, como artesanato, gastronomia, design e literatura. A proposta é valorizar a economia criativa de Minas Gerais ao dar visibilidade ao trabalho de artistas, produtores e trabalhadores e trabalhadoras da cultura no Estado.

 

Serviço:
1ª Edição da Mostrô Pocket
Data: 12 de março de 2022
Horário: 11h às 17h
Local: Centro de Arte Popular
Centro de Arte Popular
Endereço: Rua Gonçalves Dias, 1608 - Lourdes - BH/MG

 

11 3 2022 minimostro

Impermeabilização das varandas, reparação e a pintura das janelas e recuperação de trincas e pontos de infiltração são algumas das intervenções realizadas no espaço

As obras de revitalização do Arquivo Público Mineiro (APM) entram em sua reta final, com a entrega de novos espaços requalificados para a fruição do equipamento cultural. Durante o mês de março, as intervenções se concentraram nos espaços dedicados ao atendimento ao público da instituição, com a pintura de parte das áreas internas do casarão tombado que abriga a instituição administrada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e que integra o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte.

Dentre os serviços realizados, destacam-se a reparação e a pintura das janelas, com a troca de vidros quebrados e reparo de fechaduras; a impermeabilização das varandas, preservando o piso original em ladrilho hidráulico, a recuperação de trincas e pontos de infiltração; a revisão das calhas e o reforço da estrutura de parte do assoalho.

Além disso, nas últimas semanas foi instalado na edificação o Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA). Em uma edificação centenária, como o Arquivo Público Mineiro, a instalação deste tipo de sistema – popularmente conhecido como para-raios -, tem como premissa proteger os servidores, os colaboradores, os equipamentos e o acervo da instituição contra descargas elétricas e outros riscos, como curtos-circuitos e incêndios. 

Dentre as intervenções, também se destaca a recuperação do laboratório de restauração de documentos. O laboratório, que estava inativado por infiltrações, tem capacidade para a realização de trabalhos de restauração de papel e permitirá que documentos voltem a ser recuperados nas dependências do próprio Arquivo Público.

Luciane Resende, Diretora do Arquivo Público Mineiro destaca que os resultados da obra se traduzirão em benefícios para toda a comunidade de visitantes, pesquisadores de arquivo e profissionais das áreas relacionadas afins às atividades de arquivo. “Por ano, o Arquivo Público Mineiro atende a milhares de pesquisadores e, com a revitalização do casarão sede, que se destaca pela sua beleza no Conjunto [Arquitetônico] da Praça da Liberdade, e com a revitalização e a programação cultural que será aberta após a obra, daremos boas-vindas a outros milhares visitantes”, afirma a Diretora.

A previsão é que as intervenções sejam concluídas no mês de abril. A obra é realizada por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Cemig.

O Arquivo Público Mineiro é uma unidade da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e integra o Circuito Liberdade. Durante as intervenções, a consulta à documentação segue normalmente. Para realizar a consulta presencial, a pessoa interessada deve agendar a pesquisa com ao menos 2 (dois) dias úteis de antecedência, por meio de um dos canais de atendimento da instituição (confira abaixo). 

Consultar a documentação do Arquivo Público Mineiro

Para consultar a documentação disponível online, veja as orientações de consulta clicando aqui.

Para consultar a documentação presencialmente, agende o horário de consulta por meio de um dos dos canais de atendimento disponíveis abaixo:

E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
WhatsApp: +55 (31) 99152-2989

Arquivo Público Mineiro: Av. João Pinheiro, 372, Lourdes, Belo Horizonte – MG
Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 9h às 17h

 

31 3 2022 miniapm

A Fundação Clóvis Salgado (FCS), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Appa Arte e Cultura firmam parceria no próximo dia 14 de março, às 18h30, para a realização do programa O MODERNISMO EM MINAS GERAIS, em evento para convidados no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Estarão presentes o Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, o Procurador Geral de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais, Jarbas Soares Junior, o presidente do Fundo Especial do Ministério Público (Funemp), procurador de Justiça Jacson Rafael Campomizzi, o Secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, a Presidente da Fundação Clóvis Salgado, Eliane Parreiras, e os pesquisadores e produtores Epaminondas Bittencourt, Breno Nogueira, e Leonardo Pontes Guerra, entre outros, e contará com apresentação da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. 

Trata-se de uma parceria inédita, por meio do Fundo Especial do Ministério Público de Minas Gerais (FUNEMP), estabelecida para viabilizar a difusão, a pesquisa e a reflexão sobre o Modernismo em Minas Gerais, na ocasião do Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, bem como ampliar e fortalecer os processos de democratização do acesso à produção cultural no estado.

O programa O Modernismo em Minas Gerais é financiado com recursos do Fundo Especial do Ministério Público de Minas Gerais (FUNEMP) e executado por meio do Contrato de Gestão com a APPA Arte e Cultura. O FUNEMP busca, além de aperfeiçoar as funções institucionais do Ministério Público, caso da modernização e obtenção dos meios necessários para o combate ao crime organizado, a reconstituição de bens lesados e a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos, dar suporte financeiro a programas, projetos e ações de relevante interesse social. O valor de R$ 2,470 milhões investidos no programa O Modernismo em Minas Gerais se soma aos investimentos orçamentários do Governo do Estado e de outros importantes parceiros privados da Fundação Clóvis Salgado.

Como contribuição às comemorações do centenário do modernismo brasileiro, simbolicamente representado pela Semana de Arte Moderna de 1922, pretende-se com esse projeto apresentar a pujança do núcleo modernista constituído em Belo Horizonte e Minas Gerais a partir da década de 1920. Assim, estarão em evidência, durante todo o ano de 2022, a participação de Minas Gerais no modernismo, os principais nomes do estado, suas contribuições em nível nacional e as consequências do movimento nos mais variados domínios da cultura, resultando em valiosas contribuições nas mais diversas expressões artísticas, preenchendo uma importante lacuna na história da arte mineira.

Entre os destaques da programação, estão: Ciclo de debates, Saraus modernistas, Espetáculos musicais, Mostra de Cinema, lançamento de longa-metragem documental, Espetáculo de dança, Concertos Sinfônicos, Mostra Fotográfica, Espetáculo Teatral e Publicações. A programação acontecerá nos espaços do Palácio das Artes e também no ambiente virtual.

Resgate modernista
O Ministério Público de Minas Gerais apoia a celebração dos 100 anos da Semana de Arte Moderna realizada pela Fundação Clóvis Salgado, tendo em vista que se trata do maior espaço cultural de Minas Gerais. “O Fundo Especial do Ministério Público, diversificando o seu portfólio de ações, destina esses recursos por se tratar do maior movimento cultural de expressão na história do Brasil, com transformação da nossa cultura para o século seguinte. Portanto, apreciamos tudo o que será apresentado pela Fundação Clóvis Salgado”, destaca o Procurador-Geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior.

O presidente do Grupo Coordenador do Fundo Especial do MPMG (Funemp), procurador de Justiça Jacson Rafael Campomizzi, comenta que o projeto da Fundação Clóvis Salgado foi percebido com entusiasmo pelo MPMG e que seu financiamento foi aprovado por unanimidade. Segundo ele, é fundamental esse resgate e a divulgação do patrimônio cultural construído em Minas Gerais por mulheres e homens modernistas, que romperam o academicismo vigente até o início do século passado para expressar a liberdade subjetiva que compõe a criação e a rica cultura popular. De acordo com Campomizzi, o desafio é compreender, por meio da literatura e das artes, as características que unem os mineiros como povo, para além da língua, do barroco, da culinária, das aldeias, das serras e gentes. “Nosso modo de vida multicultural captado por mestres desse tempo será objeto de mostras, apresentações, exposição documental, debates, que permitirão ao público visualizar as expressões de identidade do povo mineiro e brasileiro”, avalia o presidente do Grupo Coordenador do Funemp.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, ressalta a importância e a influência da Semana de Arte Moderna para diversos segmentos artísticos e movimentos posteriores a ela. “Foi o nacionalismo antropofágico que levou os modernistas a uma aproximação de uma ideia de brasilidade. Seu legado é sentido pela sociedade brasileira mesmo após décadas desde aquele festival no Teatro Municipal de São Paulo. Não apenas nas artes plásticas e na literatura como também na política, na música, na arquitetura, na produção cinematográfica, e, sobretudo, na arquitetura. A modernidade brasileira propôs e realizou um novo pensamento estético, cultural, artístico, revolucionário e de vanguarda. De forma paradoxal em relação ao movimento europeu, no Brasil ele estava voltado para si mesmo, na busca de sua essência cultural, histórica e social, tão múltipla, mas única em seus vários sotaques e diferentes formas de ser só um. Essa parceria do Sistema Estadual de Cultura com o Ministério Público de Minas Gerais merece ser celebrada e traz bons frutos, valorizando e difundindo ainda mais a cultura e a arte no estado”, afirma o secretário.

Segundo Eliane Parreiras, presidente da Fundação Clóvis Salgado, o investimento do Ministério Público de Minas Gerais vai beneficiar diretamente os cidadãos mineiros que frequentam o Palácio das Artes e usufruem de uma programação estruturada na pluralidade e na diversidade. “Vamos realizar um amplo programa cultural, com um calendário repleto de ações ao longo do ano no Palácio das Artes. Estamos imensamente felizes com essa parceria com o Ministério Público de Minas e com a possibilidade de aprofundar a reflexão e difundir a significativa participação, contribuições e importância de Minas Gerais para o movimento modernista brasileiro e seus desdobramentos. E, ainda, a oportunidade de falar e refletir sobre as nossas identidades mineiras e o modernismo na contemporaneidade”.

De acordo com o pesquisador Epaminondas Bittencourt, na literatura, na música, na arquitetura, nas artes plásticas, a vanguarda formada no continente europeu estabeleceu múltiplos conceitos que foram compartilhados, recusados ou enriquecidos pelos mais variados atores culturais nas diversas localidades urbanas onde uma nova sociedade emergia. Um amplo movimento que culminou na Semana de Arte Moderna de 1922 em São Paulo, agregou artistas locais do Rio de Janeiro, de Pernambuco, do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais, além de alguns estrangeiros que acabaram se radicando no país. “A mostra “Percurso Modernista”, uma das várias ações do programa O Modernismo em Minas Gerais, proporciona ao visitante uma trajetória por diversos conteúdos sobre o movimento, ilustrando a participação de Minas Gerais e os seus reflexos ao longo de várias décadas do século XX”, conta Epaminondas.

Ao longo dos seus cinquenta anos, a Fundação Clóvis Salgado vem cumprindo seu papel como um dos principais agentes de fomento e produção cultural do Estado com iniciativas que visam à democratização do acesso à cultura, acreditando que a arte é um importante meio de inclusão.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

Contextualização
O final do século XIX e início do século XX foram marcados por grandes transformações, sobretudo pela industrialização, a rápida urbanização e a ampliação da desigualdade social. Sob os impactos de uma jovem República, alguns intelectuais, após contato com a vanguarda europeia, começaram a questionar os caminhos da cultura nacional. Segundo eles, era chegada a hora de uma arte brasileira, que o povo pudesse se identificar. Era preciso uma transformação cultural e que a arte cantasse as nossas belezas e, também, as nossas mazelas. Abaixo o rigor da métrica parnasiana e o escapismo do simbolismo. Viva o novo!

1919. Em visita a Ouro Preto, Mário de Andrade se encantou com o barroco mineiro. Em Minas, ele descobriu uma arte verdadeiramente brasileira. Nasceu dessa visita a base conceitual para o modernismo brasileiro e a Semana de Arte Modena de 1922.

1920. A mineira Zina Aita, pintora, desenhista e ceramista, expôs seus quadros em Belo Horizonte, apresentando uma nova forma de ver o mundo. O poeta de Montes Claros, Agenor Barbosa, fazia o mesmo em seus versos. Os dois foram os únicos mineiros a participar da Semana de Arte Moderna em São Paulo.

1924. Após uma passagem pelo Rio de Janeiro e algumas cidades históricas mineiras, Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfati, Olívia Penteado e o poeta franco-suíço Blaise Cendrars chegaram a Belo Horizonte acompanhados de amigos. Conheceram Drummond, Pedro Nava, Martins de Almeida, Emílio Moura e João Alphonsus de Guimarães. Circularam por Minas Gerais e novas amizades se formaram e uma admiração mútua passou a dominar as relações entre eles nas décadas seguintes. O que veio depois, mudou a cultura brasileira para sempre.

Saiba mais sobre o programa em www.fcs.mg.gov.br

 

8 10 2021 minifcs 

 

Atração traz colunas diárias da cena cultural, espaços dedicados ao interior do estado, conteúdos que valorizam a comunidade LGBTQIA+ e outras novidades a partir de segunda, 4 de abril

O Agenda, da Rede Minas, festeja 35 anos em 2022. O programa mais antigo da Rede Minas, que mantém gerações de fãs, começa abril repaginado. A atração reestreia na programação diária da emissora pública mineira com o compromisso de mostrar a cultura produzida e apresentada em todas as regiões de Minas Gerais. Com direção e apresentação da jornalista Dani Vargas, que há mais de 20 anos atua na área cultural, o Agenda retorna à grade da emissora, de segunda a sexta, com novidades. Colunas diárias abordam os mais diversos segmentos culturais apresentadas por quem entende do assunto. A atração ainda garante um quadro semanal destacando o trabalho de artistas da cena LGBTQIA +.

O interior do estado ganha os holofotes no Agenda, que exibe reportagens diárias para trazer as raízes da cultura mineira para a tela. “Estamos afinando as pautas com as parceiras para conseguir mostrar para o norte a arte produzida no sul, leste, oeste, centro-oeste, Vale do Jequitinhonha e tantas outras regiões culturalmente ricas”, explica Dani Vargas. Para abrir a nova fase, o programa mostra, nesta segunda (4), o artista juiz-forano Gerson Guedes, conhecido pelos trabalhos com pinturas e textos. O interior também é apresentado na coluna diária “Janela de Minas” e no “Agendão”, quadro exibido às sextas que mostra o que acontece em todo o estado.

O Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, se tornou parada obrigatória para os fãs da arte e tem lugar cativo na programação do Agenda. O complexo é composto por 22 espaços culturais que recebem exposições, shows e outros eventos. Todas as terças-feiras, o programa traz uma reportagem especial mostrando o que está em cartaz nessa rota cultural. Se o Agenda vai à cultura, a cultura também vai ao Agenda. Todas as sextas, convidados especiais vão para o estúdio da emissora pública mineira para um bate-papo com Dani Vargas. A jornalista comemora as novidades: “as expectativas são as melhores possíveis. Nossa equipe está super afinada e com aquele friozinho gostoso na barriga”.

Colunas - o que vem por aí
O microfone do Agenda dá voz a todos segmentos da cultura em colunas diárias comandadas por especialistas e profissionais da emissora pública mineira. “A Rede Minas é, por si só, uma atração cultural. Aqui temos jornalistas especializados em várias artes e são eles que vão reforçar essa nova fase do programa como colunistas”, afirma Dani Vargas. Nesse time, marcam presença semanal Brenda Marques, Fernando Tibúrcio, Terence Machado e Vinicius Micheletto. O programa ainda conta com Waleska Falci, da Rádio Inconfidência, e Carol Braga, do portal Culturadoria.

O interior tem cadeira cativa no Agenda. O programa estreia a nova programação com a coluna “Janela de Minas” com o estado retratado pelo olhar do mineiro. São fotógrafos profissionais e amadores que apresentam suas cidades pelos registros da lente. Os destaques do mundo literário abrem a semana do Agenda, na coluna “Dedim de prosa e poesia”, com a jornalista Brenda Marques. Integrante da equipe da Rede Minas, Brenda é escritora, mestre em Literatura e doutorando em Estudos da Linguagem. Nesta segunda (04), ela estreia a coluna apresentando poesia sonora em um vídeo performance.

Quarta é dia de três colunas especiais. A “Cultura nerd” é apresentada por Vinicius Micheletto e traz as séries coreanas para estrear o espaço na programação. No mesmo dia o Agenda faz uma visita à Waleska Falci no estúdio da Rádio Inconfidência. Ela bate ponto com o “Primeira mão” falando sobre os lançamentos da cena musical. Para abrir a coluna, o novo trabalho da cantora e compositora Mariana Cavanellas. Dani Vargas comanda a cena com “Todas as cores”, trazendo, para o estúdio, artistas da comunidade LGBTQIA+ que falam sobre seus trabalhos.Às quintas-feiras, Fernando Tibúrcio abre as cortinas para falar da sétima arte no “Cinematógrafo” e estreia com a crítica dos cem anos de Nosferatu, o clássico do terror que levou o vampiro para a telona. E pra encerrar a semana no Agenda, o baterista e apresentador do Alto-Falante, Terence Machado, chega com “Bonuscast” mostrando curiosidades da música e do mercado pop, às sextas. Falou em teatro, Carol Braga entra em cena. A atração traz os comentários da jornalista quando o teatro subir no palco da atração na coluna “Culturadoria em cena”.

Sobre Dani Vargas
Dani Vargas, que agora assumiu a missão de comandar o Agenda na programação diária, tem mais de 20 anos de experiência na cobertura jornalística da cultura. No currículo, além da Rede Minas, integra a equipe do Canal Brasil e atuou na TV Alterosa, além de trabalhos em importantes eventos da cena cultural, como as Mostras de Cinema de Tiradentes, Ouro Preto e BH.

 

Como sintornizar:
redeminas.tv/comosintonizarA Rede Minas está no ar no canal 9; Net 20 e Net HD 520; Vivo 9; e através do satélite Brasilsat C2 para a América Latina.Acesse as redes sociais
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Serviço:
-Programa Agenda: segunda a sexta-feira, às 19h, com reapresentação aos sábados, às 12h30
-Quadro Agenda: segunda a sexta-feira, no Jornal Minas 1ª Edição, às 12h30

 

 

31 3 2022 miniagenda

Edital de Municípios 2022 traz novidades como financiamento de estradas e pontes, flexibilização de limites de crédito por município, além de contratação 100% digital

Governo de Minas Gerais e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) lançaram, nesta quinta-feira (10/3), o Edital de Municípios 2022. Serão disponibilizados R$ 300 milhões em crédito para as prefeituras de todo o estado investirem em infraestrutura e melhorias urbanas.

De forma inédita, a edição 2022 do Edital de Municípios contemplará novos itens financiáveis (estradas vicinais/pontes e projetos de infraestrutura em turismo, cultura e esporte), permitirá um aumento do limite de financiamento de até 50% para municípios menos populosos e maior facilidade para aquisição de máquinas e veículos.

Municípios com IDH igual ou menor do que a média estadual continuarão a contar com taxas mais reduzidas. Além disso, o processo de contratação será 100% digital, diminuindo os trâmites burocráticos e prazos de contratação.

Desafios
De acordo com o governador Romeu Zema, Minas ainda enfrenta grandes desafios na infraestrutura. “Nos últimos anos, devido às dificuldades financeiras do estado, passamos a investir valores menores que os necessários para manter a malha viária numa situação adequada. Um dos nossos desejos é aumentar o capital do BDMG para que ele possa emprestar valores muito maiores que os atuais”, explicou.

Para Zema, essa é uma oportunidade para os municípios investirem em sua infraestrutura. “Oferecemos linhas de crédito via BDMG com o lançamento do plano Recupera Minas para as cidades afetadas pelas chuvas e, agora, lançamos mais esse montante para apoiar os municípios a investir em estradas, projetos sustentáveis, saneamento, máquinas, na cultura e no turismo”, afirmou.

Linhas
O Edital é estruturado em linhas de crédito (ver detalhamento ao final) destinadas à viabilização de projetos públicos de urbanização, saneamento, sustentabilidade e aquisição de máquinas e veículos. Nesta edição, uma nova linha (“BDMG Estradas”) permitirá o financiamento para construção e recuperação de estradas vicinais (pavimentação, pontes, viadutos, drenagem e contenção de encostas).

Outra novidade: a linha “BDMG Cidades Sustentáveis” passará a financiar também projetos de restauração de patrimônio cultural, infraestrutura de apoio ao turismo, construção ou reforma de centros de lazer, cultura, ginásios, quadras etc.

IDH
De acordo com o recém-empossado presidente do BDMG, Marcelo Bomfim, além de ampliar o escopo de itens financiáveis, ajustando-o ainda mais às necessidades concretas das cidades mineiras, o Edital de Municípios terá outro diferencial fundamental: elevar os valores limites de crédito para municípios de todas as faixas populacionais, sobretudo para os menores.

Dessa forma, cada um dos 231 municípios mineiros com menos de 5 mil habitantes, por exemplo, terá a oportunidade de contratar até R$ 1,5 milhão com o banco, o que representa um aumento do limite em 50% em relação ao Edital do ano passado. Outra flexibilização importante e inédita, segundo Bomfim, é a facilidade de acesso à compra de máquinas e equipamentos. Agora, o financiamento é a partir de R$ 100 mil, permitindo atender demandas menores e pontuais; antes, era a partir de R$ 250 mil.

O presidente do banco de fomento lembrou que o crédito não se restringe apenas à infraestrutura viária. “Um diferencial, por exemplo, é alocar os recursos na cultura e no turismo. O prefeito poderá investir na revitalização dos espaços culturais e restaurar o patrimônio histórico, além da requalificação do espaço urbano para que as cidades sejam mais atrativas”, explicou.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, alertou que o Governo de Minas precisa utilizar de todas as ferramentas que possui para fomentar o desenvolvimento econômico dos municípios. “Por meio dessas ações atrairemos mais turistas, investimentos e geração de empregos”, disse. 

Condições e prazos
As taxas de juros do Edital de Municípios 2022 variam entre 0,41% e 0,53% ao mês, dependendo da linha, acrescidos da taxa SELIC. Para as cidades com IDH abaixo da média estadual, as taxas são menores, de 0,33% a 0,45% ao mês, mais SELIC. Os prazos de pagamento variam entre 60 e 90 meses.

A requisição e a contratação de linhas de crédito serão realizadas exclusivamente pela plataforma BDMG Digital (bdmg.mg.gov.br/municipios). Os municípios têm até o dia 4/4/2022 para o envio de suas propostas.

Conheça as cinco linhas de crédito 

  • BDMG ESTRADAS: novidade desta edição, é voltada para a construção e recuperação de vias vicinais, incluindo pavimentação, pontes, viadutos, drenagem, contenção de encostas, entre outros.

    Taxa: 0,53% ao mês + Selic (0,45% ao mês + Selic para municípios com IDH menor ou igual do que a média do Estado)

    Prazo para pagar: 78 meses

    Carência: 12 meses
  • BDMG CIDADES SUSTENTÁVEIS: financia projetos de eficiência energética, geração de energia, construção ampliação e reforma de edificações públicas, cidades Inteligentes. Nesta edição, o escopo está sendo ampliado para financiar também projetos ligados à cultura, esporte e turismo (restauração de patrimônio cultural*, infraestrutura de apoio ao turismo, construção ou reforma de centros de lazer, cultura, ginásios, quadras etc.).

    Taxa: 0,49% ao mês + Selic (0,41% ao mês + Selic para municípios com IDH menor ou igual do que a média do Estado)

    Prazo para pagar: 72 meses

    Carência: 18 meses

    *Em relação aos bens protegidos, toda a solicitação de reforma ou restauração estará condicionada à autorização do Conselho Municipal de Patrimônio ou órgão municipal equivalente. 
  • BDMG URBANIZA: voltada para iniciativas de mobilidade e drenagem urbana, tais como pavimentação, reforma e calçamento de vias, praças, ciclovias e áreas de lazer.

    Taxa: 0,53% ao mês + Selic (0,45% ao mês + Selic para municípios com IDH menor ou igual do que a média do Estado)

    Prazo para pagar: 78 meses

    Carência: 12 meses
  • BDMG MÁQUINAS: aquisição de tratores, caminhões, escavadeiras, motoniveladoras, ambulâncias etc.

    0,53% ao mês + Selic (0,45% ao mês + Selic para municípios com IDH menor ou igual do que a média do Estado)

    Prazo para pagar: 60 meses

    Carência: 6 meses
  • BDMG SANEAMENTO: financia estudos de concepção, projeto básico e executivo; obras em sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e tratamento e disposição final de resíduos sólidos urbanos.

    0,41% ao mês + Selic (0,33% ao mês + Selic para municípios com IDH menor ou igual do que a média do Estado)

    Prazo para pagar: 90 meses

    Carência: 18 meses

 

11 3 2022 minibdmg

 

 

Imagem: Cristiano Machado /Imprensa-MG

Iniciativa da Secult para proteger a Cultura Afro em Minas Gerais propõe série de reflexões sobre a história do povo negro

Importante iniciativa para compreender e reconhecer a complexidade das contribuições dos grupos de matriz africana que formam as culturas mineiras, o Programa de Proteção da Cultura Afro em Minas Gerais contou com mais uma importante ação para debater a importância dos povos negros na formação da identidade cultural do estado. Foi realizado na quarta-feira (30/3), o fórum de discussão “Afromineiridades: extensões e limites de uma categoria em construção”.

O debate foi conduzido pelo grupo de trabalho composto por membros indicados por entidades representativas e outros participantes. O Fórum foi o momento de escutar os grupos detentores de bens culturais, com o objetivo de conhecer suas realidades, identificando quais suas principais demandas e necessidades, a fim de garantir sua salvaguarda. O fórum foi transmitido ao vivo pelo Canal de YouTube da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e pode ser conferido AQUI.

Durante o encontro virtual, foi possível também abordar conceitos importantes relacionados à noção de patrimônio cultural e suas diversas manifestações e o seu sentido de preservação para a sociedade e como preservar as referências culturais relevantes para os grupos de matrizes africanas. Conceitos como memória e identidade coletiva, diversidade cultural, cidadania e sustentabilidade, associados à trajetória das comunidades pautaram todo o trabalho desta tarde.

A participante Pedrina Santos, Capitã de Massambike de Oliveira – MG; lembrou que a presença da religiosidade também está dentro desse conceito que é visto quase sempre pelo lado cultural. Para ela a religião é muito presente nessas manifestações. A líder quilombola Mírian Aprígio, do Quilombo dos Luizes, destacou a importância de trazer essa cultura tão diversa e diversificada para o debate e entender sua presença dentro da cultura regional que nos cerca.

O Programa de Valorização da Cultura Afro em Minas Gerais – Afromineiridades – tem como objetivo gerar reflexões e debates acerca da noção de afro-mineiridade e sua presença em nossa sociedade, identificando quais as demandas e proposições para a proteção e valorização dos bens culturais relacionados à cultura afro em Minas Gerais e no Brasil.

O Programa está dividido em quatro ações que ocorrerão nos meses abril, maio e junho deste ano, sendo a primeira delas a deste mês e as próximas pautadas pelos temas: Seminário sobre a proposta de Registro dos Congados e Reinados de Minas Gerais como Patrimônio Cultural Imaterial; Seminário sobre a proposta de Registro das Comunidades Quilombolas em contexto urbano de Minas Gerais como Patrimônio Cultural Imaterial; Seminário sobre a proposta de Mapeamento dos Povos e Comunidades de Terreiro de Minas Gerais.

Cada uma dessas ações contará com eventos específicos organizados no modelo de “Fórum de escuta”, metodologia já utilizada pelo IEPHA-MG que permite identificação das principais demandas e necessidades dos representantes de cada segmento identitário.

Além do Fórum, uma mesa de debate permitirá uma escuta e reflexão qualificada a fim de se aprofundar a discussão sobre o conceito que atravessa a proposta como um todo: as afromineiridades.

O Afromineiridades – Programa de Proteção da Cultura Afro em Minas Gerais é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). O programa foi lançado na terça-feira (29/3), durante solenidade presencial no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.

A partir do Programa de Proteção da Cultura Afro em Minas Gerais, a Secult e o Iepha propõem uma série de eventos, debates e interações com lideranças políticas, intelectuais negros, comunidades quilombolas e povos de terreiro visando criar caminhos para melhor entendimento dos conhecimentos afromineiros que trazem especificidades em relação aos saberes especializados, manifestações culturais, cosmovisões e modos de vida específicos.

 

31 3 2022 miniforum

Área conhecida como “Entre Serras da Piedade ao Caraça” abrange seis municípios mineiros

Emater-MG concluiu o estudo “Caracterização da Região Entre Serras da Piedade ao Caraça como produtora de Queijo Minas Artesanal”. O trabalho de levantamento histórico e produtivo regional será encaminhado nos próximos dias para a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) para análise e depois segue para avaliação do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). A nova região contempla os municípios de Catas Altas, Barão de Cocais, Santa Bárbara, Rio Piracicaba, Bom Jesus do Amparo e Caeté.

Os municípios estão localizados entre a Serra da Piedade e a Serra do Caraça, dando origem ao nome "Entre Serras da Piedade ao Caraça". A região é um dos mais importantes patrimônios naturais, históricos, turísticos e religiosos de Minas Gerais.“A pecuária leiteira é uma atividade que existe na região desde o início de seu povoamento. E a história da produção de queijos local está relacionada com a mineração. Ela surgiu da necessidade de prover alimentos para as pessoas que vinham trabalhar no local”, explica a coordenadora do estudo e engenheira de alimentos da Emater-MG, Fernanda Faria Quadros.Tradição
Na região Entre Serras da Piedade e Caraça, estima-se que, atualmente, 1,4 mil queijos sejam produzidos por mês. Fernanda Quadros conta que o processo de caracterização vem ao encontro das ações da Associação de Produtores do Queijo Minas Artesanal – Entre Serras da Piedade ao Caraça para promover o reconhecimento do queijo como uma iguaria artesanal e de tradição. 

“O reconhecimento ajuda a ampliar a comercialização dos queijos e também é um incentivo à adequação das queijarias às normas da legislação vigente de produção e comercialização, garantindo assim maior segurança ao consumidor”, diz a coordenadora.O estudo de caracterização avaliou o processo de fabricação do queijo, juntamente com a história, a economia, a cultura e o clima da região. No trabalho, é feita a caracterização do meio físico e também um levantamento de informações dos produtores. “A região Entre Serras da Piedade ao Caraça é detentora de um 'saber fazer' queijo artesanal, que remonta os tempos do Brasil Colonial. No levantamento, constatamos elementos técnicos de atributos do meio físico e o modo de produção do queijo nos municípios, que são característicos de uma região produtora de Queijo Minas Artesanal”, esclarece.Patrimônio de Minas
Fabricado desde a época do Brasil Colônia, o Queijo Minas Artesanal é uma iguaria mineira reconhecida pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. Atualmente, Minas tem 13 regiões reconhecidas como produtoras de queijos artesanais.O mapa dos queijos artesanais do estado registra as regiões produtoras: Araxá, Canastra, Campo das Vertentes, Cerrado, Serra do Salitre, Serras da Ibitipoca, Serro, Triângulo Mineiro - reconhecidas como produtoras do Queijo Minas Artesanal (QMA) - e as demais regiões, Alagoa, Mantiqueira de Minas, Serra Geral, Vale do Suaçuí e Vale do Jequitinhonha, como produtoras de queijos artesanais específicos de cada uma.  

“Com o reconhecimento, os produtores podem colocar o nome da região no rótulo do queijo. Isso fortalece a marca e agrega valor ao alimento. Percebemos, hoje em dia, que os supermercados, casas comerciais e os próprios consumidores têm valorizado bastante esses queijos artesanais. As pessoas notam logo que se trata de um produto de maior qualidade”, ressalta a coordenadora estadual de Queijo Minas Artesanal da Emater-MG, Maria Edinice Rodrigues. 

 

11 3 2022 miniemater

 
 
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